RCIU Flashcards
CONCEITO
Conceitua-se RCF como a limitação patologica do crescimento fetal, sem atingir seu limite de crescimento genético
De forma prática é todo feto abaixo do p<10
CRESCIMENTO FETAL NORMAL
fases
O crescimento corpóreo de um feto se dá em 3 fases
- Hiperplasia: até a 16 semana de IG, onde as celulas se multiplicam e os tecidos sao formados.
- Hiperplasia + hipertrofia: durante o segundo trimestre, há transição entre as fases
- Hipertrofia: a partir da 32ª semana de gestação o feto passa a aumentar o tamanho de suas células, ganhando peso e crescimento corporal proporcional
PIG: pequeno para IG. Todo feto com RCIU é PIG, mas nem todo PIG é RCIU.
Fetos no p<3 são considerados PIG grave, aumento de morbimortalidade
RCIU X PIG
O PIG é o feto constitucionalmente pequeno para IG, mas proporcional e sem patologias
O RCIU ou RCF determina uma patologia imposta que impede o crescimento normal do feto e que pode promover alterações pós-natais importantes como hipoglicemia, hipotermia, hemorragia pulmonar, hipocalcemia etc.
CLASSIFICAÇÃO
TIPO I
TIPO I - simétrico
é o tipo de RCF ocasionado por fator gerador que aparece no primeiro trimestre, na fase de hiperplasia.
há um RN com redução proporcional em suas medidas (circ. cefalica, abdominal e ossos longos)
etiologias comuns: infecções congenitas, cromossomopatias (21, 18 e 13)
prognóstico ruim (geralmente associado a malformação)
CLASSIFICAÇÃO
TIPO II
TIPO II - ASSIMETRICA
é quando o fator agressor é tardio (3º trimestre), na fase de hipertrofia. Há uma desproporção de crescimento, geralmente a circunferencia abdominal é a mais prejudicada.
Prognóstico melhor
Etiologias comuns são insuficiencia placentária
CLASSIFICAÇÃO
TIPO III
TIPO III - INTERMEDIÁRIA
ocorre quando o fator agressor se encontra no segundo trimestre. geralmente na fase de transição hiperplasica e hipertrófica.
há comprometimento de polo cefálico e ossos longos
etiologia relacionada à hábitos maternos e exposição como alcool, tabagismo e medicamentos
ETIOLOGIAS
Fetais: cromossomopatias, defeitos no tubo neural
Maternas: infecciosas (HIV, CMV, rubeola, tuberculose, toxoplasmose), drogas, desnutrição, DM, anemias, etc
Placentárias: doenças placentarias (inserção baixa), infartos, trombos, etc
DIAGNOSTICO
A suspeita clinica deve estar alicerçada na precisão da IG, idealmente por meio de US de 1 trimestre.
A altura uterina pode ser um fator indicativo no 3trimestre
A USG obstétrica confirma o diagnóstico (CC, CA, femur e ILA)
CONDUTA ASSISTENCIAL
Não há tratamento efetivo que reduza ou impeça o RCF, há que se monitorar a paciente e o feto, avaliações periódicas e principalmente determinação da etiologia
2 trimestre: eco fetal, programar vitalidade e janela para TPP (corticoterapia)
3 trimestre: cardiotoco, PBF, dopplervelocimetria de aa umbilicais
ASSISTENCIA AO PARTO
Prefere-se o parto vaginal em casos de malformações incompatíveis com a vida.
Durante o parto deve-se evitar uso de analgésicos e sedativos que deprimem a respiração
Clampeamento precoce do cordão umbilical
Parto é via obstétrica