Raiva Flashcards

1
Q

Conceito

A

É uma antropozoonose que causa uma encefalomielite viral aguda, progressiva, com prognóstico quase sempre fatal
Família Rhabdoviridae

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2
Q

Contágio

A

A transmissão do “vírus de rua” é feita, primordialmente,
pela mordida de animal raivoso ou no período prodrômico e por contato de saliva infectada com ferida de pele recente, ligada ou não à arranhadura

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3
Q

Vetores

A

No ciclo urbano o principal transmissor é o cão, seguido em frequência pelo gato e a grande ascendente importância de morcegos
Sabe-se que o cão e o gato eliminam vírus na saliva 5 a 10 dias antes de adoecerem e admite-se tempo maior para morcegos

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4
Q

Manifestações no cão

A
  • Alterações de conduta: o animal torna-se arredio,
    taciturno, procurando com frequência a obscuridade
    ou, então, agita-se caminhando sem cessar, não mais
    atende às solicitações, tendo respostas exacerbadas a
    pequenos estímulos;
  • anorexia, micção frequente, seguida de excitabilidade;
  • agitação, dificuldade micção ou defecação, autoestímulo de órgão genital;
  • sialorreia
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5
Q

Patogenia

A

O rabdovírus não faz viremia. Inoculado, replica em células musculares no local da inoculação, é liberado no espaço extracelular, atinge as placas mioneural e neuro tendinal, migrando centripetamente através dos axônios dos nervos periféricos; É durante a replicação muscular que a conduta terapêutica pós-exposição inativa o vírus. Após a penetração no nervo não há mais bloqueio ou inativação por anticorpo homólogo ou heterólogo

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6
Q

Pródromo

A

2 a 7 dias, 40% a 80% dos pacientes apresentam, subitamente, com grande significância diagnóstica, parestesias, como prurido, calor, frio, ardência, dormência, formigamento, cãibra e, eventualmente, dor em pontada no local do ferimento. Acompanham-se de manifestações gerais, como mal-estar indefinido, febre, insônia, cefaleia, náuseas, vômitos, diarreia, calafrios, dor de garganta, tosse, odinofagia e respiração ofegante. Mudança de comportamento, incluindo ansiedade, hiperatividade e delírios

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7
Q

Formas

A

Duas formas: a de extrema hiperexcitabilidade, dita “furiosa”, ou a paralítica. O termo “furiosa” em que mínimas solicitações ambientes, que são sentidas como se fossem no máximo da intensidade, despertando o pavor de asfixia e morte iminente. Nesta fase, os sintomas prodrômicos – insônia, agitação, delírios e hiperatividade – agravam-se.

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8
Q

Período de incubação

A

7 dias a meses. Intimamente ligado a:
Localização e gravidade da lesão (distância do SNC)
Proximidade dos troncos nervosos
Quantidade de partículas virais inoculadas.

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9
Q

Evolução

A

fácies de pânico com olhar brilhante, olhos arregalados e que se acompanham de movimentos voluntários e sem finalidade. Aumenta a hipersensibilidade tátil, térmica, dolorosa; fotofobia e aparece o primeiro grande sinal, a aerofobia, que permanece até a morte. Se tentar levantar, o andar é trôpego ou serpente
ante. Essas manifestações vão-se
acentuando e aumentam em frequência, sempre intervaladas por períodos de profunda lassidão, cansaço e inteira lucidez.

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10
Q

Diagnóstico diferencial

A

Três intoxicações, principalmente em criança: por datura, piperazina e a por prometazina, que tanto produzem incoordenação motora quanto agitação, alucinação, anisocoria e sialorreia. No adulto, é importante a diferenciação com o delirium tremens
e com as manifestações de distonia e crises oculogíricas da intoxicação por fenotiazínicos.
Poliomielite
Paralisias flácidas
Encefalites virais
Tétano
Botulismo
Quadros psiquiátricos (histeria, síndrome neuroléptica maligna)

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11
Q

Profilaxia pré-exposição

A

A primeira implica no controle e na eliminação
da infecção nas espécies vetoras e na imunização (0, 7 e 28 dias) de indivíduos que estejam, profissionalmente, em constante exposição. Controle sorológico: a partir 14° dia após a última dose, c/ pesquisa de Ac neutralizante

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12
Q

Medidas iniciais - Profilaxia pós-exposição

A

Vacina antirrábica. Não há nenhuma contraindicação para a vacinação antirrábica. Em qualquer caso, excetuando lesões de mucosas, o risco diminui em até 90% quanto mais imediato possível a lesão for exaustivamente lavada com água e sabão, seguida de instilação de antissépticos clorexidina, álcool a 70ºC.
Profilaxia para o tétano e infecções.

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13
Q

Observação do animal envolvido no acidente

A

Se observados por 10 dias e permanecerem vivos e sadios, não há risco de transmissão.

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14
Q

Acidente com pacientes imunodeprimidos

A

Pacientes imunodeprimidos devem receber
sempre gama-globulina humana hiperimune e vacina de cultura de tecido; os imunocompetentes, apenas vacina.
A vacinação antirrábica não tem contraindicação em
gravidez, doenças intercorrentes ou outros tratamentos concomitantes. Quando houver terapia necessária com corticoide ou quimioterápicos, indicar também gama-globulina

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15
Q

Diagnóstico laboratorial

A
Específicos:
Isolamento do vírus na saliva
Imunofluorescência direta: Ag rábico
Córnea, LCR, folículo piloso nuca ou saliva
Inoculação em camundongos
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16
Q

conduta inicial

A

Observar 10d: cães e gatos!
Animais silvestres: TTO sistemático
Morcegos: sorovacinação
Roedores e lagomorfos: Não faz profilaxia
Animal observado > Sintomas: sacrifício e encéfalo p/ laboratório
A história vacinal do animal não constitui elemento suficiente p/ dispensa da indicação do tratamento antirábico humano

17
Q

Tratamento - protocolo recife

A

Não administrar soro e vacina antirábicas
Suporte em UTI:
Isolamento de contato em quarto com pouca luminosidade; evitar ruídos
AVC; Dieta p/ SNG; SVD
Hidratação
bloqueador
Se confirmado: Amantadina, Biopterina e sedação profunda

18
Q

Classificação do acidente - leve

A

Acidentes leves
• Ferimentos superficiais, pouco extensos, geralmente únicos, em troncos e membros (exceto mãos, cotovelos, tornozelos, oco poplíteo, região plantar); decorrentes de mordeduras ou arranhaduras causadas pela unha
ou dente
• Lambedura de pele com lesões superficiais

19
Q

Classificação do acidente - grave

A

Acidentes graves
• Ferimentos na cabeça, na face, no pescoço, na mão, no cotovelo, na região plantar, no tornozelo e no oco poplíteo
• Ferimentos profundos, múltiplos ou extensos, em qualquer região do corpo
• Lambedura de mucosas
• Lambedura de pele na qual já existe lesão grave
• Ferimento profundo causado por unha de gato

20
Q

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A

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