Arboviroses Flashcards
Fisiopatogenia
Aumento da permeabilidade capilar
Diminuição da pressão arterial
Manifestações hemorrágicas associadas à trombocitopenia (alterações quantitativas e qualitativas)
Prova do laço
Insuflar o manguito a um ponto médio entre as pressões sistólica e diastólica por 5 minutos
Teste Positivo: 20 ou mais petéquias a cada 6cm2
Testes Laboratoriais na Febre do Dengue
Hemograma, Plaquetas Albumina Provas de função hepática Ureia e creatinina Ionograma Urina - hematúria microscópica
Diagnóstico
Isolamento Viral Teste molecular RT –PCR Testes sorológicos Mac-Elisa Ag NS1
Exames de imagens
Radiografia do tórax
Ultrassonografia do abdome
Eletrocardiograma (arritmias)
Ecocardiograma (derrame pericárdico)
Definição de Caso Suspeito de Dengue
Pessoa que viva ou tenha viajado nos últimos 14 dias para área onde esteja ocorrendo transmissão de dengue ou tenha a presença de Ae. Aegypti, febre, usualmente entre 2 e 7 dias, e apresente duas ou mais das seguintes manifestações: Náusea, vômitos; Exantema; Mialgias, Artralgia; Cefaleia, dor retroorbital; Petéquias ou prova do laço positiva; Leucopenia
Caso suspeito de Dengue com Sinal de Alarme
É todo caso de dengue que, no período de defervescência da febre apresenta um ou mais dos seguintes sinais de alarme:
Dor abdominal intensa e contínua, ou dor a palpação do abdome;
Vômitos persistentes;
Acumulação de líquidos (ascites, derrame pleural, pericárdico);
Sangramento de mucosas;
Letargia ou irritabilidade;
Hipotensão postural (lipotímia);
Hepatomegalia maior do que 2 cm;
Aumento progressivo do hematócrito
Caso Suspeito de Dengue Grave
Choque devido ao extravasamento grave de plasma evidenciado por taquicardia, extremidades frias e tempo de enchimento capilar igual ou maior a três segundos, pulso débil ou indetectável, pressão diferencial convergente ≤ 20 mm Hg; hipotensão arterial em fase tardia, acumulação de líquidos com insuficiência respiratória.
Sangramento grave, segundo a avaliação do médico (exemplos: hematêmese, melena, metrorragia volumosa, sangramento do sistema nervoso central);
Comprometimento grave de órgãos tais como: dano hepático importante (AST o ALT>1000), sistema nervoso central (alteração da consciência), coração (miocardite) ou outros órgãos.
fases da dengue
Febril: DD difícil, prova do laço, monitorar sinais de alerta, sangramentos e leucopenia (2-7 dias) DESIDRATAÇÃO
Crítica: aumento da permeabilidade capilar, Ht, plaquetopenia (24-48h) CHOQUE, HEMORRAGIAS GRAVES E DISFUNÇÃO ORGÂNICA
Recuperação: clínica, hemodinâmica, diurese, hemograma, cuidado com fluidoterapia (48-72h) HIPERVOLEMIA
manejo - passo 1
História clínica
Início, ingesta líquida, sinais de alerta, diarreia, status mental, diurese, história epidemiológica, condições associadas, DD
Exame físico
Status mental e hemodinâmico, hidratação, rash, respiratório, abdome, manifestações hemorrágicas e prova do laço
Investigação
HMG (Ht basal), sorologias, glicemia (sempre acompanhar), função hepática e renal, ionograma, gasometria arterial, enzimas cardíacas, ECG e EAS
Manejo - passo 2
– DIAGNÓSTICO, AVALIAÇÃO DA FASE E SEVERIDADE DA DOENÇA Pacientes que requerem internação - Presença de sinais de alerta - Sinais e sintomas de hipotensão - Sangramentos - Disfunção orgânica - Achados de investigação - Condições associadas - Circunstâncias sociais
Alta hospitalar
Afebril por 48h
Melhora do estado clínico (geral, apetite, status hemodinâmico, diurese, ausência de desconforto respiratório)
Plaquetometria com tendência de aumento
Hematócrito estável sem uso de fluidos EV
olhar slide de fluxograma da classificação
olhar slide de fluxograma da classificação
grupo A
Devem ser tratados ambulatoriamente com adequados
volumes de líquidos. Adultos obedecerá à quantidade de líquido em torno de 80 mL/kg/dia, sendo 1/3 com solução salina e o restante sob a forma de água potável, soro de hidratação caseiro, suco de frutas, chás.
As crianças recebem líquidos, também por via oral, na base de 60 a 80 mL/kg/dia, sendo oferecidos 50-100 mL (1/4 a 1/2 copo) de cada vez
- SINTOMÁTICOS: dipirona, paracetamol e metoclopramida
grupo B
Hidratação conforme recomendado para os pacientes do grupo A.
Sintomáticos prescritos, se necessários, tal qual no grupo A.
Hematócrito normal: tratamento ambulatorial com hidratação oral (semelhante ao grupo A).
Acompanhar em observação até resultado dos exames
hemograma para análise do hematócrito
(basal) e contagem das plaquetas periféricas. Avaliar
a presença de condições clínicas especiais e/ou comorbidades
grupo C
é obrigatória a imediata hidratação venosa rápida e transferência para uma unidade de referência. Necessários exames complementares como hemograma, albumina sérica, aminotransferases,
radiografia de tórax.
Fase de expansão = hidratação IV imediata com 20 mL/
kg/h em 2 horas, com soro fisiológico ou Ringer-lactato.
Logo a seguir, nova solicitação do Ht. Esta fase de expan
são pode ser repetida três vezes, se não houver melhora (queda) do Ht ou dos sinais hemodinâmicos. Se resposta inadequada após as três fases de expansão, conduzir como grupo D.
GRUPO D
As manifestações hemorrágicas podem ou não estar presentes. Atendidos em qualquer nível dos serviços de saúde, inicia-se imediatamente hidratação venosa e pronta transferência para unidade de referência, em
unidade de terapia intensiva. Os exames solicitados para pacientes do grupo C são igualmente imprescindíveis. A reposição volêmica obedece a hidratação IV, de expansão rápida, em 2 horas, com solução salina isotônica.
TRATAMENTO DE COMPLICAÇÕES - Sobrecarda de Volume:
Solicitar: RX de tórax; ECG; Gasometria arterial; Ecocardiograma; Enzimas cardíacas; Oxigenioterapia; Suspender fluidos intravenosos; Furosemida IV 0,1-0,5 mg/kg/dose uma ou duas vezes ao dia; Paciente ainda na fase crítica: reduzir infusão de líquidos gradativamente, evitar diuréticos;
Definição de caso - Chikungunya
Paciente com febre de início súbito maior de 38,5ºC e artralgia ou artrite intensa com inicio agudo, não explicada por outras condições, sendo residente ou visitado áreas endêmicas ou epidêmicas até duas semanas antes do início dos sintomas
Apresentação clínica - Chikungunya
Período de incubação de 2-4 dias (1-12 dias)
Início abrupto de febre (≥ 38), rash macular e artralgia
Formas atípicas e graves podendo ser fatais
Miocardite
Extensas lesões bolhosas na pele
Encefalopatia
Encefalopatia neonatal
Artralgia crônica
Isto pode ser devido à liberação defeituosa e subsequente persistência do antígeno CHIKV em macrófagos em articulações, estimulando a inflamação contínua.
Formas Agudas - Chikungunya
Poliartralgia
Edemas articulares associados a tenossinovite
Incapacidade para tarefas cotidianas (Dor, sensibilidade, inflamação e rigidez)
Formas subagudas - Chikungunya
Após a fase aguda, um grupo de pacientes apresentam exacerbação dos sintomas, que podem durar de 2 a 3 meses: Poliartrite distal Exacerbação das dores articulares Tenossinovite hipertrófica subaguda em punhos e tornozelos Depressão e cansaço Tratamento: Antinflamatórios Corticóide
Forma cronica - Chikungunya
Dois a três meses após o início do quadro Poliartrite distal (Nas mesmas articulações acometidas) Artropatias graves deformantes Exacerbação das dores articulares Depressão e cansaço Tratamento Corticóide Metotrexate Imunobiológicos
Evolução das formas atípicas grave - Chikungunya
Todo paciente que apresentar sinais clínicos ou laboratoriais com necessidade de internação em terapia intensiva ou risco de morte.
Pacientes de risco:
Idade acima de 65 anos
Uso de AINH
Alcoolismo
Menores de 2 anos
Doença respiratória
HAS e alterações cardíacas.
546 pacientes apresentavam comorbidade (226 cardiovascular)
222 casos graves (65 óbitos) – Taxa de mortalidade geral de 10,6%