Estreptococcias Flashcards
Faringoamigdalite - Quadro Clínico
Pouco sintomático em 50% dos casos, inicia-se de forma aguda com febre elevada (39º a 40ºC) acompanhada frequentemente de cefaleia, calafrios, dor de garganta, prostração e anorexia; em crianças, é também comum dor abdominal, náuseas e vômitos;
- Na fase evolutiva desse processo, aparece, no segundo dia, um exsudato branco-acinzentado em 50% a 90% dos casos; adenopatia submandibular e cervical dolorosa é um achado frequente;
- Exame físico, a orofaringe revela-se eritematosa e as amígdalas, hipertrofiadas bilateralmente; podem ser observados edema de úvula e petéquias no palato.
Faringoamigdalite - Complicações
As complicações não são muito frequentes quando o tratamento é efetivo;
A extensão da infecção aos linfáticos regionais leva à adenite cervical;
A progressão ao ouvido médio, à otite média;
O acometimento dos seios da face pode levar a meningite e abscesso cerebral;
Pneumonia devida ao estreptococo do grupo A é rara.
Faringoamigdalite – Diagnóstico diferencial
- Estreptococos dos grupos B, C e G;
- Outras bactérias, como Staphylococus aureus, Haemophilus influenzae, Corynebcterium diphteriae, bactérias anaeróbicas provocando infeções mistas (angina de Plaut Vincent) e gonococo;
- vírus, particularmente o adenovírus, que com frequência exterioriza-se como infeção eritemato-folicular ou eritematopultácea em amígdalas
Escarlatina - Quadro clínico
Quase na totalidade por estreptococo β-hemolÌtico do grupo A, produtor de toxina eritrogênica;
- Inicia-se de maneira abrupta com febre alta, vômitos, cefaleia e faringite. É frequente a escarlatina após infecção de pele;
- erupção típica: o exantema uma erupção cutânea eritematosa difusa, micropapular, ≤1,0mm de diâmetro e que dão à palpação uma sensação de lixa;
- O exantema inicia-se no peito e expande-se rapidamente para todo o tronco, pescoço e membros, poupando palmas das mãos e plantas dos pés,mais intenso nas dobras. Sinal de Filatow, língua em framboesa.
Escarlatina – Diagnóstico diferencial
- Lesões de pele por hipersensibilidade a drogas;
- A escarlatina estafilocócica;
- Doença de Kawasaki, diferenciada principalmente por
conjuntivite bilateral, edema duro de palmas das mãos
e plantas dos pés e febre, que se estende em média
por 12 dias.
Infecões cutâneas - S. pyogenes
a) Impetigo;
b) Erisipela;
c) Ectima;
d) Celulite.
ESTREPTOCOCCIAS - IMPETIGO
Inicia-se a lesão pápulo-eritematosa, com evolução para vesícula e pústula que, sofre dessecação, formando a característica crosta melicérica;
As lesões podem se disseminar para outras áreas do corpo, mas raramente invadem o derma ou causam infecção supurativa grave em outros locais;
A GNDA é a complicação mais importante do impetigo.
ESTREPTOCOCCIAS - ECTIMA
- É uma infecção profunda de pele, invade o derma, exterioriza-se como lesões ulceradas, francamente
purulentas, com bordas espessadas; - Localiza-se de preferência em membros inferiores;
- Tem curso crônico, permanece semanas ou meses, quando não tratada
ESTREPTOCOCCIAS - ERISIPELA
Infecção aguda de pele e tecido celular subcutâneo mais superficial, com proeminente envolvimento linfático;
A bactéria penetra na pele a partir de traumatismo locais, úlceras de pele
A erisipela não complicada permanece confinada aos linfáticos e derme;
Pode ocorrer mais profundamente, produzindo abscesso subcutâneo e fasceíte necrotizante
ESTREPTOCOCCIAS - Síndrome do choque tóxico
- Provocado pelo estreptococo do grupo A;
- bactéria produz e libera proteínas extracelulares que atuam como superantígenos e estimulam a síntese de grande quantidade de citocinas derivadas do linfócito T, macrófagos e monócitos;
- Os principais superantígenos são as toxinas eritrogênicas A, B e C;
- Observa-se principalmente febre elevada, choque, eritema ou exantema maculopapular difuso, hiperemia de orofaringe e conjuntival;
- É frequente a insuficiência renal e a síndrome do desconforto respiratório.
ESTREPTOCOCCIAS - Tratamento:
- A terapêutica antimicrobiana visa evitar as complicações supurativas e prevenir a FR e a GNDA;
- A penicilina G benzatina DU, IM, 1.200.000 UI em crianças com mais de 25 kg e adultos;
- Para crianças com peso inferior a 25kg são administradas 600.000 UI. Quando se opta pela medicação via oral, o tempo de tratamento é de 10 dias
- SMZ/TMP não erradica o estreptococo. Macrolídeos e cefalosporinas são alternativas.