Queimadura Flashcards

1
Q

Definição:

A

Lesão de tecidos orgânicos em decorrência do trauma de origem térmica por exposição a chamas, líquidos ou superfícies quentes e frias, substâncias químicas, radiação, atrito ou fricção.

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2
Q

Evolução…

A

Extensão
Causa
Idade
Localização
Profundidade
Presença de comorbidades
Tempo de internação
Qualidade do atendimento
Precocidade da assistência nutricional

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3
Q

Queimaduras
• Nas primeiras 72 horas:

A

extravazamento de líquidos para o meio extravascular
• Formação de bolhas
• Casos graves: Edema intenso na mucosa do trato digestivo
• Tipos: 1°, 2° e 3° graus

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4
Q

PRIMEIRO GRAU:

A

• Espessura superficial
• Queimadura solar
• Afeta somente epiderme, sem formar bolhas
• Provoca vermelhidão, dor, edema, descamam 4-6 dias

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5
Q

SEGUNDO GRAU:

A

• Espessura superficial ou profunda
• Afeta epiderme e derme, com bolhas ou flictenas
• Base da bolha rósea, úmida, dolorosa (superficial)
• Base da bolha branca, seca, indolor (profunda)
• Restauração das lesões entre 7 e 2l dias

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6
Q

TERCEIRO GRAU:

A

• Espessura profunda (afeta a derme e tecidos subcutâneos)
• Pode causar destruição total de nervos, folículos pilosos, glândulas sudoríparas e capilares sanguíneos
• Placa esbranquiçada ou enegrecida
• Textura coreácea
• Não reepitelizam, necessitam de enxertia de pele

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7
Q

Cuidados especiais

A

• Primeiro cuidado: extinguir a fonte de calor
• fogo, líquidos e superfícies aquecidas, entre outras
Em seguida: lavar o local atingido com água corrente em temperatura ambiente
• Por tempo suficiente até que a área queimada seja resfriada
• Buscar auxilio médico e ligar: SAMU (192) ou Bombeiros (193)
• Não passe no local atingido nenhum produto ou receita caseira
•Qualquer substância que seja passada sobre a pele queimada vai irritá-la

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8
Q

Cuidados médicos

A

Primeiras 24h:
•Destinada à recolocação de fluidos e eletrólitos
• Aumentar a ingestão hídrica
• Posteriormente:
• Avaliação da profundidade e extensão
•Avaliação dos órgãos lesados
• Tratamento da ferida: limpeza e curativo
• Tratamento da infecção (se houver)
• Em casos graves: cirurgia de enxerto

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9
Q

Gravidade da Queimadura

A

Queimaduras de 2° e 3° graus em mais de 20% SCQ
• Queimaduras de 2° e 3° graus que envolvam face, mãos, pés, genitália
• Inalação de fumaça
• Trauma concomitante
mônica
• OBS: o estresse orgânico decorrente de queimadura pode se estender até I ano após a queimadura

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10
Q

Fisiopatologia

A

Trauma térmico
Destruição da barreira epitelial e da microbiota da pele
V
Perda da função de barreira protetora
Proliferação de microorganismos patógenos
Infecção local e sistêmica

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11
Q

Fisiopatologia

A

Após 36 a 48h: estado hipermetabólico (TMB até 100% acima do normal)
• Crianças vítimas de queimaduras Subnutrição energético - proteica
Depressão do sistema imune
~ Prejuízo na resposta inflamatória
Comprometimento da cicatrização
Comprometimento do crescimento e risco de morte
• Resposta de fase aguda
• Extravasamento capilar sistêmico → hipovolemia e choque
Necessidades nutricionais aumentadas!!!

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12
Q

Resposta metabólica

A

T hormônios catabólicos (glucagon, cortisol e catecolaminas)
hormônios anabólicos (hormônio de crescimento e testosterona)
T citocinas pró-inflamatórias (interleucinas 1, 6 e 8, fator de necrose tumoral)
T taxa metabólica basal
† temperatura corporal
T demandas de glicose e da neoglicogênese
Resistência periférica às ações da insulina
1 catabolismo protéico

Metabolismo energético
3 96%0
• até 20% SCQ = 1 30% GEB
• se > 50% SCQ = 1100% GEB

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13
Q

Metabolismo proteico

A

• I atividade anabólica endógena
• Catabolismo acelerado
• Perda de massa magra esquelética
• BN negativo até 12 meses após a injúria (perda diária de até 40g de nitrogênio urinário)
• Edema: J na concentração de PTNs séricas (albumina)
• T proteína C reativa
• T suscetibilidade às infecções
• Perda de músculos respiratórios → capacidade ventilatória prejudicada →
fadiga respiratória precoce
• Déficit de crescimento por até dois anos após a lesão

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14
Q

Metabolismo lipídico e de carboidratos

A

• Resistência periférica à insulina → hiperglicemia
• T da lipólise e da mobilização de ácidos graxos livres

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15
Q

Avaliação do estado nutricional

A

Avaliação clínica
•Balanço hídrico
• Avaliação antropométrica (cuidadosa)
• Lesões cutâneas
• Curativos oclusivos
• Retenção hídrica (edema)
• Avaliação laboratorial
• albumina, transferrina, pré-albumina; proteína C reativa; glicemia; eletrólitos
• Avaliação da ingestão alimentar (muito limitada)

Ingestão reduzida pela dor
• Quadro confusional persistente

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16
Q

Avaliação da composição corporal

A

Peso
• Aferição: I x/semana (durante toda a internação)
• Retirar a bandagem para pesar a criança
• Se a criança não conseguir ficar de pé: utilizar o peso habitual referido pela mãe (ou o peso do percentil 50 se a criança aparentar ser eutrófica)
Estatura
• Aferida, informada ou estimada

17
Q

Avaliação laboratorial

A

Exames laboratoriais a serem solicitados
Gerais: glicemia, hemograma com plaquetas, ácido úrico.
Função renal e hepática: uréia, creatinina, transaminase glutâmico-pirúvica (aspartato aminotransferase), transaminase glutâmico-oxalacética (alanina aminotransferase), fosfatase alcalina, gama glutamiltransferase, bilirrubinas totais, bilirrubina direta.
Metabolismo protéico: proteínas totais, albumina, capacidade latente de ligação do ferro, creatinina urinária de 24h.
Marcadores de fase aguda: proteína C reativa, ferritina, a-l-glicoproteína ácida, uréia urinária de 24h.
Minerais e eletrólitos: ferro, zinco, selênio, sódio, potássio, cálcio iônico, fósforo, magnésio.
Metabolismo lipídico: colesterol total, HDL-colesterol, LDL-colesterol, triglicérides
Vitaminas: ácido fólico, vitamina B12, vitamina C, vitamina E, vitamina A,

18
Q

Oferta de nutrientes

A

Oferta adequada de nutrientes
Melhor cicatrização cutânea
Fundamental para uma boa evolução clínica
Maiores chances de sobrevivência

19
Q

Terapia nutricional

A

Iniciar precocemente dentro de 12 horas após a lesão, se houver estabilidade hemodinâmica, preferencialmente pela via oral ou enteral
• Objetivo: minimizar a resposta metabólica ao trauma térmico; melhorar a resposta imune (aumentar produção de imunoglobulinas)

20
Q

Terapia nutricional
nutren tids
Via Oral

A

• Se houver tolerância/ aceitação:
• alimentos de consistência branda ou pastosa
• mornos ou frios, porcionados em 6 ou mais refeições/dia
• Quanto maior a extensão da área queimada → menor
a
aceitação alimentar
• Suplementos nutricionais: frequentemente densidade energética: 1,5 a 2,0 kcal/ml

21
Q

Nutrição enteral via sonda

A

• Via preferencial de alimentação nos grandes queimados
• Indicações VO insuficiente
•Grandes queimados
• Complicações infecciosas
• Comprometimento prévio do estado nutricional
• Perda de peso > 10% durante o tratamento
• > 20% da SCQ
• Inconsciência
• Queimaduras de face, trato respiratório
•Necessidade de ventilação mecânica

22
Q

Nutrição enteral

A

Favorece: † fluxo sanguíneo intestinal, crescimento e renovação da mucosa (motilidade e trofismo intestinais).
• Verificar a necessidade de dieta enteral oligomérica/ monomérica (edema no TGI)
Nitrini
Início precoce da NE:
_ Tempo de internação
_ Frequencia de quadros infecciosos
| Necessidade de procedimentos cirúrgicos
1 Uso de antibióticos

Recomendação: bomba de infusão
• Volume: iniciar com 1/3 do volume total: evitar Síndrome de Realimentação!
• Aumento gradativo

23
Q

Nutrição parenteral

A

Raramente indicada
• TNE impossibilitada ou quando necessário períodos frequentes de jejum (debridamento e enxertia)
• NP isolada: atrofia da mucosa intestinal, † permeabilidade, translocação bacteriana e sepse

24
Q

Proteínas

A

Dieta hiperproteica
• 1,5 a 3,0g/kg/dia
• É recomendável considerar a suplementação de glutamina (0,3g/kg/dia durante 5 a 10 dias), mas não a arginina
• Glutamina → aminoácido que se torna condicionalmente essencial para pacientes queimados → é substrato favorito para linfócitos e enterócitos

25
Q

Carboidratos

A

• 55 - 60% do VET
• 2 a 18g/kg/dia
• Na parenteral: não exceder 5 mg/kg/min
• Em caso de hiperglicemia: administrar insulina

26
Q

Lipídios

A

• 25-35% do VET
• linoleico 4,5% do VET
• linolênico 0,5% do VET

27
Q

Vitaminas e minerais

A

Perdas por via urinária e cutânea
• Pode ser necessário reposição desde o início da TN enteral
• Sugestão: suplementação de vitaminas antioxidantes, zinco, cobre e selênio
• Prevenir lesão tissular e a resposta imunológica inadequada secundárias ao estresse oxidativo.
• Verificar se a quantidade de vitaminas na dieta enteral já ultrapassou a RDA ou a UL
•Devido ao alto volume de NE, pode-se facilmente atingir a UL
•Nesse caso, não é necessário suplementar

28
Q

Líquidos

A

Reposição de fluídos e eletrólitos - principalmente nas primeiras 24h - terapia intravenosa (equipe médica)
• Garantir a ingestão hídrica via oral

29
Q

Conclusão

A

Terapia nutricional deve ser precoce
• Paciente deve ser avaliado clínica e laboratorialmente com frequência, até estabilização
• Necessidades calóricas e protéicas geralmente são muito elevadas
• TNE é prioritária em relação à NPT