Púrpura Flashcards
O que são lesões purpúricas?
Lesões que tem entre 2mm a 1cm e não desaparecem com digitopressão
O que são equimoses?
Lesões maiores do que 1cm que ocorrem por covalêscencia de várias petéquias ou por um sangramento de um vaso ligeiramente maior.
O que são plaquetas?
São fragmentos celulares derivados de megacariócitos, grandes células multinucleadas situadas na medula óssea. Sua sobrevida no sangue periférico é de 7 a 10 dias.
Qual a abordagem ao paciente com plaquetopenia?
A avaliação clínica deve abordar:
- manifestações hemorrágicas
- localização e gravidade do sangramento
- presença de sintomas sistêmicos que sugiram causas secundárias (neoplasicas, colagenoses, infecções).
- presença de esplenomegalia
- uso de medicações e álcool
- história familiar de plaquetopenia e sangramentos
- histórico transfusional
- fatores de risco para infecção por HIV e hepatites
- antecedentes de neoplasias hematológicas e não- hematológicas
O que são petéquias?
São lesões avermelhadas, puntiformes, menores que 2mm de diâmetro
Quais são as patologias associadas a plaquetopenia por alteração na produção?
- lesão medular por álcool/drogas/irradiação
- anemia aplástica
- câncer metastático
- leucemias
- mielofibrose
- anemia megaloblastica
- síndrome mielodisplasica
- plaquetopenias congênitas / hereditárias
Quais as patologias associadas a plaquetopenia por aumento da destruição?
- coagulação intravascular disseminada (CIVD)
- púrpura trombocitopênica trombótica/ síndrome hemolítico-urêmica
- sepse
- púrpura trombocitopênica idiopática (PTI)
- plaquetopenia induzida por fármacos
- trombocitopenia induzida por heparina (HIT)
- colagenoses
- hepatites B e C
- infecção por HIV, CMV, Varicela Zóster
- linfomas e leucemia linfocítica crônica
Qual o diagnóstico diferencial pelo quadro clínico das plaquetopenias e das coagulopatias?
Plaquetopenias:
Hemorragia cutâneo mucosa, início de sangramento imediato, petéquias, púrpura, equimoses, epistaxe, menorragia/metrorragia
Coagulopatias:
Hemorragia profunda, início de sangramento tardio, hematomas, sangramentos articulares, sangramento em cavidade abdominal
Quais são os principais exames laboratoriais na avaliação de plaquetopenia?
Hemograma completo
Contagem manual de plaquetas
Hemocultura
Aspirado de medula óssea/biópsia de medula óssea
Tempo de protrombina, tempo de tromboplastina parcial, tempo de trombina, fibrinogênio e D-dímero
FAN
Teste da antiglobulina direta (coombs direto)
Anticorpo anticardiolipina e anticoagulante lúpico
Sorologias para doenças infecciosas
O que é a coagulação intravascular disseminada?
Síndrome caracterizada por excessiva geração de trombina, que ativa a coagulação de maneira patológica levando ao consumo de fatores de coagulação e promove ativação de plaquetas. Sua expressão clínica varia podendo se manifestar por somente anormalidade laboratoriais ou em combinação com complicações hemorrágicas e trombóticas.
O que é a púrpura trombocitopênica trombótica?
Patologia rara, caracterizada por trombocitopenia, anemia hemolítica microangiopática de causa não elucidada. A fisiopatologia implicada na PTT idiopática envolve a inibição por autoanticorpos da atividade de uma metaloprotease a ADAMTS 13, responsável pela clivagem dos multímeros do fator de von Willebrand.
Quais são os sintomas que podem acompanhar a púrpura trombocitopênica trombótica?
Febre, comprometimento neurológico variável (desde sintomas inespecíficos como cefaleia, confusão e fadiga até crises convulsivas) e comprometimento renal.
O que é a terapia por plasmaférese e qual a sua eficácia?
A plasmaferese consiste em uma terapia em que o plasma do paciente é filtrado e suas proteínas e anticorpos danosos são removidos, assim como os outros componentes do plasma. Sua eficácia é decorrente da remoção dos autoanticorpos patogênicos e reposição paralela da prótese ADAMTS 13, restaurando a regulação normal da adesão plaquetário dependente do fator de von Willebrand.
O que é a púrpura trombocitopênica trombótica secundária?
Ela pode estar associada a algumas condições como infecções, alguns tipos de câncer, transplante de medula óssea, transplante de órgãos sólidos, quimioterapia e drogas. O mecanismo fisiopatológico não é muito conhecido e a deficiência da ADAMTS 13 é rara. O tratamento é o prognóstico são dependentes da patologia de base.
O que é a síndrome hemolítica urêmica?
Na síndrome hemolítica urêmica a deficiência de ADAMTS 13 é rara, e a fisiopatologia parece estar associada à lesão endotelial pela toxina Shiga produzida pela E. coli. Tem maior prevalência em crianças menores do que 5 anos. Observam-se insuficiência renal e oligúria com necessidade frequente de diálise, além de dor abdominal e diarreia sanguinolenta em alguns casos. A doença é autolimitando e a insuficiência renal geralmente se resolve em 2 a 3 semanas. Não há estudos que mostrem eficácia de plasmaferese nesse caso.