Psicopatologia Flashcards

1
Q

Exame Psíquico compreende quais partes? (4)

A

1 Apresentação

  1. Plano Volitivo
  2. Plano Intelectivo
  3. Plano Afetivo

“A via”

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2
Q

Plano Intelectivo é composto por quais partes?

A
1- Consciência
2- Atenção
3- Orientação
4- Senso-percepção
5- Memória
6- Inteligência
7- Pensamento

“coisa PM”

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3
Q

O que é consciência?

A

É a forma de vida mental que nos permite captar o mundo dos fenômenos de forma organizada e significativa. Nos coloca em contato com a realidade.

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4
Q

Diferença entre objeto e fenômeno?

A

Fenômeno é um objeto que está passando pela consciência.

Objeto é um ente que existe na realidade, mas está fora da consciência.

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5
Q

Características da consciência?

VAI NOÇÃO

A

1- Intencionalidade: está dirigida a objetos da realidade
2- Auto e hetero conhecimento: plena diferenciação entre o sujeito e os objetos da realidade.
3- Vivência: experiência interna do sujeito com o objeto.
4- Noção de campo da consciência: Clareza e Amplitude
• Clareza: é a nitidez com a qual eu capto os objetos da realidade;
• Amplitude: O maior ou menor número de objetos presentes na consciência, equivale a amplitude da consciência.

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6
Q

Psicopatologia da consciência:
1- Divisões?
2- Significado psicopatológico?

A

Divisões:

Alterações quantitativas da consciência refere-se a intensidade da clareza das vivências psíquias
Alterações quantitativas benignas: sono
Alterações quantitativas:
1- Obnubilação, Sopor e Coma

Síndromes psicopatológicas decorrentes do rebaixamento da consciência:
2- Delirium, Amência e Estado Onírico

Alterações qualitativas sãonuk estreitamento do campo da consciência, a consciência abarca um conteúdo normal e está restrita a determinadas vivências.
Alterações qualitativas da consciência fisiológicas: sonhos
Alterações qualitativas da consciência patológicas:
3- Estado Crepuscular, Estado Segundo, Dissociação da Consciência, Transe, Estado hipnótico, Experiência de quase morte

Significado: Raramente alterações da consciência são de cunho psicológico, transtorno dissociativo é um exemplo, mas é raro.

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7
Q

O que é Obnubilação?

A

É o rebaixamento do nível de consciência, levando a um prejuízo na interação com a realidade. Ocorre todas as vezes que o cérebro é agredido diretamente, por exemplo, TCE. Quando decorrente de causas tóxicas é chamado de “embriaguez”.

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8
Q

O que é delirium?

A

É quando a obnubilação vem acompanhada de alucinações e importante ansiedade.

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9
Q

O que é Amência?

A

É obnubilação acompanhada de agitação psicomotora e pensamento incoerente.

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10
Q

O que é Estado Crepuscular?

A

É o apagamento do campo da consciência. A pessoa passa por automatismo psicomotor. O indivíduo pode ter uma reação elementar ou uma reação complexa, mas sem nenhum domínio consciente. No estado crepuscular diferente da Obnubilação a memória está abolida, a pessoa não se lembra do que fez.

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11
Q

O que é Atenção?

A

Estado de concentração da atividade mental sobre determinado objeto. Foco da consciência.

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12
Q

A atenção pode ser classificada quanto? (4)

A

1- Natureza
2- Direção
3- Amplitude
4- Qualidade

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13
Q

Classificações da atenção:

A

1- Natureza: Espontâneo “depende do objeto” e Voluntária “depende do sujeito”.
2- Direção: Externa “objetos que são aprendidos pela sensopercepção” e Interna “meditações”.
3- Amplitude: Concentrada “quando a atenção está dirigida para aspectos essenciais” e Dispersa “mobilização por aspectos acessórios”.
4- Qualidade:
Tenacidade “manter a atenção focada sobre determinado conteúdo”, Vigilância “disponibilidade de desviar a atenção de um objeto a outro”,

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14
Q

Psicopatologia da atenção?

A

Hipoprosexia: diminuição global da capacidade atentiva
Aprosexia: abolição da capacidade de atenção.
Distração: superconcentração da atenção sobre determinado conteúdo em detrimento do resto HipertenacidadeXhipovigulância.
Distraibilidade: atenção instável o tempo inteiro Hipervigilânciaxhipotenacidade.
Hiperprosexia: Hipervigilância e hipertenacidade. Típica dos quadros maníacos.

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15
Q

Hipoprosexia?

A

Diminuição global da capacidade atentiva.

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16
Q

Aprosexia?

A

Abolição da capacidade atentiva.

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17
Q

Distração?

A

Superconcentração da atenção sobre determinado conteúdo em detrimento do resto.

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18
Q

Distraibilidade?

A

Atenção instável o tempo inteiro. Hipotenacidade com Hipervigilância.

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19
Q

Hiperprosexia?

A

Hipervigilância e Hipertenacidade.

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20
Q

Orientação conceito?

A

Conhecimento da real situação a cada momento, no tempo, espaço e em relação a si mesmo.

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21
Q

Orientação categorias?

A

Alopsíquica: orientação no tempo e espaço.

Autopsíquica: orientação em relação ao sujeito em si(nome, idade, estado civil, profissão, etc).

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22
Q

A orientação é uma função?

A

Teleológica

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23
Q

O que é uma função Teleológica?

A

É una função finalista. “quanto mais melhor”, ou seja, não segue um padrão estatístico. Então, só existe alteração para mais e não para menos.

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24
Q

O que é sintome primário e secundário?

A

Primário: Não é derivado de nada, é a própria condição mórbida.

Secundário: é secundário a um sintoma primário.

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25
Q

Desorientação primária:

A

Ocorre apenas na demência.

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26
Q

Desorientação secundária:

A

Apática: desinteresse afetivo pode gerar desatenção, pois a pessoa fica desinteressada na realidade, geralmente é apenas alopsíquica.

Mnéstica: desorientação por alteração da memória, pode comprometer tanto a orientação autopsíquica quanto a alopsíquica.

Delirante: desorientação decorrente de um delírio, pode comprometer tanto a alopsíquica quando a autopsíquica depende do delírio.

Amencial: desorientação secundária a qualquer alteração da consciência.

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27
Q

Valor semiológico da desorientação:

A

Desorientação primária ocorre apenas na demência.

Nas causas secundárias deve-se buscar o sintoma primário.

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28
Q

Semiotécnica da orientação:

A

Pessoa consegue sair de casa sozinho? Consegue seguir uma agenda? Sabe o dia e sabe se localizar?

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29
Q

Sensopercepção conceito?

A

Ato intencional que relaciona a consciência com os objetos sensíveis, visando a apreensão de um todo organizado

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30
Q

Sensopercepção x Realidade

A

Podemos nos relacionar com a realidade interna ou externa
Realidade interna através da meditação
Realidade externa nós apreendemos através dos órgãos do sentido

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31
Q

Apreender é igual a Compreender?

A

Não.
Compreender exige funções mais complexas do que as do campo da sensopercepção.
Nem sempre é possível entender o significado do que foi apreendido.
Exemplo: somos capazes de ouvir/apreender o que outra pessoa está falando em uma língua estrangeira, mas não somos capazes de compreender/entender o significado do que está sendo dito

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32
Q

O que é a imagem?

A

É o produto gerado na consciência a partir de um objeto da realidade que foi apreendido pelos órgãos do sentido.
A realidade da forma como eu experimento, eu experimento no interior da minha consciência.

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33
Q

Modalidades de imagem

A
1 - Perceptiva
2 - Representativa (mnêmica)
3 - Pós-sensorial (eco sensorial)
4 - Fantástica (fabulatória)
5 - Onírica
6 - Eidética
7 - Visão fantástica

“PReP FOVE”

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34
Q

Imagem Perceptiva?

A

Produto da sensopercepção. Uma imagem perceptiva é gerada na relação direta e imediata do sujeito com a
realidade a sua volta. Suas propriedades são:
• Nitidez - é clara, delimitada.
• Corporeidade - tem consistência interna.
• Estabilidade - estabilidade intrínseca da imagem, porque é produzida a partir de um objeto externo.
• Extrojeção - imagem nasce a partir de um objeto externo ao eu.
• Ininfluenciabilidade voluntária - imagem tem compromisso com o objeto, e não com o sujeito, de tal forma que eu não sou capaz de modificar voluntariamente as imagens que eu recebo.
• Aceitação pelo juízo da realidade - eu sei que o objeto existe fora dos limites do eu, me garante que os objetos são compartilhados por todos que estão tendo
aquela senso-percepção.
- Frescor sensorial - está acontecendo

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35
Q

Imagem Representativa (mnêmica)?

A

É uma imagem representativa, de memória. Não tem nitidez, corporeidade, estabilidade, extrojeção (introjetada, nasce na realidade interna), ininfluenciabilidade (eu posso modificar se eu quiser).
É normal e é aceita pelo juízo da realidade nas suas características.

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36
Q

Imagem Pós-sensorial (eco sensorial)?

A

É um eco de uma imagem perceptiva anterior. Esse eco se dá devido a intensidade sensorial do objeto. Ex: quando eu olho diretamente para o sol, se eu desviar o olhar eu continuo vendo a imagem dele.
É normal e é aceita pelo juízo da realidade dentro das suas características.

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37
Q

Imagem Fantástica (fabulatória)?

A

É uma imagem inventada pela mente. Para produzir a imagem a mente aproveita conhecimentos adquiridos.
É normal e aceita pelo juízo da realidade dentro das suas características.

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38
Q

Imagem Onírica?

A

É a imagem do sonho.
É ilógica e atemporal.
Normais desde que experimentadas durante o sonho.

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39
Q

Imagem Eidética?

A

Fenômeno raro, mais comum em crianças.
Capacidade individual de recordar uma imagem com características muito próximas à imagem perceptiva, mas reconhecendo que é uma recordação.
“Memória fotográfica”.
Normal e aceita pelo juízo da realidade dentro das suas características.

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40
Q

Visão fantástica?

A

Não é muito frequente.
Numa situação que a pessoa está relaxada e com poucos estímulos sensitivos, quando ela fecha os olhos podem ocorrer imagens visuais (sombras, objetos, cenas).
Não confundir com fenômeno psicopatológico.

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41
Q

Psicopatologia da Sensopercepção?

A

1 - Ilusão
2 - Alucinação
3 - Pseudoalucinação

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42
Q

Ilusão?

A

Produção de uma imagem deformada a partir de um objeto presente no campo sensorial.
Pode ser um fenômeno psicopatológico, desde que comprometa o juízo da realidade.
Com frequência não é, porque o cérebro tem uma tendência a corrigir a deformação.
Uma das características da ilusão é que quando o cérebro corrige a imagem, não é possível vê-la novamente
Pode ser devido a inatenção, não como fenômeno psicopatológico, mas por uma falência momentânea da atenção ou por dirigir a atenção a determinado foco e não outro

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43
Q

Tipos de Ilusões?

A

• Paridólica: produção de uma imagem em um fundo sensorial incompleto (ex: imagens que surgem nas nuvens; cara do demônio na fumaça do 11 de set).
• Catatímica: deformação da realidade por desejo ou temor (ex: ao andar no bosque a noite, pode-se ver um animal feroz, e ao olhar de novo, pode-se perceber que é apenas uma árvore).
Essas ilusões são absolutamente normais na vida psíquica. Quando de uma situação psicopatológica, elas podem ocorrer perturbando o juízo da realidade.

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44
Q

Alucinação?

A

É sempre um fenômeno psicopatológico, não existe alucinação na vida psíquica normal.
É a produção de uma imagem com as características de uma imagem perceptiva, mas sem a presença do objeto no campo sensorial.
Quando ocorre uma alucinação, o indivíduo não tem dúvida de que o objeto está lá, porque tem as mesmas características da imagem perceptiva, inclusive
aceitação pelo juízo da realidade. Por exemplo, se eu ouço vozes, mas reconheço que só eu sou capaz de ouvir e os outros não, isso não é alucinação.

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45
Q

Tipos de Alucinações?

A
1 - Tátil
2 - Cenestésica
3 - Cinestésica
4 - Sinestésica
5 - Reflexa
6 - Olfativas
7 - Gustativas
8 - Auditiva
9 - Visual
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46
Q

Alucinação Tátil?

A

Ex: pequenos animais caminhando pela pele.

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47
Q

Alucinação Cenestésica?

A

Pessoa tem vivências de transformação corporal.

Ex: paciente descreve que tem um animal dentro de seu abdome que fica se movimentando.

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48
Q

Alucinação Cinestésica?

A

De movimento.

Ex: pessoa alucina que está movimentando quando não está.

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49
Q

Alucinação Sinestésica?

A

Pessoa tem uma percepção normal e alucina por uma via impossível.
Ex: ver a cor do som.

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50
Q

Alucinação Reflexa?

A

Pessoa tem estímulo em uma via sensorial e alucina por outra.
Ex: ouve o miado de um gato e tem a alucinação visual de um gato.

51
Q

Alucinação Olfativas?

A

Alucinação elementar.

Ex: cheiros desagradáveis

52
Q

Alucinação Gustativas?

A

Alucinação elementar.

Gosto metálico, por exemplo

53
Q

Alucinação Auditiva?

A

Pode ser elementar (apenas ruídos) ou complexa (palavras, frases).
• Funcional
Não é infrequente.
Pessoa tem uma percepção auditiva normal que vem acompanhada de alucinação.
Ex: pessoa ouve o barulho da água do rio e junto ouve vozes, mas sabe diferenciar o que é a o barulho da água e o que é a voz. Se ela não ouvir o barulho do rio não tem alucinação.
• Teleológica
Alucinações auditivas imperativas, o paciente obedece cegamente.
Se o indivíduo consegue se contrapor não é teleológica.

54
Q

Alucinação Visual?

A

Pode ser simples (luzes, sombras) ou complexa (objetos, cenas).
• Extra-campina
Único tipo de alucinação visual que pode ocorrer na esquizofrenia.
É uma alucinação visual fora do campo visual.
Ex: a pessoa vê alguém atrás da parede.

55
Q

Pseudoalucinação?

A

Se não há aceitação pelo juízo da realidade e/ou se está dentro dos limites do eu (introjetada), então é uma pseudoalucinação.
Ex: paciente ouve alguém falando dentro da cabeça dele; paciente ouve vozes e vê coisas mas coloca em dúvida (na hora que está acontecendo).
Tem menos valor psicopatológico que a alucinação.

56
Q

Valor semiológico das alterações na Sensopercepção?

A

• Ilusões
Podem acontecer em qualquer situação, na vida psíquica normal ou em qualquer transtorno mental.
É sintoma se perturbar o juízo da realidade.
• Alucinações
Sintoma francamente psicótico.
Alucinação com alteração de consciência = delirium.
Alucinação sem alteração de consciência = esquizofrenia.
• Pseudoalucinações
Alucinação e vivência delirante são os verdadeiros sintomas psicóticos, e não ocorrem nos transtornos de humor. Quando as classificações americanas falam de episódios de transtornos de humor com sintomas psicóticos, está se referindo a pseudoalucinação ou ideia deliroide.

57
Q

Semiotécnica da Sensopercepção?

A

Sintomas que perturbam importantemente a relação do indivíduo com o ambiente a sua volta. Uma pessoa que tem alucinações nunca é passiva diante da situação, o comportamento está sempre alterado.

58
Q

Quais as propriedades de uma Imagem Perceptiva?

A
1 - Nitidez 
2 - Corporeidade
3 - Estabilidade 
4 - Extrojeção -
5 - Ininfluenciabilidade voluntária 
6 - Aceitação pelo juízo da realidade -
59
Q

Memória conceito?

A

Guardar as informações que me permitem enfrentar a realidade.
A memória tem compromisso com o futuro, guardar informações relevantes para poder agir da forma correta no futuro.
A memória é um grande processo, envolve a condição de captar (aquisição/ registro), fixar (consolidação), conservar, evocar (recuperação), reconhecer e localizar no tempo e no espaço os fatos vivenciados -> processo mnêmico pleno.

60
Q

Classificação da Memória?

A

Curto prazo x Longo prazo

Explicita (declarativa) x Implícita (não-declarativa)

61
Q

Memória de curto prazo?

A

Imediata, operante, de trabalho.
Gerencia a minha realidade, é a que eu uso para executar uma tarefa.
Não produz arquivos, fica na consciência apenas enquanto a tarefa está sendo realizada
Córtex pré-frontal.

62
Q

Memória de longo prazo?

A

Memória que é armazenada.
- Recente: rica em detalhes, porém, esses vão sendo perdidos com o passar do tempo.
Memória mais elétrica, talâmica.
- Remota: compacta, não muda mais com o tempo.
Memória mais bioquímica, límbica.

63
Q

Memória explicita (declarativa)?

A

Memória trazida à consciência, e porque vem a consciência eu posso falar dela. Pode vir na forma de fatos ou conceitos
• Episódica (orgânica) -> eventos autobiográficos.
• Semântica (psíquica) -> conhecimentos gerais.
Hipocampo e córtex entorrinal

64
Q

Memória implícita (não-declarativa)?

A

Memória que me permite agir, mas sem tomada consciente dos fatos
• Procedural = de procedimentos.
Experiência influencia o comportamento sem recuperação consciente.
Núcleo caudado e cerebelo.

65
Q

Fatores facilitadores da Memória?

A
  • Atenção: relacionada a memória imediata/de trabalho
  • Repetição: quando as coisas se repetem fica mais fácil reter a informação.
  • Interesse afetivo: é mais fácil guardar as coisas que nos interessam, decorar = saber de coração.
  • Estímulos sensoriais múltiplos: no século XX, os professores liam os livros para os alunos, porém, depois se percebeu que quando se ouve, vê e faz o aprendizado é maior.
  • Vontade: quando a vontade é direcionada a aprender determinada coisa o aprendizado é maior.
  • Tempo: se as informações vem em uma sequência muito intensa a memorização é perturbada (ex: uma aula deveria durar 45/50 min).
66
Q

Como se dá o esquecimento?

A

Lei da regressão mnêmica - Ribot (os fatos são esquecidos nesse ordem):
• Do recente para o antigo
• Do complexo para o simples
• Do menos para o mais organizado
- Quando a pessoa tem um déficit de memória progressivo (demência), a sequência é exatamente essa, ou seja, a sequência se repete tanto fisiologicamente quanto patologicamente.
- Podas neuronais: ocorrem no início da adolescência (poda neuronal de todas as informações que nós recebemos na infância e não utilizamos posteriormente).

67
Q

Psicopatologia da Memória?

A
• Alterações quantitativas
- Hipermnésia
- Hipomnésia
•  Alterações qualitativas
- Ilusão mnêmica (alomnesia)
- Alucinação mnêmica (paramnesia)
- Fabulação
- Pseudologia fantástica (mitomania maligna)
- Criptomnesia
- Déjà vu
- Jamais vu
- Ecmnesia
68
Q

Hipermnésia?

A

É o aumento anormal da capacidade de retenção e evocação dos dados.
Não é normal, porém não é disfuncional.
Não é considerada do ponto de vista psicopatológico, é de interesse muito mais para o estudo da memória. Pode ser permanente, algumas pessoas tem a memória avantajada desde sempre.
No entanto, pode ser ocasional:
- em uma transe hipinótica
- durante o sonho
- em perigo iminente de morte

69
Q

Hipomnésia/amnesia?

A

Só se apresentam clinicamente quando são
disfuncionais.
A maioria das pessoas queixa de falta de memória, mas não apresenta alterações, apenas gostaria de ter uma memória melhor
Pode ser:
• Progressiva: quando o comprometimento vai se acentuando com o tempo (ex:demência).
• Maciça: quando há um apagamento da memória maior ou menor, seja no sentido retrógrado ou anterógrado, a partir de um acometimento qualquer (ex:TCE).
• Sistematizada: quando a pessoa esquece certos conteúdos mas se lembra de outros que ocorreram mais ou menos no mesmo período de tempo.
• Retrógrada: dificuldade de recordar fatos já fixados.
• Anterógrada: dificuldade de fixar fatos novos.

70
Q

Ilusão mnêmica (alomnesia):?

A

Recordação deformada de um fato vivenciado (ex:
eu me lembro de ter conversado com uma pessoa, porém, acho que nós conversamos sobre determinado assunto, quando na verdade foi outro).

71
Q

Alucinação mnêmica (paramnesia)?

A

Plena recordação de algo que não foi vivido.

É um sintoma psicótico.

72
Q

Fabulação?

A

Indivíduo apresenta amnésia de fixação e quando perguntado sobre determinado assunto, inventa algo para cobrir essa lacuna de memória, acreditando em tudo que está contando.
Entretanto, não fixa essa história, e ao ser indagado novamente sobre o mesmo assunto inventa uma nova história.
É muito comum em alcoolistas crônicos, pois o álcool lesa certas regiões do tálamo (particularmente os corpos mamilares), com isso, a pessoa começa a ter
dificuldade de reter novos fatos na memória.

73
Q

Como diferenciar Fabulação x Alucinação mnêmica?

A

Para observar a diferença da alucinação mnêmica, é importante primeiramente observar se há amnésia, já que esse é o sintoma de base da fabulação. Além disso, na alucinação mnêmica a pessoa sempre conta a mesma história.

74
Q

Pseudologia fantástica (mitomania maligna)?

A

Invenção livre, mas não para cobrir lacuna de memória, e sim chamar atenção, porém, ela passa a acreditar nas histórias.

75
Q

Criptomnesia?

A

Um fato de memória volta a consciência, mas a pessoa não se dá conta que é algo de memória e acredita que é algo novo.
Ex: eu conto uma história para a pessoa e ela fala que quer me contar uma história também, mas ao invés de contar outra história, só repete a mesma história que eu acabei de contar.

76
Q

Déjà vu?

A

Pessoa está diante de um fato original e tem a experiência de estar vivendo uma cena já vivida.

77
Q

Jamais vu:?

A

Pessoa está em uma situação familiar, porém, tem a experiência de ser uma situação nova.

78
Q

Ecmnésia?

A

Recordação lacunar de um fato distante com presentificação emocional do vivido.
A pessoa se recorda vividamente da situação, é
como se ela estivesse vivendo novamente a situação e experimenta no momento da recordação, a mesma experiência emocional que ela teve na época do fato.

79
Q

Valor Semiológico das alterações de Memória?

A
  • Hipomnesia /amnesia: comprometimento orgânico (demência, TCE, alcoolista crônico, etc) ou psicogênico (quadros dissociativos).
  • Hipermnesia: não é clinicamente relevante.
  • Ilusão mnêmica: acontece em várias situações, inclusive na vida psíquica normal.
  • Alucinação mnêmica: é de natureza psicótica, porém, não tem o valor semiológico da alucinação.
  • Fabulação: depende de uma amnésia de fixação (ex: psicose de Korsakoff - alcoolista crônico)
  • Pseudologia fantástica: transtornos de personalidade.
  • Criptomnesia: acometimento orgânico cerebral (demências).
  • Déjà vu/ Jamais vu: vida psíquica normal, mas quando é um sintoma disfuncional que se repete denota um acometimento orgânico cerebral.
  • Ecmnesia: evidente no transtorno de estresse pós traumático.
80
Q

Semiotécnica da Memória?

A
  • Anamnese
    Repercussão vivencial: sintomas necessariamente tem que modificar o comportamento da pessoa, ser disfuncional.
    • Memória de trabalho
    Repetir série de números ou palavras (não deixar muito tempo, no máximo 1 ou 2 perguntas distratoras).
    • Memória recente
    Quem sou eu (entrevistador)? Onde estamos? Há quanto tempo está no hospital?
    • Memória remota
    Perguntas sobre familiares, atividades profissionais, atualidades (quando você não conhece a história do paciente ou não tem nenhum familiar para confirmar).
81
Q

Inteligência conceito?

A

A memória me ajuda a lidar com os fatos da realidade que se repetem. Quando surgem coisas novas, a inteligência me ajuda a criar uma solução original para
aquela situação.
Inteligência é a capacidade de se adaptar a situações novas mediante o consciente emprego dos meios ideativos.

82
Q

Modalidades de Inteligência?

A

Inteligência prática x Inteligência conceitual

83
Q

Inteligência prática?

A

= Orgânica
Um aspecto da inteligência é a capacidade de produzir ferramentas. Outros animais utilizam ferramentas, mas só o homem produz.

84
Q

Inteligência conceitual?

A

= Teórica
Capacidade de viver no mundo abstrato, de desenvolver um código de comunicação que é abstrato no campo conceitual.
Os outros animais vivem no plano dos sinais, nós vivemos no plano dos símbolos. Os animais se comunicam, eles tem sons para avisar de perigo
iminente, sons de acasalamento, etc. Nós chamamos um objeto de mesa, por exemplo, mas o nome não tem absolutamente nada a ver com o objeto, é apenas um símbolo que nós utilizamos para traduzir o objeto. O sinal é uma extensão do objeto, o símbolo não, é um mero conceito.

85
Q

Fatores para o desenvolvimento da Inteligência?

A

1 - Fator genético-constitucional
2 - Fator ambiental
3 - Fator etário
4 - Fator sexual

86
Q

Fator ambiental?

A

O que é importante são as condições de vida (alimentação, condições de saúde - TCE, encefalites), para garantir que a potencialidade com que a pessoa nasceu se desenvolva.
A educação não interfere na inteligência.

87
Q

Fator etário?

A

A inteligência ao nascer é zero, evolui rapidamente até os 13 anos de idade, um pouco mais lentamente até os 16, lentamente até os 21 e nessa idade estabiliza.
A neurogênese continua, mas o processo de maturação cerebral termina nessa idade.

88
Q

Fator sexual?

A

Antes dos 21 anos a inteligência do homem é significativamente menor do que a inteligência da mulher. Após essa idade não há diferença.

89
Q

Fatores condicionantes da Inteligência?

A

São fatores que dão condições para o exercício da inteligência.
1 - Condições instrumentais
2 - Condições promotoras

90
Q

Condições instrumentais?

A

Dão matéria prima para o exercício da inteligência ou
permitem a externalização da inteligência.
1 - Integridade sensorial
2 - Memória
3 - Habilidade psicomotora
4 - Habilidade verbal
5 - Resistência a fadiga

91
Q

Integridade sensorial x Inteligência?

A

Permite um maior aporte de informações e a pessoa pode produzir mais intelectualmente (ex: duas pessoas de inteligência igual, uma normal e outra cega, surda e muda, e primeira vai parecer mais inteligente).

92
Q

Memória x Inteligência?

A

Se a memória é maior, o indivíduo tem mais conteúdo para trabalhar, e consequentemente pode produzir mais. Na prática, pessoas com inteligência
privilegiada costumam ter memória pior, enquanto pessoas com uma ótima memória não são tão inteligentes.

93
Q

Habilidade psicomotora x Inteligência?

A

Contribui para a externalização da inteligência.

94
Q

Habilidade verbal x Inteligência?

A

Contribui para a externalização da inteligência.

95
Q

Resistência a fadiga x Inteligência?

A

Pessoas mais esforçadas conseguem produzir mais.

Normalmente, pessoas que tem inteligência superior costumam ser mais preguiçosas

96
Q

Condições promotoras?

A

Avivam o processo intelectual (a inteligência não flutua, porém, a produção intelectual pode variar de acordo com esses fatores).
• Atenção
• Sentimentos
• Vontade

97
Q

Psicopatologia da Inteligência?

A

Déficit: compromete o funcionamento.

Aumento não é considerado, porque a pessoa se adapta.

98
Q

Valor semiológico da Inteligência?

A
1 - Retardo mental
2 - Demência
3 - Pseudo-oligofrenia
4 - Imbecilidade desarmônica
5 - Estupidez emocional
6 - Sentimento de estupidez
99
Q

Retardo mental?

A
Estagnação precoce do desenvolvimento da inteligência por prejuízo funcional.
• Leve (debilidade mental) - 85%
• Moderado (imbecilidade) - 10%
• Grave (idiotia) - 4%
• Profundo - 1%
100
Q

Demência?

A

Perda de competências intelectuais, própria do 3º terço da vida.

101
Q

Pseudo-oligofrenia?

A

Situações clínicas onde o rendimento intelectual está baixo, mas a inteligência é normal. Ex: criança com dificuldade de visão ou audição que vai para a escola e tem dificuldade para aprender, mas tem inteligência normal.

102
Q

Imbecilidade desarmônica?

A

Desenvolvimento intelectual precoce (na infância é uma criança superdotada), com estagnação também precoce (retardada na vida adulta).

103
Q

Estupidez emocional?

A

A pessoa tem inteligência normal com rendimento intelectual normal, desde que não esteja sob pressão emocional.

104
Q

Sentimento de estupidez?

A

Pessoa tem inteligência normal, mas acha que é limitada. Dessa forma, não produz porque se acha incapaz.

105
Q

Semiotécnica da Inteligência?

A

Performance acadêmica, profissional, etc.
Uso de conceitos abstratos.
Compreensão dos conceitos (observar se o conhecimento dos conceitos é condizente com o nível cultural).
Diferenciação ou comparação entre conceitos (ex: qual a semelhança entre um avião e uma bicicleta? Qual a diferença entre erro e mentira?).
Reconhecimento de conteúdos absurdos.
Interpretação de provérbios.
Testes (não são necessários, a avaliação clínica é suficiente) - QI

106
Q

Pensamento conceito?

A

Modo da consciência que consiste no estabelecimento de integrações significativas, mediante arranjos de relação (ligações determinadas por conexões
internas, isto é, dotadas de sentido), dirigidos a objetos e a estados de fatos (ligação entre um e outro objeto).

107
Q

Atributos fundamentais do Pensamento?

A
São atividades intelectuais superiores que não significam ainda o pensamento, mas são necessários para que ele aconteça.
1 - Apercepção
2 - Ideação
3 - Imaginação
4 - Associação de idéias e/ou imagens
108
Q

Apercepção?

A

É a compreensão intelectual daquilo que nós apreendemos, implica no processo central associativo, onde eu cruzo informações, conhecimentos prévios, etc.

109
Q

Ideação?

A

Capacidade de elaborar ideias (conceitos) a partir de atividades de abstração e generalização.
Abstração implica em retirar o que é contingente/ acessório, buscar a essência do objeto. Quando eu chego à essência eu generalizo, e aquela ideia que eu elaborei será de validade absoluta.
Através da ideação eu chego no mundo simbólico.

110
Q

Imaginação?

A

Capacidade de inventar imagens fantásticas. A imaginação me faz elaborar imagens, não importa se elas são reais ou não, se elas correspondem a algum objeto da realidade ou não.

111
Q

Associação de idéias e/ou imagens?

A

A associação pode se dar por semelhança ou por proximidade tempo espacial. Não necessariamente tem lógica, mas se dois objetos estavam ao mesmo tempo na minha consciência podem ser associados (ex: um determinado cheiro com uma música).

112
Q

Atividades de elaboração do Pensamento?

A

Para pensar eu tenho O QUE eu penso e COMO eu penso. Eu tenho que levar em conta o conteúdo
do pensamento e a estrutura do pensamento.
1 - Juízo (O QUE )
2 - Raciocínio (COMO)

113
Q

Juízo do Pensamento?

A

Conteúdo do pensamento.
• Ato da consciência mediante o qual afirmamos ou negamos algo.
• Verdadeiro ou falso (realidade).
• Quando eu afirmo alguma coisa, correlaciono duas ideias, uma ideia com uma imagem, ou duas imagens entre si, e afirmo alguma coisa. Essa afirmação pode
ser verdadeira ou falsa, depende se está em consonância com a realidade. Como a realidade é comum a todos nós eu não preciso provar

114
Q

Raciocínio?

A

Ato de pensar.
• Operação mental que nos permite aproveitar os conhecimentos adquiridos e combiná-los logicamente.
• Correto ou incorreto (lógica).
• Quando eu pego ideias, juízos e imagens e através de uma operação mental vou encadeando, estou desenvolvendo um raciocínio. Raciocínio é a estrutura do pensamento, é uma operação mental onde eu junto as ideias, as imagens, os juízos, de tal sorte que os últimos são uma decorrência necessária dos
imediatamente anteriores. Um juízo que surge é uma consequência necessária do anterior, porque uma coisa leva necessariamente a outra. Um raciocínio não
está compromissado com a realidade, ele está compromissado com a própria estrutura, é uma operação lógica. Então o raciocínio, guiando-se pela lógica pode ser correto ou incorreto.

115
Q

Qual é o Instrumento do Pensamento?

A

Linguagem
Mais associada à exposição do que à produção do pensamento, portanto, não é essencial ao pensamento, mas é mais fácil pensar usando a linguagem

116
Q

Psicopatologia do Juízo?

A

1 - Delírio
2 - Pensamento obsessivo
3 - Falência da crítica

117
Q

Delírio?

A

Delírio é um juízo patologicamente falseado. A capacidade de ajuizar (guiar-se pela consonância da realidade) da pessoa está plena, exceto para o conteúdo do delírio.

118
Q

O Delírio pode se apresentar como?

A

Ideia deliroide (delírio secundário) x Vivência delirante (delírio primário)

119
Q

Ideia deliroide?

A

Secundário a um evento de vida ou a um sintoma.
Ex: O delírio de grandeza de um maníaco é secundário à exaltação de humor, um delírio de ruína de um deprimido é secundário ao rebaixamento do humor, em um quadro psicogênico um delírio pode ser secundário a uma experiência de vida.

120
Q

A Vivência delirante pode se apresentar como?

A

1 - Humor delirante difuso
2 - Percepção delirante
3 - Representação delirante
4 - Ocorrência delirante

121
Q

Humor delirante difuso?

A

Estado ansioso psicótico que precede toda

vivência delirante

122
Q

Percepção delirante?:

A

Percepção normal e a doação de um significado

anormal ao que foi percebido

123
Q

Representação delirante?

A

A pessoa lembra de algo e dá significado anormal.

A percepção delirante é um sintoma muito mais importante (1ª ordem) do que a representação delirante (2ª ordem).

124
Q

Ocorrência delirante?

A

Intuição delirante, a pessoa chega a uma conclusão

anormal. Não parte de uma percepção, de uma recordação, de nada, a pessoa simplesmente intui. É um sintoma de 2ª ordem.