Prova Prática Flashcards

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1
Q

Materiais necessários para realização de entubação orotraqueal

A

Relacionados ao médico: Luva de procedimento, Máscara, Óculos de Proteção. Pode também utilizar gorro e avental de procedimento. Estetoscópio.

Medicações:
. Pré-Medicação: Fentanil
. Sedação: Etomidato/Cetamina
. Bloqueador: Succinilcolina/Rocurônio

Para o procedimento:
. Laringoscópio com lâmina: (Curva: Machintoch/A; Reta (RN): Miller/B)
. Tubo endotraqueal
. Seringa de 10 ml para testar o Cuff
. Dispositivo de fixação do tubo
. Aspirador a vácuo!!!!
. AMBU/Sistema de ventilação mecânica conectado a fonte de O2

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2
Q

Checagem de materiais para realização de intubação orotraqueal

A

Sempre, antes do procedimento, encaixar a lâmina no laringoscópio e testar a lâmpada
SEMPRE TESTAR O CUFF!!!
Insuflar e esvaziar o Cuff, sem retirar o tubo do envelope estéril para isso!!!
Passar fio guia

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3
Q

Posição do tubo, geralmente, após intubação orotraqueal

A

Entre 21 e 24 cm
A glote fica, geralmente, entre as linhas pretas do tubo
E o fio de insuflar o Cuff geralmente se insere em 19 cm

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4
Q

Posição ideal da cabeça do paciente, para realização de intubação

A

Colocar coxim em região occipital e fazer hiperextensão da cabeça, para retificar a via aérea e seu acesso
Não movimentar pescoço em trauma!!!!

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5
Q

Manobra de Sellick

A

Compressão da cartilagem cricoide sobre o esôfago para evitar broncoaspiração
Fazer durante a indução da intubação orotraqueal

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6
Q

Posicionamento do Laringoscópio, conforme o tipo de lâmina

A

Se lâmina curva (Machintoch/A): Posicionar na valécula, antes da epiglote
Se lâmina reta (Miller/B): Posicionar na próprio epiglote

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7
Q

Diferenças entre manobra de BURP e manobra de Sellick

A

Sellick: prevenir broncoaspiração somente. Pressão para baixo na cartilagem cridoide

BURP: melhorar visualização da glote. Pressão para baixo, para cima e para a direita (Backwards, Upwards and Right Pressure)

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8
Q

Focos de ausculta após intubação orotraqueal

A

1º: Gástrico!!!!
Depois, auscultar bases e ápices de pulmão bilateralmente
Na prova prática, mesmo se observar expansibilidade pulmonar, precisa checar com estetoscópio

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9
Q

Dispositivo a ser solicitado após intubação orotraqueal para verificar se adequada

A

Capnografia

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10
Q

Primeira conduta após passagem do tubo na entubação orotraqueal

A

Insuflar o Cuff!!! Antes de ventilar, sempre insuflar o Cuff. Manter a pressão entre 15-30 mmHg (pode verificar com cuffômetro)

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11
Q

Após terminar a intubação orotraqueal, o que deve ser feito?

A

Checar posicionamento!!!
1º - Ausculta: Primeiro o foco gástrico, depois bases e ápices dos pulmões bilateralmente.
BEM POSICIONADO??
2º - Fixar o tubo.
3º - Solicitar capnografia para avaliar posicionamento.
4º - Solicitar Rx de Tórax: tubo idealmente entre 2 e 6 cm acima da Carina.

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12
Q

Passo a passo da entubação nasotraqueal

A

Paciente desperto e colaborativo!!!
Explicar procedimento pro paciente
Selecionar o tubo, lubrificar o tubo + vasoconstrictor na narina
Posicionar a cabeça em posição de sniffing (pode ficar sentado ou em decúbito dorsal)
Deslizar o tubo pela narina. Se resistência, retornar 1-2 cm, reposicionar a cabeça e tentar novamente
Ficar atento para a saída de ar pelo tubo
Quando atingir a laringe, paciente não vai conseguir falar. Aí deve-se insuflar o cuff!!!

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13
Q

Qual é esta pinça? Onde ela costuma ser utilizada?

A

Pinça de Magill
Pode ser utilizada para completar o procedimento de intubação nasotraqueal

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14
Q

Ponto mais estreito da via aérea de crianças e de adultos

A

Até 8 anos: nível da cartilagem cricoide
> 8 anos e adultos: nível da abertura glótica

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15
Q

Tubo endotraqueal de escolha em crianças menores de 2 anos de idade

A

Até 1 ano: 3.0 com Cuff e 3.5 sem Cuff
Entre 1-2 anos: 3.5 com Cuff e 4.0 sem Cuff

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16
Q

Passo a Passo da Intubação Orotraqueal

A

7 Ps

  1. Preparo: checar e testar materiais e via aérea do paciente
  2. Pré-oxigenação: O2 a 100% por 3 min
  3. Pré-tratamento (Fentanil): analgesia e para evitar aumento da FC e da PA
  4. Paralisia + Indução: Etomidato e Succinilcolina
  5. Pressão Cricoide: manobra de Sellick!!!
  6. Passagem do tubo: Após 45-60 seg do bloqueador, avaliar tônus e relaxamento de mandíbula, entubar, insuflar Cuff e checar posicionamento (estetoscópio!!!)
  7. Pós-entubação: Fixar o tubo!!! Capnografia, Rx de Tórax e Corrigir hipotensão
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17
Q

Particularidades da Entubação de paciente COVID-19

A

Passar fio guia e tampar o tubo com tampa de borracha vazada (tampa da seringa)
Se sem fio guia, usar pinça reta para oclusão do tubo
Após entubar, começar a retirar o fio guia sem retirar a tampa, usar pinça reta para oclusão do tubo e retirar a tampa de borracha com o resto do fio guia

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18
Q

Tamanho ideal do Combitubo

A

Pacientes de 1,40 m a 1,80 m: 37F
Pacientes com mais de 1,80 m: 41F

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19
Q

Posição ideal de pega da máscara laríngea

A

Mão direita
Segurar como uma caneta, com o dedo indicador apoiado logo abaixo da junção tubo-máscara, na parte a ser insuflada, e o polegar abraçando a máscara por trás

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20
Q

Tempo máximo de utilização da máscara laríngea

A

4-8 horas em situações eletivas e pacientes saudáveis

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21
Q

Checagem de materiais quando for proceder com colocação de máscara laríngea

A

Escolher a máscara adequada conforme o peso do paciente!!!
Testar o cuff da máscara sempre antes
Insuflar e desinsuflar o Cuff

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22
Q

Contraindicação à passagem de máscara laríngea

A

Abertura de cavidade oral < 1,5 cm
Necessidade de via aérea definitiva
Necessidade de proteção de via aérea contra broncoaspiração

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23
Q

Como é feita a cricotireoidostomia por punção?

A

Identificar a membrana cricotireoidea
Puncionar o paciente com agulha com jelco calibroso (14-16), com seringa com ar, e ir aprofundando e fazendo pressão negativa até borbulhar ar na seringa (atingiu via aérea)
Retirar a seringa e acoplar sistema em Y (três vias). Um via para acoplar no jelco, outra para a fonte de O2 e outra para expiração (quando oclui, inspira, quando solta, expira). Proporção de 1 para 4 segundos.

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24
Q

Tempo máximo de permanência da cricotireoidostomia por punção

A

30 a 45 minutos

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25
Q

Passo a passo da cricotireoidostomia cirúrgica

A

Leve extensão cervical do paciente, identificar a membrana cricotireoidea
Anestesiar a região (se paciente acordado) e fazer incisão TRANSVERSA de 3 a 5 cm, aprofundando até atingir a cartilagem
Fazer dissecção romba com pinça curva (vai alargando lateralmente)
Após, limpar região com gaze, inserir cânula de traqueostomia sob visualização direta, insuflar cuff e fixar a cânula

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26
Q

Indicação de Via Aérea Definitiva

A

Apneia
Inconsciência
Obstrução de via aérea
Grande queimado com queimadura de via aérea (edema, rouquidão, estridor, queimadura de face ou língua)

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27
Q

Como deve ser feita a reposição volêmica inicial de paciente queimado, conforme o ATLS 10ª edição?

A

Queimadura Térmica:
- 2 x Peso (Kg) x SCQ
- Se < 14 anos: 3 x Peso (Kg) x SCQ
- Se < 30 Kg: + 5% dextrose

Queimadura Elétrica: 4 x P (Kg) x SCQ

Reposição preferencialmente com Ringer Lactato, fazendo 50% nas primeiras 8 horas e os outros 50% em 16h

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28
Q

Como é feito o cálculo da superfície corporal queimada? Cite duas formas

A

Pela regra de Wallace (Regra dos 9) ou calculando pela mão aberta do paciente, que corresponde a 1% da superfície corporal

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29
Q

Como deve ser feita a reposição volêmica inicial em paciente queimado, conforme a fórmula de Parkland?

A

4 x Peso (Kg) x SCQ
Fazer metade nas primeiras 8 horas e o restante nas 16 horas seguintes

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30
Q

Medidas para evitar insuficiência renal aguda, em pacientes com queimaduras elétricas

A

Administração de furosemida, manitol e alcalinização da urina

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31
Q

Ao que corresponde a Regra de Wallace?

A

Regra dos 9, para avaliação da superfície corporal queimada

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32
Q

Situações em que se deve evitar administração de Succinilcolina

A

Queimaduras, paraplegia, quadriplegia e trauma grave
Situações que cursem com Hipercalemia, como síndromes musculares e lesões musculares intensas
Hipertermia Maligna

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33
Q

Classificação de Gustillo-Anderson

A

Classificação de Fraturas Expostas
Tipo I (Pequena): < 1 cm
Tipo II (Moderada): 1-10 cm
Tipo III (Grande): > 10 cm OU área rural (ex.: detritos de terra na lesão) OU PAF

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34
Q

Conduta terapêutica em caso de fratura exposta, conforme a classificação de Gustillo-Anderson

A

Avaliar profilaxia antitetânica e cirurgia em ATÉ 24 horas

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35
Q

Condutas diante de paciente com fratura exposta

A

Antibioticoterapia
- Até 10 cm → Cefazolina
- > 10 cm → + Aminoglicosídeo
- Rural, detritos → + Penicilina
Radiografia do membro
Cirurgia em até 24 horas
Profilaxia antitetânica
Limpeza da ferida e curativo

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36
Q

Rotina radiológica para avaliação de derrame pleural

A

Radiografia de Tórax em PA, Perfil e Laurell (Paciente em decúbito lateral, com raios horizontais)
Não puncionar se derrame em Laurell < 10 mm!!!

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37
Q

Indicações de toracocentese

A
  • Procedimento diagnóstico para definir origem de derrame pleural ou avaliar complicações (pneumonia sem melhora com antibioticoterapia adequada)
  • Toracocentese de alívio para grandes derrames com estresse respiratório
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38
Q

Paramentação e cuidados necessários para realização de toracocentese “eletiva”

A

Paramentação:
- Luva estéril
- Gorro
- Máscara
- Capote

Procedimento estéril!!!
Degermação das mãos e do sítio de punção com solução degermante (clorexidina degermante ou iodopovidona)
Colocar paciente sentado

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39
Q

Como é feita a toracocentese de alívio? Qual o local de escolha?

A

Local: 5º ou 4º espaço intercostal, entre a linha axilar anterior e média, borda superior da costela!
Crianças: 2º espaço intercostal na linha hemiclavicular, borda superior!!!

Procedimento estéril (se eletivo):
- Degermar as mãos, se paramentar com material estéril, luva, máscara, gorro e capote
- Degermar região de punção com pinça degermante, colocar campo estéril

Utilizar Jelco 14, de preferência (mais grosso), podendo utilizar também uma seringa acoplada para ajudar a encontrar o espaço pleural
Após puncionar, desacoplar a seringa e retirar a agulha!!!!
Coletar material para análise com seringa de grosso calibre e depois com seringa pequena heparinizada para análise de pH.

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40
Q

Como se faz uma toracocentese diagnóstica? Qual o local de escolha?

A

Necessário paciente colaborativo e explicar todo o procedimento
Colocar o paciente sentado, com travesseiro no colo, apoiando os braços e a cabeça no travesseiro, para as escápulas ficarem voltadas para frente
Palpar, no dorso do paciente, o espaço intercostal mais próximo à borda inferior da escápula
Distância de 5 a 10 cm da coluna
Não puncionar abaixo da 9º costela!!!
Sempre puncionar na borda superior da costela, pois na borda inferior há risco de lesão vascular e neural
Após terminar a coleta de material, pedir para o paciente expirar ou fazer uma inspiração profunda, retirar o cateter e então colocar curativo oclusivo

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41
Q

Volume máximo a ser drenado na toracocentese terapêutica

A

1.200 a 1.500 ml
Não remover mais que isso de uma única vez, pelo risco de edema pulmonar de reexpansão

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42
Q

Característica do líquido pleural que o define como hemotórax

A

Hematócrito do líquido pleural > 50% do hematócrito sérico do paciente

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43
Q

Primeiro aspecto a ser avaliado na toracocentese diagnóstica. Quais os achados encontrados e o que eles indicam?

A

Aspecto do líquido pleural!!!

Normal: amarelo-citrino
Turvo: inespecífico
Purulento: empiema
Leitoso: quilotórax
Hemorrágico: acidente de punção, câncer e embolia pulmonar
Achocolatado: derrame hemorrágico antigo, rotura de abscesso amebiano hepático
Hemotórax: Ht pleural > 50% do Ht sérico

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44
Q

Indícios na análise de líquido pleural que sugerem Empiema

A

Coloração de bactéria no Gram!!! → Confirma impiema e indica drenagem terapêutica!!!

Outros parâmetros que sugerem:
pH < 7,2, LDH > 1000 UI/L, glicose < 40 mg/dl, presença septações ou líquido mal cheiroso, líquido purulento

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45
Q

Como se faz a diferenciação entre Transudato e Exsudato

A

Pelos critérios de Light
LDH líquido pleural > 200 UI/L

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46
Q

Exames a serem solicitados para análise de líquido pleural

A

Avaliação do líquido pleural:

  • pH, glicose, citologia total e diferencial, amilase, fator reumatoide e FAN, complemento, hemácias, triglicerídeos, Adenosina Deaminase/ADA

Análise citológica:
- Predomínio de PMN: pneumonia, TB fase precoce, embolia e pancreatite aguda
- Predomínio de MN: TB pleural, neoplasias, colagenoses e artrite reumatoide

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47
Q

Contraindicação para toracocentese

A

Alteração em coagulograma!
- TAP > 1,5 da normalidade
- Plaquetas < 25.000

Derrame pequeno: < 10 mm na incidência de Laurell

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48
Q

Como fazer a montagem do sistema em selo d’água?

A

No sistema de 2.000 ml, completar até 500 ml com SF 0,9%
No sistema de 1.000 ml, completar até 300 ml com soro fisiológico

Assim, irá cobrir até 2 cm do tubo que se insere no sistema

Vedar bem o sistema, conectar no selo d’água, SOLTAR O CLAMP e colocar ele numa escada ou pendurado
NÃO COLOCAR NO CHÃO!!!!

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49
Q

Como realizar a toracostomia, com drenagem torácica em selo d’água?

A

Procedimento estéril!!!
Colocar gorro, máscara, degermar as mãos, colocar luva e capote estéreis
Paciente em decúbito dorsal ou lateral, com o braço acima da cabeça

Local: 4º-5º EI entre a linha axilar média e a anterior, na borda superior da costela
Degermar o local de incisão, antissepsia e campo cirúrgico

Anestesia local: 2 seringas de 20 ml, 1 frasco de lidocaína a 1% e água para injeção. Diluir 10 ml de lidocaína 2% em 40 ml para fazer solução de 0,5% e encher as duas seringas para infiltração.

Infiltração anestésica: PELE, COSTELA e PLEURA PARIETAL

Incisão horizontal na borda superior da costela, entre a linha axilar anterior e a média
Divulsão de tecidos, com Kelly curva
Ao atingir a pleura, perfurar ela com a Kelly e abrir a pinça para divulsão
Exploração digital
Medir o tamanho do dreno: distância do manúbrio ao mamilo. Fixar com pinça curva nessa região para marcar a distância e uma pinça curva na ponta do dreno.

Se pneumotórax: inserir direcionando para cima e anterior
Se HEMOtórax: inserir direcionando para baixo e posterior

Após a inserção, coletar o dreno no sistema coletor em selo d’água, previamente montado. Sempre avaliar, antes de soltar a segunda pinça, que oclui o dreno, se o sistema de selo d’água está corretamente montado e com água na quantidade adequada

Soltar as pinças, fixar o dreno, aproximando as bordas da ferida e realizar ponto em U e bailarina para manter o dreno fixo. Realizar curativo compressivo com gaze ao redor do dreno. Pedir radiografia de tórax para confirmar posicionamento

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50
Q

Quando retirar o dreno de tórax em paciente que foi submetido a drenagem por pneumotórax?

A

Quando o sistema parar de borbulhar
Realizar antes radiografia de tórax e avaliar se pulmão completamente expandido, para fazer a retirada

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51
Q

Quando retirar o dreno de tórax em paciente que foi submetido a drenagem por derrame pleural?

A

Drenagem < 200 ml nas últimas 24h
Aspecto claro/seroso do líquido
Reexpansão pulmonar em radiografia de tórax
Melhora clínica do paciente

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52
Q

Como retirar dreno de tórax?

A

Pode ser retirado no final da expiração ou da inspiração forçada
Sempre em momento de pausa respiratória

Cortar o último nó, presente no dreno
Desenrolar o nó bailarina do dreno
Pedir para o paciente inspirar fundo e prender o ar, avisar antes que vai ser desconfortável, e então no fim da inspiração, puxar o dreno com uma mão e, assim que o dreno sair, puxar os fios com a outra e fechar a ferida com o próprio nó em U prévio, utilizado para a fixação do dreno. Dar nó duplo e fechar a ferida hermeticamente

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53
Q

Manifestação mais específica para diferenciação da insuficiência adrenal primária da secundária

A

Hiperpigmentação da pele
Ocorre secundária ao aumento do ACTH, principalmente em áreas expostas ao sol
Característica de insuficiência adrenal primária

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54
Q

Sintomas sugestivos de insuficiência adrenal

A

Dor abdominal, HIPOTENSÃO, taquicardia, hipoglicemia, evoluindo pra choque refratário a volume

Pode ter história de anorexia, perda de peso, queda de cabelo e pelos

Sintomas com melhora clínica após administração de glicocorticoides

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55
Q

Achados laboratoriais clássicos de insuficiência adrenal

A

HIPOnatremia e HIPERcalemia
Dosagem do cortisol pela manhã em valores baixos confirma o diagnóstico (< 5 mg/dL)

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56
Q

Conduta diante de paciente com Insuficiência Adrenal Aguda

A

Colher cortisol sérico
1- Hidrocortisona 100mg EV + 50mg 6/6h
2 - Reposição volêmica agressiva 20-30 ml/Kg (paciente desidratado)
3 - Checar dextro!!! Adicionar solução glicosada se hipoglicemia
4 - ECG → Avaliar se alterações de hipercalemia

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57
Q

Corticoterapia no paciente séptico é indicada em qual situação?

A

Instabilidade refratária a droga vasoativa em altas doses
Iniciar hidrocortisona 50mg 6/6h

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58
Q

Diferenças na avaliação do paciente politraumatizado quando atendimento em equipe

A

O atendimento deve seguir a sequência normal do ABCDE
Cada membro da equipe pode avaliar uma letra do ABCDE. Ex.: um avalia se via aérea pérvia, enquanto outro avalia extremidades, outro disfunção neurológica… Etc
Com todas as informações devendo ser repassadas a um líder de equipe que centralize tudo

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59
Q

Sequência na avaliação de radiografia de tórax

A

A- Vias Aéreas (centradas?)
B- Parênquima pulmonar
C- Coração
D- Diafragma
E- Esqueleto
F- Fat (Gordura)
G- Gadgets (Dispositivos)

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60
Q

Indicação de tomografia de corpo inteiro no paciente politraumatizado

A

Trauma grave de alta energia
Ex.: tórax instável

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61
Q

Tratamento e prescrição de paciente com lesão pulmonar após fraturas de costela em politrauma

A

Jejum, analgesia de horário, balanço hídrico negativo, oxigenioterapia, fisioterapia respiratória e motora, monitorização em leito de terapia intensiva

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62
Q

Conduta diante de paciente com lesão hepática pequena em trauma

A

Conduta conservadora
Controle de Hb/Ht
Vigilância hemodinâmica e hematimétrica
Vigilância de dor abdominal

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63
Q

6 Critérios para alta de paciente após politrauma com trauma de costela e lesão pulmonar

A

1- Aceitação da dieta
2- Deambulando
3- Dor controlada com analgesia oral
4- Eupneico sem necessidade de O2
5- Rx de controle sem alterações importantes
6- Capacidade de fisioterapia, acompanhamento ambulatorial e entendimento da condição clínica

Resumo: Comendo, andando e dor controlada!!! Rx de controle estável? Eupneico sem O2? Tem como fazer seguimento?

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64
Q

5 Orientações na alta de paciente após internação por politrauma com fratura de costela e contusão pulmonar

A

Analgesia com medicações via oral
Fisioterapia respiratória e motora
Retorno ambulatorial
Orientar sinais de alarme
Repouso relativo

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65
Q

Manobras para desobstrução de via aérea em paciente politraumatizado que não apresenta via aérea pérvia na avaliação do A

A

Chin-Lift e Jaw Trust
Se, após essas medidas, apresentar via aérea pérvia, prosseguir com avaliação do ABCDE
Se permanecer sem respirar/sem responder, indicar intubação orotraqueal

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66
Q

Mnemônico que auxilia nas causas a serem avaliadas se paciente intubado, mas não ventila

A

DOPE
D- Deslocamento do Tubo
O- Obstrução
P- Pneumotórax
E- Equipamento / Entubação seletiva

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67
Q

Expansão volêmica inicial no paciente politraumatizado

A

1 litro de Ringer Lactato aquecido a 39ºC

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68
Q

Oferta de oxigênio no paciente politraumatizado

A

O2 em máscara não reinalante 15L/min
Todo paciente!!!

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69
Q

No que consiste a cirurgia de Damage Control, quais seus objetivos cirúrgicos e suas indicações? Quais os componentes da tríade letal e quais as medidas tomadas para tratar cada um deles?

A

Indicação: Pacientes instáveis hemodinamicamente, evoluindo com a tríade letal (hipotermia, acidose e coagulopatia)
Objetivo: Controle do sangramento e da infecção. Fazer hemostasia, tamponamento com compressas, ressecção e suturas simples, ressecção de alças e sepultamento de cotos, drenagens, fechamento temporário do abdome, com peritoneostomia, encerrar o procedimento e encaminhar paciente para leito de UTI para controle da tríade letal.

Componentes da tríade letal:
Hipotermia → Aquecimento
Acidose metabólica → Suporte hemodinâmico
Coagulopatia → Hemocomponentes

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70
Q

6 Principais focos de sangramento no politraumatizado

A

1- Tórax
2- Abdome
3- Pelve
4- Ossos longos (Membros)
5- Retroperitônio
6- Perda prévia na cena

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71
Q

Parâmetros utilizados para avaliação hemodinâmica do paciente politraumatizado

A

2F, 2P, NU

1- Frequência cardíaca
2- Frequência respiratória
3- Pressão arterial
4- Pulso (filiforme, amplos…)
5- Estado neurológico (se confuso, pensa-se em ≥ Grau 3)
6- DÉBITO URINÁRIO (sondar, se sem contraindicações!!!)

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72
Q

Indicação de transfusão sanguínea no politraumatizado

A

Choque Grau 3 ou 4 ou Sem Resposta a Reposição Volêmica Inicial com 1L RL 39ºC

Dicas: Hipotenso + Taquicardico, FR > 30, Pulso filiforme, Confuso/Letárgico, Débito urinário ≤ 15 ml/h

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73
Q

No que consiste o Protocolo de transfusão maciça (PTM)? Quais as suas indicações?

A

PTM: 10 UI de hemácias em 24 horas ou 4 bolsas em 1 hora
Transfusão balanceada!!! 1:1:1
Concentrado de hemácias, plasma e plaquetas

Indicado no choque Grau III ou IV, não respondedor a volume, com foco de sangramento de difícil controle.
Coletar tipagem sanguínea, MAS não precisa esperar o resultado para iniciar a transfusão! Iniciar O-. Coleta pensando em transfusões posteriores

ABC score: 2 ou + critérios preenchidos
- PAS ≤ 90 mmHg
- FC ≥ 120 bpm
- FAST +
- Ferimento penetrante no tronco

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74
Q

Indicações para uso do Ácido Tranexâmico no Trauma e como deve ser feito seu uso

A

Trauma + Suspeita de sangramento, nas primeiras 3 horas do trauma!!!

  • FC > 110 bpm e/ou PAS < 90 mmHg
  • 1g EV em bolus, em 10 min, + 1g EV 8/8h
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75
Q

1º Sinal de Choque na Gestante

A

Vasoconstricção placentária!
Avaliar sofrimento fetal!!!

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76
Q

Posicionamento ideal da gestante vítima de politrauma

A

Decúbito lateral esquerdo, com movimentação em bloco, ou mobilizar o útero lateralmente, para diminuir a compressão na veia cava inferior

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77
Q

Indicação de Imunoglobulina Anti-Rh para profilaxia de sensibilização materna, no caso de politrauma ou sangramentos gestacionais

A

Idade gestacional > 11 semanas
Gestante Rh-, Feto Rh+
Gestante não sensibilizada previamente

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78
Q

Manobras no exame físico para avaliar pelve de paciente politraumatizado. Em que parte do ABCDE deve ser realizada?

A

Palpação da sínfise púbica, mobilização ântero-posterior e lateral
Realizar no C, na avaliação de focos de sangramento

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79
Q

Qual a alteração desta radiografia?

A

Pelve com fratura por compressão ântero-posterior, chamada fratura em livro aberto

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80
Q

Condutas para controle de sangramento da pelve, em ordem

A

1º: Fixação temporária da pelve com lençol
2º: Packing Extra-Peritoneal
3º: Fixação externa da Pelve

Se persistência de sangramento, mesmo com medidas anteriores, avaliar sangramento arterial e investigar com arteriografia e embolização

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81
Q

Condutas diante de lesão exsanguinante em membros

A

1º: Compressão direta da lesão
2º: Torniquete, se a compressão não for o bastante.
Torniquete é medida salvadora, devendo ficar pelo menor tempo possível, sendo mandatória a cirurgia após (se tirar, volta a sangrar)

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82
Q

Principal fonte de sangramento em trauma de pelve

A

90%: Venoso
10%: Arteriais, principalmente provenientes da artéria pudenda interna

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83
Q

Local de fixação com lençol em caso de fratura de pelve

A

Na altura do trocanter maior do fêmur

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84
Q

Questões a serem feitas para avaliar dor abdominal

A

11 caracteres da dor

  1. Quando a dor começou? (Há quanto tempo?)
  2. Onde a dor começou?
  3. Localizada ou irradia para algum local?
  4. Qual a intensidade da dor, de 0 a 10?
  5. Algum fator de melhora ou de piora?
  6. Como é a dor? Em pontada, em queimação, em cólica…?
  7. Dor está mantendo estável ou está piorando com o tempo?
  8. Apresentou náuseas ou vômitos?
  9. Apresentou febre?
  10. Já sentiu essa dor antes?
  11. Já realizou alguma cirurgia antes?
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85
Q

Questões a serem feitas diante de paciente gestante

A

Qual a idade gestacional?
Alguma intercorrência na gestação?
Teve perda sanguínea?
Teve perda de líquido?
Alguma contração?
Sente o bebê se movimentando?
Caderneta da gestante?
Como é o pré-natal?
Alguma doença prévia?
Medicação de uso contínuo?

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86
Q

Primeiro exame na suspeita de abdome agudo inflamatório na gestante

A

Ultrassonografia de abdome total

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87
Q

Qual o mecanismo da seguinte fratura?

A

Fratura de pelve por mecanismo vertical (Fratura de Malgaigne)
Geralmente por queda com sustentação em um membro, queda em pé…

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88
Q

Alteração genética específica de paciente com espondiloartropatia

A

HLA-B27

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89
Q

Manobra a ser realizada em paciente com suspeita de Espondiloartrite. Como ela é realizada?

A

Teste de Schober
Com o paciente em pé, palpa-se a altura das espinhas ilíacas postero-superiores, palpar o ponto médio entre elas (L4-L5) e marcar uma linha. Medir a distância de 10 cm para cima e marcar outra linha.

Pedir para o paciente flexionar a coluna, sem flexionar o joelho, tentando tocar os pés, e avaliar o aumento da distância nas linhas.

Schober alterado: Aumento < 5 cm (Distância total < 15 cm). Pensar em espondiloartrites

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90
Q

Exames a serem solicitados na suspeita de Espondiloartropatia

A

Rx de coluna (cervical, torácica e lombar)
Rx ou RM de sacroilíacas
PCR
VHS
HLA-B27
Sorologias (Hep B, C, Sífilis, HIV)

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91
Q

Tratamento das Espondiloartrites

A

1ª Linha: Anti-inflamatórios Não-esteroidais (AINEs) de USO CONTÍNUO
Resposta ruim a corticoterapia!!!

Se falha terapêutica, associar imunobiológicos: anti-TNF (Infliximabe)

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92
Q

Alteração esperada na radiografia de paciente com espondilite anquilosante

A

Sindesmófitos bilaterais simétricos, conectando uma vértebra na outra nas duas extremidades
Retificação da coluna vertebral, com diminuição do espaço vertebral e rigidez, tendo aspecto de “Coluna em bambu”

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93
Q

Manifestação extra-articular mais comum do paciente com espondilite anquilosante

A

Uveíte Anterior
Sempre questionar sintomas oftalmológicos

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94
Q

Questionamentos a serem feitos na avaliação geral de paciente com dor lombar

A

Diferenciar dor de caráter inflamatório daquela de caráter mecânico:
1. Questionar rigidez matinal.
2. Melhora ou piora com movimento?
3. Piora de noite ou ao repouso?

Anamnese da lombalgia geral:
1. Trama associado? Queda?
2. Irradiação para algum lugar?
3. Sintomas sistêmicos? Febre? Perda de Peso? Intestinais? Urinários?
4. Fraqueza ou alteração de sensibilidade?

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95
Q

Questionamentos a serem feitos na investigação específica de espondiloartropatias

A
  1. Sintomas oftalmológicos?
  2. Infecção gastrointestinal prévia ou geniturinária?
  3. Apresenta artrite periférica?
  4. Apresenta lesões cutâneas?
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96
Q

Paciente diabética, usuária de Insulina, com a seguinte alteração. Qual esta alteração e por que ela ocorre? Qual a conduta?

A

Lipodistrofia provocada por uso inadequado de insulina
Paciente não fez rodízio dos locais de aplicação

Orientar rodízio de locais de aplicação de insulina e não aplicar insulina no local com lipodistrofia por pelo menos 2 meses

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97
Q

Locais adequados para aplicação de Insulina Subcutânea

A

Braços (Tríceps)
Abdômen
Nádegas
Coxas

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98
Q

Armazenamento ideal da Insulina

A

Insulina fechada: manter ela na prateleira do meio da geladeira, para evitar as oscilações de temperatura das prateleiras superiores e inferiores

Insulina aberta: pode deixar de fora da geladeira e anotar o dia específico de abertura, para se atentar ao vencimento

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99
Q

Método de aplicação da Insulina

A

Lavagem das mãos com água e sabão ou álcool 70%
Higienizar, também, o bocal do frasco de insulina e o frasco da insulina, horizontalmente
Higienizar a região que for aplicar a insulina com algodão em álcool 70%
Fazer prega cutânea
Pegar a seringa contendo insulina e agulha, já sem a tampa, podendo segurar a seringa como uma caneta. Aplicar na região da prega cutânea em ângulo de 90º e manter no local por 10 segundos.
Após os 10 segundos, retirar a agulha e só então soltar a prega cutânea.
Não soltar a prega antes de retirar a agulha!!!
Descartar em local adequado de perfurocortantes: DESCARPACK
Após terminar a aplicação, higienizar o local de aplicação novamente

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100
Q

Orientações de medidas não farmacológicas para controle de diabetes mellitus

A
  1. Atividade física - 150 min/semana, 50 min 3x por semana
  2. Cessar tabagismo
  3. Alimentação com menos carboidratos simples (arroz, macarrão, pão)
  4. Alimentação rica em fibras, grãos integrais, legumes e verduras de baixo índice glicêmico
  5. Regra da divisão do prato em 4 partes:
    - 2 partes (metade do prato) para legumes e verduras
    - 1 parte para carboidrato
    - 1 parte para misturas (feijão, carne)
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101
Q

Como fazer a mistura da insulina NPH com a insulina Regular para aplicação na mesma seringa?
Ex.: NPH 10U e Regular 4U

A

1º- Lavar as mãos e higienizar o bocal dos frascos e o vidro de insulina, podendo ser com álcool 70%. Homogeneizar os frascos.
2º- Aspirar com ar a quantidade indicada de insulina NPH (Ex.: 10UI) e fazer a injeção de ar no frasco da insulina NPH
3º- Aspirar com ar a quantidade de unidades indicadas da insulina regular e também fazer injeção de ar no frasco na insulina Regular (Ex.: 4UI).
4º- Aspirar primeiro a insulina regular
5º- Aspirar a insulina NPH

Sempre aspirar primeiro a insulina regular e só depois a NPH!!!

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102
Q

Materiais necessários para exame físico de pé diabético? Como é feito o exame do pé diabético?

A

Materiais:
Monofilamento/Estesiômetro 10g
Martelo neurológico
Diapasão 128 Hz

Inspeção:
1. Observar a pele, se há alteração de pigmentação, dermatite ocre, espessamento, pilificação.
2. Procurar ativamente por lesões ulceradas ou calos (locais de maior impacto, onde apoia mais o pé)
3. Olhar entre os dedos, procurar lesões fúngicas e portas de entrada.
4. Procurar por deformidades, pé de Charcot.
5. Palpar pulsos pedial, tibial posterior e poplíteo

Exame neurológico:
1. Solicitar o diapasão 128Hz e fazer o teste da vibração. Primeiro demonstrar para o paciente como será o exame no braço dele. Colocar o diapasão vibrando em proeminência óssea no hálux, pedir para o paciente avisar quando parar de sentir e, quando ele avisar, retirar o equipamento e colocar perto da sua orelha para avaliar se ainda está vibrando.
2. Solicitar o martelo neurológico e avaliar o reflexo Aquileu
3. Solicitar o monofilamento 10g e demonstrar as áreas que vão ser avaliadas no pé, de maneira não sequencial e sem previsibilidade, com o paciente de olho fechado.

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103
Q

6 Medicações que podem levar a deficiência de vitamina B12

A
  1. Metformina!!!
    - Sempre solicitar em casos de neuropatia diabética em vigência de metformina.
  2. Inibidores de Bomba de Prótons
  3. AAS, em tratamento de Doença de Crohn
  4. Neomicina
  5. Metildopa
  6. Colchicina
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104
Q

Diagnóstico diferencial para neuropatia diabética, em paciente que faz uso de metformina

A

Deficiência de vitamina B12
Metformina diminui a absorção gastrointestinal de vitamina B12

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105
Q

Tratamento medicamentoso do paciente com polineuropatia diabética - Pé diabético. Em quais situações cada classe medicamentosa deve ser evitada?

A
  • GABA (Gabapentina/Pregabalina): Evitar em DPOC, abuso de substância e edema periférico. Ideal para insônia, síndrome das pernas inquietas e tremor essencial.
  • Duais (Venlafaxina, Duloxetina): Evitar em glaucoma de ângulo fechado e disfunção sexual.
  • Tricíclicos (Amitriptilina, Nortriptilina, Desipramina): CI em glaucoma de ângulo fechado. Evitar em disfunção sexual, cardiopatias, hipotensão ortostática.
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106
Q

Orientações de prescrição inicial de Gabapentina

A

Iniciar com dose baixa, com aumento gradual, com início à noite, pois pode causar sonolência e tontura
Dose inicial: 300-400 mg/dia noite

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107
Q

Duas alterações endocrinometabólicas possíveis com uso crônico de metformina

A

Acidose lática
Deficiência de vitamina B12

108
Q

Quais as 6 áreas a serem avaliadas pelo monofilamento 10g na avaliação do pé diabético?

A

Hálux, base do hálux, base do quinto dedo, quinto dedo, base do dedo médio, região do calcanhar

Não colocar o monofilamento em áreas em que já existam calos

109
Q

Medidas não farmacológicas a serem indicadas para paciente com pé diabético

A

Quanto aos calçados:
1. Comprar sapatos no final do dia, quando o pé estiver mais inchado
2. Preferir sapatos confortáveis, de tamanho adequado e preferência por solado rígido
3. Preferir meias brancas, para facilitar visualização e perda de secreção, sem costura, de tecido de algodão, que não apertem o membro
4. Evitar sandálias e sapatos com tiras entre os dedos, assim como sapatos de pontas finas, que possam machucar
5. Todos os dias, quando tirar o sapato, procurar por pedras ou detritos que possam machucar o pé

Quanto aos cuidados com o pé:
1. Higienização adequada dos pés
2. Examinar os pés diariamente, inclusive entre os dedos e secar bem entre os dedos
3. Cortar unhas de forma reta e não manipular os cantos das unhas. Frequentar podólogo, se tiver condição

110
Q

Conduta diante de paciente com quadro de Anafilaxia a Látex

A
  1. Encaminhar para sala de emergência
  2. Monitorização, 2 acessos venosos periféricos calibrosos, oxigênio suplementar se necessário
  3. Posição de Trendelenburg, com pernas elevadas
  4. Orientar a equipe a não usar materiais de látex
  5. Adrenalina/Epinefrina 0,3-0,5 mg IM, no vasto lateral da coxa. Repetir 5-15 minutos se necessário (até 3 vezes).
    → Crianças: 0,01 ml/Kg (Sem diluir!)
  6. Expansão volêmica (Ringer ou SF 0,9%)
  7. Corticoterapia EV. Metilprednisolona 1-2 mg/Kg/dia, por dois dias; Max.: 125 mg.
  8. Sintomas respiratórios: Beta-2-agonista inalatório (salbutamol).
  9. Opcional: Anti-histamínico, como Prometazina 25-50 mg IM ou EV

Avaliar lesões de pele, ectoscopia, mucosa oral em procura de lesões e edemas

111
Q

Método diagnóstico de Anafilaxia

A

1 - HIPOTENSÃO após exposição a alérgeno previamente conhecido
OU
2 - Início súbito de sintomas de pele ou mucosa (eritema, urticária) + Sintomas respiratórios OU Hipotensão
OU
3 - Início rápido após exposição a provável alérgeno + 2 dos seguintes:
. Sintomas de pele ou mucosa (urticária)
. Sintomas respiratórios
. Sintomas cardiovasculares: Hipotensão e sintomas relacionados (esfíncteres)
. Sintomas gastrointestinais súbitos e persistentes

112
Q

Perguntas necessárias na avaliação de quadro de anafilaxia

A
  1. Alergias prévias?
    - Gatilho específico??
  2. Relação temporal com preservativo masculino?
  3. Picada de inseto?
  4. Alimentos ingeridos previamente?
  5. Ingeriu alguma medicação hoje? Fez uso de algum produto novo?
  6. Questionar sintomas gastrointestinais.
  7. Questionais sintomas respiratórios, falta de ar, sibilância.
  8. Questionar sintomas cutâneos, prurido, eritema.
  9. Questionais hábitos e vícios, comorbidades, uso de medicações contínuas.
  10. Hora da última refeição?
113
Q

Alimentos que podem predispor a síndrome Látex-Fruta

A

Abacate, banana, nozes, kiwi e mamão
Alimentos com antígenos parecidos com látex, que podem predispor a síndrome látex-fruta

114
Q

Orientações no momento da alta de paciente com internação por quadro de anafilaxia

A

Manter observação hospitalar por 24h após estabilização do quadro

Na alta:
- Orientar sobre o que ocorreu, explicar que risco grave de óbito, orientar sinais de alarme e que, se na presença deles, procurar pronto socorro
- Encaminhar paciente ao alergista e imunologista
- Orientar paciente a se afastar do antígeno (lembrar de síndrome látex-fruta, com kiwi, nozes, abacate, mamão e banana)
- Orientar que, se apresentar tais sintomas novamente, pode fazer ingestão de anti-histamínico, como Loratadina, e inalação de b2-agonista, como Salbutamol, e dos autoinjetores de adrenalina (Epipen), enquanto ainda não chegou ao pronto socorro. Porém, sempre orientar que é mandatório ir ao pronto socorro!! As medidas são para auxílio até chegar ao pronto socorro.

115
Q

Ao que corresponde o Cerco / Conspiração do silêncio? Como conduzir essas situações?

A

Situação em que algum familiar não deseja que o paciente receba a notícia de uma doença grave. Ex.: câncer.

Nessas situações, deve-se:
1- Acolher o familiar, perguntando qual seu medo diante do paciente saber da notícia. Tem medo do paciente sofrer? Dele entrar em depressão?
2 - Explicar que é direito do paciente saber, desde que seja a vontade dele. Que não explicar para o paciente sobre a doença pode gerar angústia e mais sofrimento, por não saber o que está acontecendo.
3 - Propor um plano e uma forma de contar a notícia, para gerar menor impacto no paciente, para que seja feito da melhor maneira.

116
Q

Como pode ser feito o manejo da dispneia em paciente em cuidados paliativos?

A

1 - Morfina via oral, 5-10 mg, de 4 em 4 horas (exceto período em que estiver dormindo)
2 - Salbutamol Spray 100 mcg/jato
3 - Laxativo via oral, para prevenir constipação por uso contínuo de opioide. Bisacodil, lactulona…

117
Q

Como pode ser feito o manejo não farmacológico do paciente com dispneia em cuidados paliativos?

A

Suporte psicossocial
Ventilador com vento gelado no rosto
Técnicas de Relaxamento
Acupuntura

118
Q

Medicações mais indicadas para sedação paliativa e qual a indicação da sedação

A

Sedação não aparenta, segundo os estudos, encurtar a vida. Porém, proporciona mais conforto, aliviando os sintomas e desconforto em pacientes com terapêutica otimizada → Ortotanásia

Medicação de escolha: Midazolam em BIC, após bolus inicial.
Refratário: Adicionar Clorpromazina EV

119
Q

Artropatia de Charcot é complicação de qual doença?

A

Diabetes Mellitus
A neuropatia diabética pode levar a edema importante, com deformidade do pé. Na diabetes, acomete principalmente o mediopé, com valgismo do antepé pelo acometimento da articulação mediotársica

120
Q

Sintomas sugestivos de bacteremia, que devem ser investigados em pacientes com suspeita de infecção de corrente sanguínea, como endocardite bacteriana

A

Febre, Sensação de frio, Sudorese, Calafrios, Tremores (Podendo ser de início súbito), Sintomas Gastrointestinais (náuseas, vômitos, diarreia), Taquipneia, Taquicardia, Confusão Mental, Hipotensão Arterial

121
Q

Como deve ser feito a avaliação do exame físico em paciente com suspeita de bacteremia ou de quadro sugestivo de endocardite infecciosa?

A

Avaliar o estado geral e sinais vitais
Ausculta cardíaca, presença de sopros, abafamento de bulhas, ritmo cardíaco
Ausculta respiratória, percussão, inspeção e palpação de tórax, FR, Dispneia
Avaliação abdominal, visceromegalias (hepatoesplenomegalia pode ser achado), dor abdominal, palpação, percussão
Avaliação de conjuntivas e pele buscando sinais de embolização e hemorragia

122
Q

Manifestações Reumatológicas da Endocardite Infecciosa

A

Ocorrem pela deposição de imunocomplexos, sendo a manifestação mais típica a glomerulonefrite
FR+, VDL+
Nódulos de Osler
Manchar de Roth

123
Q

Manifestações Vasculares da Endocardite Infecciosa

A

Ocorrem devido embolização
- TEP séptico, podendo gerar abscesso pulmonar, mais específico de endocardite de câmeras direitas
- Hemorragias conjuntivais
- Manchas de Janeway (indolores)
- Aneurismas Micóticos
- Embolia Arterial Maior: AVCi, infarto hepático, renal, esplênico

124
Q

Materiais necessários para coleta de hemocultura

A

Procedimento estéril!!!

Proteção e assepsia: Gorro, máscara, óculos de proteção, luvas de procedimento, luvas estéreis, álcool 70%

Para o procedimento: 2 frascos de hemocultura (aeróbio e anaeróbio), gaze estéril, algodão, scalp, seringa de 20 ml

125
Q

Como deve ser feita a coleta de hemocultura?

A

Procedimento estéril!!!
Proteção e assepsia: Gorro, máscara, óculos de proteção, luvas de procedimento, luvas estéreis, álcool 70%
Para o procedimento: 2 frascos de hemocultura (aeróbio e anaeróbio), gaze estéril, algodão, scalp, seringa de 20 ml

Com todo o material já solicitado, explicar o procedimento para o paciente, solicitar consentimento, perguntar se tem alguma dúvida e se pode começar
Garroteie o membro, ainda sem calçar as luvas, palpe o local de punção (fossa antecubital), palpe a veia e faça a marcação (tampa de agulha, por exemplo)
Calçar luva de procedimento, higienizar as tampas e os 2 frascos da hemocultura com álcool 70%
Higienizar o local de punção com álcool 70%, em movimentos circulares, de dentro para fora, esperando 30 segundos. Faça segunda higienização com clorexidina alcoólica e espere mais 30 segundos.
Trocar a luva de procedimento por luvas estéreis e, com o Scalp, puncionar a veia, SEM tocar na pele do paciente, e aspirar 20 ml de sangue com a seringa.
Soltar o garrote, injetar 10 ml em cada frasco, sempre injetando primeiro no AERÓBIO, tampar os frascos e misturar o conteúdo por inversão.
Realizar curativo no local de punção.
Descartar materiais perfurocortantes.
Lavar e higienizar as mãos.

Pensando em endocardite, sempre coletar dois pares diferentes

126
Q

2 diagnósticos diferenciais importantes em paciente com tremores e sudorese súbitos

A

Bacteremia → Questionar sensação de frio, febre, início súbito, outros sintomas
Hipoglicemia → SEMPRE aferir dextro!!! Glicemia capilar imprescindível

127
Q

Qual o nome das seguintes alterações? São sugestivas de qual enfermidade?

A

Manchas de Janeway
Corresponde a focos de embolização, indolores, sendo fenômeno vascular e critério menor para diagnóstico de Endocardite Infecciosa

128
Q

Qual o nome das seguintes alterações? São sugestivas de qual enfermidade?

A

Hemorragias Conjuntivais
Correspondem a focos de embolização em região ocular, sendo considerado critério menor para diagnóstico de Endocardite Infecciosa

129
Q

Como deve ser feito o exame físico neurológico para avaliação do NIH?

A

1- Consciência, Orientação e Comandos:
. Nível de consciência: acordado, sonolento
. Nome completo, idade e mês do ano.
. Abrir e fechar as mãos.
. Abrir e fechar os olhos.
2- Avaliar olhar conjugado + Campo visual:
. Tudo para a direita
. Tudo para a esquerda
. Sempre com a cabeça parada!!!
3- Face/Mímica facial:
. Sorriso aberto.
. Levantar sobrancelhas.
4- Motor - Membros:
. Avaliar CADA MEMBRO isolamente!!!
. Levantar o braço, levantar a perna, sustentar e avaliar se apresenta queda.
5- Ataxia + Sensitivo:
. Index-Nariz
. Calcanhar-Joelho
. Déficit sensorial (face, tronco, membros)
6- Linguagem + Disartria:
. Frases e figuras prontas do NIH
7- Extinção:
. Paciente sente os dois lados do corpo, mas, ao receber estímulo simultâneo, sente só de um lado, sem discriminação

130
Q

Exames obrigatórios em paciente com suspeita de AVC

A

1- Glicemia capilar!!! Sempre aferir dextro. NUNCA trombolisar hipoglicemia!!!
2- Tomografia de crânio sem contraste

131
Q

Medicação de escolha para trombólise de paciente com AVC isquêmico e como é a posologia?

A

Alteplase
Dose: 0,9 mg/Kg EV, até max 90 mg

10% em bolus + restante em BIC - 1 hora

132
Q

Meta pressórica em paciente com AVC isquêmico, que irá realizar trombólise

A

Antes de iniciar trombólise, manter PA < 185x110 mmHg
DURANTE a trombólise, manter valores máximos de PA de 180x105 mmHg

133
Q

Meta pressórica em paciente com AVC isquêmico, não elegível a trombólise

A

< 220x120 mmHg

134
Q

Cuidados com paciente com AVC isquêmico após trombólise

A

Manter paciente em dieta zero até avaliação fonoaudiológica
Avaliação pela fisioterapia
Não passar SNE por 24h
Não passar SVD nem SVA por 1h
Não puncionar membro com parestesia!!!

135
Q

Prescrição médica de paciente com AVC isquêmico que será submetido a trombólise

A

Trombolítico: Alteplase, 0,9 mg/Kg, até 90 mg de dose máxima, 10% em bolus e 90% em BIH em 1 horas

Dieta zero por pelo menos 24h, até avaliação pela fonoaudiologia
HV: Ringer Lactato/SF 0,9% 1.000 ml 12/12h
Nitroprussiato EV para controle pressórico
Dextro a cada 6 horas
Insulina Regular, conforme resultado de Dextro
Monitorização contínua em leito de UTI
Avisar, se PA > 180x105 mmHg durante trombólise, aferindo a PA de 15 em 15 min

136
Q

Suspeita diante de caso de paciente jovem, com história de vômito, cefaleia intensa e febre (39ºC) há poucos dias

A

Meningite aguda

137
Q

Como avaliar o sinal de Kernig?

A

Com o paciente deitado em decúbito dorsal, devo fletir seu membro inferior em ângulo de 90º com o quadril, com o joelho também fletido, e então tentar a extensão da perna
Sinal positivo: dor à realização da extensão do joelho

138
Q

Como avaliar o sinal de Brudzinski

A

Com paciente em decúbito dorsal, fazer a flexão passiva da região cervical

Sinal positivo: paciente relata dor e também faz a flexão reflexa de membros inferiores (paciente não percebe que faz a flexão)

139
Q

Quais os sinais meníngeos que devem ser pesquisados em paciente com suspeita de meningite aguda?

A

Sinal de Kernig e Brudzinski

140
Q

8 Pontos a serem avaliados no exame físico de paciente com suspeita de meningite aguda

A

1 - Nível de consciência: desperto, sonolento
2 - Orientação tempo-espaço
3 - Avaliar reatividade pupilar
4 - Checar déficits motores ou sensoriais grosseiros
5 - Avaliar a pele: petéquias?
6 - Avaliar oroscopia
7 - Sinais meníngeos: Brudzinski e Kernig
8 - Fundoscopia OU Solicitar avaliação oftalmológica para realização de fundoscopia: hipertensão intercraniana pode cursar com edema de papila!!!

141
Q

Principais agentes etiológicos de meningite bacteriana aguda

A

Neisseria meningitidis, Streptococcus pneumoniae

Idosos (> 50 anos), Imunodeficiências e Neonatos: Pensar também em Listeria monocytogenes e Gram -

142
Q

Tríade da Meningite Bacteriana Aguda e quais as 5 manifestações sintomáticas mais comuns

A

Tríade: Alteração de nível de consciência, febre e rigidez nucal

Principais sintomas:
1- Dor de cabeça intensa
2- Febre > 38ºC
3- Pescoço rígido
4- Alteração de Nível de Consciência
5- Náuseas

Na ausência dos cinco principais sintomas, o diagnóstico é praticamente excluído.

143
Q

Manifestações presentes em quadro de meningite aguda que são sugestivas de etiologia meningocóccica

A

Alterações cutâneas, como petéquias, púrpuras palpáveis e rash cutâneo.
Podem também estar presentes manifestações articulares, como artrite.

144
Q

Indicações de Tomografia de Crânio antes da realização da punção de Líquor, em paciente com suspeita de Meningite Aguda

A

Solicitar TC de crânio antes do procedimento na suspeita de hipertensão intracraniana, com herniação cerebral incipiente!!!

Indicações:
1 - Paciente imunossuprimido ou história de doença em SNC
2 - Sinais focais e alteração de nível de consciência
3 - Papiledema na fundoscopia
4 - História de novo episódio convulsivo, pelo menos há uma 1 semana

145
Q

Materiais necessários para realização de punção liquórica

A

EPI: Luvas estéreis, capote estéril, máscara cirúrgica, óculos de proteção, gorro

Antissepsia e Assepsia:
1. Solução Degermante (Clorexidina ou Povidine) e Clorexidina Alcoólica
2. Gaze estéril
3. Campo estéril

Para o procedimento:
1. Anestésico local: Lidocaína 2%, Agulha 25G, Seringa 10/20 ml
2. Agulha de punção, com mandril: 20/22G
3. Manômetro de punção lombar
4. Tubos para coleta do material

A agulha de punção pode ser cortante (mais comum) ou romba

146
Q

Na punção liquórica, qual o local de punção e posicionamento ideal do paciente?

A

Posicionamento do paciente:
. IDEAL: Decúbito lateral, em posição fetal, abraçando as pernas. Melhor posição para fazer aferição de Pressão de Saída.
. Idosos ou obesos: Sentado com flexão da coluna. Não permite aferição da Pressão de Saída com manômetro.

Com o paciente posicionado, em decúbito lateral, palpar as cristas ilíacas e traçar uma linha imaginária até a região mediana entre elas, geralmente na altura de L4.
A punção pode ser feita tanto no espaço intervertebral acima (L3-L4) quanto abaixo (L4-L5)
No bebê: geralmente em L4-L5 ou L5-S1.

147
Q

Como é a técnica para realização da punção liquórica?
Dica: 15 etapas.

A

1- Explicar o procedimento para o paciente e solicitar permissão.
2- Solicitar materiais para realização do procedimento.
3- Deitar o paciente em decúbito lateral, posição fetal, abraçando os joelhos, para aumentar o espaço intervertebral
4- Palpar as cristas ilíacas, traçar linha imaginária até a linha média e palpar a vértebra. Adultos: L4.
5- Demarcar o sítio de punção (ex.: com tampa de agulha: Espaço intervertebral acima (L3-L4) ou abaixo (L4-L5).
6- Calçar luva de procedimento, máscara, gorro e óculos e realizar a higienização do local, com esponja de clorexidina degermante (ou gaze com clorex. deg.).
7- Fazer assepsia com clorexidina aquosa e gaze estéril. Sempre em movimentos circulares, de dentro para fora.
8- Descartar a luva de procedimento e se paramentar. Realizar higienização das mãos, colocar capote estéril e luva estéril. Colocar o campo estéril no paciente.
9- Aspirar o anestésico local (Lido 2%) e fazer botão anestésico na pele e subcutâneo, com agulha 25G.
10- Inserir a agulha de punção 20G, sempre acoplada ao mandril, com o bisel voltado para cima (teto), paralelamente ao eixo sagital, no sentido da cicatriz umbilical (cabeça) do paciente.
11- Ao alcançar o espaço subaracnóideo (súbita perda de resistência), retirar o mandril a cada 2 mm para verificar se há saída de líquor.
PRESENÇA DE LÍQUOR DETECTADA
12- Utilizar o manômetro para aferição da pressão de abertura
13- Abrir a válvula do manômetro para permitir a coleta de líquor e coletar nos tubos o mínimo necessário para a realização dos exames.
14- Retirar o manômetro. Colocar novamente o mandril e acoplar ele na agulha. Retirar a agulha.
NUNCA MOVIMENTAR A AGULHA SEM ESTAR ACOPLADA COM O MANDRIL.
15- Realizar curativo no local, enviar a amostra para o laboratório, descartar perfurocortantes e demais materiais e higienizar a mão novamente.

148
Q

Alterações tomográficas que contraindicam punção lombar

A

Lesão expansiva com efeito de massa
Desvio de linha média
Distorção anatômica do encéfalo

149
Q

Complicações após punção lombar

A

Mais grave: Herniação cerebral
Mais comum: Dor local
- Cefaleia pós-punção
- Vazamento de líquido
- Sangramento, hematoma espinhal
- Infecção
- Cisto epidermoide subaracnóideo

150
Q

Quais as medidas em caso de cefaleia após raquianestesia ou após punção lombar?

A
  • Se apresentar cefaleia: Repouso absoluto por 48 horas seguidas, deitado, na posição dorsal, com as refeições sendo tomadas na posição deitada ou de lado.
  • Analgesia: Analgésico + Cafeína (estimula aumento a produção liquórica)
  • Refratariedade → Tampão Hemático! Colher 15 ml de sangue do paciente, em punção venosa periférica, realizar nova punção lombar e injetar o sangue antes da dura-máter.
151
Q

Quais os cuidados indicados após Punção Lombar Diagnóstica?

A
  • Sem indicação de repouso após o procedimento.
  • Deambulação precoce não aumenta risco de cefaleia pós punção lombar.
  • Se apresentar cefaleia: Repouso absoluto por 48 horas seguidas, deitado, na posição dorsal, com as refeições sendo tomadas na posição deitada ou de lado. Analgesia com analgésico simples + cafeína.
152
Q

Quais os pontos do protocolo SPIKES?

A

S → Setting Up: Preparar o ambiente. Idealmente uma sala reservada, em que todos possam estar sentados e com privacidade.

P → Perception: Abordar conhecimentos prévios sobre a doença e a gravidade do quadro atual.

I → Invitation: Perguntar, de forma SUTIL, o quanto o paciente deseja saber sobre seu estado atual.

K → Knowledge: Dar a notícia de forma simples e direta, sem termos técnicos.

E → Emotion: Esperar a paciente e familiares processarem a informação, RESPEITANDO O SILÊNCIO. Acolher suas emoções (oferecer lenço de papel, água, toque físico sutil).

S → Strategy ou Sumary: Checar se o paciente entendeu a notícia. Perguntar por dúvidas. Explicar os próximos passos (encaminhar para seguimento oncológico; preenchimento de declaração de óbito…)

153
Q

7 Passos do tratamento de obstrução intestinal maligna em paciente em cuidados paliativos, em finitude

A

Bases terapêuticas: Retirar o que não precisa, intervenções APENAS se benefício evidente na qualidade de vida, ANALGESIA (morfina) + Antiemético (Haldol) + Medidas Xerostômicas (Escopolamina, Propantelina, Octreotide…)

  1. Retirar medicações sem benefício. Ex.: Procinéticos, laxativos e profilaxia de TEV. Procinéticos e laxativos, em quadro de obstrução intestinal maligna, podem piorar distensão e agravar dor abdominal.
  2. Passagem de sonda nasogástrica aberta, para drenagem de conteúdo gástrico e melhora da distensão, caso paciente aceite. Deixar claro que não é com intuito de nutrição ou aumentar dependência.
  3. Morfina SC, Hipodermóclise ou EV (dose de horário + resgate).
  4. Haloperidol Hipodermóclise: Excelente antiemético!!!
  5. Dexametasona EV: Potencial antiemético!
  6. Escopolamina hipodermóclise ou EV: Diminuir secreção no TGI.
  7. Octreotide EV: diminui secreção gastrointestinal.
154
Q

Carga máxima do choque no adulto, de acordo com o tipo do desfibrilador

A

Bifásico: 200 J
Monofásico: 360 J

155
Q

Suspeita clínica diante de paciente com relato de febre, com ausculta cardíaca apresentando sopro novo?

A

Endocardite Bacteriana

156
Q

Critérios Maiores para diagnóstico de Endocardite Infecciosa

A

Hemocultura:
- 2 positivas com agentes típicos
- Bacteremia persistente (4 ou mais HMC positivas com intervalo > 12 horas)
- 1 hemocultura/sorologia positiva com Coxiella Burnetti

Ecocardiograma TransESOFÁGICO:
- Vegetação ou Abscesso ou Deiscência ou Nova Regurgitação Valvar
Transtorácico pode confirmar o diagnóstico, mas NÃO exclui!

157
Q

Critérios menores para diagnóstico de Endocardite Bacteriana

A

5 Fs

  • Febre ≥ 38ºC
  • Fator de risco (predisposição, uso de droga IV, lesão cardíaca estrutural prévia)
  • Faltou uma hemocultura (hemocultura positiva que não preencha critério maior)
  • Fenômenos imunológicos (Manchas de Roth, Nódulos de Osler, FR+, Glomerulonefrite Difusa Aguda)
  • Fenômenos vasculares (Petéquias na conjuntiva, AVCh, Manchas de Janeway, Aneurisma micótico)
158
Q

Manchas de Janeway

A

Fenômeno vascular da Endocardite Infecciosa, considerado critério menor para diagnóstico
Pontos hemorrágicos indolores em região palmoplantar, sendo focos de embolização

159
Q

Manchas de Roth

A

Fenômeno IMUNOLÓGICO da Endocardite Bacteriana, sendo critério menor para o diagnóstico
Manchas retinianas hemorrágicas com centro branco → Coleção de linfócitos na camada nervosa da retina, circundado por hemorragia
Presente em 5% dos pacientes

160
Q

Nódulos de Osler

A

Fenômeno imunológico da endocardite bacteriana, sendo critério diagnóstico menor
Nódulos dolorosos cutâneos em região palmar

161
Q

Como se dá o diagnóstico de Endocardite Bacteriana?

A

Pelos Critérios de Duke

Presença de:
- 2 Critérios Maiores OU
- 1 Maior e 3 menores OU
- 5 menores

Maiores: HMC e ECOTE
Menores: 5F

162
Q

Principal agente etiológico da Endocardite Bacteriana Comunitária. Qual o quadro clínico?

A

Streptococcus viridans
Quadro subagudo, arrastado, com manifestações a distância e febre intermitente, não muito alta

163
Q

Principal agente etiológico da Endocardite Infecciosa, como um todo

A

Staphylococcus aureus

164
Q

7 Pontos importantes na Anamnese Ginecológica para orientação de paciente que busca Contracepção

A

1- Se apresentar, se identificar e questionar o que a paciente deseja.
2- Perguntar sobre a menarca e questionar a menstruação: quantos dias, regularidade, intervalo entre os ciclos, fluxo, dismenorreia.
3- Perguntas história obstétrica, gestações prévias, abortamento, partos e via de parto.
4- Questionar antecedentes patológicos e medicação de uso contínuo. Perguntar ativamente sobre as seguintes enfermidades:
. Hipertensão arterial e cardiopatia.
. Diabetes mellitus.
. História de AVC.
. História de TEP e TVP.
. História de Enxaqueca e se com aura.
. História de câncer, principalmente mama e endométrio, e história familiar.
. Cirurgia prévia.
5- Questionar hábitos e vícios, com pergunta ativa sobre tabagismo.
6- Questionar sobre vida sexual ativa, corrimento, dispareunia, ISTs e tratamento prévio.
7- Questionar sobre se deseja método de longo prazo e se tem planos de gravidez em tempo próximo.

165
Q

Contracepção cirúrgica na mulher - Quais os pré-requisitos?

A

Critérios:
- 2 filhos vivos E/OU ≥ 25 anos
- Mínimo de 60 dias entre a manifestação do desejo e a realização do procedimento. Desejo deve ser manifestado por escrito!

166
Q

Quanto ao DIU de cobre, quais as vantagens e desvantagens desse método contraceptivo?

A

Vantagens:
- Seguro, de alta eficácia
- Método reversível
- Sem administração hormonal então sem efeitos metabólicos sistêmicos
- Longa duração (5-10 anos)

Desvantagens:
- Pode aumentar sangramento
- Pode aumentar dismenorreia
- Risco de perfuração durante a inserção, apesar de ser bastante raro

167
Q

Materiais necessários para colocação de DIU

A

Pinça Pozzi
Pinça Cheron
Histerômetro
Espéculo
Luvas de procedimento
Luvas estéreis
DIU
Tesoura

168
Q

Cervicite. Quais os principais agentes e qual a conduta diante desse quadro?

A

Gonococo e Clamídia
Conduta:
1. Ceftriaxona + Azitromicina
2. Convocar parceiro para tratamento
3. Orientar sobre ISTs e coleta de testes para rastreio

169
Q

Melhor momento para realização da inserção do DIU

A

Durante o período menstrual, pois haverá a certeza da ausência de gravidez e o colo estará aberto, sendo menos doloroso e incômodo para paciente

170
Q

Método de inserção do DIU (12 passos)

A

1- Explicar o procedimento para a paciente e solicitar consentimento.
2- Colocar a paciente em posição ginecológica.
3- Higienização das mãos e colocar luvas de procedimento
4- Realizar a inspeção genital
5- Realizar toque para avaliar posição do útero.
6- Colocar o espéculo para afastar as paredes vaginais e visualizar o colo do útero
7- Realizar antissepsia do colo do útero com a pinça de Cheron e Gaze estéril + Clorexidina alcoólica
8- Descartar as luvas de procedimento, higienizar as mãos e calçar luvas estéreis
9- Com a pinça de Pozzi, segurar o colo do útero (pode provocar cólica).
10- Realizar a medida do útero com o histerômetro (geralmente entre 7-8 cm).
11- Retirar o histerômetro e pegar o DIU, com aplicador, e utilizar a medida aferida para determinar o comprimento ideal do aplicador do DIU, para que este fique posicionado no fundo do útero.
11- Fazer a inserção do DIU.
12- Com a tesoura, regular o tamanho do fio do DIU, geralmente 2 cm para fora do orifício externo do colo.

171
Q

Rastreamento de neoplasias em população acima de 50 anos, conforme o US Task Force

A
  1. Câncer de Mama
  2. Câncer de Colo de Útero
  3. Câncer Colorretal
  4. Câncer de Pulmão (Se tabagista > 15 anos-maço)
172
Q

Fatores de risco relacionados ao câncer de colo de útero

A
  1. Tabagismo
  2. História de IST e tratamento prévio
  3. Usos de anticoncepcionais prévios
  4. Vacinação contra HPV
  5. Idade da coitarca
  6. Número de parceiros sexuais
  7. Parceiro fixo
173
Q

Como deve ser feita a realização do exame das mamas?

A
  1. Explicar o procedimento e pedir autorização para realização.
  2. Lavagem das mãos.
  3. Pedir para a paciente despir somente a região que será avaliada, retirando a blusa.
  4. Inspeção estática: procura de assimetrias, massas visíveis, lesões e retrações.
  5. Inspeção dinâmica: elevação de membros superiores e realizar tensão dos músculos peitorais.
  6. Avaliação de cadeias linfonodais axilares, supra e infraclaviculares.
  7. Pedir para paciente deitar em decúbito dorsal, com mãos atrás da cabeça. Enquanto avaliar uma mama, cobrir a outra que não está sendo avaliada.
  8. Palpação das mamas, em sentido horário, com técnica de varredura, com posterior dedilhamento para delimitar alterações e consistência nodular.
  9. Expressão das mamas, em ordenha, pegando toda a aréola e avaliar se descarga papilar.
174
Q

Como deve ser feita a realização do ginecológico?

A
  1. Explicar o procedimento e pedir autorização para realização.
  2. Paciente em posição ginecológica.
  3. Lavagem das mãos e colocação de luvas de procedimento.
  4. Inspeção externa da vulva, avaliar lesões, trofismo, pilificação, distopias, palpação de região inguinal.
  5. Exame especular. Avaliar o colo, epitelização, sinais de cervicite e secreção, trofismo de mucosa.
  6. Toque vaginal bidigital bimanual, avaliando trofismo da musculatura, com delimitação do fundo uterino, palpação de anexos, mobilização do colo uterino, massas palpáveis e normodistensão do colo.
175
Q

Como realizar a Colposcopia?

A
  1. Explicar o procedimento para a paciente e solicitar autorização.
  2. Paciente em posição ginecológica.
  3. Lavagem das mãos e colocação de luvas de procedimento.
  4. Abertura do canal vaginal com espéculo para visualização do colo do útero
  5. Visualização do colo uterino com uma “lente de aumento” após aplicação de ácido acético e iodo (lugol).
    - Ácido acético: Locais com taxa metabólica maior a região fica esbranquiçada (epitélio acetobranco).
    - Iodo: Áreas com taxa metabólica aumentada não são coradas pelo iodo, pois há maior consumo de glicogênio, com exame Iodo negativo.
176
Q

Conduta diante de alteração em exame colposcópico com área acetobranca após aplicação de ácido acético a 5% e área iodo negativa após aplicação de iodo

A

Indicar biópsia e análise anatomopatológica

177
Q

Conta diante de achado de carcinoma de células escamosas de colo de útero ou adenocarcinoma de colo de útero

A

Indicar CONE/conização do colo uterino
Procedimento feito no centro cirúrgico para avaliar invasão da neoplasia, realizar estadiamento e determinar tratamento

178
Q

Primeiros exames a serem solicitado para paciente diante de suspeita de incontinência urinária

A

Urina 1 e Urocultura
Solicitar também função renal (Ur e Cr)

179
Q

Exame padrão ouro para investigação de incontinência urinária

A

Urodinâmica

180
Q

Como realizar o teste do cotonete?

A

Introduz-se um cotonete estéril, lubrificado com gel anestésico, na uretra. Durante a manobra de Valsalva, aferir a medida do ângulo formado entre o cotonete e o eixo horizontal. Alteração acima de 30º indica hipermobilidade do colo vesical.

181
Q

Como avaliar a incontinência urinária de esforço, de acordo com a pressão de perda?

A

Se pressão de perda > 90: Descarta-se defeito esfincteriano.
Se pressão de perda < 60: Defeito esfincteriano comprovado.

182
Q

Orientações diante de paciente com incontinência urinária de esforço, com pressão de perda > 90

A

Não há defeito esfincteriano, visto que pressão de perda > 90.

Tratamento inicial:
1. Indicar mudanças de hábitos de vida, como não carregar materiais pesados.
2. Perda de peso, se sobrepeso associado. Diminuir pressão intrabdominal.
3. Interromper tabagismo.
4. Fisioterapia de assoalho pélvico, com exercícios de fortalecimento

Refratariedade → Tratamento cirúrgico!
. Padrão-ouro: Sling.

183
Q

Perguntas de investigação de quadro de paciente com suspeita de Incontinência Urinária

A
  1. Perda de urina ao esforço? Quando tosse? Espirra?
  2. Urgência miccional? Vontade súbita de ir ao banheiro?
  3. Consegue segurar para ir ao banheiro ou tem perda antes de conseguir chegar?
  4. Sente vontade de fazer xixi ou apresenta a perda sem nem perceber?
  5. Já teve alguma gestação? Tem algum filho? Como foi o parto? Alguma intercorrência na gestação?
  6. História de infecção urinária frequente? Tem algum sintoma de ardência, dor ao urinar? Algum corrimento?
  7. Sente dor lombar? Apresentando febre?
  8. Já fez algum tratamento prévio para ISTs? Dor durante relação sexual?
  9. Percebe alguma alteração na vagina? Alguma exteriorização? Saída de algum conteúdo?
  10. Tem alguma doença conhecida? Faz uso de alguma medicação de uso contínuo? Já passou por alguma cirurgia?
184
Q

Como deve ser feita a avaliação ginecológica de paciente em investigação de incontinência urinária?

A
  1. Explicar o procedimento e pedir autorização para realização.
  2. Paciente em posição ginecológica.
  3. Lavagem das mãos e colocação de luvas de procedimento.
  4. Inspeção externa da vulva, avaliar lesões, trofismo, pilificação, distopias, palpação de região inguinal.
  5. Solicitar que a paciente tussa e faça a manobra de Valsalva (soprar o dorso da mão), para avaliar perda de urina ao exame. Pode utilizar algodão para auxílio.
  6. Exame especular. Avaliar o colo, epitelização, sinais de cervicite e secreção, trofismo de mucosa.
  7. Toque vaginal bidigital bimanual, avaliando trofismo da musculatura, com delimitação do fundo uterino, palpação de anexos, mobilização do colo uterino, massas palpáveis, normodistensão do colo. Solicitar que paciente faça manobra de Valsalva para avaliar distopia ao esforço.
  8. Avaliação de prolapso, ao exame especular, para classificação POP-Q.
  9. Avaliação da mobilidade vesical com o teste do cotonete (Q-TIP TEST). Maior que 30º: Hipermobilidade de colo vesical.
185
Q

Como é feita a avaliação de Prolapso Genital (POP-Q)?

A
  1. Explicar o procedimento e pedir autorização para realização.
  2. Solicitar material: luva de procedimento, espéculo e régua ou material para aferir as medidas e possa ser descartado (espátula).
  3. Paciente em posição ginecológica.
  4. Lavagem das mãos e colocação de luvas de procedimento.
  5. Avaliação das 3 medidas ESTÁTICAS:
    . Corpo perineal: distância do final do introito vaginal ao ânus, em cm.
    . Hiato genital: distância da uretra ao final do introito vaginal, em cm.
    . Colocação de espéculo, para visualização do colo do útero.
    . Comprimento vaginal total: Distância do fundo de saco posterior até a saída da vagina, para aferir comprimento vaginal total (Se histerectomizada: fundo de saco, com o ponto C igual ao D).
  6. Avaliação das medidas DINÂMICAS:
    . Paciente necessita fazer Valsalva.
    . Ponto a: Fazer ponto imaginário, com 3 cm de distância do meato uretral, para dentro e para fora. Sem prolapso: -3.
    . Ponto b: Maior ponto de prolapso. Se sem prolapso, igual ao ponto a.
186
Q

Tratamento ambulatorial de Doença Inflamatória Pélvica

A

Ceftriaxone 500mg dose única IM +
Doxiciclina 14 dias VO +
Metronidazol 14 dias VO

187
Q

Tratamento hospitalar de Doença Inflamatória Pélvica

A

Ceftriaxone 500mg 14 dias EV +
Doxiciclina 14 dias VO +
Metronidazol 14 dias EV

188
Q

Incidências da mamografia

A

Mediolateral-Oblíqua
Crâniocaudal

189
Q

Condutas diante de achado de neoplasia maligna em biópsia de mama

A

1º- Solicitar tomografia de tórax para avaliar metástase pulmonar.
2º- Biópsia de Linfonodo Sentinela (se axila negativa ao exame clínico).
3º- Quadrantectomia + Radioterapia adjuvante.
4º- Seguimento com oncologia.
5º- Se receptor hormonal: Tamoxifeno, por até 5 anos.

190
Q

Exames indicados em quadro de suspeita de puberdade precoce

A
  1. LH, FSH e Estradiol
  2. Rx de mãos e punhos → Idade óssea
  3. Testosterona Livre, SDHEA, IGF1 e GH.
  4. TSH e T4L
  5. USG pélvico via abdominal → Cisto ovariano funcional?
  6. TC de abdome → Tumor adrenal?
  7. RMN de crânio (Sela túrcica) → Tumor?
191
Q

Pontos a se avaliar no exame físico de criança com suspeita de puberdade precoce

A

Ectoscopia → avaliar alterações cutâneas, manchas na pele, pilificação do corpo
Avaliação das mamas e genitália, verificando pilificação genital, SEM REALIZAR TOQUE OU EXAME ESPECULAR
Avaliar massas abdominais
Exame neurológico → Alterações indicam possibilidade de neoplasia de SNC

192
Q

Tratamento medicamentoso da puberdade precoce central

A

Análogo de GnRH por 12-18 meses, geralmente, até idade fisiológica de puberdade, visando principalmente ganho de estatura na idade adulta

193
Q

Conduta cirúrgica diante de paciente com endometrioma de ovário

A

Ooforoplastia, com cistectomia videolaparoscópica e ressecção dos focos de endometriose

Imagem com cisto em chocolate (endometrioma)

194
Q

Conduta medicamentosa diante de paciente com endometriose

A
  1. Anticoncepcional oral combinado ou Progestagênio isolado de uso contínuo
  2. DIU de levonorgestrel
  3. AINE e Analgésico simples em crises
  4. Última opção em casos selecionados: Análogo de GnRH (Geralmente em pré-menopausa ou preparo cirúrgico)
195
Q

Exames a serem solicitados em paciente, acima de 50 anos, em avaliação para introduzir terapia de reposição hormonal

A

Pela idade, > 50 anos, solicitar os rastreios para a idade, não somente exames ginecológicos!

. Hemograma, Ur, Cr, TGO, TGP, Ur e Cr, Colesterol total e frações, Glicemia de jejum e HbA1c
. TSH e T4L
. Mamografia
. Colpocitologia oncótica
. Sangue oculto nas fezes/Colonoscopia
. USGTV, para avaliação pré-TRH

195
Q

Exames a serem solicitados em paciente, acima de 50 anos, em avaliação para introduzir terapia de reposição hormonal

A

Pela idade, > 50 anos, solicitar os rastreios para a idade, não somente exames ginecológicos!

. Hemograma, Ur, Cr, TGO, TGP, Ur e Cr, Colesterol total e frações, Glicemia de jejum e HbA1c
. TSH e T4L
. Mamografia
. Colpocitologia oncótica
. Sangue oculto nas fezes/Colonoscopia
. USGTV, para avaliação pré-TRH

196
Q

Terapia de Reposição Hormonal ideal em paciente pós-menopausa que não é histerectomizada

A

. E+P contínuo oral ou adesivo
. Estrogênio contínuo oral ou adesivo ou gel + Progesterona contínuo via oral OU via vaginal OU DIU Levonorgestrel
. Venlafaxina para sintomas vasomotores

197
Q

Indicação de Via Aérea Artificial em paciente Queimado

A

. Sinal de obstrução de via aérea: rouquidão, estridor, uso de musculatura acessória/retração esternal
. Queimaduras maiores que 40-50% SCQ
. Queimaduras extensas em face e cavidade oral
. Dificuldade de engolir
. Edema significativo
. Redução de Nível de Consciência
. Queimadura circunferencial no pescoço
. Hipoxemia ou Hipercabia

197
Q

Indicação de Via Aérea Artificial em paciente Queimado

A

. Sinal de obstrução de via aérea: rouquidão, estridor, uso de musculatura acessória/retração esternal
. Queimaduras maiores que 40-50% SCQ
. Queimaduras extensas em face e cavidade oral
. Dificuldade de engolir
. Edema significativo
. Redução de Nível de Consciência
. Queimadura circunferencial no pescoço
. Hipoxemia ou Hipercabia

198
Q

Posição correta para realização de gasometria arterial

A

Extensão do braço, com palma da mão para cima, com hiperextensão do punho sobre o coxim

199
Q

Dose e Administração da adrenalina em caso de anafilaxia em crianças

A

Na anafilaxia, sempre utilizar a diluição de 1 mg/ml (1:1.000), dose Intramuscular

Dose: 0,01 ml/Kg ou 0,01 mg/Kg

200
Q

Dose de Ocitocina a ser diluída em solução na condução de Atonia Uterina

A

10 a 40 UI em solução salina 1.000 ml IV

201
Q

A declaração de óbito é composta por três vias. Qual o destino de cada uma delas?

A

1ª Via (Branca): Arquivada no estabelecimento de saúde, até ser recolhida pela Secretaria Municipal de Saúde, para abastecer o Sistema de Informação de Mortalidade

2ª Via (Amarela): ENTREGUE PARA A FAMÍLIA, para ser levada ao cartório para obtenção da Certidão de Óbito e permitir o sepultamento.

3ª Via (Rosa): Fica na Unidade de Saúde, para arquivar no prontuário do falecido.

202
Q

A respeito da telemedicina, o que é necessário para um atendimento via telemedicina? Desde a primeira consulta pode ser feito o seguimento online? Quem pode fazer telemedicina?

A
  1. Qualquer médico pode realizar telemedicina. Há orientação do CFM de que a primeira consulta seja presencial ou de que, caso necessita da primeira via tele, que uma segunda consulta presencial seja logo agendada, porém, não é uma regra estabelecida, apenas recomendação
  2. Necessário apenas termo de consentimento livre e esclarecido assinado pelo paciente, explicando sobre as limitações da consulta, sobre a não realização do exame físico completo e possíveis perdas
203
Q

Exame físico por telemedicina. Como este pode ser realizado?

A
  1. Inspeção, visualizando o paciente, pedindo inclusive para este movimentar a câmera com orientações suas para melhor avaliação da ectoscopia, sem exposição de partes genitais.
  2. Auto palpação guiada: orientar que palpe abdômen, refira se sinta dor…
  3. Uso de dispositivos: oxímetro, glicemia capilar, aparelho de pressão automático, termômetros, desde que aparelhos autorizados pelos órgãos competentes
204
Q

Informações necessárias para preenchimento do receituário médico via telemedicina

A

Dados do médico:
. Nome completo, CRM.
. Endereço do médico ou consultório.
Dados do paciente:
. Nome e identificação legal do paciente.
Data e a hora da emissão do documento
Assinatura digital do médico

205
Q

É permitido compartilhar fotos de lesões do paciente ou exames de imagem, para discussão com colegas?

A

Sim, permitido, desde que oculte dados que permitam a identificação do paciente.
Fotos: solicitar autorização por escrito do paciente e anexar cópia no prontuário.

206
Q

Quem pode fazer a emissão da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho)?

A
  1. O empregador
  2. O próprio trabalhador
  3. Dependentes do trabalhador
  4. Entidade sindical
  5. O médico que assistiu o trabalhador
  6. Qualquer autoridade pública
207
Q

Após acidente de trabalho, com necessidade de afastamento > 15 dias, como o trabalhador deve proceder para receber o auxílio? Quais os direitos assegurados para o trabalhador pela legislação?

A

Após emissão da CAT, no primeiro dia útil após o acidente, o paciente deve:
1. Passar por consulta com perito do INSS para avaliação se acidente de trabalho.
2. Direito a auxílio doença acidentário, se confirmado acidente do trabalho.
3. Não há carência para o recebimento do auxílio.
4. Após voltar a trabalhar, estabilidade de retorno ao trabalho por 12 meses, não sendo autorizada demissão.

208
Q

Como se dá a confirmação de infecção por COVID-19 por critério clínico-epidemiológico?

A

Caso de SG ou SDRA com histórico de contato próximo ou domiciliar, nos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais e dos sintomas, com caso confirmado para covid-19.

209
Q

Como se dá a confirmação de infecção por COVID-19 por critério clínico-imagem?

A

Caso de SG ou SDRA que não foi possível confirmar por critério laboratorial E que apresente pelo menos uma das seguintes alterações tomográficas:

  1. OPACIDADE EM VIDRO FOSCO periférico, bilateral, com ou sem consolidação ou linhas intralobulares visíveis (“pavimentação”); OU
  2. OPACIDADE EM VIDRO FOSCO multifocal de morfologia arredondada com ou sem consolidação ou linhas intralobulares visíveis (“pavimentação”); OU
  3. SINAL DE HALO REVERSO ou outros achados de pneumonia em organização (observados posteriormente na doença).
210
Q

Como fazer o cálculo da verossimilhança positiva de um teste?

A

Sensibilidade/(1 - Especificidade)

211
Q

Cite uma maneira de avaliar a probabilidade de um teste realizado ser verdadeiro positivo

A

Com a probabilidade pré-teste (prevalência da doença no grupo populacional avaliado) e a razão de verossimilhança positiva calculada, traça-se uma linha, no Nomograma de Fagan, e ligando as duas, mantendo a linha reta até a outra extremidade, para se ter o valor da probabilidade pós-teste

212
Q

4 Principais causas de elevação do PSA

A
  1. Hiperplasia Prostética Benigna (HPB)
  2. Câncer de próstata.
  3. Inflamação/Infecção Prostática.
  4. Trauma perineal
213
Q

Indicação de oxigenioterapia suplementar, conforme o PALS

A

Sat < 96%

214
Q

No que consiste a manifestação bifásica da anafilaxia? Como ela pode ser evitada?

A

Retorno dos sintomas em 8-12 horas após o primeiro episódio
Para evitá-la, durante a crise anafilática, pode ser feita administração de corticoterapia endovenosa.
Ex.: Metilprednisolona 125 mg

215
Q

Como é feito o diagnóstico de COVID-19 por critério clínico?

A

Caso de SG ou SDRA associado a anosmia (disfunção olfativa) OU a ageusia (disfunção gustatória) aguda sem outra causa pregressa.

216
Q

Reposição volêmica inicial em paciente pediátrico, conforme o PALS. Até quanto de solução pode ser administrada na primeira hora?

A

5-10 ml/Kg inicialmente (rápido)
Pode fazer até 30 ml/Kg na primeira hora

217
Q

Medidas diante de paciente com quadro de sintomas virais recentes, evoluindo com desconforto respiratório e estridor

A
  1. Monitorização e oximetria em sala de emergência
  2. Oxigenioterapia SE Sat < 96%
  3. Evitar medidas que levem a estresse na criança (Ex.: acesso venoso, inicialmente), para não provocar choro e piora do quadro respiratório
  4. Manter a criança na posição mais confortável, podendo permanecer junto à mãe, sem necessidade de posição específica
  5. Exame físico no ABCDE da emergência
218
Q

Principal causa de obstrução de via aérea superior em crianças

A

Laringotraqueobronquite, responsável por 90% dos casos de estridor
Principalmente provocada por agendes virais

219
Q

Como deve ser feita a conduta de paciente com laringotraqueobronquite moderada?

A
  1. Monitorização e oximetria em sala de emergência, com oxigenioterapia suplementar SE Sat < 96%
  2. Evitar medidas que levem a estresse na criança, sem necessidade de acesso venoso, inicialmente, para não provocar choro e piora do quadro respiratório
  3. Manter a criança na posição mais confortável para ela, sem necessidade de posição específica, podendo permanecer junto à mãe
  4. Exame físico no ABCDE da emergência
  5. Dieta zero
  6. Nebulização com L-Epinefrina 0,5 ml/Kg, dose máxima de 5 ml. Sem diluição!!! Manter diluição de 1:1.000.
  7. Dexametasona 0,3-0,6 mg/Kg (oral ou parenteral) ou Budesonida inalatório 2mg
  8. Observação por 3-4 horas e alta se sem recorrência ou admissão hospitalar, podendo liberar dieta se sem desconforto respiratório
220
Q

Como deve ser feita a conduta de paciente com laringotraqueobronquite grave?

A
  1. Monitorização e oximetria em sala de emergência, com oxigenioterapia suplementar SE Sat < 96%
  2. Evitar medidas que levem a estresse na criança, sem necessidade de acesso venoso, inicialmente, para não provocar choro e piora do quadro respiratório
  3. Manter a criança na posição mais confortável para ela, sem necessidade de posição específica, podendo permanecer junto à mãe
  4. Exame físico no ABCDE da emergência
  5. Dieta zero
  6. Nebulização com L-Epinefrina 0,5 ml/Kg, dose máxima de 5 ml. Sem diluição!!! Manter diluição de 1:1.000.
  7. Dexametasona 0,6 mg/Kg IM
  8. Internação em UTI

Se refratariedade a medidas clínicas e permanência de desconforto grave, com iminência de fechamento de via aérea, indicar intubação orotraqueal

221
Q

Indicação de Intubação Orotraqueal no paciente com laringotraqueobronquite?

A

Paciente com quadro grave, refratário a administração de inalação com adrenalina e corticoterapia, com desconforto respiratório importante e iminência de obstrução total de via aérea

222
Q

Qual exame está indicado na avaliação de paciente com Doença de Kawasaki? Por que?

A

Ecocardiograma Transtorácico
Doença de Kawasaki pode complicar, agudamente, com miocardite, e pode também provocar aneurisma de coronária mais tardiamente

223
Q

Critérios Diagnósticos para Doença de Kawasaki

A

Febre por ao menos 5 dias +
. Alterações oftalmológicas
. Alterações em cavidade oral
. Adenopatia/Linfonodomegalia
. Alterações em pele (Rash; Exantema)
. Alterações em extremidades (pés, mãos)

Necessária a presença de 4 critérios, além da febre (critério obrigatório)

224
Q

Etiologia da Doença de Kawasaki

A

Vasculite que pode ocorrer por uma resposta imune exacerbada, podendo ter previamente relato de infecção de via aérea superior ou gastrointestinal, porém, sem etiologia infecciosa definida

225
Q

Tratamento da Doença de Kawasaki

A
  1. Dose única de Imunoglobulina Humana EV 2 g/kg, durante 8-12 horas
  2. AAS 30-50 mg/Kg/d, dividido em quatro doses diárias (dose máxima: 4 g/d)
  3. Manter em observação por pelo menos 12-24 horas após o término da Ig
  4. Solicitar Ecocardiograma para avaliar complicações cardíacas (aneurisma de coronária)
226
Q

Principal complicação da doença de Kawasaki e meios de se evitá-la

A

Aneurisma Coronariano. O risco é maior quanto mais tardio o diagnóstico, sendo efetivamente maior a partir do 9º dia do início da doença

O tratamento para evitar seu desenvolvimento consiste na administração de Imunoglobulina Humana EV 2g/Kg para todas as crianças com diagnóstico de Doença de Kawasaki e sem contraindicações para a medicação
Administrar, idealmente, antes do 7º dia, podendo ser feita até o 10º dia.
Em pacientes com mais de 10 dias de sintomas, porém, com febre persistente, alterações detectadas no ecocardiograma ou outros marcadores inflamatórios sistêmicos elevados, também se pode administrar a medicação.

227
Q

O tratamento antiplaquetário, na doença de Kawasaki, é contraindicado em quais situações? Como deve ser feita a sua administração? Quais doses e até que momento?

A

Contraindicado em crianças com relato de contato ou infecção recente por Varicela ou Influenza → Sd. de Reye

Iniciar o tratamento com dose antiinflamatória de 30-50 mg/d, dividido em 4 tomadas diárias, com dose máxima de 4 g/dia. Manter até ausência de febre por 48 horas.
Afebril em 48h → Diminuir para 3-5 mg/Kg/d, para efeito antiplaquetário, até a normalização dos marcadores inflamatórios (2 meses, geralmente), exceto se formação de alterações coronarianas no ecocardiograma

228
Q

Orientações após a alta de paciente que recebeu tratamento com Imunoglobulina para Doença de Kawasaki

A

Não está indicada a administração de vacinas de vírus vivos (BRAVO 34) pelos 11 meses subsequentes à administração da Imunoglobulina Humana.
Exceção: Vacinação de bloqueio, como no caso de exposições e contactantes de casos de Varicela, por exemplo. Não contabilizar essa dose no calendário vacinal, a não ser que evidência sorológica de imunização.

229
Q

Métodos de confirmação diagnóstica para Amniorrexe Prematura

A
  1. Exame Especular: Padrão-Ouro
  2. Teste da fibronectina fetal: teste negativo exclui parto nos próximos 14 dias.
  3. Teste da Nitrazina: Coloração azul!
  4. Prova da Cristalização: padrão em samambaia.
  5. Teste do fenol: mudança da cor amarela para vermelha se pH > 6,5
  6. Teste direto do pH: > 7,0
230
Q

Exame padrão-ouro para diagnóstico de Amniorrexe Prematura

A

Exame especular, com saída de líquido claro, com grumos, do orifício externo do colo uterino

231
Q

Conduta diante de Amniorrexe Prematura

A

Se IG < 34 sem:
. Internação hospitalar

. Coleta de exames:
→ Coleta de Hemograma e PCR. Coletar a cada 2 dias.
→ Pesquisa de Streptococcus do grupo B
em região perianal e introito vaginal
→ Urina 1 e Urocultura
→ Pesquisa endocervical de gonococo e
clamídia
→ Bacterioscopia de secreção vaginal

. Vitalidade fetal diária, com perfil biofísico fetal 2-3x/semana
. USG obstétrico a cada duas semanas
. Sinais vitais, FC e temperatura diários, realizando curva térmica.
. Parto com:
→ MS: 34 semanas.
→ USP-SP: 36 semanas.
→ Via de parto OBSTÉTRICA! Pode fazer
indução de trabalho de parto.

232
Q

Como é feita a coleta do exame de pesquisa de Streptococcus do grupo B?

A
  1. Explicar exame para paciente e solicitar permissão.
  2. Colocar paciente em posição ginecológica, expondo a vagina e cobrindo o restante do corpo da paciente.
  3. Lavagem das mãos e colocar luva de procedimento.
  4. Com Swab de coleta vaginal, coletar primeiro da vagina inferior, introduzindo e fazendo movimentos giratórios em toda a circunferência da parede vaginal, 2 cm acima do introito.
  5. Introduzir o Swab na região anal, 0,5 cm dentro do esfíncter, em movimentos rotatórios.
  6. Colocar o Swab no recipiente de armazenamento e enviar para análise.
233
Q

Critérios para Tratamento Medicamentoso na Gravidez Ectópica

A

. β-hCG ≤ 5.000 e em crescente em duas dosagens consecutivas (24-48h). Metotrexato é quimioterápico e atua em células em divisão celular, necessitando do β-hCG em queda.
. AUSÊNCIA DE BCF!!!
. SG ÍNTEGRO de ATÉ 3,5 cm (Maior diâmetro)
. Normalidade de hemograma, ureia, creatinina e enzimas hepáticas
. Estabilidade hemodinâmica
. Líquido livre limitado à pelve
. Desejo reprodutivo

234
Q

Condutas diante de paciente com suspeita de gravidez ectópica

A

. Solicitar β-hCG urinário (qualitativo)
. USG transvaginal
. Solicitar Tipagem sanguínea e Rh, para avaliar risco de Aloimunização se Rh-. No caso de paciente Rh- não sensibilizada, realizar administração de Imunoglobulina Anti-D (Rhogan)

235
Q

Antibioticoterapia e Corticoterapia em caso de Amniorrexe Prematura

A

Corticoide:
. Betametasona 12mg IM 24/24h 2x OU
. Dexametasona 6mg IM 12/12h 4x.
Antibioticoterapia:
. Ampicilina 2g IV (Ataque) + 1g 4/4h (Manutenção) +
. Azitromicina 1g VO +
. Amoxicilina 500mg 8/8h por 5 dias.

236
Q

Qual a conduta diante de gestante em Trabalho de Parto Prematuro? Quais exames devem ser solicitados?

A

. Internação hospitalar
. Exames Complementares:
→ Avaliação da Vitalidade Fetal (diariamente)
→ USG obstétrico na admissão: verificar apresentação fetal, índice de líquido amniótico, confirmar a idade gestacional e o peso fetal estimado
→ Coleta de Hemograma e PCR. Coletar a cada 2 dias.
→ Pesquisa de Streptococcus do grupo B
em região perianal e introito vaginal
→ Urina 1 e Urocultura
→ Pesquisa endocervical de gonococo e
clamídia
→ Bacterioscopia de secreção vaginal

. Avaliar inibição do trabalho de parto com tocolíticos (Atosiban, Nifedipino, Terbutalina)
. Se inibir: Progesterona 200 mg via vaginal 12/12h até completar 36 semanas
. Neuroproteção fetal (se < 32 semanas), com Sulfato de Magnésio.

. Profilaxia S. Grupo B:
→ Ampicilina 2g (Ataque) + 1g 4/4h
→ Penicilina Cristalina 5.000.000 IV (Ataque) + 2.500.000 4/4h (Manutenção) até clampeamento do cordão.

. Avaliar diariamente sinais vitais, FC e temperatura, realizando curva térmica.

. Parto com:
→ MS: 34 semanas.
→ USP-SP: 36 semanas.
→ Via de parto OBSTÉTRICA!

237
Q

Orientações especiais em relação à condução do Trabalho de Parto Prematuro

A

→ Amniotomia tardia (Dilatação ≥ 8 cm)
→ Cardiotocografia contínua
→ Poucos toques vaginais (2-2h)
→ Oferecer analgesia raqui+peridural
→ Desprendimento lento de polo cefálico e biacromial para evitar traumas
→ Clampeamento precoce do cordão umbilical (45-60 segundos) e não ordenhar
→ Orientar equipe de neonatologia

238
Q

Indicações e Contraindicações para a Inibição do Trabalho de Parto Prematuro

A

. Inibição do trabalho de parto, SE:
→ Colo < 3 cm, pouco esvaecido, IG 22-34 semanas, sem contraindicações.

. Contraindicações à Tocólise: Sofrimento fetal (agudo ou crônico), infecção atual, amniorrexe prematura, malformações, Descolamento Prematuro de Placenta, Placenta Prévia, DMG/DHEG e cardiopatia.

239
Q

Medicação tópica que deve ser prescrita ao inibir trabalho de parto prematuro

A

SEMPRE que inibir trabalho de parto prematuro:
→ Progesterona 200 mg via vaginal 12/12h até completar 36 semanas

240
Q

Indicação de Neuroproteção fetal no trabalho de parto prematuro e como ela é feita

A

Neuroproteção fetal (se < 32 semanas):
→ Sulfato de Magnésio 6g em 20 min + 2g/h por 1 dia.

241
Q

Medicações Tocolíticas e Via de Admnistração

A

. Tocolíticos:
→ Atosiban 6,75 mg IV em bolus, mantendo 300 mcg/min em BIC por 3h e então 100 mcg/min por até 45 horas.
→ Nifedipino 20-40 mg VO. Max: 180 mg/d.
→ Terbutalina 0,25 mg SC, de 4/4h.
→ Indometacina é contraindicada em IG > 32 semanas

242
Q

Como é indicado o rastreio de hipertensão na população saudável?

A

Aferir a pressão arterial no consultório uma vez por ano a partir dos 40 anos de idade

243
Q

Como deve ser feito o rastreio do câncer colorretal? A partir de que idade e com que frequência?

A

Rastreio a partir dos 50 anos na população geral, a cada 10 anos, até os 75 anos.

Se achado de pólipo adenomatoso tubular < 1 cm ou com displasia de baixo grau: nova colonoscopia 5-10 anos após polipectomia.

Se pólipo viloso, tubuloviloso, com displasia de alto grau ou tubular ≥ 1 cm: nova colonoscopia 3 anos após polipectomia. Caso exame normal, aumentar para 5 anos.

244
Q

Quais exames podem ser utilizados para o screening do câncer colorretal?

A

Exames disponíveis: retossigmoidoscopia flexível, pesquisa de sangue nas fezes, enema baritado com duplo contraste, colonoscopia a cada 10 anos ou colonoscopia virtual a cada 5 anos.

245
Q

Rastreio do câncer de colo de útero. Como ele é realizado?

A

Indicado para mulheres que já iniciaram a vida sexual, dos 25 aos 69 anos de idade.
Coletar 1 vez por ano.
Se duas coletas negativas, coletar 1 vez a cada três anos.

246
Q

Rastreio para diabetes mellitus tipo 2. Quando ele é indicado?

A

Indicado para adultos com sobrepeso e sedentarismo OU obesidade, dos 35 aos 70 anos de idade.
Se resultados normais, realizar screening a cada 3 anos.

247
Q

Rastreio para osteoporose. Qual a indicação?

A

Indicado para mulheres a partir de 65 anos de idade, com densitometria óssea do quadril e coluna vertebral

248
Q

Rastreio para câncer de mama. Como é realizado?

A

Indicado para mulheres de 50-74 anos, com mamografia bianual, de acordo com a USPTF e o MS.
ACOG: mamografia anual dos 40-74 anos.

249
Q

Métodos de diagnóstico laboratorial de Sarampo

A
  1. Coleta de PCR viral na urina, sangue, secreções nasofaríngeas, liquor e tecidos: Até o 5º dia de início do exantema.
  2. Sorologia Sérica IgM por ELISA: quase sempre presentes após 4 dias da erupção cutânea. Podem estar ausentes nas primeiras 72h.
    Colher segunda amostra entre 20 e 25 dias da coleta inicial.
250
Q

Após quantos dias do início do tratamento para tuberculose um paciente se torna não infectante?

A

Após 15 dias

Se sem história prévia de tratamento nem outros fatores de risco para resistência, com paciente bem clinicamente

251
Q

Tratamento de tuberculose pulmonar em crianças menores de 10 anos

A

2RIP + 4RI
Rifampicina, Isoniazida e Pirazinamida por 2 meses + Rifampicina e Isoniazida por 4 meses
Não usar Etambutol em <10 anos pelo risco de lesão ocular!!

252
Q

Indicações de realização do Teste Rápido Molecular para Tuberculose (TRM-TB)

A
  • Diagnóstico de casos novos em adultos e adolescentes ≥ 10 anos
  • Triagem de suspeita de resistência à rifampicina em quadros de retratamento ou falha terapêutica
  • Diagnóstico de TB extrapulmonar em líquor, gânglios linfáticos e outros tecidos
253
Q

Forma de transmissão da tuberculose e qual equipamento de proteção ideal?

A

Via respiratória, por aerossóis
Recomendado uso de máscaras N95 ou PFF2

254
Q

Clínica clássica da criança com tuberculose. Qual a tríade?

A

Tríade clássica: redução do apetite, perda de peso e tosse crônica.

Tosse > 3 semanas.
Classicamente pode ter história de tratamento de pneumonia bacteriana, sem melhora com antibioticoterapia.

255
Q

Método diagnóstico para Tuberculose Pulmonar em crianças < 10 anos. Quais exames são indicados na avaliação?

A

Diagnóstico em crianças < 10 anos é feito por Score de probabilidade, em que:
. ≥ 40 pontos: Diagnóstico muito provável. Iniciar tratamento.
. 30-35 pontos: Diagnóstico possível. Iniciar tratamento a critério médico.
. ≤ 25 pontos: Diagnóstico pouco provável. Continuar investigação.

Necessário, para avaliação:
. Prova Tuberculínica (≥ 10 mm: 10 pontos)
. Rx de Tórax: Consolidação inalterada há 2 semanas → 15 pontos
. Contato com adulto com tuberculose, nos últimos 2 anos → 10 pontos.
. Estado nutricional
. Quadro clínico: sintomas sugestivos há mais de 2 semanas → 15 pontos

256
Q

Diferenciação da celulite pré-septal da pós-septal pelo exame físico e anamnese. Qual exame complementar deve ser solicitado?

A

Pós-septal: acometimento de região orbitária, referindo dor à movimentação ocular, ao olhar para os lados…

Solicitar TC de crânio e órbitas

257
Q

Complicações possíveis relacionadas a caso de celulite orbital / pós-septal

A

. Abscesso cerebral
. Abscesso orbitário
. Abscesso subperiosteal
. Trombose seio cavernoso
. Empiema

258
Q

Principal causa não traumática de celulite orbital

A

Sinusite Bacteriana Aguda

259
Q

Tratamento de paciente com celulite orbital /pós-septal

A
  1. Vancomicina 40 a 60 mg/Kg por dia, em até 4 dosagens. Dose máxima diária: 4g
    +
  2. Ceftriaxona 50 mg/Kg por dose. Dose máxima: 4g/dia
260
Q

Alterações no líquor indicativas de Guillain-Barré

A

Dissociação proteinocitológica
→ Proteinorraquia isolada, sem aumento citológico

261
Q

Tratamento medicamentoso de Guillain-Barré

A

Imunoglobulina 0,4 g/Kg por dia por 5 dias
Plasmaférese, se refratário e piora clínica

262
Q

Trombolítico de escolha em Infarto Agudo do Miocárdio com Supra de ST

A
  1. Tenecteplase: Bolus único.
    . <60 kg: 30 mg
    . 60 a 69 kg: 35 mg
    . 70 a 79 kg: 40 mg
    . 80 a 89 kg: 45 mg
    . ≥90 kg: 50 mg
263
Q

Sequência de manobras na condução do trabalho de parto com distócia de ombros

A

1º- Chamar ajuda
2º- Manobra de McRoberts
3º- Suprapúbica e Rubin I
4º- Manobra de Gaskin - 4 Apoios
5º- Episiotomia + Rubin II (Rubin I Interna)
6º- Woods e Woods Reversa (Pressão sobre a clavícula anterior e posterir
7º- Jacquemier: Retirar braço fetal posterior

264
Q

Sequência de manobras na condução do trabalho de parto com bebê em posição pélvica

A

1º- Chamar ajuda. Assistência deve ser calma, sem puxar o bebê.
2º- Bracht: Elevação do dorso fetal em direção ao abdome da mãe
3º- Pajot: Pegar pelas articulações do cotovelo e liberar os braços em posição anatômica, sentido medial
4º- Mauriceau: Apoiar o feto no seu antebraço, dedo indicador e médio na boca do feto e fletir polo cefálico
5º- Manobra de Gaskin - 4 apoios
6º- Fórcipe de Piper, se só a cabeça ficou presa (cabeça derradeira)