Prova Prática Flashcards
Materiais necessários para realização de entubação orotraqueal
Relacionados ao médico: Luva de procedimento, Máscara, Óculos de Proteção. Pode também utilizar gorro e avental de procedimento. Estetoscópio.
Medicações:
. Pré-Medicação: Fentanil
. Sedação: Etomidato/Cetamina
. Bloqueador: Succinilcolina/Rocurônio
Para o procedimento:
. Laringoscópio com lâmina: (Curva: Machintoch/A; Reta (RN): Miller/B)
. Tubo endotraqueal
. Seringa de 10 ml para testar o Cuff
. Dispositivo de fixação do tubo
. Aspirador a vácuo!!!!
. AMBU/Sistema de ventilação mecânica conectado a fonte de O2
Checagem de materiais para realização de intubação orotraqueal
Sempre, antes do procedimento, encaixar a lâmina no laringoscópio e testar a lâmpada
SEMPRE TESTAR O CUFF!!!
Insuflar e esvaziar o Cuff, sem retirar o tubo do envelope estéril para isso!!!
Passar fio guia
Posição do tubo, geralmente, após intubação orotraqueal
Entre 21 e 24 cm
A glote fica, geralmente, entre as linhas pretas do tubo
E o fio de insuflar o Cuff geralmente se insere em 19 cm
Posição ideal da cabeça do paciente, para realização de intubação
Colocar coxim em região occipital e fazer hiperextensão da cabeça, para retificar a via aérea e seu acesso
Não movimentar pescoço em trauma!!!!
Manobra de Sellick
Compressão da cartilagem cricoide sobre o esôfago para evitar broncoaspiração
Fazer durante a indução da intubação orotraqueal
Posicionamento do Laringoscópio, conforme o tipo de lâmina
Se lâmina curva (Machintoch/A): Posicionar na valécula, antes da epiglote
Se lâmina reta (Miller/B): Posicionar na próprio epiglote
Diferenças entre manobra de BURP e manobra de Sellick
Sellick: prevenir broncoaspiração somente. Pressão para baixo na cartilagem cridoide
BURP: melhorar visualização da glote. Pressão para baixo, para cima e para a direita (Backwards, Upwards and Right Pressure)
Focos de ausculta após intubação orotraqueal
1º: Gástrico!!!!
Depois, auscultar bases e ápices de pulmão bilateralmente
Na prova prática, mesmo se observar expansibilidade pulmonar, precisa checar com estetoscópio
Dispositivo a ser solicitado após intubação orotraqueal para verificar se adequada
Capnografia
Primeira conduta após passagem do tubo na entubação orotraqueal
Insuflar o Cuff!!! Antes de ventilar, sempre insuflar o Cuff. Manter a pressão entre 15-30 mmHg (pode verificar com cuffômetro)
Após terminar a intubação orotraqueal, o que deve ser feito?
Checar posicionamento!!!
1º - Ausculta: Primeiro o foco gástrico, depois bases e ápices dos pulmões bilateralmente.
BEM POSICIONADO??
2º - Fixar o tubo.
3º - Solicitar capnografia para avaliar posicionamento.
4º - Solicitar Rx de Tórax: tubo idealmente entre 2 e 6 cm acima da Carina.
Passo a passo da entubação nasotraqueal
Paciente desperto e colaborativo!!!
Explicar procedimento pro paciente
Selecionar o tubo, lubrificar o tubo + vasoconstrictor na narina
Posicionar a cabeça em posição de sniffing (pode ficar sentado ou em decúbito dorsal)
Deslizar o tubo pela narina. Se resistência, retornar 1-2 cm, reposicionar a cabeça e tentar novamente
Ficar atento para a saída de ar pelo tubo
Quando atingir a laringe, paciente não vai conseguir falar. Aí deve-se insuflar o cuff!!!
Qual é esta pinça? Onde ela costuma ser utilizada?
Pinça de Magill
Pode ser utilizada para completar o procedimento de intubação nasotraqueal
Ponto mais estreito da via aérea de crianças e de adultos
Até 8 anos: nível da cartilagem cricoide
> 8 anos e adultos: nível da abertura glótica
Tubo endotraqueal de escolha em crianças menores de 2 anos de idade
Até 1 ano: 3.0 com Cuff e 3.5 sem Cuff
Entre 1-2 anos: 3.5 com Cuff e 4.0 sem Cuff
Passo a Passo da Intubação Orotraqueal
7 Ps
- Preparo: checar e testar materiais e via aérea do paciente
- Pré-oxigenação: O2 a 100% por 3 min
- Pré-tratamento (Fentanil): analgesia e para evitar aumento da FC e da PA
- Paralisia + Indução: Etomidato e Succinilcolina
- Pressão Cricoide: manobra de Sellick!!!
- Passagem do tubo: Após 45-60 seg do bloqueador, avaliar tônus e relaxamento de mandíbula, entubar, insuflar Cuff e checar posicionamento (estetoscópio!!!)
- Pós-entubação: Fixar o tubo!!! Capnografia, Rx de Tórax e Corrigir hipotensão
Particularidades da Entubação de paciente COVID-19
Passar fio guia e tampar o tubo com tampa de borracha vazada (tampa da seringa)
Se sem fio guia, usar pinça reta para oclusão do tubo
Após entubar, começar a retirar o fio guia sem retirar a tampa, usar pinça reta para oclusão do tubo e retirar a tampa de borracha com o resto do fio guia
Tamanho ideal do Combitubo
Pacientes de 1,40 m a 1,80 m: 37F
Pacientes com mais de 1,80 m: 41F
Posição ideal de pega da máscara laríngea
Mão direita
Segurar como uma caneta, com o dedo indicador apoiado logo abaixo da junção tubo-máscara, na parte a ser insuflada, e o polegar abraçando a máscara por trás
Tempo máximo de utilização da máscara laríngea
4-8 horas em situações eletivas e pacientes saudáveis
Checagem de materiais quando for proceder com colocação de máscara laríngea
Escolher a máscara adequada conforme o peso do paciente!!!
Testar o cuff da máscara sempre antes
Insuflar e desinsuflar o Cuff
Contraindicação à passagem de máscara laríngea
Abertura de cavidade oral < 1,5 cm
Necessidade de via aérea definitiva
Necessidade de proteção de via aérea contra broncoaspiração
Como é feita a cricotireoidostomia por punção?
Identificar a membrana cricotireoidea
Puncionar o paciente com agulha com jelco calibroso (14-16), com seringa com ar, e ir aprofundando e fazendo pressão negativa até borbulhar ar na seringa (atingiu via aérea)
Retirar a seringa e acoplar sistema em Y (três vias). Um via para acoplar no jelco, outra para a fonte de O2 e outra para expiração (quando oclui, inspira, quando solta, expira). Proporção de 1 para 4 segundos.
Tempo máximo de permanência da cricotireoidostomia por punção
30 a 45 minutos
Passo a passo da cricotireoidostomia cirúrgica
Leve extensão cervical do paciente, identificar a membrana cricotireoidea
Anestesiar a região (se paciente acordado) e fazer incisão TRANSVERSA de 3 a 5 cm, aprofundando até atingir a cartilagem
Fazer dissecção romba com pinça curva (vai alargando lateralmente)
Após, limpar região com gaze, inserir cânula de traqueostomia sob visualização direta, insuflar cuff e fixar a cânula
Indicação de Via Aérea Definitiva
Apneia
Inconsciência
Obstrução de via aérea
Grande queimado com queimadura de via aérea (edema, rouquidão, estridor, queimadura de face ou língua)
Como deve ser feita a reposição volêmica inicial de paciente queimado, conforme o ATLS 10ª edição?
Queimadura Térmica:
- 2 x Peso (Kg) x SCQ
- Se < 14 anos: 3 x Peso (Kg) x SCQ
- Se < 30 Kg: + 5% dextrose
Queimadura Elétrica: 4 x P (Kg) x SCQ
Reposição preferencialmente com Ringer Lactato, fazendo 50% nas primeiras 8 horas e os outros 50% em 16h
Como é feito o cálculo da superfície corporal queimada? Cite duas formas
Pela regra de Wallace (Regra dos 9) ou calculando pela mão aberta do paciente, que corresponde a 1% da superfície corporal
Como deve ser feita a reposição volêmica inicial em paciente queimado, conforme a fórmula de Parkland?
4 x Peso (Kg) x SCQ
Fazer metade nas primeiras 8 horas e o restante nas 16 horas seguintes
Medidas para evitar insuficiência renal aguda, em pacientes com queimaduras elétricas
Administração de furosemida, manitol e alcalinização da urina
Ao que corresponde a Regra de Wallace?
Regra dos 9, para avaliação da superfície corporal queimada
Situações em que se deve evitar administração de Succinilcolina
Queimaduras, paraplegia, quadriplegia e trauma grave
Situações que cursem com Hipercalemia, como síndromes musculares e lesões musculares intensas
Hipertermia Maligna
Classificação de Gustillo-Anderson
Classificação de Fraturas Expostas
Tipo I (Pequena): < 1 cm
Tipo II (Moderada): 1-10 cm
Tipo III (Grande): > 10 cm OU área rural (ex.: detritos de terra na lesão) OU PAF
Conduta terapêutica em caso de fratura exposta, conforme a classificação de Gustillo-Anderson
Avaliar profilaxia antitetânica e cirurgia em ATÉ 24 horas
Condutas diante de paciente com fratura exposta
Antibioticoterapia
- Até 10 cm → Cefazolina
- > 10 cm → + Aminoglicosídeo
- Rural, detritos → + Penicilina
Radiografia do membro
Cirurgia em até 24 horas
Profilaxia antitetânica
Limpeza da ferida e curativo
Rotina radiológica para avaliação de derrame pleural
Radiografia de Tórax em PA, Perfil e Laurell (Paciente em decúbito lateral, com raios horizontais)
Não puncionar se derrame em Laurell < 10 mm!!!
Indicações de toracocentese
- Procedimento diagnóstico para definir origem de derrame pleural ou avaliar complicações (pneumonia sem melhora com antibioticoterapia adequada)
- Toracocentese de alívio para grandes derrames com estresse respiratório
Paramentação e cuidados necessários para realização de toracocentese “eletiva”
Paramentação:
- Luva estéril
- Gorro
- Máscara
- Capote
Procedimento estéril!!!
Degermação das mãos e do sítio de punção com solução degermante (clorexidina degermante ou iodopovidona)
Colocar paciente sentado
Como é feita a toracocentese de alívio? Qual o local de escolha?
Local: 5º ou 4º espaço intercostal, entre a linha axilar anterior e média, borda superior da costela!
Crianças: 2º espaço intercostal na linha hemiclavicular, borda superior!!!
Procedimento estéril (se eletivo):
- Degermar as mãos, se paramentar com material estéril, luva, máscara, gorro e capote
- Degermar região de punção com pinça degermante, colocar campo estéril
Utilizar Jelco 14, de preferência (mais grosso), podendo utilizar também uma seringa acoplada para ajudar a encontrar o espaço pleural
Após puncionar, desacoplar a seringa e retirar a agulha!!!!
Coletar material para análise com seringa de grosso calibre e depois com seringa pequena heparinizada para análise de pH.
Como se faz uma toracocentese diagnóstica? Qual o local de escolha?
Necessário paciente colaborativo e explicar todo o procedimento
Colocar o paciente sentado, com travesseiro no colo, apoiando os braços e a cabeça no travesseiro, para as escápulas ficarem voltadas para frente
Palpar, no dorso do paciente, o espaço intercostal mais próximo à borda inferior da escápula
Distância de 5 a 10 cm da coluna
Não puncionar abaixo da 9º costela!!!
Sempre puncionar na borda superior da costela, pois na borda inferior há risco de lesão vascular e neural
Após terminar a coleta de material, pedir para o paciente expirar ou fazer uma inspiração profunda, retirar o cateter e então colocar curativo oclusivo
Volume máximo a ser drenado na toracocentese terapêutica
1.200 a 1.500 ml
Não remover mais que isso de uma única vez, pelo risco de edema pulmonar de reexpansão
Característica do líquido pleural que o define como hemotórax
Hematócrito do líquido pleural > 50% do hematócrito sérico do paciente
Primeiro aspecto a ser avaliado na toracocentese diagnóstica. Quais os achados encontrados e o que eles indicam?
Aspecto do líquido pleural!!!
Normal: amarelo-citrino
Turvo: inespecífico
Purulento: empiema
Leitoso: quilotórax
Hemorrágico: acidente de punção, câncer e embolia pulmonar
Achocolatado: derrame hemorrágico antigo, rotura de abscesso amebiano hepático
Hemotórax: Ht pleural > 50% do Ht sérico
Indícios na análise de líquido pleural que sugerem Empiema
Coloração de bactéria no Gram!!! → Confirma impiema e indica drenagem terapêutica!!!
Outros parâmetros que sugerem:
pH < 7,2, LDH > 1000 UI/L, glicose < 40 mg/dl, presença septações ou líquido mal cheiroso, líquido purulento
Como se faz a diferenciação entre Transudato e Exsudato
Pelos critérios de Light
LDH líquido pleural > 200 UI/L
Exames a serem solicitados para análise de líquido pleural
Avaliação do líquido pleural:
- pH, glicose, citologia total e diferencial, amilase, fator reumatoide e FAN, complemento, hemácias, triglicerídeos, Adenosina Deaminase/ADA
Análise citológica:
- Predomínio de PMN: pneumonia, TB fase precoce, embolia e pancreatite aguda
- Predomínio de MN: TB pleural, neoplasias, colagenoses e artrite reumatoide
Contraindicação para toracocentese
Alteração em coagulograma!
- TAP > 1,5 da normalidade
- Plaquetas < 25.000
Derrame pequeno: < 10 mm na incidência de Laurell
Como fazer a montagem do sistema em selo d’água?
No sistema de 2.000 ml, completar até 500 ml com SF 0,9%
No sistema de 1.000 ml, completar até 300 ml com soro fisiológico
Assim, irá cobrir até 2 cm do tubo que se insere no sistema
Vedar bem o sistema, conectar no selo d’água, SOLTAR O CLAMP e colocar ele numa escada ou pendurado
NÃO COLOCAR NO CHÃO!!!!
Como realizar a toracostomia, com drenagem torácica em selo d’água?
Procedimento estéril!!!
Colocar gorro, máscara, degermar as mãos, colocar luva e capote estéreis
Paciente em decúbito dorsal ou lateral, com o braço acima da cabeça
Local: 4º-5º EI entre a linha axilar média e a anterior, na borda superior da costela
Degermar o local de incisão, antissepsia e campo cirúrgico
Anestesia local: 2 seringas de 20 ml, 1 frasco de lidocaína a 1% e água para injeção. Diluir 10 ml de lidocaína 2% em 40 ml para fazer solução de 0,5% e encher as duas seringas para infiltração.
Infiltração anestésica: PELE, COSTELA e PLEURA PARIETAL
Incisão horizontal na borda superior da costela, entre a linha axilar anterior e a média
Divulsão de tecidos, com Kelly curva
Ao atingir a pleura, perfurar ela com a Kelly e abrir a pinça para divulsão
Exploração digital
Medir o tamanho do dreno: distância do manúbrio ao mamilo. Fixar com pinça curva nessa região para marcar a distância e uma pinça curva na ponta do dreno.
Se pneumotórax: inserir direcionando para cima e anterior
Se HEMOtórax: inserir direcionando para baixo e posterior
Após a inserção, coletar o dreno no sistema coletor em selo d’água, previamente montado. Sempre avaliar, antes de soltar a segunda pinça, que oclui o dreno, se o sistema de selo d’água está corretamente montado e com água na quantidade adequada
Soltar as pinças, fixar o dreno, aproximando as bordas da ferida e realizar ponto em U e bailarina para manter o dreno fixo. Realizar curativo compressivo com gaze ao redor do dreno. Pedir radiografia de tórax para confirmar posicionamento
Quando retirar o dreno de tórax em paciente que foi submetido a drenagem por pneumotórax?
Quando o sistema parar de borbulhar
Realizar antes radiografia de tórax e avaliar se pulmão completamente expandido, para fazer a retirada
Quando retirar o dreno de tórax em paciente que foi submetido a drenagem por derrame pleural?
Drenagem < 200 ml nas últimas 24h
Aspecto claro/seroso do líquido
Reexpansão pulmonar em radiografia de tórax
Melhora clínica do paciente
Como retirar dreno de tórax?
Pode ser retirado no final da expiração ou da inspiração forçada
Sempre em momento de pausa respiratória
Cortar o último nó, presente no dreno
Desenrolar o nó bailarina do dreno
Pedir para o paciente inspirar fundo e prender o ar, avisar antes que vai ser desconfortável, e então no fim da inspiração, puxar o dreno com uma mão e, assim que o dreno sair, puxar os fios com a outra e fechar a ferida com o próprio nó em U prévio, utilizado para a fixação do dreno. Dar nó duplo e fechar a ferida hermeticamente
Manifestação mais específica para diferenciação da insuficiência adrenal primária da secundária
Hiperpigmentação da pele
Ocorre secundária ao aumento do ACTH, principalmente em áreas expostas ao sol
Característica de insuficiência adrenal primária
Sintomas sugestivos de insuficiência adrenal
Dor abdominal, HIPOTENSÃO, taquicardia, hipoglicemia, evoluindo pra choque refratário a volume
Pode ter história de anorexia, perda de peso, queda de cabelo e pelos
Sintomas com melhora clínica após administração de glicocorticoides
Achados laboratoriais clássicos de insuficiência adrenal
HIPOnatremia e HIPERcalemia
Dosagem do cortisol pela manhã em valores baixos confirma o diagnóstico (< 5 mg/dL)
Conduta diante de paciente com Insuficiência Adrenal Aguda
Colher cortisol sérico
1- Hidrocortisona 100mg EV + 50mg 6/6h
2 - Reposição volêmica agressiva 20-30 ml/Kg (paciente desidratado)
3 - Checar dextro!!! Adicionar solução glicosada se hipoglicemia
4 - ECG → Avaliar se alterações de hipercalemia
Corticoterapia no paciente séptico é indicada em qual situação?
Instabilidade refratária a droga vasoativa em altas doses
Iniciar hidrocortisona 50mg 6/6h
Diferenças na avaliação do paciente politraumatizado quando atendimento em equipe
O atendimento deve seguir a sequência normal do ABCDE
Cada membro da equipe pode avaliar uma letra do ABCDE. Ex.: um avalia se via aérea pérvia, enquanto outro avalia extremidades, outro disfunção neurológica… Etc
Com todas as informações devendo ser repassadas a um líder de equipe que centralize tudo
Sequência na avaliação de radiografia de tórax
A- Vias Aéreas (centradas?)
B- Parênquima pulmonar
C- Coração
D- Diafragma
E- Esqueleto
F- Fat (Gordura)
G- Gadgets (Dispositivos)
Indicação de tomografia de corpo inteiro no paciente politraumatizado
Trauma grave de alta energia
Ex.: tórax instável
Tratamento e prescrição de paciente com lesão pulmonar após fraturas de costela em politrauma
Jejum, analgesia de horário, balanço hídrico negativo, oxigenioterapia, fisioterapia respiratória e motora, monitorização em leito de terapia intensiva
Conduta diante de paciente com lesão hepática pequena em trauma
Conduta conservadora
Controle de Hb/Ht
Vigilância hemodinâmica e hematimétrica
Vigilância de dor abdominal
6 Critérios para alta de paciente após politrauma com trauma de costela e lesão pulmonar
1- Aceitação da dieta
2- Deambulando
3- Dor controlada com analgesia oral
4- Eupneico sem necessidade de O2
5- Rx de controle sem alterações importantes
6- Capacidade de fisioterapia, acompanhamento ambulatorial e entendimento da condição clínica
Resumo: Comendo, andando e dor controlada!!! Rx de controle estável? Eupneico sem O2? Tem como fazer seguimento?
5 Orientações na alta de paciente após internação por politrauma com fratura de costela e contusão pulmonar
Analgesia com medicações via oral
Fisioterapia respiratória e motora
Retorno ambulatorial
Orientar sinais de alarme
Repouso relativo
Manobras para desobstrução de via aérea em paciente politraumatizado que não apresenta via aérea pérvia na avaliação do A
Chin-Lift e Jaw Trust
Se, após essas medidas, apresentar via aérea pérvia, prosseguir com avaliação do ABCDE
Se permanecer sem respirar/sem responder, indicar intubação orotraqueal
Mnemônico que auxilia nas causas a serem avaliadas se paciente intubado, mas não ventila
DOPE
D- Deslocamento do Tubo
O- Obstrução
P- Pneumotórax
E- Equipamento / Entubação seletiva
Expansão volêmica inicial no paciente politraumatizado
1 litro de Ringer Lactato aquecido a 39ºC
Oferta de oxigênio no paciente politraumatizado
O2 em máscara não reinalante 15L/min
Todo paciente!!!
No que consiste a cirurgia de Damage Control, quais seus objetivos cirúrgicos e suas indicações? Quais os componentes da tríade letal e quais as medidas tomadas para tratar cada um deles?
Indicação: Pacientes instáveis hemodinamicamente, evoluindo com a tríade letal (hipotermia, acidose e coagulopatia)
Objetivo: Controle do sangramento e da infecção. Fazer hemostasia, tamponamento com compressas, ressecção e suturas simples, ressecção de alças e sepultamento de cotos, drenagens, fechamento temporário do abdome, com peritoneostomia, encerrar o procedimento e encaminhar paciente para leito de UTI para controle da tríade letal.
Componentes da tríade letal:
Hipotermia → Aquecimento
Acidose metabólica → Suporte hemodinâmico
Coagulopatia → Hemocomponentes
6 Principais focos de sangramento no politraumatizado
1- Tórax
2- Abdome
3- Pelve
4- Ossos longos (Membros)
5- Retroperitônio
6- Perda prévia na cena
Parâmetros utilizados para avaliação hemodinâmica do paciente politraumatizado
2F, 2P, NU
1- Frequência cardíaca
2- Frequência respiratória
3- Pressão arterial
4- Pulso (filiforme, amplos…)
5- Estado neurológico (se confuso, pensa-se em ≥ Grau 3)
6- DÉBITO URINÁRIO (sondar, se sem contraindicações!!!)
Indicação de transfusão sanguínea no politraumatizado
Choque Grau 3 ou 4 ou Sem Resposta a Reposição Volêmica Inicial com 1L RL 39ºC
Dicas: Hipotenso + Taquicardico, FR > 30, Pulso filiforme, Confuso/Letárgico, Débito urinário ≤ 15 ml/h
No que consiste o Protocolo de transfusão maciça (PTM)? Quais as suas indicações?
PTM: 10 UI de hemácias em 24 horas ou 4 bolsas em 1 hora
Transfusão balanceada!!! 1:1:1
Concentrado de hemácias, plasma e plaquetas
Indicado no choque Grau III ou IV, não respondedor a volume, com foco de sangramento de difícil controle.
Coletar tipagem sanguínea, MAS não precisa esperar o resultado para iniciar a transfusão! Iniciar O-. Coleta pensando em transfusões posteriores
ABC score: 2 ou + critérios preenchidos
- PAS ≤ 90 mmHg
- FC ≥ 120 bpm
- FAST +
- Ferimento penetrante no tronco
Indicações para uso do Ácido Tranexâmico no Trauma e como deve ser feito seu uso
Trauma + Suspeita de sangramento, nas primeiras 3 horas do trauma!!!
- FC > 110 bpm e/ou PAS < 90 mmHg
- 1g EV em bolus, em 10 min, + 1g EV 8/8h
1º Sinal de Choque na Gestante
Vasoconstricção placentária!
Avaliar sofrimento fetal!!!
Posicionamento ideal da gestante vítima de politrauma
Decúbito lateral esquerdo, com movimentação em bloco, ou mobilizar o útero lateralmente, para diminuir a compressão na veia cava inferior
Indicação de Imunoglobulina Anti-Rh para profilaxia de sensibilização materna, no caso de politrauma ou sangramentos gestacionais
Idade gestacional > 11 semanas
Gestante Rh-, Feto Rh+
Gestante não sensibilizada previamente
Manobras no exame físico para avaliar pelve de paciente politraumatizado. Em que parte do ABCDE deve ser realizada?
Palpação da sínfise púbica, mobilização ântero-posterior e lateral
Realizar no C, na avaliação de focos de sangramento
Qual a alteração desta radiografia?
Pelve com fratura por compressão ântero-posterior, chamada fratura em livro aberto
Condutas para controle de sangramento da pelve, em ordem
1º: Fixação temporária da pelve com lençol
2º: Packing Extra-Peritoneal
3º: Fixação externa da Pelve
Se persistência de sangramento, mesmo com medidas anteriores, avaliar sangramento arterial e investigar com arteriografia e embolização
Condutas diante de lesão exsanguinante em membros
1º: Compressão direta da lesão
2º: Torniquete, se a compressão não for o bastante.
Torniquete é medida salvadora, devendo ficar pelo menor tempo possível, sendo mandatória a cirurgia após (se tirar, volta a sangrar)
Principal fonte de sangramento em trauma de pelve
90%: Venoso
10%: Arteriais, principalmente provenientes da artéria pudenda interna
Local de fixação com lençol em caso de fratura de pelve
Na altura do trocanter maior do fêmur
Questões a serem feitas para avaliar dor abdominal
11 caracteres da dor
- Quando a dor começou? (Há quanto tempo?)
- Onde a dor começou?
- Localizada ou irradia para algum local?
- Qual a intensidade da dor, de 0 a 10?
- Algum fator de melhora ou de piora?
- Como é a dor? Em pontada, em queimação, em cólica…?
- Dor está mantendo estável ou está piorando com o tempo?
- Apresentou náuseas ou vômitos?
- Apresentou febre?
- Já sentiu essa dor antes?
- Já realizou alguma cirurgia antes?
Questões a serem feitas diante de paciente gestante
Qual a idade gestacional?
Alguma intercorrência na gestação?
Teve perda sanguínea?
Teve perda de líquido?
Alguma contração?
Sente o bebê se movimentando?
Caderneta da gestante?
Como é o pré-natal?
Alguma doença prévia?
Medicação de uso contínuo?
Primeiro exame na suspeita de abdome agudo inflamatório na gestante
Ultrassonografia de abdome total
Qual o mecanismo da seguinte fratura?
Fratura de pelve por mecanismo vertical (Fratura de Malgaigne)
Geralmente por queda com sustentação em um membro, queda em pé…
Alteração genética específica de paciente com espondiloartropatia
HLA-B27
Manobra a ser realizada em paciente com suspeita de Espondiloartrite. Como ela é realizada?
Teste de Schober
Com o paciente em pé, palpa-se a altura das espinhas ilíacas postero-superiores, palpar o ponto médio entre elas (L4-L5) e marcar uma linha. Medir a distância de 10 cm para cima e marcar outra linha.
Pedir para o paciente flexionar a coluna, sem flexionar o joelho, tentando tocar os pés, e avaliar o aumento da distância nas linhas.
Schober alterado: Aumento < 5 cm (Distância total < 15 cm). Pensar em espondiloartrites
Exames a serem solicitados na suspeita de Espondiloartropatia
Rx de coluna (cervical, torácica e lombar)
Rx ou RM de sacroilíacas
PCR
VHS
HLA-B27
Sorologias (Hep B, C, Sífilis, HIV)
Tratamento das Espondiloartrites
1ª Linha: Anti-inflamatórios Não-esteroidais (AINEs) de USO CONTÍNUO
Resposta ruim a corticoterapia!!!
Se falha terapêutica, associar imunobiológicos: anti-TNF (Infliximabe)
Alteração esperada na radiografia de paciente com espondilite anquilosante
Sindesmófitos bilaterais simétricos, conectando uma vértebra na outra nas duas extremidades
Retificação da coluna vertebral, com diminuição do espaço vertebral e rigidez, tendo aspecto de “Coluna em bambu”
Manifestação extra-articular mais comum do paciente com espondilite anquilosante
Uveíte Anterior
Sempre questionar sintomas oftalmológicos
Questionamentos a serem feitos na avaliação geral de paciente com dor lombar
Diferenciar dor de caráter inflamatório daquela de caráter mecânico:
1. Questionar rigidez matinal.
2. Melhora ou piora com movimento?
3. Piora de noite ou ao repouso?
Anamnese da lombalgia geral:
1. Trama associado? Queda?
2. Irradiação para algum lugar?
3. Sintomas sistêmicos? Febre? Perda de Peso? Intestinais? Urinários?
4. Fraqueza ou alteração de sensibilidade?
Questionamentos a serem feitos na investigação específica de espondiloartropatias
- Sintomas oftalmológicos?
- Infecção gastrointestinal prévia ou geniturinária?
- Apresenta artrite periférica?
- Apresenta lesões cutâneas?
Paciente diabética, usuária de Insulina, com a seguinte alteração. Qual esta alteração e por que ela ocorre? Qual a conduta?
Lipodistrofia provocada por uso inadequado de insulina
Paciente não fez rodízio dos locais de aplicação
Orientar rodízio de locais de aplicação de insulina e não aplicar insulina no local com lipodistrofia por pelo menos 2 meses
Locais adequados para aplicação de Insulina Subcutânea
Braços (Tríceps)
Abdômen
Nádegas
Coxas
Armazenamento ideal da Insulina
Insulina fechada: manter ela na prateleira do meio da geladeira, para evitar as oscilações de temperatura das prateleiras superiores e inferiores
Insulina aberta: pode deixar de fora da geladeira e anotar o dia específico de abertura, para se atentar ao vencimento
Método de aplicação da Insulina
Lavagem das mãos com água e sabão ou álcool 70%
Higienizar, também, o bocal do frasco de insulina e o frasco da insulina, horizontalmente
Higienizar a região que for aplicar a insulina com algodão em álcool 70%
Fazer prega cutânea
Pegar a seringa contendo insulina e agulha, já sem a tampa, podendo segurar a seringa como uma caneta. Aplicar na região da prega cutânea em ângulo de 90º e manter no local por 10 segundos.
Após os 10 segundos, retirar a agulha e só então soltar a prega cutânea.
Não soltar a prega antes de retirar a agulha!!!
Descartar em local adequado de perfurocortantes: DESCARPACK
Após terminar a aplicação, higienizar o local de aplicação novamente
Orientações de medidas não farmacológicas para controle de diabetes mellitus
- Atividade física - 150 min/semana, 50 min 3x por semana
- Cessar tabagismo
- Alimentação com menos carboidratos simples (arroz, macarrão, pão)
- Alimentação rica em fibras, grãos integrais, legumes e verduras de baixo índice glicêmico
- Regra da divisão do prato em 4 partes:
- 2 partes (metade do prato) para legumes e verduras
- 1 parte para carboidrato
- 1 parte para misturas (feijão, carne)
Como fazer a mistura da insulina NPH com a insulina Regular para aplicação na mesma seringa?
Ex.: NPH 10U e Regular 4U
1º- Lavar as mãos e higienizar o bocal dos frascos e o vidro de insulina, podendo ser com álcool 70%. Homogeneizar os frascos.
2º- Aspirar com ar a quantidade indicada de insulina NPH (Ex.: 10UI) e fazer a injeção de ar no frasco da insulina NPH
3º- Aspirar com ar a quantidade de unidades indicadas da insulina regular e também fazer injeção de ar no frasco na insulina Regular (Ex.: 4UI).
4º- Aspirar primeiro a insulina regular
5º- Aspirar a insulina NPH
Sempre aspirar primeiro a insulina regular e só depois a NPH!!!
Materiais necessários para exame físico de pé diabético? Como é feito o exame do pé diabético?
Materiais:
Monofilamento/Estesiômetro 10g
Martelo neurológico
Diapasão 128 Hz
Inspeção:
1. Observar a pele, se há alteração de pigmentação, dermatite ocre, espessamento, pilificação.
2. Procurar ativamente por lesões ulceradas ou calos (locais de maior impacto, onde apoia mais o pé)
3. Olhar entre os dedos, procurar lesões fúngicas e portas de entrada.
4. Procurar por deformidades, pé de Charcot.
5. Palpar pulsos pedial, tibial posterior e poplíteo
Exame neurológico:
1. Solicitar o diapasão 128Hz e fazer o teste da vibração. Primeiro demonstrar para o paciente como será o exame no braço dele. Colocar o diapasão vibrando em proeminência óssea no hálux, pedir para o paciente avisar quando parar de sentir e, quando ele avisar, retirar o equipamento e colocar perto da sua orelha para avaliar se ainda está vibrando.
2. Solicitar o martelo neurológico e avaliar o reflexo Aquileu
3. Solicitar o monofilamento 10g e demonstrar as áreas que vão ser avaliadas no pé, de maneira não sequencial e sem previsibilidade, com o paciente de olho fechado.
6 Medicações que podem levar a deficiência de vitamina B12
- Metformina!!!
- Sempre solicitar em casos de neuropatia diabética em vigência de metformina. - Inibidores de Bomba de Prótons
- AAS, em tratamento de Doença de Crohn
- Neomicina
- Metildopa
- Colchicina
Diagnóstico diferencial para neuropatia diabética, em paciente que faz uso de metformina
Deficiência de vitamina B12
Metformina diminui a absorção gastrointestinal de vitamina B12
Tratamento medicamentoso do paciente com polineuropatia diabética - Pé diabético. Em quais situações cada classe medicamentosa deve ser evitada?
- GABA (Gabapentina/Pregabalina): Evitar em DPOC, abuso de substância e edema periférico. Ideal para insônia, síndrome das pernas inquietas e tremor essencial.
- Duais (Venlafaxina, Duloxetina): Evitar em glaucoma de ângulo fechado e disfunção sexual.
- Tricíclicos (Amitriptilina, Nortriptilina, Desipramina): CI em glaucoma de ângulo fechado. Evitar em disfunção sexual, cardiopatias, hipotensão ortostática.
Orientações de prescrição inicial de Gabapentina
Iniciar com dose baixa, com aumento gradual, com início à noite, pois pode causar sonolência e tontura
Dose inicial: 300-400 mg/dia noite