Clínica Médica Flashcards

1
Q

Qual o único Bloqueador Neuromuscular Despolarizante?

A

Succinilcolina

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Agentes clássicos causadores de endocardite bacteriana e suas particularidades

A
  • S. viridans → Mais comum na Endocardite Adquirida na COMUNIDADE
  • S. aureus → Agente MAIS COMUM como um todo!!!
  • Coxiella Burnetti → Agente mais ESPECÍFICO!!! 1 hemocultura ou sorologia basta para diagnóstico
  • S. bovis → Complementar com colonoscopia. Pensar em translocação.
  • Enterococo adquirido na comunidade
  • Grupo HACEK (Haemophilus spp., Actinobacillus spp., Cardiobacterium hominis, Eikenella spp. e Kingella spp.)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Câmaras cardíacas em que é mais comum ocorrer endocardite no paciente usuário de drogas intravenosas. Como são os achados no exame físico?

A

Endocardite à direita, principalmente em tricúspide, geralmente sem sopro
Pode cursar com pneumonia multilobar associada, inclusive necrosante, principalmente por S. aureus

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Principal enterococo comunitário associado com Endocardite Bacteriana

A

Enterococcus faecalis

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Agente etiológico de endocardite bacteriana que, quando presente, requer realização de colonoscopia e investigação de lesões intestinais com translocação bacteriana

A

Streptococcus bovis ou S. gallolyticus

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Exame necessário no caso de endocardite bacteriana por Streptococcus bovis ou S. gallolyticus

A

Colonoscopia para avaliar lesões intestinais e possibilidade de translocação bacteriana

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Agentes etiológicos de endocardite bacteriana em valva protética

A

< 2 meses da troca valvar: S. coagulase negativo, S. epidermidis, S. aureus, Gram (-) e agentes hospitalares

> 1 ano da troca: Igual valva nativa

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Tratamento de endocardite bacteriana em valva nativa

A

Subaguda: aguardar culturas ou Vancomicina + Ceftriaxona
Aguda / Drogas IV: Vancomicina + Gentamicina (ou cefepime)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Tratamento de endocardite bacteriana em valva protética

A

Vancomicina + Gentamicina + Rifampicina (erradicar estafilo)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Único agente antimicrobiano que consegue erradicar colonização por Estafilococo em Valva Protética

A

Rifampicina

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Quais procedimentos indicam profilaxia para endocardite bacteriana, em pacientes com indicação?

A

Perfuração de via aérea, da mucosa oral ou respiratória, bem como procedimentos odontológicos com manipulação da gengiva e região periapical dos dentes

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Qual grupo populacional tem indicação de profilaxia para endocardite bacteriana?

A

Portadores de prótese valvar, endocardite bacteriana prévia, cardiopatia cianótica não reparada e correção incompleta de cardiopatia congênita

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Como é feita a profilaxia para endocardite bacteriana, nos casos indicados?

A

Amoxicilina 2 gramas, via oral, 1 hora antes do procedimento
Se alergia: azitromicina, claritromicina, cefalexina

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Complicação mais comum da meningite bacteriana

A

Surdez

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Características do líquor de paciente com meningite bacteriana

A

Diminuição da glicose
Aumento de polimorfonucleares (Neutrófilos)
Gram (+): Pneumococo
Gram (-): Meningococo

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Características do líquor de paciente com meningite viral

A

Glicose normal
Aumento de mononucleares (linfócitos)
Causa mais comum de meningite (enterovírus)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Características do líquor de paciente com meningite fúngica ou tuberculosa

A

Diminuição da Glicose
Aumento de mononucleares (linfócitos)
HIV+ com ↓CD4: investigar infecção fúngica por criptococo

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Principais manifestações orgânicas em paciente com intoxicação por acetaminofeno (paracetamol)

A

Insuficiência hepática (hepatite fulminante)
Insuficiência renal (necrose tubular aguda)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Antídoto da intoxicação por acetaminofeno (paracetamol)

A

N-acetilcisteína

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Substrato do acetaminofeno que leva à insuficiência hepática em quadro de intoxicação

A

NAPQI

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Qual o mecanismo de ação dos digitálicos?

A

Inibem a bomba de Na+/K+ ATPase, com maior concentração de cálcio no interior do miócito e maior força de contração cardíaca

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Alteração visual que ocorre na intoxicação por digitálicos

A

Cromatopsia: alteração na percepção das cores
Xantopsia: alteração das cores com maior visualização das cores amareladas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Alteração eletrolítica que classicamente ocorre na intoxicação por digitálicos

A

Hipercalemia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Antídoto da Intoxicação por Benzodiazepínicos

A

Flumazenil (Dose inicial: 0,2-0,3 mg EV. Dose máxima: 2 mg).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Antídoto da Intoxicação por Opióides
Naloxona (0,4-2 mg EV/IM. Dose máxima: 10 mg)
26
Principal causa de anemia ferropriva
Sangramento (Fe sérico está contido dentro das hemácias)
27
Principal causa de anemia megaloblástica por deficiência de B12
Anemia perniciosa (Doença autoimune com menor absorção de B12)
28
Principal causa de anemia megaloblástica por deficiência de ácido fólico
Alcoolismo
29
Medicação que pode levar a deficiência de ácido fólico
Metotrexato
30
Exames indicados em caso de anemia ferropriva em maiores de 50 anos
EDA/Colonoscopia Investigar sangramento oculto!
31
Alteração no hemograma patognomônica de Anemia Megaloblástica
Neutrófilos hipersegmentados
32
Como diferenciar anemia megaloblástica por deficiência de B12 da por deficiência de ácido fólico?
Dosagem do ácido metilmalônico Deficiência de B12: ↑ Ác. Metilmalônico
33
O que ocorre em caso de aumento do ácido metilmalônico? Quais as manifestações clínicas esperadas?
Destruição da bainha de mielina, com manifestações neurológicas: demência, alterações de força, sensibilidade, equilíbrio, propriocepção...
34
Distúrbio hidroeletrolítico que pode ocorrer durante o tratamento da anemia megaloblástica
Hipocalemia A produção aumentada de novas células pode levar à passagem do potássio sérico para o meio intracelular
35
Como diferenciar anemia de doença crônica da anemia ferropriva?
Pela dosagem da ferritina e do TIBC (capacidade total de ligação do ferro) Doença crônica: ↑ Ferritina, ↓ TIBC Ferropriva: ↓ Ferritina, ↑ TIBC
36
O que é esperado encontrar no hemograma completo de paciente com anemia ferropriva?
Anemia microcítica/hipocrômica ↑ RDW ↑ Plaquetas
37
Aminoácido que se encontra aumentado na anemia megaloblástica, tanto por deficiência de vitamina B12 quanto na por folato
Homocisteína
38
Anemias Hipoproliferativas, com ↓ Reticulócitos (< 2%)
Anemias carenciais (ferropriva, megaloblástica) Anemia de doença crônica e doença renal crônica (↓ eritropoetina) Alterações medulares (aplasia, fibrose, infiltração de medula óssea)
39
Anemias Hiperproliferativas, com ↑ Reticulócitos (≥ 2%)
Sangramento agudo Anemias hemolíticas
40
Tratamento da anemia ferropriva
Sulfato ferroso 300mg 3x/d (Ferro elementar 60 mg) Ingerir juntamente com vitamina C (aumenta absorção) e separadamente das refeições
41
Principais marcadores laboratoriais das anemias hemolíticas
↑ Bilirrubina Indireta ↑ LDH ↓ Haptoglobina (Se liga às cadeias de globina livres)
42
Na anemia hemolítica autoimune, o que é visualizado na hematoscopia?
Hemácias em formato de esfera Esferócitos
43
Qual o exame confirmatório de quadro de Anemia Hemolítica Autoimune?
Coombs Direto (+) Também chamado de Teste da Antiglobulina Direta
44
Qual a etiologia da Anemia Hemolítica Autoimune, conforme a presença de anticorpos IgG ou IgM?
IgG (Ac. Quentes): Lúpus, Linfoma IgM (Ac. Frios): Mycoplasma
45
Tratamento da Anemia Hemolítica Autoimune
Prednisona Casos graves e permanentes: esplenectomia
46
O que leva ao quadro de Hemoglobinúria Paroxística Noturna?
Deficiência em célula tronco, o que leva à ausência das proteínas CD55 e CD59 na superfície das células adultas hematopoiéticas, com destruição das células pelo sistema complemento
47
Exames diagnósticos de Hemoglobinúria Paroxística Noturna
Citometria de fluxo: ↓CD55 e ↓CD59 Teste de HAM
48
Tratamento da Hemoglobinúria Paroxística Noturna
Prednisona Eculizumab (anti-CD5; inibidor do sistema complemento)
49
Tríade da Hemoglobinúria Paroxística Noturna
Hemólise + Pancitopenia + Trombose
50
Tríade da Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT)
Anemia hemolítica microangiopática + Coombs direto NEGATIVO + Esquizócitos no sangue periférico
51
Hematoscopia da Anemia Hemolítica Microangiopática
Esquizócitos em sangue periférico
52
O que leva ao quadro da Púrpura Trombocitopênica Trombótica?
A deficiência da proteína ADAMTS leva a agressão das plaquetas pelo Fator de von Willebrand (FvWB), com ativação plaquetária e formação de trombos
53
Quadro clínico de paciente com Púrpura Trombocitopênica Trombótica
Anemia + Plaquetopenia + Alterações neurológicas
54
Tratamento da Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT)
Plasmaférese Não transfundir plaquetas!!! Irá retroalimentar o quadro e resultará na formação de novos trombos
55
Proteína deficiente em quadro de Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT)
ADAMTS
56
A deficiência da proteína ADAMTS leva a qual quadro?
Púrpura Trombocitopênica Trombótica
57
Quadro clínico de paciente com Síndrome Hemolítica Urêmica
Anemia + Plaquetopenia + Lesão Renal
58
Diagnóstico da esferocitose hereditária
Hematoscopia: Esferócitos Coombs direto NEGATIVO Teste da fragilidade positivo
59
Como diferenciar anemia hemolítica autoimune de esferocitose hereditária?
Pelo coombs direto Anemia Hemolítica Autoimune: CD (+) Esferocitose Hereditária: CD (-) Hematoscopia: Esferócitos
60
Tratamento da esferocitose hereditária
Casos graves: esplenectomia
61
Única anemia hemolítica microcítica/hipocrômica, com RDW normal e ↑ Ferro
Talassemia
62
Como diferenciar talassemias de anemia ferropriva?
Pelo RDW e pelo Ferro Sérico Talassemia: RDW normal, ↑ Ferro Ferropriva: ↑ RDW, ↓ Ferro, ↓ Ferritina
63
Talassemia incompatível com a vida extrauterina
Hidropisia Fetal (ausência total de cadeias α)
64
Com qual idade se iniciam as manifestações clínicas das beta-talassemias?
Após 6 meses de idade (com a queda da HbF)
65
Hematoscopia das talassemias
Hemácias em alvo; eritroblastose
66
Características do hemograma completo das talassemias
Anemia microcítica hipocrômica RDW normal (diferenciar de ferropriva)
67
O que ocorre com as hemácias de paciente com beta-talassemia?
Ausência ou redução das cadeias β de globina, com acúmulo de cadeias α, formando corpúsculos de inclusão e resultando em destruição precoce, com hemólise crônica
68
Pacientes com talassemias possuem tendência de desenvolver qual condição clínica?
Hemocromatose (Acúmulo de ferro pela eritropoiese ineficaz)
69
Ao que corresponde a hemoglobina H? Está presente em qual hemoglobinopatia?
Hemoglobina H: tetrâmeros de cadeias β Presente na Alfa-Talassemia intermediária, chamada de Doença da Hemoglobina H
70
Ao que corresponde a hemoglobina Barts? Está presente em qual condição clínica?
Tetrâmeros de cadeias gama Presente na hidropisia fetal (deficiência total de cadeias α)
71
O que é a anemia de Cooley?
Beta-Talassemia Major
72
Único tratamento curativo para talassemias
Transplante Alogênico de Medula Óssea
73
Tratamento da beta-talassemia major
Hipertransfusões crônicas visando manter Ht entre 27-30%
74
Medicação utilizada no tratamento das talassemias, que diminui a quantidade necessária de transfusões. Como ela atua?
Luspatercept Atua acelerando a maturação dos eritrócitos
75
Indicação de esplenectomia em paciente com talassemia
Aumento da quantidade de transfusões em 50% em um ano
76
Conduta diante de paciente com talassemia com ferritina > 1.000
Quelantes de Ferro Deferoxamina
77
Eletroforese de Hemoglobina de paciente com beta-talassemia
↑ HbA2 e HbF
78
Eletroforese de Hemoglobina de paciente com alfa-talassemia
Hidropsia fetal: Hb Barts (tetrâmero de cadeias gama) Doença da Hemoglobina H: HbH (tetrâmero de cadeias β) Minor: Normal
79
Hemoglobinopatia que pode não ser diagnosticada no teste do pezinho
Alfa Talassemia Minor (eletroforese de hemoglobinas normal)
80
Tratamento da Púrpura Trombocitopênica Imune (PTI)
Expectante Caso plaquetas < 10.000 ou sangramentos: corticoterapia
81
Diagnóstico da Púrpura Trombocitopênica Imune (PTI)
Diagnóstico de exclusão!!! Plaquetopenia + Nada!!! Criança com plaquetopenia após infecção de via aérea superior ou diarreia
82
Principal manifestação clínica na doença SC
Retinopatia
83
Conduta diante de paciente com Anemia Falciforme cursando com Síndrome Torácica Aguda
Exsanguineotransfusão, com transfusão de troca, visando manter níveis de HbS < 30%
84
Principal etiologia de anemia hemolítica em mulheres adultas
Anemia Hemolítica Autoimune
85
Qual a chamada doença SS? O que ocorre nesta doença?
Anemia Falciforme Homozigose para HbS, não produzindo HbA
86
Qual a chamada doença AS? O que ocorre nesta doença?
Traço falcêmico Heterozigose para HbS e HbA
87
Como é o diagnóstico da Anemia Falciforme?
Eletroforese de Hemoglobinas ou Cromatografia Líquida (HPLC) com > 85% de HbS
88
Dois parâmetros principais que determinam o quadro clínico do paciente com Anemia Falciforme. Com qual idade se iniciam as manifestações clínicas?
Anemia hemolítica + Isquemia (crises vaso-oclusivas), com início após 6 meses de idade (queda da HbF)
89
Paciente com anemia falciforme + edema de mão e pé. Qual o nome dessa manifestação?
Dactilite Falcêmica
90
Como são as imagens radiográficas e o exame físico de paciente com anemia falciforme em quadro de Crise Álgica Óssea? O que leva a essa manifestação clínica?
Raio X e exame físico normais, exceto pela dor. Corresponde a uma crise isquêmica da medula óssea, mais comumente ocorrendo em ossos longos e vértebras.
91
Por qual razão a esplenectomia deve ser evitada em menores de 4 anos de idade?
Maior predisposição a infecções por germes encapsulados, como pneumococo, salmonela e haemophilus
92
Principal germe causador de osteomielite em pacientes com anemia falciforme
Salmonella
93
O que caracteriza um choque como hipodinâmico? Cite três exemplos
Choque com diminuição do débito cardíaco Exemplos: Choque cardiogênico, hipovolêmico e obstrutivo
94
O que caracteriza um choque como hiperdinâmico? Cite três exemplos
Choque com aumento do débito cardíaco, com problema da distribuição (vasodilatação; choque distributivo). Ex.: sepse, anafilaxia, choque neurogênico
95
Como avaliar a perfusão corporal?
Perfusão = DC x RVP DC: Débito Cardíaco, calculado pelo volume sistólico X frequência cardíaca RVP: Resistência Vascular Periférica (arteríolas)
96
Ao que corresponde a PVC (Pressão Venosa Central)? Como interpretar seus valores? Quais os valores de referência utilizados geralmente?
Corresponde à pressão no Átrio Direito e a pré-carga do ventrículo direito. Utilizada para avaliar a volemia do paciente. ↑ PVC: Hipervolemia / ↓ PVC: Hipovolemia PVC > 12: Hipervolemia, sem necessidade de ressuscitação volêmica. PVC < 8: Hipovolemia, podendo indicar reposição volêmica
97
Como diferenciar o choque cardiogênico do choque hipovolêmico, utilizando os parâmetros de monitorização intensiva?
Choque hipovolêmico: ↓ DC, ↑ RVS, ↓ PVC, ↓ PCAP Choque cardiogênico: ↓ DC, ↑ RVS, ↑ PVC, ↑ PCAP Choque cardiogênico cursa com falência da bomba cardíaca, cursando clinicamente com sinais de congestão (coração cheio de sangue, mas não consegue bombear) e aumento da PVC e PCAP, enquanto no choque hipovolêmico a diminuição da volemia também diminui a pressão nas câmaras cardíacas
98
Quais os quatro parâmetros da monitorização invasiva de paciente com instabilidade hemodinâmica?
DC: Débito Cardíaco RVS: Resistência Vascular Sistêmica PVC: Pressão Venosa Central (Avalia volemia e a pressão no coração direito) PCAP: Pressão Capilar Pulmonar (Avalia a pressão no coração esquerdo)
99
O que é esperado encontrar na monitorização invasiva de paciente com TEP maciço?
Choque Obstrutivo! ↓ DC, ↑ RVS, ↑ PVC, PCAP normal ou ↓ No TEP maciço, a obstrução leva a um aumento da pressão no coração direito, cursando com congestão, porém, sem obstrução no coração esquerdo (sem sinais de baixo débito)
100
Por que o paciente com choque cursa com aumento do lactato?
A hipoperfusão tecidual leva a anaerobiose, com produção de ácido láctico
101
Parâmetro do exame físico que tem correlação com os valores de lactato encontrados
Tempo de enchimento capilar
102
Parâmetro do exame físico que é utilizado para avaliar perfusão, sendo um dos primeiros a se alterar em situação de hipoperfusão tecidual
Débito urinário
103
4 parâmetros utilizados para avaliar a Perfusão Tecidual
Débito urinário Lactato Tempo de enchimento capilar Saturação Venosa (SvcO2 < 70%)
104
Classe de medicações utilizadas em paciente com choque cardiogênico e obstrutivo
Drogas Inotrópicas Droga de escolha: Dobutamina
105
Dose da Dopamina necessária para efeito β adrenérgico (Inotrópico)
3-10 µg/Kg/min
106
Inibidor da fosfodiesterase 3, utilizado no tratamento do choque cardiogênico
Milrinona Possui efeito inotrópico
107
Sensibilizador de cálcio, utilizado no tratamento do choque cardiogênico. Qual sua principal indicação?
Levosimendana Cálcio é importante para contração muscular cardíaca. Bem indicado em paciente que faz uso de betabloqueador
108
Cite 4 medicações que podem ser utilizadas em paciente com choque cardiogênico/obstrutivo, que possuem efeito inotrópico
Dobutamina Dopamina (Dose de 3-10 µ/Kg/min) Milrinona (Inibidor da Fosfodiesterase 3) Levosimendana (Sensibilizador de Ca)
109
Método mecânico que pode ser utilizado em paciente com Choque Cardiogênico/Obstrutivo. Como deve ser feito seu uso?
Balão Intraaórtico É feita a passagem do balão pela Aorta Torácica Descendente, mantendo este sincronizado ao ritmo cardíaco Diástole → Insufla o balão, para que seja feita somente a perfusão coronariana. Sístole → Esvazia o balão, para que seja feita a perfusão corpórea.
110
Em que momento do ciclo cardíaco ocorre a perfusão coronariana?
Na Diástole
111
Qual a classe da medicação Noradrenalina? Qual seu efeito?
Medicação vasopressora, com ação α-adrenérgica e efeito vasoconstrictor
112
Como é feita a passagem do cateter de Swan-ganz? Onde ele se localiza e qual seu papel?
A passagem é feita pela Veia Jugular Interna, assim como o cateter venoso central, porém, irá passar pelo átrio direito, pelo ventrículo direito e irá se posicionar na artéria pulmonar Faz uma monitorização hemodinâmica invasiva, permitindo avaliar a PVC (Pressão venosa central), a PCAP (Pressão Capilar Pulmonar), a RVS (Resistência Vascular Sistêmica) e o DC (Débito Cardíaco)
113
Como se avalia o reflexo fotomotor?
Abrir os olhos do paciente e incidir um feixe de luz em um dos olhos Reflexo presente: Miose bilateral
114
Como se avalia o reflexo córneo-palpebral?
Com uma gaze estéril ou algodão, passar na córnea do paciente. Reflexo presente: Fechamento palpebral
115
Como se avalia o reflexo oculovestibular?
Instilar uma solução gelada no pavilhão auricular do paciente. Reflexo presente: Movimentação dos olhos em direção ao lado em que foi instilada a solução
116
Como se avalia o reflexo oculocefálico ou "olhos de boneca"?
Abrir os olhos do paciente, centralizar a cabeça e virar para o lado, observando os olhos. Reflexo presente: ao virar a cabeça para um lado, os olhos movimentam-se para o lado contralateral, mantendo o olhar fixo para a frente. No caso do reflexo negativo, os olhos irão acompanhar a cabeça.
117
Alteração metabólica que pode cursar com déficit focal, sendo diagnóstico diferencial de AVC
Hipoglicemia Sempre aferir dextro em paciente com déficit focal ou rebaixamento de nível de consciência!!!
118
Ao que corresponde a Síndrome de Mendelson?
Pneumonite por aspiração de ácido gástrico Paciente que broncoaspira conteúdo gástrico (vômitos + broncoaspiração)
119
Quais os parâmetros utilizados na avaliação do qSOFA (Quick-Sofa)?
Taquipneia, hipotensão e alteração de nível de consciência Pontuação ≥ 2 sugere maior mortalidade e maior tempo de internação em UTI
120
Principal causa de óbito por infecção
Sepse
121
Definição de sepse
Disfunção orgânica por uma resposta imune desregulada a uma infecção
122
Qual o padrão-ouro para diagnóstico da SEPSE e qual sua principal limitação?
Score SOFA Limitação: depende de exames laboratoriais, não podendo ser diagnosticado somente com achados clínicos
123
Qual a utilidade do qSOFA?
Utilizado para avaliar DESFECHO e PROGNÓSTICO de pacientes com suspeita ou diagnóstico confirmado de sepse Preditor de mortalidade e tempo de internação prolongado em UTI!!! Não deve ser utilizado como ferramenta única para screening de Sepse
124
Qual o nome do sistema de critérios para diagnóstico da Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo?
Critérios de Berlim
125
Quais os critérios de Berlim? São utilizados para caracterização de qual situação?
Utilizados para caracterização da Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA)
126
Como é classificada a Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA), conforme o grau de hipoxemia, segundo os critérios de Berlim? Como é feito o cálculo para definição da relação utilizada?
Para calcular a PaO2/FiO2, é necessária gasometria arterial para calcular a pressão parcial de O2. A FiO2 é calculada em números inteiros!!! Não utilizar porcentagem!!! Ex.: O2 a 100% → FiO2: 1 O2 a 60% → FiO2: 0,6 Ex de cálculo de PaO2/FiO2: PaO2 94%, com FiO2 de 1 (100% de O2). PaO2/FiO2: 94/1: 94. Hipoxemia grave!
127
Parâmetros do ventilador mecânico em paciente com Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA), para realização de ventilação protetora
128
Como a Ventilação Não Invasiva (VNI) atua no paciente com Edema Agudo de Pulmão?
VNI atua aumentando a pressão na via aérea, diminuindo o retorno venoso e diminuindo a congestão pulmonar
129
Quais os principais achados eletrolíticos da Síndrome da Lise Tumoral?
Hipercalemia, Hiperfosfatemia, Hiperuricemia e Hipocalcemia
130
Qual o tratamento da síndrome da lise tumoral e qual o principal risco dessa síndrome?
Hidratação vigorosa com solução salina isotônica (sem potássio) + Agente hipouricemiante (Alopurinol)
131
Como é feita a profilaxia da síndrome da lise tumoral?
Hidratação venosa vigorosa antes da quimioterapia + Hipouricemiante (Alopurinol)
132
Principais causas de óbito em paciente com síndrome da lise tumoral
Arritmia cardíaca e injúria renal aguda
133
Principais tumores associados com síndrome da lise tumoral
Tumores hematológicos!!! Raro em neoplasias sólidas. Principais: Linfoma não-Hodgkin, Leucemia Linfoblástica Aguda (principalmente tumor de Burkitt) e Leucemia Limfocítica Crônica
134
O que ocorre na síndrome da Lise Tumoral?
A destruição maciça de células após início de quimioterapia leva à liberação de eletrólitos intracelulares em grande quantidade na circulação sanguínea, caracterizando a síndrome
135
Nome do sistema de critérios para diagnóstico da síndrome da lise tumoral
Critérios de Cairo-Bishop Em crianças, utilizar valor de fósforo sérico ≥ 6,5
136
Exame mais utilizado para diagnóstico de esteatohepatite não-alcoólica e qual o padrão-ouro
Exame mais utilizado: USG de abdome Padrão-ouro: biópsia hepática (pouco realizada)
137
Tratamento farmacológico da esteatohepatite não-alcoólica
Vitamina E: diminui estresse oxidativo e melhora os níveis de aminotransferases Se diabetes associado, pode fazer uso de pioglitazona
138
Indicação de tratamento farmacológico com fibratos
Triglicérides persistentemente acima de 500, pelo risco de pancreatite aguda
139
Tipos de acometimento do sistema renal em paciente com gota
Nefrolitíase de repetição e nefrite intersticial crônica
140
Situações que aumentam a concentração sérica de ácido úrico
Alcoolismo, psoríase, uso de diuréticos e pirazinamida (utilizada no tratamento da tuberculose)
141
Definição da Síndrome de Evans
Anemia hemolítica autoimune associada a plaquetopenia
142
Ao que corresponde o mal de Pott?
Tuberculose vertebral, que acomete principalmente os segmentos torácico e lombar da coluna
143
Clínica do mal de Pott
Tríade: dor lombar + dor à palpação + sudorese noturna
144
Tratamento do mal de Pott
Esquema RIPE por 12 meses (2 RIPE + 10 RI)
145
Tratamento da tromboangeíte obliterante (Doença de Buerger)
Suspensão imediata e absoluta do tabagismo
146
Quadro clínico clássico da tromboangeíte obliterante (doença de Buerger). Qual o paciente típico?
Isquemia/necrose de extremidades após o ato de fumar, com ausência de aterosclerose Paciente típico: homem jovem tabagista
147
Achado da arteriografia de paciente com tromboangeíte obliterante (Doença de Buerger)
Estenoses distais + circulação colateral ampla, sem aterosclerose
148
Ao que corresponde o Cor Pulmonale?
Insuficiência do ventrículo direito, secundário a alteração pulmonar/pneumopatia Ex.: TEP, com insuficiência cardíaca direita, devido obstrução na circulação pulmonar
149
Principal sintoma presente no paciente com tromboembolismo pulmonar (TEP)
Dispneia
150
Principal sinal observado no exame físico do paciente com tromboembolismo pulmonar (TEP)
Taquipneia
151
Alteração eletrocardiográfica mais específica do paciente com tromboembolismo pulmonar (TEP)
Padrão S1Q3T3 Onda S negativa em D1, Onda Q negativa em D3 e onda T invertida em D3 → Sinais de sobrecarga aguda de ventrículo direito
152
Alteração eletrocardiográfica mais comum (+ sensível) do paciente com tromboembolismo pulmonar (TEP)
Taquicardia sinusal Muito sensível!!! Pouco específica!!!
153
Sinal de Westermark
Oligoemia localizada (redução da vasculatura pulmonar) → Indicativo de TEP (Presente em 10% dos casos)
154
Sinal de Fleischner
Achado radiológico que corresponde à dilatação da artéria pulmonar → Indicativo de TEP (Presente em 20% dos casos)
155
Corcova de Hampton
Hipotransparência Pulmonar Periférica, que corresponde a área de isquemia pulmonar, que se assemelha a uma consolidação na radiografia → Indicativo de TEP (Presente em 20% dos casos)
156
Sinais radiológicos que podem estar presentes no paciente com TEP
Sinal de Westermark: área localizada de diminuição da trama vascular Sinal de Fleischner: dilatação da artéria pulmonar Corcova de Hampton: área de isquemia pulmonar, semelhante a consolidação na radiografia
157
Ao que corresponde o D-Dímero? Em que situações ele aumenta?
Produto de degradação da fibrina (fibrinólise) Formado em situações de fibrinólise aumentada → Trombos, pós-trauma (cirúrgicos, politrauma)
158
Qual o papel do uso de anticoagulantes orais no tratamento do tromboembolismo pulmonar (TEP)?
Impedir o aumento do trombo (não dissolve o trombo!!!)
159
Indicações de trombólise no paciente com tromboembolismo pulmonar (TEP)
Instabilidade hemodinâmica e sinais de hipoperfusão tecidual (Hipotensão Arterial, Enchimento capilar lentificado)
160
Conduta diante de paciente com indicação de trombólise, porém, com contraindicação ao trombolítico ou falha da trombólise
Embolectomia (Remoção mecânica do êmbolo/trombo)
161
Classificação GOLD do paciente com DPOC
GOLD A: Poucos sintomas e poucas exacerbações GOLD B: Muito sintomático, pouca exacerbação GOLD C: Pouco sintomático, exacerba MUITO GOLD D: MUITO sintomático e com MUITAS exacerbações
162
Tratamento inicial de manutenção do paciente com DPOC em cada classificação de GOLD
GOLD A: LABA ou LAMA de manutenção ou SABA/anticolinérgico de ação curta SOS GOLD B: LABA ou LAMA de manutenção GOLD C: LAMA de manutenção GOLD D: LABA + LAMA de manutenção
163
Doença renal que pode cursar com rins de tamanhos aumentados
Nefropatia diabética Inicialmente os rins aumentam de tamanho, pela hiperfiltração glomerular, com posterior fibrose e atrofia renal progressiva
164
Contraindicação ao uso de Glitazona
Insuficiência Cardíaca
165
O que leva a hiponatremia dilucional no paciente cirrótico com ascite?
A diminuição do volume circulante efetivo resulta em vasoconstricção renal e maior absorção renal de sódio e água. Há também aumento da secreção de ADH e hiponatremia dilucional.
166
Qual medicamento deve ser administrado antes da infusão de glicose intravenosa em paciente alcoolizado?
Tiamina (Vit. B1) De início, de frente a paciente alcoolizado, não é possível definir se é alcoolista crônico ou agudo, sendo etilismo crônico fator de risco para deficiência de tiamina. A infusão de glicose em portador de deficiência de tiamina pode desencadear encefalopatia de Wernicke, devendo sempre preceder com administração de tiamina
167
Ao que corresponde a discinesia tardia?
Movimentos coreiformes envolvendo boca, lábios e língua, classicamente presente em pacientes expostos cronicamente a antipsicóticos ou antagonistas dopaminérgicos
168
Definição de acatisia
Inquietação motora, com necessidade de se mover
169
Como é avaliado o sinal de Romberg? O que ele avalia?
Pede-se que o paciente permaneça em pé, parado, com os pés juntos e os olhos fechados. Avalia sensibilidade proprioceptiva e testa as colunas dorsais da medula espinhal (fascículos grácil e cuneiforme)
170
Qual nervo responsável pela via aferente do reflexo córneo-palpebral?
Reflexo córneo-palpebral: ao passar um algodão ou gaze na esclera, há o fechamento da pálpebra Via Aferente: Nervo trigêmeo; quinto par craniano Responsável pela sensibilidade da face e da esclera (sente o algodão encostando na esclera)
171
Qual nervo responsável pela via eferente do reflexo córneo-palpebral?
Reflexo córneo-palpebral: ao passar um algodão ou gaze na esclera, há o fechamento da pálpebra Via eferente: Nervo facial; sétimo par craniano. Responsável pela função motora da face (fecha a pálpebra)
172
Qual nervo responsável pela via aferente do reflexo oculomotor?
Reflexo oculomotor: miose bilateral ao jogar um feixe de luz sobre a pupila. Via aferente: Nervo óptico; segundo par craniano Transmite os sinais visuais do olho para o cérebro
173
Qual nervo responsável pela via eferente do reflexo oculomotor?
Reflexo oculomotor: miose bilateral ao jogar um feixe de luz sobre a pupila Via eferente: nervo oculomotor; terceiro par craniano Inervação motora do olho (e da pupila)
174
Qual a via aferente do reflexo oculovestibular?
Reflexo oculovestibular: instilar uma solução gelada em um pavilhão auricular, com movimentação dos olhos nessa direção Via aferente: nervo vestíbulo-coclear; oitavo par craniano
175
Qual a via eferente do reflexo oculovestibular?
Reflexo oculovestibular: instilar uma solução gelada em um pavilhão auricular, com movimentação dos olhos nessa direção Via eferente: nervos motores oculares (oculomotor, troclear e abducente, respectivamente terceiro, quarto e sexto par craniano)
176
Classificação de Madri
Utilizada para classificação da Hanseníase Divide a doença em indeterminada, tuberculoide, virchowiana e dimorfa
177
Tratamento da Hanseníase
Poliquimioterapia por 6-9 meses, na forma paucipacilar, e 12-18 meses na multibacilar!!! Doses mensais supervisionadas: Rifampicina 600mg 1x/mês + Dapsona 100mg 1x/mês + Clofazimina 300mg 1x/mês Doses diárias: Dapsona 100mg/dia + Clofazimina 50mg/dia Paucibacilar (Baciloscopia negativa): 9 meses (6 doses supervisionadas) Multibacilar (Baciloscopia positiva): 18 meses (12 doses supervisionadas)
178
Qual a forma clínica da hanseníase, de acordo com o tipo de imunidade do paciente?
Imunidade celular: forma tuberculosa, com menos lesões cutâneas (≤ 5 lesões), lesões delimitadas e baciloscopia negativa Imunidade humoral (anticorpos): forma virchowiana, com mais lesões cutâneas, sem delimitação, baciloscopia positiva
179
Opção de tratamento para paciente do sexo feminino, gestante, que apresente reação hansênica tipo 2
Pentoxifilina ou corticoterapia em dose imunossupressora
180
Principais células da camada superficial (córnea) da epiderme
Queratinócitos
181
Como se caracteriza a reação hansênica do tipo 1 (reação reversa)? Qual a conduta?
Piora da lesão cutânea ou da neuropatia Conduta: Prednisona NÃO SUSPENDER TRATAMENTO CONTRA HANSENÍASE!!!
182
Como se caracteriza a reação hansênica do tipo 2 (eritema nodoso)? Qual a conduta?
Principal manifestação: eritema nodoso (nódulos subcutâneos eritematosos dolorosos) Pode apresentar: febre, orquite, glomerulite. Reações de imunocomplexos. Conduta: talidomida. Se gestante: pentoxifilina; corticoterapia imunossupressora
183
Características clínicas da Pitiríase Versicolor
Máculas confluentes (tendem a se agrupar e formar lesões maiores), classicamente hipocrômicas, podendo também ser hipercrômicas ou eritematosas, com descamação furfurácea (esfarelando)
184
Principal local de acometimento da Pitiríase Versicolor
Couro cabeludo, face, tronco superior Áreas com maior concentração de glândulas sebáceas (infecção fúngica, que "se alimenta" de lipídeos)
185
Agente etiológico da Pitiríase Versicolor
Fungo: Malassezia furfur
186
Sinal de Zireli
Presença de descamação ao esticar a pele Presente na Pitiríase Versicolor
187
Sinal de Besnier
Presença de descamação ao atrito da unha com a pele Presente na Pitiríase Versicolor
188
Sinais clínicos presentes na Pitiríase Versicolor
Sinal de Zireli: descamação ao esticar a pele. Sinal de Besnier: descamação ao atrito da pele com a unha
189
Exames complementares para diagnóstico da Pitiríase Versicolor
Luz de Wood / Micológico direto
190
Tratamento da Pitiríase Versicolor
Tratamento tópico!! Sulfeto de Selênio Imidazólicos (cetoconazol, tioconazol, isoconazol)
191
Grupo de pacientes mais comumente acometido por Tinea Capitis
Pacientes imunossuprimidos
192
Tratamento da tinea na unha (Onicomicose)
Se detectado na fase aguda, sem acometimento da matriz ungueal: tratamento tópico com esmalte de Amorolfina. Se acometimento da matriz ungueal, com distrofia: tratamento sistêmico com imidazólico, como Itraconazol
193
Tratamento da Tinea Pedis (Intertrigo)
Tratamento tópico com imidazólico (cetoconazol) Se acometimento da unha: tratamento sistêmico (Itraconazol)
194
Tratamento da Leishmaniose Tegumentar
Antimonial Pentavalente: Glucantime Casos graves/Cardiopatas: Anfotericina B
195
Escore de Wells. Quais os parâmetros avaliados e a pontuação de cada item? Qual a conduta, de acordo com a pontuação final?
Parâmetros avaliados: - Ausência de outro diagnóstico possível. - Relacionados com TVP: clínica atual de TVP, história prévia de TVP/TEP (já teve, pode ter de novo), imobilização/cirurgia recente (risco de trombo), malignidade (neoplasia aumenta risco trombótico). - Sinais/Sintomas: Taquicardia (achado eletrocardiográfico mais comum é taquicardia sinusal) e hemoptise. Conduta: > 4: Iniciar tratamento!!! Sem necessidade de exames laboratoriais, como D-Dímero. Solicitar exame de imagem para comprovação. ≤ 4: Solicitar D-Dímero. Se elevado, prosseguir investigação. Se baixo, descarta TEP.
196
Exame mais utilizado na prática para diagnóstico de TEP
Angiotomografia de Tórax
197
Exame padrão-ouro para diagnóstico de TEP
Arteriografia pulmonar. Pouco realizado, pois é muito invasivo
198
Principal etiologia de Tromboembolismo Pulmonar (TEP)
Trombose Venosa Profunda (TVP), principalmente membros inferiores Paciente que possui TVP, pode haver migração do trombo e retorno deste, pela circulação venosa, até o coração. Passa pelo átrio e ventrículo direto e segue para a circulação pulmonar, onde provoca a oclusão e o quadro de TEP
199
Sinais e sintomas que podem estar presentes no paciente com tromboembolismo pulmonar
Dispneia (principal sintoma), Taquipneia (principal sinal), Dor Torácica, Hemoptise, Sibilos
200
Opções atuais de tratamento para paciente estável com tromboembolismo pulmonar (TEP)
Anticoagulação por no mínimo 3 meses com: - Heparina dose plena + Warfarina 5mg/dia, mantendo INR entre 2-3. Suspender heparina quando INR na faixa desejada. - Heparina dose plena por 5 dias + Dabigatrana 150mg 2x ao dia. - Rivaroxabana 15mg 2x ao dia, por 21 dias, e posterior Rivaroxabana 20mg 1x ao dia
201
Até que dia pode ser feito trombolítico em paciente com tromboembolismo pulmonar (TEP) com sinais de instabilidade ou má perfusão orgânica?
Até o 14º dia, podendo ser utilizado rtPA, estreptoquinase...
202
Tratamento de escolha para paciente com tromboembolismo pulmonar (TEP) e contraindicação a anticoagulação
Filtro de veia cava, para evitar que novos trombos cheguem até a circulação pulmonar
203
Papel da α-1 antitripsina
Impedir a degradação do septo alveolar por enzimas proteolíticas
204
Causa de DPOC em paciente jovem não tabagista
Deficiência de α-1 antitripsina
205
Como é o mecanismo que leva a Cor Pulmonale no paciente com DPOC?
As lesões alveolares levam a uma vasoconstrição da circulação pulmonar nos alvéolos lesados, com maior circulação sanguínea em regiões pulmonares melhor ventiladas, o que leva a um aumento da pressão da artéria pulmonar e consequentemente maior resistência a ser vencida pelo ventrículo direito, o que pode levar a disfunção de câmaras direitas e Cor Pulmonale
206
Principal causa de exacerbação de DPOC
Pneumonia
207
Definição de exacerbação de DPOC
Piora AGUDA de sintomas + Necessidade de terapia adicional
208
O que ocorre com o paciente DPOC quando este recebe uma quantidade aumentada de O2 via oxigenioterapia suplementar?
A oferta aumentada de O2 leva a retenção de CO2 pelos seguintes mecanismos: - Vasodilatação pulmonar em alvéolos que anteriormente não eram perfundidos. - Paciente DPOC utiliza a hipoxemia como mecanismo para regular a frequência respiratória. ↑ O2 ↓ FR - Efeito Haldane: ao aumentar a quantidade de O2 ofertado, diminui a afinidade da Hb pelo CO2 e aumenta a por O2, com menor transportação e menor eliminação de CO2
209
Indicações de Antibioticoterapia no paciente com exacerbação de DPOC
Catarro Purulento Necessidade de Ventilação Mecânica (VNI ou IOT)
210
Vacinação indicada para paciente DPOC
Pneumococo (13 e 23) Vírus Influenza Covid-19 Coqueluche Herpes Zoster (Se ≥ 50 anos)
211
Indicação de corticoterapia inalatória no paciente com DPOC
Contagem de eosinófilos > 300
212
Mecanismo que leva a policitemia no paciente com DPOC
Hipoxemia crônica leva a uma maior produção de eritropoetina e consequente policitemia (Ht > 55%
213
Indicação de oxigenioterapia domiciliar em paciente com DPOC
Gasometria arterial, coletada com paciente estável clinicamente, fora de período de exacerbação (Pelo menos 6 semanas), com: - PO2 ≤ 55 OU Sat ≤ 88% em ar ambiente - PO2 56-59% + Policitema (Ht > 55%) OU Cor Pulmonale
214
Drogas de escolha para tratamento de convulsão pós-traumática, tanto durante a crise quanto manutenção
Crise: Benzodiazepínico (Diazepam) Manutenção: Fenitoína (Hidantal) - Prevenção de nova crise convulsiva precoce
215
Definição de convulsão pós-traumática precoce
Aquela que ocorre nos primeiros 7 dias após o trauma
216
Indicações de Craniotomia em Crianças com Hematoma Epidural (Extradural) - Critérios Clínicos
Glasgow ≤ 8 Glasgow piorando em avaliações subsequentes Sinais de hipertensão intracraniana (vômitos, cefalia, bradicardia, hipertensão) Anormalidades pupilares ou déficits focais
217
Indicações de Craniotomia em Crianças com Hematoma Epidural (Extradural) - Critérios Radiológicos
Espessura > 10 mm Desvio da Linha Médica Localização Temporal
218
Principal agente da Síndrome de Choque Tóxico
Staphylococcus aureus Também pode ser causada por S. pyogenes (ou beta hemolítico do grupo A)
219
Quais os 4 Critérios Diagnósticos para Síndrome de Choque Tóxico?
- Febre - Hipotensão - Disfunção orgânica - Rash + Descamação (Principalmente se por S. aureus)
220
Infecção associada ao uso de absorventes internos por mulheres jovens
Síndrome de Choque Tóxico por S. aureus
221
Toxinas envolvidas no desenvolvimento da Síndrome do Choque Tóxico por Estafilococo e por Estreptococo
S. aureus: TSST-1 (Toxic Shock Syndrom Toxin - 1) S. pyogenes: Enterotoxinas A e B
222
Principal localização de colonização por S. aureus no corpo humano
Mucosa anterior das narinas
223
Tratamento da Síndrome do Choque Tóxico, tanto por Stafilococcus quanto por Streptococcus
Associar clindamicina ao esquema de antibioticoterapia Reduz a produção de toxinas pelas bactérias!!!
224
Quadro clínico clássico de Diabetes Insipidus Central
Poliúria + Polidipsia + Desidratação + HIPERnatremia Perda excessiva de líquidos na urina, por insensibilidade (renal) ou menor produção (central) de ADH
225
Teste Diagnóstico de Diabetes Insipidus Central
Teste da Privação de Água De manhã, pesar o paciente, dosar eletrólitos, osmolaridade plasmática e urinária. Manter paciente com dieta zera e coletar exames seriados de urina. No diabetes insipidus, o paciente não irá apresentar aumento da concentração urinária mesmo sob desidratação. Após, administrar 5U de vasopressiva SC ou 10 mcg desmopressina (DDAVP) intranasal. DIC: aumento da osmolalidade do volume urinário em > 50 a > 100%. DIN: não mostram resposta adicional à administração de vasopressina ou DDAVP.
226
Tratamento de manutenção do Diabetes Insipidus Central (DIC)
Desmopressina Intranasal ou SC (10% da dose intranasal)
227
Diurético utilizado no tratamento do Diabetes Insipidus
Tiazídicos. Reduzem o volume urinário no diabetes insípido central e no nefrogênico, primariamente como consequência da redução do volume extracelular e do aumento da reabsorção tubular proximal. Os volumes urinários podem reduzir de 25 a 50% com 15 a 25 mg/kg de clorotiazida.
228
Fatores genéticos responsáveis pela presença do Diabetes Insipidus Hereditário
Defeitos no receptor da vasopressina (V2R) ou no receptor da aqüaporina (AQP2)
229
Diferença entre Secreção Inapropriada de ADH (SIADH) e Síndrome Cerebral Perdedora de Sal (SCPS)
SIADH: Hiponatremia EUVOLÊMICA SCPS: Hiponatremia HIPOvolêmica
230
Suspeitas diante de lesão cerebral + hiponatremia
Secreção Inapropriada de ADH (SIADH) e Síndrome Cerebral Perdedora de Sal (SCPS)
231
Tratamento da Secreção Inapropriada de ADH (SIADH)
Restrição hídrica!!! Pode ser necessário furosemida para perda de água livre e melhora da hiponatremia
232
Indicações de transfusão de plaquetas em pacientes com neoplasia, mas sem sangramento
< 10.000 em paciente pós-QT ou com leucemia ou anemia aplásica SEM febre ou pequenos sinais hemorrágicos < 20.000 em paciente pós-QT ou com leucemia ou anemia aplásica, COM FEBRE ou pequenos sinais hemorrágicos
233
Medicações que podem ser utilizadas para diminuir a concentração de ácido úrico sérico em quadro de lise tumoral
Alopurinol e Urato-Oxidase Recombinante (Rasburicase)
234
Indicação de correção sérica com reposição de bicarbonato
Acidose Metabólica com AG normal com pH < 7,10 e/ou Bic < 10
235
Tríade Clássica da Hidrocefalia de Pressão Normal
Síndrome Demencial Ataxia de Marcha Incontinência Urinária
236
Locais mais comumente acometidos pela Doença de Crohn
Íleo terminal e cólon proximal Pode acometer qualquer porção do TGI (da boca ao ânus)
237
Medicação associada a exacerbações em paciente com Doença de Crohn
AINEs
238
Fator presente no doente renal crônico que leva a coagulopatia
Disfunção plaquetária, por acúmulo de toxinas nitrogenadas (coimo ácido guanidinosuccinico)
239
Medicação de escolha em paciente com Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) e Hipertensão Arterial Sistêmica associada
Alfa-bloqueadores, como doxasozin, terasozin e tamsulosin
240
Efeitos adversos mais comuns de bloqueadores de canal de cálcio
Cefaleia, tontura, rubor facial e edema maleolar
241
Efeito dos bloqueadores de canal de cálcio não di-hidropiridínicos (Verapamil e Diltiazem) na função cardíaca
Promovem regressão da hipertrofia ventricular esquerda e melhoram o desempenho diastólico Podem deprimir a função sistólica cardíaca, devendo ser evitados em pacientes com disfunção sistólica
242
Contraindicações à aplicação da vacina de Febre Amarela
Anafilaxia ao ovo de galinha Imunodepressão grave (vacina de vírus atenuado)
243
Em paciente fazendo uso de tratamento antirretroviral com Tenofovir (TDF), Lamivudina (3TC) e Dolutegravir (DTG), com necessidade de tratamento concomitante de tuberculose, qual deve ser a conduta?
Substituição do dolutegravil por Efavirenz (EFZ) ou Raltegravir (RAL) Esquema RIPE para tratamento de tuberculose
244
Na necessidade de substituição da Rifampicina, em caso de paciente em tratamento para tuberculose e em uso de antirretrovirais como atazanavir (inibidores da protease), qual a medicação de escolha?
Rifabutina
245
Antirretrovirais que interagem com a rifampicina e por que
Rifampicina é medicação indutora do citocromo P450, diminuindo o efeito de antirretrovirais inibidores de protease, como o Atazanavir Também tem interação com Dolutegravir
246
Contraindicação à administração de vacinas com vírus e bactérias atenuadas em paciente HIV+
Contagem de CD4 < 200 Se CD4 entre 200 e 350, avaliar parâmetros clínicos e epidemiológicos para a tomada de decisão
247
Como deve ser feita a corticoterapia em caso de exacerbação aguda de asma em paciente adulto?
Corticoterapia sistêmica por 5-7 dias Dose recomendada: prednisolona 1 mg/Kg/dia (máximo: 50 mg/dia)
248
Alvo de saturação de O2 durante exacerbação asmática
Adulto: 93-95% Crianças entre 6-11 anos: 94-98%
249
Como deve ser feita a administração de sulfato de magnésio em caso de crise asmática?
Diluir em SF 0,9% e administrar em 20-30 minutos em casos graves refratários
250
Janela terapêutica para trombectomia mecânica em paciente com AVC isquêmico
6-8 horas do ictus Principalmente se vasos de grande calibre (Ex.: origem da a. cerebral média), com maior eficácica quanto maior o vaso
251
Contraindicações a trombolíticos, de acordo com o NIHSS
NIHSS > 25: paciente muito grave, com riscos superando os benefícios NIHSS < 5, exceto se déficit neurológico importante e impactante à qualidade de vida, como diplopia
252
Diferenças entre os tipos de trombolíticos, conforme a especificidade à fibrina
Fibrino não-específico (1ª geração): Estreptoquinase (SK) Fibrino específico (2ª e 3ª geração): r-tPA (Alteplase; 2ª geração) e Tenecteplase (TNK; mais específico de todos sendo de 3ª geração)
253
Trombolítico de escolha em paciente com IAM com supra de ST
Tenecteplase, em bolus único
254
Quando se deve suspeitar de IAM de Ventrículo Direito?
Quando IAM de parede inferior: V2, V3 e avF Solicitar V3D e V4D, para avaliar VD, bem como V7 e V8, para avaliar parede posterior
255
Medicações de que devem ser evitadas em quadro de IAM de Ventrículo Direito
Morfina, Nitratos e Diuréticos São medicações que diminuem a pré-carga e aumentam risco de sobrecarga de VD
256
Contraindicações ao uso de prasugrel em paciente com IAM
Terapia trombolítica, antecedente de AVC ou AIT, maiores de 75 anos
257
Principal causa de hipertireoidismo primário
Doença de Graves
258
Glomerulopatia mais frequentemente associada a HIV
Glomeruloesclerose Focal e Segmentar (GEFS)
259
Lesões renais mais associadas ao uso de AINEs
Nefrite Intersticial Aguda Síndrome Nefrótica por Lesão Mínima
260
Condições que podem cursar com glomerulonefrite com padrão de imunofluorescência em "full-house" (rica em deposição de IgG, IgM, C1q, C3 e C4)
Lúpus!!!! Também visto na endocardite, HIV, hepatite C e GNPE
261
Glomerulonefrite Membranosa pode ser sinal inicial de quais doenças?
Pode ser sinal inicial de Lúpus ou de neoplasia oculta, sendo indicado rastreio para neoplasia sólida (screening conforme a idade)
262
Quadro clínico da paralisia periódica hipocalêmica
Paciente jovem com episódios agudos transitórios de fraqueza, paraparesia ou tetraparesia devido a súbitas quedas da calemia, com melhora espontânea em 6-48 horas Pode ser desencadeado por dietas ricas em carboidratos (liberação aumentada de insulina) ou estresse (estímulo adrenérgico)
263
Tratamento da Paralisia Periódica Hipocalêmica
Reposição de potássio com KCl Cuidado com hipercalemia tardia, pois a hipocalemia do paciente é devido a influxo celular de potássio e não pela perda do eletrólito
264
Tipo de herança genético do paciente com Paralisia Periódica Hipocalêmica
Doença hereditária rara, autossômica dominante
265
Suspeita diante de paciente jovem com episódios transitórios de paralisia flácida, com melhora espontânea, podendo ser desencadeados por ingesta aumentada de carboidratos e açúcares ou estresse
Paralisia Periódica Hipocalêmica
266
Tríade clássica da encefalopatia de Wernicke
Ataxia de Marcha Distúrbio Oculomotor (Nistagmo, oftalmoplegia...) Confusão Mental (Encefalopatia)
267
Tratamento da Encefalopatia de Wernicke (EW)
Administração intravenosa de tiamina (B1): - 500 mg, infundida em 30 minutos, 3 vezes por dia, durante dois dias - 250 mg IV ou IM uma vez por dia por mais 5 dias Não iniciar o tratamento por via oral. Sempre que for administrar glicose intravenosa em paciente com risco para EW, administrar tiamina antes!!!
268
O que ocorre no paciente com Beribéri?
A deficiência grave de tiamina (vitamina B1) pode levar a clínica de insuficiência cardíaca, com aumento do débito cardíaco e diminuição da resistência vascular periférica Pode ocorrer também cardiomiopatia induzida pelo álcool
269
Medicação de escolha para tratamento antitussígeno de tosse de origem central
Opióides, como codeína
270
Tríade de Whipple
Sinais e sintomas de hipoglicemia (principalmente neurológicos) Níveis glicêmicos baixos durante a apresentação dos sintomas (< 55) Melhora do quadro com correção da glicemia
270
Suspeita clínica em paciente NÃO diabético ou paciente diabético, com uso correto de hipoglicemiantes, com episódios frequentes de hipoglicemia, podendo apresentar a clássica tríade de Whipple
Insulinoma!!!
271
Infecção que deve ser rastreada em paciente que irá fazer uso de Imunobiológico. Qual o exame utilizado e qual a conduta?
Infecção pelo Mycobacterium tuberculosis Investigada pela prova tuberculínica PT positiva, em paciente assintomático e com Rx de Tórax sem alterações: Infecção latente! - Rifampicina 120 doses, duração de 4 a 6 meses (preferível em > 50 anos) - Isoniazida, 270 doses, duração de 9 a 12 meses Sem necessidade de isolamento
272
Definição de ablutomania
Preocupação excessiva com limpeza, lavagem ou banho, acompanhada de rituais compulsivos e repetitivos
273
Antiarrítmicos que podem ser utilizados em algoritmo de PCR, ritmo chocável
Amiodarona. Primeira dose: 300 mg. Segunda dose: 150 mg. Lidocaína. Primeira dose: 1,0-1,5 mg/Kg. Segunda dose: 0,5-0,75 mg/kg. As duas medicações tem eficácia semelhante, sem diferença na sobrevida devido ao uso de uma droga ou outra
274
Alterações eletrocardiográficas que podem estar presentes na hipercalemia
Achatamento da onda P, alargamento do intervalo PR (bloqueios), alargamento do QRS, encurtamento do intervalo QT e onda T espiculada
275
Paciente com hipercalemia importante e alterações eletrocardiográficas. Qual a primeira medicação que deve ser realizada?
Gluconato de cálcio EV!!! Primeiro sempre estabilizar a via de condução cardíaca, para depois reduzir a calemia
276
Primeira medida a ser tomada em paciente com cetoacidose diabética
Correção da volemia!!! Infundir 1-1,5 L de SF 0,9% (15-20 ml/Kg/h) em 1 hora Corrigir a volemia antes da administração de insulina!!!
277
Como deve ser feita a insulinoterapia em paciente com cetoacidose diabética?
Insulina Regular 0,1 UI/Kg em bolus + 0,1 UI/Kg/h em infusão contínua Repor 20-30 mEq de potássio a cada litro de reposição volêmica
278
O que ocorre na Angina de Ludwig?
Infecção cervical com celulite submandibular e sublingual bilateral e região submental, com rápida evolução e cauda odontológica em mais de 70% dos casos
279
Complicação mais fatal da Angina de Ludwig. Qual o tratamento?
Mediastinite Descendente Necrosante (MDN) Infecção potencialmente fatal, de tratamento cirúrgico com desbridamento e drenagem ampla, lavagem e antibioticoterapia guiada por culturas
280
Como é a relação da curva de dissociação da hemoglobina com o pH?
pH ácido: desvio da curva para a DIREITA e diminuição da afinidade da hemoglobina com o oxigênio, com maior liberação de O2 para as células pH alcalino: desvio da curva para a ESQUERDA, com maior afinidade da hemoglobina com o oxigênio e menor liberação de O2 para os tecidos
281
O que ocorre na síndrome DRESS (Reação à Droga com Eosinofilia e Sintomas Sistêmicos)?
Rash após exposição a medicamentos (principalmente anticonvulsivantes, sulfas, captopril e alopurinol) Erupção cutânea + Linfonodomegalia + Febre + Alteração de Transaminases + Eosinofilia (> 700) + Linfocitose Atípica
282
Vacinação da Dengue. Como é realizada e para quem é indicada?
Indicação: 9-45 anos, soropositivos para Dengue, moradores de áreas endêmicas Esquema vacinal (três doses): 0-6-12 meses (sem doses de reforço)
283
No que consiste a espirometria de incentivo?
10 a 12 inspirações profundas a cada 2 horas, visando evitar colabamento alveolar
284
Principal complicação da Fibrilação Atrial
Cardioembolismo
285
Qual o principal mecanismo fisiopatológico das diarreias agudas, de origem infecciosa, com número elevado de evacuações líquidas?
Mecanismo secretor Estímulo de eliminação de água e eletrólitos por toxinas produzidas pelo patógeno Se lesão extensa do epitélio intestinal, pode aparecer também mecanismo osmótico (disabsortivo) posteriormente
286
Classificação do grau de obstrução na asma, conforme o VEF1 após broncodilatador
Leve: VEF1 > 70% Moderada: VEF1 entre 50-69% Grave: VEF1 < 50%
287
Quadro clínico clássico da Síndrome de Hipersensibilidade aos Anticonvulsivantes
Febre, rash cutâneo, linfadenopatia e faringite Início nos 2 primeiros meses de uso da medicação, com mortalidade de 10% Pode ter disfunção orgânica, com hepatite, anemia megaloblástica, rabdomiólise e vasculites
288
Conduta diante de paciente com Síndrome de Hipersensibilidade aos Anticonvulsivantes
Suspender a medicação Paciente não poderá receber anticonvulsivantes aromáticos, como fenitoína, carbamazepina, lamotrigina e fenobarbital. Pode ter recidiva!!! Avaliar lesões em órgãos acometidos: hemograma (medula), função hepática, bioquímica renal...
289
Conduta diante de paciente com IAMCSST
Se tempo porta-balão < 90 min ou 120 min, se transferência para outro serviço: trombólise!!! Após a tormbólise, encaminhar para realização de cateterismo em até 2-24 horas
290
Critérios diagnósticos para Diabetes Mellitus
Glicemia Jejum ≥ 126 HbA1C ≥ 6,5 TOTG-75g após 2h ≥ 200 Glicemia aleatória ≥ 200, na presença de sintomas clássicos (poliúria, polifagia com emagrecimento, polidipsia)
291
Quadro de Tireotoxicose
TSH reduzido + T4L aumentado + Bócio + Proptose Ocular (oftalmopatia)
292
Conduta em quadro de Tempestade Tireoidiana
1) Droga Antitireoidiana, como Propiltiouracil (escolhas, pois inibe a secreção glandular e também a conversão periférica de T4L em T3) ou Tiamazol 2) Betabloqueador 3) Glicocorticoide 4) Iodeto de Potássio/Lugol (somente após 1h da administração de droga antitireoidiana, para ocorrência do efeito de Wolff-Chaikoff)
293
Efeito de Jod-Basedow
Após exposição a carga aumentada de iodo, há aumento da produção de hormônios tireoidianos e agravamento de tireotoxicose
294
Efeito de Wolff-Chaicoff
Fenômeno autorregulador, em que a administração de carga aumentada de iodo inibe a síntese de hormônios tireoidianos
295
Alterações laboratoriais sugestivas de hipotireoidismo subclínico
TSH aumentado com T4L NORMAL (o aumento do TSH está compensado a produção hormonal)
296
Terapia antirretoviral indicada na profilaxia pós-exposição (PEP) por HIV
Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Dolutegravir (DTG) por 28 dias, dose única diária
297
Teste de Mitsuda
Avalia a resposta imunológica contra Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen Teste positivo: há resposta imune, como na forma tuberculoide Teste negativo: não há resposta imune adequada, como na forma virchowiana A forma indeterminada pode ter tente positivo ou negativo (geralmente ´pe positivo)
298
Tratamento de paciente com Guillain-Barré
Plasmaférese ou Imunoglobulina + Suporte ventilatório e hemodinâmico
299
Quadro clínico de cicatriz em "farol de neblina", no fundo de olho
Sugestivo de toxoplasmose ocular congênita
300
Forma de Catarata mais associada a diabetes mellitus
Subcapsular posterior
301
Principais causas de cegueira progressiva em paciente com diabetes mellitus de longa data
1) Edema de Mácula 2) Retinopatia Diabética
302
Mecanismos pelos quais a retinopatia diabética proliferativa, com formação de neovasos, pode levar a cegueira
1) Descolamento tracional da retina ao nível da mácula 2) Hemorragia retiniana com extensão para a mácula 3) Glaucoma agudo por neovascularização da Íris As duas primeiras são de instalação abrupta
303
Suspeita diante de Bicitopenia de início na idade adulta
Bicitopenia: anemia + plaquetopenia Se sem características hemolíticas, pensar em doença de medula óssea!!! Mielodisplasia e Leucemia Mieloide Aguda, sendo indicada biópsia de medula óssea
304
Achado de diplococo gram-negativo no LCR indica infecção por qual patógeno?
Neisseria meningitidis (meningococo)
305
Achado de coco gram positivo no LCR indica infecção por qual patógeno?
Streptococcus pneumoniae (pneumococo)
306
Indicação de antibioticoterapia com cobertura de Listeria, para tratamento de meningite bacteriana
Idade > 55 anos, alcoólatras, debilitados, transplantados, gestantes e pacientes com câncer
307
Tratamento empírico de meningite bacteriana
Ceftriaxona 2g EV 12/12h
308
Complicação mais precoce que o paciente com fibrilação atrial de alta resposta ventricular pode desenvolver
Edema agudo de Pulmão A fibrilação atrial leva a uma perda da contração atrial, com aumento da pressão no átrio esquerdo e consequentemente transmissão para a circulação retrógrada (pulmonar e câmeras direitas) Mais tardiamente pode ocorrer Choque Cardiogênico
309
Tipo mais comum de neoplasia maligna da tireoide
Papilífero
310
Quadro clínico típico de carcinoma papilífero de tireoide
Mulher entre 30-50 anos, com nódulo tireoidiano solitário grande (> 1 cm), endurecido, e com linfadenopatia satélite sugerindo metástase (> 2 cm, endurecida)
311
Disseminação clássica do carcinoma papilífero de tireoide
Linfática
312
Conduta diante de nódulo tireoidiano com TSH normal ou aumentado
USG de tireoide
313
Conduta durante análise de nódulo tireoidiano com TSH suprimido
Cintilografia de tireoide Avaliar se o nódulo é hipercaptante (quente) ou hipocaptante (frio)
314
Fatores de risco para carcinoma papilífero de tireoide
Exposição a radiação ionizante História familiar
315
Características sugestivas de Malignidade na Avaliação de Nódulo Tireoidiano
Hipoecogenicidade ou sólido Contornos mal definidos Microcalcificações Fluxo sanguíneo intranodular Linfonodos cervicais com estrutura alterada Altura > largura Nódulo único, > 4 cm Halo ausente
316
Critérios obrigatórios na avaliação de depressão em população geriátrica
1) Humor deprimido na maior parte do dia 2) Perda do interesse ou do prazer
317
Como ocorre a lesão renal no paciente com Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídeo?
Ocorre devido a formação de trombos luminais, com o endotélio acumulando líquido mucoide, semelhante a folículos tireoidianos, podendo ser denominada pseudotireoidização. Há também fibrose subendotelial e hiperplasia da cama média, com essas alterações contribuindo para estreitamento vascular renal e perda de função renal, podendo cursar com HAS e hematúria
318
Diagnóstico de Mieloma Múltiplo
1) Sinais de acometimento de órgãos alvo (CARO): Hipercalcemia (> 11,5), Anemia (Hb < 10), Lesão Renal (Cr > 2) e Óssea + 2) Biópsia ou Aspirado de Medula Óssea com plasmocitose clonal ≥ 10%
319
Leucemia mais comum
Leucemia Mieloide Aguda, mais comum em idosos
320
Tríade do paciente com leucemia aguda
Astenia, Hemorragia + Febre Anemia / Plaquetopenia / Neutropenia
321
Lesões específicas de paciente com leucemia mieloide aguda
Cloromas (lesão na órbita), CIVD (Subtipo M3 consome fator de coagulação) e Hiperplasia Gengival
322
Lesões específicas de paciente com Leucemia Linfoide Aguda
Febre, dor óssea, Adenomegalia (linfonodos), SNC e Testículos
323
Diagnóstico de Leucemias Agudas
Aspirado/Biópsia medular com ao menos 20% de blastos LMA: Bastonete de Auer, CD 34, 33, 14, 13 LLA: CD 10, 19 e 20 (Linfócito B)
324
Alterações encontradas em paciente com Doença Enxerto Vs Hospedeiro
Lesão cutânea + Hepática (↑ Bilirrubina) + Intestinal (Diarreia)
325
Leucemia Mieloide Aguda de melhor prognóstico. Qual o esquema terapêutico?
Subtipo M3 Tratamento com QT + ATRA (ácido transretinoico)
326
Definição de Neutropenia Febril
Neutrófilos < 500/mm³ + - 1 pico ≥ 38,3ºC - ≥ 38,0ºC por mais de 1 hora
327
Tratamento de neutropenia febril
Internação hospitalar + Culturas ATB: - Antipseudomonas/G-: Cefepime, Meropenem, Tazocin - Gram+ (Hipotensão, infecção de pele, cateter ou pulmão): + Vancomicina - Sem melhora em 4-7 dias: + Antifungico (Fluconazol)
328
Gene característico da Leucemia Mieloide Crônica. Qual proteína ele codifica?
C. Philadelphia t(9,22) → gene BCR-ABL (codifica a proteína tirosina quinase) NÃO é patognomônico
329
Suspeita diante de idoso com Leucocitose Neutrofílica Importante + Esplenomegalia
Leucemia Mieloide Crônica
330
Alterações esperadas no hemograma de paciente com Leucemia Mieloide Crônica
Leucocitose, com neutrofilia (menor chance de infecções) Basofilia Eosinofilia - Fosfatase Alcalina Leucocitária Normal
331
Como diferenciar Reação Leucemoide de Leucemia Mieloide Crônica?
Reação leucemoide: neutrófilos > 25.000, sem associação com leucemia. LMC: além da neutrofilia, tem também basofilia, eosinofilia e fosfatase alcalina leucocitária baixa
332
Diagnóstico da Leucemia Mieloide Crônica
Aspirado/Biópsia de Medula Óssea com hiperplasia mieloide + Cromossomo Philadelphia, gene BRC-ABL ou do oncogene de fusão PCR ou FISH
333
Tratamento da Leucemia Mieloide Crônica
Imatinibe (Gleevec) por tempo indeterminado (inibidor da tirosina-quinase)
334
Suspeita diante de Idoso com Linfocitose acentuada + Linfadenopatia (principalmente cervical)
Leucemia Linfoide Crônica
335
Na leucemia linfoide crônica, o que gera as alterações encontradas?
Acúmulo de Linfócito B CD5, que não progride para plasmócito e não sofre apoptose, com acúmulo no sangue Hipogamaglobulinemia, com linfocitose, mas maior predisposição a infecções (células imaturas)
336
Alterações clínicas e laboratoriais esperadas em paciente com Leucemia Linfoide Crônica
Anemia + Plaquetopenia + Linfocitose + Adenomegalia (+ cervical)
337
Alteração citogenética mais comum relacionada a Leucemia Linfoide Crônica
Deleção do cromossomo 13 Del(13q)
338
Diagnóstico da Leucemia Linfoide Crônica
(1) Linfocitose persistente (≥ 3 meses) > 10.000/mm³ + Aspirado de Medula Óssea com > 30% linfócitos (normal: até 10%) (2) Linfocitose persistente (≥ 3 meses) > 5.000/mm³ + Imunofenotipagem de sangue periférico com marcadores de linfócitos B maduro (CD 19, 20 e 23), em conjunto com marcador de linfócitos T-CD5
339
Quadro clínico do Feocromocitoma
Crises paroxísticas de HAS, cefaleia e sudorese Períodos sintomáticos intercalados com períodos sem sintomas Podem vir associados a cefaleia (60-90%), sudorese (55-75%) e palpitações (50-70%)
340
Quais os parâmetros do CURB-65 e qual a sua utilidade?
Usado para determinar em que regime o paciente deve ser tratado: ambulatorial, enfermaria ou UTI C - Confusão Mental U - Ureia > 50 R - Respiratory Rate ≥ 30 irpm B - Blood Pressure - PAS < 90 mmHg; PAD < 60 mmHg 65 - Idade ≥ 65 anos 0-1: Ambulatorial. Mortalidade baixa (1,5%) 2: Internação. Mortalidade intermediária (9,2%) >3: Internação hospitalar. Considerar leito de UTI. Mortalidade alta 22%.
341
Cálculo do valor esperado da pCO2 em paciente com acidose metabólica
pCO2: (Bicarbonato x 1,5) + 8
342
Cálculo do valor esperado da pCO2 em paciente com alcalose metabólica
PCO2 esperada: HCO3 + 15
343
Principal causa de hipocortisolismo primário
Doença de Addison (↑↑↑ ACTH) Pode ocorrer também lesão da suprarrenal por BK, paracoco, doenças autoimunes....
344
Causa principal de hipocortisolismo e insuficiência adrenal
Suspensão abrupta de corticoterapia em paciente que faz uso continuo de corticoide: o uso continuo de corticoide está sempre reprimindo a hipófise e a produção de ACTH. Ao suspender abruptamente, hipófise não consegue responder a demanda Hipocortisolismo Secundário (↓↓↓ ACTH)
345
Suspeita diante de paciente com quadro de desidratação, com HipoNa e HiperK, associado a ↓PA e ↓Glicemia
Insuficiência Adrenal
346
Apresentação clássica do paciente com Insuficiência Adrenal
↓↓ PA, ↓↓ Volemia (Desidratado), ↓↓ Glicemia, ↓↓ Na, ↑↑ K A falta da aldosterona para atuar na bomba renina-angiotensina-aldosterona leva a um quadro de desidratação e perda aumentada de água livre e sódio, com maior reabsorção de potássio, e consequente quadro de desidratação e hipotensão!!! O cortisol é hormônio catabólico, com a deficiência de cortisol apresentando-se com HIPOglicemia
347
Diagnóstico da Insuficiência Adrenal
Dosagem do cortisol matinal, que se encontrará reduzido (norma: elevado de manhã e baixo à noite) Estímulo com ACTH exógeno (cortrosina)
348
Tratamento de quadro agudo de Insuficiência Adrenal
Repor volume!!!! SF 0,9% + SG 10% (tendência a HIPO) Pode administrar Hidrocortisona pelo seu efeito corticosteroide e mineralocorticoide
349
Tratamento de quadro crônico de Insuficiência Adrenal
Prednisona Via Oral Pode ser necessária associação com Fludrocortisona
350
Síndrome de Bartter
Doença hereditária Autossômica Recessiva Cursa com hipocalemia, PA normal, concentração elevada de renina e aldosterona e insensibilidade a vasopressores
351
Conduta diante de paciente com níveis pressóricos não controlados, em uso de 3 medicações, incluindo diurético
Paciente com hipertensão resistente Investigar adesão medicamentosa e uso correto de medicações Adicionar espironolactona ao tratamento Investigar hipertensão secundária
352
Diferença na classificação de hipertensão estágio 1 e 2 no Brasil e nos EUA
Brasil: - Estágio 1: 140x90 - 159x99 mmHg - Estágio 2: 160x100 - 179x109 mmHg EUA: - Estágio 1: 130x80 - 139x89 mmHg - Estágio 2: 140x90 - 149x99 mmHg
353
Classificação de Retinopatia Hipertensiva em Graus
Grau I: Estreitamento arteriolar Grau II: Cruzamento arteriovenoso patológico Grau III: Exsudato / Hemorragia Grau IV: Papiledema (bilateral, sendo sinal de hipertensão intracraniana)
354
Diferença entre emergência e urgência hipertensiva
Emergência: lesão AGUDA de órgão alvo. Urgência: SEM LESÃO AGUDA, podendo apresentar lesão crônica ou já ter apresentado lesão aguda no passado, mas sem sintomatologia no momento
355
Tratamento de Emergência Hipertensiva
Redução da PA em 20-25% na primeira hora, com uso de drogas parenterais: Nitroprussiato (Nipride), Nitroglicerina (Tridil) Redução abrupta da PA aos menores valores possíveis somente na dissecção aguda de aorta
356
Tratamento de Urgência Hipertensiva
Reduzir a PA para 160x100 mmHg em 24-48 horas Utiliza para isso drogas orais: furosemida, iECA, clonidina
357
Emergência hipertensiva que demanda redução abrupta da PA desde o início do tratamento para o menor valor tolerado
Dissecção de Aorta
358
Principais causas de hipertensão secundária. Quais exames para investigação?
Hiperaldosteronismo Primário (Principal causa) e Doença Parenquimatosa Renal Investigação com doppler das artérias renais e dosagem de renina e aldosterona
359
Definição de Pseudocrise Hipertensiva e conduta
Paciente com ASSINTOMÁTICO, com aumento isolado da pressão arterial, com TODOS OS EXAMES NORMAIS. Pode apresentar cefaleia ou crise de ansiedade associada Conduta: Realizar analgesia, ansiolítico, seguimento ambulatorial…
360
Medicação para hipertensão que deve ser evitada em pacientes com gota
Diuréticos, principalmente tiazídicos, pois aumentam o nível de ácido úrico
361
Medicação para tratamento de hipertensão que possui efeito uricosúrico, sendo indicada para tratamento de HAS em pacientes com gota
BRA (losartana) e iECA (captopril)
362
Como é feita a classificação da pressão arterial na infância (1-13 anos)?
Pressão Arterial Normal: ≥ p90 Entre p90-p95: Pressão Arterial Elevada Entre p95-p95 + 12 mmHg: Hipertensão Estágio 1 ≥ p95 + 12 mmHg: Hipertensão Estágio 2
363
Anti-hipertensivo de escolha em paciente com microalbuminúria
iECA ou BRA Dilatam a arteríola eferente (vaso com maior responsividade à angiotensina III), aliviando a pressão intraglomerular e melhorando a proteinúria
364
Anti-hipertensivo diabetogênico que pode deflagrar diabetes
Diuréticos tiazídicos A hipocalemia provocada pela medicação leva a hiperglicemia, devido ao papel do potássio na exocitose da insulina
365
Suspeita diante de paciente com hipertensão resistente + hipocalemia. Qual o exame padrão-ouro para diagnóstico?
Hiperaldosteronismo primário Leva a um aumento da absorção de água e sódio no néfron distal e maior excreção de potássio Exame padrão-ouro: dosagem da aldosterona e reninas plasmáticas
366
Mecanismo de Ação dos Bloqueadores de Canal de Cálcio. Em que pacientes devem ser evitados?
Atuam na membrana das células musculares lisas das arteríolas, indisponibilizando o cálcio intracelular, dificultando a contração muscular arteriolar e levando a vasodilatação com diminuição da resistência vascular periférica Não usar em paciente com disfunção sistólica!!! Afetam a contratilidade cardíaca
367
Principais efeitos colaterais dos iECA
Tosse seca, rash cutâneo, angioedema, piora da função renal e HIPERcalemia
368
Anti-hipertensivos de primeira linha
iECA, BRA, diuréticos tiazídicos, bloqueador de canal de cálcio
369
Úlcera de Martorell é comumente relacionada a qual doença?
Hipertensão Arterial Sistêmica Grave
370
Fisiopatologia da Úlcera de Martorell
Úlcera isquêmica dolorosa hipertensiva Ocorre devido a hipertensão arterial grave, que leva a isquemia e dor do membro acometido, com formação da úlcera
371
Principal forma de apresentação da úlcera de Martorell. Qual sexo e local mais comum? Quais as características da lesão?
Mais comum em mulheres, com dor desproporcional ao tamanho Local mais comum: terço inferior externo da perna Área de necrose com pouco tecido de granulação (úlcera isquêmica)
372
Clínica e achados do exame físico de paciente com encefalopatia hipertensiva
Cefaleia, alterações neurológicas difusas (convulsão, confusão, rebaixamento) e sinais de hipertensão intracraniana (edema de papila ou hemorragia em chama de vela no fundo de olho)
373
Em que consiste o feocromocitoma? Qual sua prevalência?
Tumor neuroendócrino hipersecretante de catecolaminas (adrenalina ou noradrenalina), presentes na medula suprarrenal (maioria) e paragânglios extra-adrenais Prevalência de 0,05-0,6%
374
Idade a partir da qual a aferição da pressão arterial deve ser feita anualmente
3 anos de idade
375
Conduta diante de criança em consultório com uma medida da PA acima do p90
Fazer mais duas medidas da PA e obter a média entre as 3 medidas O manguito deve cobrir 80-100% da circunferência do braço da criança
376
Exames iniciais e também para avaliação de rotina do paciente hipertenso
Eletrocardiograma + Urina 1 + Fundoscopia Creatinina sérica e estimação da TFG Glicemia de jejum e HbA1c Colesterol total, HDL-c e Triglicérides Potássio e Ácido Úrico Exames iniciais a serem solicitados sempre no diagnóstico de paciente hipertenso!!! Antes de investigar causa secundária, em paciente com quadro sugestivo de HAS secundária, primeiro fazer avaliação inicial
377
Exames de rotina orientados para o paciente hipertenso pela diretriz AMERICANA, que não constam na diretriz brasileira
TSH, perfil lipídico (com LDL), Sódio
378
Situação em que AAS é indicado para profilaxia primária de eventos cardiovasculares
Pela USPTF, AAS como profilaxia primária é indicado em paciente ≤ 60 anos, com risco cardiovascular em 10 anos ≥ 10% e baixo risco de sangramento Nenhuma outra grande sociedade de cardiologia indica AAS como profilaxia primária!!! Apenas como profilaxia secundária
379
Alteração cardíaca mais comum da hipertensão arterial sistêmica
Hipertrofia de Ventrículo Esquerdo
380
Quadro clínico suspeito diante de paciente com hipertensão arterial resistente e obesidade, associado a sonolência diurna e níveis pressóricos mais elevados à noite
Apneia Obstrutiva do Sono
381
Exame padrão-ouro para confirmação de Apneia Obstrutiva do Sono
Polissonografia, com 5 ou mais episódios de apneia/hipopneia por hora de sono
382
Fisiopatologia da relação entre Apneia Obstrutiva do Sono e Hipertensão Arterial Secundária
Provoca hipóxia noturna, com hiperativação simpática e elevação dos níveis pressóricos Classicamente apresenta uma hipertensão arterial resistente, com aumento pressórico principalmente durante o sono
383
Valores de corte para MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial)
24h: ≤ 130x80 mmHg Vigília: ≤ 135x85 mmHg Sono: ≤ 120x70 mmHg Utilizados tanto para diagnóstico quanto para avaliação de HAS controlada ou não controlada
384
Exame padrão-ouro para diagnóstico de hipertensão arterial
MAPA!!! Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial
385
Principal causa secundária de Osteoporose
Uso de glicocorticoides com consequente desmineralização óssea(30-50% de quem faz uso crônico das medicações)
386
Principais fatores de risco para desenvolvimento de osteoporose
Sexo feminino, baixo IMC (desnutrição) e sedentarismo
387
Período da menopausa em que há taxa aumentada de remodelação óssea
Início da perimenopausa
388
Definição de fratura por fragilidade
Pode ocorrer em qualquer sítio ósseo, após trauma considerado de baixo impacto, independente da idade
389
Diagnóstico de Osteoporose
T-Score ≤ 2,5 Desvio-padrão, comparado com a massa óssea da população adulta, jovem e saudável
390
Padrão de FAN nuclear-homogêneo está relacionado com quais auto-anticorpos?
Anti-histona e Anti-DNA nativo, padrões presentes no lúpus, lúpus fármaco induzido, nefrite lúpica e algumas hepatites auto-imunes
391
FAN padrão pontilhado fino está relacionado com quais autoanticorpos?
Anti-Ro, Anti-La e Scl70 (topoisomerase I)
392
Manifestação cardiovascular mais comum da doença de Graves
Taquicardia Sinusal
393
Principais causas de Hipotireoidismo
Deficiência de Iodo e Tireoidite autoimune (Hashimoto), em locais com suficiência de iodo
394
Principal causa de Hipotireoidismo Primário
Tireoidite de Hashimoto (Autoimune)
395
Anticorpos presentes na Tireoidite de Hashimoto
Anti-TPO (90% dos pacientes) Anti-Tireoglobulina (50% dos pacientes)
396
Quando tratar hipotireoidismo subclínico?
Quando TSH > 10 (Iminência de hipotireoidismo clássico) Gestantes, infertilidade ou desejo de engravidar
397
Principal causa de hipertireoidismo
Doença de Graves (Autoimune) Hipertireoidismo secundário, com ↑ TSH
398
Tratamento do hipertireoidismo
Beta-bloqueador: controla sintomatologia bloqueando receptor adrenérgico Drogas anti-tireoidianas: metimazol (MMZ) e propiltiouracil (PTU)
399
Padrão na imunofluorescência da glomerulonefrite por Anticorpo Antimembrana Basal Glomerular
Padrão linear, os depósitos acompanham o trajeto da membrana basal
400
Padrão na imunofluorescência da Glomerulopatia Membranosa
Espessamento da membrana basal glomerular, com depósito de IgG e C3 de padrão granular
401
Glomerulopatia que tem relação com infecção por Hepatite C
Membranoproliferativa
402
Glomerulopatia que tem relação com infecção por Hepatite B
Membranosa
403
Tratamento da anemia hemolítica autoimune
Pulsoterapia com glicocorticoide
404
Pêntade da Púrpura Trombocitopênica Imune (PTT)
(1) Anemia Hemolítica Microangiopática, CD - e Esquizócitos em sangue periférico (2) Plaquetopenia (3) Lesão Renal Aguda (4) Febre (5) Encefalopatia
405
Paciente com Torsades de Pointes. Qual a conduta?
Estável hemodinamicamente: Sulfato de Magnésio Instável hemodinamicamente: Desfibrilação 200 J (Cardioversão não é possível devido o polimorfismo do QRS)
406
Alterações observadas na intoxicação por bloqueador de canal de cálcio
(1) Hipotensão arterial (2) Taquicardia reflexa (3) Hiperglicemia acentuada aguda → Inibição da secreção pancreática de insulina
407
Ao que corresponde o DO2?
D - Delivery Oferta de oxigênio para os tecidos, calculado pelo débito cardíaco e pelo conteúdo arterial de O2
408
Ao que corresponde o VO2?
Consumo de O2 pelos tecidos Quanto maior a taxa metabólica, maior o VO2. Ex.: gravidez, febre, infecção, exercício
409
Principal causa de Síndrome de Cushing Secundária
Tumor HIPOFISÁRIO produtor de ACTH (doença de Cushing): 65-70% dos casos Hipercortisolismo SECUNDÁRIO
410
Principal causa de Síndrome de Cushing como um todo
Administração exógena de glicocorticoides
411
Manifestação clínica mais comum de Síndrome de Cushing
Obesidade central progressiva
412
Suspeita diante de paciente com obesidade central, gibas dorsais e estrias violáceas em abdome
Síndrome de Cushing
413
Manifestação cutânea quase patognomônica de síndrome de Cushing
Estrias violáceas em abdome
414
Manifestações osteoarticulares da Síndrome de Cushing
Fraqueza e atrofia da musculatura proximal, principalmente de membros inferiores, com dificuldade de subir escadas Osteopenia e osteoporose
415
Manifestações de Síndrome de Cushing em crianças
Atraso puberal, baixa estatura, virilização anormal da genitália, ganho ponderal e aumento da pilificação
416
Principal causa de mortalidade em paciente com síndorme de Cushing
Doenças Cardiovasculares
417
4 sinais clínicos discriminatórios de Síndorme de Cushing
(1) Pletora Facial: fácies de lua cheia (2) Estria violácea > 1 cm (3) Fraqueza muscular proximal (4) Fragilidade cutâneo-capilar
418
Ao que corresponde o efeito Shunt, na insuficiência respiratória?
Quando o alvéolo está sendo perfundido, com vascularização adequada, porém, não está sendo ventilado Ex.: preenchimento por pus em infecções
419
Ao que corresponde o efeito Espaço Morto, na insuficiência respiratória?
Quando o alvéolo está sendo ventilado, porém, não está sendo perfundido. Ex.: TEP maciço
420
Resposta compensatória da Acidose Respiratória Crônica
HCO3 aumenta 4 mEq/L acima do valor médio normal de 24 para cada 10 mmHg de pCO2 acima de 40 mmHg
421
Manifestações clínicas iniciais da artrite gonocócica
Artrite migratória com manifestações cutâneas (eritema), associada a tenossinovite, podendo ter extensão do edema da articulação para o membro
422
Tratamento da artrite gonocócica
Ceftriaxone
423
Principal causa de artrite séptica em população jovem, sexualmente ativa
Artrite gonocócica
424
Síndrome de Mendelson
Pneumonite Química associada a aspiração de conteúdo gástrico (broncoaspiração) Pode ser complicação de intubação orotraqueal