Clínica Médica Flashcards
Qual o único Bloqueador Neuromuscular Despolarizante?
Succinilcolina
Agentes clássicos causadores de endocardite bacteriana e suas particularidades
- S. viridans → Mais comum na Endocardite Adquirida na COMUNIDADE
- S. aureus → Agente MAIS COMUM como um todo!!!
- Coxiella Burnetti → Agente mais ESPECÍFICO!!! 1 hemocultura ou sorologia basta para diagnóstico
- S. bovis → Complementar com colonoscopia. Pensar em translocação.
- Enterococo adquirido na comunidade
- Grupo HACEK (Haemophilus spp., Actinobacillus spp., Cardiobacterium hominis, Eikenella spp. e Kingella spp.)
Câmaras cardíacas em que é mais comum ocorrer endocardite no paciente usuário de drogas intravenosas. Como são os achados no exame físico?
Endocardite à direita, principalmente em tricúspide, geralmente sem sopro
Pode cursar com pneumonia multilobar associada, inclusive necrosante, principalmente por S. aureus
Principal enterococo comunitário associado com Endocardite Bacteriana
Enterococcus faecalis
Agente etiológico de endocardite bacteriana que, quando presente, requer realização de colonoscopia e investigação de lesões intestinais com translocação bacteriana
Streptococcus bovis ou S. gallolyticus
Exame necessário no caso de endocardite bacteriana por Streptococcus bovis ou S. gallolyticus
Colonoscopia para avaliar lesões intestinais e possibilidade de translocação bacteriana
Agentes etiológicos de endocardite bacteriana em valva protética
< 2 meses da troca valvar: S. coagulase negativo, S. epidermidis, S. aureus, Gram (-) e agentes hospitalares
> 1 ano da troca: Igual valva nativa
Tratamento de endocardite bacteriana em valva nativa
Subaguda: aguardar culturas ou Vancomicina + Ceftriaxona
Aguda / Drogas IV: Vancomicina + Gentamicina (ou cefepime)
Tratamento de endocardite bacteriana em valva protética
Vancomicina + Gentamicina + Rifampicina (erradicar estafilo)
Único agente antimicrobiano que consegue erradicar colonização por Estafilococo em Valva Protética
Rifampicina
Quais procedimentos indicam profilaxia para endocardite bacteriana, em pacientes com indicação?
Perfuração de via aérea, da mucosa oral ou respiratória, bem como procedimentos odontológicos com manipulação da gengiva e região periapical dos dentes
Qual grupo populacional tem indicação de profilaxia para endocardite bacteriana?
Portadores de prótese valvar, endocardite bacteriana prévia, cardiopatia cianótica não reparada e correção incompleta de cardiopatia congênita
Como é feita a profilaxia para endocardite bacteriana, nos casos indicados?
Amoxicilina 2 gramas, via oral, 1 hora antes do procedimento
Se alergia: azitromicina, claritromicina, cefalexina
Complicação mais comum da meningite bacteriana
Surdez
Características do líquor de paciente com meningite bacteriana
Diminuição da glicose
Aumento de polimorfonucleares (Neutrófilos)
Gram (+): Pneumococo
Gram (-): Meningococo
Características do líquor de paciente com meningite viral
Glicose normal
Aumento de mononucleares (linfócitos)
Causa mais comum de meningite (enterovírus)
Características do líquor de paciente com meningite fúngica ou tuberculosa
Diminuição da Glicose
Aumento de mononucleares (linfócitos)
HIV+ com ↓CD4: investigar infecção fúngica por criptococo
Principais manifestações orgânicas em paciente com intoxicação por acetaminofeno (paracetamol)
Insuficiência hepática (hepatite fulminante)
Insuficiência renal (necrose tubular aguda)
Antídoto da intoxicação por acetaminofeno (paracetamol)
N-acetilcisteína
Substrato do acetaminofeno que leva à insuficiência hepática em quadro de intoxicação
NAPQI
Qual o mecanismo de ação dos digitálicos?
Inibem a bomba de Na+/K+ ATPase, com maior concentração de cálcio no interior do miócito e maior força de contração cardíaca
Alteração visual que ocorre na intoxicação por digitálicos
Cromatopsia: alteração na percepção das cores
Xantopsia: alteração das cores com maior visualização das cores amareladas
Alteração eletrolítica que classicamente ocorre na intoxicação por digitálicos
Hipercalemia
Antídoto da Intoxicação por Benzodiazepínicos
Flumazenil (Dose inicial: 0,2-0,3 mg EV. Dose máxima: 2 mg).
Antídoto da Intoxicação por Opióides
Naloxona (0,4-2 mg EV/IM. Dose máxima: 10 mg)
Principal causa de anemia ferropriva
Sangramento (Fe sérico está contido dentro das hemácias)
Principal causa de anemia megaloblástica por deficiência de B12
Anemia perniciosa (Doença autoimune com menor absorção de B12)
Principal causa de anemia megaloblástica por deficiência de ácido fólico
Alcoolismo
Medicação que pode levar a deficiência de ácido fólico
Metotrexato
Exames indicados em caso de anemia ferropriva em maiores de 50 anos
EDA/Colonoscopia
Investigar sangramento oculto!
Alteração no hemograma patognomônica de Anemia Megaloblástica
Neutrófilos hipersegmentados
Como diferenciar anemia megaloblástica por deficiência de B12 da por deficiência de ácido fólico?
Dosagem do ácido metilmalônico
Deficiência de B12: ↑ Ác. Metilmalônico
O que ocorre em caso de aumento do ácido metilmalônico? Quais as manifestações clínicas esperadas?
Destruição da bainha de mielina, com manifestações neurológicas: demência, alterações de força, sensibilidade, equilíbrio, propriocepção…
Distúrbio hidroeletrolítico que pode ocorrer durante o tratamento da anemia megaloblástica
Hipocalemia
A produção aumentada de novas células pode levar à passagem do potássio sérico para o meio intracelular
Como diferenciar anemia de doença crônica da anemia ferropriva?
Pela dosagem da ferritina e do TIBC (capacidade total de ligação do ferro)
Doença crônica: ↑ Ferritina, ↓ TIBC
Ferropriva: ↓ Ferritina, ↑ TIBC
O que é esperado encontrar no hemograma completo de paciente com anemia ferropriva?
Anemia microcítica/hipocrômica
↑ RDW
↑ Plaquetas
Aminoácido que se encontra aumentado na anemia megaloblástica, tanto por deficiência de vitamina B12 quanto na por folato
Homocisteína
Anemias Hipoproliferativas, com ↓ Reticulócitos (< 2%)
Anemias carenciais (ferropriva, megaloblástica)
Anemia de doença crônica e doença renal crônica (↓ eritropoetina)
Alterações medulares (aplasia, fibrose, infiltração de medula óssea)
Anemias Hiperproliferativas, com ↑ Reticulócitos (≥ 2%)
Sangramento agudo
Anemias hemolíticas
Tratamento da anemia ferropriva
Sulfato ferroso 300mg 3x/d (Ferro elementar 60 mg)
Ingerir juntamente com vitamina C (aumenta absorção) e separadamente das refeições
Principais marcadores laboratoriais das anemias hemolíticas
↑ Bilirrubina Indireta
↑ LDH
↓ Haptoglobina (Se liga às cadeias de globina livres)
Na anemia hemolítica autoimune, o que é visualizado na hematoscopia?
Hemácias em formato de esfera
Esferócitos
Qual o exame confirmatório de quadro de Anemia Hemolítica Autoimune?
Coombs Direto (+)
Também chamado de Teste da Antiglobulina Direta
Qual a etiologia da Anemia Hemolítica Autoimune, conforme a presença de anticorpos IgG ou IgM?
IgG (Ac. Quentes): Lúpus, Linfoma
IgM (Ac. Frios): Mycoplasma
Tratamento da Anemia Hemolítica Autoimune
Prednisona
Casos graves e permanentes: esplenectomia
O que leva ao quadro de Hemoglobinúria Paroxística Noturna?
Deficiência em célula tronco, o que leva à ausência das proteínas CD55 e CD59 na superfície das células adultas hematopoiéticas, com destruição das células pelo sistema complemento
Exames diagnósticos de Hemoglobinúria Paroxística Noturna
Citometria de fluxo: ↓CD55 e ↓CD59
Teste de HAM
Tratamento da Hemoglobinúria Paroxística Noturna
Prednisona
Eculizumab (anti-CD5; inibidor do sistema complemento)
Tríade da Hemoglobinúria Paroxística Noturna
Hemólise + Pancitopenia + Trombose
Tríade da Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT)
Anemia hemolítica microangiopática + Coombs direto NEGATIVO + Esquizócitos no sangue periférico
Hematoscopia da Anemia Hemolítica Microangiopática
Esquizócitos em sangue periférico
O que leva ao quadro da Púrpura Trombocitopênica Trombótica?
A deficiência da proteína ADAMTS leva a agressão das plaquetas pelo Fator de von Willebrand (FvWB), com ativação plaquetária e formação de trombos
Quadro clínico de paciente com Púrpura Trombocitopênica Trombótica
Anemia + Plaquetopenia + Alterações neurológicas
Tratamento da Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT)
Plasmaférese
Não transfundir plaquetas!!! Irá retroalimentar o quadro e resultará na formação de novos trombos
Proteína deficiente em quadro de Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT)
ADAMTS
A deficiência da proteína ADAMTS leva a qual quadro?
Púrpura Trombocitopênica Trombótica
Quadro clínico de paciente com Síndrome Hemolítica Urêmica
Anemia + Plaquetopenia + Lesão Renal
Diagnóstico da esferocitose hereditária
Hematoscopia: Esferócitos
Coombs direto NEGATIVO
Teste da fragilidade positivo
Como diferenciar anemia hemolítica autoimune de esferocitose hereditária?
Pelo coombs direto
Anemia Hemolítica Autoimune: CD (+)
Esferocitose Hereditária: CD (-)
Hematoscopia: Esferócitos
Tratamento da esferocitose hereditária
Casos graves: esplenectomia
Única anemia hemolítica microcítica/hipocrômica, com RDW normal e ↑ Ferro
Talassemia
Como diferenciar talassemias de anemia ferropriva?
Pelo RDW e pelo Ferro Sérico
Talassemia: RDW normal, ↑ Ferro
Ferropriva: ↑ RDW, ↓ Ferro, ↓ Ferritina
Talassemia incompatível com a vida extrauterina
Hidropisia Fetal (ausência total de cadeias α)
Com qual idade se iniciam as manifestações clínicas das beta-talassemias?
Após 6 meses de idade (com a queda da HbF)
Hematoscopia das talassemias
Hemácias em alvo; eritroblastose
Características do hemograma completo das talassemias
Anemia microcítica hipocrômica
RDW normal (diferenciar de ferropriva)
O que ocorre com as hemácias de paciente com beta-talassemia?
Ausência ou redução das cadeias β de globina, com acúmulo de cadeias α, formando corpúsculos de inclusão e resultando em destruição precoce, com hemólise crônica
Pacientes com talassemias possuem tendência de desenvolver qual condição clínica?
Hemocromatose (Acúmulo de ferro pela eritropoiese ineficaz)
Ao que corresponde a hemoglobina H? Está presente em qual hemoglobinopatia?
Hemoglobina H: tetrâmeros de cadeias β
Presente na Alfa-Talassemia intermediária, chamada de Doença da Hemoglobina H
Ao que corresponde a hemoglobina Barts? Está presente em qual condição clínica?
Tetrâmeros de cadeias gama
Presente na hidropisia fetal (deficiência total de cadeias α)
O que é a anemia de Cooley?
Beta-Talassemia Major
Único tratamento curativo para talassemias
Transplante Alogênico de Medula Óssea
Tratamento da beta-talassemia major
Hipertransfusões crônicas visando manter Ht entre 27-30%
Medicação utilizada no tratamento das talassemias, que diminui a quantidade necessária de transfusões. Como ela atua?
Luspatercept
Atua acelerando a maturação dos eritrócitos
Indicação de esplenectomia em paciente com talassemia
Aumento da quantidade de transfusões em 50% em um ano
Conduta diante de paciente com talassemia com ferritina > 1.000
Quelantes de Ferro
Deferoxamina
Eletroforese de Hemoglobina de paciente com beta-talassemia
↑ HbA2 e HbF
Eletroforese de Hemoglobina de paciente com alfa-talassemia
Hidropsia fetal: Hb Barts (tetrâmero de cadeias gama)
Doença da Hemoglobina H: HbH (tetrâmero de cadeias β)
Minor: Normal
Hemoglobinopatia que pode não ser diagnosticada no teste do pezinho
Alfa Talassemia Minor (eletroforese de hemoglobinas normal)
Tratamento da Púrpura Trombocitopênica Imune (PTI)
Expectante
Caso plaquetas < 10.000 ou sangramentos: corticoterapia
Diagnóstico da Púrpura Trombocitopênica Imune (PTI)
Diagnóstico de exclusão!!!
Plaquetopenia + Nada!!!
Criança com plaquetopenia após infecção de via aérea superior ou diarreia
Principal manifestação clínica na doença SC
Retinopatia
Conduta diante de paciente com Anemia
Falciforme cursando com Síndrome Torácica Aguda
Exsanguineotransfusão, com transfusão de troca, visando manter níveis de HbS < 30%
Principal etiologia de anemia hemolítica em mulheres adultas
Anemia Hemolítica Autoimune
Qual a chamada doença SS? O que ocorre nesta doença?
Anemia Falciforme
Homozigose para HbS, não produzindo HbA
Qual a chamada doença AS? O que ocorre nesta doença?
Traço falcêmico
Heterozigose para HbS e HbA
Como é o diagnóstico da Anemia Falciforme?
Eletroforese de Hemoglobinas ou Cromatografia Líquida (HPLC) com > 85% de HbS
Dois parâmetros principais que determinam o quadro clínico do paciente com Anemia Falciforme. Com qual idade se iniciam as manifestações clínicas?
Anemia hemolítica + Isquemia (crises vaso-oclusivas), com início após 6 meses de idade (queda da HbF)
Paciente com anemia falciforme + edema de mão e pé. Qual o nome dessa manifestação?
Dactilite Falcêmica
Como são as imagens radiográficas e o exame físico de paciente com anemia falciforme em quadro de Crise Álgica Óssea? O que leva a essa manifestação clínica?
Raio X e exame físico normais, exceto pela dor. Corresponde a uma crise isquêmica da medula óssea, mais comumente ocorrendo em ossos longos e vértebras.
Por qual razão a esplenectomia deve ser evitada em menores de 4 anos de idade?
Maior predisposição a infecções por germes encapsulados, como pneumococo, salmonela e haemophilus
Principal germe causador de osteomielite em pacientes com anemia falciforme
Salmonella
O que caracteriza um choque como hipodinâmico? Cite três exemplos
Choque com diminuição do débito cardíaco
Exemplos: Choque cardiogênico, hipovolêmico e obstrutivo
O que caracteriza um choque como hiperdinâmico? Cite três exemplos
Choque com aumento do débito cardíaco, com problema da distribuição (vasodilatação; choque distributivo).
Ex.: sepse, anafilaxia, choque neurogênico
Como avaliar a perfusão corporal?
Perfusão = DC x RVP
DC: Débito Cardíaco, calculado pelo volume sistólico X frequência cardíaca
RVP: Resistência Vascular Periférica (arteríolas)
Ao que corresponde a PVC (Pressão Venosa Central)? Como interpretar seus valores? Quais os valores de referência utilizados geralmente?
Corresponde à pressão no Átrio Direito e a pré-carga do ventrículo direito.
Utilizada para avaliar a volemia do paciente.
↑ PVC: Hipervolemia / ↓ PVC: Hipovolemia
PVC > 12: Hipervolemia, sem necessidade de ressuscitação volêmica.
PVC < 8: Hipovolemia, podendo indicar reposição volêmica
Como diferenciar o choque cardiogênico do choque hipovolêmico, utilizando os parâmetros de monitorização intensiva?
Choque hipovolêmico: ↓ DC, ↑ RVS, ↓ PVC, ↓ PCAP
Choque cardiogênico: ↓ DC, ↑ RVS, ↑ PVC, ↑ PCAP
Choque cardiogênico cursa com falência da bomba cardíaca, cursando clinicamente com sinais de congestão (coração cheio de sangue, mas não consegue bombear) e aumento da PVC e PCAP, enquanto no choque hipovolêmico a diminuição da volemia também diminui a pressão nas câmaras cardíacas
Quais os quatro parâmetros da monitorização invasiva de paciente com instabilidade hemodinâmica?
DC: Débito Cardíaco
RVS: Resistência Vascular Sistêmica
PVC: Pressão Venosa Central (Avalia volemia e a pressão no coração direito)
PCAP: Pressão Capilar Pulmonar (Avalia a pressão no coração esquerdo)
O que é esperado encontrar na monitorização invasiva de paciente com TEP maciço?
Choque Obstrutivo!
↓ DC, ↑ RVS, ↑ PVC, PCAP normal ou ↓
No TEP maciço, a obstrução leva a um aumento da pressão no coração direito, cursando com congestão, porém, sem obstrução no coração esquerdo (sem sinais de baixo débito)
Por que o paciente com choque cursa com aumento do lactato?
A hipoperfusão tecidual leva a anaerobiose, com produção de ácido láctico
Parâmetro do exame físico que tem correlação com os valores de lactato encontrados
Tempo de enchimento capilar
Parâmetro do exame físico que é utilizado para avaliar perfusão, sendo um dos primeiros a se alterar em situação de hipoperfusão tecidual
Débito urinário
4 parâmetros utilizados para avaliar a Perfusão Tecidual
Débito urinário
Lactato
Tempo de enchimento capilar
Saturação Venosa (SvcO2 < 70%)
Classe de medicações utilizadas em paciente com choque cardiogênico e obstrutivo
Drogas Inotrópicas
Droga de escolha: Dobutamina
Dose da Dopamina necessária para efeito β adrenérgico (Inotrópico)
3-10 µg/Kg/min
Inibidor da fosfodiesterase 3, utilizado no tratamento do choque cardiogênico
Milrinona
Possui efeito inotrópico
Sensibilizador de cálcio, utilizado no tratamento do choque cardiogênico. Qual sua principal indicação?
Levosimendana
Cálcio é importante para contração muscular cardíaca. Bem indicado em paciente que faz uso de betabloqueador
Cite 4 medicações que podem ser utilizadas em paciente com choque cardiogênico/obstrutivo, que possuem efeito inotrópico
Dobutamina
Dopamina (Dose de 3-10 µ/Kg/min)
Milrinona (Inibidor da Fosfodiesterase 3)
Levosimendana (Sensibilizador de Ca)
Método mecânico que pode ser utilizado em paciente com Choque Cardiogênico/Obstrutivo. Como deve ser feito seu uso?
Balão Intraaórtico
É feita a passagem do balão pela Aorta Torácica Descendente, mantendo este sincronizado ao ritmo cardíaco
Diástole → Insufla o balão, para que seja feita somente a perfusão coronariana.
Sístole → Esvazia o balão, para que seja feita a perfusão corpórea.
Em que momento do ciclo cardíaco ocorre a perfusão coronariana?
Na Diástole
Qual a classe da medicação Noradrenalina? Qual seu efeito?
Medicação vasopressora, com ação α-adrenérgica e efeito vasoconstrictor
Como é feita a passagem do cateter de Swan-ganz? Onde ele se localiza e qual seu papel?
A passagem é feita pela Veia Jugular Interna, assim como o cateter venoso central, porém, irá passar pelo átrio direito, pelo ventrículo direito e irá se posicionar na artéria pulmonar
Faz uma monitorização hemodinâmica invasiva, permitindo avaliar a PVC (Pressão venosa central), a PCAP (Pressão Capilar Pulmonar), a RVS (Resistência Vascular Sistêmica) e o DC (Débito Cardíaco)
Como se avalia o reflexo fotomotor?
Abrir os olhos do paciente e incidir um feixe de luz em um dos olhos
Reflexo presente: Miose bilateral
Como se avalia o reflexo córneo-palpebral?
Com uma gaze estéril ou algodão, passar na córnea do paciente.
Reflexo presente: Fechamento palpebral
Como se avalia o reflexo oculovestibular?
Instilar uma solução gelada no pavilhão auricular do paciente.
Reflexo presente: Movimentação dos olhos em direção ao lado em que foi instilada a solução
Como se avalia o reflexo oculocefálico ou “olhos de boneca”?
Abrir os olhos do paciente, centralizar a cabeça e virar para o lado, observando os olhos.
Reflexo presente: ao virar a cabeça para um lado, os olhos movimentam-se para o lado contralateral, mantendo o olhar fixo para a frente. No caso do reflexo negativo, os olhos irão acompanhar a cabeça.
Alteração metabólica que pode cursar com déficit focal, sendo diagnóstico diferencial de AVC
Hipoglicemia
Sempre aferir dextro em paciente com déficit focal ou rebaixamento de nível de consciência!!!
Ao que corresponde a Síndrome de Mendelson?
Pneumonite por aspiração de ácido gástrico
Paciente que broncoaspira conteúdo gástrico (vômitos + broncoaspiração)
Quais os parâmetros utilizados na avaliação do qSOFA (Quick-Sofa)?
Taquipneia, hipotensão e alteração de nível de consciência
Pontuação ≥ 2 sugere maior mortalidade e maior tempo de internação em UTI
Principal causa de óbito por infecção
Sepse
Definição de sepse
Disfunção orgânica por uma resposta imune desregulada a uma infecção
Qual o padrão-ouro para diagnóstico da SEPSE e qual sua principal limitação?
Score SOFA
Limitação: depende de exames laboratoriais, não podendo ser diagnosticado somente com achados clínicos
Qual a utilidade do qSOFA?
Utilizado para avaliar DESFECHO e PROGNÓSTICO de pacientes com suspeita ou diagnóstico confirmado de sepse
Preditor de mortalidade e tempo de internação prolongado em UTI!!!
Não deve ser utilizado como ferramenta única para screening de Sepse
Qual o nome do sistema de critérios para diagnóstico da Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo?
Critérios de Berlim
Quais os critérios de Berlim? São utilizados para caracterização de qual situação?
Utilizados para caracterização da Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA)
Como é classificada a Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA), conforme o grau de hipoxemia, segundo os critérios de Berlim? Como é feito o cálculo para definição da relação utilizada?
Para calcular a PaO2/FiO2, é necessária gasometria arterial para calcular a pressão parcial de O2. A FiO2 é calculada em números inteiros!!! Não utilizar porcentagem!!!
Ex.:
O2 a 100% → FiO2: 1
O2 a 60% → FiO2: 0,6
Ex de cálculo de PaO2/FiO2:
PaO2 94%, com FiO2 de 1 (100% de O2).
PaO2/FiO2: 94/1: 94. Hipoxemia grave!
Parâmetros do ventilador mecânico em paciente com Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA), para realização de ventilação protetora
Como a Ventilação Não Invasiva (VNI) atua no paciente com Edema Agudo de Pulmão?
VNI atua aumentando a pressão na via aérea, diminuindo o retorno venoso e diminuindo a congestão pulmonar
Quais os principais achados eletrolíticos da Síndrome da Lise Tumoral?
Hipercalemia, Hiperfosfatemia, Hiperuricemia e Hipocalcemia
Qual o tratamento da síndrome da lise tumoral e qual o principal risco dessa síndrome?
Hidratação vigorosa com solução salina isotônica (sem potássio) + Agente hipouricemiante (Alopurinol)
Como é feita a profilaxia da síndrome da lise tumoral?
Hidratação venosa vigorosa antes da quimioterapia + Hipouricemiante (Alopurinol)
Principais causas de óbito em paciente com síndrome da lise tumoral
Arritmia cardíaca e injúria renal aguda
Principais tumores associados com síndrome da lise tumoral
Tumores hematológicos!!! Raro em neoplasias sólidas.
Principais: Linfoma não-Hodgkin, Leucemia Linfoblástica Aguda (principalmente tumor de Burkitt) e Leucemia Limfocítica Crônica
O que ocorre na síndrome da Lise Tumoral?
A destruição maciça de células após início de quimioterapia leva à liberação de eletrólitos intracelulares em grande quantidade na circulação sanguínea, caracterizando a síndrome
Nome do sistema de critérios para diagnóstico da síndrome da lise tumoral
Critérios de Cairo-Bishop
Em crianças, utilizar valor de fósforo sérico ≥ 6,5
Exame mais utilizado para diagnóstico de esteatohepatite não-alcoólica e qual o padrão-ouro
Exame mais utilizado: USG de abdome
Padrão-ouro: biópsia hepática (pouco realizada)
Tratamento farmacológico da esteatohepatite não-alcoólica
Vitamina E: diminui estresse oxidativo e melhora os níveis de aminotransferases
Se diabetes associado, pode fazer uso de pioglitazona
Indicação de tratamento farmacológico com fibratos
Triglicérides persistentemente acima de 500, pelo risco de pancreatite aguda
Tipos de acometimento do sistema renal em paciente com gota
Nefrolitíase de repetição e nefrite intersticial crônica
Situações que aumentam a concentração sérica de ácido úrico
Alcoolismo, psoríase, uso de diuréticos e pirazinamida (utilizada no tratamento da tuberculose)
Definição da Síndrome de Evans
Anemia hemolítica autoimune associada a plaquetopenia
Ao que corresponde o mal de Pott?
Tuberculose vertebral, que acomete principalmente os segmentos torácico e lombar da coluna
Clínica do mal de Pott
Tríade: dor lombar + dor à palpação + sudorese noturna
Tratamento do mal de Pott
Esquema RIPE por 12 meses (2 RIPE + 10 RI)
Tratamento da tromboangeíte obliterante (Doença de Buerger)
Suspensão imediata e absoluta do tabagismo
Quadro clínico clássico da tromboangeíte obliterante (doença de Buerger). Qual o paciente típico?
Isquemia/necrose de extremidades após o ato de fumar, com ausência de aterosclerose
Paciente típico: homem jovem tabagista
Achado da arteriografia de paciente com tromboangeíte obliterante (Doença de Buerger)
Estenoses distais + circulação colateral ampla, sem aterosclerose
Ao que corresponde o Cor Pulmonale?
Insuficiência do ventrículo direito, secundário a alteração pulmonar/pneumopatia
Ex.: TEP, com insuficiência cardíaca direita, devido obstrução na circulação pulmonar
Principal sintoma presente no paciente com tromboembolismo pulmonar (TEP)
Dispneia
Principal sinal observado no exame físico do paciente com tromboembolismo pulmonar (TEP)
Taquipneia
Alteração eletrocardiográfica mais específica do paciente com tromboembolismo pulmonar (TEP)
Padrão S1Q3T3
Onda S negativa em D1, Onda Q negativa em D3 e onda T invertida em D3 → Sinais de sobrecarga aguda de ventrículo direito
Alteração eletrocardiográfica mais comum (+ sensível) do paciente com tromboembolismo pulmonar (TEP)
Taquicardia sinusal
Muito sensível!!! Pouco específica!!!
Sinal de Westermark
Oligoemia localizada (redução da vasculatura pulmonar) → Indicativo de TEP (Presente em 10% dos casos)
Sinal de Fleischner
Achado radiológico que corresponde à dilatação da artéria pulmonar → Indicativo de TEP (Presente em 20% dos casos)
Corcova de Hampton
Hipotransparência Pulmonar Periférica, que corresponde a área de isquemia pulmonar, que se assemelha a uma consolidação na radiografia → Indicativo de TEP (Presente em 20% dos casos)
Sinais radiológicos que podem estar presentes no paciente com TEP
Sinal de Westermark: área localizada de diminuição da trama vascular
Sinal de Fleischner: dilatação da artéria pulmonar
Corcova de Hampton: área de isquemia pulmonar, semelhante a consolidação na radiografia
Ao que corresponde o D-Dímero? Em que situações ele aumenta?
Produto de degradação da fibrina (fibrinólise)
Formado em situações de fibrinólise aumentada → Trombos, pós-trauma (cirúrgicos, politrauma)
Qual o papel do uso de anticoagulantes orais no tratamento do tromboembolismo pulmonar (TEP)?
Impedir o aumento do trombo (não dissolve o trombo!!!)
Indicações de trombólise no paciente com tromboembolismo pulmonar (TEP)
Instabilidade hemodinâmica e sinais de hipoperfusão tecidual (Hipotensão Arterial, Enchimento capilar lentificado)
Conduta diante de paciente com indicação de trombólise, porém, com contraindicação ao trombolítico ou falha da trombólise
Embolectomia (Remoção mecânica do êmbolo/trombo)
Classificação GOLD do paciente com DPOC
GOLD A: Poucos sintomas e poucas exacerbações
GOLD B: Muito sintomático, pouca exacerbação
GOLD C: Pouco sintomático, exacerba MUITO
GOLD D: MUITO sintomático e com MUITAS exacerbações
Tratamento inicial de manutenção do paciente com DPOC em cada classificação de GOLD
GOLD A: LABA ou LAMA de manutenção ou SABA/anticolinérgico de ação curta SOS
GOLD B: LABA ou LAMA de manutenção
GOLD C: LAMA de manutenção
GOLD D: LABA + LAMA de manutenção
Doença renal que pode cursar com rins de tamanhos aumentados
Nefropatia diabética
Inicialmente os rins aumentam de tamanho, pela hiperfiltração glomerular, com posterior fibrose e atrofia renal progressiva
Contraindicação ao uso de Glitazona
Insuficiência Cardíaca
O que leva a hiponatremia dilucional no paciente cirrótico com ascite?
A diminuição do volume circulante efetivo resulta em vasoconstricção renal e maior absorção renal de sódio e água. Há também aumento da secreção de ADH e hiponatremia dilucional.
Qual medicamento deve ser administrado antes da infusão de glicose intravenosa em paciente alcoolizado?
Tiamina (Vit. B1)
De início, de frente a paciente alcoolizado, não é possível definir se é alcoolista crônico ou agudo, sendo etilismo crônico fator de risco para deficiência de tiamina.
A infusão de glicose em portador de deficiência de tiamina pode desencadear encefalopatia de Wernicke, devendo sempre preceder com administração de tiamina
Ao que corresponde a discinesia tardia?
Movimentos coreiformes envolvendo boca, lábios e língua, classicamente presente em pacientes expostos cronicamente a antipsicóticos ou antagonistas dopaminérgicos
Definição de acatisia
Inquietação motora, com necessidade de se mover
Como é avaliado o sinal de Romberg? O que ele avalia?
Pede-se que o paciente permaneça em pé, parado, com os pés juntos e os olhos fechados.
Avalia sensibilidade proprioceptiva e testa as colunas dorsais da medula espinhal (fascículos grácil e cuneiforme)
Qual nervo responsável pela via aferente do reflexo córneo-palpebral?
Reflexo córneo-palpebral: ao passar um algodão ou gaze na esclera, há o fechamento da pálpebra
Via Aferente: Nervo trigêmeo; quinto par craniano
Responsável pela sensibilidade da face e da esclera (sente o algodão encostando na esclera)