Cirurgia Flashcards
Qual o tempo ideal de seguimento com USG para paciente com aneurisma de aorta, conforme o tamanho?
2,6-2,9 cm: A cada 5 anos
3,0-3,4 cm: A cada 3 anos
3,5-4,4 cm: A cada 12 meses (1 ano)
4,5-5,4 cm: A cada 6 meses
≥ 5,5 cm → Cirurgia Eletiva
Classificação do aneurisma de aorta quanto à localização em relação às artérias renais
Tipo I: Infrarrenais (Abaixo da saída das a. renais)
Tipo II: Justarrenais (Imediatamente após a emergência das renais)
Tipo III: Pararrenais (Englobam a emergência das a. renais)
Tipo IV: Toracoabdominais (Acima e abaixo da emergência das renais)
Classificação do aneurisma de aorta abdominal em relação à sua anatomia
Fusiformes: Mais comuns. Dilatação difusa.
Saculares: “Abscesso” → Indicação de cirurgia eletiva, por maior risco de ruptura
Principal etiologia dos aneurismas de aorta abdominal
Degenerativos (aterosclerose)
Critério diagnóstico para aneurisma de aorta abdominal
Dilatação > 50% do diâmetro original ou > 3 cm.
Se menor → Ectasia
Principal fator de risco para formação de aneurisma de aorta abdominal
Tabagismo (8:1)
5 Indicações de cirurgia no caso de aneurisma de aorta abdominal
Diâmetro ≥ 5,5 cm
Crescimento > 0,5 cm/6 meses ou 1 cm/ano
Formação sacular (Imprevisibilidade de ruptura)
Sintomático
Complicações: Infecção ou embolização periférica
Complicação mais comum no reparo aberto de aneurisma de aorta abdominal
Infarto Agudo do Miocárdio
Requisitos para Reparo Endovascular de Aneurisma de Aorta Abdominal
Anatomia favorável
Espaço na aorta livre de aneurisma para fixar a prótese
Proximal (Entre a aorta e as renais): ≥ 15 mm
Distal (Entre a aorta e as ilíacas): ≥ 20 mm
Principal causa de falha do tratamento endovascular de aneurisma de aorta abdominal. Qual a conduta?
Endoleak tipo II: Enchimento retrógrado (para artérias lombares ou mesentérica inferior)
Tratamento se dilatação → Embolização
Tipo de endoleak, que pode ocorrer na correção endovascular de aneurisma de aorta abdominal, que demanda tratamento imediato
Tipo I: Falha na vedação
IA: Proximal
IB: Distal
Tipo III: Falha em um dos componentes ou na vedação entre eles
Endoleak que pode ocorrer na correção endovascular de aneurisma de aorta abdominal, devido ao uso de anticoagulante
Tipo IV: Vazamento pelos poros da prótese
Tipo V: Dilatação na ausência de sangramento visível
Tratamento conservador. Resolve após fim da anticoagulação
Classificação da Doença Hemorroidária Interna e Tratamento
Tipo 1: Sem prolapso → Tratamento dietético
Tipo 2: Prolapso com redução ESPONTÂNEA → Ligadura Elástica
Tipo 3: Prolapso com redução MANUAL → Ligadura elástica ± Hemorroidectomia (Hemorroidectomia é mais efetivo)
Tipo 4: Prolapso IRREDUTÍVEL → Hemorroidectomia
Tipos de Cirurgia de Hemorroidectomia
Aberta: Milligan-Morgan (Mais realizada, com fechamento por segunda intenção)
Fechada: Ferguson
Tratamento de Trombose de Plexo Hemorroidário Externo
≤ 72 horas: Excisão!
> 72 horas: Banho de assento, para analgesia e reabsorção do trombo
Duas localizações mais comuns de Fissura Anal
1ª: Linha média posterior, próxima ao sacro
2ª: Linha média anterior
Tempo de duração para diferenciação entre fissura anal aguda ou crônica
6 semanas
Tratamento cirúrgico da fissura anal crônica
Se hipertonia em manometria retal: Esfincterotomia lateral interna, com secção de 30% das fibras do esfíncter anal INterno (não faz secção no externo)
Se NÃO houver hipertonia: fissurectomia + rotação de retalho de pele (minoria dos casos)
Tratamento dos Abscessos Anorretais
Drenagem IMEDIATA, independente da consistência + Antibioticoterapia
Exame de escolha para confirmação diagnóstica de abscessos anorretais
Ressonância Magnética, caso não seja possível diagnóstico clínico
4 Tipos de Abscessos Anorretais e qual o mais comum
Interesfincteriano
Perianal (mais comum)
Supraelevador (pelve)
Isquiorretal (nádega)
Glândula que, ao infeccionar, dá origem a abscesso anorretal
Glândula de Chiari
Etiologia das Fístulas Anorretais
Complicação da drenagem cirúrgica de abscessos anorretais
Tipos de fístulas anorretais
Simples: interesfincteriana (mais comum) e transesfincteriana
Complexas: Ferradura, supraesfincteriana e extraesfincteriana
Regra utilizada para prever o trajeto de fístulas anorretais
Regra de Goodsall-Salmon
Apenas fístulas simples!!!
Orifício externo ANTERIOR: retilíneo
Orifício externo POSTERIOR: curvilíneo (até a linha média)
Exame utilizado no diagnóstico de fístulas anorretais complexas
Ressonância magnética
Tratamento das fístulas anorretais
Simples: fistulotomia/fistulectomia
Complexas: Sedenho/plug anal
Tratamento de escolha para carcinoma epidermoide de canal anal
Esquema nigro: QT + RT exclusivas (cura 80% dos pacientes)
Se falha: Cirurgia de Miles (amputação abdominoperineal do reto)
Principais locais de metástase a distância do carcinoma epidermoide de canal anal
Pulmão e fígado
Exame de imagem de escolha para seguimento de aneurisma de aorta abdominal
Ultrassonografia
Não é ideal para avaliação de ruptura de aneurisma, pois não detecta 50% dos casos
Exame de imagem de escolha para diagnóstico de ruptura de aneurisma de aorta abdominal em paciente estável
Angio-TC
Dois principais fatores de risco para dissecção de aorta torácica
HAS (70%)
Aterosclerose (30%)
Classificação de Stanford
Classifica os tipos de dissecção de aorta torácica
A → Mais comum. Acomete a aorta ascendente
B → Acomete SOMENTE a aorta descendente
Classificação de De Bakey
Classifica a dissecção de aorta torácica
Tipo I → Aorta ascendente e se estende por toda a aorta
Tipo II → Somente a aorta ascendente
Tipo III → Somente a aorta descendente (abaixo da emergência da subclávia esquerda)
IIIA → Descendente, mas não ultrapassa o tronco celíaco (Aorta descendente torácica)
IIIB → Toda a aorta descendente (ultrapassa o tronco celíaco)
Método padrão ouro para diagnóstico de dissecção de aorta torácica. Qual seu ponto negativo?
Arteriografia
Muito invasivo!
Método ideal para diagnóstico de pacientes INSTÁVEIS com suspeita de dissecção de aorta
Ecodopplercardiograma Transesofágico
S: 98% / E: 90%
Método mais utilizado para diagnóstico de pacientes ESTÁVEIS com suspeita de dissecção de aorta
Angio-TC
Condutas iniciais diante de paciente com quadro de Dissecção de Aorta
Suporte em terapia intensiva + Analgesia (Opioide)
Controle FC (≤ 60) e PAS (≤ 120)
Betabloqueador de escolha: Labetalol IV
Vasodilatador de escolha: Nitroprussiato IV
Indicação de Cirurgia diante de Paciente com Dissecção de Aorta Torácica, somente da porção descendente
Instabilidade Hemodinâmica
Dor refratária
Propagação distal
Formação aneurismática
Isquemia de órgãos
Dissecção retrógrada (virou Stanford A)
Principal fator de risco para Doença Arterial Periférica
Aterosclerose
O que caracteriza Isquemia Crítica em paciente com Doença Arterial Periférica?
Dor em Repouso
Síndrome de Leriche. Definição e quadro clínico
Oclusão arterial bilateral ao nível do segmento aorto-ilíaco
Cursa com claudicação em panturrilha, coxa e nádegas, com história de impotência
Exame inicial em caso de suspeita de Doença Arterial Periférica. Como ele é realizado e quais as classificações, de acordo com os valores encontrados?
Índice Tornozelo Braquial (ITB)
PAS tornozelo/PAS braquial
Pressão do tornozelo geralmente é maior que a do braço.
Primeiro avaliar com doppler o vaso que permite a aferição da maior PAS
Normal: 1,1
Claudicação: 0,5-0,9
Isquemia Crítica: < 0,4
Marcador de prognóstico e gravidade na avaliação de paciente com Doença Arterial Periférica
Índice Tornozelo Braquial (ITB)
Quanto menor o índice, maior a gravidade e pior o prognóstico
Indicação de Intervenção em paciente com Doença Arterial Periférica
Sintomas refratários apesar de medidas conservadoras (Cilostazol)
Isquemia ameaçadora: isquemia crítica ou úlceras isquêmicas que não cicatrizam
Quais são os Hard Signs do Trauma Vascular? Qual a conduta diante de algum deles?
Sangramento pulsátil
Hematoma Expansivo
Sopro ou frêmito (Crepitação)
Evidência de isquemia na extremidade
6Ps: Palidez, Parestesia, Paralisia, Pain (Dor), Pulseless (Ausência de pulso), Poiquilotermia (Extremidade fria, que muda de temperatura de acordo com a temperatura do ambiente)
Conduta → Cirúrgica, sem necessidade de arteriografia diagnóstica antes
Classificação da Oclusão Arterial Aguda de Membros Inferiores e Tratamento
Tipo I: Membro VIÁVEL e SEM ameaça
Tipo IIA: Ameaça REVERSÍVEL com tratamento → Arteriografia ou Angio-TC + Trombólise
Tipo IIB: Ameaça REVERSÍVEL com tratamento IMEDIATO (certa rigidez ou parestesia) → Arteriotomia + Embolectomia
Tipo III: Lesão IRREVERSÍVEL (já apresenta rigidez) → Amputação
Classificação da estenose de carótida, pelo nível de obstrução
< 50%: Estenose Leve de Carótida
50-69%: Estenose Moderada de Carótida
70-99%: Estenose Grave de Carótida
Quantos compartimentos a perna possui e quais são eles?
4 compartimentos
Anterior, Lateral e Posterior, subdividido em Posterior Profundo e Posterior Superficial
Como devem ser as incisões para tratamento de paciente com Síndrome Compartimental na Perna?
Anterolateral e Posteriomedial
Classificação da estenose carotídea de acordo com a sintomatologia
Sintomas neurológicos compatíveis < 6 meses: Estenose Carotídea Sintomática
Sintomas há > 6 meses: Estenose Assintomática
Conduta diante de paciente com Estenose Carotídea Grave
Estenose Grave: 70-99% de obstrução
Se sintomático: Endarterectomia de Carótida
Se assintomático: Intervenção apenas se expectativa de vida > 3-5 anos
Sítio mais comum de punção e local em que se deve insuflar o balão na técnica de REBOA (Oclusão Ressuscitativa por balão endovascular da Aorta)
Punção através da dissecção da artéria femoral
O balão é insuflado abaixo da emergência das artérias esplâncnicas
Principal causa de óbito em pacientes com Doença Arterial Obstrutiva Crônica (DAOC)
Infarto Agudo do Miocárdio (Doença Aterosclerótica)
Como é a classificação clínica do CEAP, para doenças venosas?
C0 - Ausência de sinais ao exame físico (Pode apresentar sintomas, como claudicação)
C1 - Telangiectasias e veias reticulares
C2 - Veias varicosas
C3 - Varizes + Edema
C4 - Alteração de pele e subcutâneo (pigmentação, eczema, prurido)
C4A - Hiperpigmentação ou eczema
C4B - Lipodermatoesclerose ou atrofia branca
C5 - Úlcera cicatrizada
C6 - Úlcera ativa (aberta)
Classe S: Sintomático
Classe A: Assintomático
Qual a principal causa prevenível de amputação de membro traumatizado?
Falha em realizar fasciotomia após reperfusão de membro traumatizado
Complicação que pode ocorrer após reperfusão de membro traumatizado
Síndrome Compartimental por Reperfusão
Como é a classificação por etiologia da Insuficiência Venosa Crônica (IVC), pela classificação de CEAP?
Ec: Congênita
Ep: Primária (idiopática)
Es: Secundária (pós-trombótica/trauma)
En: Sem causa definida
O arco aórtico dá origem a quais vasos?
Tronco Braquiocefálico
Artéria Carótida Comum Esquerda
Artéria Subclávia Esquerda
Ramos do Tronco Celíaco
Artéria gástrica esquerda
Artéria hepática comum
Artéria esplênica
Ramos da Artéria Hepática Comum
Artéria Hepática Própria
Artéria Gástrica Direita
Artéria Gastroduodenal
O que é amaurose fugaz? Por que ela ocorre?
Perda transitória da visão
Ocorre pela oclusão da artéria oftálmica, que é o primeiro ramo da artéria carótida interna ipsilateral
Sinal clínico encontrado no exame físico específico para Dissecção de Aorta
Assimetria de Pulsos
Local mais comum de ocorrer dissecção de Aorta
Parede lateral direita da Aorta Ascendente
Classificação da Dissecção de Aorta em Aguda ou Crônica
Aguda: < 2 semanas
Crônica: > 2 semanas
1/3 dos pacientes são diagnosticados na fase crônica
Síndrome de Brown-Séquard
Hemissecção incompleta medular com alterações imediatas UNILATERAIS sensitivas e motoras, não bilaterais, do mesmo lado da lesão (ipsilateral)
Ocorre geralmente após trauma de medula
Qual a região da medula que é responsável pela sensibilidade vibratória e posicional?
Região posterior ou dorsal da medula (fascículos grácil e cuneiforme)
Qual a região da medula que é responsável pela sensibilidade térmica e dolorosa?
Feixe lateral da medula (Feixe espinotalâmico lateral)
Qual a região da medula por onde percorrem as fibras motoras?
Região anterior e lateral
Alterações no Raio X de Tórax que apontam para Dissecção de Aorta
Alargamento do mediastino (> 8 cm no adulto)
Desvio da traqueia para a direita e apagamento do botão aórtico
Quais os dois exames iniciais que devem ser solicitados em paciente com dor torácica?
Raio X de Tórax (Dissecção de Aorta)
Eletrocardiograma (SCA)
A Insuficiência Venosa Crônica acomete, principalmente, qual tipo de veias? Qual a principal veia acometida?
Acomete principalmente o sistema superficial de veias
Principalmente a veia safena magna
Manobra de Mattox
Libera o cólon esquerdo da linha branca de Told até a flexura esplênica, com rotação medial da estrutura, para acessar as estruturas da zona 1 do retroperitôneo (toda a aorta abdominal desde o hiato aórtico + vascularização da veia cava).
Manobra de Cattel-Braasch. Em que consiste e a quais estruturas permite acesso?
Descolamento do cólon direito, do ducto biliar comum até o ângulo de Treitz, com rotação medial do cólon, expondo a parte infra-mesocólica do retroperitôneo
Permite acesso à veia cava inferior, aorta infrarrenal, artérias e veias renais bilaterais, vasos ilíacos bilaterais
Pode ser associada à manobra de Kocher, com rotação medial do duodeno
Manobra de Kocher
Acesso medial ao retroperitônio pela rotação da face externa do duodeno. Permite acessar a veia cava inferior, terceira e quarta porção do duodeno, cabeça do pâncreas, vasos mesentéricos superiores e vasos renais bilaterais.
Valor normal da pressão intraabdominal
5 a 7 mmHg
Definição de Hipertensão Intraabdominal
PIA ≥ 12 mmHg (16 cm H2O)
Definição de Síndrome Compartimental Abdominal
PIA > 20 mmHg (27 cm H2O) + disfunção de um ou mais órgãos OU PAM - PIA < 60 mmHg
Graus de Hipertensão Intraabdominal
Grau I: 12-15 mmHg
Grau II: 16-20 mmHg
Grau III: 21-25 mmHg (Sd Compartimental Abdominal)
Grau IV: > 25 mmHg
Locais mais comuns de lesão no trauma contuso
Fígado - 50%
Baço - 40%
Delgado - 10% (Sinal do Cinto de Segurança)
Locais mais comuns de lesão no trauma penetrante por arma branca
Fígado - 40%
Delgado - 30%
Diafragma - 20%
Cólon - 15%
Sistemas de classificação da Diverticulite Aguda
Classificação de Hinchey e Classificação de Kaiser
Classificação de Hinchey
0- Leve (Sem complicação) I- Abscesso pericólico ou mesentérico Ia- Flegmão Ib- Abscesso pericólico II- Abscesso pélvico III- Peritonite purulenta IV- Peritonite fecal
Principal causa de apendicite aguda
Obstrução luminal por fecalito
Principal causa de apendicite aguda na criança
Hiperplasia linfoide (segundo alguns autores). Obstrução por fecalito é a principal causa como um todo.
Sintoma mais precoce da apendicite aguda
Hipo/anorexia
Estruturas derivadas do intestino anterior
Faringe, esôfago, estômago, duodeno (até desembocadura do colédoco), pâncreas, fígado e vesícula biliar
Estruturas derivadas do intestino médio
Porção final do duodeno, após desembocadura do colédoco, jejuno, íleo, ceco, apêndice vermiforme, cólon ascendente, 3/4 do transverso
Estruturas derivadas do intestino posterior
1/4 final do cólon transverso, descendente, sigmoide, reto e parte superior do canal anal
Sinal de Kehr
Dor infraescapular em ombro esquerdo, por hemorragia peritoneal com irritação do nervo frênico, indicativo de ruptura de baço
Sinal de Laffont
Dor no ombro direito por irritação peritoneal que irrita o nervo frênico (hemorragial retroperitoneal)
Classificação de Kaiser
Grau 0: Espessamento
Grau Ia: Densificação de Gordura
Grau Ib: Abscesso pericólico
Grau II: Abscesso pélvico
Grau III e IV: Gás + Coleções, Espessamento Peritônio.
Grau IV tem pneumoperitôneo maior que grau III.
Ramos da artéria mesentérica inferior
Artéria cólica esquerda, sigmoideanas e retal superior
Ramos da artéria mesentérica superior
Artéria cólica média, cólica direita, ileocólica e apendicular
Duas principais urgências cirúrgicas NÃO obstétricas na mulher grávida
1ª: Apendicite aguda.
2ª: Colecistite aguda.
O que se espera do leucograma de um paciente após ser submetido a um procedimento cirúrgico?
Leucocitose, com neutrofilia, nos primeiros três dias, com posterior normalização dos leucócitos e neutropenia após o 3º PO
Como é a resposta hormonal após situação de trauma?
Classicamente, há uma resposta contra-insulínica, com redução da insulina e elevação de hormônios contra-insulínicos, como glucagon, GH e cortisol
O estado de pró-catabolismo leva a aumento da secreção de catecolaminas (Adrenalina e noradrenalina), ACTH, ADH, prolactina e endorfinas
Dois principais fatores de risco para doença ulcerosa péptica
Infecção por H. pylori e uso de AINEs
Suspeita diante de paciente com início de quadro de Diabetes Mellitus após os 50 anos, sem motivo aparente
Câncer de pâncreas
Solicitar TC de abdome
Pode ser uma das manifestações iniciais do câncer de pâncreas
Diabetes Mellitus, mesmo que não haja franca insuficiência pancreática exócrina
Distúrbio hidroeletrolítico esperado em paciente com obstrução antro-pilórica
Alcalose Metabólica Hipoclorêmica Hipocalêmica
Os vômitos de repetição levam a perda de suco gástrico, com alcalose hipoclorêmica. O potássio acaba sendo perdido pela urina, para permitir uma maior reabsorção de sódio de água
Principal complicação de apendicectomia e conduta
Infecção de sítio cirúrgico
Tratamento inicial: abertura da ferida e lavagem
Em que momento da vida embriológica ocorre a divisão do intestino primitivo em anterior, médio e posterior?
Na 4ª semana de vida embriológica
Principais locais de acometimento do câncer colorretal
Sigmoide e reto
Indicações de reoperação, em paciente em pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca
Débito do dreno maior que:
> 500 ml na 1ª hora
> 800 ml nas primeiras 2 horas
> 900 ml nas primeiras 3 horas
> 1.000 ml nas primeiras 4 horas
> 1.200 ml nas primeiras 5 horas
Ou evidência de sangramento maciço ou
tamponamento cardíaco
Duas principais causas de sangramento após cirurgia cardíaca
Distúrbios da hemostasia e hemostasia cirúrgica inadequada
Como se apresentam, no Doppler, os segmentos arteriais ocluídos em paciente com Doença Arterial Periférica?
Antes da obstrução: fluxo trifásico
Após o local de obstrução: fluxo monofásico de baixa amplitude
Quais os sistemas de classificação da Doença Arterial Oclusiva Periférica?
Classificação de Fontaine e de Rutherford
Classificação de Fontaine
Utilizada para avaliar Doença Arterial Oclusiva Periférica
Classificação de Rutherford
Utilizada para avaliar Doença Arterial Oclusiva Periférica
Achados encontrados em feto com atresia de uretra ou de válvula de uretra posterior
Grave hidronefrose bilateral e oligodramnia (o líquido amniótico é formado em grande parte pela urina fetal)
Sinais vitais que se alteram mais precocemente em choque hipovolêmico hemorrágico
Frequência cardíaca e frequência respiratória
Indicações de intervenção cirúrgica em paciente com nefrolitíase
Rim único com obstrução pelo cálculo
Pielonefrite não drenada
Cálculos coraliformes
Dor intratável clinicamente
Tratamento conservador para paciente com cálculo renal de ácido úrico
Alcalinização da urina visando dissolver o cálculo
Na análise da cavidade abdominal, o lavado peritoneal é útil no diagnóstico de lesões de qual região? Qual região ele não consegue avaliar?
Útil para avaliar lesões de vísceras intra-abdominais
Não avalia de forma confiável região retroperitoneal
Qual a principal e mais temida complicação da traqueostomia?
Hemorragia maciça, por lesão da artéria inominada (tronco braquiocefálico)
Quais os ramos do tronco braquiocefálico?
Se divide na artéria subclávia direita e carótida comum direita
Principal agente etiológico da gangrena gasosa
Clostridium perfringens
Indicações de drenagem de pseudocisto pancreático
Aumento de diâmetro
Pacientes sintomáticos, geralmente com tamanhos maiores que 6 cm
Complicações, como ruptura, hemorragia e abscesso infectado
Principais segmentos intestinais lesados pela retocolite ulcerativa
Reto e sigmoide
Fatores presentes no paciente obeso que constituem fatores de risco para doença do refluxo gastroesofágico
Aumento da pressão intraabdominal
Hipotonia do esfincter esofagiano inferior
Episódios mais frequentes de relaxamento do esfincter esofagiano inferior
Técnica cirúrgica de escolha para tratamento de refluxo gastroesofágico no paciente com obesidade
By-pass gástrico
Tratamento cirúrgico do megaesôfago avançado ou dolicomegaesôfago (grau IV)
Esofagectomia trans-hiatal com transposição gástrica (abordagem via cervico-abdominal)
Como é feito o diagnóstico do carcinoma hepatocelular (CHC)?
Tumor hepático ≥ 2 cm em dois exames de imagem com técnicas diferentes (Ex.: TC e USG)
OU
Tumor ≥ 2 cm em 1 exame de imagem + Alfafetoproteína ≥ 400 ng/ml
Tratamento do carcinoma hepatocelular (CHC)
Lesão única + Função hepática boa (ausência de hipertensão porta + Child A) → Ressecção cirúrgica (Hepatectomia parcial)
Lesão única < 5 cm ou até 3 lesões < 3 cm (Critérios de Milão) → Transplante hepático
Se somente uma lesão > 3 cm → Quimioembolização da lesão. Se redução para < 3 cm → Transplante hepático
Lesão irressecável → Ablação local, quimio/radioembolização, terapia alvo com Sorafenib…
Músculos envolvidos nas hérnias lombares superiores e inferiores
Hérnia do triângulo lombar superior (Grynfelt): músculo oblíquo INTERNO e músculo denteado (paraespinhais).
Hérnia do triângulo lombar inferior (Petit): músculo oblíquo EXTERNO e músculo grande dorsal.
Hérnia Lombar mais comum e onde ela se anuncia
Hérnia do triângulo lombar superior (Grynfelt), se anuncia abaixo da borda inferior da 12ª costela
Contraindicações para Cirurgia Torácica
IAM há 3 meses, PaCO2 em repouso > 45 mmHg
Parâmetros mínimos exigidos no pré-operatório para Lobectomia e para Pneumectomia
Pneumectomia: VEF1 > 2L e DLCO > 60%
Lobectomia: VEF > 1,5L e DLCO > 50%
Exames pré-operatórios de paciente com DPOC que será submetido a cirurgia torácica
Gasometria arterial, Espirometria, capacidade de difusão do monóxido de carbono (DLCO)
Parâmetros a serem avaliados no pré-operatório cirúrgico para avaliar necessidade de exames complementares
Idade, Comorbidades e Tipo de Cirurgia
Sabiston 21ª Edição não considera a idade
Exames pré-operatórios necessários de acordo com a idade, conforme o Sabison 20ª Edição
< 45 anos: NADA
45-54 anos: ECG (H)
55-70: ECG + Hemograma (H e M)
> 70 anos: ECG + Hemograma + Ur/Cr + Eletrólitos + Glicemia
Mulheres em idade fértil: β-hCG urinário na manhã da cirurgia (em algumas referências, solicitação deve ser feita somente se atraso menstrual)
Exames pré-operatórios necessários de acordo com a idade, conforme diretrizes da USP-SP
< 40 anos: NADA!
40-49 anos: ECG + Hemograma (H)
50-64 anos: ECG + Hemograma (H e M)
≥ 65 anos: ECG + Hemograma + Ur/Cr + Eletrólitos + Glicemia + Rx de Tórax
Mulheres em idade fértil: teste de gravidez
Exames pré-operatórios, de acordo com comorbidades do paciente
HAS controlada e tabagismo: ECG, eletrólitos e função renal
DM: Glicemia
DRC: Ur/Cr
Hepatopata: Perfil Hepático (Albumina e coagulograma)
Paciente cirróticos → Avaliar MELD!!! Valores < 10 estão relacionados com menos complicações
Tabagista com alta carga tabágica: avaliar solicitar Rx de tórax. Hoje em dia não se indica Rx de tórax apenas pelo tabagismo
Pela USP, solicitar ECG se: HAS; DM; Tabagismo; Obesidade mórbida; Doença cardiovascular, respiratória ou renal
Indicações de coagulograma em exames pré-operatórios
Cirurgias com risco de sangramento > 2 litros
Cirurgias cujo sangramento, menos que pequeno, pode levar a graves consequências, como neurocirurgias
Procedimentos vasculares grandes, como cirurgias aórticas
Comprometimento hepático importante; icterícia 4+/4+ (sem liberação de bile no TGI, há deficiência na absorção de vitamina K e distúrbio na coagulação)
6 Itens avaliados pelo Índice de Risco Cardíaco Revisado (IRCR) e conduta
- Insuficiência cardíaca
- Coronariopata
- DM insulinodependente
- Doença Renal Crônica
- AVC ou AIT
- Cirurgia de grande porte
< 2: Liberar cirurgia
≥ 2: Avaliar capacidade funcional em METs
Como é avaliada a capacidade funcional de um paciente? Quantos METs são necessários no pré-operatório?
1 MET: cuidados próprios
4 METs: subir um lance de escadas
4-10 METs: limpar casa, arrastar móveis
> 10 METs: praticar esportes
Necessita ao menos 4 METs para liberar a realização da cirurgia
< 4 METs → Solicitar teste não invasivo
Classificação de ASA
ASA I: Sem doença
ASA II: Doença sem limitação (etilismo social; tabagismo; obesidade, com IMC ≥ 30; HAS ou DM controlada)
ASA III: Limita, mas não incapacita (IAM prévio; alcoolismo; IMC ≥ 40; HAS ou DM descompensada)
ASA IV: Incapacita (contraindica cirurgia, exceto emergência)
ASA V: Moribundo
ASA VI: Morte encefálica
Se emergência, adicionar sufixo -E
Cirurgias que indicam a suspensão prévia de AAS, mesmo em paciente coronariopata
Neurocirurgia e RTU de próstata
Suspender de 7-10 dias antes da cirurgia
Medicações que podem ser mantidas em paciente com programação cirúrgica. Em que momento deve ser feito o uso?
Psicotrópicos, Anticonvulsivantes
Levotiroxina
Medicações de inalação/nebulização
Insulina
Anti-hipertensivos e Antiarrítmicos
AAS (caso seja feito uso devido a risco cardiovascular. Se fizer uso por outra razão, como analgesia, deve ser suspenso 7-10 dias antes. Exceção: neurocirurgia ou RTU de próstata → suspender)
Tomar medicações com pequena quantidade de água ou líquidos claros, pelo menos 2 horas antes da cirurgia
Conduta diante de paciente que faz uso crônico de corticoide e será submetido a cirurgia
Aplicar dose de corticoide endovenosa durante cirurgia, para simular resposta metabólica ao trauma (hidrocortisona EV 50mg durante a indução anestésica e 25mg 8/8h durante 24-48h)
A suspensão pode levar a insuficiência adrenal
Conduta diante de paciente que faz uso de insulina e será submetido a cirurgia
Um dia antes da cirurgia, administrar ⅔ da dose noturna de NPH
No dia da cirurgia, enquanto estiver de jejum, aplicar metade da dose da insulina NPH
Durante cirurgia, manter infusão com SG 5% e monitorização de dextro frequentemente
Medicações que podem ser mantidas até 1 dia antes da cirurgia, quando devem ser suspensas
Antidiabéticos orais (gliptina, sulfonilureia) → Suspender no dia da cirurgia e retomar assim que dieta oral for liberada (metformina → 48 horas antes). Enquanto isso, pode ser feita a troa pela insulina.
Heparina não fracionada (suspender 4-6 horas antes)
Heparina de baixo peso molecular (12-24 horas antes)
Medicações que devem ser suspensas até pelo menos 48 horas antes de cirurgia
Novos anticoagulantes orais (apixabana, rivaroxabana)
Metformina (risco de acidose lática)
AINEs (aumentam risco cirúrgico)
Gingko Biloba (36 horas antes)
Medicações que devem ser suspensas pelo menos 5-7 dias antes de procedimento cirúrgico
Clopidogrel (se paciente de alto risco cardiovascular, em uso de dupla antiagregação, suspender clopidogrel 5-7 dias antes e manter AAS)
Cápsula de alho e Ginseng: 7 dias antes
Varfarina: suspender e fazer ponte com heparina. Operar quando INR ≤ 1,5. Após cirurgia, retomar varfarina e heparina em conjunto ew suspender a heparina quandop INR em níveis adequados (entre 2-3), indo de alta com varfarina
Cirurgias consideradas de moderado/alto risco tromboembólico. Como deve ser feita a profilaxia?
Ortopédicas (principalmente joelho e quadril)
Oncológicas
Bariátrica
Paciente com imobilização
História de trombofilias
Fazer profilaxia com heparina 2h antes da cirurgia (enoxa 40mg sc 1x/d)
Artroplastia de joelho, quadril e cirurgias oncológicas abdominais grandes deve-se manter enoxaparina ou novos anticoagulantes por 4-6 semanas
Cirurgias consideradas de baixo risco tromboembólico. Como deve ser feita a profilaxia?
Colecistectomia VL, Apendicectomia VL, Hernioplastia, Urológicos endoscópicos, Mastectomia e Plástica
Cirurgias simples que não necessitam de imobilização prolongada em doente sem fator de risco tromboembólico
Profilaxia: deambulação precoce
Principal tipo de bactéria envolvida em infecção de ferida operatória
Gram + (Pele) → S. aureus e S. coagulase negativo
Colorretal: Gram - e Anaeróbios
Principal antibiótico utilizado em antibioticoprofilaxia de cirurgias
Grande maioria: Cefalosporinas de 1ª geração (Cefazolina) → Gram +
Colorretal:
- Cipro/Ceft (G-) + Metronidazol (Anaeróbios)
- Clindamicina (Anaeróbios) + Gentamicina (G-)
Qual o momento de realizar a antibioticoprofilaxia de cirurgias? Deve ser feito até quando?
30 a 60 minutos antes da primeira incisão
Fazer até o término da cirurgia
Pode ser mantido até por 24 horas
HAS descompensada contraindica cirurgias? Qual valor pressórico que resulta nessa contraindicação? Qual deve ser a conduta?
Valor ideal de PA: < 140x90
Contraindica: ≥ 180x110 mmHg
Conduta: controle pressórico por 30 dias e cirurgia após
Conduta diante de paciente, em pré-operatório, que faz uso de varfarina
Suspender a medicação 5-7 dias antes e fazer ponte com heparina. Operar quando INR ≤ 1,5.
Após a cirurgia, retomar varfarina e heparina em conjunto e suspender a heparina quando INR em níveis adequados (entre 2-3), indo de alta com varfarina isoladamente
Complicação relacionada com uso de análogo de GLP-1 que indica sua suspensão em pré-operatório. Conduta diante de antidiabéticos em paciente com programação cirúrgica
Gastroparesia
Suspender diabetogênicos orais um dia antes da cirurgia. Fazer uso da dose noturna, antes do dia de ser operado, e só retomar após a cirurgia, quando for liberado do jejum
Metformina pode ser necessária a suspensão 48 horas antes
Caso seja necessário, fazer ponte com insulina, que será mantida inclusive no dia da cirurgia
Em que momento deve ser feita a tricotomia em paciente que será submetido a cirurgia?
No ato anestésico, antes da degermação, no momento mais próximo possível da incisão cirúrgica, utilizando tricótomo (não raspar com lâmina)
Se feito muito precocemente, tem risco de foliculite, o que aumenta a chance de infecção de sítio cirúrgico.
Conduta diante de paciente com infecções comunitárias que será submetido a cirurgia
Tratar primeiro as infecções antes de submetê-lo a cirurgia, podendo postergar a cirurgia para garantir primeiro a resolução da infecção
Protocolo de cirurgia segura. Como deve ser feitas as três etapas do check-list?
Sign In (Antes da indução, pelo anestesista):
- Checar identidade do paciente, procedimento cirúrgico e local do procedimento.
- Verificar se possua via aérea difícil (anestesista intuba), equipamentos anestésicos e medicações
Time Out (Antes da incisão, pelo cirurgião e equipe):
- Checar novamente identidade, procedimento cirúrgico e local do mesmo.
- Avaliar condições da cirurgia: tempo cirúrgico, antibioticoprofilaxia, risco de perda sanguínea > 500 ml, passos críticos da cirurgia e exames de imagem
Sign Out (Antes do paciente sair da sala, por toda a equipe):
- Verificar se houve alteração do procedimento, contagem de materiais, peças cirúrgicas, equipamentos e materiais com falhas e recomendações especiais para o paciente
Tempo médio de jejum pré-operatório para líquidos claros e água enriquecida com carboidratos e proteínas
Líquidos claros podem ser administrados até 2 horas antes do procedimento
Conduta diante de paciente que faz uso de anticoncepcional oral combinado e está em preparação operatória
Suspender uso de estrogênio cerca de 4 semanas antes da cirurgia, devido ao risco de evento tromboembólico
Qual a conduta diante de paciente que faz uso de valeriana, em preparação operatória?
Deve ser suspensa (sem consenso quanto ao tempo)
Aumenta o efeito sedativo dos anestésicos
Cirurgia limpa contaminada que não necessita de antibioticoprofilaxia
Colecistectomia Videolaparoscópica
Traqueostomia
Como deve ser feito o retorno da dieta após colecistectomia videolaparoscópica?
Na ausência de vômitos, retomar dieta líquida precocemente, entre 5 e 12 horas no pós operatório (sem necessidade de aguardar eliminação de flatos)
Pós-operatório de colecistectomia videolaparoscópica
Hidratação venosa < 30 ml/kg/dia, suspenda após 12 horas de pós-operatório
Sentar no leito no mesmo dia e estimular deambulação precoce
Dieta precoce (líquida, 5-12 horas após)
Classificação da endarterectomia de carótida de acordo com o risco cardiovascular
Paciente sintomático: risco intermediário (1-5%)
Paciente assintomático: risco baixo (< 1%)
Cirurgias não cardíacas consideradas de alto risco cardíaco (≥ 5%)
Vasculares: aorta e ramos; cirurgia arterial periférica
Pulmonares: pneumectomia ou transplante
Hepáticas: ressecção ou transplante; via biliar
Bexiga: Cistectomia total
TGI: duodenopancreatectomia, esofagectomia, reparo de perfuração intestinal
Grandes cirurgias de emergência e urgência
Cirurgias não cardíacas consideradas de baixo risco cardíaco (< 1%)
Procedimentos endoscópicos e ambulatoriais
Plástica, mama e oftalmológicas
Herniorrafia e urológicas de pequeno porte (RTU de próstata; tratamento de câncer de próstata ou ressecção radical é de médio risco)
Tireoide
Endarterectomia ou stent de carótida em paciente assintomático
Classificação de risco cardíaco das cirurgias intraperitoneais
Médio risco (1-5%)
Exceto duodenopancreatectomia: alto risco
Classificação de risco cardíaco de cirurgias ortopédicas
Médio risco (1-5%)
Classificação de risco cardíaco de cirurgias de cabeça e pescoço
Médio risco (1-5%)
Definição do sinal de Homans. Indicativo de que?
Dor na panturrilha após dorsiflexão passiva do pé
Indica TVP
Orientações quanto a repouso em paciente com TVP
Estimular deambulação precoce e movimentação de membros
Estase venosa aumenta o risco de novos episódios de TVP, por isso, contraindicar repouso absoluto
Risco de Trombose Venosa Profunda em paciente oncológico
Risco aumentado de TVP
Quimioterápicos estimulam estado de hipercoagulabilidade
Risco maior em paciente oncológico em uso de quimioterápicos do que sem o uso
Contraindicações absolutas a profilaxia de TVP em paciente em pré-operatório
Hipersensibilidade a heparina (trombocitopenia induzida pela medicação)
Sangramento ativo
Tempo ideal de jejum pré-operatório para cada tipo de alimento
Água e líquidos claros enriquecidos (água de coco): 2-6 horas
Leite materno: 4 horas
Fórmulas lácteas e outros líquidos, como leite de vaca ou outra fonte de carboidrato: 6 horas
Sólidos e Não Claros: 8 horas
Exceções: doença do refluxo grave, obstrução intestinal ou condições que retardem o esvaziamento gástrico (estenose hipertrófica de piloro ou gastroparesia)
Condições que demandam tempo aumentado de jejum pré-operatório, além do tempo normalmente indicado
Doença do refluxo grave
Obstrução intestinal
Condições que retardem o esvaziamento gástrico (estenose hipertrófica de piloro ou gastroparesia)
Como deve ser o preparo pré-operatório nutricional de paciente que encontra-se desnutrido e com disfagia
Antes da cirurgia, fazer nutrição por 10-14 dias para, só então, submeter a cirurgia
Quais cirurgias eletivas eram priorizadas no contexto da pandemia de COVID-19 e por que?
Cirurgias que demandariam tempo pequeno de internação (< 7 dias), para evitar chance de contaminação com COVID-19
Pela USP, solicitar ECG em avaliação pré-operatória se:
HAS; DM; Tabagismo; Obesidade mórbida; AVC prévio
Doença cardiovascular, respiratória ou renal; CA metastático
Cirurgia cardíaca, torácica, intracraniana, vascular, intrabdominal grande ou perda de sangue estimada > 2L
Índice Cardíaco Revisado de Lee. Quais os 6 parâmetros para avaliação e qual a conduta?
Operação intraperitoneal, intratorácica ou vascular suprainguinal
Doença Arterial Coronariana (Ondas Q no ECG, uso de nitrato, alteração em teste não invasivo ou sintomas de isquemia)
Insuficiência Cardíaca Congestiva (Clínica ou Rx de tórax com congestão pulmonar)
Doença Cerebrovascular
Diabetes em uso de insulinoterapia
Creatinina > 2
Se somente 1 fator de risco: Baixo risco (0,9%)
Se mais de 1, SEM angina ou ICC limitante: Médio Risco
Mais de 1, COM Angina ou ICC classe 3 ou 4: Alto Risco
Estratégias para prevenção de delirium. É indicada profilaxia medicamentosa?
Evitar desidratação e manter equilíbrio eletrolítico
Controle de analgesia, mantendo paciente sem dor
Manter paciente contactante e ciente das horas do dia
Não é indicada profilaxia medicamentosa
Cirurgias em que é indicada anticoagulação profilática após alta hospitalar, devido a alto risco tromboembólico (principalmente nos primeiros 28 dias)
Cirurgias ortopédicas com alto risco de TEP (artroplastia total de joelho ou quadril)
Grandes cirurgias oncológicas abdominais
Heparina de baixo peso molecular ou novos anticoagulantes orais por 4-6 semanas
Risco aumentado devido a limitação física importante, lesão do endotélio e liberação de fatores pró-coagulantes
Orientações operatórias em paciente em programação de cirurgia bariátrica
Bebida contendo líquidos claros enriquecidos com carboidratos e proteínas de absorção rápida 6 horas antes da cirurgia
Antibioticoprofilaxia com cefazolina 2g antes da cirurgia
Suspender hidratação endovenosa no primeiro dia de pós-operatório, se boa aceitação de dieta líquida
Analgesia sem opioide
Antiemético e procinético endovenoso de horário
Qual o principal benefício da classificação de ASA no pré-operatório
É um bom indicador de mortalidade perioperatória independente
Exames para avaliar função hepática de paciente em pré-operatório
Albumina e coagulograma
AST e ALT são marcadores de LESÃO hepática e não de função
Benefício da ingesta de líquidos enriquecidos com carboidratos 2 horas antes de cirurgia
Melhora a resposta contra-insulínica
Características da Raquianestesia (Efeito anestésico, local de administração e duração)
Bloqueio “dali para baixo”
Anestésico infiltrado direto no líquor, necessitando de menores quantidades
Duração: tempo da meia vida da medicação
Efeitos colaterais da Raquianestesia e contraindicação
Hipotensão (diminui resposta vasoconstrictora)
Aumento da pressão intracraniana
Cefaleia (extravasamento de líquor)
Contraindicação: instabilidade hemodinâmica, sepse, hipovolemia, lesão na pele no local do ato anestésico, ↑PIC, anticoagulação plena
Características da Anestesia Epidural (Local de aplicação, tipo de bloqueio, duração e quantidade de droga)
Administrada no espaço peridural (bloqueia somente o segmento da fibra que sai do neuroeixo naquela altura)
Bloqueio segmentar
Necessita de maior quantidade de medicação
Maior duração (pode deixar cateter no espaço peridural e administrar novas doses)
Efeito colateral da Anestesia Epidural e contraindicação
Hipotensão
Contraindicação: instabilidade hemodinâmica, hipovolemia, sepse, lesão na pele no local do ato anestésico
Classificação de Mallampati
Classe I: Pilares Amigdalianos
Classe II: Úvula inteira, até a ponta
Classe III: Palato Mole + Base da Úvula
Classe IV: Apenas o Palato Duro
Objetivo do bloqueio neurovegetativo na indução anestésica
Bloqueio neurovegetativo ou bloqueio simpático visa diminuir a resposta autônoma corporal à cirurgia, com hiperatividade simpática, taquicardia e hipertensão
Como é feito o bloqueio neurovegetativo durante indução anestésica? Quais as drogas utilizadas?
Pode ser feito com opióides EV ou com infiltração com anestésico local ANTES da primeira incisão
Vantagens do bloqueio local: menor uso de opioides durante a cirurgia, com recuperação pós-operatória mais rápida
Pacientes considerados como “Estômago Cheio” na avaliação cirúrgica. Quais as alterações na indução anestésica?
Gestantes (↑ PIA), Obstrução Intestinal, Não respeitaram jejum, Sem possibilidade de avaliar jejum/Cirurgia de Urgência/Trauma
Único sedativo com ação vasoconstrictora
Quetamina
Principal causa intraoperatória que leva à formação de seroma no pós-operatório
Grandes descolamentos de pele
Quanto mais tecido é descolado, maior a chance de lesão de vasos linfáticos e tecido gorduroso, com formação de seroma
Característica da ferida no pós-operatório em que há formação de seroma
Líquido → Amarelo Citrino
Volume → Pequena Quantidade
Ferida → Abaulada
Manobra de Pringle
Clampeamento temporário do ligamento hepatoduodenal (pedículo hepático), envolvendo as estruturas do hilo hepático (tríade portal: colédoco, artéria hepática e veia porta), para auxílio no manejo de sangramentos hepáticos. Acesso pelo forame de Winslow.
Interrompe o fluxo arterial hepático e venoso portal para o fígado.
Forame de Winslow. Onde se localiza? É utilizado em qual manobra?
Comunicação entre a cavidade peritoneal maior e a bolsa omental. Utilizado na manobra de Pringle.
Indicação de FAST na avaliação do politraumatizado
Instabilidade hemodinâmica!!!
No paciente estável, pode ser feita tomografia.
Indicado principalmente na suspeita de choque hemorrágico, sem ser possível definir a fonte do sangramento (como no trauma contuso).
Conduta preferencial em paciente com TC com lesão hepática leve/moderada com Blush ou extravasamento de contraste na fase arterial
Arteriografia + Embolização
Locais mais comuns de lesão no trauma penetrante por arma de fogo
Delgado - 50%
Cólon - 40%
Fígado - 30%
Vascular - 25%
Suspeita diante de paciente com dificuldade de controle pressórico, com HAS persistente e taquicardia, em paciente na UTI
Suspeitar de hiperatividade adrenérgica, com hiperatividade simpática -> Liberação excessiva de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina)
Pode apresentar hipocalemia associada (efeito β2)
Distúrbio hidroeletrolítico mais associado a Porfiria Intermitente Aguda e explicação para a ocorrência
Hiponatremia
Secreção inapropriada de ADH e retenção hídrica, com hiponatremia dilucional