Cirurgia Flashcards

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1
Q

Qual o tempo ideal de seguimento com USG para paciente com aneurisma de aorta, conforme o tamanho?

A

2,6-2,9 cm: A cada 5 anos
3,0-3,4 cm: A cada 3 anos
3,5-4,4 cm: A cada 12 meses (1 ano)
4,5-5,4 cm: A cada 6 meses
≥ 5,5 cm → Cirurgia Eletiva

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2
Q

Classificação do aneurisma de aorta quanto à localização em relação às artérias renais

A

Tipo I: Infrarrenais (Abaixo da saída das a. renais)

Tipo II: Justarrenais (Imediatamente após a emergência das renais)

Tipo III: Pararrenais (Englobam a emergência das a. renais)

Tipo IV: Toracoabdominais (Acima e abaixo da emergência das renais)

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3
Q

Classificação do aneurisma de aorta abdominal em relação à sua anatomia

A

Fusiformes: Mais comuns. Dilatação difusa.

Saculares: “Abscesso” → Indicação de cirurgia eletiva, por maior risco de ruptura

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4
Q

Principal etiologia dos aneurismas de aorta abdominal

A

Degenerativos (aterosclerose)

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5
Q

Critério diagnóstico para aneurisma de aorta abdominal

A

Dilatação > 50% do diâmetro original ou > 3 cm.

Se menor → Ectasia

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6
Q

Principal fator de risco para formação de aneurisma de aorta abdominal

A

Tabagismo (8:1)

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7
Q

5 Indicações de cirurgia no caso de aneurisma de aorta abdominal

A

Diâmetro ≥ 5,5 cm

Crescimento > 0,5 cm/6 meses ou 1 cm/ano

Formação sacular (Imprevisibilidade de ruptura)

Sintomático

Complicações: Infecção ou embolização periférica

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8
Q

Complicação mais comum no reparo aberto de aneurisma de aorta abdominal

A

Infarto Agudo do Miocárdio

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9
Q

Requisitos para Reparo Endovascular de Aneurisma de Aorta Abdominal

A

Anatomia favorável

Espaço na aorta livre de aneurisma para fixar a prótese

Proximal (Entre a aorta e as renais): ≥ 15 mm

Distal (Entre a aorta e as ilíacas): ≥ 20 mm

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10
Q

Principal causa de falha do tratamento endovascular de aneurisma de aorta abdominal. Qual a conduta?

A

Endoleak tipo II: Enchimento retrógrado (para artérias lombares ou mesentérica inferior)

Tratamento se dilatação → Embolização

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11
Q

Tipo de endoleak, que pode ocorrer na correção endovascular de aneurisma de aorta abdominal, que demanda tratamento imediato

A

Tipo I: Falha na vedação

IA: Proximal

IB: Distal

Tipo III: Falha em um dos componentes ou na vedação entre eles

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12
Q

Endoleak que pode ocorrer na correção endovascular de aneurisma de aorta abdominal, devido ao uso de anticoagulante

A

Tipo IV: Vazamento pelos poros da prótese

Tipo V: Dilatação na ausência de sangramento visível

Tratamento conservador. Resolve após fim da anticoagulação

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13
Q

Classificação da Doença Hemorroidária Interna e Tratamento

A

Tipo 1: Sem prolapso → Tratamento dietético
Tipo 2: Prolapso com redução ESPONTÂNEA → Ligadura Elástica
Tipo 3: Prolapso com redução MANUAL → Ligadura elástica ± Hemorroidectomia (Hemorroidectomia é mais efetivo)
Tipo 4: Prolapso IRREDUTÍVEL → Hemorroidectomia

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14
Q

Tipos de Cirurgia de Hemorroidectomia

A

Aberta: Milligan-Morgan (Mais realizada, com fechamento por segunda intenção)
Fechada: Ferguson

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15
Q

Tratamento de Trombose de Plexo Hemorroidário Externo

A

≤ 72 horas: Excisão!
> 72 horas: Banho de assento, para analgesia e reabsorção do trombo

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16
Q

Duas localizações mais comuns de Fissura Anal

A

1ª: Linha média posterior, próxima ao sacro
2ª: Linha média anterior

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17
Q

Tempo de duração para diferenciação entre fissura anal aguda ou crônica

A

6 semanas

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18
Q

Tratamento cirúrgico da fissura anal crônica

A

Se hipertonia em manometria retal: Esfincterotomia lateral interna, com secção de 30% das fibras do esfíncter anal INterno (não faz secção no externo)
Se NÃO houver hipertonia: fissurectomia + rotação de retalho de pele (minoria dos casos)

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19
Q

Tratamento dos Abscessos Anorretais

A

Drenagem IMEDIATA, independente da consistência + Antibioticoterapia

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20
Q

Exame de escolha para confirmação diagnóstica de abscessos anorretais

A

Ressonância Magnética, caso não seja possível diagnóstico clínico

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21
Q

4 Tipos de Abscessos Anorretais e qual o mais comum

A

Interesfincteriano
Perianal (mais comum)
Supraelevador (pelve)
Isquiorretal (nádega)

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22
Q

Glândula que, ao infeccionar, dá origem a abscesso anorretal

A

Glândula de Chiari

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23
Q

Etiologia das Fístulas Anorretais

A

Complicação da drenagem cirúrgica de abscessos anorretais

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24
Q

Tipos de fístulas anorretais

A

Simples: interesfincteriana (mais comum) e transesfincteriana
Complexas: Ferradura, supraesfincteriana e extraesfincteriana

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25
Q

Regra utilizada para prever o trajeto de fístulas anorretais

A

Regra de Goodsall-Salmon
Apenas fístulas simples!!!
Orifício externo ANTERIOR: retilíneo
Orifício externo POSTERIOR: curvilíneo (até a linha média)

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26
Q

Exame utilizado no diagnóstico de fístulas anorretais complexas

A

Ressonância magnética

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27
Q

Tratamento das fístulas anorretais

A

Simples: fistulotomia/fistulectomia
Complexas: Sedenho/plug anal

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28
Q

Tratamento de escolha para carcinoma epidermoide de canal anal

A

Esquema nigro: QT + RT exclusivas (cura 80% dos pacientes)
Se falha: Cirurgia de Miles (amputação abdominoperineal do reto)

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29
Q

Principais locais de metástase a distância do carcinoma epidermoide de canal anal

A

Pulmão e fígado

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30
Q

Exame de imagem de escolha para seguimento de aneurisma de aorta abdominal

A

Ultrassonografia
Não é ideal para avaliação de ruptura de aneurisma, pois não detecta 50% dos casos

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31
Q

Exame de imagem de escolha para diagnóstico de ruptura de aneurisma de aorta abdominal em paciente estável

A

Angio-TC

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32
Q

Dois principais fatores de risco para dissecção de aorta torácica

A

HAS (70%)
Aterosclerose (30%)

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33
Q

Classificação de Stanford

A

Classifica os tipos de dissecção de aorta torácica

A → Mais comum. Acomete a aorta ascendente
B → Acomete SOMENTE a aorta descendente

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34
Q

Classificação de De Bakey

A

Classifica a dissecção de aorta torácica

Tipo I → Aorta ascendente e se estende por toda a aorta
Tipo II → Somente a aorta ascendente

Tipo III → Somente a aorta descendente (abaixo da emergência da subclávia esquerda)
IIIA → Descendente, mas não ultrapassa o tronco celíaco (Aorta descendente torácica)
IIIB → Toda a aorta descendente (ultrapassa o tronco celíaco)

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35
Q

Método padrão ouro para diagnóstico de dissecção de aorta torácica. Qual seu ponto negativo?

A

Arteriografia
Muito invasivo!

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36
Q

Método ideal para diagnóstico de pacientes INSTÁVEIS com suspeita de dissecção de aorta

A

Ecodopplercardiograma Transesofágico
S: 98% / E: 90%

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37
Q

Método mais utilizado para diagnóstico de pacientes ESTÁVEIS com suspeita de dissecção de aorta

A

Angio-TC

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38
Q

Condutas iniciais diante de paciente com quadro de Dissecção de Aorta

A

Suporte em terapia intensiva + Analgesia (Opioide)
Controle FC (≤ 60) e PAS (≤ 120)
Betabloqueador de escolha: Labetalol IV
Vasodilatador de escolha: Nitroprussiato IV

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39
Q

Indicação de Cirurgia diante de Paciente com Dissecção de Aorta Torácica, somente da porção descendente

A

Instabilidade Hemodinâmica
Dor refratária
Propagação distal
Formação aneurismática
Isquemia de órgãos
Dissecção retrógrada (virou Stanford A)

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40
Q

Principal fator de risco para Doença Arterial Periférica

A

Aterosclerose

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41
Q

O que caracteriza Isquemia Crítica em paciente com Doença Arterial Periférica?

A

Dor em Repouso

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42
Q

Síndrome de Leriche. Definição e quadro clínico

A

Oclusão arterial bilateral ao nível do segmento aorto-ilíaco
Cursa com claudicação em panturrilha, coxa e nádegas, com história de impotência

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43
Q

Exame inicial em caso de suspeita de Doença Arterial Periférica. Como ele é realizado e quais as classificações, de acordo com os valores encontrados?

A

Índice Tornozelo Braquial (ITB)
PAS tornozelo/PAS braquial
Pressão do tornozelo geralmente é maior que a do braço.
Primeiro avaliar com doppler o vaso que permite a aferição da maior PAS

Normal: 1,1
Claudicação: 0,5-0,9
Isquemia Crítica: < 0,4

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44
Q

Marcador de prognóstico e gravidade na avaliação de paciente com Doença Arterial Periférica

A

Índice Tornozelo Braquial (ITB)
Quanto menor o índice, maior a gravidade e pior o prognóstico

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45
Q

Indicação de Intervenção em paciente com Doença Arterial Periférica

A

Sintomas refratários apesar de medidas conservadoras (Cilostazol)
Isquemia ameaçadora: isquemia crítica ou úlceras isquêmicas que não cicatrizam

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46
Q

Quais são os Hard Signs do Trauma Vascular? Qual a conduta diante de algum deles?

A

Sangramento pulsátil
Hematoma Expansivo
Sopro ou frêmito (Crepitação)
Evidência de isquemia na extremidade
6Ps: Palidez, Parestesia, Paralisia, Pain (Dor), Pulseless (Ausência de pulso), Poiquilotermia (Extremidade fria, que muda de temperatura de acordo com a temperatura do ambiente)
Conduta → Cirúrgica, sem necessidade de arteriografia diagnóstica antes

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47
Q

Classificação da Oclusão Arterial Aguda de Membros Inferiores e Tratamento

A

Tipo I: Membro VIÁVEL e SEM ameaça
Tipo IIA: Ameaça REVERSÍVEL com tratamento → Arteriografia ou Angio-TC + Trombólise
Tipo IIB: Ameaça REVERSÍVEL com tratamento IMEDIATO (certa rigidez ou parestesia) → Arteriotomia + Embolectomia
Tipo III: Lesão IRREVERSÍVEL (já apresenta rigidez) → Amputação

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48
Q

Classificação da estenose de carótida, pelo nível de obstrução

A

< 50%: Estenose Leve de Carótida
50-69%: Estenose Moderada de Carótida
70-99%: Estenose Grave de Carótida

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49
Q

Quantos compartimentos a perna possui e quais são eles?

A

4 compartimentos
Anterior, Lateral e Posterior, subdividido em Posterior Profundo e Posterior Superficial

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50
Q

Como devem ser as incisões para tratamento de paciente com Síndrome Compartimental na Perna?

A

Anterolateral e Posteriomedial

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51
Q

Classificação da estenose carotídea de acordo com a sintomatologia

A

Sintomas neurológicos compatíveis < 6 meses: Estenose Carotídea Sintomática
Sintomas há > 6 meses: Estenose Assintomática

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52
Q

Conduta diante de paciente com Estenose Carotídea Grave

A

Estenose Grave: 70-99% de obstrução
Se sintomático: Endarterectomia de Carótida
Se assintomático: Intervenção apenas se expectativa de vida > 3-5 anos

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53
Q

Sítio mais comum de punção e local em que se deve insuflar o balão na técnica de REBOA (Oclusão Ressuscitativa por balão endovascular da Aorta)

A

Punção através da dissecção da artéria femoral
O balão é insuflado abaixo da emergência das artérias esplâncnicas

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54
Q

Principal causa de óbito em pacientes com Doença Arterial Obstrutiva Crônica (DAOC)

A

Infarto Agudo do Miocárdio (Doença Aterosclerótica)

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55
Q

Como é a classificação clínica do CEAP, para doenças venosas?

A

C0 - Ausência de sinais ao exame físico (Pode apresentar sintomas, como claudicação)
C1 - Telangiectasias e veias reticulares
C2 - Veias varicosas
C3 - Varizes + Edema
C4 - Alteração de pele e subcutâneo (pigmentação, eczema, prurido)
C4A - Hiperpigmentação ou eczema
C4B - Lipodermatoesclerose ou atrofia branca
C5 - Úlcera cicatrizada
C6 - Úlcera ativa (aberta)

Classe S: Sintomático
Classe A: Assintomático

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56
Q

Qual a principal causa prevenível de amputação de membro traumatizado?

A

Falha em realizar fasciotomia após reperfusão de membro traumatizado

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57
Q

Complicação que pode ocorrer após reperfusão de membro traumatizado

A

Síndrome Compartimental por Reperfusão

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58
Q

Como é a classificação por etiologia da Insuficiência Venosa Crônica (IVC), pela classificação de CEAP?

A

Ec: Congênita
Ep: Primária (idiopática)
Es: Secundária (pós-trombótica/trauma)
En: Sem causa definida

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59
Q

O arco aórtico dá origem a quais vasos?

A

Tronco Braquiocefálico
Artéria Carótida Comum Esquerda
Artéria Subclávia Esquerda

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60
Q

Ramos do Tronco Celíaco

A

Artéria gástrica esquerda
Artéria hepática comum
Artéria esplênica

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61
Q

Ramos da Artéria Hepática Comum

A

Artéria Hepática Própria
Artéria Gástrica Direita
Artéria Gastroduodenal

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62
Q

O que é amaurose fugaz? Por que ela ocorre?

A

Perda transitória da visão
Ocorre pela oclusão da artéria oftálmica, que é o primeiro ramo da artéria carótida interna ipsilateral

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63
Q

Sinal clínico encontrado no exame físico específico para Dissecção de Aorta

A

Assimetria de Pulsos

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64
Q

Local mais comum de ocorrer dissecção de Aorta

A

Parede lateral direita da Aorta Ascendente

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65
Q

Classificação da Dissecção de Aorta em Aguda ou Crônica

A

Aguda: < 2 semanas
Crônica: > 2 semanas
1/3 dos pacientes são diagnosticados na fase crônica

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66
Q

Síndrome de Brown-Séquard

A

Hemissecção incompleta medular com alterações imediatas UNILATERAIS sensitivas e motoras, não bilaterais, do mesmo lado da lesão (ipsilateral)
Ocorre geralmente após trauma de medula

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67
Q

Qual a região da medula que é responsável pela sensibilidade vibratória e posicional?

A

Região posterior ou dorsal da medula (fascículos grácil e cuneiforme)

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68
Q

Qual a região da medula que é responsável pela sensibilidade térmica e dolorosa?

A

Feixe lateral da medula (Feixe espinotalâmico lateral)

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69
Q

Qual a região da medula por onde percorrem as fibras motoras?

A

Região anterior e lateral

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70
Q

Alterações no Raio X de Tórax que apontam para Dissecção de Aorta

A

Alargamento do mediastino (> 8 cm no adulto)
Desvio da traqueia para a direita e apagamento do botão aórtico

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71
Q

Quais os dois exames iniciais que devem ser solicitados em paciente com dor torácica?

A

Raio X de Tórax (Dissecção de Aorta)
Eletrocardiograma (SCA)

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72
Q

A Insuficiência Venosa Crônica acomete, principalmente, qual tipo de veias? Qual a principal veia acometida?

A

Acomete principalmente o sistema superficial de veias
Principalmente a veia safena magna

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73
Q

Manobra de Mattox

A

Libera o cólon esquerdo da linha branca de Told até a flexura esplênica, com rotação medial da estrutura, para acessar as estruturas da zona 1 do retroperitôneo (toda a aorta abdominal desde o hiato aórtico + vascularização da veia cava).

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74
Q

Manobra de Cattel-Braasch. Em que consiste e a quais estruturas permite acesso?

A

Descolamento do cólon direito, do ducto biliar comum até o ângulo de Treitz, com rotação medial do cólon, expondo a parte infra-mesocólica do retroperitôneo

Permite acesso à veia cava inferior, aorta infrarrenal, artérias e veias renais bilaterais, vasos ilíacos bilaterais

Pode ser associada à manobra de Kocher, com rotação medial do duodeno

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75
Q

Manobra de Kocher

A

Acesso medial ao retroperitônio pela rotação da face externa do duodeno. Permite acessar a veia cava inferior, terceira e quarta porção do duodeno, cabeça do pâncreas, vasos mesentéricos superiores e vasos renais bilaterais.

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76
Q

Valor normal da pressão intraabdominal

A

5 a 7 mmHg

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77
Q

Definição de Hipertensão Intraabdominal

A

PIA ≥ 12 mmHg (16 cm H2O)

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78
Q

Definição de Síndrome Compartimental Abdominal

A

PIA > 20 mmHg (27 cm H2O) + disfunção de um ou mais órgãos OU PAM - PIA < 60 mmHg

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79
Q

Graus de Hipertensão Intraabdominal

A

Grau I: 12-15 mmHg
Grau II: 16-20 mmHg
Grau III: 21-25 mmHg (Sd Compartimental Abdominal)
Grau IV: > 25 mmHg

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80
Q

Locais mais comuns de lesão no trauma contuso

A

Fígado - 50%
Baço - 40%
Delgado - 10% (Sinal do Cinto de Segurança)

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81
Q

Locais mais comuns de lesão no trauma penetrante por arma branca

A

Fígado - 40%
Delgado - 30%
Diafragma - 20%
Cólon - 15%

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82
Q

Sistemas de classificação da Diverticulite Aguda

A

Classificação de Hinchey e Classificação de Kaiser

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83
Q

Classificação de Hinchey

A
0- Leve (Sem complicação)
I- Abscesso pericólico ou mesentérico
Ia- Flegmão
Ib- Abscesso pericólico
II- Abscesso pélvico
III- Peritonite purulenta
IV- Peritonite fecal
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84
Q

Principal causa de apendicite aguda

A

Obstrução luminal por fecalito

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85
Q

Principal causa de apendicite aguda na criança

A

Hiperplasia linfoide (segundo alguns autores). Obstrução por fecalito é a principal causa como um todo.

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86
Q

Sintoma mais precoce da apendicite aguda

A

Hipo/anorexia

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87
Q

Estruturas derivadas do intestino anterior

A

Faringe, esôfago, estômago, duodeno (até desembocadura do colédoco), pâncreas, fígado e vesícula biliar

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88
Q

Estruturas derivadas do intestino médio

A

Porção final do duodeno, após desembocadura do colédoco, jejuno, íleo, ceco, apêndice vermiforme, cólon ascendente, 3/4 do transverso

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89
Q

Estruturas derivadas do intestino posterior

A

1/4 final do cólon transverso, descendente, sigmoide, reto e parte superior do canal anal

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90
Q

Sinal de Kehr

A

Dor infraescapular em ombro esquerdo, por hemorragia peritoneal com irritação do nervo frênico, indicativo de ruptura de baço

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91
Q

Sinal de Laffont

A

Dor no ombro direito por irritação peritoneal que irrita o nervo frênico (hemorragial retroperitoneal)

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92
Q

Classificação de Kaiser

A

Grau 0: Espessamento
Grau Ia: Densificação de Gordura
Grau Ib: Abscesso pericólico
Grau II: Abscesso pélvico
Grau III e IV: Gás + Coleções, Espessamento Peritônio.
Grau IV tem pneumoperitôneo maior que grau III.

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93
Q

Ramos da artéria mesentérica inferior

A

Artéria cólica esquerda, sigmoideanas e retal superior

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94
Q

Ramos da artéria mesentérica superior

A

Artéria cólica média, cólica direita, ileocólica e apendicular

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95
Q

Duas principais urgências cirúrgicas NÃO obstétricas na mulher grávida

A

1ª: Apendicite aguda.
2ª: Colecistite aguda.

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96
Q

O que se espera do leucograma de um paciente após ser submetido a um procedimento cirúrgico?

A

Leucocitose, com neutrofilia, nos primeiros três dias, com posterior normalização dos leucócitos e neutropenia após o 3º PO

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97
Q

Como é a resposta hormonal após situação de trauma?

A

Classicamente, há uma resposta contra-insulínica, com redução da insulina e elevação de hormônios contra-insulínicos, como glucagon, GH e cortisol
O estado de pró-catabolismo leva a aumento da secreção de catecolaminas (Adrenalina e noradrenalina), ACTH, ADH, prolactina e endorfinas

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98
Q

Dois principais fatores de risco para doença ulcerosa péptica

A

Infecção por H. pylori e uso de AINEs

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99
Q

Suspeita diante de paciente com início de quadro de Diabetes Mellitus após os 50 anos, sem motivo aparente

A

Câncer de pâncreas
Solicitar TC de abdome

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100
Q

Pode ser uma das manifestações iniciais do câncer de pâncreas

A

Diabetes Mellitus, mesmo que não haja franca insuficiência pancreática exócrina

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101
Q

Distúrbio hidroeletrolítico esperado em paciente com obstrução antro-pilórica

A

Alcalose Metabólica Hipoclorêmica Hipocalêmica
Os vômitos de repetição levam a perda de suco gástrico, com alcalose hipoclorêmica. O potássio acaba sendo perdido pela urina, para permitir uma maior reabsorção de sódio de água

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102
Q

Principal complicação de apendicectomia e conduta

A

Infecção de sítio cirúrgico
Tratamento inicial: abertura da ferida e lavagem

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103
Q

Em que momento da vida embriológica ocorre a divisão do intestino primitivo em anterior, médio e posterior?

A

Na 4ª semana de vida embriológica

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104
Q

Principais locais de acometimento do câncer colorretal

A

Sigmoide e reto

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105
Q

Indicações de reoperação, em paciente em pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca

A

Débito do dreno maior que:
> 500 ml na 1ª hora
> 800 ml nas primeiras 2 horas
> 900 ml nas primeiras 3 horas
> 1.000 ml nas primeiras 4 horas
> 1.200 ml nas primeiras 5 horas
Ou evidência de sangramento maciço ou
tamponamento cardíaco

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106
Q

Duas principais causas de sangramento após cirurgia cardíaca

A

Distúrbios da hemostasia e hemostasia cirúrgica inadequada

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107
Q

Como se apresentam, no Doppler, os segmentos arteriais ocluídos em paciente com Doença Arterial Periférica?

A

Antes da obstrução: fluxo trifásico
Após o local de obstrução: fluxo monofásico de baixa amplitude

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108
Q

Quais os sistemas de classificação da Doença Arterial Oclusiva Periférica?

A

Classificação de Fontaine e de Rutherford

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109
Q

Classificação de Fontaine

A

Utilizada para avaliar Doença Arterial Oclusiva Periférica

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110
Q

Classificação de Rutherford

A

Utilizada para avaliar Doença Arterial Oclusiva Periférica

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111
Q

Achados encontrados em feto com atresia de uretra ou de válvula de uretra posterior

A

Grave hidronefrose bilateral e oligodramnia (o líquido amniótico é formado em grande parte pela urina fetal)

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112
Q

Sinais vitais que se alteram mais precocemente em choque hipovolêmico hemorrágico

A

Frequência cardíaca e frequência respiratória

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113
Q

Indicações de intervenção cirúrgica em paciente com nefrolitíase

A

Rim único com obstrução pelo cálculo
Pielonefrite não drenada
Cálculos coraliformes
Dor intratável clinicamente

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114
Q

Tratamento conservador para paciente com cálculo renal de ácido úrico

A

Alcalinização da urina visando dissolver o cálculo

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115
Q

Na análise da cavidade abdominal, o lavado peritoneal é útil no diagnóstico de lesões de qual região? Qual região ele não consegue avaliar?

A

Útil para avaliar lesões de vísceras intra-abdominais
Não avalia de forma confiável região retroperitoneal

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116
Q

Qual a principal e mais temida complicação da traqueostomia?

A

Hemorragia maciça, por lesão da artéria inominada (tronco braquiocefálico)

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117
Q

Quais os ramos do tronco braquiocefálico?

A

Se divide na artéria subclávia direita e carótida comum direita

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118
Q

Principal agente etiológico da gangrena gasosa

A

Clostridium perfringens

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119
Q

Indicações de drenagem de pseudocisto pancreático

A

Aumento de diâmetro
Pacientes sintomáticos, geralmente com tamanhos maiores que 6 cm
Complicações, como ruptura, hemorragia e abscesso infectado

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120
Q

Principais segmentos intestinais lesados pela retocolite ulcerativa

A

Reto e sigmoide

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121
Q

Fatores presentes no paciente obeso que constituem fatores de risco para doença do refluxo gastroesofágico

A

Aumento da pressão intraabdominal
Hipotonia do esfincter esofagiano inferior
Episódios mais frequentes de relaxamento do esfincter esofagiano inferior

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122
Q

Técnica cirúrgica de escolha para tratamento de refluxo gastroesofágico no paciente com obesidade

A

By-pass gástrico

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123
Q

Tratamento cirúrgico do megaesôfago avançado ou dolicomegaesôfago (grau IV)

A

Esofagectomia trans-hiatal com transposição gástrica (abordagem via cervico-abdominal)

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124
Q

Como é feito o diagnóstico do carcinoma hepatocelular (CHC)?

A

Tumor hepático ≥ 2 cm em dois exames de imagem com técnicas diferentes (Ex.: TC e USG)
OU
Tumor ≥ 2 cm em 1 exame de imagem + Alfafetoproteína ≥ 400 ng/ml

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125
Q

Tratamento do carcinoma hepatocelular (CHC)

A

Lesão única + Função hepática boa (ausência de hipertensão porta + Child A) → Ressecção cirúrgica (Hepatectomia parcial)
Lesão única < 5 cm ou até 3 lesões < 3 cm (Critérios de Milão) → Transplante hepático
Se somente uma lesão > 3 cm → Quimioembolização da lesão. Se redução para < 3 cm → Transplante hepático
Lesão irressecável → Ablação local, quimio/radioembolização, terapia alvo com Sorafenib…

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126
Q

Músculos envolvidos nas hérnias lombares superiores e inferiores

A

Hérnia do triângulo lombar superior (Grynfelt): músculo oblíquo INTERNO e músculo denteado (paraespinhais).

Hérnia do triângulo lombar inferior (Petit): músculo oblíquo EXTERNO e músculo grande dorsal.

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127
Q

Hérnia Lombar mais comum e onde ela se anuncia

A

Hérnia do triângulo lombar superior (Grynfelt), se anuncia abaixo da borda inferior da 12ª costela

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128
Q

Contraindicações para Cirurgia Torácica

A

IAM há 3 meses, PaCO2 em repouso > 45 mmHg

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129
Q

Parâmetros mínimos exigidos no pré-operatório para Lobectomia e para Pneumectomia

A

Pneumectomia: VEF1 > 2L e DLCO > 60%

Lobectomia: VEF > 1,5L e DLCO > 50%

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130
Q

Exames pré-operatórios de paciente com DPOC que será submetido a cirurgia torácica

A

Gasometria arterial, Espirometria, capacidade de difusão do monóxido de carbono (DLCO)

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131
Q

Parâmetros a serem avaliados no pré-operatório cirúrgico para avaliar necessidade de exames complementares

A

Idade, Comorbidades e Tipo de Cirurgia

Sabiston 21ª Edição não considera a idade

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132
Q

Exames pré-operatórios necessários de acordo com a idade, conforme o Sabison 20ª Edição

A

< 45 anos: NADA

45-54 anos: ECG (H)

55-70: ECG + Hemograma (H e M)

> 70 anos: ECG + Hemograma + Ur/Cr + Eletrólitos + Glicemia

Mulheres em idade fértil: β-hCG urinário na manhã da cirurgia (em algumas referências, solicitação deve ser feita somente se atraso menstrual)

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133
Q

Exames pré-operatórios necessários de acordo com a idade, conforme diretrizes da USP-SP

A

< 40 anos: NADA!

40-49 anos: ECG + Hemograma (H)

50-64 anos: ECG + Hemograma (H e M)

≥ 65 anos: ECG + Hemograma + Ur/Cr + Eletrólitos + Glicemia + Rx de Tórax

Mulheres em idade fértil: teste de gravidez

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134
Q

Exames pré-operatórios, de acordo com comorbidades do paciente

A

HAS controlada e tabagismo: ECG, eletrólitos e função renal

DM: Glicemia

DRC: Ur/Cr

Hepatopata: Perfil Hepático (Albumina e coagulograma)

Paciente cirróticos → Avaliar MELD!!! Valores < 10 estão relacionados com menos complicações

Tabagista com alta carga tabágica: avaliar solicitar Rx de tórax. Hoje em dia não se indica Rx de tórax apenas pelo tabagismo

Pela USP, solicitar ECG se: HAS; DM; Tabagismo; Obesidade mórbida; Doença cardiovascular, respiratória ou renal

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135
Q

Indicações de coagulograma em exames pré-operatórios

A

Cirurgias com risco de sangramento > 2 litros

Cirurgias cujo sangramento, menos que pequeno, pode levar a graves consequências, como neurocirurgias

Procedimentos vasculares grandes, como cirurgias aórticas

Comprometimento hepático importante; icterícia 4+/4+ (sem liberação de bile no TGI, há deficiência na absorção de vitamina K e distúrbio na coagulação)

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136
Q

6 Itens avaliados pelo Índice de Risco Cardíaco Revisado (IRCR) e conduta

A
  1. Insuficiência cardíaca
  2. Coronariopata
  3. DM insulinodependente
  4. Doença Renal Crônica
  5. AVC ou AIT
  6. Cirurgia de grande porte

< 2: Liberar cirurgia

≥ 2: Avaliar capacidade funcional em METs

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137
Q

Como é avaliada a capacidade funcional de um paciente? Quantos METs são necessários no pré-operatório?

A

1 MET: cuidados próprios

4 METs: subir um lance de escadas

4-10 METs: limpar casa, arrastar móveis

> 10 METs: praticar esportes

Necessita ao menos 4 METs para liberar a realização da cirurgia

< 4 METs → Solicitar teste não invasivo

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138
Q

Classificação de ASA

A

ASA I: Sem doença

ASA II: Doença sem limitação (etilismo social; tabagismo; obesidade, com IMC ≥ 30; HAS ou DM controlada)

ASA III: Limita, mas não incapacita (IAM prévio; alcoolismo; IMC ≥ 40; HAS ou DM descompensada)

ASA IV: Incapacita (contraindica cirurgia, exceto emergência)

ASA V: Moribundo

ASA VI: Morte encefálica

Se emergência, adicionar sufixo -E

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139
Q

Cirurgias que indicam a suspensão prévia de AAS, mesmo em paciente coronariopata

A

Neurocirurgia e RTU de próstata

Suspender de 7-10 dias antes da cirurgia

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140
Q

Medicações que podem ser mantidas em paciente com programação cirúrgica. Em que momento deve ser feito o uso?

A

Psicotrópicos, Anticonvulsivantes

Levotiroxina

Medicações de inalação/nebulização

Insulina

Anti-hipertensivos e Antiarrítmicos

AAS (caso seja feito uso devido a risco cardiovascular. Se fizer uso por outra razão, como analgesia, deve ser suspenso 7-10 dias antes. Exceção: neurocirurgia ou RTU de próstata → suspender)

Tomar medicações com pequena quantidade de água ou líquidos claros, pelo menos 2 horas antes da cirurgia

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141
Q

Conduta diante de paciente que faz uso crônico de corticoide e será submetido a cirurgia

A

Aplicar dose de corticoide endovenosa durante cirurgia, para simular resposta metabólica ao trauma (hidrocortisona EV 50mg durante a indução anestésica e 25mg 8/8h durante 24-48h)

A suspensão pode levar a insuficiência adrenal

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142
Q

Conduta diante de paciente que faz uso de insulina e será submetido a cirurgia

A

Um dia antes da cirurgia, administrar ⅔ da dose noturna de NPH

No dia da cirurgia, enquanto estiver de jejum, aplicar metade da dose da insulina NPH

Durante cirurgia, manter infusão com SG 5% e monitorização de dextro frequentemente

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143
Q

Medicações que podem ser mantidas até 1 dia antes da cirurgia, quando devem ser suspensas

A

Antidiabéticos orais (gliptina, sulfonilureia) → Suspender no dia da cirurgia e retomar assim que dieta oral for liberada (metformina → 48 horas antes). Enquanto isso, pode ser feita a troa pela insulina.

Heparina não fracionada (suspender 4-6 horas antes)

Heparina de baixo peso molecular (12-24 horas antes)

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144
Q

Medicações que devem ser suspensas até pelo menos 48 horas antes de cirurgia

A

Novos anticoagulantes orais (apixabana, rivaroxabana)

Metformina (risco de acidose lática)

AINEs (aumentam risco cirúrgico)

Gingko Biloba (36 horas antes)

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145
Q

Medicações que devem ser suspensas pelo menos 5-7 dias antes de procedimento cirúrgico

A

Clopidogrel (se paciente de alto risco cardiovascular, em uso de dupla antiagregação, suspender clopidogrel 5-7 dias antes e manter AAS)

Cápsula de alho e Ginseng: 7 dias antes

Varfarina: suspender e fazer ponte com heparina. Operar quando INR ≤ 1,5. Após cirurgia, retomar varfarina e heparina em conjunto ew suspender a heparina quandop INR em níveis adequados (entre 2-3), indo de alta com varfarina

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146
Q

Cirurgias consideradas de moderado/alto risco tromboembólico. Como deve ser feita a profilaxia?

A

Ortopédicas (principalmente joelho e quadril)

Oncológicas

Bariátrica

Paciente com imobilização

História de trombofilias

Fazer profilaxia com heparina 2h antes da cirurgia (enoxa 40mg sc 1x/d)

Artroplastia de joelho, quadril e cirurgias oncológicas abdominais grandes deve-se manter enoxaparina ou novos anticoagulantes por 4-6 semanas

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147
Q

Cirurgias consideradas de baixo risco tromboembólico. Como deve ser feita a profilaxia?

A

Colecistectomia VL, Apendicectomia VL, Hernioplastia, Urológicos endoscópicos, Mastectomia e Plástica

Cirurgias simples que não necessitam de imobilização prolongada em doente sem fator de risco tromboembólico

Profilaxia: deambulação precoce

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148
Q

Principal tipo de bactéria envolvida em infecção de ferida operatória

A

Gram + (Pele) → S. aureus e S. coagulase negativo

Colorretal: Gram - e Anaeróbios

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149
Q

Principal antibiótico utilizado em antibioticoprofilaxia de cirurgias

A

Grande maioria: Cefalosporinas de 1ª geração (Cefazolina) → Gram +

Colorretal:

  • Cipro/Ceft (G-) + Metronidazol (Anaeróbios)
  • Clindamicina (Anaeróbios) + Gentamicina (G-)
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150
Q

Qual o momento de realizar a antibioticoprofilaxia de cirurgias? Deve ser feito até quando?

A

30 a 60 minutos antes da primeira incisão

Fazer até o término da cirurgia

Pode ser mantido até por 24 horas

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151
Q

HAS descompensada contraindica cirurgias? Qual valor pressórico que resulta nessa contraindicação? Qual deve ser a conduta?

A

Valor ideal de PA: < 140x90

Contraindica: ≥ 180x110 mmHg

Conduta: controle pressórico por 30 dias e cirurgia após

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152
Q

Conduta diante de paciente, em pré-operatório, que faz uso de varfarina

A

Suspender a medicação 5-7 dias antes e fazer ponte com heparina. Operar quando INR ≤ 1,5.

Após a cirurgia, retomar varfarina e heparina em conjunto e suspender a heparina quando INR em níveis adequados (entre 2-3), indo de alta com varfarina isoladamente

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153
Q

Complicação relacionada com uso de análogo de GLP-1 que indica sua suspensão em pré-operatório. Conduta diante de antidiabéticos em paciente com programação cirúrgica

A

Gastroparesia

Suspender diabetogênicos orais um dia antes da cirurgia. Fazer uso da dose noturna, antes do dia de ser operado, e só retomar após a cirurgia, quando for liberado do jejum

Metformina pode ser necessária a suspensão 48 horas antes

Caso seja necessário, fazer ponte com insulina, que será mantida inclusive no dia da cirurgia

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154
Q

Em que momento deve ser feita a tricotomia em paciente que será submetido a cirurgia?

A

No ato anestésico, antes da degermação, no momento mais próximo possível da incisão cirúrgica, utilizando tricótomo (não raspar com lâmina)

Se feito muito precocemente, tem risco de foliculite, o que aumenta a chance de infecção de sítio cirúrgico.

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155
Q

Conduta diante de paciente com infecções comunitárias que será submetido a cirurgia

A

Tratar primeiro as infecções antes de submetê-lo a cirurgia, podendo postergar a cirurgia para garantir primeiro a resolução da infecção

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156
Q

Protocolo de cirurgia segura. Como deve ser feitas as três etapas do check-list?

A

Sign In (Antes da indução, pelo anestesista):

  • Checar identidade do paciente, procedimento cirúrgico e local do procedimento.
  • Verificar se possua via aérea difícil (anestesista intuba), equipamentos anestésicos e medicações

Time Out (Antes da incisão, pelo cirurgião e equipe):

  • Checar novamente identidade, procedimento cirúrgico e local do mesmo.
  • Avaliar condições da cirurgia: tempo cirúrgico, antibioticoprofilaxia, risco de perda sanguínea > 500 ml, passos críticos da cirurgia e exames de imagem

Sign Out (Antes do paciente sair da sala, por toda a equipe):

  • Verificar se houve alteração do procedimento, contagem de materiais, peças cirúrgicas, equipamentos e materiais com falhas e recomendações especiais para o paciente
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157
Q

Tempo médio de jejum pré-operatório para líquidos claros e água enriquecida com carboidratos e proteínas

A

Líquidos claros podem ser administrados até 2 horas antes do procedimento

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158
Q

Conduta diante de paciente que faz uso de anticoncepcional oral combinado e está em preparação operatória

A

Suspender uso de estrogênio cerca de 4 semanas antes da cirurgia, devido ao risco de evento tromboembólico

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159
Q

Qual a conduta diante de paciente que faz uso de valeriana, em preparação operatória?

A

Deve ser suspensa (sem consenso quanto ao tempo)

Aumenta o efeito sedativo dos anestésicos

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160
Q

Cirurgia limpa contaminada que não necessita de antibioticoprofilaxia

A

Colecistectomia Videolaparoscópica

Traqueostomia

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161
Q

Como deve ser feito o retorno da dieta após colecistectomia videolaparoscópica?

A

Na ausência de vômitos, retomar dieta líquida precocemente, entre 5 e 12 horas no pós operatório (sem necessidade de aguardar eliminação de flatos)

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162
Q

Pós-operatório de colecistectomia videolaparoscópica

A

Hidratação venosa < 30 ml/kg/dia, suspenda após 12 horas de pós-operatório

Sentar no leito no mesmo dia e estimular deambulação precoce

Dieta precoce (líquida, 5-12 horas após)

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163
Q

Classificação da endarterectomia de carótida de acordo com o risco cardiovascular

A

Paciente sintomático: risco intermediário (1-5%)

Paciente assintomático: risco baixo (< 1%)

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164
Q

Cirurgias não cardíacas consideradas de alto risco cardíaco (≥ 5%)

A

Vasculares: aorta e ramos; cirurgia arterial periférica

Pulmonares: pneumectomia ou transplante

Hepáticas: ressecção ou transplante; via biliar

Bexiga: Cistectomia total

TGI: duodenopancreatectomia, esofagectomia, reparo de perfuração intestinal

Grandes cirurgias de emergência e urgência

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165
Q

Cirurgias não cardíacas consideradas de baixo risco cardíaco (< 1%)

A

Procedimentos endoscópicos e ambulatoriais

Plástica, mama e oftalmológicas

Herniorrafia e urológicas de pequeno porte (RTU de próstata; tratamento de câncer de próstata ou ressecção radical é de médio risco)

Tireoide

Endarterectomia ou stent de carótida em paciente assintomático

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166
Q

Classificação de risco cardíaco das cirurgias intraperitoneais

A

Médio risco (1-5%)

Exceto duodenopancreatectomia: alto risco

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167
Q

Classificação de risco cardíaco de cirurgias ortopédicas

A

Médio risco (1-5%)

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168
Q

Classificação de risco cardíaco de cirurgias de cabeça e pescoço

A

Médio risco (1-5%)

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169
Q

Definição do sinal de Homans. Indicativo de que?

A

Dor na panturrilha após dorsiflexão passiva do pé

Indica TVP

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170
Q

Orientações quanto a repouso em paciente com TVP

A

Estimular deambulação precoce e movimentação de membros

Estase venosa aumenta o risco de novos episódios de TVP, por isso, contraindicar repouso absoluto

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171
Q

Risco de Trombose Venosa Profunda em paciente oncológico

A

Risco aumentado de TVP

Quimioterápicos estimulam estado de hipercoagulabilidade

Risco maior em paciente oncológico em uso de quimioterápicos do que sem o uso

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172
Q

Contraindicações absolutas a profilaxia de TVP em paciente em pré-operatório

A

Hipersensibilidade a heparina (trombocitopenia induzida pela medicação)

Sangramento ativo

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173
Q

Tempo ideal de jejum pré-operatório para cada tipo de alimento

A

Água e líquidos claros enriquecidos (água de coco): 2-6 horas

Leite materno: 4 horas

Fórmulas lácteas e outros líquidos, como leite de vaca ou outra fonte de carboidrato: 6 horas

Sólidos e Não Claros: 8 horas

Exceções: doença do refluxo grave, obstrução intestinal ou condições que retardem o esvaziamento gástrico (estenose hipertrófica de piloro ou gastroparesia)

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174
Q

Condições que demandam tempo aumentado de jejum pré-operatório, além do tempo normalmente indicado

A

Doença do refluxo grave

Obstrução intestinal

Condições que retardem o esvaziamento gástrico (estenose hipertrófica de piloro ou gastroparesia)

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175
Q

Como deve ser o preparo pré-operatório nutricional de paciente que encontra-se desnutrido e com disfagia

A

Antes da cirurgia, fazer nutrição por 10-14 dias para, só então, submeter a cirurgia

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176
Q

Quais cirurgias eletivas eram priorizadas no contexto da pandemia de COVID-19 e por que?

A

Cirurgias que demandariam tempo pequeno de internação (< 7 dias), para evitar chance de contaminação com COVID-19

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177
Q

Pela USP, solicitar ECG em avaliação pré-operatória se:

A

HAS; DM; Tabagismo; Obesidade mórbida; AVC prévio

Doença cardiovascular, respiratória ou renal; CA metastático

Cirurgia cardíaca, torácica, intracraniana, vascular, intrabdominal grande ou perda de sangue estimada > 2L

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178
Q

Índice Cardíaco Revisado de Lee. Quais os 6 parâmetros para avaliação e qual a conduta?

A

Operação intraperitoneal, intratorácica ou vascular suprainguinal

Doença Arterial Coronariana (Ondas Q no ECG, uso de nitrato, alteração em teste não invasivo ou sintomas de isquemia)

Insuficiência Cardíaca Congestiva (Clínica ou Rx de tórax com congestão pulmonar)

Doença Cerebrovascular

Diabetes em uso de insulinoterapia

Creatinina > 2

Se somente 1 fator de risco: Baixo risco (0,9%)

Se mais de 1, SEM angina ou ICC limitante: Médio Risco

Mais de 1, COM Angina ou ICC classe 3 ou 4: Alto Risco

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179
Q

Estratégias para prevenção de delirium. É indicada profilaxia medicamentosa?

A

Evitar desidratação e manter equilíbrio eletrolítico

Controle de analgesia, mantendo paciente sem dor

Manter paciente contactante e ciente das horas do dia

Não é indicada profilaxia medicamentosa

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180
Q

Cirurgias em que é indicada anticoagulação profilática após alta hospitalar, devido a alto risco tromboembólico (principalmente nos primeiros 28 dias)

A

Cirurgias ortopédicas com alto risco de TEP (artroplastia total de joelho ou quadril)

Grandes cirurgias oncológicas abdominais

Heparina de baixo peso molecular ou novos anticoagulantes orais por 4-6 semanas

Risco aumentado devido a limitação física importante, lesão do endotélio e liberação de fatores pró-coagulantes

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181
Q

Orientações operatórias em paciente em programação de cirurgia bariátrica

A

Bebida contendo líquidos claros enriquecidos com carboidratos e proteínas de absorção rápida 6 horas antes da cirurgia

Antibioticoprofilaxia com cefazolina 2g antes da cirurgia

Suspender hidratação endovenosa no primeiro dia de pós-operatório, se boa aceitação de dieta líquida

Analgesia sem opioide

Antiemético e procinético endovenoso de horário

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182
Q

Qual o principal benefício da classificação de ASA no pré-operatório

A

É um bom indicador de mortalidade perioperatória independente

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183
Q

Exames para avaliar função hepática de paciente em pré-operatório

A

Albumina e coagulograma

AST e ALT são marcadores de LESÃO hepática e não de função

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184
Q

Benefício da ingesta de líquidos enriquecidos com carboidratos 2 horas antes de cirurgia

A

Melhora a resposta contra-insulínica

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185
Q

Características da Raquianestesia (Efeito anestésico, local de administração e duração)

A

Bloqueio “dali para baixo”

Anestésico infiltrado direto no líquor, necessitando de menores quantidades

Duração: tempo da meia vida da medicação

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186
Q

Efeitos colaterais da Raquianestesia e contraindicação

A

Hipotensão (diminui resposta vasoconstrictora)

Aumento da pressão intracraniana

Cefaleia (extravasamento de líquor)

Contraindicação: instabilidade hemodinâmica, sepse, hipovolemia, lesão na pele no local do ato anestésico, ↑PIC, anticoagulação plena

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187
Q

Características da Anestesia Epidural (Local de aplicação, tipo de bloqueio, duração e quantidade de droga)

A

Administrada no espaço peridural (bloqueia somente o segmento da fibra que sai do neuroeixo naquela altura)

Bloqueio segmentar

Necessita de maior quantidade de medicação

Maior duração (pode deixar cateter no espaço peridural e administrar novas doses)

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188
Q

Efeito colateral da Anestesia Epidural e contraindicação

A

Hipotensão

Contraindicação: instabilidade hemodinâmica, hipovolemia, sepse, lesão na pele no local do ato anestésico

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189
Q

Classificação de Mallampati

A

Classe I: Pilares Amigdalianos

Classe II: Úvula inteira, até a ponta

Classe III: Palato Mole + Base da Úvula

Classe IV: Apenas o Palato Duro

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190
Q

Objetivo do bloqueio neurovegetativo na indução anestésica

A

Bloqueio neurovegetativo ou bloqueio simpático visa diminuir a resposta autônoma corporal à cirurgia, com hiperatividade simpática, taquicardia e hipertensão

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191
Q

Como é feito o bloqueio neurovegetativo durante indução anestésica? Quais as drogas utilizadas?

A

Pode ser feito com opióides EV ou com infiltração com anestésico local ANTES da primeira incisão
Vantagens do bloqueio local: menor uso de opioides durante a cirurgia, com recuperação pós-operatória mais rápida

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192
Q

Pacientes considerados como “Estômago Cheio” na avaliação cirúrgica. Quais as alterações na indução anestésica?

A

Gestantes (↑ PIA), Obstrução Intestinal, Não respeitaram jejum, Sem possibilidade de avaliar jejum/Cirurgia de Urgência/Trauma

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193
Q

Único sedativo com ação vasoconstrictora

A

Quetamina

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194
Q

Principal causa intraoperatória que leva à formação de seroma no pós-operatório

A

Grandes descolamentos de pele
Quanto mais tecido é descolado, maior a chance de lesão de vasos linfáticos e tecido gorduroso, com formação de seroma

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195
Q

Característica da ferida no pós-operatório em que há formação de seroma

A

Líquido → Amarelo Citrino
Volume → Pequena Quantidade
Ferida → Abaulada

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196
Q

Manobra de Pringle

A

Clampeamento temporário do ligamento hepatoduodenal (pedículo hepático), envolvendo as estruturas do hilo hepático (tríade portal: colédoco, artéria hepática e veia porta), para auxílio no manejo de sangramentos hepáticos. Acesso pelo forame de Winslow.
Interrompe o fluxo arterial hepático e venoso portal para o fígado.

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197
Q

Forame de Winslow. Onde se localiza? É utilizado em qual manobra?

A

Comunicação entre a cavidade peritoneal maior e a bolsa omental. Utilizado na manobra de Pringle.

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198
Q

Indicação de FAST na avaliação do politraumatizado

A

Instabilidade hemodinâmica!!!

No paciente estável, pode ser feita tomografia.

Indicado principalmente na suspeita de choque hemorrágico, sem ser possível definir a fonte do sangramento (como no trauma contuso).

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199
Q

Conduta preferencial em paciente com TC com lesão hepática leve/moderada com Blush ou extravasamento de contraste na fase arterial

A

Arteriografia + Embolização

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200
Q

Locais mais comuns de lesão no trauma penetrante por arma de fogo

A

Delgado - 50%
Cólon - 40%
Fígado - 30%
Vascular - 25%

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201
Q

Suspeita diante de paciente com dificuldade de controle pressórico, com HAS persistente e taquicardia, em paciente na UTI

A

Suspeitar de hiperatividade adrenérgica, com hiperatividade simpática -> Liberação excessiva de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina)

Pode apresentar hipocalemia associada (efeito β2)

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202
Q

Distúrbio hidroeletrolítico mais associado a Porfiria Intermitente Aguda e explicação para a ocorrência

A

Hiponatremia

Secreção inapropriada de ADH e retenção hídrica, com hiponatremia dilucional

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203
Q

Sinal de Courvoisier-Terrier. O que é e o que indica?

A

Vesícula palpável e indolor ao exame físico
Presente em tumores periampulares

204
Q

Por que a dilatação da vesícula biliar cursa sem dor no paciente com tumores de vias biliares (principalmente periampulares)?

A

Na colecistite ocorre o quadro de dor pois é uma dilatação súbita após obstrução. Nos tumores periampulares, ocorre aumento progressivo do tumor, com compressão gradual de via biliar e uma dilatação gradativa vesicular, não apresentando dor ou inflamação ao exame físico

Vesícula palpável e indolor ao exame físico → Vesícula de Courvoisier-Terrier

205
Q

4 principais tipos de Tumores Periampulares

A

Tumores que cursam com obstrução de via biliar por compressão do colédoco.

  • Tumor de cabeça de pâncreas (mais comum!!!)
  • Colangiocarcinoma distal
  • Tumor primário de duodeno (raro)
  • Tumor de ampola de Vater (papila duodenal maior). Pode cursar com icterícia flutuante + Vesícula de Courvosier
206
Q

Clínica do paciente com Tumores Periampulares

A

Síndrome colestática!!!
Icterícia progressiva, colúria, acolia fecal, prurido generalizado…
Vesícula de Courvoisier-Terrier (massa em HCD palpável e indolor)
Sd. Consumptiva (perda de peso)

Tumor de Ampola de Vater pode cursar com icterícia flutuante!!!
Para diferenciar de coledocolitíase: CA de ampola tem vesícula de Courvoisier!!! Coledocolitíase não!!!

207
Q

Tratamento dos Tumores Periampulares

A

Se tumor com critérios de ressecabilidade e tratamento curativo: Cirurgia de Whipple (Pancreatoduodenectomia com Linfadenectomia)

Se tumor irressecável (maioria), indicado tratamento paliativo, para drenagem da via biliar:

  • Colocação de endoprótese (stent) via CPRE para drenagem biliar.
  • Derivação bileodigestiva (Colecistojejunostomia), geralmente realizada em paciente com maior expectativa de vida + Quimioterapia Adjuvante
  • Punção de via biliar com bolsa de drenagem extracorpórea (Colecistostomia): Medida de urgência, na ausência de outra possibilidade
208
Q

Principal complicação de tumores periampulares e de vias biliares como um todo

A

Colangite Bacteriana!!!
A obstrução crônica de via biliar pode levar a episódios de colangite de repetição

209
Q

Principal sintoma dos tumores periampulares

A

Icterícia Obstrutiva (80% dos casos)

210
Q

Principal tipo de derivação bileodigestiva realizada no paciente com tumor periampular. Qual a conduta diante de dilatação de ducto pancreático principal?

A

Colecistojejunostomia
Se dilatação de ducto pancreático principal, seguir com tratamento clínico e escalonamento de analgesia. Geralmente não se faz derivação pancreática devido alta morbimortalidade

211
Q

Icterícia Flutuante pode estar presente em qual tumor periampular? Como diferenciar de coledocolitíase?

A

Tumor de Ampola de Vater
- Pode ocorrer necrose hemorrágica da papila, com presença de melena, diminuição do tamanho do tumor e melhora da icterícia. Posteriormente o tumor volta a crescer e a icterícia retorna.

Para diferenciar de coledocolitíase: CA de ampola tem vesícula de Courvoisier!!! Coledocolitíase não!!!

212
Q

Principal complicação pós-operatória do paciente submetido a Duodenopancreatectomia (Cirurgia de Whipple)

A

Fístula pancreática

213
Q

Indicação de quimioterapia neoadjuvante em tratamento com tumor periampular

A

Doença localmente avançada, podendo ter algum acometimento vascular ou de estruturas adjacentes, sem proposta de tratamento curativo no momento e sem metástases a distância

Fazer quimioterapia neoadjuvante e avaliar se redução do tumor e possibilidade de ressecção

214
Q

4 Benefícios da quimioterapia neoadjuvante

A
  • Seleção dos pacientes em que a ressecção não traria benefícios. Ex.: pacientes que, durante o tratamento neoadjuvante, evoluem para doença metastática
  • Melhora as margens do tumor, com maior chance de ressecção com margens livres
  • Tratamento precoce de doenças micrometastáticas
  • Avaliação in vivo da resposta do tumor à quimioterapia
215
Q

Conduta diante de coleções abdominais identificadas em pós-operatório

A

Se peritonite, líquido livre na cavidade, piora do estado geral ou sinais de gravidade: Intervenção cirúrgica
Se coleções grandes (> 100ml), em paciente estável: Drenagem percutânea guiada por imagem
Coleções menores, em paciente estável, sem sinais de peritonite: Antibioticoterapia + Tratamento Expectante

216
Q

Definição de ferida contaminada, em que não se deve fazer sutura completa (hermética)

A

Ferida > 6 horas
O fechamento completo pode levar a formação de abscesso subcutâneo
Exceção: lesão de face!!! Pode fazer fechamento hermético devido ao prejuízo estético

217
Q

Câncer de esôfago mais comum no mundo. Qual o paciente típico?

A

Escamoso / Epidermoide
Homem negro (3:1 homens e mulheres)

218
Q

Fatores de risco do CA de esôfago Escamoso / Epidermoide

A

EScamoso - Fatores EXternos

Tabagismo, etilismo, estenose cáustica, acalasia, tilose

Tilose: síndrome hereditária que aumenta as células escamosas por todo o corpo

219
Q

Fatores de risco do Adenocarcinoma de Esôfago

A

Esôfago de Barret, DRGE, Obesidade

220
Q

Câncer de esôfago relacionado com esôfago de Barret

A

Adenocarcinoma

221
Q

Estadiamento T do Câncer de Esôfago

A

T1a: Mucosa
T1b: Submucosa (ou sem plano de clivagem entre mucosa e submucosa)
T2: Muscular
T3: Adventícia
T4a: Estruturas adjacentes ressecáveis
T4b: Estruturas adjacentes irressecáveis (aorta, traqueia, vértebras)

222
Q

Exames para realização de estadiamento de câncer de esôfago

A

T: USG Endoscópico (melhor exame)
N: USG EDA com PAAF + TC de Tórax
M: TC de Tórax + TC de Abdome

Associar broncoscopia se suspeita de T4B (estruturas adjacentes irressecáveis, como traqueia)

223
Q

Melhor exame para estadiamento T de câncer de esôfago

A

USG via Endoscopia Digestiva Alta

224
Q

Localização mais comum do adenocarcinoma de esôfago

A

Distal (Relacionado com DRGE e Barret)

225
Q

Localização mais comum do carcinoma escamoso / epidermoide de esôfago

A

Medial

226
Q

Câncer de esôfago mais comum nos EUA. Qual paciente típico?

A

Adenocarcinoma

Paciente típico: homem branco (Homem 15:1 Mulher)

227
Q

Qual o método diagnóstico de carcinoma de esôfago? Qual o exame de imagem inicial e qual o achado encontrado?

A

Diagnóstico: EDA + Biópsia

Exame inicial é o Esofagograma Baritado: sinal da maçã mordida

228
Q

Paciente com disfagia progressiva e perda de peso. Realizou o seguinte esofagograma baritado. Qual o provável diagnóstico e o nome do sinal encontrado?

A

Sinal da maçã mordida

Carcinoma escamoso de esôfago

229
Q

Paciente com disfagia progressiva e perda de peso. Realizou o seguinte esofagograma baritado. Qual o provável diagnóstico e o nome do sinal encontrado?

A

Sinal da maçã mordida

Carcinoma escamoso de esôfago

230
Q

Paciente com disfagia progressiva e perda de peso. Realizou o seguinte esofagograma baritado. Qual o provável diagnóstico e o nome do sinal encontrado?

A

Sinal da maçã mordida

Carcinoma escamoso de esôfago

231
Q

Tratamento do câncer de esôfago conforme estadiamento

A

T1a (somente mucosa): Mucosectomia via endoscopia

T1b-T4a: QT/RT neoadjuvante + Esofagectomia + Linfadenectomia

T4b ou M1: Paliativo (stent, ostomia, QT/RT paliativa)

232
Q

Principais sítios de metástase do câncer de esôfago

A

Pulmão e Fígado

233
Q

Tipos de cirurgia para câncer de esôfago. Qual a vantagem e desvantagem de cada uma?

A

Transtorácica: melhor linfadenectomia, com menor recidiva, porém, maior morbidade

Transhiatal: menor morbidade, porém, com pior linfadenectomia e consequentemente maior recidiva

234
Q

Em que consiste a tilose? Qual câncer está relacionado com essa doença?

A

Síndrome hereditária com aumento das células escamosas do corpo todo

Relacionada a um maior risco de carcinomas escamosos como um todo, como o carcinoma escamoso de esôfago

235
Q

Pólipo colorretal com maior risco de malignização

A

Adenoma viloso

236
Q

Em paciente submetido a polipectomia após colonoscopia, pode haver a presença de adenoma de alto risco. No que consiste este achado? Em quanto tempo deve ser realizada nova colonoscopia?

A

Adenoma de alto risco: viloso ou tubuloviloso; displasia de alto grau; adenoma tubular ≥ 1 cm

Repetir colonoscopia em 3 anos.
Se normal: nova colono em 5 anos.
Se persistir alteração, continuar a cada 3 anos.

237
Q

O que leva a acalasia e megaesôfago na doença de Chagas?

A

Degeneração ganglionar das células do Esfíncter Esofagiano Inferior (EEI), com hipertonia esfincteriana, e também diminuição da peristalse no esôfago distal

238
Q

Classificação de Mascarenhas. Para que é utilizada e qual a conduta em cada grau?

A

Utilizada para classificação do megaesôfago

Grau I - até 4 cm: Dilatação Endoscópica/Toxina Botulínica
Grau II - de 4 cm a 7 cm: Dilatação Endoscópica.
Grau III - 7 cm a 10 cm: Cardiomiotomia a Heller por vídeo + Válvula Antirrefluxo Parcial
Grau IV - mais de 10cm (Dolicomegaesôfago): Esofagectomia Total

239
Q

Reação do Machado-Guerreiro. O que ela avalia? Qual situação está associada com falso-positivo?

A

Avalia infecção pelo Tripanossoma cruzi, confirmando diagnóstico de Doença de Chagas
Pode ser falso-positiva em caso de Leishmaniose

240
Q

Quais as glândulas salivares?

A
241
Q

Qual o principal tumor de glândulas salivares? Quais as características deste tumor?

A

Adenoma Pleomorfo de Parótida (70% dos casos)
Tumor benigno, de crescimento lento

242
Q

Tratamento de escolha em adenoma pleomorfo de parótida

A

Parotidectomia Parcial ou Lobectomia, com tentativa de preservação da glândula

243
Q

Estrutura que passa entre o lobo superficial e o lobo interno da glândula parótida

A

Nervo facial

244
Q

Principal complicação pós-operatória da Parotidectomia Parcial

A

Lesão do nervo facial, com paralisia facial pós-operatória

245
Q

Complicação possível no caso de autólise do apêndice em paciente com Apendicite Aguda

A

Abscesso!!!
Na autólise, há destruição do próprio apêndice, com risco de formação de abscesso e necessidade de drenagem

246
Q

Conduta diante de colecistite aguda complicada com perfuração e extravasamento biliar na cavidade

A

Cirúrgico de Emergência!!!
Laparotomia + Lavagem de cavidade abdominal + Colecistectomia

247
Q

Síndrome de Boerhaave

A

Ruptura esofágica espontânea, devido ao aumento súbito da pressão intraesofageana, associada a uma pressão intratorácica negativa
Ex.: vômitos intensos recorrentes

248
Q

Quadro clínico típico da ruptura esofagiana (como na síndrome de Boerhaave) e Achados Radiográficos

A

Paciente pode cursar com cervicalgia e rigidez, se acometimento da região cervical, podendo apresentar febre, taquicardia, taquipneia, dispneia e dor torácica retroesternal
Enfisema subcutâneo cervical ou torácico são sugestivos de perfuração
Rx de Tórax: Pneumomediastino e Derrame Pleural!!!

249
Q

Exame confirmatório na suspeita de ruptura esofágica (Sd de Boerhaave)

A

Esofagograma

250
Q

Tríade de Beck

A

Hipotensão + Turgência Jugular + Hipofonese de bulhas cardíacas
Indica tamponamento cardíaco

251
Q

Conduta diante de paciente com tamponamento cardíaco

A

Toracotomia com reparo da lesão
Na ausência da possibilidade de toracotomia, pode ser feita pericardiocentese (Punção de Marfan)

252
Q

Quais as cinco divisões do estômago

A

Cárdia
Fundo
Corpo
Antro
Piloro

253
Q

Quando deve se iniciar o screening para câncer colorretal quando história familiar de primeiro grau em menores de 60 anos?

A

Aos 40 anos de idade ou 10 anos antes da idade em que o familiar foi diagnosticado, o que for mais cedo
Manter colonoscopia a cada 5 anos

254
Q

Tratamento padrão ouro de fissura anal crônica

A

EsfincterOTOMIA Lateral Interna

255
Q

Tratamento inicial para paciente com fissura anal crônica

A

Tratamento conservador com pomada. Podem ser usados nitratos, bloqueadores de canal de cálcio e lubrificantes.
Ex.: diltiazen tópico 2%

256
Q

Método diagnóstico padrão ouro para Doença de Hirschsprung (Megacólon Congênito Aganglionar)

A

Biópsia retal por sucção, com ausência de células ganglionares

257
Q

Tratamento da doença de Hirschsprung

A

Cirúrgico!!! Cirurgia de Duhamel-Haddad
Ressecção da porção aganglionar do cólon, com abaixamento do cólon saudável, preferencialmente preservando o esfíncter anal interno, com anastomose colo-retal-anal mecânica

258
Q

Tratamento de empiema pleural refratário

A

Pleurostomia (procedimento de Eloesser)

259
Q

Diferenciação de enxerto e retalho

A

Enxerto: retira o tecido de uma região e transporta para outra, SEM pedículo vascular
Retalho: há a manutenção de um pedículo vascular

260
Q

Quais as três fases de integração do enxerto?

A

1- Embebição. O enxerto absorve os nutrientes e edema do local transplantado
2- Inoculação. Os microvasos do enxerto e da área doadora começam a se ligar
3- Neovascularização. Formação de novos vasos e suprimento sanguíneo do enxerto

261
Q

Conduta diante de paciente com dor persistente em FID, mas com exame de imagem negativo (USG ou TC) para apendicite

A

Observar por 8-12 horas.

Se persistir com a dor, sem melhora e sem outra causa aparente -> Laparoscopia diagnóstica

262
Q

Diagnóstico diferencial de apendicite aguda em crianças

A

Linfadenite mesentérica

263
Q

História típica de linfadenite mesentérica

A

Criança + história de infecção (principalmente respiratória) + linfonodos (visualizados à USG) + dor em FID. Hoje em dia, se diagnóstico no intraoperatório, a conduta é retirar o apêndice: apendicectomia incidental

264
Q

Conduta diante de apendicite simples

A

Apendicectomia + antibioticoprofilaxia (dose de amplo espectro na indução anestésica)

265
Q

Conduta diante de apendicite complicada com necrose ou perfuração, com peritonite

A

Apendicectomia + antibioticoterapia (ceftriaxona + metronidazol; tazocin monoterapia)

266
Q

Conduta diante de apendicite complicada com abscesso

A

Drenagem do abscesso + antibioticoterapia (ceftriaxona + metronidazol) + colono após 4-6 semanas + avaliar apendicectomia tardia

267
Q

Conduta diante de apendicite complicada com fleimão (apêndice endurecido e aderido ao peritônio parietal)

A

Antibioticoterapia isoladamente (ceftriaxona + metronidazol) + colono após 4-6 semanas + avaliar apendicectomia tardia

268
Q

Sinal de Blumberg

A

Dor à descompressão brusca no ponto de McBurney

Indica apendicite

269
Q

Sinal de Rovsing

A

Dor em FID à descompressão brusca de FIE

Indica apendicite

270
Q

Sinal do Obturador

A

Dor à flexão de MID com rotação externa da coxa (rotação interna do quadril)

Indica apendicite pélvica

271
Q

Sinal do ileopsoas

A

Dor à palpação de FID com extensão de MID + abdução do membro

Indica apendicite retrocecal

272
Q

Sinal de Dunphy

A

Dor em FID quando tosse

273
Q

Sinal de Lenander

A

Temp retal > 1ºC que Temp axilar

Indica apendicite (pouco específico; também presente em qualquer inflamação de quadrante inferior de abdome)

274
Q

Sinal de Lapinsky

A

Dor em FID à elevação de MID esticado

Indica apendicite

275
Q

Escore de Alvarado

A

1 ponto:

Anorexia

Náuseas / Vômitos

Dor que migra para FID

Dor à descompressão brusca em FID

Desvio para esquerda em leucograma (Alvarado modificado não considera)

Febre (> 37,5ºC)

2 pontos:

Leucocitose

Dor à palpação de FID

≥ 7 pontos: Cirurgia

< 7 pontos: Exame de imagem complementar

< 5 pontos: Pouco provável

276
Q

Indicação de exame de imagem em suspeita de apendicite

A

Mulher, criança (< 10 anos), Idoso (> 40 anos), Tardia (> 48 horas), Suspeita de complicação, Alvarado < 7

277
Q

Tamanho do espessamento apendicular sugestivo de apendicite

A

≥ 7 mm

278
Q

Conduta diante de Apendangite Epiploica

A

Se diagnóstico intraoperatório: apendicectomia incidental

Se diagnóstico antes de cirurgia: conservador

279
Q

Fases da Apendicite

A
  1. Catarral: Distensão + Edema
  2. Flegmonosa: Inflamação, avermelhado no intraoperatório
  3. Gangrenosa: Necrose
  4. Perfurativa: Peritonite
280
Q

Áreas vascularizadas pelo Tronco Celíaco

A

Estômago, duodeno, fígado, vesícula biliar, pâncreas, baço

281
Q

Áreas vascularizadas pela Artéria Mesentéria Inferior (AMI)

A

Responsável pela vascularização do 1/4 final do cólon transverso, descendente, sigmoide e reto superior

282
Q

Áreas vascularizadas pela Artéria Mesentéria Superior (AMS)

A

Jejuno, íleo, apêndice, cólon ascendente, 3/4 proximal do cólon transverso

283
Q

Áreas vascularizadas pela Artéria Ilíaca Interna

A

Reto médio e réto inferior

284
Q

Tríade de Charcot. O que é, o que indica e qual a conduta?

A

Icterícia + Dor em Hipocôndrio Direito (HCD) + Febre

Indica Colangite Bacteriana Aguda

Conduta: Antibioticoterapia (Ceftriaxona + Metronidazol) + Programar drenagem de vias biliares (CPRE + CVL, colecistectomia isoladamente… o que for melhor)

285
Q

Pêntade de Reynolds. O que é, o que indica e qual a conduta preconizada?

A

Icterícia + Dor em Hipocôndrio Direito (HCD) + Febre + Hipotensão + Alteração de Nível de Consciência

(Tríade de Charcot + Confusão mental + Hipotensão)

Indica Colangite Bacteriana Aguda

Conduta: Antibioticoterapia (Ceftriaxona + Metronidazol) + Descompressão de Via Biliar IMEDIATA (preferencialmente via endoscópica) → CPRE com posterior COLECISTECTOMIA por video

286
Q

Conduta em quadro de Apendicite Aguda não complicada. Quais os locais de incisão?

A

Videolaparoscopia ou Laparotomia por incisão de McBurney ou de Davis

Davis acompanha as linhas de força da pele. McBurney é no ponto de McBurney

287
Q

Indicação de incisão mediana infra-umbilical em quadro de apendicite aguda

A

Suspeita de complicação; instabilidade hemodinâmica; peritonite difusa

288
Q

Principal causa de abdome agudo inflamatório em adultos e em idosos

A

10-40 anos: Apendicite aguda

Idoso: Abdome agudo biliar (Colecistite aguda)

289
Q

Exame inicial na suspeita de abdome agudo obstrutivo

A

Radiografia simples de abdome; Rotina de abdome agudo

Não define causa mas permite avaliar sítio obstrutivo e sinais de perfuração

290
Q

Definição de Hérnia de Littré

A

Hérnia cujo conteúdo é o divertículo de Meckel

291
Q

Definição de hérnia de Amyand

A

Hérnia cujo conteúdo é o apêndice vermiforme

292
Q

Definição de hérnia de Garangeot

A

Hérnia FEMORAL que contém o apêndice vermiforme

293
Q

Definição de hérnia de Pantalona

A

Hérnia mista, com conteúdo direto e indireto

294
Q

Definição de hérnia por Deslizamento, principais estruturas acometidas e qual a principal complicação

A

Hérnia em que parte do saco é formado pelo próprio conteúdo herniário.

Mais comum com estruturas do cólon e bexiga

Risco de lesão iatrogênica durante a dissecção

295
Q

Conduta diante de achado anatomopatológico de adenocarcinoma de apêndice. E se fosse detectado tumor carcinoide de apêndice?

A

Adenocarcinoma: sempre complementar com hemicolectomia direita.
Tumor carcinoide: hemocolectomia direita se tumor > 2 cm

296
Q

Critérios de Balthazar

A

A: Pâncreas normal (0 pontos)
B: Pâncreas aumentado (1 ponto)
C: Inflamação peripancreática (2 pontos)
D: Coleção única pancreática (3 pontos)
E: Duas ou mais coleções OU presença de gás (4 pontos)

Necrose:
- Ausente: 0 pontos
- Até 33%: 2 pontos
- 33-50%: 4 pontos
- > 50%: 6 pontos

297
Q

Quais os 4 critérios utilizados para classificar colecistite como Grau II (Moderada), segundo o Guideline de Tokyo de 2018?

A

Leucocitose > 18 mil
Duração > 72 horas
Palpação de massa dolorosa em HCD
Marcante inflamação local (abscesso, colecistite gangrenosa, enfisematosa…)

298
Q

Quais os limites utilizados para a transição toracoabdominal, com risco de lesão de diafragma em trauma perfurante?

A

Limite superior: linha na altura dos mamilos, que se continua posteriormente sobre a ponta das escápulas e tem as margens costais inferiores como limite inferior

299
Q

Quais as zonas cervicais que podem ser lesionadas em trauma cervical?

A

Zona I: da fúrcura esternal até a cartilagem cricoide
Zona II: da cartilagem cricoide até o ângulo da mandíbula
Zona III: do ângulo da mandíbula até a base do crânio

300
Q

Conduta diante de angiodisplasia de cólon com sangramento ativo

A

Se instável hemodinamicamente: embolização endovascular
Se estável: tratamento conservador, com controle hemostático pela colonoscopia

301
Q

A radioterapia é contraindicada em qual região do cólon?

A

Cólon direito

302
Q

Principal suspeita diante de paciente com sangramento baixo, com colonoscopia sem lesões

A

Angiodisplasia
Tratamento conservador geralmente

303
Q

A epipoplastia de Graham é indicada em quais situações?

A

Na úlcera péptica perfurada de PEQUENO tamanho. Posteriormente deve ser investigada com biópsia

304
Q

Tratamento de escolha em úlceras gástricas perfuradas > 2,0 cm

A

Gastrectomia
Exceto se alto risco cirúrgico, podendo estes pacientes serem submetidos a ressecção local + vagotomia e piloroplastia

305
Q

Classificação de Johnson, para úlceras gástricas

A

Tipo 1: na pequena curvatura baixa, associadas a HIPOcloridria (mais comum)
Tipo 2: No corpo gástrico, associadas a úlcera duodenal e HIPERcloridria
Tipo 3: Pré-pilórica, em HIPERcloridria
Tipo 4: Na pequena curvatura alta, em HIPOcloridria
Tipo 5: úlceras múltiplas, associadas a uso de AINEs e medicações

306
Q

Duas principais causas de úlceras pépticas

A

1- Infecção por H. pylori
2- Uso de AINEs

307
Q

Tratamento da infecção por H. pylori

A
  • Claritromicina 500mg de 12/12 horas por 14 dias;
  • Amoxicilina 1g de 12/12 horas por 14 dias;
  • Omeprazol 20mg de 12/12 horas, utilizado além desses 14 dias, para completar o curso de tratamento da úlcera, que é de quatro a oito semanas.

Controle de cura, após 4 semanas, com teste respiratório com ureia marcada ou antígeno fecal. Teste da urease não serve para controle de cura!!!

308
Q

Critérios de Ranson

A

Score utilizado para avaliar gravidade da pancreatite aguda, de acordo com a etiologia (biliar ou não biliar)

Avaliado na admissão na enfermaria e 48 horas após

(Não biliar - Biliar)

Admissão:

  • Leucocitose > 16.000-18.000
  • Enzima hepática TGO/AST > 250
  • Glicose > 200-220
  • Age (Idade) > 55-70 anos
  • LDH > 350-400

Após 48h:

  • Fluidos perdidos > 6-4 litros
  • Excesso de bases mais negativo que -4/-5
  • Cálcio < 8
  • Hematócrito reduzido > 10% (após hidratação)
  • Oxigênio PaO2 < 60 - Não avaliado
  • Ureia > 10-4

Ranson ≥ 3: Pancreatite grave

309
Q

Exames laboratoriais não utilizados na avaliação dos critérios de Ranson e que não são marcadores de gravidade

A

Lipase, amilase, bilirrubina

310
Q

Avaliação da gravidade da pancreatite aguda pelos critérios de Atlanta

A

Leve: sem falência orgânica

Moderadamente grave: falência orgânica transitória (< 48 horas)

Grave: falência orgânica persistente

311
Q

Diagnóstico Pancreatite Aguda

A

Clínica + Laboratório (amilase / lipase >3x) + Imagem

312
Q

Critérios utilizados para avaliação de gravidade da Pancreatite Aguda

A

Critérios de Atlanta (Falência Orgânica)

PCR > 150 por > 48 horas

Critérios de Ranson ≥ 3: LEGAL FECHOU

313
Q

Principal etiologia da pancreatite aguda

A

Litíase biliar

314
Q

Principais etiologias da pancreatite crônica, por faixa etária

A

Álcool (80%)

Crianças: pode ser por fibrose cística

315
Q

Sinal de Cullen

A

Equimose periumbilical (Cullen: Região Central)

Indica sangramento retroperitoneal (Ex.: pancreatite grave)

316
Q

Sinal de Grey-Turner

A

Equimose em flancos

Indica sangramento retroperitoneal (Ex.: pancreatite grave)

317
Q

Sinal de Fox

A

Equimose em região inguinal e base de pênis

Indica sangramento retroperitoneal (Ex.: pancreatite grave)

318
Q

Indicação de nutrição parenteral na pancreatite aguda

A

Íleo paralítico

319
Q

Quando iniciar nutrição enteral no paciente com pancreatite aguda?

A

Nutrição enteral precoce!

Iniciar quando sem necessidade de opioide regularmente para analgesia, FOME e sem antiemético de horário

320
Q

Importância da USG na pancreatite aguda

A

Diagnóstico etiológico! Principal causa: colelitíase

321
Q

Conduta diante de paciente com USG negativo para colelitíase, porém, sem outra causa evidente para pancreatite, com alta suspeita de etiologia biliar

A

USG por EDA

Microcálculos!

322
Q

Tratamento da pancreatite aguda

A

Dieta zero OU suporte nutricional precoce
Hidratação venosa
Analgesia (opioide) e Antiemético
Não faz antibiotico de rotina!!!

323
Q

Indicação de CPRE na pancreatite aguda

A

Colangite ou icterícia

324
Q

Opides fortes de escolha na pancreatite aguda

A

Dolantina, meperidina. Se em falta, pode ser feito morfina, apesar de efeito de constricção do esfincter de Oddi

325
Q

Indicação de ATB na pancreatite aguda, qual o de escolha e a posologia

A

Necrose ou coleção infectada

Fazer imipenem 500-1000mg 8/8h por 3-4 semanas

326
Q

Cirurgia indicada em pancreatite crônica com dilatação de ducto principal

A

Cirurgia de Puestow ou Esfincterotomia via CPRE

327
Q

Tempo para realização da Colecistectomia em quadro de Colecistite Aguda não complicada

A

Idealmente até 72 horas após início dos sintomas, preferencialmente por videolaparoscopia (em pacientes de baixo risco, pode ser feita até 1 semana após)

328
Q

Indicação de Colecistostomia Percutânea com drenagem biliar em paciente com Colecistite Aguda

A

Paciente em grave estado geral ou com risco cirúrgico proibitivo para Colecistectomia Videolaparoscópica (ex.: colecistite aguda com instabilidade hemodinâmica, em uso de DVA…)

A drenagem da vesícula biliar diminui a pressão sobre a vesícula, melhorando o quadro inflamatório infeccioso e diminuindo a chance de necrose e perfuração de parede

329
Q

Principal causa de obstrução intestinal durante a gestação

A

Aderências por Bridas

330
Q

Indicações clássicas de Raio X Simples de Abdome ou Rotina de Abdome Agudo

A

Abdome agudo perfurativo, obstrutivo e corpo estranho

Perfurativo: gás na cúpula diafragmática (pode ser mais fácil identificar pneumoperitônio no rx de tórax)

Obstrutivo: identifica o sítio (delgado ou cólon)

331
Q

Tipos de hérnias que podem cursar com dor em face interna da coxa

A

Hérnia de obturador (mais comum em mulheres mais velhas)

Hérnia femoral (dor abaixo do ligamento inguinal)

332
Q

Diferenças entre íleo paralítico e Sd de Ogilvie

A

Íleo paralítico: distenção difusa de todo o intestino, SEM PERISTALSE

Sd. de Ogilvie: SÓ O CÓLON DISTENDE, peristalse aumentada

333
Q

Quais estruturas passam dentro do canal inguinal?

A

Homem: funículo espermático (plexo venoso e pampiniforme, artéria testicular, músculo cremáster, nervo ílioinguinal, ramo genital do genitofemoral) e conduto peritôniovaginal obliterado.

Mulher: ligamento redondo do útero

334
Q

Qual a ordem das estruturas da pele até o peritônio na região do canal inguinal

A

Pele

Fáscia de Camper

Fáscia de Scarpa

Aponeurose do Músculo Oblíquo Externo (parede anterior do canal inguinal)

Músculo Oblíquo Interno

Músculo Transverso do Abdome

Fáscia Transversalis (parede posterior do canal inguinal)

Peritônio

335
Q

Inervação da região do canal inguinal, de cima para baixo, e quais as estruturas inervadas

A

Nervo ilio-hipogástrico (logo embaixo da aponeurose do m. oblíquo externo): região lateral e medial do abdome (inervação da pele)

Nervo ilioinguinal (acompanha o funículo espermático): região suprapúbica.

Nervo genitofemoral:

  • Ramo genital: grandes lábios na mulher; bolsa escrotal nos homens
  • Ramo femoral: região interna da coxa
336
Q

Nervo mais lesado na cirurgia aberta para correção de hérnia inguinal, a razão e qual o quadro clínico

A

Nervo ilio-hipogástrico

Geralmente fica colado na aponeurose do m. oblíquo externo, sendo lesionado durante a abertura da aponeurose

Responsável pela inervação da pele → Dor no sítio cirúrgico (local da incisão)

337
Q

Músculos que formam a região inguinal

A

M. oblíquo externo, oblíquo interno e transverso do abdome

338
Q

Inervação que pode ser lesionada durante abordagem aberta de cirurgia de correção de hérnia inguinal

A

De cima para baixo:

Nervo ílio-hipogástrico, ilioinguinal e ramo genital no genitofemoral

339
Q

Inervação que pode ser lesionada na abordagem videolaparoscópica da cirurgia de correção de hernia inguinal

A

Nervo cutâneo femoral lateral (cutâneo lateral da coxa)

Nervo femoral

Ramo femoral do genitofemoral

340
Q

Músculos que formam o tendão conjunto

A

Formado pela inserção do músculo oblíquo interno e do m. transverso do abdome no tubérculo púbico

341
Q

Triângulo de Hesselbach e seus limites

A

Parede posterior do canal inguinal, área de fraqueza em que se formam as hérnias inguinais diretas

Limites:

  • Inferior: ligamento inguinal
  • Medial: borda lateral do músculo reto do abdome
  • Superolateral: vasos epigástricos inferiores
342
Q

Exames de imagem que podem ser solicitados em quadro de intussuscepção intestinal

A

Rx, USG, Enema (padrão ouro: diagnóstico e tratamento)

343
Q

Patogênese de formação das hérnias inguinais e características que levam à predisposição para seu desenvolvimento

A

Predisposição + Desencadeante (aumento da pressão abdominal)

Indireta → Defeito Congênito → Conduto peritôneovaginal patente

Direta → Defeito Adquirido → Fraqueza da parede posterior do canal inguinal, na área do triângulo de Hesselbach

344
Q

Tipo de hérnia inguinal mais comum e de qual lado ela mais ocorre

A

Hérnia inguinal indireta, sendo mais comum á direita

A descida do testículo direito ocorre depois que a do esquerdo

345
Q

Faixa etária mais comumente acometida por cada tipo de hérnia

A

Indireta: mais comum na infância (defeito congênito); hérnia mais comum em todas as faixas etátias e em ambos os sexos

Direta: acomete principalmente idosos (defeito adquirido)

346
Q

Diagnóstico das hérnias inguinais pela Manobra de Valsalva

A

Palpa a bolsa escrotal até encontrar o anel inguinal externo

Coloca o dedo no anel inguinal externo

Paciente, em pé, faz a manobra de valsalva (sopra o dorso da mão)

Se conteúdo tocar a ponta do dedo: indireta (index do dedo)

Se conteúdo tocar a polpa do dedo: hérnia inguinal direta

347
Q

Diagnóstico das hérnias inguinais pela Manobra de Landivar

A

Palpa a bolsa escrotal até encontrar o anel inguinal INTERNO

Oclui o anel inguinal interno

Manobra de valsalva pelo paciente

Abaulamento: hérnia inguinal direta

Não tem abaulamento: hérnia inguinal indireta (anel inguinal interno ocluído)

348
Q

Manobras usadas para diagnóstico das hérnias inguinais

A

Manobra de Valsalva e Manobra de Landivar (oclui anel inguinal interno + Valsalva)

349
Q

Exames de imagem nas hérnias inguinais e indicação.

Qual exame inicial?

A

Rx: se suspeita de obstrução intestinal

Realizados somente em caso de dúvida ou complicação (obstrução)

Exame inicial: ultrassonografia

Se dúvida: pode ser feita TC

Ressonância é superior à tomografia computadorizada

350
Q

Classificação de Nyhus

A

Utilizada na classificação das hérnias inguinais

Tipo I- Hérnia INDIRETA com anel inguinal interno < 2 cm

  • Anel inguinal interno NORMAL

Tipo II- Hérnia INDIRETA com anel inguinal interno > 2 cm

  • Anel inguinal interno DILATADO

Tipo III- Defeito na Parede Posterior

  • IIIa- Direta
  • IIIb- Indireta
  • IIIc- Femoral (Crural)

Tipo IV- Recidiva:

  • IVa- Direta
  • IVb- Indireta
  • IVc- Femoral (Crural)
  • IVd- Mista
351
Q

Diferenças entre hérnia encarcerada e estrangulada e qual o tratamento

A

Encarcerada, sem sinais de isquemia: Manobras de redução (pode ser feita com anestesia) → Cirurgia se refratário

Estrangulada (com isquemia) ou encarcerada com sinais de isquemia: Tratamento cirúrgico com inguinotomia

352
Q

Sinais de sofrimento isquêmico em hérnias inguinais e conduta

A

Sinais de sofrimento isquêmico:

  • Tempo de evolução > 6-8 horas
    • Ex.: abaulamento em região inguinal há 12 horas com hiperemia…
  • Febre ou sinais de sepse
  • Obstrução intestinal (náuseas e vômitos, parada de eliminação de gases e fezes, distensão abdominal)
  • Dor intensa local
  • Peritonite
  • Instabilidade hemodinâmica

Se tiver alguma dessas condições, indica-se cirurgia devido a hérnia encarcerada com possibilidade de estrangulamento, por sofrimento isquêmico

353
Q

Quadro suspeito de hérnia femoral. Qual a chance de complicações?

A

Hérnia que se anuncia abaixo do ligamento inguinal, acometendo principalmente mulheres. Maior chance de encarcerar e estrangular (canal estreito e inelástico)

354
Q

Local em que não se faz ponto de fixação na colocação de tela nas hérnias femorais

A

Ponto lateral (limite em que fica a veia femoral)

355
Q

Abordagem de hérnias encarceradas

A

Hérnias encarceradas, sem sinais de isquemia → Analgesia + manobras de redução. Se falha → Cirurgia (Inguinotomia)

Hérnias encarceradas COM sinais de isquemia (possível estrangulamento) → Inguinotomia

356
Q

Conduta diante de hérnia encarcerada que reduz na indução anestésica

A

Laparotomia para avaliar se houve estrangulamento de alças

357
Q

Tipo de hérnia inguinal com maior risco de encarceramento

A

Indireta, pois se anuncia por um anel

358
Q

Hérnia de Ritcher → Fisiopatologia, quadro clínico e tipo de hérnia em que mais comumente ocorre

A

Hérnia com pinçamento da borda antimesentérica de alça intestinal

Cursa com isquemia sem obstrução intestinal

Mais comum na femoral

359
Q

Indicações de cirurgia na hérnia umbilical

A

Defeito > 2 cm

Derivação ventrículoperitoneal (DVP)

Não fechamento até 4-6 anos

Concomitante com hérnia inguinal indireta (já vai ter que operar a indireta de qualquer forma… aproveita e opera a umbilical)

360
Q

Conduta diante de recém-nascido com diagnóstico de hérnia inguinal indireta. Há alguma particularidade na cirurgia de correção?

A

Sempre cirúrgico! Alta da maternidade somente após cirurgia de correção.

Não tem necessidade de fazer reforço da parede posterior

361
Q

Limites do canal femoral

A

Superior: ligamento inguinal

Inferior: ligamento pectíneo (Cooper)

Medial: ligamento lacunar

Lateral: veia femoral (não pode dar ponto de fixação lateral)

362
Q

Hérnia mais comum em cada um dos sexos

A

Masculino: indireta

Feminino: indireta

Femoral é mais comum de ocorrer na mulher, porém, a hérnia inguinal indireta é a mais comum de ocorrer em ambos os sexos

363
Q

Tratamento da hérnia femoral

A

Cirurgia pela técnica de McVay ou Plug Femoral

364
Q

Função do conduto peritôneovaginal e sua relação com as hérnias inguinais

A

Testículo tem sua formação dentro da cavidade abdominal e depois desce até o saco escrotal pelo canal inguinal, dentro do conduto peritôneovaginal, que se oblitera e fecha após o nascimento.

O não fechamento desse conduto permite comunicação abdominal com o saco escrotal, levado ao maior risco de hérnia indireta

365
Q

Estrutura da parede ANTERIOR do canal inguinal, ao que ela dá origem e qual canal está contido nela

A

Aponeurose do músculo oblíquo externo

Onde se localiza o anel inguinal externo (superficial)

A borda livre inferior dessa aponeurose se insere na espinha ilíaca anterossuperior até o tubérculo púbico, formando o ligamento inguinal (também chamado ligamento de Poupart)

366
Q

Estruturas da parede POSTERIOR do canal inguinal. Quais os canais presentes?

A

Da mais profunda para mais superficial:

  • Fáscia transversalis
  • Músculo transverso
  • Músculo oblíquo interno

Fáscia transversalis contém:

  • Anel inguinal interno (ou profundo): início do canal inguinal
  • Canal femoral: abaixo do ligamento inguinal
  • Entre os dois canais há o trato ileopúbico ou faixa de Thomson (visão interna do ligamento inguinal)
367
Q

Trato ileopúbico ou faixa de thomson

A

Separa o canal inguinal do canal femoral

Corresponde à visão interna do ligamento inguinal

368
Q

Inervação do compartimento posterior (dorsal) do braço e antebraço e região radial

A

Nervo radial

369
Q

Inervação da região palmar e radial

A

Nervo mediano

370
Q

Na correção de fraturas ósseas, associadas a síndrome compartimental, qual deve ser o método de fixação ideal?

A

Fixação externa!
A fixação interna, com placas e parafusos, está associada a maior quantidade de complicações, como pseudoartrose

371
Q

Grau de escoliose, conforme o ângulo de Cobb

A

Entre 10º e 30º: Escoliose suave
Entre 30º e 50º: Moderada
> 50º: Severa

372
Q

O estágio de Risser é utilizada para avaliação de que aspecto clínico?

A

Avalia a ossificação das cartilagens de crescimento, principalmente da coluna vertebral. Quanto maior o estágio, menor a velocidade de crescimento e menor a chance de acentuação da curva da escoliose.

373
Q

Forma mais comum de escoliose no Brasil

A

Idiopática

374
Q

Como é a progressão usual da escoliose?

A

Geralmente 1º por mês até o fim do crescimento

375
Q

Quais os estágios do índice de Risser?

A

Estágio 0: nenhuma ossificação na apófise da crista ilíaca
Estágio 1: Calcificação da apófise da crista ilíaca <25%
Estágio 2: 25-50%
Estágio 3: 50-75%
Estágio 4: > 75% de ossificação da apófise da crista ilíaca
Estágio 5: Ossificação completa e fusão da apófise da crista ilíaca

376
Q

Indicação cirúrgica no tratamento da escoliose

A

Ângulo de Cobb >80º, com deformidade estética importante

377
Q

Teste de Adams e análise do triângulo de Talhe são empregados na avaliação de qual condição?

A

Na avaliação da escoliose
Assimetria do triângulo de Talhe e e teste de Adams positivo (assimetria na coluna vertebral, com a criança com o corpo curvado para frente e membros superiores estendidos para baixo) indica escoliose

378
Q

Região óssea mais vascularizada e que cicatriza mais precocemente

A

Metáfise

379
Q

Principal local de acometimento de osteomielite hematogênica e qual a principal população acometida?

A

Metáfise
Acomete principalmente crianças (ossos em fase de crescimento, com maior vascularização)

380
Q

Prazo máximo para realização de correção cirúrgica de fratura. Complicação que pode ocorrer em fratura não corrigida.

A

Deve ser corrigida em até 24h. Tempo mais prolongado aumenta o risco de embolia gordurosa

381
Q

Complicação temida no caso de fratura de fêmur proximal

A

Necrose Avascular da Cabeça Femoral, mais comum em fraturas de colo femoral do que em fraturas intertrocantéricas

382
Q

Conduta diante de fratura do fêmur proximal

A

Cirurgia!!!
Se intercrocantérica: em até 48 horas
Se colo femoral: em até 12!!! (Risco de necrose avascular da cabeça do fêmur)

383
Q

Ligamentos que podem ser lesionados em Entorse de Tornozelo

A

Talofibular Anterior (mais comum)
Calcâneo fibular
Talofibular Posterior

384
Q

Principal tipo de osteomielite

A

Por Contiguidade (80% dos casos)

385
Q

No que corresponde o sequestro ósseo?

A

Complicação da osteomielite, principalmente de casos crônicos
Inflamação e edema ósseo intensos levam a uma separação da área acometida do osso “normal”
Indicação de internação cirúrgica (sequestrectomia)

386
Q

Conduta diante de paciente com oclusão arterial aguda de membro inferior, com risco de perda iminente do membro

A

Tratamento endovascular!!!
Iniciar heparinização + embolectomia endovascular com cateter de Fogarthy

387
Q

Em geral, por quantas horas um membro pode permanecer em isquemia, sem perda da extremidade?

A

De 5 a 6 horas

388
Q

Principal local de alojamento de êmbolos na Doença Arterial Oclusiva Periférica?

A

Bifurcação da artéria femoral comum

389
Q

Conduta diante de um paciente com Doenças Arterial Periférica, conforme a classificação de TASC (Transatlantic Inter-Society Consensus)

A

TASC A e B: Tratamento endovascular
C: não há consenso
D: Reparo aberto

390
Q

5 Principais Indicações de Colocação de Filtro de Veia Cava

A

1) Tromboembolismo recorrente, apesar de anticoagulação adequada
2) TVP em paciente com contraindicação à anticoagulação
3) Embolia pulmonar crônica e hipertensão pulmonar resultante
4) Complicações da anticoagulação
5) Propagação de trombo venoso iliofemoral na vigência de anticoagulação

391
Q

Principais causas de dor neuropática

A

Pós-herpética, por neuropatia diabética e síndrome dolorosa regional complexa

392
Q

Síndrome Dolorosa Regional Complexa (SDRC). O que é?

A

Conjunto de apresentações marcadas por dores crônicas, podendo ser pós trauma/cirurgia, com alterações vasomotoras e tróficas

393
Q

Sinal da Praia, no e-Fast

A

Representa o deslizamento adequado das pleuras! É um achado normal!!!

394
Q

Tratamento de escolha para reversão da anticoagulação em paciente que faz uso de cumarínico (warfarina)

A

Complexo Protrombínico
Se choque hipovolêmico: pode ser feito vitamina K + plasma fresco congelado

395
Q

Conduta em câncer localizado em reto médio e reto baixo

A

QT + RT neoadjuvante, com intuito de diminuir o tumor e operá-lo em R0 (sem tumor residual), poupando esfíncter anal
Após terminar os ciclos, prosseguir com tratamento cirúrgico!

396
Q

Exame de imagem com maior sensibilidade e especificidade para diagnóstico de ureterolitíase

A

TC sem contraste

397
Q

No procedimento cirúrgico por videolaparoscopia, qual complicação é possível de acontecer relacionada com a circulação pulmonar?

A

Aumento da PaCO2, por piora na relação ventilação perfusão, devido ao aparecimento de shunts na circulação e diminuição do volume corrente pulmonar

398
Q

Tempo em que pode ocorrer o aparecimento de infecção de sítio cirúrgico

A

Entre 0 e 30 dias, ou até 1 ano da cirurgia, se colocação de implante (tela, corpo estranho)

399
Q

Principal causa de infecção em pacientes cirúrgicos internados em UTI

A

Pneumonia associada a ventilação mecânica (> 48h da intubação)

400
Q

3 Principais causas de Infecção de Sítio Cirúrgico

A

Tipo de cirurgia, quanto ao grau de contaminação (contaminadas e infectadas tem maior risco)
ASA ≥ 3
Tempo de cirurgia > p75 para a duração média do procedimento

401
Q

Principal causa de amaurose (perda da visão) no mundo

A

Catarata

402
Q

Paciente com baixa acuidade visual, com melhora da visão para perto. O que sugere?

A

Catarata do tipo nuclear, com miopização
Tipo mais comum, que leva a perda visual lentra

403
Q

Antídoto da hipertermia maligna

A

Dantrolene → Relaxante muscular, que inibe a liberação de Cálcio

404
Q

Distúrbio hidroeletrolítico persente na hipertermia maligna

A

Inicia-se com acidose respiratória, com aumento da quantidade de CO2 produzido pelo metabolismo aeróbio celular e maior quantidade de CO2 exalado
Após, apresenta também acidose metabólica, com o metabolismo anaeróbio e produção de lactato

405
Q

O que avalia o Índice Bispectral (IBS)? Qual a avaliação de acordo com seus valores?

A

Avalia a profundidade real da anestesia
80-100: Lúcido com consciência intacta
60-80: Sedação
40-60: Anestesia Geral
< 40: Supressão cortical intensa, além do necessário

406
Q

Condições que podem levar a supressão cortical intensa e sedação profunda, com risco de danos neurológicos, durante anestesia

A
  • Excesso de Anestésicos
  • Hipotensão
  • Má perfusão cerebral
407
Q

Como avaliar a fluidorresponsividade (capacidade de resposta a reposição volêmica) em paciente em choque?

A

Avaliação da variação da pressão de pulso (DPP), que corresponde à PAs - PAd, sendo avaliada a maior variação (maior curva, durante expiração) em comparação com a menor variação de pressão, durante a inspiração
Se Variação de Pressão > 13% (comparação entre a maior e menor curva), indica hipovolemia e responsividade a reposição volêmica

408
Q

Para fazer a avaliação da variação da pressão de pulso (DPP), quais critérios necessitam estar presentes?

A

Paciente sob ventilação mecânica e sedação, para que o ventilador seja o responsável pelo fluxo inspiratório e expiratório do paciente, com aferição invasiva da pressão arterial (PAI)

409
Q

Sinal observado que indica baixo débito cardíaco, em paciente com insuficiência cardíaca descompensada

A

PA convergente, ou seja, a pressão sistólica se aproxima bastante da diastólica (exemplo: PA = 100×86 mmHg).

410
Q

Em que momento a pressão de pulso diminui e em que momento espera-se que ela se eleve, na avaliação da Variação de Pressão de Pulso (DPP)?

A

Aumenta da expiração, com diminuição da pressão intratorácica e maior retorno venoso cardíaco
Diminui na inspiração, com aumento da pressão intratorácica e menor retorno venoso

411
Q

Principal causa de nefrolitíase

A

Hipercalciúria Idiopática

412
Q

Fatores dietéticos que são fatores de risco para litíase renal

A

Dieta com alta ingesta de proteínas e NaCl

413
Q

Orientações dietéticas para paciente com litíase renal por oxalato de cálcio ou hipercalciúria idiopática

A

Ingesta reduzida sódio (NaCl), o que leva a maior reabsorção tubular de sódio e cálcio no túbulo proximal
Ingesta reduzida de proteínas, pois o metabolismo proteico produz ácidos que são tamponados nos ossos, com consequente liberação de cálcio intraósseo e calciúria
Aumentar ingesta hídrica!!! Urina mais diluída é fator protetor.
Aumentar ingesta de citratos: se liga ao cálcio e forma citrato de cálcio, substância solúvel e pouco propensa a litíase

414
Q

Principal fator de risco para pielonefrite de repetição em população pediátrica

A

Refluxo vesicoureteral (presente em 40% das crianças com pielonefrite)

415
Q

Suspeita diante de lesão sólida no rim

A

Malignidade, sem necessidade de biópsia!!!
Retirar a massa E O RIM (Nefrectomia ipsilateral)

416
Q

Situações, diante de suspeita de neoplasia renal, que permitem nefrectomia parcial

A

Lesões de até 4 cm (T1a), podendo ser por cirurgia aberta, laparoscopia ou minimamente invasiva

417
Q

Na avaliação de derrame parapneumônico, quais os 5 parâmetros avaliados para definir se derrame complicado ou não complicado?

A

1) Saída de secreção purulenta
2) Bactéria corável pelo Gram no líquido pleural
3) pH do líquido pleural < 7,2
4) ↓↓ Glicose no líquido pleural (< 40-60)
5) LDH > 1.000 no líquido pleural

Se ao menos um desses critérios, define-se derrame complicado e indicação de drenagem em selo d’água
Se nenhum critério presente → Mantem antibioticoterapia

418
Q

Posição ideal do paciente para realização de drenagem poleural

A

Paciente semi-sentado, com membro superior do lado a ser drenado em abdução

419
Q

Qual o modo de ciclagem e a limitação do modo ventilatório com Volume Controlado?

A

Ciclagem por volume e limitado pelo fluxo

420
Q

Qual o modo de ciclagem e a limitação do modo ventilatório com Pressão Controlada?

A

Ciclagem por tempo e limitado pela pressão

421
Q

Qual o modo de ciclagem e a limitação do modo ventilatório Pressão de Suporte?

A

Ciclagem por fluxo e limitado pela pressão
Modo disparado pelo paciente

422
Q

Região em que é administrado o anestésico na anestesia epidural

A

Região entre a dura-máter e o ligamento interespinhoso
Espaço virtual preenchido por gordura, que se revela durante a administração do anestésico, não estando presente habitualmente no corpo humano

423
Q

Principais efeitos colaterais da Succinilcolina

A

Bradicardia (principalmente em crianças) e Hipercalemia

424
Q

Suspeita diante de RN, principalmente prematuro, com Pneumatose Intestinal + Ar no Sistema Porta

A

Enterocolite Necrosante (Necrose da mucosa, com possibilidade de evolução para perfuração, sepse e óbito)

425
Q

Principal local de acometimento de Enterocolite Necrosante

A

Íleo Terminal
Raro acometer estômago

426
Q

Momento de desenvolvimento mais comum da Enterocolite Necrosante

A

Após 2-3 dias do nascimento, com a maioria ocorrendo até o 10º dia de nascimento
A idade gestacional é inversamente proporcional ao risco de enterocolite (quanto mais prematuro, maior o risco)

427
Q

4 Principais Fatores de Risco para Enterocolite Necrosante

A

1) Prematuridade (50-80%). Quanto mais prematuro, maior o risco
2) Cardiopatia Congênita
3) Asfixia Perinatal
4) Baixo fluxo sanguíneo pelo cordão umbilical durante gestação

428
Q

Quadro Clínico de paciente com Enterocolite Necrosante

A

Início após 2-3 dias do nascimento, com a maioria (90%) ocorrendo até 10 dias de nascido
Vômitos com conteúdo biliar
Distensão abdominal
Pode apresentar diarreias explosivas
Perfuração pode ocorrer, geralmente 48 horas após o início do caso

429
Q

Tratamento da Enterocolite Necrosante

A

Dieta zero + Antibioticoterapia Ampla + Aspiração Gástrica
Se choque ou perfuração, tratamento cirúrgico

430
Q

Conduta diante de paciente em pós-operatório com instabilidade do manúbrio ou esterno

A

Ressutura do esterno, com desbridamento de tecidos fibrinosos ou necróticos, lavagem do plano muscular e sutura por planos
Sempre atentar a risco de mediastinite!!!!

431
Q

Indicações pré-cirúrgicas de suporte nutricional

A

Perda involuntária > 10% do peso em 6 meses
Perda involuntária > 5% do peso em 1 mês
Perda de sangue esperada > 500 ml durante a cirurgia
Albumina sérica < 3,0
Transferrina < 200, na ausência de inflamação, doença hepática ou renal
7-10 dias no perioperatório
Doença catabólica (queimadura grave, pancreatite aguda, sepse)

432
Q

Principais causas de febre no pós-operatório a partir do 5º dia

A

Fístulas, deiscências e abscessos

433
Q

Tratamento padrão de diverticulite Hinchey III e IV ou associada a obstrução

A

ATB IV + Cirurgia de urgência - Hartmann

434
Q

Em que consiste a cirurgia de Hartmann?

A

Cirurgia de urgência!

Laparotomia com Retossigmoidectomia + Colostomia proximal + Fechamento do coto distal.

Posteriormente será feita a reconstrução do trânsito intestinal com anastomose primária.

435
Q

Definição de cirurgia limpa e indicação de antibioticoprofilaxia

A

Sem inflamação e sem invasão dos tratos respiratórios, alimentar ou genitourinário
(Não invade nenhum trato corporal)

Ex.: restrita à pele; plástica; oftalmológica; neurocirurgia; cardíaca.

Antibioticoprofilaxia: NUNCA!

Exceções:
Ortopédicas → risco de osteomielite
Próteses → hernioplastia com tela, prótese de mama…

436
Q

Definição de cirurgia potencialmente contaminada (limpa contaminada) e indicação de antibioticoprofilaxia

A

Invasão de trato corporal CONTROLADA E SEM QUEBRA DE TÉCNICA, em local SEM INFLAMAÇÃO

Tratos: respiratório, alimentar ou genitourinário

Ex.: Colecistectomia eletiva por colelitíase (sem inflamação); gastrectomia ou colectomia, sem inflamação e sem extravasamento de conteúdo em cavidade

Antibioticoprofilaxia: SEMPRE (exceto colecistectomia eletiva videolaparoscópica ou traqueostomia)

437
Q

Definição de cirurgia contaminada e indicação de antibioticoprofilaxia

A

Feridas traumáticas recentes (até 6 horas)
Extravasamento de conteúdo visceral ou inflamação aguda NÃO PURULENTA
Invasão NÃO CONTROLADA e com QUEBRA DA TÉCNICA dos tratos respiratório, alimentar, geniturinário

Ex.: colecistectomia por colecistite (não purulenta); colecistectomia eletiva com extravasamento de bile; apendicectomia por apendicite aguda NÃO perfurada

Antibioticoprofilaxia: SEMPRE

438
Q

Definição de cirurgia infectada e indicação de antibioticoprofilaxia

A

Feridas traumáticas com mais de 6 horas
Sinais de sepse ou secreção PURULENTA
Infecção ativa

Ex.: apendicite aguda perfurada; diverticulite aguda perfurada; extravasamento de fezes na cavidade; febre e toxemia

AntibioticoTERAPIA

439
Q

Diagnósticos suspeitos diante de fístula colovesical

A

Doença de Crohn, Câncer colorretal, Diverticulose

440
Q

Pneumatúria é indicativo de que?

A

Fístula colovesical

441
Q

Tratamento de diverticulite aguda com abscesso ≥ 4 cm

A

Dieta zero com hidratação venosa + Drenagem do abscesso via punção + ATB venoso + colonoscopia tardia após 4-6 semanas + Avaliar cirurgia eletiva

442
Q

5 Indicações de cirurgia eletiva na Doença Diverticular

A

Imunossupressão
Impossibilidade de diferenciar de câncer colorretal
Complicação prévia (Drenagem prévia de abscessos/fístulas)
Fístula colovesical
Dor refratária

443
Q

Indicações de cirurgia de urgência na diverticulite

A

Peritonite (Hinchey III e IV) e Obstrução intestinal

444
Q

Doença Vascular Intestinal mais comum

A

Colite Isquêmica

445
Q

Áreas intestinais de maior incidência de Colite Isquêmica e a razão

A

Flexura esplênica: Área de transição da AMS para AMI

Junção Retossigmóide: Área de transição da AMI para Ilíaca interna

446
Q

Principal causa de Isquemia Mesentérica Crônica

A

Aterosclerose

447
Q

Clínica de Isquemia Mesentéria Crônica

A

Dor abdominal intermitente com piora com alimentação (angina mesentérica), perda de peso (medo de comer)

448
Q

Fatores de risco para Isquemia Mesentérica Crônica

A

Fatores de risco para aterosclerose: tabagismo, DM, obesidade, dislipidemia, HAS, história de IAM, história de angina, doença arterial periférica…

449
Q

Diagnóstico de Isquemia Mesentérica Crônica

A

Clínica + Angiografia Mesentérica (Padrão Ouro)

450
Q

Tratamento da Isquemia Mesentérica Crônica

A

Jovem com bom risco cirúrgico: revascularização

Idoso; alto risco cirúrgico: angioplastia com stent

451
Q

Duas principais causas de Isquemia Mesentérica Aguda

A

Embolia (50%)
Não oclusiva (20%): vasoespasmo, choque…

452
Q

Clínica da Isquemia Mesentérica Aguda

A

Dor abdominal intensa DESPROPORCIONAL ao exame físico + Temp retal < Temp axilar + ACIDOSE METABÓLICA (↑ Lactato) + Taquipneia (Alcalose respiratória compensatória)

453
Q

Diagnóstico da Isquemia Mesentérica Aguda

A

Angiografia (Padrão Ouro)

TC de abdome com contraste IV (Mais usado)

454
Q

Alterações laboratoriais da Isquemia Mesentérica Aguda

A

Leucocitose (≥15.000) + ACIDOSE METABÓLICA + ↑ LACTATO

455
Q

Gás na veia porta indica…

A

Pensar em necrose abdominal

456
Q

Alterações na TC quando Isquemia Mesentérica Aguda

A

Falha de enchimento de contraste (Precoce) + Gás na Veia Porta + Pneumatose Intestinal (Achados Tardios)

457
Q

Tratamento da Isquemia Mesentérica Aguda Oclusiva

A

Heparinização + Embolectomia/Trombectomia + Papaverina Intrarterial + Lapatoromia com Ressecção de Alças Não Viáveis

Na por trombose venose pode-se tentar trombólise

458
Q

Tratamento da Isquemia Mesentérica Aguda NÃO Oclusiva

A

Papaverina Intrarterial (Vasodilatador Arterial)

459
Q

Métodos diagnóstico da Colite Isquêmica

A

Rx de abdome + Clister: impressões digitais (thumbprint), que evidencia o edema da mucosa colônica

Retossigmoidoscopia: mucose hemorragica / isquêmica

460
Q

Tratamento da Colite Isquêmica

A

Suporte: dieta zero + HV + ATB

Cirurgia: peritonite, sangramento maciço, colite fulminante, recorrencia e refratariedade

461
Q

Quadro clínico da colite isquêmica

A

Dor abdominal + Diarreia mucossanguinolenta + Febre

462
Q

Clínica clássica da pancreatite aguda

A

Dor abdminal em barra com irradação para dorso + náuseas e vômitos

463
Q

No quadro de paciente com doença diverticular dos cólons, qual o local mais comum em que pode ocorrer perfuração para retroperitônio?

A

Cólon Esquerdo

464
Q

Em qual local é mais frequente a presença de divertículos?

A

Cólon Esquerdo

465
Q

Qual segmento é mais comum a ocorrência de hemorragias, em paciente com doença diverticular dos cólons?

A

Cólon Direito (Ascendente)

466
Q

Qual segmento é mais comum a ocorrência de diverticulite, em paciente com doença diverticular dos cólons?

A

Cólon Esquerdo (Sigmoide)

467
Q

Complicações formada por quadro de divertículo com microperfurações

A

Abscesso pericólico

468
Q

Conduta diante de paciente com Seroma no pós-operatório

A

Aspiração com agulha, seguida de curativo compressivo ou drenagem aberta
Sem necessidade de antibioticoterapia inicialmente

469
Q

Principal fonte de infecções em pacientes com infecção de ferida pós-operatória

A

Endógena, principalmente os germes da pele (S. aureus e S. coagulase negativo)

470
Q

Método diagnóstico para Doença Celíaca

A

Sorologia positiva + Biópsia intestinal compatível (lesões Marsh grau 2 ou 3 confirmam o diagnóstico)

471
Q

Anticorpo mais sensível para diagnóstico de doença celíaca

A

Antitransglutaminase tecidual
Sens: 90-98%; Esp: 95-97%.

472
Q

Situações em que a biópsia intestinal não é necessária para diagnóstico de doença celíaca

A

Anticorpo Antitransglutaminase A > 10x o limite superior + Antiendomísio positivo
Coletar exames durante a vigência de ingesta de glúten!!!! Remover glúten antes da avaliação pode levar a falso negativo

473
Q

Qual a fratura mais comum em queda em que o paciente ao cair se apoia no solo com membro superior estendido e o pulso em dorsiflexão?

A

Fratura do escafoide

474
Q

Anomalia congênita mais comum do trato urinário

A

Duplicidade Pieloureteral

475
Q

Suspeita diante de RN com USG de vias urinárias com dilatação somente de um polo renal (superior)

A

Duplicidade Pieloureteral

476
Q

Clínica de tumores ósseos

A
  • Fraturas patológicas (locais atípicos e baixo impacto)
  • Dor progressiva e tumefação firme em extremidades ósseas, principalmente ossos longos, com piora à noite, sem relação com movimentação (diferenciação de patologias articulares e musculares)
  • Sintomas constitucionais somente em fases avançadas
477
Q

Tumor ósseo que cursa com aumento importante de fosfatase alcalina

A

Osteossarcoma

478
Q

Método padrão-ouro para diagnóstico de tumores ósseos

A

Biópsia incisional percutânea

479
Q

Exame inicial a ser solicitado na suspeita de tumor ósseo

A

Radiografia simples

480
Q

Locais principais de metástases de tumores ósseos primários

A

Metástases ósseas salteadas, Pulmão e Linfonodos Regionais

481
Q

Sistema de Estadiamento de Tumores Ósseos

A

Estadiamento de Enneking
Utilizado tanto em tumores benignos quanto malignos

482
Q

Como é o estadiamento de Enneking para tumores benignos?

A

I: Latente (maioria assintomáticos)
II: Ativo
III: Agressivo

483
Q

Como é o estadiamento de Enneking para tumores malignos?

A

Ia: Baixo grau, Unicompartimental
Ib: Baixo grau, Extracompartimental
IIa: Alto grau, Unicompartimental
IIb: Alto grau, Extracompartimental
III: Metástase a distância

Baixo grau: assintomático, evolução lenta
Alto grau: sintomáticos e de crescimento rápido
Unicompartimental: Restritos ao osso
Extracompartimental: Rompem a cortical e se estendem aos tecidos moles subjacentes

484
Q

Tratamento padrão dos tumores ósseos benignos

A

Enneking Grau I e II: Ressecção intralesional ou marginal
Enneking III: Ressecção ampla

485
Q

Tratamento padrão dos tumores ósseos malignos

A

Enneking I (Baixo grau): Ressecção Ampla com grande potencial de cura
Enneking II (Alto Grau): Ressecção Radical + Terapia (Neo) Adjuvante

486
Q

Exames a serem solicitados para estadiamento de tumores ósseos

A
  • Rx simples: primeiro exame a ser solicitado!
  • TC com contraste: avaliar vascularização e tórax (local principal de metástases)
  • Ressonância Magnética: avaliar invasão a tecidos moles adjacentes
  • Cintilografia óssea: avaliar atividades osteoblástica e extensão intramedular, bem como metástases salteadas
487
Q

Principal faixa etária acometida pelo Osteossarcoma

A

Meninos em fase de crescimento: 10-25 anos. Relação com crescimento ósseo acelerado e predisposição a transformação maligna! Tanto que o principal local de acometimento é na metáfise (placa de crescimento óssea!)

488
Q

Locais de principal acometimento de Osteossarcoma

A

Metáfise de ossos longos, principalmente:
1- Fêmur distal
2- Tíbia proximal
3- Úmero proximal

489
Q

Quais os quatro tipos celulares de osteossarcoma e qual tem a pior resposta à quimioterapia?

A

1 - Osteoblástico
2 - Fibroblástico
3 - Condroblástico (Pior resposta à QT)
4 - Telangiectásico

490
Q

Clínica do paciente com Osteossarcoma

A

Dor intensa, principalmente em locais que sofreram traumas (pensar em esportistas), sem resposta a terapia habitual
Dor tão forte que acorda à noite
Pode ter limitação de movimento, tumefação e fratura patológica

491
Q

Tumor ósseo mais comum

A

Metástase de sítio a distância, principalmente pulmão, mama e próstata
Em segundo lugar, Mieloma Múltiplo

492
Q

Tumor ósseo primário mais comum

A

Osteossarcoma

493
Q

Triângulo de Codman. O que ele representa? É sugestivo de qual enfermidade?

A

Imagem com aspecto de elevação do periósteo, sugestivo de Osteossarcoma

494
Q

Radiografia em Raios de Sol. Presente em qual enfermidade?

A

Osteossarcoma
Imagem com lesão heterogênea ultrapassando a cortical do osso

495
Q

Tratamento padrão do Osteossarcoma, bem como da doença metastática. Qual a sobrevida média após o tratamento?

A

Quimioterapia neoadjuvante +
Ressecção da lesão (casos graves → amputação) +
Quimioterapia adjuvante
Sobrevida em 5 anos: 65-70%

Se metástase pulmonar: toracotomia com ressecção das metástases

Resposta ruim a radioterapia!

496
Q

Alterações radiológicas do Osteossarcoma

A

Pode apresentar tanto imagens líticas quanto blásticas e lesões mistas
Imagem heterogênea com expansão além da cortical do osso → Raios de sol
Aspecto de elevação do Periósteo → Triângulo de Codman

Imagem de Osteossarcoma em Diáfise de Fíbula

497
Q

Principal faixa etária acometida pelo Sarcoma de Ewing e qual o paciente típico

A

Meninos, brancos, entre 5-15 anos de idade
Raramento acomete negros (não se sabe a razão)

498
Q

Local mais comum de acometimento do Sarcoma de Ewing

A

Diáfise de ossos longos, principalmente fêmur, tíbia e úmero, e ossos planos, como caixa torácica (tumor de Askin), pelve e coluna vertebral

499
Q

Alterações radiológicas clássicas do sarcoma de Ewing

A

Reação periosteal em “casca de cebola”

500
Q

Sintomas clássicos do paciente com sarcoma de Ewing e aqueles particulares de localizações específicas

A

Dor local é o principal sintoma, podendo ser intermitente e piorando com o avançar da doença
Pode ser palpada massa no local
Febre e sudorese podem estar presentes

Sarcoma de parede torácica (Tumor de Askin) → Insuficiência respiratória
Sarcoma de coluna vertebral → Síndrome de compressão medular

501
Q

Tratamento do paciente com Sarcoma de Ewing

A

Quimioterapia neoadjuvante +
Cirurgia ou Radioterapia +
Quimioterapia adjuvante
Cura em 70-75% quando doença localizada

502
Q

Principal sítio de metástases ósseas do sarcoma de Ewing

A

Coluna Vertebral

503
Q

Localização do Sarcoma de Ewing associada com pior prognóstico

A

Pelve
Chance maior de tumores metastáticos (25-30%)

504
Q

Fatores de Risco relacionados com Osteossarcoma

A

Irradiação óssea prévia, Retinoblastoma, Síndrome de Rothmund-Thomson, Síndrome de Li-Fraumeni

505
Q

Contraindicações de Cricotireoidostomia Cirúrgica

A

Fratura de Laringe
Idade < 12 anos

506
Q

Contraindicações de Entubação Orotraqueal em Politraumatizado

A

Trauma maxilo facial extenso ou trauma de pescoço com distorção anatômica
Acúmulo de sangue e secreções ou edema de via aérea impossibilitando visualização das cordas vocais
Fratura de laringe

507
Q

Parâmetro principal para guiar a reposição volêmica em paciente queimado

A

Débito Urinário