Prop Ped - Ap Respiratório Flashcards
Propedêutica Pediátrica
Síndrome do Crupe
Principais sintomas
tosse ladrante, estridor, rouquidão e
desconforto respiratório
Síndrome do Crupe
Possíveis Causas
- Crupe Viral (Laringite)
- Traqueíte bacteriana
- Difteria
- Laringotraqueíte
- Laringotraqueobronquite
Síndrome do Crupe
Como é a ausculta?
em Estridor
* Som respiratório alto produzido pela passagem de ar de uma via aérea
de grosso calibre que está estreitada
* Longa duração
* Pode-se acompanhar de tiragem na fúrcula
* Fisiopatologia
* Obstrução parcial VAS por edema, constrição ou corpo estranho
Particularidades da anatomia do sistema respiratório na criança
Enquanto que no adulto a laringe tem forma cilíndrica e a glote é a parte mais estreita, na Criança a laringe tem forma de funil, mais alta e anterior, sendo mais estreito na subglote (cart. cricóide). É uma estrutura sobreposta e com a membrana cricotiróide “escondida”
- VA de condução mais estreita que nos adultos
- caixa torácica de forma cilíndrica
- costelas horizontalizadas: menor angulação -> diametro AP igual ao transverso
- gradil costal maleável. Musculatura da caixa toráxica imatura -> suporte estrutural ventilatório
- ficam mais suscetíveis a fadiga respiratória - musculos menos desenvolvidos e frequencia respiratoria mais elevada
* Circulação colateral- aparece por volta do 6 anos*
* maior predisposiçao a atelectasias
- crianças possuem taxa metabólica mais alta e desta forma, consumo de
oxigênio maior que os adultos (6-8 mL/kg/min vs 4 mL/kg/min).
Ao mesmo tempo, possuem menor capacidade residual funcional e menores
reservas de oxigênio, que propiciam maiores chances de desenvolver hipoxemia
com maior rapidez quando ocorre qualquer alteração da respiração.
Laringite viral aguda
Também chamada de Crupe Viral
- Inflamação subglótica da laringe
- Congestão + edema = obstrução variável da via
aérea
- - Lactentes e pré-escolares
- Pico aos 2 anos de idade
- ## Mais comum em meninos
- Etiologia:
- Parainfluenza 1, 2 e 3; Influeza A e B e VSR
- > 5 anos- Mycoplasma pneumoniae
Sinais e sintomas
* Coriza
* Obstrução nasal
* Tosse seca
* Febre baixa
Evolução
Após 12-48 horas: síndrome do crupe (sinais e sintomas de OVAS)
* Tosse rouca / ladrante
* Choro rouco / disfonia / afonia
* Estridor predominante inspiratório
* Taquidispnéia – variados graus
* Persistência 2 a 3 dias
* Regressão em 5 dias
na laringite viral aguda a via area inferior está preservada. Tem-se pródomo viral, tosse de cachorro e estridor laringeo
Obstrução de Trato Respiratório Inferior
** Bronquiolite Viral Aguda **
epidemiologia
Bronquiolite Viral Aguda (BVA)
Principal agente- VSR
* Incidência de BVA –
A maioria das crianças são infectadas
no primeiro ano de vida e,
virtualmente, todas as crianças serão
expostas ao VSR até o final do 2o ano
de vida.
* Pico de incidência- 3 a 6 meses de
idade.
* Pacientes em contato com
tabagistas, atopia, falta de
aleitamento materno e
prematuros são mais propensos a
serem internados.
- Grupos de risco para infecção
respiratória grave:
o Lactentes com menos de 6
meses de idade, principalmente
prematuros (prematuros sao o principal grupo de risco para hospitalização);
o Crianças com doença pulmonar
crônica da prematuridade;
o Cardiopatas
o Imunodeprimidos
na bronquiolite viral aguda a via aerea inferior está acometida. Tem-se pródomo viral, tosse, chiado e médio desconforto respiratório
** Bronquiolite Viral Aguda **
principais características
- Diagnóstico clínico
- Rinorréia, congestão nasal, ±febre (2-3 dias)
- tosse e sibilância – piora 3o -5o dia
- sinais de desconforto respiratório
- taquidispneia, retrações torácicas e de fúrcula, gemido, batimento de asas de nariz (BAN)
- Ausculta: estertores grossos ou subcrepitantes e sibilos expiratórios
- Exames: PCR, detecção rápida de vírus, painel viral
- Resolução: 2-3 semanas
Qual a fisiopatologia de um gemido expiratório?
- Oclusão parcial das cordas vocais na expiração
- Tentativa de manter os alvéolos distendidos e melhorar as
trocas gasosas
** Bronquiolite Viral Aguda **
Fisiopatogenia
- tudo começa com uma infecçao viral de VRS
- a infecçao atinge as vias resp inferiores
- essa infecção causa necrose e infiltraçao linfocitária peribronquiolar (edema)
- obstruçao e diminuiçao do calibre das VRI
- aumento da resistencia ao ar (quarta potencia)
- ar fica aprisionado no pulmao causando hiperinsuflaçao
- ar expirado por via aerea exprimida (sibilancia)
- se a obstruçao for completa pode ter atelectasia da regiao distal a obstruçao e desproporçao V/Q
- causa hipoxemia, hipercapnia
Obstrução de Via Aérea por Corpo Estranho – OVACE
manobra de desobstrução de vias aéreas superiores por corpo estranho
- em menores de 1 ano:
- ciclos de 5 golpes no dorso + 5 compressoes torácicas
- se cirança inconsciente - iniciar RCP
- em maiores de 1 ano:
- manobra de Heimlich
Aspiração de corpo estranho para vias aéreas inferiores
características desse quadro
- Predomina entre 1-3 anos
- 50% crianças < 4 anos
- Grãos (milho, feijão, amendoim), peças de brinquedos
- Logo depois: acesso de tosse, seguida de engasgo
- Dispneia súbita, rouquidão, estridor, cianose
- Quadro súbito de chiado
- Tosse persistente
** Asma **
definição
- Doença inflamatória crônica das vias aéreas, marcada pela obstrução
reversível dos brônquios em decorrência de hiperreatividade. - Caracterizada por sintomas recorrentes de sibilância associada a
outros sintomas como: tosse, dispnéia, sibilância, falta de ar ou dor
torácica.
** Asma **
Fisiopatogenia
- Limitação do fluxo aéreo expiratório
- Broncoconstricção
- Edema
- muco
- Inflamação crônica das vias áereas
** Asma **
Possíveis causas de limitação ao fluxo aéreo
- edema da parede
- formação de muco
- remodelamento da via aérea
- broncoconstrição aguda
** Asma **
Ausculta
Sibilos
* Esparsos ou Difusos
* Predominante expiratórios
** Asma **
diagnóstico
- Diagnóstico clínico : tríade clássica: dispnéia + tosse + chiado
- História de sintomas respiratórios (chiado, falta de ar e tosse) que
varia ao longo do tempo e em intensidade - Sintomas desencadeados por infecções virais, alérgenos, cigarro,
exercício, estresse, risos, odores fortes - Sintomas mais frequentes durante a noite ou ao despertar
- Outros sintomas de alergia: rinite, dermatite atópica
- História familiar positiva para atopia
Doenças restritivas do TRI
Pneumonia
fisiopatogenia
- lesao da musoca respiratória / descamação celular / exsudação alveolar e bronquica
- afluxos de neutrofilos / aumento da atividade dos macrofagos intra-alveolar
- edema + acumulo de celulas linfomonocitárias, que pode ser lobar / segmentar; toda area pulmonar (broncopneumonia) / intersticial
Na penumonia, a via aérea inferior fica acometida, tem-se tosse, febre, dispnéia e dor abdominal
** Pneumonia **
Pneumonia adquirida na comunidade
Pneumonia diagnosticada em indivíduo que não estava em ambiente hospitalar nos últimos 30 dias.
- apresenta aumento de FR, que é o sinal mais sensível, tosse e febre
- alerta: presença de tiragem
- valores de corte para FR
- <2m = >= 60
- 2a11m = >=50
- 1a4a >= 40
** Pneumonia **
Exame Físico específico
* Palpação :
Diminuição da expansibilidade e aumento de frêmito toracovocal
* Percussão:
Macicez ou submacicez
* Ausculta:
Estertores finos ou crepitantes
Decorrentes da abertura alveolar, no final da inspiração.
Substituição da ausculta típica com diminuição ou ausência de
murmúrio
vesicular, pelo preenchimento alveolar.
* Broncofonia aumentada
Pneumonia Complicada
- Derrame parapneumônico: complicação mais frequente de uma
pneumonia (2-12%). - Processo inflamatório inicial
- Empiema é uma evolução do derrame pleural ( cultura do líquido
positiva ou bactéria identificada no líquido pleural).
Derrame Parapneumônico
Fases fisiopatológicas
- fase exsudativa (inicial) - agua + proteinas
- fase fibrino-purulenta (empiema) - bactérias
- fase de organização - fibroblastos
Derrame Parapneumônico
Anamnese
- dor torácica (dor pleurítica) - dor à inspiração e tosse
- dor abdominal
- falha terapêutica
- história com comprometimento do estado geral
- sinais e sintomas de anorexia, febre persistente, toxemia e prostação
Derrame Parapneumônico
exame físico
- inspeção:
- esforço respiratório, respiração superficial, assimetria torácica, posição antálgica, sinal de lemos torres
- palpação:
- menor expansibilidade e menor FTV
- percussão:
- macicez, submacicez ou Sinal de Signorelli
- ausculta:
- MV abolidos ou diminuidos e menor transmissão da voz, com broncofonia diminuida