Problema 3 - Dor crônica e lombalgia Flashcards
Dor aguda
- Transitória
- Associada à lesão de tecidos
- Autolimitada (cura do dano)
- Menos de 3 meses
Definição Clássica de dor aguda
Resposta fisiológica, normal e previsível aos estímulos térmicos, químicos ou mecânicos adversos, caracterizada por curta duração e reversão total com a interrupção do estímulo
Quais receptores estão envolvidos na dor aguda
AMPA e NK
NMDA fechado
Fisiopatologia da dor aguda
Lesão tecidual → Inflamação → Liberação de substâncias algogênicas → Nociceptores de alto limiar → Baixo limiar
Dor crônica
- Prolongada
- Tratamento especializado
- Não responde AINEs e opioides
- Mais de 3 meses
Dor crônica Primária
- Mais de três meses
- Cessa com a resolução da injúria
Dor crônica Secundária
- Mais de três meses
- Persiste mesmo após a resolução da causa
Definição clássica de dor crônica
Entidade patológica do sistema somatossensorial.
Fatores de Cronificação da Dor
- Lesão cirúrgica (amputações, toracotomias, mastectomias, herniorrafias).
- Patologias crônicas.
- Disfunção do SNC.
- Fenômenos psicopatológicos
Dor neuropática
Resulta de lesão ou disfunção do sistema nervoso somatossensorial em qualquer nível (nervos periféricos, medula espinhal ou cérebro)
Características da dor neuropática (6)
- Parestesia
- Hipoestesia
- Disestesia
- Dor espontânea: Sem estímulo evidente
- Dor evocada: alodínia ou hiperalgesia
- Distribuição dermatomérica: Segue o trajeto do nervo afetado
Etiologia da dor neuropática
Resulta de atividade eferente (dor de manutenção simpática) ou interrupção da atividade aferente (dor de desaferentação).
Classificação de dor neuropática
- Localização
- Distribuição
- Etiologia
- Mecanismos
Fisiopatologia da dor neuropática
Envolve alterações nas terminações nervosas, nervos periféricos, vias de condução e centros de processamento central
Sensibilização Periférica da dor neuropática (6)
- Redução do limiar de ativação dos nociceptores
- Descargas ectópicas
- Alteração na expressão dos canais de sódio e cálcio
- Crescimento neuronal anormal
- Ativação de neurônios adjacentes
- Infiltração de macrófagos
Hiperpatia
Reação álgica intensa e exagerada após estímulos repetitivos
Sensibilização Central da dar neuropática (5)
- Alterações na medula espinhal
- Brotamento anormal de fibras Aβ
- Ativação do receptor NMDA
- Proliferação da micróglia
- Ineficácia do sistema descendente inibitório
Redução do limiar de ativação dos nociceptores
Mediadores inflamatórios diminuem o limiar de ativação o que leva à alodínea
Descargas ectópicas
Lesões nervosas reduzem o limiar de ativação neuronal, resultando em impulsos espontâneos ou evocados por estímulos normalmente não dolorosos (alodínea e hiperalgesia)
Alterações na medula espinhal (dor neuropática)
Atividade persistente dos nervos lesados facilita sinapses no corno posterior da medula, levando a alterações neuroplásticas e aumento de neurotransmissores excitatórios
Brotamento anormal de fibras Aβ
Fibras normalmente proprioceptivas invadem regiões do corno posterior da medula, fazendo com que estímulos inócuos sejam percebidos como dor
Ativação do receptor NMDA
Despolarização prolongada pela atividade nervosa persistente mantém o receptor NMDA ativado, intensificando a resposta a estímulos repetitivos
Proliferação da micróglia (dor neuropática)
Após lesão neuronal, a micróglia se prolifera, ativando o sistema imunológico e liberando citocinas inflamatórias
Fenômenos de Wind-Up (dor neuropática)
A ativação repetitiva das fibras C resulta em respostas progressivamente maiores, amplificando a percepção da dor