Polipose Intestinal e Câncer Colorretal Flashcards

1
Q

Os pólipos intenstinais podem ser classificado de duas formas de acordo com sua aparência:

A

PÓLIPOS SÉSSEIS X PEDUNCULADOS
* PÓLIPOS SÉSSEIS: pólipos achatados, base alargada e sem haste
* PÓLIPOS PEDUNCULADOS: Com uma haste e base mais fina, assumindo aparência “alongada”

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2
Q

Quais são os pólipos intestinais não neoplásicos?

A
  • HIPERPLÁSICO: tipo mais frequente de pólipos não neoplásicos. Mais comum em idosos
  • INFLAMATÓRIO: pseudopólipos inflamatórios (RCU)
  • HAMARTAMATOSO: causa de hemorragia digestiva baixa em crianças

Os pólipos não neoplásicos têm uma baixíssima chance de malignização

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3
Q

Quais são os pólipos intestinais neoplásicos?

A

PÓLIPOS ADENOMATOSOS
* o Adenoma: tubular, tubuloviloso e viloso
* o Adenocarcinoma

Adenoma viloso: maior risco de malignização e menos frequentes.

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4
Q

Quais são as características que definem um Adenoma avançado? (3)

A
  • Presença de componente viloso
  • Tamanho > 10mm
  • Presença de displasia de alto grau
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5
Q

O que é a sequencia Adenoma-Carcinoma?

A

Progressão de um pólipo inicialmente benigno que, por meio de alterações genéticas específicas, é conduzido a um processo de transformação epitelial até gerar o câncer invasivo.

Pólipo adenomatoso benigno vira um câncer

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6
Q

A sequência adenoma-carcinoma ocorre por uma progressão ordenada de alterações moleculares/mutações genéticas distintas e cumulativas. Quais são elas ? (4)

A

1º - Mutação no gene APC, um dos principais genes supressores de tumor, mutação mais precoce

2º - Ativação do K-RAS, um protoncogene,promovem crescimento e proliferação celular

3º - Mutação no gene DCC (deleted in colorectal carcinoma), um gene supressor de tumor

4º - Mutação no gene p53, também um gene supressor de tumor, ocorre mais tardiamente na sequência adenoma-carcinoma.

Um carcinoma é considerado invasivo caso as células malignas se estendam através da muscular da mucosa do pólipo .Sem ultrapassá-la, via de regra, não apresentariam chance de metástase

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7
Q

Qual a conduta diante a pólipos intestinais?

A

Colonoscopia + biópsia (polipectomia)
* Histologia: pólipo adenocarcinoma invade até lâmina própria, com margens livres à polipectomia trata + repetir colono em 1 ano

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8
Q

Síndromes de polipose intestinais

Qual a definição de Polipose Adenomatosa Familiar e qual sua mutação encontrada?

A
  • Definição: pólipos adenomatosos em todo o TGI (> 100) + história familiar positiva
  • Há mutação hereditária do gene APC
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9
Q

Qual o tratamento da Polipose adenomatosa familiar?

A

Tratamento = protocolectomia TOTAL profilática + anastomose ileal

100% de risco até os 40 anos
Clínica: CA colorretal antes dos 20 anos - 70% apresentam Hipertrofia congenita do epitelio retiniano (Retinite pigmentosa)

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10
Q

Quais são as principais variantes da Polipose Adenomatosa Familiar?

A

1) Síndrome de Gardner (gargalho)
+ dentes supranumerários, osteomas, tumor desmoide…

2) Síndrome de Turcot (tem tumor)
+ tumores de SNC (principalmente meduloblastoma)

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11
Q

Síndromes de polipose intestinais

Diagnóstico, Clínica e Frequência da Colonoscopia:

A

Síndrome de Peutz-Jeghers

Pólipos hamartomatosos + manchas MELANOCÍTICAS (pele e mucosas):
Intussuscepção intestinal (no adulto – cabeça de invaginação), melena + anemiaferropriva

Colonoscopia de 2/2 anos a partir do diagnóstico

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12
Q

Definição e Clínica:

Síndrome de Cowden

A
  • Pólipos hamartomatosos
    + Ceratose palmoplantar
    + nódulos verrucosos (triquilemomas)

Principalmente em face

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13
Q

Paciente que procura o clínico preocupado com a enorme incidência de neoplasias (principalmente câncer colorretal e câncer de endométrio) entre os seus familiares, sem que haja menção da ocorrência de polipose. Principal suspeita e seu critério diagnóstico:

A

Câncer colorretal não polipoide hereditário ou síndrome de Lynch

Diagnóstico através dos critérios de Amsterdã:
* História familiar (3 ou > familiares com 1 parente de 1º grau)
* Autossômica dominante
* Idade baixa (< 50 anos)
* Acometer 2 gerações seguidas
* Não associada a polipose

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14
Q

Qual o segundo câncer mais prevalente em homens e mulheres?

A

Cólon e reto

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15
Q

Câncer colorretal. Manifestações Clínicas:

  • Cólon Direito:
  • Cólon Esquerdo:
  • Reto:
A

Cólon D:
* Anemia ferropriva (sangramento crônico), melena
* Massa palpável somente na doença avançada…

Cólon E:
* Alteração do hábito intestinal (diarreia, constipação)
* Lúmen menor e mais infiltrativo
* Hematoquezia

Reto:
* Tenesmo
* Dor retal
* Fezes em fita

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16
Q

A maioria dos cânceres colorretais localiza-se à:

A

Esquerda

40% de todas as lesões malignas do cólon se situam no reto e cólon descendente distal

17
Q

Rastreio CCR - População Normal. Quando iniciar e sua frequência:

A

Idade de início: 50 anos
Colonoscopia a cada 10 anos
Pesquisa de sangue oculto nas fezes: anual

US Preventive Services Task Force que propõe redução da idade de início de rastreio da população de risco médio para 45 anos

18
Q

Se história familiar Positiva para CCR, quando deve ser realizado o inicio do rastreio e sua frequencia?

A
19
Q

Rastreio CCR

Intervalo para seguimento - portadores de adenomas colorretais?

A

Adenoma simples: Repetir colonoscopia em 5 a 10 anos

Adenoma avançado: Repetir colonoscopia em 1 a 3 anos

Ressecções fatiadas: Repetir colonoscopia em 3 a 6 meses

20
Q

Intervalo e inicio para seguimento de rastreio na Síndrome de Lynch e PAF:

A

o Lynch
* ≥ 20 anos
* Inicialmente, 2/2 anos à após os 35, anual
o PAF (Gardner, Turcot…)
* ≥ 10 anos (pode iniciar com retoscopia*) ANUAL

21
Q

Cancer Colorretal

A depender da história clínica pode ser diferenciado em:
* Esporádico
* Herditário Associado a Pólipos
* Hereditário não-polipose

Qual é o mais comum seus fatores de risco e sua mutação?

A

Esporádico:
Mutação APC esporádica/adquirida
Fatores de risco: Idade é o principal fator de risco, História familiar +, Doença inflamatória intestinal, Dieta + hábitos de vida

22
Q

Síndrome de Lynch: Clínica, Tratamento e Acompanhamento.

A

Clínica: CA colorretal < 50 anos +/- endométrio, ovário, pâncreas, urológico…
* Tipo I: somente colorretal
* Tipo II: também em outros locais (como ovários, endométrio, estômago…)

Tratamento: colectomia total (poupa reto) = acompanhar com retoscopia

Ocorre por mutação com instabilidade de microssatélites

23
Q

Exame e Provável diagnóstico:

A

Enema baritado com duplo contraste. Sinal da maçã mordida
Provável CCR

24
Q

Verdadeiro ou Falso:

O CEA não é um marcador específico para o câncer colorretal, sua dosagem não tem valor para o rastreio/diagnóstico do CCR.

A

Verdadeiro. Entretanto,níveis acima de 10ug/mL ao diagnóstico sugerem maior possibilidade de metástases ou de tumor localmente muito avançado

25
Q

Tratamento Câncer de Cólon e reto alto (>10cm ânus)

A

Colectomia com margem de segurança e linfadenectomia

QT adjuvante se: linfonodo + ou T3/T4 de alto risco ou fáscia mesorretal, < 12 linfonodos retirados, invasão linfovascular

A radioterapia não tem nenhuma indicação no contexto do câncer de cólon não retal devido à proximidade com o intestino delgado

26
Q

Tratamento do Câncer Colonico metastático?

A

Abordagem cirúrgica agressiva, tanto para o tumor primário quanto para as metástases, sendo necessária a quimioterapia sistêmica em conjunto

Estádio IV considerada
irressecável, o tratamento será paliativo

27
Q

Tratamento para Cancer de reto baixo. (< 10 cm do ânus ou sentido no toque retal) – extraperitoneal

A

Até T1 (submucosa), N0, <3-4cm, <40% da cirunferência e até 8cm da margem anal = Excisão local endoscópica

Tratamento Padrão = QT e RT NEOadjuvantes + ressecção radical com margem de segurança + QT
adjuvante (Folfox)
* Se reto alto E T1 ou T2, ausência de comprometimento do esfincter E com linfonodos negativos = não precisa de neoadjuvância

Os 10cm distais do reto são acessíveis transanalmente

Uma excisão local é geralmente realizada transanalmente. Uma excisão radical é realizada transabdominalmente,
com um procedimento poupador de esfíncter ou uma ressecção abdominoperineal

28
Q

Tratamento para Cancer de reto baixo. Escolha de técnica cirúrgica para ressecção radical: (2)

A

RAB = ressecção abdominal baixa (sigmoide E reto superior)+ excisão total do mesorreto – ETM (linfadenectomia)
* Anastomose cólon-anal (mantém a continência) + ostomia de proteção temporária
* > 5 cm da margem anal (distante do esfíncter)

Miles = ressecção/amputação abdominoperineal ou RAP
(sigmoide E reto total) + excisão total do mesorreto – ETM
* ≤ 5 cm da margem anal (tocando o esfíncter)
* Colostomia definitiva terminal

Regressão completa após QT+RT neoadjuvante: watch and wait (acompanhar por 3 meses de perto)

29
Q

Tratamento Câncer retal metastático:

A

Pode ressecar – aumenta a sobrevida!!!!
* Sempre: TC de tórax +/- abdome (se CEA > 10)
* Metástase irresecável = QT paliativa

30
Q

Diferença de Metástase Sincrônicas e Metacrônicas?

A

METÁSTASES SINCRÔNICAS: são aquelas diagnosticadas antes, ao mesmo tempo ou até seis meses após a detecção do tumor
primário

METÁSTASES METACRÔNICAS: são aquelas detectadas mais de seis meses após o diagnóstico do tumor primário

31
Q

Principal metástase do CCR e conduta?

A
  • Metástase Hepática
  • Definir se é ressecável, doença
    potencialmente ressecável e doença considerada irressecável

Ressecável:* a possibilidade de exérese total das lesões (macro
e microscópica), preservando pelo menos 20% a 25% de parênquima (em fígados não doentes) com efetiva
drenagem biliar, vascularização e drenagem venosa.*

32
Q

Cancer colorretal

Para metástases hepática irressecável ou potencialmente ressecável foi criada uma abordagem de “quimioterapia de conversão” Cite um exemplo.

A

EMBOLIZAÇÃO PORTAL E HEPATECTOMIA EM DOIS TEMPOS:

Induzir atrofia do hemifígado a ser ressecado atráves de embolização portal e hipertrofia compensatória do fígado remanescente, aumentando
tanto a ressecabilidade quanto a segurança da cirurgia

MÉTODOS ABLATIVOS: A ablação tumoral é uma alternativa à quimioterapia de conversão.A ablação por radiofrequência
(RFA) é o método ablativo mais utilizado

33
Q

Qual é o tumor maligno mais frequente do intestino delgado?

A

Tumores neuroendócrinos

Até a sua última edição (20ª), o Tratado de Cirurgia do Sabiston ainda considerava o adenocarcinoma como tumor maligno mais prevalente no intestino delgado (30-50% das neoplasias), estando o tumor neuroendócrino
em segundo lugar (25-30%).
Isso acaba reverberando nas questões de prova