Polipose E Neoplasia Intestinal Flashcards

1
Q

Pólipos Intestinais

A
  1. Qualquer crescimento da mucosa para o interior do lúmen intestinal
  2. Adenomatosos são os mais comuns e benignos mas e são lesões pré-malignas que antecedem em 7-10 anos os adenocarcinoma colorretal
  3. Não neoplásico: hiperplásicos, hamartomatosos e inflamatórios
  4. Neoplásicos: adenoma (benigno) e adenocarcinoma (maligno)
  5. Pólipos serrilhados contem ao mesmo tempo tecido hiperplásico e adenomatoso
  6. Pólipos podem ser penduculados ou sésseis, solitários ou múltiplos
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2
Q

Pólipos Adenomatosos

A
  1. Incidência aumenta com idade (> 50 anos)
  2. São os mais frequentes do intestino grosso.
  3. Todos adenomas são DISPLASICOS: maioria de baixo grau não acometendo a lâmina própria, 10-30% de alto grau (carcinoma in situ).
  4. Colorretal ara ser invasivo deve invadir a submucosa, pois a mucosa não possui vasos. Podem ser:
    1. Tubular (85%): mais comum,de melhor prognóstico, menores (<2 cm) e penduculados
    1. Viloso (5-10%): pior prognóstico, maiores (>2 cm) e geralmente séssil c/ superfície aveludada
    1. Tubuloviloso (5-10%) :prognóstico intermediário
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3
Q

Pólipos Adenomatosos - Fatores de Risco para Malignização

A
  1. Tamanho > 2cm (chance de 40-50%)
  2. Tipo histológico: viloso
  3. Grau de displasia: alto grau
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4
Q

Pólipos Adenomatosos - Manifestações Clinicas e Conduta

A
  1. Maioria assintomáticos
  2. Sangramento retal (hematoquezia) é a queixa mais comum
  3. Dx: cliste opaco e colonoscopia
  4. Pólipos = POLIPECTOMIA
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5
Q

Pólipos não neoplásicos

A
  1. Hiperplásicos: mais/ exclusivos em reto e sigmoide, pequenos (séssil), comuns em >40 anos, possui células de desnaturação, sem potencial de malignização e são 2os mais frequentes, se serrilhado é indicado colonoscopia.
  2. Harmartomatosos: penduculados e grandes, tendência ao sangramento, intussuscepção e prolapso retal
  3. Inflamatórios: ocorre nas DII (DC e RCU) resultantes das fases de regeneração e cicatrização dos processos inflamatórios
  4. Todos pólipos devem fazer polipectomia. E uma nova colonoscopia após polipectomia deve ser realizada em 3 anos (chance de novos 30-40%), nos sesseis deve repetir em 3 meses
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6
Q

Síndromes Hereditárias de Polipose

A
  1. PAF
  2. Variantes da PAF: Sd. Gardner e Turcot
  3. Polipose juvenil
  4. Sd de Peutz-Jeghers
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7
Q

Polipose Adenomatosa Familiar

A
  1. Distúrbio autossômico dominante
  2. Presença do gene APC mutado (normal impede formação de pólipos) no cromossomo 5
  3. Pólipos adenomatosos em todo TGI (>100)
  4. Hx Familiar positiva
  5. Início da doença na adolescência
  6. Tto: protocolectomia total profilática (geralmente antes de 20 anos)
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8
Q

Polipose Adenomatosa Familiar

A
  1. Pode apresentar outros tumores: gástrico, ampola duodenal, colangiocarcinoma, hepatoblastoma, pancreático, tumores desmoide (massas tumorais fibrosas mesentério)
  2. Achado clássico: Hiperpigmentação Retiniana Hipertrófica
  3. Probabilidade de ocorrer câncer colorretal é de 100% por volta dos 40 anos
  4. EDA a cada 1-3 anos a partir de 25-30 anos como screening de tumores gástricos/duodenais
  5. Familiares devem fazer screening retossigmoidoscopia anual com 10-12 anos
  6. Pesquisa laboratorial para mutação gene APC não é 100% sensível mas deve ser feito junto com retossigmoidoscopia
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9
Q

Síndrome de Gardner - Variante da PAF

A
  1. Polipose colorretal associada a OSTEOMAS (mandibulares e cranianos) e tumores de tecidos moles (tumores desmoides, cistos sebáceos, lipomas, fibromas)
  2. Dentes extra-numéricos
  3. Mutação gene APC
  4. Odontomas
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10
Q

Síndrome de Turcot - Variante da PAF

A
  1. Polipose colorretal associada a tumores no SNC (MEDULOBLASTOMA e GLIOBLASTOMA e EPENDINOMA)
  2. Transmissão autossômica recessiva
  3. Mutação gene APC
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11
Q

Polipose Juvenil Familiar - Síndrome de Cowden (S. Dos hamartomas múltiplos)

A
  1. Autossômica dominante (talvez mutação do gene SMAD 4)
  2. Pólipos HAMARTOMATOSOS juvenis colorretal (>10)
  3. Penduculados e entre 1-3 cm com alta propensão ao sangramento
  4. Costuma se manifestar na infância ou adolescência, entre 4-14 anos
  5. Sintomas de hematoquezia e anemia ferropriva
  6. Ceratose palmoplantar
  7. Nódulos verrucosos (triquilemomas)
  8. Alto risco de câncer de mama e tireoide, MAS rara malignização colorretal
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12
Q

Síndrome de Peutz-Jeghers

A
  1. Autossômica dominante
  2. Pólipos HAMARTOMATOSOS (de tecido muscular liso envolvendo tecido glandular) em todo TGI (predominam no DELGADO)
  3. Manchas melanóticas na pele e mucosas (dedo e lábios)*
  4. Episódios recorrentes de intussuscepção
  5. Hematoquezia,melena e anemia
  6. Frequente câncer extraintestinal (50%) em ovário, testiculo, pâncreas, mama e de adenocarcinoma de estômago, delgado e cólon (40-60%)
  7. Conduta: colonoscopia, transito de delgado, EDA a cada 2 anos e US anual de pâncreas (em mulheres + US pélvica anual + mamografia aos 25, 30, 35 , 38 anos a cada 2 anos, dos 40 em diante)
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13
Q

Poliposes NÃO Familiares

A
  1. Síndrome de Cronknite-Canada: hamartomas em ID-IG (focos adenomatosos), idosos japoneses, alopécia + distrofia ungueal + hiperpigmentação cutânea
  2. Pseudopolipose: pólipos inflamatórios, DII, amebíase, esquistossomose e não malignização
  3. Polipose linfoide múltipla: pólipos linfomatosos de céls B (sintomas B)
  4. Pneumatose cistoide intestinal: cistos aéreos submucosos c/ aspecto polipoide, associação com DPOC e esclerodermia
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14
Q

Síndrome de Cronknite-Canada

A
  1. Hamartomas em ID-IG (focos adenomatosos)
  2. Mais em idosos japoneses
  3. Relacionado c/ alopécia, onicólise (distrofia ungueal), hiperpigmentação cutânea, glossite, hipogeusia, disabsorção e hematoquezia
  4. Rara malignização colorretal
  5. TTO: imunossupressão (corticoide + azatioprina)
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15
Q

Câncer Colorretal

A
  1. Maioria (95%) por Adenocarcinoma, derivado do epitélio glandular colônico (Criptas)
  2. Maioria após 60 anos
  3. Pode ser esporádico (75%), hereditário associado a pólipos e hereditário não-Polipose
  4. DM 2 e acromegalia pode aumentar o risco de Ca colorretal, alem de ureterossigmoidostomia, Streptococcus bovis e radioterapia
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16
Q

Câncer Colorretal Esporádico - Fatores de Risco

A
  1. Idade (idosos)*
  2. Hx familiar
  3. DII: RCU* (pancolite ulcerativa após 8-10 anos e se colite a esquerda incidencia se eleva após 15-20 anos) e DC
  4. Dieta: calorias e gorduras, carboidratos refinados (aumenta densidade microbiota anaeróbica do cólon)
  5. Hábitos de vida aterogênicos: obesidade, hiperinsulinemia (aumento de IGF-I), tabagismo, etilismo
17
Q

Câncer Colorretal NÃO Polipose (CCHNP) ou Síndrome de Lynch

A
  1. CCHNP é a síndrome de câncer colorretal hereditária mais comum. Deve ter todos critérios abaixo:
  2. Presença de câncer colônico ou qualquer outro câncer relacionado à HNPCC (endométrio, delgado, ureter, pelve renal) diagnosticado histologicamente em 3 ou + familiares (um deles deve ser 1o grau)
  3. Pelo menos um caso de câncer colorretal se desenvolvendo antes dos 50 anos
  4. Câncer colorretal envolvendo pelo menos 2 gerações
  5. Ausência de uma síndrome de Polipose hereditária
18
Q

Câncer Colorretal NÃO Polipose (CCHNP) ou Síndrome de Lynch

A
  1. Autossômica dominante
  2. Mutação em genes que regulam reparo de DNA (hMSH2, hMLH1, hMSH6 e hPMS2)
  3. Ocorre em idade precoce (35-45 anos)
  4. Maioria no cólon direito ou ceco
  5. Geralmente são tumores sincrônicos (2 pontos distintos do colorretal ao mesmo tempo) e metacrônicos (surge novo Ca colorretal em segmento distinto apos a ressecção do primeiro)
19
Q

Câncer Colorretal NÃO Polipose (CCHNP) ou Síndrome de Lynch

A
  1. Síndrome de Lynch I: predisposição apenas de Ca colorretal
  2. Síndrome de Lynch II: Ca colorretal e tumores ginecológicos (carcinoma de endométrio 45% e ovário), outros são gástrico, delgado, hepatobiliar, prostata. Pode haver manchar café com leite.
    1. Na variante Muir-Torre pode ter múltiplos cistos/tumores sebáceos malignos
  3. Todos que preencher os critérios devem fazer colonoscopia a cada 2 anos a partir dos 21-25 anos, após 40 anos é anual
  4. A partir de 30-35 anos é indicado EDA a cada 2-3 anos, p/ Ca gástrico
  5. Em mulheres recomenda exame pélvico a cada 1-3 anos a partir dos 18 anos e a partir dos 25 anos exame pelico, USGTV e Bx endométrio anuais
20
Q

Câncer Colorretal Hereditário associado a Pólipos

A
  1. Associado a PAF e suas variantes (Gardner e Turcot)

2. Chances de 100% até 40 anos

21
Q

Câncer Colorretal - Fatores Protetores

A
  1. Consumo de grande quantidade de frutas e vegetais (800g/d) para tumores DISTAIS (reduz contato do epitélio c/ carcinogenios por aceleram transito intestinal)
  2. Suplementação de calcio ou ingesta rica no mineral (laticínios não gordurosos)
  3. Altas doses de piridoxina (vitamina B6)
  4. Exercícios físico regulares e controle da obesidade
  5. AINE, sinvastatina, pravastatina, reposição hormonal
22
Q

Câncer Colorretal - Rastreamento

  • Retossigmoidoscopia alcança até 60 cm do anus (flexura esplênica) e detecta 60-70% de todos cânceres colorretal, o encontro de pólipo adenomatoso obriga fazer colonoscopia
  • Presença de sangue oculto nas fezes indica colonoscopia
A
  1. Esporádico: ≥50 anos e depois a cada 10 anos por colonoscopia (padrão ouro e de maior sensibilidade quase 100%) e terminando entre 75 anos e no máximo 85 anos. Pode ser feito colonoscopia virtual ou retossigmoidoscopia a cada 5 anos
  2. Esporádico c/ historia familiar positiva: ≥ 40 anos ou 10 anos a menos que a idade do Ca diagnosticado na família (se <60 anos) e repetir a cada 5 anos* (se dx em >60 anos seguir padrão esporádico normal)
  3. Sd. Lynch: ≥ 20 anos
  4. PAF: ≥ 10 anos (pode inciar com retoscopia por alta incidencia no reto)
23
Q

Patologia e Patogenia do Câncer Colorretal

A
  1. Lesões polipoides: mais do lado direito (ceco e cólon ascendente) - 38%
  2. Lesões anulares constritivas: lado esquerdo (cólon descendente - 18%, retossigmoide -38%) com sintomas de obstrução
  3. Originam de um pólipo adenomatoso e se torna invasivo se alcança submucosa (ultrapassa muscular)
  4. Disseminação: gordura pericolônica e mesentério, linfonodos, cavidade peritoneal, através da veia porta no fígado
  5. Instalação geralmente lenta
24
Q

Manifestações Clinicas do Câncer Colorretal

A
  1. Cólon Esquerdo (descendente, sigmoide de menores calibre e fezes mais sólidas): Alteração do hábito intestinal (constipação x diarreia)
  2. Cólon Direito (ascendente,ceco de ↑ calibre/muscular c/ fezes líquidas): An. ferropriva (sangue oculto nas fezes), perda ponderal, febre de origem indetermina. São tumores altamente sangrantes e raramente obstruem, mas tem massa palpável.
  3. Reto: predomina hematoquezia de pequena monta, persistente ou intermitente, constipação, tenesmo (“alarme falso”), muco.
  4. Metástase: hepatomegalia dolorosa, ascite carcinomatosa, disfunção bexiga, corrimento vaginal.
25
Q

Diagnóstico do Câncer Colorretal

A
  1. Suspeitar: sangramento retal, dor abdominal, modificação intestinal, emagrecimento e an. ferropriva.
  2. Toque retal
  3. Colonoscopia (tumor sincrônico) + biópsia: padrão-ouro
  4. CEA: não tem valor dx (↓ sensibilidade e especificidae), só faz acompanhamento e é marcador prognóstico antes da cx e p/ controle de cura pós-op.
    1. Pode estar positivo: tabagismo, cirrose, Ca ovário e pâncreas
  5. Câncer de sigmoide podem simular uma diverticulite (febre,dor e sintomas obstrutivos)
26
Q

Câncer Colorretal e Metástase

A
  1. Mais comum: FÍGADO* e depois o pulmão

2. Avaliação de metástase por TC de abdome

27
Q

Estadiamento de Dukes (Astler-Coller) do Câncer Colorretal

A
  1. Estágio A: limitado à submucosa, s/ linfonodo
  2. B1: limitado à muscular própria, s/ linfonodo
  3. B2: limitado à subserosa e gordura pericólica/retal, s/ linfonodo
  4. B3: invasão órgãos adjacetes, s/ linfonodo
  5. C1: B1 + linfonodos regionais acometidos
  6. C2: B2 + linfonodos
  7. C3: B3 + linfonodos
  8. D: metástase à distância
28
Q

Tratamento do Câncer Colorretal - Geral

  • Maioria é curativa
  • Esquerdo e reto: litotomia
  • Direito: decúbito horizontal
  • RT só no reto*
A
  1. Cólon: colectomia + linfadenectomia + QT adjuvante (se N positivo e após cx)
  2. Reto:
  3. 1 Até T1 (submucosa) e N0 = excisão local
    1. Padrão normal (demais T): 1º QT + RT* neoadjuvante + Cirurgia (após QT/RT) + QT adjuvante
    1. Cx em > 5cm da margem anal: RAB (ressecção abdominal baixa) + excosão total mesorreto + Anastomia colorretal
    1. Cx ≤5 cm da margem anal: Miles/RAP (ressecção abdominal perineal) + excisão total mesorreto + Colostomia definitiva
29
Q

Conceitos na Cx do Reto

A
  1. Margem anal: transição entre a pele do períneo e do ânus
  2. Esfíncter anal superior: coincide c/ linha pectínea (3 cm da margem anal)
  3. Mesorreto: tecido gorduroso que envolve reto e maior parte da drenagem linfática
  4. Canal anal anatômico: se estende da margem anal c/ 2,5 a 3 cm. Tem epitélio escamoso, sendo sua neoplasia maligna o Ca epidermoide
30
Q

Câncer Retal

*RAB mantém o esfíncter anal inferior

A
  1. Excisão local transanal: T1N0, móvel, <4cm (<40% da circunferência) e dentro de 6 cm da margem anal
  2. RAB (ressecção anterior baixa c/ anastomose colorretal ou anal): em >5 cm da margem anal c/ retirada reto e cólon sigmoide, drenagem linfática e ligadura a. mesent. inferior
  3. Miles ou RAP (ressecção abdominoperineal somado à colostomia definitiva): todo reto, mesorreto e sigmoide quando ≤5 cm da margem anal
  4. Terapia Neoadjuvante: antes da cx p/ diminuir o tamnho do tumor (downstaging)
  5. Terapia Adjuvante: cx após ressecção tumoral (evitar micrometástases remanescentes) sendo padrão para tumores com invasão transmutam do reto→ FOLFOX (oxaliplatina) ou FOLFIRI (irinotecan)
31
Q

Controle de Cura do Câncer Colorretal

A
  1. Dosagem do CEA (antígeno carcinoembrionário) e consulta médica a cada 3-6 meses por 2 anos, depois a cada 6 meses até compeltar 5 anos. CEA >10 ou 2 elevações persistentes indicam recidiva.
  2. Colonoscopia: após um ano, se - em 3 anos e a cada 5 anos.
  3. Retossigmoidoscopia flexível: após 1 mês cx e a cada 3 meses nos 2 primeiros anos
  4. Considerar TC tórax, abdome e pelve anual
32
Q

Exercício Físico Diminui a incidência de neoplasias de

A

Cólon e Mama

33
Q

Sintoma mais comum do câncer retal

A

Hematoquezia de pequena monta persistente ou intermitente