pneumonia e derrame pleural Flashcards

1
Q

O que significa a palavra “pneumonia” em grego?

A

Pneumonia significa “inflamação dos pulmões”.

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2
Q

O que é pneumonia?

A

É uma doença do trato respiratório inferior geralmente causada por um agente infeccioso (raramente por agentes não infecciosos), resultando em inflamação dos tecidos de um ou de ambos os pulmões.

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3
Q

Qual é a resposta do corpo à presença de pneumonia?

A

A pneumonia reflete uma resposta inflamatória do hospedeiro ao agente agressor

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4
Q

O que é Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC)?

A

É a pneumonia que ocorre em crianças que não foram hospitalizadas no último mês e, portanto, não estão colonizadas por germes hospitalares, mas sim por germes do meio domiciliar, escolar e comunitário

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5
Q

Quais são as principais fontes de germes na PAC?

A

Germes provenientes do meio domiciliar, escolar e comunitário

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6
Q

Qual a importância da PAC em termos de saúde pública?

A

É a causa mais comum de morbidade e mortalidade em bebês e crianças menores de cinco anos em todo o mundo

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7
Q

Quais medidas preventivas têm contribuído para a redução da PAC?

A

Vacinas conjugadas contra Haemophilus influenzae tipo b e pneumococo.

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8
Q

Quais agentes infecciosos são comumente prevenidos por vacinas para evitar pneumonia?

A

Haemophilus influenzae tipo b e pneumococo.

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9
Q

Quais são os sintomas clássicos da pneumonia?

A

Febre de início agudo, taquipneia e tosse

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10
Q

Em quais casos a febre pode estar ausente na pneumonia?

A

Em bebês muito pequenos com infecção por Chlamydia trachomatis, Bordetella pertussis ou Ureaplasma.

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11
Q

Quais sintomas podem ser observados em crianças pequenas com pneumonia?

A

Diminuição do apetite e agitação.

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12
Q

Como é o pródromo de pneumonia em crianças menores de cinco anos?

A

Pode incluir febre baixa e rinorreia, geralmente após uma infecção viral prévia das vias aéreas superiores

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13
Q

Qual é a relação entre infecções virais e pneumonia em crianças pequenas?

A

Crianças menores de cinco anos podem apresentar um pródromo de infecção viral das vias aéreas superiores antes do início dos sintomas de pneumonia

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14
Q

Quais fatores podem influenciar a gravidade do quadro clínico da pneumonia?

A

Idade da criança, agentes etiológicos, tamanho do inóculo e resposta imunológica do indivíduo

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15
Q

Quais sintomas podem ser relatados por crianças mais velhas com pneumonia?

A

Dor torácica tipo pleural ou rigidez da nuca, associadas ao envolvimento do lobo pulmonar

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16
Q

Quais são os sinais de gravidade da Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) que indicam necessidade de internação?

A
  • Saturação de oxigênio menor que 92%,
  • abolição do murmúrio vesicular,
  • desnutrição grave,
  • sonolência,
  • rebaixamento do nível de consciência
  • recusa alimentar
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17
Q

Quais complicações da PAC podem ser confirmadas por radiografia?

A

Derrame pleural (DP) e empiema

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18
Q

Qual nível de saturação de oxigênio é considerado um sinal de gravidade na PAC?

A

Saturação de oxigênio menor que 92%.

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19
Q

Que outros sinais indicam necessidade de hospitalização em crianças com PAC?

A

Desnutrição grave, sonolência, rebaixamento do nível de consciência e recusa alimentar.

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20
Q

Como as Pneumonias Adquiridas na Comunidade (PAC) podem ser classificadas com base na idade?

A

Podem ser classificadas em dois grupos: crianças menores de 2 meses e crianças maiores de 2 meses

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21
Q

Qual é a conduta para crianças menores de dois meses com PAC que apresentam tosse, dificuldade respiratória e frequência respiratória (FR) ≥ 60 mov/min?

A

Devem ser consideradas como pacientes com pneumonia grave e internadas para tratamento hospitalar

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22
Q

Quais são os critérios de classificação para PAC em crianças com mais de dois meses?

A

a) Pneumonia: apenas FR aumentada para a idade, tratada de forma ambulatorial com antibioticoterapia.
b) Pneumonia grave: FR aumentada com tiragem subcostal, requer internação hospitalar

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23
Q

Qual é a conduta para pacientes com mais de dois meses que apresentam pneumonia grave?

A

Devem ser internados para tratamento hospitalar

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24
Q

Qual a diferença entre pneumonia leve e grave em crianças maiores de dois meses?

A

Pneumonia leve é caracterizada apenas por FR aumentada; pneumonia grave inclui FR aumentada com tiragem subcostal

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25
Q

Como é realizado o diagnóstico da Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC)?

A

O diagnóstico é eminentemente clínico

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26
Q

Quais doenças podem causar taquipneia e precisam ser diferenciadas da PAC?

A
  • Asma
  • Bronquiolite
  • Sibilância induzida por vírus
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27
Q

Que medida deve ser tomada antes de diagnosticar PAC em casos de taquipneia?

A

Administrar broncodilatador para tratar possíveis doenças obstrutivas das vias aéreas inferiores

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28
Q

Como deve ser a abordagem laboratorial para crianças com Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC)?

A

Preferencialmente, não deve ser invasiva e é indicada principalmente para pacientes internados com PAC grave

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29
Q

Em quais casos são indicados exames laboratoriais para PAC?

A

Para crianças internadas com PAC grave, especialmente se apresentarem um quadro tóxico.

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30
Q

Quais testes rápidos são recomendados à beira do leito em casos de PAC?

A

Swab de nasofaringe para detecção de vírus respiratórios.

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31
Q

Quais exames são recomendados para crianças com PAC grave e aspecto tóxico?

A
  • Hemograma
  • Eletrólitos
  • Perfil Hepático
  • Perfil Renal
  • Hemocultura
  • Exames baseados nos critérios clínicos
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32
Q

Em crianças com formas leves de PAC, quais exames laboratoriais são necessários?

A

Geralmente, não são necessários exames laboratoriais para crianças com formas leves de PAC.

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33
Q

Qual é a utilidade dos marcadores inflamatórios em crianças com PAC?

A

Não diferenciam entre pneumonia viral e bacteriana, mas podem ser úteis para monitorar a evolução e prognóstico da doença.

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34
Q

Em quais casos deve ser considerada a investigação para tuberculose em crianças com PAC?

A

Em crianças que vivem em áreas endêmicas de tuberculose ou com história de exposição a adultos com tuberculose

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35
Q

Quais são as orientações gerais sobre o uso de radiografia de tórax em crianças com PAC?

A

Não há orientações claras, embora seja útil para confirmar o diagnóstico de PAC, deve-se considerar o risco de exposição à radiação, custos e possíveis resultados falso-negativos

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36
Q

Em quais situações é recomendado o uso de radiografia de tórax em crianças com PAC?

A
  • Casos graves
  • Doença de evolução prolongada ou recorrente
  • Suspeita de aspiração de corpo estranho
  • Malformações congênitas
  • Febre ou leucocitose sem causa aparente em crianças abaixo de cinco anos
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37
Q

Quando é indicado o uso de imagem em crianças com doenças das vias aéreas superiores?

A

Quando não há boa evolução com o tratamento ou em casos de pneumonia redonda

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38
Q

Por que o uso de métodos de imagem é recomendado em casos de pneumonia redonda?

A

Para ajudar na diferenciação de outras condições que podem simular pneumonia, especialmente em casos que não respondem ao tratamento convencional

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39
Q

Qual a utilidade do hemograma na avaliação de pacientes com PAC?

A

É pouco específico para o diagnóstico de PAC, mas pode influenciar a decisão de uso de antimicrobianos em crianças hospitalizadas

40
Q

A leucocitose pode ser usada para diferenciar PAC bacteriana de viral?

A

Não, a intensidade da leucocitose não é capaz de diferenciar de forma clara a PAC bacteriana da viral

41
Q

O que a presença de anemia ou plaquetopenia em um hemograma pode indicar em crianças com PAC?

A

Pode sugerir outras complicações, como síndrome hemolítico-urêmica associada a pneumonia por pneumococo

42
Q

Quais exames são considerados provas de atividade inflamatória em crianças com PAC?

A

Hemograma com contagem diferencial, velocidade de hemossedimentação (VHS), proteína C reativa (PCR) e procalcitonina (PCT)

43
Q

Como a procalcitonina (PCT) pode ser usada durante o tratamento da PAC?

A

A melhora nos níveis de PCT pode servir como um marcador objetivo de resposta ao tratamento, especialmente em casos complicados

44
Q

Quando a hemocultura deve ser realizada em crianças com PAC?

A

Não deve ser realizada de rotina, a não ser que o paciente não apresente boa evolução com o tratamento antimicrobiano; deve ser realizada em pacientes internados e colhida de forma adequada.

45
Q

Quais testes virais devem ser incluídos na avaliação de crianças com PAC, se disponíveis?

A

Testes para Influenza, outros vírus respiratórios e RCP multiplex em aspirado de nasofaringe.

46
Q

Como os testes virais ajudam no manejo da PAC?

A

Ajudam a identificar as PAC de etiologia viral e reduzem o uso desnecessário de antimicrobianos

47
Q

Quais são as limitações da sorologia para diagnóstico de PAC?

A

Necessita de títulos pareados (fase aguda e convalescença) e tem pouca utilidade, pois o diagnóstico é retrospectivo

48
Q

A RCP (reação em cadeia da polimerase) é útil para o diagnóstico de PAC?

A

Sim, é útil para pesquisas, mas não diferencia portador de doença.

49
Q

Em quais casos a radiografia de tórax deve ser realizada em pacientes com PAC?

A
  • Em pacientes com hipoxemia/hipóxia
  • Em pacientes com esforço respiratório
  • Para avaliar complicações em pacientes que não apresentam boa resposta ao tratamento
50
Q

Qual a limitação da radiografia de tórax no diagnóstico da PAC?

A

Não tem precisão para definir a etiologia das PAC, nem para separar as bacterianas das não bacterianas

51
Q

A radiografia de tórax é usada para definir o tratamento da PAC?

A

Não, a radiografia é usada para avaliar complicações, mas não tem precisão diagnóstica para definir o tratamento

52
Q

A radiografia de tórax deve ser realizada de rotina na investigação de PAC em pacientes ambulatoriais?

A

Não, a radiografia de tórax não deve ser realizada de rotina em pacientes ambulatoriais, sem necessidade de internação.

53
Q

A radiografia de tórax de incidência lateral deve ser realizada de rotina em pacientes com PAC?

A

Não, a radiografia de tórax de incidência lateral não deve ser realizada de rotina.

54
Q

Quando as radiografias para avaliar a evolução de PAC devem ser realizadas?

A

Apenas em casos de pneumonia redonda, colapso, pneumonia recorrente localizada ou sintomas persistentes. Não é indicada em pacientes com melhora clínica

55
Q

Quando a investigação microbiológica deve ser realizada em PAC?

A

Não deve ser rotina em PAC de tratamento ambulatorial, mas pode incluir hemocultura, imunofluorescência em secreções de nasofaringe ou swab oral

56
Q

Antígenos urinários para detecção de pneumococos devem ser realizados na PAC?

A

Não, não devem ser realizados.

57
Q

Quais diagnósticos diferenciais devem ser lembrados na presença de sibilância associada à taquipneia em crianças com PAC?

A

Pneumonia viral, bronquiolite e crise de asma

58
Q

Qual é a conduta recomendada ao identificar fatores de risco para PAC grave?

A

Iniciar imediatamente o tratamento com antibióticos, seja ao nível domiciliar ou hospitalar

59
Q

Quando deve ser feita a reavaliação clínica das crianças em tratamento domiciliar para PAC?

A

Após 48 a 72 horas do início do tratamento ou a qualquer momento se houver piora clínica

60
Q

Quais medidas de prevenção devem ser incentivadas para evitar PAC em crianças?

A

Aleitamento materno exclusivo nos primeiros meses, eliminação do tabagismo passivo, orientações sobre higiene (ex: lavagem das mãos) e vacinação contra pneumococo e influenza

61
Q

Qual é a conduta terapêutica para crianças com PAC sem sinais de gravidade e boas condições clínicas?

A

A criança deve ser tratada em domicílio com antibioticoterapia empírica, baseando-se nos agentes infecciosos comuns à faixa etária, situação clínica e região

62
Q

Qual é o antibiótico de primeira escolha para o tratamento ambulatorial de PAC em crianças?

A

A amoxicilina administrada por via oral é a primeira opção terapêutica para crianças de dois meses a cinco anos.

63
Q

Por que a amoxicilina é escolhida no tratamento ambulatorial da PAC em crianças de dois meses a cinco anos?

A

Porque o pneumococo é o agente mais comum das PAC nesta faixa etária

64
Q

Qual é a dose recomendada de amoxicilina para o tratamento ambulatorial de PAC em crianças?

A

A dose recomendada é de 50 mg/kg/dia, com intervalos de 8 em 8 horas ou 12 em 12 horas, até o máximo de 4g/dia

65
Q

Qual antibiótico pode ser utilizado em crianças com reações de hipersensibilidade não mediadas por IgE à penicilina?

A

Cefalosporinas de segunda ou terceira geração (cefuroxima ou ceftriaxona)

66
Q

O que é recomendado para crianças com reações de hipersensibilidade tipo 1 (mediada por IgE) à penicilina?

A

Clindamicina ou um macrolídeo

67
Q

Na suspeita de infecção por Mycoplasma pneumoniae ou Chlamydia pneumoniae, qual antibiótico deve ser acrescentado ou substituído à amoxicilina?

A

Um macrolídeo (pode ser acrescentado à amoxicilina ou substituí-la)

68
Q

O que deve ser feito em caso de falha terapêutica com suspeita de infecção por pneumococo ou Staphylococcus aureus resistente à penicilina?

A

Substituir o antibiótico por clindamicina ou linezolida

69
Q

Qual é a conduta quando a criança apresenta melhora clínica após substituição dos antibióticos?

A

O novo tratamento deve ser mantido até completar sete dias

70
Q

O que deve ser feito caso a criança não melhore ou piore após a troca de antibióticos em tratamento domiciliar?

A

Avaliar a indicação de internação hospitalar.

71
Q

Quais fatores devem ser considerados ao decidir hospitalizar uma criança com PAC?

A

A decisão deve ser individualizada com base na idade, condições clínicas subjacentes e fatores clínicos que conferem gravidade à doença

72
Q

Quais são as indicações para internação hospitalar em crianças com PAC?

A
  • Hipoxemia (saturação de oxigênio <92% em ar ambiente)
  • Desidratação ou incapacidade de manter a hidratação ou alimentação por via oral
  • Desconforto respiratório moderado a grave (FR >70 rpm em <12 meses, >50 rpm em maiores)
  • Dificuldade em respirar (gemência, batimento de asas nasais, retrações ou apneia)
  • Aparência tóxica
  • Doenças subjacentes (cardiopulmonares, síndromes genéticas, distúrbios neurológicos)
  • Complicações (derrame/empiema, pneumonia necrotizante, abscesso)
73
Q

Quando é recomendado o uso de antibióticos intravenosos em crianças com PAC?

A

Quando a criança é incapaz de aceitar fluidos ou antibióticos orais, apresenta sinais de septicemia, ou pneumonia complicada

74
Q

Qual o antibiótico de escolha para tratamento intravenoso em crianças com PAC em regiões com baixa resistência à penicilina?

A

Ampicilina intravenosa (50 mg/kg/dose a cada 6 horas) ou penicilina cristalina (150.000 UI/kg/dia a cada 6 horas).

75
Q

Quais são as alternativas de tratamento quando o uso de ampicilina não é suficiente?

A

Associações de amoxicilina com inibidores de beta-lactamase (como clavulanato ou sulbactam) ou cefuroxima podem ser utilizadas por via oral ou intravenosa. Ceftriaxona e cefotaxima são recomendadas para crianças gravemente doentes ou imunocomprometidas.

76
Q

Qual a terapia recomendada para lactentes menores de dois meses com PAC?

A

Associação de gentamicina (7,5 mg/kg/dia a cada 12 horas) com penicilina cristalina ou ampicilina. Alternativamente, a cefotaxima pode ser usada, mas não a ceftriaxona devido ao risco de kernicterus

77
Q

Por que a ceftriaxona não é recomendada para lactentes menores de dois meses?

A

A ceftriaxona se liga à albumina sérica, deslocando a bilirrubina e aumentando o risco de kernicterus (acúmulo de bilirrubina no cérebro)

78
Q

Qual o tratamento recomendado para pneumonia atípica em crianças?

A

Azitromicina 10 mg/kg/dia em dose única por 5 dias ou claritromicina 7,5 mg/kg/dose a cada 12 horas por 10 dias

79
Q

Qual antibiótico é indicado para tratar pneumonia atípica em lactentes menores de 2 meses com conjuntivite associada?

A

Eritromicina é o antibiótico de escolha, pois a conjuntivite pode indicar etiologia por Chlamydia trachomatis

80
Q

Quando é recomendada a oxigenoterapia em crianças com PAC?

A

Quando a saturação de oxigênio é menor que 92% em ar ambiente, utilizando cânulas nasais, dispositivos de alto fluxo ou máscara facial.

81
Q

O que é o derrame pleural parapneumônico (DPP)?

A

É uma manifestação comum da pneumonia adquirida na comunidade complicada (PACC) que pode progredir para diferentes estágios, incluindo o exsudativo (simples), fibrinopurulento (complicado) e fase de organização com formação de paquipleuris.

82
Q

Quais são os três estágios do DPP?

A

1) Exsudativo (derrame parapneumônico simples);
2) Fibrinopurulento (derrame parapneumônico complicado);
3) Organização com atividade fibroblástica e formação de paquipleuris.

83
Q

Como o termo empiema pleural (EP) é utilizado clinicamente?

A

É usado para descrever o estágio avançado do DPP, muitas vezes associado ao DPP complicado

84
Q

Quando o DPP pode necessitar de drenagem?

A

Quando apresenta grande extensão ou está associado a um quadro clínico grave, mas isso não é uma necessidade em todos os casos

85
Q

O que significa o termo DPP loculado?

A

Refere-se à presença de septações internas que dificultam o fluxo do líquido pleural, geralmente detectado por ultrassonografia (US) ou tomografia computadorizada (TC) de tórax

86
Q

Qual é a causa da loculação no DPP?

A

O acúmulo de resíduos proteicos no líquido pleural à medida que a doença avança

87
Q

Quando deve-se suspeitar de um derrame pleural parapneumônico (DPP)?

A

Deve-se suspeitar de DPP quando a resposta ao tratamento com antibiótico para pneumonia adquirida na comunidade (PAC) é lenta ou se houver deterioração clínica durante o tratamento.

88
Q

Quais são os sintomas iniciais inespecíficos de DPP?

A

Mal-estar, letargia e febre, seguidos por tosse e taquipneia.

88
Q

Qual é o sintoma mais frequente em crianças com DPP?

A

Taquipneia, presente em mais de 90% dos casos.

88
Q

Como a dor torácica se manifesta no DPP?

A

A dor pode ser torácica ou abdominal, localizada no lado envolvido, e geralmente associada à febre alta e calafrios. A criança pode repousar sobre o lado afetado para minimizar a dor.

88
Q

Quais são os sinais clínicos indicativos de DPP avançado?

A
  • Febre persistente
  • Toxemia
  • Taquipneia significativa
  • Respiração superficial ou dificuldade respiratória grave
  • Hipotensão
  • Choque séptico
88
Q

Quais achados podem ser observados na ausculta de uma criança com DPP?

A

Sons respiratórios diminuídos no lado afetado, estertores associados à pneumonia e, em alguns casos, atrito pleural se o derrame for pequeno

88
Q

Quais achados de percussão são comuns no DPP?

A

Macicez à percussão, principalmente quando o líquido está livre na cavidade pleural.

88
Q

O que é o empiema pleural (EP)?

A

O EP é uma coleção de líquido purulento no espaço pleural que ocorre como progressão do derrame pleural parapneumônico (DPP).

88
Q

Qual é a relação entre o DPP e o EP?

A

Ambos são considerados estágios diferentes do mesmo processo fisiopatológico, no qual a inflamação pleural faz com que o líquido se acumule na cavidade pleural.

89
Q

Quais são as consequências clínicas do empiema pleural?

A

O EP é uma doença grave, frequentemente associada a alta morbidade, necessidade de cuidados intensivos, drenagem cirúrgica, internações prolongadas e uso prolongado de antibióticos.