infecções respiratórias agudas Flashcards
O que é o resfriado comum?
Também chamado de rinite infecciosa ou rinossinusite aguda.
Infecção viral das vias aéreas superiores.
Quais são os principais agentes etiológicos do resfriado comum?
Mais comuns:
* Rinovírus (200 sorotipos).
* Coronavírus.
Ocasionalmente:
* Vírus sincicial respiratório (VSR).
* Metapneumovírus.
* Incomuns:
* Influenza.
* Parainfluenza.
* Adenovírus.
* Enterovírus (incluindo Coxsackie A e não-pólio).
Qual é a frequência de episódios de resfriado comum em crianças?
6 a 8 episódios por ano em média.
Frequência aumenta em crianças em creche no 1º ano de vida (+50%).
Quais são as principais formas de contaminação por vírus respiratórios?
Mãos, inalação de aerossóis e deposição de grandes partículas.
Qual é o efeito dos vírus no epitélio nasal?
Inflamação com aumento da permeabilidade da mucosa.
Sem destruição epitelial: rinovírus e VSR.
Com destruição epitelial: influenza e adenovírus.
Qual é o pico de eliminação viral?
De 3 a 5 dias após a infecção.
Quais são os fatores que influenciam as manifestações clínicas?
Idade e agente etiológico.
Qual é o período de incubação dos vírus respiratórios?
1 a 3 dias após a infecção.
Qual é a duração dos sintomas de infecções respiratórias?
Cerca de 2 semanas.
Quais são as manifestações clínicas comuns de infecções respiratórias?
Febre
Sintomas nasais (obstrução e coriza)
Dor de garganta
Tosse
Como é feito o diagnóstico do resfriado comum?
O diagnóstico é clínico, sem necessidade de exames complementares.
Qual é o principal enfoque do tratamento do resfriado comum?
Tratamento de suporte e sintomático.
Quais são as principais medidas no tratamento do resfriado comum?
Hidratação oral adequada.
Irrigação nasal com solução salina.
Uso de antipiréticos.
Quais complicações podem surgir do resfriado comum?
Sinusite bacteriana aguda.
Otite média aguda.
Qual é o principal agente etiológico da síndrome gripal?
O vírus Influenza.
Quais são os sorotipos do vírus Influenza?
A, B, C e D.
Quais são os subtipos do Influenza A mais conhecidos?
H1N1 e H3N2.
Quais são os subtipos do Influenza B?
Victoria e Yamagata.
Quais grupos de risco estão mais suscetíveis à síndrome gripal?
Pessoas com comorbidades, como doenças pulmonares, cardíacas e neurológicas.
Quais são as principais formas de transmissão do vírus da síndrome gripal?
Gotículas respiratórias, contato direto com secreções e aerossóis.
Qual é o mecanismo fisiopatológico básico da infecção pelo vírus da síndrome gripal?
Infecção das células epiteliais ciliadas, levando à perda da função, diminuição do muco e descamação epitelial
Quais são as manifestações clínicas iniciais da síndrome gripal?
Início abrupto com febre, mialgia, calafrios, mal-estar, anorexia, dor abdominal e vômito
Quais são as manifestações respiratórias na síndrome gripal?
Geralmente menos intensas
Quais são os sinais de gravidade na síndrome gripal?
- Persistência ou retorno da febre.
- Taquipneia com desconforto respiratório.
- Bradipneia e ritmo respiratório irregular.
- Gemência.
- Estridor.
- Sibilos.
- Palidez e hipoxemia (Sat O₂ <95%).
- Alterações do nível de consciência.
Qual é a frequência respiratória normal para crianças menores de 2 meses?
Até 60 irpm (inspirações por minuto)
Qual é a frequência respiratória normal para crianças de 2 a 11 meses?
Até 50 irpm.
Qual é a frequência respiratória normal para crianças de 1 a 3 anos?
Até 40 irpm
Qual é a frequência respiratória normal para crianças de 4 a 5 anos?
Até 35 irpm
Qual é a frequência respiratória normal para crianças maiores de 6 anos?
Menos de 30 irpm
Como é definida a síndrome gripal (SG) e a síndrome respiratória aguda grave (SRAG)?
São definidas com base nos sintomas clínicos e sinais de gravidade
Quais testes são usados para confirmar SG e SRAG?
Aspirado nasofaríngeo ou swabs de nasofaringe e orofaringe.
Qual é o período ideal para coleta de amostras em casos de síndrome gripal?
Entre o 3º e o 7º dia após o início dos sintomas.
Quando devem ser coletadas amostras para diagnóstico de SRAG?
A qualquer momento durante a doença.
Quais são as principais complicações da síndrome gripal?
Otite Média Aguda (OMA).
Pneumonia.
Miosite e Rabdomiólise.
Complicações neurológicas (encefalite, mielite, SGB).
Miocardite.
Insuficiência Renal.
Como prevenir a síndrome gripal?
Vacinação anual contra a gripe.
Quimioprofilaxia até 48 horas após a exposição em casos de risco, como:
* Imunodeficiência ou imunossupressão.
* Residentes de alto risco em instituições de longa permanência com comorbidades, durante surtos.
Qual é o agente etiológico da COVID-19?
O coronavírus SARS-CoV-2.
Quais são as principais formas de transmissão do SARS-CoV-2?
Pessoa a pessoa: gotículas respiratórias ou contato (mãos com mucosa).
Transplacentária (incomum)
Qual é a porcentagem de casos assintomáticos, leves ou moderados de COVID-19?
90% dos casos
Quais são as manifestações clínicas comuns da COVID-19?
Febre e tosse.
Diarreia, vômito e dor abdominal (em até 50% dos casos).
Acometimento hepático (aumento de AST/ALT).
Cefaleia, mialgia, fadiga.
Quais complicações neurológicas podem ocorrer na COVID-19?
Encefalite.
Meningite.
Convulsão (em 1% dos casos).
Quais são os sintomas sensoriais associados à COVID-19?
Anosmia (perda de olfato) e ageusia (perda de paladar).
Quais lesões cutâneas podem ser associadas à COVID-19?
Petéquias, pápulas e vesículas
Como é classificada a COVID-19 clinicamente?
Assintomática: Sem sintomas.
Leve: Febre, fadiga, mialgia e sintomas de infecção viral das vias aéreas superiores (IVAS).
Moderada: Pneumonia, tosse, febre e sibilância.
Grave: Sat O₂ < 92%, sonolência, taquipneia (FR > 70 irpm em < 1 ano e FR > 50 irpm em > 1 ano).
Crítica: Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ou insuficiência respiratória ou disfunção de órgãos.
Quais são os principais fatores de risco para COVID-19?
Idade < 1 ano.
Cardiopatia, pneumopatia, encefalopatia, neuropatia, hepatopatia.
Hemoglobinopatias.
Imunodepressão.
Diabetes.
Qual é o método diagnóstico padrão-ouro para COVID-19?
PCR em amostra de nasofaringe
Quais outros testes podem ser usados para diagnóstico de COVID-19?
Teste rápido de detecção de antígeno.
Sorologia (IgM e IgG), após 7 dias do início dos sintomas.
Qual é o tratamento recomendado para formas leves de COVID-19?
Antitérmicos.
Evitar anti-inflamatórios.
Isolamento e cuidados ambulatoriais.
O que deve ser considerado para a avaliação de necessidade de internação em casos moderados de COVID-19?
Fatores de risco e doenças de base.
Idade < 1 ano.
Complicações e questões sociais.
Quais exames devem ser realizados para descartar complicações em casos moderados?
Exame físico criterioso.
Exames laboratoriais: hemograma, gasometria, enzimas hepáticas, função renal, eletrólitos, coagulograma, D-dímero, troponina, CPK.
RX de tórax.
Quais tratamentos podem ser usados em casos moderados de COVID-19?
Oseltamivir.
Antibióticos (se necessário).
Corticoides e Beta-2 agonistas (para asma).
Como é tratado o caso grave e crítico de COVID-19?
- Internação em UTI pediátrica
- Suporte respiratório e cardiovascular:
Evitar intubação orotraqueal (IOT) precoce, utilizando oxigenioterapia com o menor fluxo possível, VNI ou cateter de alto fluxo. - Uso de corticoides.
- Anticoagulação.
- Remdesivir (> 12 anos com fatores de risco ou > 16 anos com necessidade de O₂).
Qual é a principal medida de prevenção contra a COVID-19?
Vacinação.
O que é a sinusite bacteriana aguda?
É uma rinossinusite aguda causada por infecção viral, bacteriana ou fúngica.
Quais são as classificações da sinusite quanto à duração?
- Sinusite Aguda: sintomas duram menos de 01 mês
- Sinusite Subaguda: de 1 a 3 meses
- Sinusite Crônica: mais de 3 meses
- Sinusite Recorrente: 3 episódios em 6 meses ou 6 em 12 meses
Quais são os principais agentes etiológicos da sinusite bacteriana aguda?
Streptococcus pneumoniae
Haemophilus influenzae não tipável
Moraxella catarrhalis
Quais são os principais fatores de risco para a sinusite bacteriana aguda?
- Resfriados comuns
- Rinite alérgica
- Exposição ao tabaco
- Imunodeficiências
- Fibrose cística
- Defeitos anatômicos
- Presença de corpos estranhos
Qual é a fisiopatologia da sinusite bacteriana aguda?
Edema da mucosa.
Obstrução do seio.
Acúmulo de muco.
Proliferação bacteriana.
Quais são as manifestações clínicas típicas da sinusite bacteriana aguda?
- “Resfriado Arrastado” (duração de 10 dias ou mais).
- Congestão nasal, rinorreia e tosse persistente por 10 dias ou mais.
- Febre alta (> 39ºC) e secreção nasal purulenta por 3 dias ou mais.
- Recorrência dos sintomas após melhora inicial.
Quais são os sinais e sintomas que indicam sinusite bacteriana aguda?
Pelo menos 3 dos seguintes:
- Secreção nasal espessa ou purulenta.
- Dor local intensa (geralmente unilateral).
- Febre > 38ºC.
- VHS ou PCR aumentados.
- “Dupla piora” dos sintomas (piora após um período de melhora).
Quando o tratamento para sinusite bacteriana aguda deve ser indicado?
Em quadros graves.
Quando houver piora dos sintomas.
Qual é o esquema inicial de tratamento para sinusite bacteriana aguda?
Amoxicilina 90mg/kg/dia, dividida em 2 doses ao dia.
Amoxicilina + Clavulanato 45mg/kg/dia, dividida em 2 doses ao dia.
Duração: No mínimo 10 dias ou 7 dias após melhora clínica.
Quais são outras opções de tratamento para sinusite bacteriana aguda?
- Levofloxacino.
- Clindamicina.
- Ceftriaxona.
Quais são as principais complicações orbitárias da sinusite bacteriana aguda?
Celulite periorbitária.
Celulite orbitária.
Quais são as complicações intracranianas que podem ocorrer devido à sinusite bacteriana aguda?
- Abscesso epidural
- Abscesso cerebral
- Meningite
- Trombose do seio cavernoso
O que é a celulite periorbitária?
É uma infecção que acomete os tecidos pré-septais, afetando a pálpebra sem comprometer a órbita.
Quais são as principais causas da celulite periorbitária?
- Sinusite bacteriana aguda
- Trauma
- Lesões infectadas
- Bacteremia
Quais agentes são comumente responsáveis pela celulite periorbitária?
- Streptococcus pyogenes
- Streptococcus pneumoniae
- Staphylococcus aureus
Qual é o tratamento recomendado para celulite periorbitária?
- Antibioticoterapia
- Acompanhamento clínico
- Hospitalização (casos mais graves)
- Hemocultura para identificar agentes infecciosos
O que é a celulite orbitária?
É uma infecção que acomete os tecidos orbitários, afetando estruturas dentro da órbita ocular.
Quais são as manifestações clínicas da celulite orbitária?
- Proptose (deslocamento do globo ocular)
- Limitação da mobilidade ocular
- Alteração visual
- Edema de conjuntiva
- Edema palpebral
Qual é a principal causa de celulite orbitária?
A principal causa é a sinusite etmoidal
Qual é o tratamento recomendado para celulite orbitária?
- Hospitalização
- Tomografia computadorizada (TC) da órbita
- Antibioticoterapia intravenosa (IV)
O que é a otite média aguda?
É uma infecção supurativa (com pus) da orelha média.
O que caracteriza a otite média com efusão?
É a presença de secreção na orelha média sem uma infecção aguda.
Qual é o pico de incidência da otite média aguda?
O pico de incidência ocorre nos primeiros dois anos de vida
Quais são os fatores de risco para a otite média aguda?
- Idade: Anatomia e imaturidade imunológica
- Perfil socioeconômico (baixa renda)
- Exposição a outras crianças (em creches ou escolas)
- Tabagismo passivo
- Anomalias congênitas
- Uso de mamadeiras*
Quais são os principais agentes etiológicos da otite média aguda?
- Streptococcus pneumoniae
- Haemophilus influenzae não tipável
- Moraxella catarrhalis
Outros agentes:
* Streptococcus pyogenes
* Staphylococcus aureus
* Bactérias Gram negativas
Qual agente está relacionado com a síndrome conjuntivite-otite média?
Haemophilus influenzae não tipável.
Qual é a fisiopatologia da otite média aguda?
Infecção viral das vias aéreas superiores (IVAS).
Inflamação da mucosa da tuba auditiva.
Acúmulo de secreção na orelha média.
Ascensão de bactérias até a orelha média.
Secreção purulenta.
Inflamação das estruturas adjacentes.
Quais são as principais manifestações clínicas da otite média aguda?
- História de infecção viral das vias aéreas superiores (IVAS)
- Febre
- Otalgia (dor de ouvido)
- Hipoacusia (perda auditiva)
- Otorreia (secreção no ouvido)
Quais são os sintomas específicos em lactentes com otite média aguda?
- Irritabilidade
- Choro intenso
- Alterações no sono
- Dificuldade para aceitar o seio
- Manipulação do pavilhão auricular
Como a membrana timpânica geralmente se apresenta na otite média aguda (OMA)?
- Opaca (cabo do martelo não visível)
- Abaulada (protuberante)
- Ausência de mobilidade à insuflação pneumática
- Bolhas (raro), caracterizando miringite bolhosa
- Otorreia (se houver perfuração)
Qual é o diagnóstico da otite média aguda?
Diagnóstico clínico.
Quais são as indicações de antibioticoterapia para otite média aguda?
- Menores de 6 meses
- Entre 6 meses e 2 anos, se a doença for grave, houver otorreia ou otite média aguda (OMA) bilateral
- Acima de 2 anos, se a doença for grave ou houver otorreia
Qual é a dose recomendada de amoxicilina para o tratamento da otite média aguda em crianças?
40-45mg/kg/dia (Sociedade Brasileira de Pediatria - SBP).
80-90mg/kg/dia (AAP e Nelson).
Duração do tratamento: 10 dias.
Quando deve-se considerar o uso de amoxicilina + clavulanato para otite média aguda?
- Se não houver melhora após 48 a 72 horas com o tratamento inicial
- Em crianças < 2 anos ou que frequentam creche
- Se houver uso de antibióticos nos últimos 30 dias
- Em casos de síndrome conjuntivite-otite média
Quais são as alternativas de tratamento em caso de alergia não grave às penicilinas?
Cefuroxima (cefalosporina de 2ª geração).
Ceftriaxona (cefalosporina de 3ª geração).
Qual é a complicação mais comum associada à otite média aguda (OMA)?
Mastoidite aguda.
Quais agentes etiológicos são comuns na mastoidite aguda?
Streptococcus pneumoniae.
Streptococcus pyogenes.
Staphylococcus aureus.
Haemophilus influenzae não tipável.
Quais são as manifestações clínicas da mastoidite aguda?
- Inflamação retroauricular
- Deslocamento do pavilhão auricular
- Desaparecimento do sulco retroauricular
Qual exame é utilizado para avaliar a extensão da mastoidite aguda?
Tomografia computadorizada (TC).
Qual é o tratamento para mastoidite aguda?
- Hospitalização
- Cultura do fluido da orelha média
- Antibioticoterapia intravenosa (IV) com: Ampicilina + sulbactam
- Cefalosporina de 3ª geração
- Duração: 3 a 4 semanas
Quais são outras complicações associadas à otite média aguda?
- Perfuração da membrana timpânica
- Dermatite infecciosa
- Paralisia facial
- Perda auditiva
- Atraso na linguagem
O que caracteriza a faringite aguda?
É a inflamação das tonsilas palatinas e da faringe, com edema, exsudato e/ou enantema.
Quais são os principais agentes virais que causam faringite aguda em crianças menores de 3 anos?
O principal agente viral é o rinovírus.
Qual é o principal agente bacteriano que causa faringite aguda em crianças maiores de 5 anos?
O principal agente bacteriano é o Streptococcus pyogenes (Streptococcus beta-hemolítico do grupo A).
Quais são outros tipos de agentes que podem causar faringite aguda?
Além dos agentes virais e bacterianos, a faringite aguda também pode ser causada por agentes não infecciosos.
Qual é a idade mais comum para a faringite estreptocócica?
A faringite estreptocócica é mais comum após 5 anos de idade
O que caracteriza a colonização da faringe pelo Streptococcus pyogenes?
A colonização da faringe pode ocorrer sem sintomas, enquanto a infecção aguda leva à faringite estreptocócica. Além disso, o carreador assintomático pode transmitir a bactéria.
Qual é o período de incubação da faringite estreptocócica?
O período de incubação é de 2 a 5 dias.
Quais são as manifestações clínicas agudas da faringite estreptocócica?
- Febre
- Dor de garganta
- Cefaleia (dor de cabeça)
- Dor abdominal
- Vômito
Quais são os achados no exame físico de uma criança com faringite estreptocócica?
- Hiperemia (vermelhidão) na faringe
- Aumento das tonsilas
- Exsudato nas amígdalas
- Petéquias no palato mole
- Adenomegalia cervical (gânglios aumentados)
- Exantema escarlatiniforme (erupção cutânea)
Qual é o diagnóstico clínico para a faringite estreptocócica?
A suspeita é feita com base nas manifestações clínicas e exame físico. A confirmação é feita por cultura de orofaringe (padrão ouro) ou teste rápido para detecção do antígeno do Streptococcus do grupo A (SGA)
Qual é a sensibilidade da cultura de orofaringe para diagnóstico de faringite estreptocócica?
A sensibilidade da cultura é de 90-95%.
Quais são as desvantagens da cultura de orofaringe para diagnóstico de faringite estreptocócica?
- Tempo de espera (24 a 48 horas para resultados).
- Falsos negativos.
Qual é a principal vantagem do teste rápido para detecção do antígeno do SGA?
O teste rápido é mais rápido e altamente específico, mas tem sensibilidade menor que a cultura
Qual é o tratamento de escolha para faringite estreptocócica?
Penicilina Benzatina (dose única):
* < 20 kg: 600.000 UI.
* > 20 kg: 1.200.000 UI.
Alternativas:
* Penicilina V oral (10 dias).
* Amoxicilina (50 mg/kg/dia, 10 dias).
* Cefalexina, clindamicina, eritromicina, azitromicina (5 dias).
Quais medicamentos são indicados para controle da dor e febre na faringite estreptocócica?
Analgésicos e antitérmicos.
Quando é indicada a tonsilectomia no caso de faringite estreptocócica?
- 7 ou mais episódios no último ano.
- 5 ou mais episódios/ano nos últimos 2 anos.
- 3 ou mais episódios/ano nos últimos 3 anos
Qual é a complicação supurativa associada à infecção do espaço retrofaríngeo?
Abscesso retrofaríngeo, mais comum em crianças de 3 a 4 anos, especialmente do sexo masculino.
Quais são os principais sinais clínicos do abscesso retrofaríngeo?
- Febre
- Irritabilidade
- Disfagia (dificuldade para engolir)
- Rigidez cervical
- Voz abafada
O que pode ser observado no exame físico de um paciente com abscesso retrofaríngeo?
Abaulamento da faringe (embora raro).
Qual é a etiologia do abscesso retrofaríngeo?
É polimicrobiana, com os principais agentes sendo SGA (Streptococcus do grupo A), S. aureus e anaeróbios.
Como é feito o diagnóstico do abscesso retrofaríngeo?
O diagnóstico pode ser feito com radiografia lateral do pescoço ou tomografia computadorizada (TC) cervical.
Qual é o tratamento para o abscesso retrofaríngeo?
Antibióticos IV: Ampicilina + cefalosporina de 3ª geração.
Drenagem cirúrgica.
O que caracteriza o abscesso peritonsilar?
O abscesso peritonsilar ocorre com a ruptura da cápsula amigdaliana.
Qual é o tratamento para o abscesso peritonsilar?
Drenagem do abscesso.
Antibióticos
Quais complicações podem ocorrer após a ruptura do abscesso peritonsilar?
Uma possível complicação é a pneumonite aspirativa.
Quais são as principais complicações não supurativas da faringite estreptocócica?
Febre reumática.
Glomerulonefrite pós-estreptocócica (GNPE).
Quais são os principais sinais clínicos das faringites virais?
- Conjuntivite
- Coriza (corrimento nasal)
- Tosse
- Diarreia
- Rouquidão
- Estomatite ulcerativa
- Exantema
Qual é a clínica característica da Febre Faringoconjuntival causada por Adenovírus?
- Faringoamigdalite (duração de 7 dias)
- Conjuntivite não exsudativa (duração de 2 semanas)
- Febre alta
- Linfadenopatia
Qual é o tratamento para a Febre Faringoconjuntival?
Tratamento de suporte.
Quais são os sinais clínicos da Herpangina causada pelo Coxsackie A?
- Febre alta
- Odinofagia (dor ao engolir)
- Vesículas e úlceras dolorosas em faringe posterior, palato mole, tonsilas e pilares
Qual é o tratamento para a Herpangina?
Tratamento de suporte.
Qual é a causa da Mononucleose Infecciosa?
É causada pelo Epstein-Barr.
Quais são os principais sinais clínicos da Mononucleose Infecciosa?
- Faringoamigdalite
- Linfadenopatia generalizada
- Esplenomegalia
- Linfocitose com linfócitos atípicos (>15%)
- Exantema após uso de amoxicilina ou ampicilina
Como é feito o diagnóstico de Mononucleose Infecciosa?
Pesquisa de anticorpos heterófilos.
Sorologia.
Qual é o tratamento para a Mononucleose Infecciosa?
Tratamento de suporte.
Qual é a etiologia da difteria?
A difteria é causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae.
Quais são os principais sinais clínicos da difteria?
- Tonsilite ou faringite pouco dolorosa
- Membrana aderente branca ou acinzentada
- Linfonodomegalia cervical exuberante (chamada de “pescoço de touro”)
- Disfagia intensa
- Febre baixa ou ausente
- Rouquidão, disfagia, mal-estar e cefaleia
Qual é o diagnóstico da difteria?
O diagnóstico é feito por meio de cultura de material abaixo da membrana.
Qual é o tratamento para a difteria?
- Antitoxina diftérica
- Antibioticoterapia:
- 1ª opção: Penicilina Cristalina ou Procaína
- 2ª opção: Eritromicina
O que é a epiglotite aguda?
A epiglotite aguda é a inflamação da epiglote e das estruturas supraglóticas adjacentes.
Qual é a etiologia mais comum da epiglotite aguda?
A principal causa da epiglotite aguda é o Haemophilus influenzae tipo b
Quais são as principais manifestações clínicas da epiglotite aguda?
- Evolução hiperaguda (12 a 24 horas)
- Febre alta
- Estridor (indicativo de gravidade)
- Dificuldade respiratória
- Prostração
- Posição do tripé (pessoa inclina-se para frente, apoiando-se nas mãos)
- Dor de garganta progressiva
- Disfagia intensa
- Sialorreia
Qual é o diagnóstico da epiglotite aguda?
- Laringoscopia: epiglote edemaciada e avermelhada, parecendo uma “cereja”
- Radiografia lateral do pescoço: sinal do polegar
Como deve ser o tratamento da epiglotite aguda?
- Evitar manipulação da via aérea
- Estabelecer via aérea: intubação orotraqueal (IOT) ou traqueostomia
- Antibioticoterapia:
Ceftriaxona, Cefepime ou Meropenem.
O que é a laringotraqueíte viral aguda?
A laringotraqueíte viral aguda é a inflamação da laringe e das estruturas infraglóticas, sendo conhecida também como crupe, caracterizada por estridor inspiratório, tosse e rouquidão.
Qual é a faixa etária mais comum para ocorrência de laringotraqueíte viral aguda?
A laringotraqueíte viral aguda é mais comum em crianças de 3 meses a 5 anos, com distribuição sazonal.
Qual é a principal causa de obstrução das vias aéreas superiores em crianças?
A laringotraqueíte viral aguda é a principal causa de obstrução das vias aéreas superiores em crianças.
Quais são os principais agentes etiológicos da laringotraqueíte viral aguda?
- Vírus Parainfluenza (75% dos casos)
- Vírus Influenza (causa de maior gravidade)
- Adenovírus
- Vírus Sincicial Respiratório (VSR)
Quais são as manifestações clínicas típicas da laringotraqueíte viral aguda?
As manifestações clínicas típicas incluem:
- Pródromo: coriza, tosse discreta, febre baixa e faringite
- Tosse ladrante ou metálica
- Rouquidão
- Estridor inspiratório
- Piora durante a noite
- Duração: 3 a 7 dias
Como é feita a classificação da laringotraqueíte viral aguda?
A classificação é feita conforme a gravidade dos sintomas:
- Laringite: tosse ladrante e rouquidão
- Laringotraqueíte: estridor
- Laringotraqueobronquite: sibilos
Quais são os achados radiográficos característicos da laringotraqueíte viral aguda?
Os achados radiográficos incluem:
- Sinal da ponta do lápis
- Sinal da torre
Qual é o tratamento para laringotraqueíte viral aguda?
- Manter as vias aéreas permeáveis
- Quadros leves (estridor relacionado ao estresse): corticosteroides (dexametasona IM ou EV ou budesonida inalatória)
- Quadros moderados e severos (estridor em repouso e desconforto):
Nebulização com epinefrina
Corticosteroides (dexametasona IM ou EV ou budesonida inalatória)