infecções respiratórias agudas Flashcards

1
Q

O que é o resfriado comum?

A

Também chamado de rinite infecciosa ou rinossinusite aguda.
Infecção viral das vias aéreas superiores.

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2
Q

Quais são os principais agentes etiológicos do resfriado comum?

A

Mais comuns:
* Rinovírus (200 sorotipos).
* Coronavírus.

Ocasionalmente:
* Vírus sincicial respiratório (VSR).
* Metapneumovírus.
* Incomuns:
* Influenza.
* Parainfluenza.
* Adenovírus.
* Enterovírus (incluindo Coxsackie A e não-pólio).

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3
Q

Qual é a frequência de episódios de resfriado comum em crianças?

A

6 a 8 episódios por ano em média.
Frequência aumenta em crianças em creche no 1º ano de vida (+50%).

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4
Q

Quais são as principais formas de contaminação por vírus respiratórios?

A

Mãos, inalação de aerossóis e deposição de grandes partículas.

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5
Q

Qual é o efeito dos vírus no epitélio nasal?

A

Inflamação com aumento da permeabilidade da mucosa.
Sem destruição epitelial: rinovírus e VSR.
Com destruição epitelial: influenza e adenovírus.

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6
Q

Qual é o pico de eliminação viral?

A

De 3 a 5 dias após a infecção.

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7
Q

Quais são os fatores que influenciam as manifestações clínicas?

A

Idade e agente etiológico.

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8
Q

Qual é o período de incubação dos vírus respiratórios?

A

1 a 3 dias após a infecção.

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9
Q

Qual é a duração dos sintomas de infecções respiratórias?

A

Cerca de 2 semanas.

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10
Q

Quais são as manifestações clínicas comuns de infecções respiratórias?

A

Febre
Sintomas nasais (obstrução e coriza)
Dor de garganta
Tosse

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11
Q

Como é feito o diagnóstico do resfriado comum?

A

O diagnóstico é clínico, sem necessidade de exames complementares.

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12
Q

Qual é o principal enfoque do tratamento do resfriado comum?

A

Tratamento de suporte e sintomático.

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13
Q

Quais são as principais medidas no tratamento do resfriado comum?

A

Hidratação oral adequada.
Irrigação nasal com solução salina.
Uso de antipiréticos.

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14
Q

Quais complicações podem surgir do resfriado comum?

A

Sinusite bacteriana aguda.
Otite média aguda.

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15
Q

Qual é o principal agente etiológico da síndrome gripal?

A

O vírus Influenza.

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16
Q

Quais são os sorotipos do vírus Influenza?

A

A, B, C e D.

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17
Q

Quais são os subtipos do Influenza A mais conhecidos?

A

H1N1 e H3N2.

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18
Q

Quais são os subtipos do Influenza B?

A

Victoria e Yamagata.

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19
Q

Quais grupos de risco estão mais suscetíveis à síndrome gripal?

A

Pessoas com comorbidades, como doenças pulmonares, cardíacas e neurológicas.

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20
Q

Quais são as principais formas de transmissão do vírus da síndrome gripal?

A

Gotículas respiratórias, contato direto com secreções e aerossóis.

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21
Q

Qual é o mecanismo fisiopatológico básico da infecção pelo vírus da síndrome gripal?

A

Infecção das células epiteliais ciliadas, levando à perda da função, diminuição do muco e descamação epitelial

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22
Q

Quais são as manifestações clínicas iniciais da síndrome gripal?

A

Início abrupto com febre, mialgia, calafrios, mal-estar, anorexia, dor abdominal e vômito

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23
Q

Quais são as manifestações respiratórias na síndrome gripal?

A

Geralmente menos intensas

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24
Q

Quais são os sinais de gravidade na síndrome gripal?

A
  • Persistência ou retorno da febre.
  • Taquipneia com desconforto respiratório.
  • Bradipneia e ritmo respiratório irregular.
  • Gemência.
  • Estridor.
  • Sibilos.
  • Palidez e hipoxemia (Sat O₂ <95%).
  • Alterações do nível de consciência.
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25
Q

Qual é a frequência respiratória normal para crianças menores de 2 meses?

A

Até 60 irpm (inspirações por minuto)

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26
Q

Qual é a frequência respiratória normal para crianças de 2 a 11 meses?

A

Até 50 irpm.

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27
Q

Qual é a frequência respiratória normal para crianças de 1 a 3 anos?

A

Até 40 irpm

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28
Q

Qual é a frequência respiratória normal para crianças de 4 a 5 anos?

A

Até 35 irpm

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29
Q

Qual é a frequência respiratória normal para crianças maiores de 6 anos?

A

Menos de 30 irpm

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30
Q

Como é definida a síndrome gripal (SG) e a síndrome respiratória aguda grave (SRAG)?

A

São definidas com base nos sintomas clínicos e sinais de gravidade

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31
Q

Quais testes são usados para confirmar SG e SRAG?

A

Aspirado nasofaríngeo ou swabs de nasofaringe e orofaringe.

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32
Q

Qual é o período ideal para coleta de amostras em casos de síndrome gripal?

A

Entre o 3º e o 7º dia após o início dos sintomas.

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33
Q

Quando devem ser coletadas amostras para diagnóstico de SRAG?

A

A qualquer momento durante a doença.

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34
Q

Quais são as principais complicações da síndrome gripal?

A

Otite Média Aguda (OMA).
Pneumonia.
Miosite e Rabdomiólise.
Complicações neurológicas (encefalite, mielite, SGB).
Miocardite.
Insuficiência Renal.

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35
Q

Como prevenir a síndrome gripal?

A

Vacinação anual contra a gripe.
Quimioprofilaxia até 48 horas após a exposição em casos de risco, como:
* Imunodeficiência ou imunossupressão.
* Residentes de alto risco em instituições de longa permanência com comorbidades, durante surtos.

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36
Q

Qual é o agente etiológico da COVID-19?

A

O coronavírus SARS-CoV-2.

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37
Q

Quais são as principais formas de transmissão do SARS-CoV-2?

A

Pessoa a pessoa: gotículas respiratórias ou contato (mãos com mucosa).
Transplacentária (incomum)

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38
Q

Qual é a porcentagem de casos assintomáticos, leves ou moderados de COVID-19?

A

90% dos casos

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39
Q

Quais são as manifestações clínicas comuns da COVID-19?

A

Febre e tosse.
Diarreia, vômito e dor abdominal (em até 50% dos casos).
Acometimento hepático (aumento de AST/ALT).
Cefaleia, mialgia, fadiga.

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40
Q

Quais complicações neurológicas podem ocorrer na COVID-19?

A

Encefalite.
Meningite.
Convulsão (em 1% dos casos).

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41
Q

Quais são os sintomas sensoriais associados à COVID-19?

A

Anosmia (perda de olfato) e ageusia (perda de paladar).

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42
Q

Quais lesões cutâneas podem ser associadas à COVID-19?

A

Petéquias, pápulas e vesículas

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43
Q

Como é classificada a COVID-19 clinicamente?

A

Assintomática: Sem sintomas.
Leve: Febre, fadiga, mialgia e sintomas de infecção viral das vias aéreas superiores (IVAS).
Moderada: Pneumonia, tosse, febre e sibilância.
Grave: Sat O₂ < 92%, sonolência, taquipneia (FR > 70 irpm em < 1 ano e FR > 50 irpm em > 1 ano).
Crítica: Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ou insuficiência respiratória ou disfunção de órgãos.

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44
Q

Quais são os principais fatores de risco para COVID-19?

A

Idade < 1 ano.
Cardiopatia, pneumopatia, encefalopatia, neuropatia, hepatopatia.
Hemoglobinopatias.
Imunodepressão.
Diabetes.

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45
Q

Qual é o método diagnóstico padrão-ouro para COVID-19?

A

PCR em amostra de nasofaringe

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46
Q

Quais outros testes podem ser usados para diagnóstico de COVID-19?

A

Teste rápido de detecção de antígeno.
Sorologia (IgM e IgG), após 7 dias do início dos sintomas.

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47
Q

Qual é o tratamento recomendado para formas leves de COVID-19?

A

Antitérmicos.
Evitar anti-inflamatórios.
Isolamento e cuidados ambulatoriais.

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48
Q

O que deve ser considerado para a avaliação de necessidade de internação em casos moderados de COVID-19?

A

Fatores de risco e doenças de base.
Idade < 1 ano.
Complicações e questões sociais.

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49
Q

Quais exames devem ser realizados para descartar complicações em casos moderados?

A

Exame físico criterioso.
Exames laboratoriais: hemograma, gasometria, enzimas hepáticas, função renal, eletrólitos, coagulograma, D-dímero, troponina, CPK.
RX de tórax.

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50
Q

Quais tratamentos podem ser usados em casos moderados de COVID-19?

A

Oseltamivir.
Antibióticos (se necessário).
Corticoides e Beta-2 agonistas (para asma).

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51
Q

Como é tratado o caso grave e crítico de COVID-19?

A
  • Internação em UTI pediátrica
  • Suporte respiratório e cardiovascular:
    Evitar intubação orotraqueal (IOT) precoce, utilizando oxigenioterapia com o menor fluxo possível, VNI ou cateter de alto fluxo.
  • Uso de corticoides.
  • Anticoagulação.
  • Remdesivir (> 12 anos com fatores de risco ou > 16 anos com necessidade de O₂).
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52
Q

Qual é a principal medida de prevenção contra a COVID-19?

A

Vacinação.

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53
Q

O que é a sinusite bacteriana aguda?

A

É uma rinossinusite aguda causada por infecção viral, bacteriana ou fúngica.

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54
Q

Quais são as classificações da sinusite quanto à duração?

A
  • Sinusite Aguda: sintomas duram menos de 01 mês
  • Sinusite Subaguda: de 1 a 3 meses
  • Sinusite Crônica: mais de 3 meses
  • Sinusite Recorrente: 3 episódios em 6 meses ou 6 em 12 meses
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55
Q

Quais são os principais agentes etiológicos da sinusite bacteriana aguda?

A

Streptococcus pneumoniae
Haemophilus influenzae não tipável
Moraxella catarrhalis

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56
Q

Quais são os principais fatores de risco para a sinusite bacteriana aguda?

A
  • Resfriados comuns
  • Rinite alérgica
  • Exposição ao tabaco
  • Imunodeficiências
  • Fibrose cística
  • Defeitos anatômicos
  • Presença de corpos estranhos
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57
Q

Qual é a fisiopatologia da sinusite bacteriana aguda?

A

Edema da mucosa.
Obstrução do seio.
Acúmulo de muco.
Proliferação bacteriana.

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58
Q

Quais são as manifestações clínicas típicas da sinusite bacteriana aguda?

A
  • “Resfriado Arrastado” (duração de 10 dias ou mais).
  • Congestão nasal, rinorreia e tosse persistente por 10 dias ou mais.
  • Febre alta (> 39ºC) e secreção nasal purulenta por 3 dias ou mais.
  • Recorrência dos sintomas após melhora inicial.
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59
Q

Quais são os sinais e sintomas que indicam sinusite bacteriana aguda?

A

Pelo menos 3 dos seguintes:

  • Secreção nasal espessa ou purulenta.
  • Dor local intensa (geralmente unilateral).
  • Febre > 38ºC.
  • VHS ou PCR aumentados.
  • “Dupla piora” dos sintomas (piora após um período de melhora).
60
Q

Quando o tratamento para sinusite bacteriana aguda deve ser indicado?

A

Em quadros graves.
Quando houver piora dos sintomas.

61
Q

Qual é o esquema inicial de tratamento para sinusite bacteriana aguda?

A

Amoxicilina 90mg/kg/dia, dividida em 2 doses ao dia.
Amoxicilina + Clavulanato 45mg/kg/dia, dividida em 2 doses ao dia.
Duração: No mínimo 10 dias ou 7 dias após melhora clínica.

62
Q

Quais são outras opções de tratamento para sinusite bacteriana aguda?

A
  • Levofloxacino.
  • Clindamicina.
  • Ceftriaxona.
63
Q

Quais são as principais complicações orbitárias da sinusite bacteriana aguda?

A

Celulite periorbitária.
Celulite orbitária.

64
Q

Quais são as complicações intracranianas que podem ocorrer devido à sinusite bacteriana aguda?

A
  • Abscesso epidural
  • Abscesso cerebral
  • Meningite
  • Trombose do seio cavernoso
65
Q

O que é a celulite periorbitária?

A

É uma infecção que acomete os tecidos pré-septais, afetando a pálpebra sem comprometer a órbita.

66
Q

Quais são as principais causas da celulite periorbitária?

A
  • Sinusite bacteriana aguda
  • Trauma
  • Lesões infectadas
  • Bacteremia
67
Q

Quais agentes são comumente responsáveis pela celulite periorbitária?

A
  • Streptococcus pyogenes
  • Streptococcus pneumoniae
  • Staphylococcus aureus
68
Q

Qual é o tratamento recomendado para celulite periorbitária?

A
  • Antibioticoterapia
  • Acompanhamento clínico
  • Hospitalização (casos mais graves)
  • Hemocultura para identificar agentes infecciosos
69
Q

O que é a celulite orbitária?

A

É uma infecção que acomete os tecidos orbitários, afetando estruturas dentro da órbita ocular.

70
Q

Quais são as manifestações clínicas da celulite orbitária?

A
  • Proptose (deslocamento do globo ocular)
  • Limitação da mobilidade ocular
  • Alteração visual
  • Edema de conjuntiva
  • Edema palpebral
71
Q

Qual é a principal causa de celulite orbitária?

A

A principal causa é a sinusite etmoidal

72
Q

Qual é o tratamento recomendado para celulite orbitária?

A
  • Hospitalização
  • Tomografia computadorizada (TC) da órbita
  • Antibioticoterapia intravenosa (IV)
73
Q

O que é a otite média aguda?

A

É uma infecção supurativa (com pus) da orelha média.

74
Q

O que caracteriza a otite média com efusão?

A

É a presença de secreção na orelha média sem uma infecção aguda.

75
Q

Qual é o pico de incidência da otite média aguda?

A

O pico de incidência ocorre nos primeiros dois anos de vida

76
Q

Quais são os fatores de risco para a otite média aguda?

A
  • Idade: Anatomia e imaturidade imunológica
  • Perfil socioeconômico (baixa renda)
  • Exposição a outras crianças (em creches ou escolas)
  • Tabagismo passivo
  • Anomalias congênitas
  • Uso de mamadeiras*
77
Q

Quais são os principais agentes etiológicos da otite média aguda?

A
  • Streptococcus pneumoniae
  • Haemophilus influenzae não tipável
  • Moraxella catarrhalis

Outros agentes:
* Streptococcus pyogenes
* Staphylococcus aureus
* Bactérias Gram negativas

78
Q

Qual agente está relacionado com a síndrome conjuntivite-otite média?

A

Haemophilus influenzae não tipável.

79
Q

Qual é a fisiopatologia da otite média aguda?

A

Infecção viral das vias aéreas superiores (IVAS).
Inflamação da mucosa da tuba auditiva.
Acúmulo de secreção na orelha média.
Ascensão de bactérias até a orelha média.
Secreção purulenta.
Inflamação das estruturas adjacentes.

80
Q

Quais são as principais manifestações clínicas da otite média aguda?

A
  • História de infecção viral das vias aéreas superiores (IVAS)
  • Febre
  • Otalgia (dor de ouvido)
  • Hipoacusia (perda auditiva)
  • Otorreia (secreção no ouvido)
81
Q

Quais são os sintomas específicos em lactentes com otite média aguda?

A
  • Irritabilidade
  • Choro intenso
  • Alterações no sono
  • Dificuldade para aceitar o seio
  • Manipulação do pavilhão auricular
82
Q

Como a membrana timpânica geralmente se apresenta na otite média aguda (OMA)?

A
  • Opaca (cabo do martelo não visível)
  • Abaulada (protuberante)
  • Ausência de mobilidade à insuflação pneumática
  • Bolhas (raro), caracterizando miringite bolhosa
  • Otorreia (se houver perfuração)
83
Q

Qual é o diagnóstico da otite média aguda?

A

Diagnóstico clínico.

84
Q

Quais são as indicações de antibioticoterapia para otite média aguda?

A
  • Menores de 6 meses
  • Entre 6 meses e 2 anos, se a doença for grave, houver otorreia ou otite média aguda (OMA) bilateral
  • Acima de 2 anos, se a doença for grave ou houver otorreia
85
Q

Qual é a dose recomendada de amoxicilina para o tratamento da otite média aguda em crianças?

A

40-45mg/kg/dia (Sociedade Brasileira de Pediatria - SBP).
80-90mg/kg/dia (AAP e Nelson).
Duração do tratamento: 10 dias.

86
Q

Quando deve-se considerar o uso de amoxicilina + clavulanato para otite média aguda?

A
  • Se não houver melhora após 48 a 72 horas com o tratamento inicial
  • Em crianças < 2 anos ou que frequentam creche
  • Se houver uso de antibióticos nos últimos 30 dias
  • Em casos de síndrome conjuntivite-otite média
87
Q

Quais são as alternativas de tratamento em caso de alergia não grave às penicilinas?

A

Cefuroxima (cefalosporina de 2ª geração).
Ceftriaxona (cefalosporina de 3ª geração).

88
Q

Qual é a complicação mais comum associada à otite média aguda (OMA)?

A

Mastoidite aguda.

89
Q

Quais agentes etiológicos são comuns na mastoidite aguda?

A

Streptococcus pneumoniae.
Streptococcus pyogenes.
Staphylococcus aureus.
Haemophilus influenzae não tipável.

90
Q

Quais são as manifestações clínicas da mastoidite aguda?

A
  • Inflamação retroauricular
  • Deslocamento do pavilhão auricular
  • Desaparecimento do sulco retroauricular
91
Q

Qual exame é utilizado para avaliar a extensão da mastoidite aguda?

A

Tomografia computadorizada (TC).

92
Q

Qual é o tratamento para mastoidite aguda?

A
  • Hospitalização
  • Cultura do fluido da orelha média
  • Antibioticoterapia intravenosa (IV) com: Ampicilina + sulbactam
  • Cefalosporina de 3ª geração
  • Duração: 3 a 4 semanas
93
Q

Quais são outras complicações associadas à otite média aguda?

A
  • Perfuração da membrana timpânica
  • Dermatite infecciosa
  • Paralisia facial
  • Perda auditiva
  • Atraso na linguagem
94
Q

O que caracteriza a faringite aguda?

A

É a inflamação das tonsilas palatinas e da faringe, com edema, exsudato e/ou enantema.

95
Q

Quais são os principais agentes virais que causam faringite aguda em crianças menores de 3 anos?

A

O principal agente viral é o rinovírus.

96
Q

Qual é o principal agente bacteriano que causa faringite aguda em crianças maiores de 5 anos?

A

O principal agente bacteriano é o Streptococcus pyogenes (Streptococcus beta-hemolítico do grupo A).

97
Q

Quais são outros tipos de agentes que podem causar faringite aguda?

A

Além dos agentes virais e bacterianos, a faringite aguda também pode ser causada por agentes não infecciosos.

98
Q

Qual é a idade mais comum para a faringite estreptocócica?

A

A faringite estreptocócica é mais comum após 5 anos de idade

99
Q

O que caracteriza a colonização da faringe pelo Streptococcus pyogenes?

A

A colonização da faringe pode ocorrer sem sintomas, enquanto a infecção aguda leva à faringite estreptocócica. Além disso, o carreador assintomático pode transmitir a bactéria.

100
Q

Qual é o período de incubação da faringite estreptocócica?

A

O período de incubação é de 2 a 5 dias.

101
Q

Quais são as manifestações clínicas agudas da faringite estreptocócica?

A
  • Febre
  • Dor de garganta
  • Cefaleia (dor de cabeça)
  • Dor abdominal
  • Vômito
102
Q

Quais são os achados no exame físico de uma criança com faringite estreptocócica?

A
  • Hiperemia (vermelhidão) na faringe
  • Aumento das tonsilas
  • Exsudato nas amígdalas
  • Petéquias no palato mole
  • Adenomegalia cervical (gânglios aumentados)
  • Exantema escarlatiniforme (erupção cutânea)
103
Q

Qual é o diagnóstico clínico para a faringite estreptocócica?

A

A suspeita é feita com base nas manifestações clínicas e exame físico. A confirmação é feita por cultura de orofaringe (padrão ouro) ou teste rápido para detecção do antígeno do Streptococcus do grupo A (SGA)

104
Q

Qual é a sensibilidade da cultura de orofaringe para diagnóstico de faringite estreptocócica?

A

A sensibilidade da cultura é de 90-95%.

105
Q

Quais são as desvantagens da cultura de orofaringe para diagnóstico de faringite estreptocócica?

A
  1. Tempo de espera (24 a 48 horas para resultados).
  2. Falsos negativos.
106
Q

Qual é a principal vantagem do teste rápido para detecção do antígeno do SGA?

A

O teste rápido é mais rápido e altamente específico, mas tem sensibilidade menor que a cultura

107
Q

Qual é o tratamento de escolha para faringite estreptocócica?

A

Penicilina Benzatina (dose única):
* < 20 kg: 600.000 UI.
* > 20 kg: 1.200.000 UI.
Alternativas:
* Penicilina V oral (10 dias).
* Amoxicilina (50 mg/kg/dia, 10 dias).
* Cefalexina, clindamicina, eritromicina, azitromicina (5 dias).

108
Q

Quais medicamentos são indicados para controle da dor e febre na faringite estreptocócica?

A

Analgésicos e antitérmicos.

109
Q

Quando é indicada a tonsilectomia no caso de faringite estreptocócica?

A
  • 7 ou mais episódios no último ano.
  • 5 ou mais episódios/ano nos últimos 2 anos.
  • 3 ou mais episódios/ano nos últimos 3 anos
110
Q

Qual é a complicação supurativa associada à infecção do espaço retrofaríngeo?

A

Abscesso retrofaríngeo, mais comum em crianças de 3 a 4 anos, especialmente do sexo masculino.

111
Q

Quais são os principais sinais clínicos do abscesso retrofaríngeo?

A
  • Febre
  • Irritabilidade
  • Disfagia (dificuldade para engolir)
  • Rigidez cervical
  • Voz abafada
112
Q

O que pode ser observado no exame físico de um paciente com abscesso retrofaríngeo?

A

Abaulamento da faringe (embora raro).

113
Q

Qual é a etiologia do abscesso retrofaríngeo?

A

É polimicrobiana, com os principais agentes sendo SGA (Streptococcus do grupo A), S. aureus e anaeróbios.

114
Q

Como é feito o diagnóstico do abscesso retrofaríngeo?

A

O diagnóstico pode ser feito com radiografia lateral do pescoço ou tomografia computadorizada (TC) cervical.

115
Q

Qual é o tratamento para o abscesso retrofaríngeo?

A

Antibióticos IV: Ampicilina + cefalosporina de 3ª geração.
Drenagem cirúrgica.

116
Q

O que caracteriza o abscesso peritonsilar?

A

O abscesso peritonsilar ocorre com a ruptura da cápsula amigdaliana.

117
Q

Qual é o tratamento para o abscesso peritonsilar?

A

Drenagem do abscesso.
Antibióticos

118
Q

Quais complicações podem ocorrer após a ruptura do abscesso peritonsilar?

A

Uma possível complicação é a pneumonite aspirativa.

119
Q

Quais são as principais complicações não supurativas da faringite estreptocócica?

A

Febre reumática.
Glomerulonefrite pós-estreptocócica (GNPE).

120
Q

Quais são os principais sinais clínicos das faringites virais?

A
  • Conjuntivite
  • Coriza (corrimento nasal)
  • Tosse
  • Diarreia
  • Rouquidão
  • Estomatite ulcerativa
  • Exantema
121
Q

Qual é a clínica característica da Febre Faringoconjuntival causada por Adenovírus?

A
  • Faringoamigdalite (duração de 7 dias)
  • Conjuntivite não exsudativa (duração de 2 semanas)
  • Febre alta
  • Linfadenopatia
122
Q

Qual é o tratamento para a Febre Faringoconjuntival?

A

Tratamento de suporte.

123
Q

Quais são os sinais clínicos da Herpangina causada pelo Coxsackie A?

A
  • Febre alta
  • Odinofagia (dor ao engolir)
  • Vesículas e úlceras dolorosas em faringe posterior, palato mole, tonsilas e pilares
124
Q

Qual é o tratamento para a Herpangina?

A

Tratamento de suporte.

125
Q

Qual é a causa da Mononucleose Infecciosa?

A

É causada pelo Epstein-Barr.

126
Q

Quais são os principais sinais clínicos da Mononucleose Infecciosa?

A
  • Faringoamigdalite
  • Linfadenopatia generalizada
  • Esplenomegalia
  • Linfocitose com linfócitos atípicos (>15%)
  • Exantema após uso de amoxicilina ou ampicilina
127
Q

Como é feito o diagnóstico de Mononucleose Infecciosa?

A

Pesquisa de anticorpos heterófilos.
Sorologia.

128
Q

Qual é o tratamento para a Mononucleose Infecciosa?

A

Tratamento de suporte.

129
Q

Qual é a etiologia da difteria?

A

A difteria é causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae.

130
Q

Quais são os principais sinais clínicos da difteria?

A
  • Tonsilite ou faringite pouco dolorosa
  • Membrana aderente branca ou acinzentada
  • Linfonodomegalia cervical exuberante (chamada de “pescoço de touro”)
  • Disfagia intensa
  • Febre baixa ou ausente
  • Rouquidão, disfagia, mal-estar e cefaleia
131
Q

Qual é o diagnóstico da difteria?

A

O diagnóstico é feito por meio de cultura de material abaixo da membrana.

132
Q

Qual é o tratamento para a difteria?

A
  • Antitoxina diftérica
  • Antibioticoterapia:
  • 1ª opção: Penicilina Cristalina ou Procaína
  • 2ª opção: Eritromicina
133
Q

O que é a epiglotite aguda?

A

A epiglotite aguda é a inflamação da epiglote e das estruturas supraglóticas adjacentes.

134
Q

Qual é a etiologia mais comum da epiglotite aguda?

A

A principal causa da epiglotite aguda é o Haemophilus influenzae tipo b

135
Q

Quais são as principais manifestações clínicas da epiglotite aguda?

A
  • Evolução hiperaguda (12 a 24 horas)
  • Febre alta
  • Estridor (indicativo de gravidade)
  • Dificuldade respiratória
  • Prostração
  • Posição do tripé (pessoa inclina-se para frente, apoiando-se nas mãos)
  • Dor de garganta progressiva
  • Disfagia intensa
  • Sialorreia
136
Q

Qual é o diagnóstico da epiglotite aguda?

A
  • Laringoscopia: epiglote edemaciada e avermelhada, parecendo uma “cereja
  • Radiografia lateral do pescoço: sinal do polegar
137
Q

Como deve ser o tratamento da epiglotite aguda?

A
  • Evitar manipulação da via aérea
  • Estabelecer via aérea: intubação orotraqueal (IOT) ou traqueostomia
  • Antibioticoterapia:
    Ceftriaxona, Cefepime ou Meropenem.
138
Q

O que é a laringotraqueíte viral aguda?

A

A laringotraqueíte viral aguda é a inflamação da laringe e das estruturas infraglóticas, sendo conhecida também como crupe, caracterizada por estridor inspiratório, tosse e rouquidão.

139
Q

Qual é a faixa etária mais comum para ocorrência de laringotraqueíte viral aguda?

A

A laringotraqueíte viral aguda é mais comum em crianças de 3 meses a 5 anos, com distribuição sazonal.

140
Q

Qual é a principal causa de obstrução das vias aéreas superiores em crianças?

A

A laringotraqueíte viral aguda é a principal causa de obstrução das vias aéreas superiores em crianças.

141
Q

Quais são os principais agentes etiológicos da laringotraqueíte viral aguda?

A
  • Vírus Parainfluenza (75% dos casos)
  • Vírus Influenza (causa de maior gravidade)
  • Adenovírus
  • Vírus Sincicial Respiratório (VSR)
142
Q

Quais são as manifestações clínicas típicas da laringotraqueíte viral aguda?

A

As manifestações clínicas típicas incluem:

  • Pródromo: coriza, tosse discreta, febre baixa e faringite
  • Tosse ladrante ou metálica
  • Rouquidão
  • Estridor inspiratório
  • Piora durante a noite
  • Duração: 3 a 7 dias
143
Q

Como é feita a classificação da laringotraqueíte viral aguda?

A

A classificação é feita conforme a gravidade dos sintomas:

  • Laringite: tosse ladrante e rouquidão
  • Laringotraqueíte: estridor
  • Laringotraqueobronquite: sibilos
144
Q

Quais são os achados radiográficos característicos da laringotraqueíte viral aguda?

A

Os achados radiográficos incluem:

Sinal da ponta do lápis.
Sinal da torre.

145
Q

Qual é o tratamento para laringotraqueíte viral aguda?

A

Manter as vias aéreas permeáveis.
Quadros leves (estridor relacionado ao estresse): corticosteroides (dexametasona IM ou EV ou budesonida inalatória).
Quadros moderados e severos (estridor em repouso e desconforto):
Nebulização com epinefrina.
Corticosteroides (dexametasona IM ou EV ou budesonida inalatória).