doenças exantemáticas Flashcards

1
Q

O que é um exantema?

A

Presença de erupção cutânea disseminada, também chamado de rash.

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2
Q

O que caracteriza uma doença exantemática?

A

Surgimento agudo de um exantema.

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3
Q

Quais são as principais causas de doenças exantemáticas?

A

Infecciosas (bactérias, vírus, fungos ou protozoários), medicamentosas e reumatológicas

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4
Q

O que é o período de incubação?

A

Período entre o contágio e o surgimento dos primeiros sinais e sintomas.

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5
Q

O que é a fase prodrômica?

A

Fase com sinais e sintomas inespecíficos que precedem o exantema.

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6
Q

O que ocorre na fase exantemática?

A

Surgimento do exantema.

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7
Q

O que é a fase de convalescença?

A

Fase de recuperação da doença.

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8
Q

O que é um exantema maculopapular?

A

Caracterizado por máculas (manchas) e pápulas (elevações).

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9
Q

O que define um exantema vesicular?

A

Presença de vesículas (pequenas bolhas).

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10
Q

Quais são os padrões de exantema morbiliforme e rubeoliforme?

A

Morbiliforme: Semelhante ao sarampo.
Rubeoliforme: Semelhante à rubéola.

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11
Q

O que caracteriza um exantema escarlatiniforme?

A

Vermelhidão difusa, como na escarlatina.

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12
Q

Como é um exantema urticariforme?

A

Similar à urticária, com lesões elevadas e coceira.

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13
Q

Quais são os padrões de progressão do exantema?

A

Craniocaudal: De cabeça para baixo.
Centrífuga: Do centro para a periferia.

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14
Q

Quais são os tipos de descamação associados ao exantema?

A

Furfurácea: Descamação fina, como pó.
Lamelar: Descamação em grandes lâminas.

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15
Q

Qual é o agente causador do sarampo?

A

Vírus do sarampo (RNA), gênero Morbillivirus, família Paramyxoviridae.

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16
Q

Quais proteínas estruturais do vírus do sarampo estão relacionadas à resposta imune?

A

Hemaglutinina (H) e proteína de fusão (F)

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17
Q

Por que o sarampo é considerado altamente contagioso?

A

90% dos suscetíveis são infectados em contato com o vírus

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18
Q

Quais grupos têm maior morbimortalidade por sarampo?

A
  • Menores de 5 anos
  • Maiores de 20 anos
  • Imunocomprometidos
  • Desnutridos
  • Hipovitaminose A
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19
Q

Qual é a taxa de letalidade do sarampo?

A

Cerca de 1/1000 casos.

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20
Q

Como ocorre a transmissão do sarampo?

A

Por gotículas respiratórias e aerossóis.

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21
Q

Quando ocorre a transmissão do sarampo?

A

Inicia na fase prodrômica, de 3 dias antes até 4-6 dias após o início do exantema

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22
Q

O que ocorre na fase prodrômica do sarampo?

A

Replicação viral, necrose epitelial, formação de células gigantes (Warthin-Finkeldey), infecção da mucosa respiratória e linfócitos T CD4, causando supressão imune

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23
Q

O que ocorre na fase exantemática do sarampo?

A

Surgimento de anticorpos, aparecimento do exantema e diminuição dos sintomas

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24
Q

Quais são os sintomas da fase prodrômica do sarampo?

A
  • Febre (pico no início do exantema)
  • Conjuntivite não purulenta
  • Fotofobia
  • Tosse intensa e prolongada
  • Manchas de Koplik (patognomônicas): brancas, 1 mm, com halo eritematoso na mucosa jugal (pré-molares), surgem 1 a 4 dias antes do exantema.
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25
Q

Como se apresenta o exantema na fase exantemática do sarampo?

A
  • Exantema morbiliforme
  • Progressão craniocaudal:
  • Início: fronte, região retroauricular e cervical
  • Tronco e extremidades (3º dia)
  • Palmas e plantas (50% dos casos)
  • Duração: 5 dias.
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26
Q

O que ocorre na fase de convalescença do sarampo?

A

Descamação furfurácea.

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27
Q

Quais alterações são comuns no hemograma do sarampo?

A

Leucopenia e linfopenia

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28
Q

Como estão VHS e PCR no sarampo?

A

Normais

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29
Q

Como é feita a detecção de anticorpos no sarampo?

A

IgM: Aparece após o início do exantema, detectável até 30 dias.
IgG: Detectável da fase aguda e persiste por muitos anos.

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30
Q

Qual é o período ideal para identificação viral (PCR) no sarampo?

A

Até o 5º dia do exantema, idealmente até o 3º dia

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31
Q

Qual é a complicação bacteriana mais comum do sarampo?

A

Otite Média Aguda

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32
Q

Qual é a principal causa de morte no sarampo?

A

Pneumonia (ação viral direta ou infecção bacteriana secundária).

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33
Q

Quais complicações podem acometer o trato respiratório no sarampo?

A
  • Bronquiolite
  • Traqueíte
  • Crupe
  • Sinusite
  • Mastoidite
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34
Q

Quais são as complicações gastrointestinais do sarampo?

A

Diarreia, vômito e apendicite

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35
Q

Quais complicações neurológicas estão associadas ao sarampo?

A

Convulsões e encefalite (letalidade de 15%, sequelas em 20-40%).

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36
Q

O que é observado no líquor em casos de encefalite por sarampo?

A

Pleocitose linfocítica e aumento das proteínas.

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37
Q

O que é a Panencefalite Esclerosante Subaguda (PEES) no contexto do sarampo?

A

Uma complicação neurodegenerativa, crônica e fatal que ocorre 7 a 10 anos após a infecção inicial.

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38
Q

Qual é a faixa etária de maior risco para PEES?

A

Crianças infectadas pelo sarampo antes dos 2 anos.

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39
Q

Qual é a patogênese da PEES?

A

Infecção crônica dos neurônios pelo vírus do sarampo.

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40
Q

Quais são os principais sintomas da PEES?

A
  • Mudança de comportamento
  • Mioclonia
  • Coreia
  • Distonia
  • Rigidez
  • Alterações do nível de consciência, coma e alterações autonômicas.
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41
Q

Qual é o desfecho típico da PEES?

A

Evolução para morte em 1 a 3 anos após o início dos sintomas.

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42
Q

Existe tratamento específico para o sarampo?

A

Não, o tratamento é de suporte.

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43
Q

Quais medidas de suporte são indicadas para casos de sarampo?

A

Hidratação, antitérmicos e suporte ventilatório em casos graves.

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44
Q

O uso de antibióticos profiláticos é recomendado no sarampo?

A

Não.

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45
Q

Quando administrar vitamina A no sarampo?

A

Duas doses: no diagnóstico e no dia seguinte.

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46
Q

Qual é a dose de vitamina A para crianças com menos de 6 meses?

A

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47
Q

Qual é a dose de vitamina A para crianças de 6 a 12 meses?

A

100.000 UI

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48
Q

Qual é a dose de vitamina A para crianças maiores de 12 meses?

A

200.000 UI.

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49
Q

Por quanto tempo é necessário o isolamento de infectados pelo sarampo?

A

De 4 a 6 dias após o início do exantema.

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50
Q

Quais precauções devem ser tomadas para transmissão aérea do sarampo?

A

Quarto privativo com pressão negativa
Portas e janelas fechadas
Máscara N95 para profissionais e visitantes.

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51
Q

Quais são as estratégias de prevenção pós-exposição ao sarampo?

A

Vacinação de bloqueio (até 72 horas após a exposição).
Imunoglobulina (até 6 dias após a exposição)

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51
Q

Qual é a definição de um caso suspeito de sarampo?

A
  • Febre e exantema maculopapular acompanhado de tosse, coriza ou conjuntivite.
  • História de viagem ao exterior nos últimos 30 dias ou contato com alguém que viajou no mesmo período.
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51
Q

Qual é a principal estratégia de prevenção pré-exposição ao sarampo?

A

Vacinação.

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52
Q

A situação vacinal do paciente interfere na definição de caso suspeito?

A

Não, a definição é independente da situação vacinal.

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53
Q

Como é a notificação de casos suspeitos de sarampo?

A

Notificação obrigatória e imediata.

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54
Q

Qual é o agente etiológico da rubéola?

A

Vírus da rubéola (RNA), gênero Rubivirus, família Togaviridae

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55
Q

Quando ocorre a transmissão do vírus da rubéola?

A

De 5 dias antes até 6 dias após o início do exantema.

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56
Q

Como ocorre a transmissão da rubéola?

A

Por secreção nasofaríngea do paciente infectado

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57
Q

Como ocorre a infecção no corpo na rubéola?

A

Infecção pelo epitélio respiratório, seguida de viremia e disseminação sistêmica.

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58
Q

Qual é o período de incubação da rubéola?

A

De 14 a 21 dias.

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59
Q

Quais são os sintomas da fase prodrômica da rubéola?

A
  • Febre baixa
  • Dor de garganta
  • Conjuntivite
  • Cefaleia
  • Mal-estar
  • Linfonodomegalia (suboccipital, retroauricular e cervical posterior).
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60
Q

Em que faixa etária a fase prodrômica da rubéola é mais comum?

A

Em adolescentes e adultos.

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61
Q

Como é o exantema na fase exantemática da rubéola?

A

Exantema rubeoliforme, com progressão craniocaudal.

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62
Q

Qual é a duração do exantema na rubéola?

A

Aproximadamente 3 dias.

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63
Q

O exantema da rubéola apresenta descamação?

A

Não, não há descamação.

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64
Q

O que são as manchas de Forchheimer?

A

Manchas pequenas, geralmente no céu da boca, não são patognomônicas da rubéola.

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65
Q

Quais alterações podem ser observadas no hemograma de pacientes com rubéola?

A

Leucopenia (com neutropenia) e trombocitopenia discreta.

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66
Q

Como é feita a detecção de anticorpos na rubéola?

A

Por ELISA, com IgM detectável na fase aguda (1º ao 28º dia após o surgimento do exantema).

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67
Q

Como é realizada a identificação viral da rubéola?

A

Através da urina, com análise do padrão genético (importado x autóctone; selvagem x vacinal).

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68
Q

Qual é o período ideal para a identificação viral da rubéola?

A

Até o 5º dia após o início do exantema.

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69
Q

O que é a Síndrome da Rubéola Congênita?

A

Complicação grave em que o vírus da rubéola afeta o feto, levando a várias malformações.

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70
Q

Qual é a complicação articular mais comum na rubéola e em quem ela ocorre?

A

Artropatia, mais comum em mulheres adultas, afetando as articulações das mãos. Geralmente é autolimitada.

71
Q

Como a trombocitopenia se manifesta na rubéola?

A

É uma complicação que pode afetar crianças e mulheres.

72
Q

Quais são as complicações neurológicas da rubéola?

A

Encefalite pós-infecciosa: Líquor com pleocitose discreta e aumento de proteínas.
Panencefalite progressiva.

73
Q

Como é tratado o sarampo em termos de alívio de sintomas?

A

Com antitérmicos e analgésicos.

74
Q

Quando considerar o uso de imunoglobulina e corticoides no tratamento da rubéola?

A

Considerar em casos de trombocitopenia grave.

75
Q

Qual é a principal estratégia de prevenção da rubéola antes da exposição ao vírus?

A

Vacinação

76
Q

Como prevenir a rubéola após a exposição ao vírus?

A

Vacinação de bloqueio até 72 horas após a exposição.
Imunoglobulina (não garante a prevenção da infecção fetal).

77
Q

Quem deve ser especialmente avaliado após exposição à rubéola?

A

Suscetíveis e gestantes, com avaliação sorológica e acompanhamento.

78
Q

O que caracteriza um caso suspeito de rubéola?

A
  • Febre e exantema maculopapular
    Acompanhado de linfadenopatia retroauricular, occipital e cervical (independente da idade e situação vacinal).
  • História de viagem ao exterior nos últimos 30 dias ou contato com alguém que viajou no mesmo período.
79
Q

Qual é o procedimento para casos suspeitos de rubéola?

A

Notificação obrigatória e imediata

80
Q

Qual é o agente etiológico do eritema infeccioso?

A

Parvovírus B19 (DNA), gênero Erythrovirus, família Parvoviridae.

81
Q

Quando ocorre a transmissão do eritema infeccioso?

A

De 7 a 11 dias após a inoculação, por secreções nasofaríngeas e hemoderivados.

82
Q

O que ocorre com a transmissão após o surgimento do exantema?

A

Não há transmissão após o surgimento do exantema.

83
Q

Qual faixa etária é mais acometida pelo eritema infeccioso?

A

Crianças de 5 a 15 anos.

84
Q

Qual é o período de incubação do eritema infeccioso?

A

Aproximadamente 18 dias.

85
Q

Como é a fase prodrômica do eritema infeccioso?

A

Geralmente assintomática, mas pode ocorrer febre baixa em alguns casos.

86
Q

Qual é a característica da 1ª fase do exantema no eritema infeccioso?

A

Exantema na face, dando aspecto de “face esbofeteada” (ou “asa de borboleta”).

86
Q

O que ocorre na 2ª fase do exantema do eritema infeccioso?

A

Exantema rendilhado (após 1-4 dias).

86
Q

Como é a 3ª fase do exantema do eritema infeccioso?

A

Recidiva do exantema (1 a 3 semanas após a primeira fase), geralmente desencadeada por exposição ao sol, calor ou exercício

87
Q

O que é a crise aplásica transitória no contexto do eritema infeccioso?

A

Uma complicação grave, especialmente em pacientes com hemoglobinopatias, que é autolimitada, mas pode precisar de suporte.

88
Q

Como é feito o diagnóstico do eritema infeccioso?

A

Diagnóstico clínico, com confirmação por sorologia (IgM 6 a 8 semanas, IgG) ou detecção de DNA viral.

89
Q

Existe tratamento específico para o eritema infeccioso?

A

Não, não há tratamento específico.

90
Q

Existe vacina contra o eritema infeccioso?

A

Não, não há vacina.

91
Q

Qual é a principal medida de prevenção para o eritema infeccioso?

A

Interromper a cadeia de transmissão.

92
Q

Como deve ser o manejo de crianças internadas com crise aplásica?

A

Manter em isolamento até 1 semana após o desaparecimento da febre.

93
Q

Quais são os agentes etiológicos do exantema súbito?

A

Herpesvírus Humano 6 e 7 (HHV-6 e HHV-7), gênero Roseolavirus, família Herpesviridae.

94
Q

Qual é a faixa etária mais acometida pelo exantema súbito?

A

Lactentes, principalmente menores de 2 anos, acometendo 95% dos casos.

95
Q

Qual é a característica da doença exantema súbito em relação à sua gravidade?

A

É uma doença benigna, com a maioria dos casos sendo assintomáticos.

96
Q

Qual é o pico de incidência do exantema súbito?

A

O pico de incidência ocorre em lactentes menores de 2 anos.

97
Q

O exantema súbito é uma doença comum em crianças?

A

Sim, aproximadamente 21% das doenças febris inespecíficas em lactentes são causadas pelo exantema súbito.

98
Q

Como ocorre a transmissão do exantema súbito?

A

A transmissão ocorre principalmente pela saliva de adultos saudáveis.

99
Q

O que pode ser infectado pelo vírus no exantema súbito?

A

O vírus infecta as glândulas salivares

100
Q

Quais são as condições de proteção contra o exantema súbito?

A

Proteção nos primeiros 6 meses de vida devido à imunidade materna.

101
Q

Qual é o primeiro local da infecção no exantema súbito?

A

A infecção começa na mucosa oral, nasal ou conjuntival

102
Q

Qual é o período de incubação do exantema súbito?

A

O período de incubação é de 7 a 14 dias.

103
Q

Quais células e tecidos são afetados pela viremia no exantema súbito?

A

Tropismo para linfócitos, macrófagos, glândulas salivares, SNC, epitélio e endotélio

104
Q

Quais são os principais sintomas da fase prodrômica do exantema súbito?

A

Febre alta (desaparece após 72 horas)
Irritabilidade
Bom estado geral
Hiperemia de faringe, conjuntivas, membrana timpânica
Coriza e sintomas gastrointestinais

105
Q

Quando surge o exantema no exantema súbito?

A

O exantema surge após o desaparecimento da febre e tem curta duração.

106
Q

Como é o exantema do exantema súbito?

A

É maculopapular, róseo, sem prurido, com distribuição centrífuga, iniciando no tronco.

107
Q

Quais são as manifestações raras associadas ao HHV-6 e HHV-7?

A

Crise febril
Encefalite e meningoencefalite (raras).

108
Q

Como o exantema súbito pode ser classificado em termos de doença?

A

Como uma doença febril inespecífica, podendo causar sintomas variados.

109
Q

Existe tratamento específico para o exantema súbito?

A

Não há necessidade de tratamento específico.

110
Q

Qual é a recomendação para aliviar os sintomas do exantema súbito?

A

Uso de antitérmicos é recomendado para controle da febre.

111
Q

Qual é o agente etiológico da varicela?

A

Vírus Varicela-Zóster (DNA), gênero Varicellovirus, família Herpesviridae.

112
Q

Quais são as formas de infecção causadas pelo vírus Varicela-Zóster?

A

Primária: Varicela
Latente: Nos gânglios sensoriais
Recorrente: Herpes-zóster

113
Q

Qual é a faixa etária mais acometida pela varicela?

A

A varicela é mais comum na infância.

114
Q

Como é a gravidade da varicela?

A

É geralmente benigna na infância, mas pode apresentar maior gravidade nos adultos.

115
Q

Quando a varicela apresenta maior incidência sazonal?

A

A varicela tem maior incidência na primavera.

116
Q

Qual é a faixa etária mais acometida pelo herpes-zóster?

A

O herpes-zóster é mais comum em adultos, afetando 75% dos casos após os 45 anos.

117
Q

Qual é a incidência de herpes-zóster em crianças com menos de 10 anos?

A

Menos de 10 anos de idade pode indicar infecção intrauterina ou uma infecção em crianças com menos de 1 ano

118
Q

Como ocorre a transmissão do vírus Varicela-Zóster?

A

Via aérea (aerossóis)
Contato direto com as lesões

119
Q

Qual é o período durante o qual a varicela é transmissível?

A

A transmissão ocorre 1 a 2 dias antes do exantema até que todas as lesões se tornem crostas

120
Q

Qual é o período de incubação da varicela?

A

O período de incubação é entre 10 e 21 dias.

121
Q

O que acontece quando o vírus Varicela-Zóster se reativa?

A

O vírus reativado causa herpes-zóster, afetando o dermátomo correspondente.

122
Q

Como são as lesões do herpes-zóster?

A

As lesões são vesículas contendo o vírus.

123
Q

Quais são os sintomas da fase prodrômica da varicela em crianças maiores e adultos?

A

Febre
Mal-estar
Adinamia
Anorexia
Dor abdominal

124
Q

Como se desenvolvem as lesões na fase exantemática da varicela?

A

As lesões evoluem de mácula pruriginosa para pápula, vesícula, pústula e crosta (1 a 2 semanas).

125
Q

Qual é o padrão de disseminação do exantema da varicela?

A

A disseminação é centrífuga, iniciando no couro cabeludo, face e tronco.

126
Q

Quantos dias após o início do exantema surgem novas lesões na varicela?

A

Novas lesões surgem de 2 a 4 dias.

127
Q

Como ocorre a transmissão da varicela no período neonatal?

A

A transmissão é pós-natal, através do contato com a mãe infectada durante o parto.

128
Q

Quando a varicela congênita ocorre e quais são suas consequências?

A

Ocorre no início da gestação, podendo causar malformações, incluindo:

Lesões cutâneas cicatriciais
Hipoplasia dos membros
Alterações oculares, SNC e renais

129
Q

Qual é a síndrome associada à varicela congênita?

A

A síndrome da varicela congênita ocorre quando a infecção acontece nas primeiras 20 semanas de gestação

130
Q

Quando a varicela pode ser transmitida transplacentariamente?

A

A transmissão transplacentária ocorre quando a gestante tem varicela 5 dias antes até 2 dias após o parto.

131
Q

Quando as manifestações da varicela congênita surgem no recém-nascido?

A

As manifestações aparecem entre a 1ª e 2ª semana de vida e geralmente têm forma grave.

132
Q

Quais são os agentes causadores de infecções bacterianas cutâneas na varicela?

A

Streptococcus do grupo A e Staphylococcus aureus

133
Q

Em qual grupo a pneumonia associada à varicela apresenta maior morbimortalidade?

A

Em adultos, especialmente

134
Q

Quais complicações neurológicas podem ocorrer devido à varicela?

A

Meningoencefalite
Ataxia cerebelar aguda

135
Q

O que caracteriza a Síndrome de Reye associada à varicela?

A

Caracteriza-se por:

Disfunção hepática (sem icterícia)
Hipoglicemia
Encefalopatia

136
Q

Quais medicamentos são recomendados para o tratamento sintomático da varicela?

A

Antitérmicos
Anti-histamínicos

137
Q

Quais medicamentos não devem ser utilizados no tratamento da varicela?

A

AAS (ácido acetilsalicílico) e Ibuprofeno.

138
Q

O que é recomendado para evitar complicações cutâneas durante a varicela?

A

Manter as unhas curtas.

139
Q

Quando o uso de antibióticos é indicado na varicela?

A

Quando há infecções bacterianas secundárias.

140
Q

Quando é indicado o uso de aciclovir oral na varicela?

A
  • Nas primeiras 72 horas de início do exantema.
  • Para pacientes > 12 anos
  • Pacientes > 12 meses com doença cutânea ou pulmonar crônica
  • Uso de corticoides em dose não imunossupressora ou inalatório
  • Uso crônico de salicilatos
  • Segundo caso no mesmo domicílio
141
Q

Quando é indicado o uso de aciclovir intravenoso na varicela?

A

Para doença grave (envolvimento visceral).
Imunocomprometidos.
RN com varicela neonatal (exposição perinatal).

142
Q

Qual é a principal medida preventiva para a varicela antes da exposição ao vírus?

A

Vacinação.

143
Q

O que deve ser feito no pós-exposição para a varicela?

A

Afastamento da escola
Isolamento aéreo (se internado).
Vacinação de bloqueio (até 5 dias após exposição).
Para suscetíveis, imunocompetentes, e > 9 meses de idade.
Ambientes hospitalares, creches ou escolas com crianças até 7 anos

144
Q

Quando é indicada a Imunoglobulina Humana Antivaricela-Zóster (IGHAVZ)?

A
  • Até 96 horas após a exposição.
  • Crianças < 9 meses
  • Imunocomprometidos
  • Gestantes
  • RNPT (Recém-nascido pré-termo)
145
Q

Quem mais deve receber a IGHAVZ?

A

Comunicantes suscetíveis (contato domiciliar > 1 hora ou hospitalar > 1 hora ou mesmo quarto).
RN de mães com varicela nos últimos 5 dias da gestação ou até 48 horas após o parto.

146
Q

Qual é o agente etiológico da doença mão-pé-boca?

A

Coxsackie A16, um enterovírus da família Picornaviridae.

147
Q

Como ocorre a transmissão da doença mão-pé-boca?

A

Fecal-oral, respiratória e por fômites.
É altamente transmissível.

148
Q

Qual é o período de incubação da doença mão-pé-boca?

A

O período de incubação é de 3 a 6 dias.

149
Q

Como ocorre a elaboração viral e disseminação da doença mão-pé-boca?

A

Eliminação respiratória por até 3 semanas.
Fezes até 11 semanas.
Replicação inicial na faringe e intestino, seguida de viremia e disseminação viral para o órgão alvo.

150
Q

Quais são os principais estágios da patogênese da doença mão-pé-boca?

A

Período de incubação: 3 a 6 dias.
Eliminação viral:
Respiratória por até 3 semanas.
Fezes por até 11 semanas.
Replicação: Inicial na faringe e intestino.
Viremia e disseminação viral até o órgão alvo.

151
Q

Quais são as características da forma severa da doença mão-pé-boca causada pelo Enterovírus 71?

A

Febre alta.
Lesões na face e períneo.
Maior duração.
Descamação palmoplantar.
Onicomadese (queda das unhas).

152
Q

Qual é o tratamento recomendado para a doença mão-pé-boca?

A

Tratamento de suporte:
Alívio dos sintomas.
Controle da febre e dor.

153
Q

Quais são as principais medidas de prevenção da doença mão-pé-boca?

A

Medidas de higiene:
Lavar as mãos frequentemente.
Evitar compartilhar utensílios.

154
Q

Qual é o agente etiológico principal da mononucleose infecciosa?

A

Epstein-Barr (DNA, gênero: Lymphocryptovirus, família: Herpesviridae).
Outros agentes possíveis (10% dos casos): CMV, toxoplasmose, rubéola, hepatite, HIV, adenovírus.

155
Q

Quais são as características epidemiológicas da mononucleose infecciosa?

A

95% da população adulta é exposta ao Epstein-Barr.
Maior prevalência em níveis socioeconômicos baixos nos primeiros anos de vida.
Incomum em menores de 4 anos (forma subclínica).
Menos comum após os 40 anos.

156
Q

Como ocorre a transmissão da mononucleose infecciosa?

A

Secreções orais (saliva) de indivíduos sintomáticos, assintomáticos ou latentes.
Conhecida como “doença do beijo”.
Pode ocorrer também por contato sexual, hemoderivados e transplantes de órgãos.

157
Q

Qual é o período de incubação da mononucleose infecciosa?

A

Longo, variando de 30 a 50 dias.

158
Q

Quais são as manifestações clínicas da mononucleose infecciosa em crianças menores de 4 anos?

A

Maioria assintomática

159
Q

Quais são as manifestações clínicas da mononucleose infecciosa em crianças acima de 4 anos e adolescentes?

A

Mal-estar, fadiga, cefaleia, náusea, mialgia, dor abdominal, odinofagia e febre.

160
Q

Quais achados são comuns no exame físico da mononucleose infecciosa?

A

Linfadenopatia generalizada (90%).
Esplenomegalia (50%).
Hepatomegalia (10%).
Hipertrofia das amígdalas com exsudato e petéquias no palato.

161
Q

O que é o sinal de Hoagland na mononucleose infecciosa?

A

Sinal de Hoagland: erupção cutânea caracterizada por exantema maculopapular.

162
Q

Qual a evolução do exantema em pacientes com mononucleose infecciosa?

A

A evolução natural do exantema ocorre em 3 a 15% dos casos.

163
Q

Como o uso de amoxicilina ou ampicilina afeta o exantema na mononucleose?

A

Após o uso de amoxicilina ou ampicilina, o exantema ocorre em 80% dos casos.

164
Q

Quais são as complicações mais graves da mononucleose infecciosa?

A

Ruptura esplênica (< 0,5%) – mais comum em adultos, geralmente na 2ª semana.
Obstrução das vias aéreas superiores (< 5%).
Convulsões e ataxia cerebelar aguda.

165
Q

Como prevenir a ruptura esplênica na mononucleose infecciosa?

A

Evitar esportes de contato por 1 mês após o diagnóstico.

166
Q

Qual é o tratamento para mononucleose infecciosa?

A

Sem tratamento específico.
Repouso em caso de fadiga excessiva.
Corticoterapia nas complicações, se necessário.

167
Q

Qual é o agente etiológico da escarlatina?

A

Streptococcus pyogenes, estreptococo beta-hemolítico do grupo A.

168
Q

Qual a faixa etária mais acometida pela escarlatina?

A

Mais comum entre 5 e 15 anos.

169
Q

Como ocorre a transmissão da escarlatina?

A

Gotículas de saliva e secreção nasal.
Contato próximo com o indivíduo infectado.
A transmissão é interrompida 24 horas após o início do tratamento antibiótico (ATB).

170
Q

Qual é o mecanismo patogênico da escarlatina?

A

Produção de exotoxina pirogênica pelo Streptococcus pyogenes.

171
Q

Quais são as principais manifestações da fase prodrômica da escarlatina?

A

Faringoamigdalite.

172
Q

Quais são as características do exantema da escarlatina?

A

Duração: 3 a 4 dias.
Pápulas puntiformes (com aspecto de lixa).
Progressão craniocaudal.
Sinal de Pastia: linhas eritematosas nas dobras da pele.
Sinal de Filatov: rubor nas bochechas, preservando a área ao redor da boca.
Língua em morango: branca ou vermelha.
Descamação lamelar nas extremidades

173
Q

Quais exames são realizados na avaliação complementar da escarlatina?

A

Diagnóstico clínico.
Hemograma:
Leucócitos com desvio à esquerda.
Eosinofilia.

174
Q

Qual é o tratamento de primeira linha para a escarlatina?

A

Penicilina Benzatina (dose única IM):
< 20 kg: 600.000 UI.
> 20 kg: 1.200.000 UI.
Alternativas:
Penicilina V oral (10 dias).
Amoxicilina (10 dias): 50 mg/kg/dia, 2 a 3 vezes ao dia.
Objetivo do tratamento:

Encurtar a duração, reduzir a transmissão, prevenir complicações e prevenir febre reumática.