Pneumonia Flashcards

1
Q

Qual a definição de pneumonia?

A

É um processo inflamatório que pode ser infeccioso. E essa infecção pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos.

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2
Q

A pneumonia é dividida em quais dois grandes grupos?

A

Comunitária e hospitalar.

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3
Q

Qual a definição de pneumonia comunitária?

A

Quando o paciente adquiriu a infecção fora do ambiente hospitalar ou manifestou os sintomas dentro das primeiras 48 horas de uma internação.

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4
Q

Qual a definição de pneumonia hospitalar (nosocomial)?

A

É definida como a pneumonia que ocorre em até 15 dias após alta hospitalar ou após 48 de uma internação hospitalar.

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5
Q

Quais os grupos especiais que entram na classificação de pneumonia hospitalar? (4)

A
  1. Pacientes hospitalizados por mais de 48 horas nos últimos 90 dias;
  2. Pacientes provenientes de asilos e casas de saúde;
  3. Pacientes que tenham recebido antibioticoterapia via intravenosa, quimioterapia ou tratamento de escaras nos últimos 30 dias; e
  4. Pacientes em tratamento dialítico.
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6
Q

Quais os fatores de risco para pneumonia hospitalar? (7)

A
  1. Hospitalização prolongada por 2 ou mais dias (nos últimos 90 dias);
  2. Idade > 70 anos;
  3. Uso de antibiótico prévio;
  4. Sedativos em altas doses;
  5. Quimioterapia ou tratamento de escaras (30 dias)
  6. Em diálise ambulatorial
  7. Ventilação mecânica invasiva
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7
Q

Qual fator de risco para pneumonia hospitalar tem maior peso? Em quantas vezes ele aumenta o risco de desenvolvimento da doença?

A

Ventilação mecânica invasiva.

Ela, por si só, aumenta o risco em 6 a 20 vezes.

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8
Q

Qual a importância de diferenciar a pneumonia adquirida na comunidade e a hospitalar?

A

Flora bacteriana envolvida é diferente.

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9
Q

Na clínica da pneumonia, quais os possíveis sintomas respiratórios? (4)

A

Tosse, expectoração, dor pleurítica, dispneia.

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10
Q

Na clínica da pneumonia, qual o possível achado no exame físico?

A

Estertores focais.

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11
Q

Na clínica da pneumonia, quais os possíveis achados sistêmicos? (6) Quantos podem ser encontrados?

A

Confusão, cefaleia, sudorese, febre, calafrios, mialgia.

Um ou mais podem ser encontrados.

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12
Q

Na clínica da pneumonia, qual o possível achado radiográfico?

A

Infiltrado pulmonar novo.

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13
Q

Na clínica da pneumonia, o que deve ser feito para o diagnóstico diferencial?

A

Excluir entidades mimetizadoras.

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14
Q

Como é feito o diagnóstico de pneumonia?

A

O diagnóstico é feito através da clínica do paciente. Mas nós podemos solicitar alguns exames complementares, como a radiografia de tórax.

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15
Q

Quais os principais agentes etiológicos da pneumonia? (4)

A

Streptococcus pneumoniae, Klebsiella, Mycoplasma, Staphylococcus.

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16
Q

Na pneumonia, qual a função da radiografia? (7)

A
  1. Avaliar a gravidade;
  2. Identificar comprometimento multilobar;
  3. Sugerir etiologias alternativas (tuberculose, abscesso);
  4. Indicar condições associadas (obstrução brônquica, derrame pleural);
  5. Monitorar a resposta ao tratamento;
  6. Não identifica o agente etiológico (só é dado pelo exame da cultura do escarro ou do sangue);
  7. Método de escolha para a abordagem inicial da PAC (padrão-ouro).
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17
Q

Na pneumonia, qual agente etiológico pode ser identificado pela radiografia?

A

Radiografia não identifica agente etiológico.

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18
Q

Na pneumonia, em que situações se deve pedir uma TC de tórax? (3)

A
  1. Dúvida sobre a presença de infiltrados;
  2. Presença de quadro exuberante associado ao RX normal;
  3. Detecção de complicações (derrame pleural lobulado + de 20% de HT).
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19
Q

Na pneumonia, como deve ser a troca de antibióticos caso haja progressão do infiltrado sem piora clínica?

A

A progressão dos infiltrados dissociada da piora clínica não é indicativo para troca de antibióticos.

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20
Q

O que caracteriza a pneumonia crônica?

A

Uma pneumonia é sempre aguda, não existe pneumonia crônica.

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21
Q

Na pneumonia, qual o tempo que se espera para a melhora na radiografia após início do tratamento?

A

É muito difícil uma pneumonia desaparecer na radiografia com 10 dias. Ela só desaparece com 20 a 30 dias.

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22
Q

Na pneumonia, qual o critério para a troca de antibióticos durante o tratamento?

A

Tem que esperar 72h quando está fazendo antibioticoterapia, se em 72h o paciente estiver bem, nós mantemos o antibiótico. Contudo, se em 72h o paciente tiver uma piora radiológica e/ou clínica, troca-se o antibiótico.

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23
Q

No acompanhamento da pneumonia, quais outros exames podem ser realizados? (6) Quais suas funcionalidades?

A
  1. Hemograma (útil como critério de gravidade e resposta terapêutica)
  2. Dosagem da ureia (marcador importante de decisão diagnóstica)
  3. Proteína C reativa (PCR) (possui valor prognóstico)
  4. Procalcitonina (melhor que a PCR, IL-6 e lactato)
  5. Exame de escarro (há controvérsias)
  6. Hemocultura (PAC grave)
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24
Q

Na pneumonia, o que indica gravidade no exame de hemograma? (2)

A

Se < 4.000 leucócitos/mm3 é mau prognóstico. Desvio a esquerda com ausência de eosinófilos também é grave.

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25
Q

Na pneumonia, o que indica gravidade no exame de dosagem de ureia?

A

> 65mg/dl (11mmol/l) é indicador de gravidade, indica função renal comprometida.

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26
Q

Na pneumonia, o que indica gravidade no exame de proteína C reativa?

A

Marcador de atividade inflamatória (quanto maior o PCR maior o processo inflamatório, maior a necessidade de fazer antibiótico). Valor elevado após 4 dias, redução inferior a 50% do valor inicial, fator decisório para a utilização de antibióticos.

27
Q

Na pneumonia, quais os benefícios e malefícios de dosar a procalcitonina?

A

Malefícios: pouco disponível, custo do kit elevado.

Benefícios: é melhor que a PCR, IL-6 e lactato.

28
Q

Na pneumonia, por que há controvérsia na realização do exame do escarro?

A

Deve ser feito de forma correta, o que nem todos dominam.

29
Q

Na pneumonia, por que o exame de hemocultura apresenta baixo rendimento?

A

Porque deve-se esperar baixar a febre para colher o sangue.

30
Q

Na pneumonia, a dosagem de quais elementos pode influenciar na decisão de internação, mesmo não tendo valor diagnóstico? (3)

A

Dosagens de glicose, eletrólitos e transaminases.

31
Q

Na pneumonia, quais as possíveis formas de investigação microbiológica na PAC grave? (3)

A

Recomenda-se a investigação microbiológica por hemocultura, lavado broncoalveolar (LBA), cultura de escarro nos pacientes em ventilação mecânica.

32
Q

Quais os agentes etiológicos mais comuns na pneumonia ambulatorial? (5)

A
  1. S. pneumoniae
  2. M. pneumoniae
  3. C. pneumoniae
  4. Vírus respiratórios
  5. H. influenzae
33
Q

Quais os agentes etiológicos mais comuns na pneumonia de pacientes internados não na UTI? (6)

A
  1. S. pneumoniae
  2. M. pneumoniae
  3. C. pneumoniae
  4. Vírus respiratórios
  5. H. influenzae
  6. Legionella sp.
34
Q

Quais os agentes etiológicos mais comuns na pneumonia de pacientes internados na UTI? (5)

A
  1. S. pneumoniae
  2. Bacilos Gram negativos
  3. H. influenzae
  4. Legionella sp.
  5. S. aureus
35
Q

Quais os agentes etiológicos mais comuns na pneumonia de pacientes com DPOC? (2)

A

S. pneumoniae e o H. influenzae.

36
Q

Para definição de onde será tratada a pneumonia, quais os fatores individuais que influenciam? (3)

A

Importância das comorbidades, comprometimento radiográfico, sinais clínicos de gravidade.

37
Q

Para definição de onde será tratada a pneumonia, quais os fatores sociais que influenciam? (4)

A

Mora sozinho, condições financeiras, aceitação alimentar, condições de retorno.

38
Q

Para definição de onde será tratada a pneumonia, quais as escalas de critérios de gravidade existentes? (3)

A

FINE (PSI), CURB-65 ou CRB, EWIG (ATS modificado).

39
Q

Na escala PSI, qual a pontuação dos fatores de risco de dados demográficos relacionados a: idade e residência em asilo?

A

Idade: H = idade, M = idade - 10

Residência em asilo: 10

40
Q

Na escala PSI, qual a pontuação dos fatores de risco de comorbidades relacionados a: neoplasia, hepatopatia, ICC, doença cerebrovascular e doença renal?

A
Neoplasia: 30
Hepatopatia: 20
ICC: 10 
Doença cerebrovascular: 10
Doença renal: 10
41
Q

Na escala PSI, qual a pontuação dos fatores de risco de exame físico relacionados a: sensório alterado, FC ≥ 30 irpm, PAS < 90mmHg e 35°C > temperatura ≥ 40°C?

A

Sensório alterado: 20
FC ≥ 30 irpm: 20
PAS < 90mmHg: 20
35°C > temperatura ≥ 40°C: 15

42
Q

Na escala PSI, qual a pontuação dos fatores de exames complementares relacionados a: pH arterial < 7,35, creatinina < 2mg/dl + ureia > 64mg/dl, sódio < 130mmol/l, glicose > 250ml/dl, hematócrito < 30%, PaO2 < 60mmHg e derrame pleural?

A
pH arterial < 7,35: 30
Creatinina < 2mg/dl + Ureia > 64mg/dl: 20
Sódio < 130mmol/l: 20
Glicose > 250ml/dl: 10
Hematócrito < 30%: 10
PaO2 < 60mmHg: 10
Derrame pleural: 10
43
Q

Na escala PSI, quais pontuações representam cada classe de pneumonia? (5)

A
Sem pontuação: classe I
≤ 70: classe II
71 – 90: classe III
91 – 130: classe IV
> 130: classe V
44
Q

Na escala PSI, seguindo as classes de classificação para a pneumonia, quais as taxas de mortalidade em cada uma e onde deve ser realizado o tratamento?

A
Classe I: 0,1% (ambulatório)
Classe II: 0,6% (ambulatório)
Classe III: 2,8% (ambulatório)
Classe IV: 8,2% (hospitalar)
Classe V: 29,2% (hospitalar)
45
Q

Na escala CURB-65, o que cada letra representa?

A
C: Confusão mental
U: Ureia > 50mg/dl
R: FR ≥ 30
B: PAS < 90mmHg e/ou PAD ≤ 60mmHg
65: Idade > 65 anos
46
Q

Na escala CURB-65, a presença de cada característica equivale a quantos pontos?

A

Cada elemento corresponde a 1 ponto.

47
Q

Na escala CURB-65, qual a pontuação que indica onde deve ser feito o tratamento da pneumonia? (3)

A
  • Se 0 ou 1 ponto (idade) = tratamento ambulatorial.
  • Se 2 pontos = considerar tratamento hospitalar.
  • Se 3 ou + = tratamento hospitalar.
48
Q

Na escala CURB-65, quais comorbidades não são consideradas? (3)

A
  1. SpO2 < 90% recente;
  2. Rx - multilobar/bilateral;
  3. Fatores psicossociais, fatores socioeconômicos, impossibilidade para usar a via oral.
49
Q

Na escala CURB-65, o que fazer caso não haja dados sobre a ureia do paciente?

A

Faz com o restante dos dados (CRB-65).

50
Q

Na escala CURB-65, em caso de ausência de ureia, como fica a nova pontuação da CRB-65?

A

Nesse caso 0 pontos é tratamento ambulatorial, 1-2 pontos considero tratamento hospitalar, 3-4 tratamento hospitalar.

51
Q

Quanto ao tratamento da pneumonia, qual deve ser a antibioticoterapia a nível ambulatorial em pacientes previamente hígidos? (2)

A

Macrolídeo ou betalactâmico.

52
Q

Quanto ao tratamento da pneumonia, qual deve ser a antibioticoterapia a nível ambulatorial em pacientes com doenças associadas? (2)

A

Quinolonas (moxifloxacino, levofloxacino, gemifloxacino)
ou
Betalactâmicos (Cefalosporinas) + macrolídeos (azitromicina e claritromicina).

53
Q

Quanto ao tratamento da pneumonia, qual deve ser antibioticoterapia a nível de internação em pacientes não graves? (2)

A

Quinolonas ou Betalactâmicos + Macrolídeos.

54
Q

Quanto ao tratamento da pneumonia, qual deve ser antibioticoterapia a nível de pacientes na UTI sem risco de pseudomonas? (2)

A

Betalactâmicos + quinolona ou macrolídeo.

55
Q

Quanto ao tratamento da pneumonia, qual deve ser antibioticoterapia a nível de pacientes na UTI com risco de pseudomonas? (2)

A

Betalactâmico ou antipneumo + antipseudomonas + quinolona.

56
Q

Quanto ao tratamento da pneumonia, qual a média de tempo? Qual o máximo que pode chegar?

A

Tratamento das pneumonias é de 7 a 10 dias, podendo chegar até 14 dias.

57
Q

Quanto ao tratamento da pneumonia, após internação, qual deve ser a via de administração de medicamentos? E se puder por outra via?

A

Após internar, o tratamento deve ser apenas IV. Se a pessoa internada começa a conseguir receber medicamentos por via oral, pode-se dar alta.

58
Q

Quanto ao tratamento da pneumonia em pacientes internados, quando posso pensar em dar alta?

A

Se a pessoa internada começa a conseguir receber medicamentos por via oral, pode-se dar alta. Isso acontece quando ele consegue deglutir, quando os sinais vitais estão estáveis por 24h, temperatura < 38°C, FC ≤ 100bpm, FR ≤ 24 irpm, PAS ≥ 90 mmHg.

59
Q

Quanto ao tratamento da pneumonia em pacientes internados, quais critérios devem ser considerados para poder dar alta? (4)

A
  • Critérios de conversão do antibiótico para a via oral;
  • Estado mental basal;
  • Nenhuma evidência de anormalidade aguda na doença;
  • Oxigenação adequada com saturação de O2 > 92%.
60
Q

Quanto ao tratamento da pneumonia em pacientes internados, como se dá a prevenção para pseudomonas? (2)

A
  • Vacinação contra influenza – obrigatória.

- Vacina antipneumocócica – recomendada para pessoas com idade > 65 anos, residentes em asilos, imunocomprometidos.

61
Q

Quanto ao tratamento da pneumonia com falha terapêutica (após uso de antibioticoterapia), o que deve se suspeitar em situação de falta de resposta ou piora clínica não infecciosa? (2)

A

ICC e neoplasias.

62
Q

Quanto ao tratamento da pneumonia com falha terapêutica (após uso de antibioticoterapia), o que deve se suspeitar em situação de falta de resposta ou piora clínica infecciosa? (2)

A

Pioras relacionadas ao patógeno (resistência) ou relacionadas ao tratamento (antibiótico incorreto).

63
Q

Quanto ao tratamento da pneumonia com falha terapêutica (após uso de antibioticoterapia), o que deve se suspeitar em situação de falta de resposta ou piora clínica que não se enquadram nem como infecciosa nem como não infecciosas?

A

Pioras relacionadas ao hospedeiro.