Pneumonia Flashcards
O que é Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC)?
Infecção aguda do pulmão com preenchimento alveolar por infiltrado inflamatório e exsudato purulento adquirida fora do ambiente hospitalar.
Qual a diferença entre pneumonia típica e atípica?
Típica: início hiperagudo, febre alta, escarro purulento, consolidação alveolar. Atípica: início subagudo, febre baixa, tosse seca, infiltrado intersticial.
Quais são os padrões histopatológicos da PAC?
Pneumonia lobar (consolidação extensa), broncopneumonia (multifocal peribrônquica), pneumonia intersticial (geralmente viral ou por micoplasma).
Qual o agente etiológico mais comum da PAC?
Streptococcus pneumoniae (30-40% dos casos).
Quais os principais mecanismos de infecção pulmonar?
Inalação, aspiração, via hematogênica, extensão direta do mediastino ou espaço subfrênico.
Qual o principal mecanismo de infecção na maioria dos casos de PAC?
Microaspiração de secreções da via aérea superior.
Quais mecanismos de defesa protegem a via aérea?
Reflexo da tosse, muco, atividade ciliar, macrófagos, IgA e IgG alveolares.
Como se manifesta a PAC típica?
Febre alta, calafrios, dor torácica pleurítica, tosse produtiva com escarro purulento.
Quais achados indicam síndrome da consolidação?
Som bronquial, aumento do frêmito toracovocal, submacicez, broncofonia, pectorilóquia fônica.
Quais achados indicam derrame pleural?
Abolição do murmúrio vesicular, submacicez, egofonia, ausência de frêmito toracovocal.
Qual alteração laboratorial típica na PAC?
Leucocitose neutrofílica (15.000-35.000/mm³) com desvio à esquerda.
Qual o papel da radiografia de tórax na PAC?
Confirma diagnóstico, avalia gravidade, complicações, monitoramento terapêutico.
O que é uma pneumonia do lobo pesado?
Infecção por Klebsiella pneumoniae em alcoólatras, com abaulamento de cissura no lobo superior.
O que são pneumoceles e sua causa?
Cistos pulmonares de parede fina por S. aureus.
Quando a TC de tórax é indicada?
Dúvidas diagnósticas, complicações, infiltrado não visualizado na radiografia convencional.
Quando realizar gasometria arterial?
SpO2 < 90% ou PAC grave.
Quais exames laboratoriais podem ser úteis no prognóstico?
PCR, procalcitonina, IL-6, troponina, peptídeos natriuréticos, contagem de linfócitos, D-dímeros.
Qual o valor da procalcitonina na PAC?
Ajuda no diagnóstico diferencial (bacteriano vs viral), prognóstico e decisão de suspensão do ATB.
Quais os critérios de validade para cultura de escarro?
<10 células epiteliais e >25 PMN por campo.
Como decidir o local de tratamento?
Usar escores como CURB-65 ou PSI para decidir entre tratamento ambulatorial ou internação.
Quais os critérios para admissão em UTI?
Um critério maior ou três critérios menores segundo ATS/IDSA.
Quais são os grupos de estratificação clínica na PAC?
Grupo I a IV, baseados na gravidade e fatores de risco como cardiopatias, imunossupressão e risco para Pseudomonas.
Qual a duração usual do tratamento antibiótico na PAC?
7-10 dias para quadros leves; 10-14 dias em casos graves. 14 dias para micoplasma/clamídia.
Quando posso migrar de antibiótico EV para VO?
Paciente estável, afebril por ≥3 dias, boa aceitação oral e melhora clínica.
Quais são as principais complicações da PAC?
Derrame parapneumônico, pneumonia necrosante, sepse, pneumotórax, abscesso pulmonar, falência respiratória.
Como diferenciar falha precoce vs tardia no tratamento?
Precoce: até 72h; tardia: após 72h — rever diagnóstico, complicações ou cobertura antimicrobiana.
Quando repetir RX de tórax após PAC?
Após 6 semanas em tabagistas >50 anos ou persistência de sintomas.
Quais vacinas são recomendadas para prevenção da PAC?
Vacina influenza anual e pneumocócica (60+ anos ou com comorbidades).
Homem de 67 anos com tosse produtiva, febre alta e dor torácica pleurítica há 2 dias. RX mostra consolidação no lobo inferior direito. Qual o agente mais provável?
Streptococcus pneumoniae — quadro típico de PAC.
Mulher jovem com febre baixa, tosse seca há 10 dias, cefaleia e mialgia. RX mostra infiltrado intersticial difuso. Diagnóstico provável?
Pneumonia atípica por Mycoplasma pneumoniae.
Paciente com PAC e SpO2 de 86% em ar ambiente. Qual a conduta inicial?
Internação hospitalar e oxigenoterapia suplementar.
Homem de 70 anos, tabagista, tratado ambulatorialmente para PAC. Após 3 dias sem melhora, RX mostra cavitações. O que suspeitar?
Pneumonia necrosante — considerar S. aureus ou gram-negativos.
Paciente com PAC grave e PCR persistentemente elevada após 72h de antibiótico. O que isso pode indicar?
Falha terapêutica precoce — reavaliar antibiótico ou investigar complicações.
Paciente com PAC e hiponatremia. Exame de escarro negativo. Qual exame pode auxiliar no diagnóstico etiológico?
Antígeno urinário para Legionella pneumophila.
Mulher de 55 anos com PAC e histórico de uso recente de corticoides e ATB de amplo espectro. Qual germe deve ser considerado?
Pseudomonas aeruginosa.
Paciente diabético com pneumonia lobar superior e abaulamento de cissura. Qual o provável agente?
Klebsiella pneumoniae (pneumonia do lobo pesado).
Homem com PAC, tosse produtiva, febre, taquicardia, e derrame pleural à esquerda >5 cm. Qual exame deve ser realizado?
Toracocentese diagnóstica para investigar derrame parapneumônico complicado ou empiema.
Paciente com PAC, afebril há 4 dias, aceitação oral e melhora clínica. Qual a conduta?
Transição para antibiótico oral e considerar alta hospitalar.