Pediatria Flashcards
Conceitos em aleitamento materno
- Exclusivo
- Predominante
- Complementado
- Misto ou Parcial
- Exclusivo: Só leite materno
- Predominante: Leite materno + outros líquidos (água, chá, suco..)
- Complementado: Leite materno + alimentos sólidos ou semisólidos
- Misto ou Parcial: Leite materno + outros tipos de leite
Principais diferenças entre o Leite materno e o leite de Vaca
O Leite materno é a referência, o leite de Vaca tem:
- ↓ vitaminas (A, D, E, C); ↓Lactose e ↓ác. graxos essenciais
- Ferro em pequeno teor, mal absorvido
- Sem fatores de crescimento
- ↑ íons (Ca+, P, Na+, Cl-, K+)
- Relação Caseína x proteína do soro (80%x40%)
- ↓ α-lactoalbumina (defesa) e ↑ β-lactoglobulina (alergia)
Fatores de proteção presente no leite humano
- IgA secretória: principal Ig do leite, com função de defesa
- Fator bifido: ↑flora saprófita (Lactobacilus) e ↓pH das fezes
- Lactoferrina: Inibe adesão E.coli e ↓Ferro da E.coli e Candida
- Lisozima: Bactericida e Anti-inflamatória. Destrói E. coli e Salmonella
- Lactoperoxidase: Efetiva contra Streptococcus
- Oligossacarídeos: Bloqueia adesão de alguns agentes intestinais
- Lipase: Efetiva contra parasitas (Giardia, Entamoeba, Trichomonas)
Variações na composição do leite materno
- Prematuros
- Durante lactação
- Durante Mamada
- Durante o dia
- Prematuros: Menos lactose e mais tudo
-
Durante lactação:
- Colostro (primeiros 5 dias): ↑PTN, Ig, vit A/E; ↓godura e lactose
- Leite maduro (>2ª sem): ↑lactose, gordura e vits hidrossoluveis
-
Durante Mamada
- Início (Leite anterior): ↑água, lactose, PTN, vits e sais
- Final (Leite posterior): ↑gordura
- Durante o dia: ↑gordura no final do dia
Posicionamento para amamentação
- Bebê apoiado
- Bebê com a cabeça e tronco alinhados (pescoço não torcido)
- Corpo do bebê próximo ao da mãe
- Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz na altura do mamilo
Pega para amamentação
- Boca bem aberta
- Mais aréola visível acima da boca do bebê
- Lábio inferior virado para fora
- Queixo tocando a mama
Problemas relacionados à amamentação
- Traumas mamilares
- Ingurgitamento mamário
- Mastite
- Abscesso: pode amamentar segundo MS
- Candidíase
Contraindicações ao aleitamento
- Absolutas
- Relativas
- Absolutas: HIV; HTLV 1 e 2; Galactosemia
-
Relativas:
- Herpes: pode amamentar na mama sadia
- Hepatite B: Basta vacinar a criança
- Varicela: Só se doença materna ocorrer 5 dias antes até 2 dias após nascimento
- CMV: Apenas no RN < 32sem ou leite pasteurizado
- Chagas: Fase aguda ou lesões sangrantes no mamilo
- Tuberculose: Mãe de máscara, RN com isoniazida
- Hanseníase: Apenas a Virchowiana não tratada
- Caxumba: Apenas por 4 dias após início do quadro. RN e mãe afastados, mas pode ser feita leite ordenhado
- Psicose puerperal:
Drogas contraindicadas na amamentação
- Amiodarona: Hipotireoidismo no lactente
- Antineoplásicos e imunossupressores
- Bromocriptina: Inibe lactação
- Isotretinoína
- Compostos radioativos
- Sais de ouro
- Fenindiona
- ATB: Linezolida e ganciclovir
Como orientar a mãe que deseja continuar a amamentação, mas precisa retornar ao trabalho?
ORDENHA E ARMAZENAMENTO DO LEITE
- Validade: Geladeira (12h); Congelador/Freezer em -3 °C (15 dias)
- Descongela na geladeira e reaquece em banho-maria fora do fogo
- Agitar antes de oferecer à criança em copinho ou colher
Alimentação complementar
- Idade para introdução
- Quantidade ao dia
- Idade para introdução: > 6 meses
- Quantidade ao dia: 3x/dia se ainda mamar. Se não, 5x/dia
Indicações de suplementação de Ferro na Infância
- 1 mg/kg/dia de 1 ano até 2 anos
- 1 mg/kg/dia de 3 meses até 1 ano
- 2 mg/kg/dia de 30 dias até 1 ano
- 3 mg/kg/dia de 30 dias até 1 ano
- 4 mg/kg/dia de 30 dias até 1 ano
- 1 mg/kg/dia de 1 ano até 2 anos: TODOS
- 1 mg/kg/dia de 3 meses até 1 ano: Peso > 2500g
- 2 mg/kg/dia de 30 dias até 1 ano: Peso entre 2500-1500g
- 3 mg/kg/dia de 30 dias até 1 ano: Peso entre 1500-1000 g
- 4 mg/kg/dia de 30 dias até 1 ano: Peso < 1000g
Dose da profilaxia hipovitaminose A
- Crianças 6-11 meses
- Crianças de 12-59 meses
- Crianças 6-11 meses: 100.000 UI VO dose única
- Crianças de 12-59 meses: 200.000 UI VO, a cada 6 meses
Profilaxia Vit D
- Dose:
- Indicações:
- Dose: 400 UI/dia (< 1 ano); 600 UI/dia (> 1 ano)
-
Indicações:
- Aleitamento exclusivo: Após o nascimento, qd Peso > 1500g
- Fórmula com Vit D: Se < 1000 ml/ dia
- Criança/adolescente: Ingestão < 600 UI/dia ou não exposição ao sol
Definições em Diarreia
- Aguda
- Persistente
- Crônica
- Aguda: < 14 dias
- Persistente: 14 dias ou mais
- Crônica: > 30 dias
Achados na Diarreia
- Osmótica
- Secretora
- Invasiva
- Osmótica: ↓Volume; ↑Gap osmolar fecal; melhora com o jejum
- Secretora: ↑Volume; ↓Gap osmolar fecal; persiste com o jejum
- Invasiva: Sangue, leucócitos, muco ou pus
Diarreia por Rotavírus
- Principal causa de diarreia grave em…
- Assintomática nos…
- Mecanismo
- Período de incubação
- Clínica
- Diagnóstico
- Principal causa de diarreia grave em…: < 2 anos
- Assintomática nos…: < 3 meses
- Mecanismo: Osmótico e secretor (proteína NSP4)
- Período de incubação: < 48h (varia de 1-7 dias)
- Clínica: Vômitos/febre/diarreia por 4-8 dias
- Diagnóstico: isolamento nas fezes pelo ELISA
Principais bactérias causadoras de diarreia
- E. coli
- Salmonella
- Shigella
- Campylobacter jejuni
- Yersinia
- Vibrio Cholarae
Tipos de E. coli nas diarreias
- Enterotoxigênica: Diarreia dos viajantes
- Enteropatogênica: Diarreia persistente em < 2 anos
- Enteroinvasiva: Disenteria + febre em > 1 ano
- Êntero-hemorrágica: Disenteria sem febre e/ou SHU
Diarreia por Shigella
- Idade:
- Clínica:
- Complicações:
- Idade: 70% < 5 anos
- Clínica: Disenteria + Febre alta + sintomas intestinais + SNC (cefaleia, convulsão, meningismo, confusão, alucinações)
- Complicações: SIADH, sepse, CIVD, SHU e crises convulsivas
Características de outras bactérias causadoras de diarreia
- Campylobacter jejuni
- Yersinia
- Vibrio Cholerae
- C. jejuni: clínica Igual Shigella, e complica com Guillain-Barré
- Yersinia: simula uma apendicite aguda com diarreia
- Vibrio Cholerae: Diarreia aquosa muito volumosa (água de arroz)
Variáveis para analisar o grau de desidratação
- Estado geral: Bem; irritada; letárgica
- Olhos: normal; fundos
- Sede: normal; sedenta; incapaz de beber
- Sinal da prega: desaparece rápido, lento ou muito lento
- Lágrimas: presentes ou ausentes
- Pulso: cheio; rápido e fraco; muito fraco ou ausente
- Tempo de enchimento capilar: < 3s; 3-5s; > 5s
Soro caseiro
- Modo de preparo
- Função
- Modo de preparo: 200 ml água + 1medida pequena (pitada) de sal + 2medidas grandes (punhado) de açucar
- Função: Prevenir (não trata) a desidratação
Principais diferenças da SRO antiga para nova
- Sódio
- Glicose
- Osmolaridade
- Sódio: Mudou de 90 para 75 mmol/L
- Glicose: Mudou de 111 para 75 mmol/L
- Osmolaridade: Mudou de 311 para 245 mOsm/L
Conduta diarreia Plano A (sem desidratação)
- Local
- Ingestão líquidos
- Suplementação
- Orientações
- Local: Domicílio
- Ingestão líquidos: 50-100ml (<1 ano) ou 100-200ml (>1 ano) após cada evacuação de SRO (OMS) ou Soro caseiro (MS)
- Suplementação: Zinco 10 mg/dia (< 6meses) ou 20 mg/dia (>6meses) por 10 dias
- Orientações: Manter alimentação atual (↑frequência), retornar em casos de piora da diarreia ou sinais de desidratação
Conduta diarreia Plano B
- Local
- Ingestão líquidos
- Orientações
- Local: Unidade de saúde
- Ingestão líquidos: SRO 75 ml/kg em 4h; suspender alimentação, exceto aleitamento materno.
- Orientações: Liberar para casa com a conduta do Plano A após desaparecimento da desidratação
Indicações de SRO por Gastróclise (sonda nasogástrica 20-30 ml/kg/h)
- Perda de peso após 2h
- Vômitos persistentes após início TRO (≥ 4 episódios/hora)
- Distensão abdominal (com peristalse presente)
- Dificuldade de deglutição (ex: Estomatite)
Conduta Diarreia Plano C
- Local:
- Tratamento:
- Volume:
- Reavaliação:
- TRO:
- Local: Unidade de Saúde
- Tratamento: Hidratação IV (Ringer lactato ou SF 0,9%)
- Volume: 100 ml/kg: (1) < 1 ano (30 ml/kg em 1h + 70 ml/kg em 5h); (2) > 1 ano (30 ml/kg em 30min + 70 ml/kg em 2h30min). Repetir fase de expansão se necessário
- Reavaliação: A cada 1-2h
- TRO: 5 ml/kg/h tão logo a criança possa beber
Plano C mais antigo do MS
- Fase de expansão
- Fase de manutenção
- Fase de reposição
-
Fase de expansão: SF 0,9%
- RN e cardiopatas: 10 ml/kg em 30 min. Repetir até hidratação
- < 5 anos: 20ml/kg em 30 min. Repetir até hidratação
- > 5 anos: 30ml/kg em 30 min. Após, RL 70ml/kg em 2h30min
-
Fase de manutenção: Solução 4:1 (SG5%:SF0,9%) + KCL10%(2ml/100ml)
- < 10 kg: 100 ml/kg
- 10-20 kg: 1L + 50 ml/kg acima de 10kg
- > 20 Kg: 1,5L + 20 ml/kg acima de 20kg
- Fase de reposição: 50ml/kg em 24h Solução 1:1 (SG5%:SF0,9%)
Antibioticoterapia na diarreia
- Disenteria
- Cólera
- Salmonelose
- Disenteria: OMS (Cipro); MS (Ceftriaxone IM, SMP-TMX, Cipro)
- Cólera (MS): Adultos (Doxicilina); Crianças (Macrolídeo, cipro ou doxiciclina)
- Salmonelose (Sistêmico): Cipro, ampicilina ou Ceftriaxone
Definição de taquipneia por idade
- < 2 meses
- < 11 meses
- < 5 anos
- < 8 anos
- > 8 anos
- < 2 meses: ≥ 60 irpm
- < 11 meses: ≥ 50 irpm
- < 5 anos: ≥ 40 irpm
- < 8 anos: ≥ 30 irpm
- > 8 anos: ≥ 20 irpm
Diagnóstico após análise da taquipneia e estridor
- Sem taquipneia + sem estridor
- Com estridor
- Com taquipneia + sem estridor
- Sem taquipneia + sem estridor: IVA superiores
- Com estridor: IVA intermediárias
- Com taquipneia + sem estridor: Pneumonia
Resfriado comum
- Partes acometidas
- Complicações
- Principal agente
- Outros agentes
- Clínica
- Tratamento
- Partes acometidas: nariz, seios paranasais e faringe
- Complicações: OMA e sinusite
- Principal agente: Rinovírus
- Outros agentes: Coranavírus, VSR, adenovírus, parainfluenza, influenza e enterovírus
- Clínica: Obstrução nasal, rinorreia e lacrimejamento. Tosse só em 30%
- Tratamento: (1) Lavagem nasal SF; (2) ↑Ingesta líquida; (3) Antitérmicos
Otite média Aguda
- Principais agentes
- Clínica em lactentes
- Clínica em crianças maiores
- Achados na otoscopia
- Principais agentes: S. pneumoniae, H. influenzae e M. catarrhalis
- Clínica em lactentes: inespecífica (choro, febre, irritabilidade…)
- Clínica em crianças maiores: Otalgia, otorreia; após resfriado
- Achados na otoscopia: (1) Membrana hiperemiada e opaca; (2) Membrana abaulada (↑especificidade); (3) Membrana sem mobilidade à insuflação pneumática; (4) Miringite bolhosa (bolhas no tímpano)
Indicações de ATB na OMA
- < 6 meses
- Quadro grave: dor forte; Otalgia > 48h ou Febre ≥39°C
- Otorreia ou bilateralidade
Tratamento OMA
- 1ª escolha
- Indicações de Amoxclavulanato
- Alérgicos à penicilina
- 1ª escolha: Amoxi 50-90 mg/kg/dia por 7-10 dias
- Indicações de Amoxclavulanato: (1) falha; (2) Uso de amoxi últimos 30 dias; (3) Otite + conjuntivite (H. influenzae)
- Alérgicos à penicilina: Cefuroxima
Complicações OMA
- Perfuração timpânica: Mais comum, autolimitado
- Mastoidite: Deslocamento do pavilhão auricular + Desaparecimento do sulco retroauricular
- OMA com efusão ou secreção: Expectante, duração < 3 meses
OMA recorrente
- Definição
- Tratamento
- Definição: ≥3 episódios em < 6 meses ou ≥4 episódios em < 1 ano
- Tratamento: Tubo de ventilação
Sobre os seios paranasais…
- Aerado já no RN?
- Aerado por volta dos 4 anos?
- Visualizado no Rx por volta dos 5 anos?
- Desenvolvimento se inicia após os 7 anos?
- Aerado já no RN? Seios etmoidais
- Aerado por volta dos 4 anos? Seios maxilares
- Visualizado no Rx por volta dos 5 anos? Seio esfenoidal
- Desenvolvimento se inicia após os 7 anos? Seio frontal
Diagnóstico de Sinusite Bacteriana
DIAGNÓSTICO É CLÍNICO!
(1) Resfriado arrastado: Obstrução nasal, coriza e tosse ≥ 10 dias
(2) Grave: Febre ≥39°C + coriza purulenta ≥ 3 dias consecutivos
(3) Piora clínica: piora dos sintomas após melhor inicial do resfriado
Sinusite Bacteriana
- Principais agentes
- Tratamento
- Complicações
- Principais agentes: mesmos da OMA
- Tratamento: Amoxi até 7 dias após resolução dos sintomas
- Complicações: Celulite orbitária ou periorbitária
Diagnóstico diferencial com Sinusite Bacteriana
(1) Corpo estranho: rinorreia fétida, unilateral, purulenta ou sanguinoletna
(2) Rinite alérgica: espirros, prurido, mucosa nasal pálida
(3) Sífilis congênita precoce: < 3 meses, rinorreia serossanguinolenta
Faringite Aguda
- Pico de incidência da causa estreptocócica
- Principal sintoma clínico
- Achados que sugerem causa bacteriana
- Achados que sugerem causa viral
- Avaliação complementar
- Complicações não supurativas
- Pico: 5-15 anos; incomum em <2-3 anos
- Principal sintoma clínico: Odinofagia
- Causa bacteriana: Petéquias em palato; adenomegalia cervical dolorosa; amigdalas hiperemiadas e/ou com exsudato purulento
- Causa viral: Tosse, coriza e obstrução nasal
- Avaliação complementar: Teste rápido ou cultura SGA
- Complicações não supurativas: (1) Febre reumática (prevenida se ATB até 9 dias do quadro); (2) GNPE (Não prevenível)
Tratamento Faringite Aguda Streptocócica
- 1ª escolha
- Alternativas orais
- Alérgicos a penicilina
- 1ª escolha: Penicilina G Benzatina 600.000 UI (<27Kg) ou 1.200.000 (>27Kg) IM em dose única
- Alternativas orais: Amoxi ou penicilina V por 10 dias
- Alérgicos a penicilina: Eritromicina, claritromicina ou cefalexina (10 dias)
Complicações supurativas Faringite estreptocócica
(1) Abscesso peritonsilar (ou periamigdaliano): ↑ sintomas + TRISMO + desvio de úvula contralateral. Ttx: drenagem + ATB
(2) Abscesso retrofaríngeo: <5 anos + Febre + DOR À MOBILIZAÇÃO CERVICAL. Ttx: Drenagem + ATB
Principais diagnósticos diferenciais com Faringite Aguda
Todos têm faringite + febre + alguma coisa
(1) Mononucleose infecciosa: + Linfadenopatia generalizada + esplenomegalia + Linfocitose + exantema após amoxicilina
(2) Adenovirose: + conjuntivite não-exsudativa + linfadenopatia pré-auricular e cervical
(3) Herpangina (Coxsackie A): + lesões vesiculares/ulceradas na faringe posterior, palato mole e tonsilas
(4) PFAPA (Sd de Marshal): + Adenite + Aftas (Ttx com corticoide)
(5) Difteria: + pseudomembrana branco acinzentada com sangramento à tentativa de remoção + adenomegalia cervical + sem vacina
Principais causas de Estridor na Infância
- Infecciosas
- Não infecciosas
- Infecciosas: Epiglotite Aguda; Laringotraquiobronquite Viral aguda
- Não infecciosas: Laringomalácia; estenose subglótica; paralisia das pregas vocais; anomalias vasculares
Epiglotite Aguda
- Principais agentes
- Clínica
- Diagnóstico
- Tratamento
- Principais agentes: S.pyogenes/pneumoniae; S. aureus; H.influenzae
- Clínica: Hiperaguda (Febre alta, toxemia, estridor, odinofagia…) + posição do tripé (posição de pé ou sentada, com mãos no joelho, pescoço hiperestendido, queixo pra cima com mandíbula protusa)
- Diagnóstico: Clínico (epiglote aumentada, edemaciada e cor vermelho-cereja na IOT); Rx cervical lateral (Sinal do polegar)
- Tratamento: IOT ou VM + ATB parenteral (cefuroxima, ceftriaxona ou meropenem) por 10 dias
Laringotraquiobronquite viral aguda
- Agente
- Idade de acometimento
- Clínica
- Rx cervical
- Tratamento
- Complicação
- Diagnóstico diferencial
- Agente: Parainfluenza (75%). Outros: influenza, adenovírus, VSR
- Idade de acometimento: de 3meses a 5anos (Pico no 2º ano)
- Clínica: Pródromos catarrais + Tosse metálica (de cachorro) + roquidão + estridor inspiratório
- Rx cervical: Sinal “da torre” ou “da ponta do lápis”
- Tratamento: (1) Corticoide (Dexa IM ou budesonida inalatório); (2) Nebulização com adrenalina (se estridor de repouso);
- Complicação: Traqueíte bacteriana por S. aureus (piora clínica + pus na VA + sem resposta a nebulização)
- Diagnóstico diferencial: Laringite estridulosa (1-3 anos, clínica idêntica, porém sem pródromos catarrais)
Etiologias da pneumonia conforme idade
- RN < 3 semanas
- 3 sem a 3 meses
- 4 meses a 4 anos
- ≥ 5 anos
- RN < 3 semanas: GBS; E. coli; Bacilos Gram-negativos; Pneumococo; H. influenzae
- 3 sem a 3 meses: VSR; outros vírus respiratórios; Pneumococo; H. influenzae
- 4 meses a 4 anos: Igual ao de cima + Micoplasma pneumoniae e S. pyogenes
- ≥ 5 anos: Micoplasma; Pneumococo; Chlamydophila pneumoniae; H. influenzae; influenza; outros vírus; legionella
Sinais de gravidade Pneumonia Bacteriana
- Tiragem subcostal (Exceto na OMS)
- Batimento da asa do nariz
- Gemência
- Cianose
Indicações de Internação na Pneumonia bacteriana
- Idade < 2 meses (Nelson é < 6 meses)
- Sinal de gravidade
- Sinais radiológicos de gravidade
- SatO2 < 92%
- FR > 72 irpm
- Doença grave concomitante
- Falha do tratamento ambulatorial
- Comprometimento do Estado Geral
Tratamento pneumonia bacterina
- < 2 meses
- > 2 meses ambulatorial
- > 2 meses hospitalar
- Pneumonia atípica
- < 2 meses: Penicilina Cristalina (ou ampicilina) + Aminoglicosídeo
- > 2 meses ambulatorial: Amoxicilina 50-90mg/kg 10-14dias
- > 2 meses hospitalar: (1) Penicilina cristalina; (2) Oxacilina + Ceftriaxone
- Pneumonia atípica: Macrolídeos
Complicações pneumonia
- Derrame pleural: Puncionar se > 1cm
- Pneumatocele: Cavitação de parede fina e ar aprisionado
- Abscesso pulmonar: Cavitação de parede espessa e nível hidroaéreo
Pneumonia afebril do lactente
- Agente
- Clínica
- Avaliação complementar
- Diagnóstico diferencial
- Agente: Chlamydia trachomatis
- Clínica: < 3 meses, que teve conjuntivite neonatal; Agora tá com taquipneia e tosse; sem febre.
- Avaliação complementar: Eosinofilia + Rx com Hiperinsuflação + infiltrado intersticial ou alveolar
- Diagnóstico diferencial: Coqueluche (Linfocitose ao invés de eosinofilia)
Coqueluche
- Agente
- Fase catarral
- Fase paroxística
- Fase convalescença
- Clínica em lactentes < 3 meses
- Avaliação complementar
- Tratamento
- Agente: Bordetella pertussis
- Fase catarral: 1-2 semanas de uma síndrome gripal
- Fase paroxística: 2-6semanas com tosse com guincho
- Fase convalescença: > 2 semanas com redução dos sintomas
- Clínica em lactentes < 3 meses: Igual PNM afebril do lactente
- Avaliação complementar: Leucocitose com linfocitose + infiltrado perihilar (“coração felpudo”)
- Tratamento: Azitromicina (1ª escolha); Claritromicina (2ª escolha) (MS)
Bronquiolite viral aguda
- Idade de acometimento
- Agente
- Clínica
- Tratamento
- Prevenção
- Diagnóstico diferencial
- Idade de acometimento: < 2 anos
- Agente: VSR (>50%)
- Clínica: Prodromos catarrais + tosse, taquipneia + SIBILOS
- Tratamento:`só na internação. (1)O2 se SatO2>90%; (2)Nebulização com SF 3% (hipertônica); (4) Broncodilator e corticoide são controversos, não recomendados de rotina
- Prevenção: (1) Lavagem das mãos; (2) Palivizumabe (Anticorpo monoclonal anti-VSR)
- Diagnóstico diferencial: Asma brônquica (Rinite alérgica, sibilo sem resfriado, eosinofilia)
Indicações do uso de Palivizumabe
- Criança < 1 ano, prematuro com IG<28s (MS)
- Criança < 2 anos, com cardiopatia congênita com repercussão hemodinânica ou doença pulmonar crônica da prematuridade (MS
- Prematuros nascidos entre 29-31s de IG, especialmente nos primeiros 6 meses (SBP)
Qual o calendário de acompanhamento regular da criança de acordo com o MS?
- 1 semana de vida
- 1,2,4,6,9,12 meses
- 18 e 24 meses
- Após 2 anos, consultas anuais
Determinantes do crescimento
- Fatores intrínsecos
- Fatores extrínsecos
- Fatores intrínsecos: genética; IGF-1, GH, esteroides, TSH e T4, cortisol
- Fatores extrínsecos: Ambiente, nutrição e atividade física não competitiva
Fases de crescimento
- Intrauterino: Maior velocidade de crescimento
- Lactente: Crescimento linear intenso
- P´ré-puberal
- Puberdade
Ganho de peso aproximado de uma criança
- 1º trimestre
- 2º trimestre
- 3º trimestre
- 4º trimestre
- Pré-escolar
- Escolar
- 1º tri: 700 g/mês
- 2º tri: 600 g/mês
- 3º tri; 500 g/mês
- 4º tri: 400 g/mês
- Pré-escolar: 2 kg/ano
- Escolar: 3-3,5 kg/ano
Ganho de estatura aproximado de uma criança
- 0-12 meses
- 12-24 meses
- 2-4 anos
- 4-6 anos
- 6 anos-puberdade
- Puberdade
- 0-12 meses: 25 cm
- 12-24 meses: 12 cm
- 2-4 anos: 7-8 cm/ano
- 4-6 anos: 6 cm/ano
- 6 anos-puberdade: 5 cm/ano
- Puberdade (estirão): 8-9 cm/ano (meninas); 9-10 cm/ano (meninos)
Sequência do desenvolvimento motor
Cefalocaudal e do centro para periferia
Desenvolvimento normal no RN
- Motor
- Adaptativo
- Pessoal-social
- Linguagem
- Motor: Postura semi fletida + reflexos primitivos presentes
- Adaptativo: Fixa face humana + “olhos de boneca”
- Pessoal-social: Preferência pela face humana
- Linguagem: —
Desenvolvimento normal no criança < 1 mês
- Motor
- Adaptativo
- Pessoal-social
- Linguagem
- Motor: Eleva o queixo + Posição tônico cervical assimétrica
- Adaptativo: segue um objeto
- Pessoal-social: esboça um sorriso, reage à voz ou contato
- Linguagem: —-
Desenvolvimento normal de uma criança de 2 meses
- Motor
- Adaptativo
- Pessoal-social
- Linguagem
- Motor: Eleva a cabeça
- Adaptativo: segue um objeto em movimento por 180°
- Pessoal-social: Sorriso social
- Linguagem: balbucia
Desenvolvimento normal criança de 4 meses
- Motor
- Adaptativo
- Pessoal-social
- Linguagem
- Motor: Postura cervical simétrica; mãos na linha média; cabeça não pende sentado
- Adaptativo: Alcança e agarra um objeto
- Pessoal-social: dá gargalhada
- Linguagem: som de “aah” e “ngah”
Desenvolvimento normal criança 10 meses
- Motor
- Adaptativo
- Pessoal-social
- Linguagem
- Motor: senta-se sozinho e sem apoio; engatinha
- Adaptativo: Pega objetos com a pinça (polegar e indicador)
- Pessoal-social: Brinca de esconde-esconde; dá tchau; permanece com objeto
- Linguagem: Sons consonantais (“mama”; “dada”)
Desenvolvimento normal 15 meses
- Motor
- Adaptativo
- Psico-social
- Linguagem
- Motor: Anda sozinho
- Adaptativo: Faz torre de três cubos; faz linha com lápis
- Pessoal-social: Demonstra desejo pelo objeto; abraça os pais
- Linguagem: Atende comandos simples; dá nome aos objetos
Reflexo de Moro
- Descrição
- Desaparecimento
- Descrição: Abdução seguida de adução; flexão das extremidades superiores e pescoço; e choro após soltá-lo rapidamente na posição supina
- Desaparecimento: 3 meses (típica) e 6 meses (completo)
Reflexo tônico cervical assimétrico (Magnus de Kleijn)
- Descrição
- Desaparecimento
- Descrição: Extensão das extremidades do lado do queixo e flexão do lado occipital após rotação da cabeça pro lado na posição supina por 15 seg
- Desaparecimento: 6-7 meses
Reflexo de preensão palmar
- Descrição
- Desaparecimento
- Descrição: Flexão dos dedos e fechamento da mão qd se colocar o dedo na palmar do bebê
- Desaparecimento: Aos três meses
Reflexo de preensão plantar
- Descrição
- Desaparecimento
- Descrição: Flexão dos dedos do pé, após examinador comprimir seu polegar sobre a face plantar
- Desaparecimento: 6-8 meses
Reflexo de Galant
- Descrição
- Desaparecimento
- Descrição: Curvatura contralateral do tronco após estimulação em movimento linear vertical ombro-nádegas a 2cm da coluna
- Desaparecimento: 4 meses
Qual o único reflexo primitivo que permanece por toda a vida?
Reflexo do paraquedista
Quais são as classificações nutricionais mais usadas?
- Gomez
- Waterlow
- MS
- OMS
Classificação nutricional de GOMEZ?
- Parametro analisado
- Normal
- Desnutrição leve
- Desnutrição moderada
- Desnutrição grave
- Parametro analisado: Razão do Peso por idade do paciente pelo do percentil 50
- Normal: Razão > 90%
- Desnutrição leve: Razão 90%
- Desnutrição moderada:
- Desnutrição grave
Classificação de Waterlow
- Parametro utilizados:
- Eutrófica
- Desnutrição aguda
- Desnutrição crônica
- Desnutrição pregressa
- Parametro utilizados: Peso por estatura (Normal > 90%) e estatura por idade (Normal > 95%) dividido pelo percentil 50
- Eutrófica: Peso e estatura adequada para idade
- Desnutrição aguda: P/E ≤ 90% e E/I >95%
- Desnutrição crônica: P/E ≤90% e E/I ≤ 95%
- Desnutrição pregressa: P/E >90% e E/I ≤95%
Classificação do MS de desnutrição
- Peso x Idade (0-10 anos)
- Estatura x Idade (0-19 anos)
- Peso x Estatura (0-5 anos)
- IMC x Idade (0-19 anos)
TODOS são EZ= -2/-3 OU EZ < -3
- Peso x Idade (0-10 anos): Baixo peso; Muito baixo peso
- Estatura x Idade (0-19 anos): Baixa estatura; Muito baixa estatura
- Peso x Estatura (0-5 anos): magreza; magreza acentuada
- IMC x Idade (0-19 anos): magreza; magreza acentuada
MARASMO
- Deficiência de
- Faixa etária
- Causa
- Clínica
- Deficiência de: energia + proteínas
- Faixa etária: < 1 ano
- Causa: Retirada do aleitamento materno, trocando por mistura de ↓calorias
- Clínica: ↓Tudo (peso, estatura, gordura, músculo); Apetite preservado.
KWASHIORKOR
- Deficiência de
- Faixa etária
- Causa
- Clínica
- Deficiência de: Principalmente proteínas
- Faixa etária: 2-3 anos
- Causa: desmame súbito devido gestação do 2º filho
- Clínica: edema; peso mantido; hepatomegalia; ↓vitaminas e proteínas; apatia e desinteresse
3 fases do tratamento da desnutrição grave
- ESTABILIZAÇÃO (evitar óbito): hipoglicemia; desidratação; infecção; distúrbios hidroeletrolíticos (K+; Mg++); ↓nutrientes (Vit A, ác. fólico, zinco e cobre);
- REABILITAÇÃO (recuperação nutricional): dieta e Ferro
- ACOMPANHAMENTO: ambulatorial, para evitar reincidência
Tipos de artrite idiopática Juvenil
- Pauci ou oligoarticular (50%)
- Poliarticular (35-40%)
- Sistêmica ou Doença de Stil (10-15%)
AIJ pauci ou oligo articular
- Perfil de paciente
- Associação
- Diagnóstico
- Manifestações extra-articulares
- Diagnóstico diferencial
- Tratamento
- Perfil de paciente: Meninas de 2-3 anos
- Associação: HLA-DR8
- Diagnóstico: 1-4 articulações; > 6sem; < 16 anos; excluída outras causas
- Manifestações extra-articulares: Uveíte anterior (pp se FAN positivo)
- Diagnóstico diferencial: Artrite Viral (Parvovírus) < 6 semanas
- Tratamento: AINE, MTX, Anti-TNF
AIJ poliarticular
- Perfil de paciente
- Associação
- Diagnóstico
- Manifestações extra-articulares
- Diagnóstico diferencial
- Tratamento
- Perfil de paciente: Meninas, FRnegativo (<10anos, assimétrica) ou FRpositivo (> 10 anos, simétrica)
- Associação: HLA-DR4
- Diagnóstico: ≥ 5 articulações, > 6sem, <16anos, excluídas outras causas
- Manifestações extra-articulares: Uveíte anterior se FRnegativo e FANpositivo
- Diagnóstico diferencial: Oligoarticular estendida (em 6meses + ↑VHS)
- Tratamento: AINE, MTX
AIJ: Doença de Still
- Diagnóstico
- Manifestações extra-articulares
- Diagnóstico diferencial
- Tratamento
- Diagnóstico: febre>2sem; rash; artrite + trombocitose (Obrigatórios); sinais de inflamação sistêmica (Anemia, leucocitose, VHS>100, ↑TGO/TGP)
- Manifestações extra-articulares: CIVD e Sd hiperativação macrofágica
- Diagnóstico diferencial: Leucemia e infecções
- Tratamento: AINE, MTX, corticoide, ANAKINRA; Evitar corticoide (↓crescimento), AAS (Sd de Reye) e Anti-TNF (não funiciona).
Púrpura de Henoch-Schönlein
- Clínica
- Laboratório
- Perfil de paciente
- Principal complicação
- Clínica: Petéquias mmii; artralgia/artrite; dor abdominal; GN; Rash
- Laboratório: Hematúria glomerular, ↑IgA, espessamento da parede do TGI (USG/TC); plaquetas normais
- Perfil de paciente: Criança, após IVAS
- Principal complicação: Hemorragia digestiva
Doença de Kawasaki
- perfil de paciente
- Diagnóstico
- Principal complicação
- Tratamento
- Tratamento da complicação
- Tratamento da complicação + trombocitose
- perfil de paciente: Menino asiático < 5 anos
- Diagnóstico: Febre > 5 dias + 4 sinais/sintomas
- Principal complicação: Aneurimas coronarianos
- Tratamento: Ig humana + AAS dose anti-inflamatória até 10ª dia; Após manter AAS dose anti-agregante até normalização das plaquetas
- Tratamento da complicação: AAS pra sempre + Vacina contra varicela/influenza (↓Sd de Reye)
- Tratamento da complicação + trombocitose: Associar Dipiridamol
6 sinais/sintomas da Doença de Kawasaki
M-E-L-E-C-A
- Mucosite: lesões orais (língua em framboesa; rachaduras labiais)
- Exantema: polimorfo
- Linfonodomegalia: cervical > 1,5 cm
- Edema: endurecido de mãos e pés
- Conjuntivite: bilateral não supurativa
- Aumento temperatura: Taz > 38,5 °C > 5 dias (Obrigatório)
Quais são as cardiopatias congênitas cianóticas?
- Tetralogia de Fallot
- Atresia pulmonar com septo integro
- Atresia tricúspide
- Transposição das Grandes artérias
- Ventrículo único
- Truncus arteriosus
Quais são as cardiopatias congênitas não cianóticas?
- Comunicação interatrial (CIA)
- Comunicação interventricular (CIV)
- Defeito do septo atrioventricular (DSAV)
- Persistência do canal arterial (PCA)
- Estenoses: pulmonar, aórtica, tricúspide ou mitral;
- Coarctação da aorta
Como avaliar um RN com cianose?
- Método
- Objetivo
- Explicação
- Descrição do método
- Resultados
- Método: TESTE DA HIPERÓXIA
- Objetivo: Diferenciar cianose pulmonar de cardíaca
- Explicação: A PaO2 não aumenta na cianose cardíaca após O2 100%
- Descrição do método: Oferta de O2 100% por 5-10 minutos
-
Resultados:
- (1) PaO2 > 150 mmHg, sugere origem pulmonar
- (2) PaO2 > 250 mmHg, confirma origem pulmonar
Defina Síndrome de Eisenmenger
Aumento da resistência vascular pulmonar, com diminuição do shunt E-D ou inversão do mesmo, levando surgimento de cianose.
Comunicação interatrial
- Tipos
- Achados Exame físico
- Achados exame complementar
- Tratamento
- Tipos: Ostium secundum, ostium primum, tipo seio cavernoso
- Achados Exame físico: Desdobramento de B2 e Sopro sistólico em BEE
- Achados exame complementar: ↑AD e VD (Rx e ECO); Sobrecarga de VD (ECG); Tamanho e posição da CIA e quantificação do fluxo (ECO)
- Tratamento: Fechamento cirúrgico ou por cateterismo percutâneo entre 1-6 anos
Comunicação interventricular
- Epidemiologia
- CIV restritiva
- CIV não restritiva
- Achados CIV restritiva
- Achados CIV não restritiva
- Consequências
- Epidemiologia: Cardiopatia mais comum
- CIV restritiva: < 5mm - Pressão no VD normal, com shunt E-D
- CIV não restritiva: < 10 mm - Pressão VD=VE
- Achados CIV restritiva: Assintomático, sopro holossistólico rude em BEE alta
- Achados CIV não restritiva: IC, HAP (↓fonese de B2), pneumonias de repetição
- Consequências: Cardiomegalia; Hipertrofia biventricular; ↓crescimento
Qual a cardiopatia mais frequente no paciente com síndrome de down?
Defeito do septo atrioventricular
Indicações de Intervenção na CIA
- (1) Sintomáticos;
- (2) Qp:Qs > 2:1
- (3) ↑ VD
Indicações de intervenção cirúrgica na CIV
- (1) sintomas ou ↓crescimento;
- (2) CIV > 10 mm ou HAP se criança entre 6-12 meses;
- (3) Qp:Qs > 2:1 se criança > 24 meses
Coarctação da aorta
- Tipo mais comum
- Clínica
- Avaliação complementar
- Tratamento
- Tipo mais comum: Justaductal (antes do ductoarterioso)
- Clínica: Diferença de PA/amplitude de pulsos entre mmss e mmii
- Avaliação complementar: Cardiomegalia e congestão pulmonar (Rx); Hipertrofia de VE ou biventricular (ECG); Anomalias associadase segmento afetado (ECO)
- Tratamento: Prostaglandinas para manter canal aberto, estabilizar e correção cirurgica
Tetralogia de Fallot
- Defeito primário
- 4 consequências
- Quando aparece a cianose?
- Defeito primário: Desvio anterior do septoinfundibular
- 4 consequências: (1) Obstrução do trato de saída do VD; (2) Hipertrofia de VD; (3) Defeito do septo ventricular; (4) Dextroposição da aorta
- Quando aparece a cianose? Primeiras semanas ou meses de vida, pois ↑obstrução e surge o shunt direita-esquerda
Clínica Tetralogia de Fallot
- Obstrução Leve
- Obstrução Grave
Obstrução Leve
- Sem cianose ao nascimento, só aparecendo depóis com a hipertrofia do infundíbulo direito
- EF: Sopro sistólico ejetivo na BEE; B2 única; baqueteamento digital; posição de cócoras (alívio)
Obstrução Grave
- Cianose ao nascer, que piora com fechamento do canal.
- Crises hipercianóticas: < 2 anos; pela manhã ou após o choro; pode levar a perda de consciência, convulsão e morte.
Tetralogia de Fallot
- Avaliação complementar
- Tratamento
- Cirurgia corretiva
- Cirurgia paliativa
Avaliação complementar
- Rx: Ponta cardíaca desviada superiormente (Sinal do tamanco holandês)
- ECG: Hipertrofia de VD; onda R dominante nas precordias direitas
- ECO: Avalia morfologia para definição cirúrgica
Tratamento
- Casos graves: Prostaglandina E (Manter canal aberto) + cirurgia paliativa
- Casos menos graves: Observação + propranolol (↓crise) + cirurgia corretiva
Cirurgia
- Corretiva: Ampliação da via de saída do VD + fechamento da CIV
- Paliativa: Shunt Blalock-Taussig (sistêmico-pulmonar)
Transposição das grandes artérias
- Fisiopatologia
- Clínica
- Avaliação complementar
- Tratamento
Fisiopatologia
- Aorta emerge do VD; Artéria pulmonar emerge do VE. Circulações em paralelo
- Forame oval, canal arterial e, em 50% casos, a CIV permitem a mistura entre as circulações
- Cardiopatia cianótica mais comum do RN
Clínica
- Sem CIV: cianose e ↑FR nas 1ªs horas/dias de vida; B2 única sem sopros
- Com CIV: Cianose menos intensa; Ins. cardíaca; sopro holossistólico
Avaliação complementar
- Rx sem CIV: Mediastino estreito (forma de ovo deitado)
- Rx com CIV: Cardiomegalia
- ECO: Define diagnóstico
Tratamento
- Prostaglandina E: imediatamente na suspeita diagnóstica
- Septostomia atrial: por balão (Rashkind)
- Correção cirúrgica: Cirurgia de Jatene (troca das grandes artérias) nas primeiras 2-3 semanas de vida.
Sopro inocente na infância
- Definição
- Sopro de Still
- Sinais de alerta
Definição
- Sopro na ausência de alterações anatômicas e/ou funcionais
Sopro de Still
- Sopro inocente mais comum na infância (3-7 anos)
- Sistólico, de ejeção, na BEE média e inferior, vibratório ou musical
Sinais de alerta
- Sopros pansistólicos
- Sopros diastólicos isolados ou sopros contínuos
- Sopros Grau II ou mais
- Sopros Rudes
- Sopros associados com B2 anormal ou cliques
Síndrome de Munchausen por procuração Definição
Forma mista de abuso, na qual a mãe, o pai ou responsável simula a presença de uma doença na criança, através de mentiras na história, simulação ou indução de sintomas
Síndrome do bebê sacudido
- Definição
- Clínica
Definição
- Provocada por sacudidas vigorosas em crianças menores de 2 anos
Clínica
- Hemorragia: Subdural, subaracnóidea e retiniana
- Edema cerebral difuso
Acidentes na infância
- Locais mais comuns
- Acidentes mais comuns < 1 ano
- Acidentes mais comuns 1-5 anos
- Locais mais comuns: (1) Cozinha; (2) banheiro; (3) escadas e corredores
- mais comuns < 1 ano: (1) Asfixias e quedas; (2)queimaduras e aspiração de corpos estranhos
- mais comuns 1-5 anos: (1) Quedas; (2) asfixias, queimaduras e afogamentos
Transporte Seguro SBP
- Estágio 1
- Estágio 2
- Estágio 3
- Estágio 4
Estágio 1 - Cadeirinha bb de costa para painel
- Até pelo menos 2 anos, no centro do banco de trás
Estágio 2 - Cadeirinha bb de frente para painel
- > 2 anos de idade até o limite do peso e estatura do assento
Estágio 3 - Assento de elevação ou *“Booster”*
- Peso/estatura maior que assento estagio 2
- Usar até atingir 1,45m no banco traseiro
Estágio 4 - Cinto de segurança do veículo
- Altura mínima de 1,45m e peso de 36 Kg (Cerca de 11 anos)
- Sempre viajar no banco traseiro até os 13 anos de idade
Transporte seguro CONTRAN
- Menores de 1 ano
- 1-4 anos
- 4-7 anos
- > 7 anos
- Menores de 1 ano: Bebê conforto de costa para painel
- 1-4 anos: Cadeirinha de frente para painel
- 4-7 anos: Assento de elevação
- > 7 anos: Cinto de segurança; Banco traseiro sempre até os 10 anos
ITU na infância
- sexo mais acometido em < 1 ano:
- ITU recorrente é FR para:
- Principal agente envolvido
- Agente envolvido na jovem sexualmente ativa
- sexo mais acometido em < 1 ano: masculino
- ITU recorrente é FR para: HAS e DRC
- Principal agente envolvido: E. coli
- Agente envolvido na jovem sexualmente ativa: Staphylococcus saprophyticus
Clínica ITU
- Cistite
- Pielonefrite
Cistite
(1) ↑Frequência (Polaciúria); (2) Dificuldade de iniciar o jato (Estrangúria); (3) Dor ao urinar (disúria); (4) Incontinência urinária diurna ou noturna; (5) Dor suprapúbica; (6) Alterações de cor, volume ou odor da urina
Pielonefrite
(1) FEBRE; (2) dor lombar ou abdominal; (3) Mal-estar, náuseas, vômitos; (4) Sepse: ↑FC, ↑FR, toxemia…
Diagnóstico ITU
- Urinocultura
- EAS
- Bacterioscopia e Gram da urina
Urinocultura
- Cateterismo vesical: (1) > 50mil UFC de um único patógeno (Nelson); (2) > 10mil UFC se criança sintomática (Nelson); (3) Mil-50 mil UFC de único patógeno (SBP)
- Punção suprapúbica: (1) > 0 UFC, exceto até 3mil estafilococos coagulase negativo (SPB); Igual cateterismo (Nelson)
- Saco coletor/Jato médio: (1) > 100mil UFC de um único patógeno (SBP); (2) > 100mil UFC se EAS+ ou criança sintomática (Nelson)
EAS
- Leucocitúria ≥5/campo;
- Cilindros piocitários (=pielonefrite);
- Hematúria ≥5/campo;
- nitrito positivo
Bacterioscopia e Gram da urina
- = Cistite ou pielonefrite
Tratamento ITU
- Cistite
- Pielonefrite ambulatorial
- Pielonefrite hospitalar
- Cistite: 3-5 dias de (1) SMP-TMX; (2) Nitrofurantoína; (3) Amoxicilina
- Pielonefrite ambulatorial: 7-14 dias de (1) Ceftriaxone IM; (2) Ciprofloxacina
- Pielonefrite hospitalar: 7-14 dias de (1) Ceftriaxone IV; (2) Cefotaxima IV; (3) Ampicilina + aminoglicosídeo IV
Indicações de internação hospitalar na Pielonefrite
- Menores de 1-3 meses
- Sinais de sepse urinária
- Sinais de comprometimento geral: desidratação, vômitos, incapacidade de beber..
Investigação complementar ITU
- ITU em < 2 anos
- ITU em > 2 anos
- 1º ep de pielonefrite entre 2-14 meses
- 2º ep de pielonefrite aguda
ITU em < 2 anos
- Conduta inicial: USG e UCM
- Ambas normais: Seguimento
- RVU: Profilaxia, cintilografia com DMSA e seguimento
- Hidronefrose sem refluxo: Cintilografia com DMSA e DTPA, urografia excretora
ITU em > 2 anos
- Conduta inicial: USG
- USG Normal: seguimento
- USG Alterado: Profilaxia, UCM, cintilografia com DSMA e com DTPA
1º ep de pielonefrite entre 2-14 meses
- Conduta: USG; Se alterado, UCM
2º ep de pielonefrite aguda
- Conduta: UCM para todos que não tenham feito ainda
Qual o objetivo de cada um desses exames?
- USG vias urinárias
- Cintilogragia com DMSA
- Uretrocistografia miccional
- USG vias urinárias: Anatomia renal e bexiga, hidronefrose, dilatação ureter
- Cintilogragia com DMSA: Parênquima renal (Cicatrizes)
- Uretrocistografia miccional: Presença de Refluxo vesicoureteral e gravidade
Quais as indicações de quimioprofilaxia na ITU na infância e as drogas utilizadas
Indicações
- Durante investigação do trato urinário após 1º ep de ITU
- Do diagnóstico de obstrução do trato urinário até correção cirúrgica
- RVU grau III e IV
- ITU recorrente: Realizar por 6-12 meses
Drogas utilizadas
- SMP-TMX
- Nitrofurantoína
- Cefalexina (< 2 meses)
Obs: Dose é de 1/4 do tto, diariamente pela noite
Classificação RVU
- Grau I
- Grau II
- Grau III
- Grau IV
- Grau V
- Grau I: Refluxo para ureter não dilatado
- Grau II: Refluxo para sistema coletor sem dilatação
- Grau III: Refluxo para um ureter dilatado
- Grau IV: Refluxo para um ureter grosseiramente dilatado
- Grau V: Refluxo maciço, com dilatação e tortuosidade significativa do ureter, com perda da impressão papilar
SARAMPO
- Gênero/Família/Transmissão
- Transmissão
- Clínica
- Tratamento/Prevenção
- Complicações
Gênero/Família/ Transmissão
- Gênero Morbilivirus, Família Paramyxoviridae
- Transmissão por aerossol 3 dias antes até 6 após exantema
Clínica
- Pródromos: Tosse, conjuntivite e Manchas de Koplik (branca na mucosa jugal)
- Exantema: mobiliforme com progressão crâniocaudal
- Convalescença: descamação furfurácea, com tosse desaparecendo por último
Tratamento / Prevenção
- Tratamento: vit A por 2 dias + suporte
- Pré-exposição: Vacina (Triplice e tetraviral)
- Pós-exposição: (1) Vacina até 72h; (2) Ig Padrão até 6 dias: < 6meses, grávidas e imunodeprimidos
Complicações
- Pneumonia: mais mata
- OMA: Mais comum
- Encefalite e Pancefalite esclerosante subaguda: Alta mortalidade
RUBÉOLA
- Gênero/Família/Transmissão
- Clínica
- Tratamento/Prevenção
- Complicações
Gênero/Família/Transmissão
- Gênero Rubivírus, Família Togaviridae
- Transmissão: Gotículas 5 dias antes até 6 dias após exantema
Clínica
- Pródromos: linfadenomegalia suboccipital, retroauricular e cervical posterior
- Exantema: Maculopapular róseo com progressão crâniocaudal sem descamação
- Manchas de Forschheimer: Lesões em palato mole
Tratamento/Prevenção
- Tratamento: Sintomáticos
- Pré-exposição: Vacina (Tríplice e tetraviral)
- Pós-exposição: Bloqueio vacinal
Complicações
- Trombocitopenia pós-infecciosa: Corticoide e Ig padrão
- Artrite
- SNC: Encefalite pós-infecciosa ePanencefalite progressiva da rubéola
EXANTEMA SÚBITO OU ROSÉOLA INFANTIL
- Vírus Gênero/Família/Transmissão
- Clínica
- Tratamento/Prevenção
- Complicações
Vírus/Família/Transmissão
- Herpesvirus Humano tipo 6 e 7, família Herpesviridae
- Transmissão: Gotículas ou transplacentária (rara)
Clínica
- Lactente com febre alta 3-5 dias
- Manchas de Nagayama: úlceras na junção uvulopalatoglossal
- Exantema: macular no tronco 12-24h após desaparecimento da febre
Tratamento/Prevenção
- Tratamento: Suporte
- Imunodeprimidos: Ganciclovir, clidofovir ou foscarnet por 2-3 semanas
Complicações
- Crise febril: Convulsão
- Imunocomprometidos: Quadro grave por reativação viral
ERITEMA INFECCIOSO
- Agente/gênero/Família/Transmissão
- Clínica
- Tratamento/prevenção
- Complicações
Agente/gênero/Família/Transmissão
- Parvovírus B19, gênero erytrovirus, família Parvoviridae
- Transmissão: Gotícula. No exantema não transmite mais
Clínica
- Exantema Fase 1: face esbofetada
- Exantema face 2: maculopapular rendilhado, pp superficies extensora
- Exantema fase 3: Recidiva 1-3 semanas por sol, calor, estresse e exercício
Tratamento/prevenção
- Suporte
- Ig IV: Imunodeprimidos, com anemia crônica e supressão medular
Complicações
- Artropatia, Miocardite
- Crise aplásica transitória: anêmicos hemolíticos crônicos (é infectante)
- Infecção fetal: ICC e hidropsia não imune
- Sd de luvas e meias: prurido, edema doloroso e eritema em mãos e pés
Varicela
- Indicações de aciclovir oral
- Indicações de aciclovir IV
- Prevenção pré-exposição
- Prevenção pós-exposição
- Indicações de Ig humana anti-varicela-zóster
Indicações de aciclovir oral
- > 12 anos; 2º caso no domicílio; doença cutânea ou pulmonar crônica; Usuários de corticoide ora/inalatório e AAS
Indicações de aciclovir IV
- Doença grave e progressiva (envolvimento visceral); imunossupressão; RN com varicela neonatal por exposição perinatal
Prevenção pré-exposição
- Vacina
Prevenção pós-exposição
- Bloqueio Vacinal até 5 dias (ideal< 72h): > 9 meses hospitalizados:
- Ig humana anti-varicela-zóster até 96h:
Indicações de Ig humana anti-varicela-zóster
- Imunopremidos, Grávidas
- RN <28s, RN > 28s com mãe susceptível
- RN cuja mãe tenha apresentado varicela 5 dias antes e 2 dias depois do parto
Regra geral em Imunizações
- Contraindicações a vacinação simultânea
- Intervalo máximo de doses
- Contraindicações gerais à vacinação
- Contraindicações às vacinas vivas atenuadas
Contraindicações a vacinação simultânea
- Febre Amarela com tríplice/tetra viral: intervalo de 30 dias
- Dengue sempre é sozinha
Intervalo máximo de doses
- Não há. Jamais se reinicia um esquema
Contraindicações gerais à vacinação
- Reação anafilática após dose anterior
- Reação anafilática ao ovo: Febre Amarela e Influeza
Contraindicações às vacinas vivas atenuadas
- Imunodeficiência (HIv, corticoide, quimio ou radioterapia)
- Neoplasia maligna
- Grávidas
Calendário Vacinal
- Ao nascer
- 2meses
- 3meses
- 4meses
- 5meses
- 6meses
- 9meses
- 12meses
- 15meses
- 4anos
- 9anos
- Ao nascer: BCG e Hepatite B
- 2meses: Penta; VIP, Pneumo-10, VORH
- 3meses: Meningo C conjugada e meningo B/ACWY
- 4meses: Igual 2 meses (2ª dose)
- 5meses: Igual 3 meses (2º dose)
- 6meses: Penta + VIP + Pneumo + Influenza
- 7 meses: Influenza + Meningo B/ACWY
- 9meses: Febre Amarela
- 12meses: Triplice Viral, Pneumo-10, Meningo C_/B/ACWY_
- 15meses: Tetraviral, HepA, DTP e VOP
- 4anos: DTP, VOP, Varicela
- 9anos: Dengue e HPV
BCG
- Indicações de Revacinação
- Contraindicações
Indicações de Revacinação
- Ausência de cicatriz após 6meses da administração da vacina
- Contactantes domiciliares > 1 ano de pacientes com Hanseníase
- Sem qualquer cicatriz: 1 dose
- Com 1 cicatriz: 1 dose
- Com 2 cicatrizes: Nenhuma dose adicional
Contraindicações
- < 2kg
- RN coabitante de tuberculoso bacilifero: Inicia isoniazida
- Afecção dermatológica extensa no local de aplicação
- HIV em > 5anos
- HIV em >28 dias e < 5 anos sintomáticos ou com imunodepressão
Hepatite B
- Contraindicações
- conduta no RN de mãe portadora
- Contraindicações: Reação anafilática e Púrpura trombocitopênica imunológica
- Conduta no RN de mãe portadora: Vacina + Ig Hiperimune para HepB
Contraindicações DTP
- Episódio hipotônico-hiporresponsivo até 48h: Administrar DTPa
- Convulsão até 72h: Administrar DTPa
- Encefalopatia até 7 dias: Administrar DT
- Reação anafilática: Contraindica todas as formas
VIP/VOP
- Contraindicações a VOP
- Eventos adversos da VOP
Contraindicações a VOP
- Pacientes imunodeprimidos ou que convivem com imunodeprimidos
- Crianças hospitalizadas
Eventos adversos da VOP
- Poliomielite vacinal no vacinado e no comunicante
Vacina HPV
- Quais sorotipos protege?
- Esquema
- Indicações
- Quais sorotipos protege? 6, 11, 16, 18
- Esquema: Duas doses IM 0-6meses)
- Indicações: Mulher 9-14 anos; Homem 11-14 anos; Imunodeprimidos 9-26anos
CIUR assimétrico
- Período do dano
- Orgãos prioritários na centralização
- Principais causas
- Período do dano: 2-3 trimestre
- Orgãos prioritários na centralização: Coração, cérebro e suprarrenais
- Principais causas: Ins. placentária (DHEG, HAS, LES, nefropatia); desnutrição materna; gemelidade…
CIUR simétrico
- Período do dano
- Principais causas
- Período do dano: 1-2 trimestre
-
Principais causas:
- Drogas: alcool, tabaco, cocaína, warfarin, antineoplásicos…
- Infecções: rubéola, toxoplasmose, CMV, Varicela-Zoster…
- Desnutrição materna precoce
- Anomalias congênitas e cromossômicas (trissomias)
Reanimação Neonatal - Avaliação Inicial
- 3 perguntas inciais
- Conduta se SIM para as 3 perguntas
- Conduta se NÂO para as 3 perguntas
3 perguntas inciais
- Gestação a termo?
- RN está chorando ou respirando?
- RN com bom tônus?
Conduta se SIM para as 3 perguntas
- Levar RN para colo da mãe
- Clampeamento do cordão com 1-3 minutos
Conduta se NÂO para as 3 perguntas
- Levar RN para fonte de calor radiante (mesa de reanimação)
- Clampeamento imediato do cordão se sem boa vitalidade
- Se apenas RN < 34sem, clampeamento co cordão em 30-60segs
Atendimento ao RN com necessidade de reanimação
- Passos inciais
- Após passos inciais, o que avaliar?
- Indicação de VPP após passos iniciais e avaliação seguinte
- Tempo máximo para começar VPP desde os passos inciais
Passos inciais
- Prover Calor: RN <34s com saco plástico + touca; RN< 1000g acrescenta-se colchão térmico
- Posicionar a cabeça: Leve extensão do pescoço + coxim sob ombros
- Aspirar VA: Primeiro a boca, depois as narinas; apenas se secreções ou necessidade de VPP
- Secar: Secar e desprezar os campos úmidos
- Oximetria de Pulso: Apenas se < 34 sem
Após passos inciais, o que avaliar?
- Respiração
- FC: Indica a VPP; Ausculta no precórdio em 6s x10
Indicação de VPP após passos iniciais e avaliação seguinte
- Sem vitalidade adequada
- Respiração irregular ou ausente
- FC < 100bpm
Tempo máximo para começar VPP desde os passos inciais
- 60 segundos (GOLDEN MINUTE)
Ventilação com Pressão Positiva
- Equipamentos
- Freq da ventilação
- Oxímetro
- Alvo SatO2
- Monitor cardíaco
- Concentração de O2
- Indicações de IOT na sala de Parto
- Equipamentos: Balão autoinflável + ventilador mecânico + Máscara facial
- Freq da ventilação: 40-60 ventilações/min… Aperta/solta/solta ou Ocluuui/solta/solta
- Oxímetro: MSD no pulso radial
- Alvo SatO2: 70-80% (<5min); 80-90% (5-10min); 85-95% (>10min de vida)
- Monitor cardíaco: Sempre, se VPP, para monitorização da FC. 3 eletrodos (1 próximo a cada ombro, outro na coxa anterior)
- Concentração de O2: Ar ambiente (RN ≥34sem) ou 30% (RN <34sem)
- Indicações de IOT na sala de Parto: (1) VPP com máscara não efetiva ou prolongada; (2) Aplicação de massagem cardíaca; (3) Hérnia diafragmática
Massagem cardíaca externa
- Indicações
- Local
- Profundidade
- Relação compressão:ventilação
- Definição de Falha
- Conduta na falha
Indicações:
- FC < 60 bpm após 30 segs de VPP com técnica correta. IOT antes
Técnica:
- Posição atrás da cabeça do RN, com os dois polegares/dois dedos no terço inferior do esterno; comprimindo 1/3 do diâmetro anteroposterior
Relação compressão:ventilação
- 3:1 sempre (90 compressões/min x 30 ventilações/min)
Definição de Falha:
- FC < 60 bpm após 60segs de massagem + VPP com cânula
Conduta na falha:
- (1) Reavaliar técnica ventilação e massagem e permeabilidade VA;
- (2) Adrenalina
Drogas
- Adrenalina
- Diluição
- Dose IV e endotraqueal
- Repetição
- SF0,9%
- Dose IV
- Indicações
Adrenalina
- Diluição: 1:10.000= 0,1 mg/ml)
- Dose IV e endotraqueal: 0,01-0,03 mg/Kg IV ou 0,05-1 mg/Kg endotraqueal
- Repetição: Apenas IV, a cada 3-5 minutos
SF0,9%
- Dose IV: 10ml/Kg; infundir lentamente
- Indicações: Hipovolemia sem resposta da FC às outras medidas de reanimação
Critérios do APGAR
- Respiração: Ausente/irregular/regular ou choro
- FC: Ausente/ <100 bpm/ >100 bpm
- Tônus muscular: flácido/ flexão de extremidades/ movimentos ativos
- Resposta ao cateter nas narinas: Ausente/ Caretas/ Tosse ou espirro
- Cor: Cianose central ou palidez/ cianose de extremidades/ Róseo
Pontuação: 0 / 1 / 2 pontos
Medidas após o nascimento
- Identificar o RN: pulseira com nome do bebê e mãe
- Levar RN à mãe: Colo materno, amamentar na 1ª hora
- Prevenção oftalmia gonococócica: (1) Eritromicina 0,5%, (2)Tetraciclina 1%, (3) Nitrato de prata 1%; (4) Iodopovidona
- Prevenção doença hemorrágica do RN: 1 mg IM de vitK
- Vacina HepB: 0,5 mL IM primeiras 12h de vida
- Transportar alojamento conjunto
- Vacina BCG: Tão logo seja possível
Exame do Crânio do RN
- Fontanela Anterior
- Fontanela Posterior
- Bossa Serossanguinolenta
- Cefaloematoma
- Craniossinostose
- Fontanela Anterior: Diâmetro de 1-3 cm, fecha aos 14-18 meses
- Fontanela Posterior: Diâmetro de 0,5-0,7 cm, fecha aos 2 meses
- Bossa Serossanguinolenta: Abaulamento do tecido subcutâneo, ultrapassando as linhas de sutura (hematoma subgaleal), devido ao edema por trauma do parto
- Cefaloematoma: Hematoma subperiosteal pelo trauma do parto, não ultrapassa as linhas de sutura, risco de hiperbilirrubinemia
- Craniossinostose: Fechamento prematuro das suturas, levando a deformidades
Exame físico dos olhos do RN
- Conjuntivite química
- Conjuntivite gonocócica
- Conjuntivite por Chlamydia trachomatis
- Conjuntivite química: 6-12h após nascimento, causada por nitrato de prata, sendo autolimitada (até 48h)
- Conjuntivite gonocócica: 2-5 dias após nascimento, com secreção purulenta e edema palpebral, tratada com ceftriaxone
- Conjuntivite por Chlamydia trachomatis: 5-14 dias após nascimento, pouca secreção purulenta, tratada com eritromicina
Exame abdominal do RN
- Onfalocele
- Gastrosquise
- Onfalocele: Herniação na linha média, recoberta por saco peritoneal, com cordão umbilical inserido no centro da massa; associação com trissomias
- Gastrosquise: Herniação à direita do umbigo, sem membrana peritoneal, com cordão umbilical no seu local anatômico,
Avaliação da displasia de quadril no RN
- Manobra de Barlow
- Manobra de Ortolani
- Manobra de Barlow: Polegar na região inguinal e 4° e 5° dedo no trocanter femoral. Com a coxa em adução, imprime uma força para trás induzindo a luxação
- Manobra de Ortolani: mesma posição de Barlow. Faz-se a abdução da coxa com tração para frente do trocanter femoral, reduzindo a luxação. É positiva quando sentimos um clique do quadril.
Paralisias braquiais do RN
- Paralisia de Erb-Duchenne
- Paralisia de Klumpke
- Paralisia de Erb-Duchenne: Lesão 5° e 6° nervos cervicais. Postura fixa com membro superior aduzido (não abduz), rodado internamente (não roda externamente) e antebraço pronado (não supina), com reflexo de Moro ausente deste lado.
- Paralisia de Klumpke: Lesão 7° e 8º nervos cervicais e 1° nervo torácico. Paralisia da mão ipsilateral e Síndrome de Horner ipsilateral (ptose + miose)
Teste do Pezinho
- Quando coletar?
- Quais doenças são rastreadas?
- Quando coletar: 3°-5° dia de vida
-
Quais doenças são rastreadas:
- Hipotireoidismo congênito
- Fenilcetonúria
- Hemoglobinopatias (HbS e outras)
- Fibrose cística
- Hiperplasia adrenal congênita
- deFiciência de biotinidase
Teste do olhinho
- Definição
- Tecnica
- Anormalidades encontradas
- Definição: Pesquisa do reflexo vermelho
- Tecnica: Observação do reflexo vermelho pelo oftalmoscópio a 45cm (um braço) do bebê
- Anormalidades encontradas: Pontos pretos, assimetria ou leucocoria (reflexo branco pupilar)
Teste da Orelhinha
- Objetivo
- Técnica
- Conduta se alterado
- Objetivo: Avaliar o sistema auditivo pré-neural (Cóclea e sistema de condução)
- Técnica: Emissões otoacústicas Evocadas (OEA) e captação do seu eco
- Conduta se alterado: Repetir em 3 meses
Teste do coraçãozinho
- Objetivo
- Tempo para realizar
- Técnica
- Resultado normal
- Conduta se alterado
- Conduta final
- Objetivo: Rastreio de cardiopatias canais dependentes em RN > 34s
- Tempo para realizar: 24-48h
- Técnica: Oximetro em m. superior direito (pré-ductal) e m. inferior (pós-ductal)
- Resultado normal: (1)SatO2 ≥95% em ambas medidas; (2) Diferença < 3%entre Ms e Mi
- Conduta se alterado: Repetir em 1h
- Conduta final: Eco em até 24h se os dois testes alterados
Clínica da Sífilis congênita precoce (<2 anos)
- Pele e mucosas: Pênfigo palmoplantar e rinite serosanguinolenta
- Lesões ósseas: (1) Ostecondrite (metáfise radiolucente + dor a manipulação - Pseudoparalisia de Parrot); (2) Periostite (Espessamento extenso e bilateral da diáfise - sinal do duplo contorno)
- Hematológico: Hemólise com Coombs direto negativo, trombocitopenia e leucopenia ou leucocitose
- Nervoso: Meningite (LCR com ↑linfócitos, ↑proteínas, VDRL+)
- Oculares: Coriorretinite (Sal e pimenta), glaucoma, catarata, uveíte..
Clínica Sífilis Congênita Tardia (>2anos)
- Bossa frontal (Fonte olímpica)
- Sinal de Higoumenáki: espessamento da junção esternoclavicular
- Tíbia em sabre: Arqueamento da porção média da tíbia
- Dentes de Hutchinson e molares em amora
- Face: Maxilar curto, nariz em sela, rágades
- Articulação de Clutton: Derrame articular estéril nos joelhos
- Ceratite intersticial
Sífilis
- Tratamento da Gestante
- Critérios de tratamento adequado da Gestante
- Conduta inicial no RN de mãe com sifilis não/inadequadamente tratada
- Conduta no RN com LCR alterado
- Conduta no RN com alteração clínica, sorológica, hematológica ou radiológica
- Conduta no RN com exames todos negativos assintomático
- Conduta inicial no RN de mãe com sifilis adequadamente tratada (RNmsat)
- Conduta no RNmsat com alteração clínica ou VDRL > materno em 2 diluições
- Conduta no RNmsat assintomático e VDRL ≤ materno
- Conduta no RNmsat assintomático e VDRL não reagente
Tratamento da Gestante
- 1ª, 2ª ou latente recente: Penicilina G Benzatina 2.400.000 UI IM, em DU
- 3ª, latente tardia ou ignorada: Penicilina G Benzatina 2.400.000 UI IM 1x/sem por 3 semanas
Critérios de tratamento adequado da Gestante
- Uso da Penicilina Benzatina
- Início do tratamento até 30 dias antes do parto
- Esquema terapêutico de acordo com estágio clínico, com respeito do tempo entre doses
- Avaliação quanto ao risco de reinfecção
- Queda do VDRL em 2 diluições em 3 meses ou 4 diluições em 6 meses
Conduta inicial no RN de mãe com sifilis não/inadequadamente tratada
- VDRL, hemograma, radiografia dos ossos longos
- Avaliação do Líquor: VDRL, proteínas e celularidade
- Extra: TGO/TGP, eletrólitos, avaliação oftalmológica e audiológica
Conduta no RN com LCR alterado
- Penicilina G cristalina 50.000 UI/Kg/dose IV por 10 dias (12/12h nos primeiros 7 dias; 8/8h a partir do 8ª dia)
Conduta no RN com alteração clínica, sorológica, hematológica ou radiológica
- Penicilina G procaína 50.000 UI/Kg/dose 1x/dia por 10 dias ou
- Penicilina G cristalina 50.000 UI/Kg/dose IV por 10 dias
Conduta no RN com exames todos negativos assintomático
- Penicilina G Benzatina 50.000 UI/Kg IM em dose única + seguimento
- Sem seguimento: Tratar por 10 dias com a procaína ou cristalina
Conduta inicial no RN de mãe com sifilis adequadamente tratada (RNmsat)
- VDRL em todos os casos
Conduta no RNmsat com alteração clínica ou VDRL > materno em 2 diluições
- Hemograma, radiografia de ossos longos e avaliação liquórica; e
- Penicilina G cristalina/procaína 50.000 UI/Kg/dose IV por 10 dias
Conduta no RNmsat assintomático e VDRL ≤ materno
- Acompanhamento clínico
- Sem seguimento: Tratar com a procaína, cristalina ou Benzatina
Conduta no RNmsat assintomático e VDRL não reagente
- Acompanhamento clínico
- Sem seguimento: Tratar com penicilina G benzatina em dose única
Tríade clássica de Sabin para Toxoplasmose congênita
- Coriorretinite
- Calcificações intracranianas difusas
- Hidrocefalia
Clínica da Rubéola congênita
- CIUR
- Catarata
- PCA e estenose da artéria pulmonar
- Surdez bilateral ou isolada
- DM tipo 1
CMV
- Clínica
- Diagnóstico de CMV congênito
- Tratamento
- Clínica: Surdez neurossensorial, coriorretinite e calcificações intracranianas periventriculares
- Diagnóstico de CMV congênito: PCR na urina ou saliva antes da 3ª semana de vida
- Tratamento: Ganciclovir 6 mg/kg/dose 12/12h IV por 6 semanas
Zikavírus no RN
- Tempo para aferição da circunferência da cabeça do RN
- Definição de microcefalia
- Exames indicados no RN com microcefalia
- Achado mais específico para ZIKA na neuroimagem
- Tempo para aferição da circunferência da cabeça do RN: 24h (máximo de 48h)
- Definição de microcefalia: PC de RN a termo < 30,24cm (meninas) e 30,54 cm (meninos)
- Exames indicados no RN com microcefalia: USG-transfontanela; TC sem contraste
- Achado mais específico para ZIKA na neuroimagem: Calcificação subcortical
Doença da Membrana Hialina
- Fisiopatologia
- Fatores de risco
- Fatores de proteção
- Clínica
- Raio-x
- Tratamento imediato
- Indicações de VMI
- Indicações de surfactante
- Fisiopatologia: ↓Surfactante pulmonar, levando ao colapso alveolar na expiração
- Fatores de risco: RN<34s; asfixia; masculino; DM materno; Gemelar
- Fatores de proteção: DHEG; RPMO; Corticoide antenatal na mãe
- Clínica: Dispneia progressiva na sala parto e piora nas primeiras 24h
- Raio-x: Reticulogranular difuso com broncograma aéreo; vidro moído/fosco
- Tratamento imediato: CPAP nasal + ATB
Indicações de VMI
- pH <7,2 e/ou PCO2 ≥60mmHg;
- SatO2<90% com FiO240-70% e CPAP 5-10 cmH2O;
- Apneia persistente
Indicações de surfactante:
- VMI com FiO2 >30-40%
Taquipneia transitória do RN
- Fisiopatologia
- Fatores de risco
- Clínica
- Radiografia
- Conduta imediata
Fisiopatologia
- Retardo na absorção do líquido pulmonar
Fatores de risco
- Cesariana eletiva sem trabalho de parto;
- Outros: asfixia perinatal, masculino, macrossomia, asma materna…
Clínica
- Taquidispneia, com necessidade de suporte ventilatório, com resolução de 12-24-72h
Radiografia
- Hiperinsuflação pulmonar;
- Hilo congesto, com condensações lineares (estrias) e derrames cissural
Conduta imediata
- Oxigenioterapia por campânula nasal ou CPAP (O2 até 40%)
Síndrome da Aspiração Meconial
- Fisiopatologia
- Fatores de risco
- Clínica
- Radiografia
- Conduta
Fisiopatologia
- Aspiração do mecônio eliminado intraútero por asfixia, causando obstrução, pneumonite química e possível infecção bacteriana secundária.
Fatores de risco
- Asfixia em RN a termo ou pós-termo
Radiografia
- Infiltrado grosseiro e difuso
- Areas de hipotransparência e hiperinsuflação (Obstrução)
- Enfisema intersticial e pneumotórax
Conduta
- Suporte ventilatório: CPAP ou VMI
- ATB: Ampicilina + Aminoglicosídeo
- Surfactante: Contraditório
Apneia no RN
- Definição
- Fisiopatologia Apneia
- Conduta
Definição
- (1) Pausa respiratória >20s
- (2) Pausa respiratória de qualquer duração + FC < 100bpm ou cianose
Fisiopatologia
- Apneia central: Imaturidade do centro respiratório, sem movimentos torácicos
- Apneia obstrutiva: Movimentação torácica presente, mas fluxo interrompido por obstrução nasal, faríngea ou flexão de pescoço
- Apneia mista: Ambos os mecanismos acima,
Conduta
- Posicionamento do RN: Extensão da cabeça+ coxim sob ombros
- Estímulo tátil
- Casos graves/refratários: CPAP nasal; Aminofilina/teofilina/cafeína
Pneumonia/Sepse neonatal
- Precoce x Tardia
- Fatores de risco
- Leucograma/cultura
- Tratamento Precoce/tardia
Precoce x Tardia
- Precoce: <48h de vida, durante o parto (GBs, E. coli, enterobactérias)
- Tardia: >48h de vida, infecção nosocomial/comunidade (Estafilo, gram-negativos)
Fatores de risco
- Bolsa rota prolongada > 18h
- ITU materna
- Corioaminionite materna
- Colonização materna por GBS
- Prematuridade
Leucograma/cultura
- Leucograma: Neutrofilos imaturos e totais (I/T ≥ 0,2)
- Cultura: sangue, liquor e urina
Tratamento Precoce/tardia
- Precoce: Ampicilina + aminoglicosídeo
- Tardia: De acordo com a suspeita
Icterícia Fisiológica
- 4 mecanismos
- A custa de que?
- Aparecimento RN a termo e prematuro
- Desaparecimento RN a termo e prematuro
- Pico da Bilirrubina RN a termo e prematuro
- 4 mecanismos: ↓Sobrevida da HbF; ↓Captação hepática; ↓Glicuroniltransferase (↓Conjugação hepática); ↑Circulação entero-hepática
- A custa de que? Bilirrubina indireta
- Aparecimento RN a termo e prematuro: 2-3º e 3-4º dias, respectivamente
- Desaparecimento RN a termo e prematuro: 4-5º e 7-9º dias, respectivamente
- Pico da Bilirrubina RN a termo e prematuro: 10-12 mg/dL (2-3dias) e 15 mg/dL (6-8dias), respectivamente
Fatores de risco para Icterícia grave em RN ≥ 35s
- FR Maiores
- FR Menores
FR Maiores
- BT na zona de alto risco no gráfico antes da alta hospitalar
- Icterícia antes das 24h
- Hemólise (Incompatibilidade ABO, Rh e outras)
- IG entre 35-36s
- Irmão com icterícia tratado com fototerapia
- Cafeloematoma ou equimoses
- Aleitamento materno exclusivo (Má amamentação e perda ponderal excessiva)
- Etnia asiática
FR Menores
- BT na zona de risco intermediária-alta no gráfico antes da alta hospitalar
- IG entre 37-38s
- Ictéricia antes da alta hospitalar
- Irmão com icterícia neonatal
- Macrossomia ou mãe diabética
- Idade materna > 25 anos
- Sexo masculino
Quando pensar que a icterícia não é fisiológica?
- Icterícia nas primeiras 24-36h de vida
- Aumento de BT > 5mg/dL nas 24h
- BT > 12 mg/dL em RN a termo ou 10-14 mg/dL em prematuros
- Icterícia persistente ( > 8 dias em RN a termo e 14 dias em prematuros)
- Bilirrubina direta > 2mg/dL ou sinais de colestase (Acolia e colúria)
- Associação com outras alterações clínicas (Hepatomegalia, palidez…)
Diagnóstico Icterícia nas primeiras 24h - Hemólise
- Incompatibilidade Rh
- Incompatibilidade ABO
- Outras doenças hemolíticas
Incompatibilidade Rh
- Mãe: Rh negativa com Coombs indireto positivo
- RN: Rh positivo com Coombs direto positivo
Incompatibilidade ABO
- Forma mais frequente
- Mãe: Mais comumente O
- RN: A ou B, com Coombs direto positivo ou negativo
Outras doenças hemolíticas
- Deficiência de G6PD, esferocitose hereditária..
- Coombs direto sempre negativo
Icterícia associada a Amamentação
- Icterícia do Aleitamento materno
- Icterícia do Leite Materno
Icterícia do Aleitamento materno
- Forma precoce: Má alimentação, ↓transito intestinal e ↑circulação entero-hepática
- Clínica: Perda ponderal excessiva, choro, inquietação…
Icterícia do Leite Materno
- Forma tardia (>1s de vida): Devido a substâncias do leite materno
- Tratamento: Suspender amamentação por 48h em casos graves
Icterícia por Atresia de Vias Biliares
- a custa de que?
- Exames complementares
- Tratamento
a custa de que?
- ↑ de BDireta entre 2ª-6ª semana de vida : é uma urgência
Exames complementares
- USG de Vias biliares: Sinal do cordão triangular
- Cintilografia hepatobiliar: Captação hepática, sem excreção intestinal do radiofármaco
- Biópsia hepática: Diferencia AVBEH de hepatite neonatal idiopática
- Colangiografia: Define diagnóstico definitivo
Tratamento
- Cirurgia de Kasai: Portoenterostomia antes das 8 semanas de vida
Tratamento Icterícia
- Fototerapia
- Exsanguíneotransfusão
Obs1: Usados somente nos casos de ↑bilirrubina INDIRETA
Obs2: A indicação de tratamento é definida conforme um gráfico
Obs3: Na fototerapia, o bb tem que usar proteção ocular