Pediatria Flashcards

1
Q

Conceitos em aleitamento materno

  • Exclusivo
  • Predominante
  • Complementado
  • Misto ou Parcial
A
  • Exclusivo: Só leite materno
  • Predominante: Leite materno + outros líquidos (água, chá, suco..)
  • Complementado: Leite materno + alimentos sólidos ou semisólidos
  • Misto ou Parcial: Leite materno + outros tipos de leite
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2
Q

Principais diferenças entre o Leite materno e o leite de Vaca

A

O Leite materno é a referência, o leite de Vaca tem:

  • ↓ vitaminas (A, D, E, C); ↓Lactose e ↓ác. graxos essenciais
  • Ferro em pequeno teor, mal absorvido
  • Sem fatores de crescimento
  • ↑ íons (Ca+, P, Na+, Cl-, K+)
  • Relação Caseína x proteína do soro (80%x40%)
  • ↓ α-lactoalbumina (defesa) e ↑ β-lactoglobulina (alergia)
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3
Q

Fatores de proteção presente no leite humano

A
  • IgA secretória: principal Ig do leite, com função de defesa
  • Fator bifido: ↑flora saprófita (Lactobacilus) e ↓pH das fezes
  • Lactoferrina: Inibe adesão E.coli e ↓Ferro da E.coli e Candida
  • Lisozima: Bactericida e Anti-inflamatória. Destrói E. coli e Salmonella
  • Lactoperoxidase: Efetiva contra Streptococcus
  • Oligossacarídeos: Bloqueia adesão de alguns agentes intestinais
  • Lipase: Efetiva contra parasitas (Giardia, Entamoeba, Trichomonas)
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4
Q

Variações na composição do leite materno

  • Prematuros
  • Durante lactação
  • Durante Mamada
  • Durante o dia
A
  • Prematuros: Menos lactose e mais tudo
  • Durante lactação:
    • Colostro (primeiros 5 dias): ↑PTN, Ig, vit A/E; ↓godura e lactose
    • Leite maduro (>2ª sem): ↑lactose, gordura e vits hidrossoluveis
  • Durante Mamada
    • ​Início (Leite anterior): ↑água, lactose, PTN, vits e sais
    • Final (Leite posterior): ↑gordura
  • Durante o dia: ↑gordura no final do dia
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5
Q

Posicionamento para amamentação

A
  • Bebê apoiado
  • Bebê com a cabeça e tronco alinhados (pescoço não torcido)
  • Corpo do bebê próximo ao da mãe
  • Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz na altura do mamilo
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6
Q

Pega para amamentação

A
  • Boca bem aberta
  • Mais aréola visível acima da boca do bebê
  • Lábio inferior virado para fora
  • Queixo tocando a mama
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7
Q

Problemas relacionados à amamentação

A
  • Traumas mamilares
  • Ingurgitamento mamário
  • Mastite
  • Abscesso: pode amamentar segundo MS
  • Candidíase
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8
Q

Contraindicações ao aleitamento

  • Absolutas
  • Relativas
A
  • Absolutas: HIV; HTLV 1 e 2; Galactosemia
  • Relativas:
    • ​Herpes: pode amamentar na mama sadia
    • Hepatite B: Basta vacinar a criança
    • Varicela: Só se doença materna ocorrer 5 dias antes até 2 dias após nascimento
    • CMV: Apenas no RN < 32sem ou leite pasteurizado
    • Chagas: Fase aguda ou lesões sangrantes no mamilo
    • Tuberculose: Mãe de máscara, RN com isoniazida
    • Hanseníase: Apenas a Virchowiana não tratada
    • Caxumba: Apenas por 4 dias após início do quadro. RN e mãe afastados, mas pode ser feita leite ordenhado
    • Psicose puerperal:
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9
Q

Drogas contraindicadas na amamentação

A
  • Amiodarona: Hipotireoidismo no lactente
  • Antineoplásicos e imunossupressores
  • Bromocriptina: Inibe lactação
  • Isotretinoína
  • Compostos radioativos
  • Sais de ouro
  • Fenindiona
  • ATB: Linezolida e ganciclovir
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10
Q

Como orientar a mãe que deseja continuar a amamentação, mas precisa retornar ao trabalho?

A

ORDENHA E ARMAZENAMENTO DO LEITE

  • Validade: Geladeira (12h); Congelador/Freezer em -3 °C (15 dias)
  • Descongela na geladeira e reaquece em banho-maria fora do fogo
  • Agitar antes de oferecer à criança em copinho ou colher
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11
Q

Alimentação complementar

  • Idade para introdução
  • Quantidade ao dia
A
  • Idade para introdução: > 6 meses
  • Quantidade ao dia: 3x/dia se ainda mamar. Se não, 5x/dia
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12
Q

Indicações de suplementação de Ferro na Infância

  • 1 mg/kg/dia de 1 ano até 2 anos
  • 1 mg/kg/dia de 3 meses até 1 ano
  • 2 mg/kg/dia de 30 dias até 1 ano
  • 3 mg/kg/dia de 30 dias até 1 ano
  • 4 mg/kg/dia de 30 dias até 1 ano
A
  • 1 mg/kg/dia de 1 ano até 2 anos: TODOS
  • 1 mg/kg/dia de 3 meses até 1 ano: Peso > 2500g
  • 2 mg/kg/dia de 30 dias até 1 ano: Peso entre 2500-1500g
  • 3 mg/kg/dia de 30 dias até 1 ano: Peso entre 1500-1000 g
  • 4 mg/kg/dia de 30 dias até 1 ano: Peso < 1000g
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13
Q

Dose da profilaxia hipovitaminose A

  • Crianças 6-11 meses
  • Crianças de 12-59 meses
A
  • Crianças 6-11 meses: 100.000 UI VO dose única
  • Crianças de 12-59 meses: 200.000 UI VO, a cada 6 meses
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14
Q

Profilaxia Vit D

  • Dose:
  • Indicações:
A
  • Dose: 400 UI/dia (< 1 ano); 600 UI/dia (> 1 ano)
  • Indicações:
    • ​Aleitamento exclusivo: Após o nascimento, qd Peso > 1500g
    • Fórmula com Vit D: Se < 1000 ml/ dia
    • Criança/adolescente: Ingestão < 600 UI/dia ou não exposição ao sol
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15
Q

Definições em Diarreia

  • Aguda
  • Persistente
  • Crônica
A
  • Aguda: < 14 dias
  • Persistente: 14 dias ou mais
  • Crônica: > 30 dias
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16
Q

Achados na Diarreia

  • Osmótica
  • Secretora
  • Invasiva
A
  • Osmótica: ↓Volume; ↑Gap osmolar fecal; melhora com o jejum
  • Secretora: ↑Volume; ↓Gap osmolar fecal; persiste com o jejum
  • Invasiva: Sangue, leucócitos, muco ou pus
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17
Q

Diarreia por Rotavírus

  • Principal causa de diarreia grave em…
  • Assintomática nos…
  • Mecanismo
  • Período de incubação
  • Clínica
  • Diagnóstico
A
  • Principal causa de diarreia grave em…: < 2 anos
  • Assintomática nos…: < 3 meses
  • Mecanismo: Osmótico e secretor (proteína NSP4)
  • Período de incubação: < 48h (varia de 1-7 dias)
  • Clínica: Vômitos/febre/diarreia por 4-8 dias
  • Diagnóstico: isolamento nas fezes pelo ELISA
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18
Q

Principais bactérias causadoras de diarreia

A
  • E. coli
  • Salmonella
  • Shigella
  • Campylobacter jejuni
  • Yersinia
  • Vibrio Cholarae
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19
Q

Tipos de E. coli nas diarreias

A
  • Enterotoxigênica: Diarreia dos viajantes
  • Enteropatogênica: Diarreia persistente em < 2 anos
  • Enteroinvasiva: Disenteria + febre em > 1 ano
  • Êntero-hemorrágica: Disenteria sem febre e/ou SHU
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20
Q

Diarreia por Shigella

  • Idade:
  • Clínica:
  • Complicações:
A
  • Idade: 70% < 5 anos
  • Clínica: Disenteria + Febre alta + sintomas intestinais + SNC (cefaleia, convulsão, meningismo, confusão, alucinações)
  • Complicações: SIADH, sepse, CIVD, SHU e crises convulsivas
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21
Q

Características de outras bactérias causadoras de diarreia

  • Campylobacter jejuni
  • Yersinia
  • Vibrio Cholerae
A
  • C. jejuni: clínica Igual Shigella, e complica com Guillain-Barré
  • Yersinia: simula uma apendicite aguda com diarreia
  • Vibrio Cholerae: Diarreia aquosa muito volumosa (água de arroz)
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22
Q

Variáveis para analisar o grau de desidratação

A
  • Estado geral: Bem; irritada; letárgica
  • Olhos: normal; fundos
  • Sede: normal; sedenta; incapaz de beber
  • Sinal da prega: desaparece rápido, lento ou muito lento
  • Lágrimas: presentes ou ausentes
  • Pulso: cheio; rápido e fraco; muito fraco ou ausente
  • Tempo de enchimento capilar: < 3s; 3-5s; > 5s
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23
Q

Soro caseiro

  • Modo de preparo
  • Função
A
  • Modo de preparo: 200 ml água + 1medida pequena (pitada) de sal + 2medidas grandes (punhado) de açucar
  • Função: Prevenir (não trata) a desidratação
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24
Q

Principais diferenças da SRO antiga para nova

  • Sódio
  • Glicose
  • Osmolaridade
A
  • Sódio: Mudou de 90 para 75 mmol/L
  • Glicose: Mudou de 111 para 75 mmol/L
  • Osmolaridade: Mudou de 311 para 245 mOsm/L
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25
Q

Conduta diarreia Plano A (sem desidratação)

  • Local
  • Ingestão líquidos
  • Suplementação
  • Orientações
A
  • Local: Domicílio
  • Ingestão líquidos: 50-100ml (<1 ano) ou 100-200ml (>1 ano) após cada evacuação de SRO (OMS) ou Soro caseiro (MS)
  • Suplementação: Zinco 10 mg/dia (< 6meses) ou 20 mg/dia (>6meses) por 10 dias
  • Orientações: Manter alimentação atual (↑frequência), retornar em casos de piora da diarreia ou sinais de desidratação
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26
Q

Conduta diarreia Plano B

  • Local
  • Ingestão líquidos
  • Orientações
A
  • Local: Unidade de saúde
  • Ingestão líquidos: SRO 75 ml/kg em 4h; suspender alimentação, exceto aleitamento materno.
  • Orientações: Liberar para casa com a conduta do Plano A após desaparecimento da desidratação
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27
Q

Indicações de SRO por Gastróclise (sonda nasogástrica 20-30 ml/kg/h)

A
  • Perda de peso após 2h
  • Vômitos persistentes após início TRO (≥ 4 episódios/hora)
  • Distensão abdominal (com peristalse presente)
  • Dificuldade de deglutição (ex: Estomatite)
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28
Q

Conduta Diarreia Plano C

  • Local:
  • Tratamento:
  • Volume:
  • Reavaliação:
  • TRO:
A
  • Local: Unidade de Saúde
  • Tratamento: Hidratação IV (Ringer lactato ou SF 0,9%)
  • Volume: 100 ml/kg: (1) < 1 ano (30 ml/kg em 1h + 70 ml/kg em 5h); (2) > 1 ano (30 ml/kg em 30min + 70 ml/kg em 2h30min). Repetir fase de expansão se necessário
  • Reavaliação: A cada 1-2h
  • TRO: 5 ml/kg/h tão logo a criança possa beber
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29
Q

Plano C mais antigo do MS

  • Fase de expansão
  • Fase de manutenção
  • Fase de reposição
A
  • Fase de expansão: SF 0,9%
    • ​RN e cardiopatas: 10 ml/kg em 30 min. Repetir até hidratação
    • < 5 anos: 20ml/kg em 30 min. Repetir até hidratação
    • > 5 anos: 30ml/kg em 30 min. Após, RL 70ml/kg em 2h30min
  • Fase de manutenção: Solução 4:1 (SG5%:SF0,9%) + KCL10%(2ml/100ml)
    • ​< 10 kg: 100 ml/kg
    • 10-20 kg: 1L + 50 ml/kg acima de 10kg
    • > 20 Kg: 1,5L + 20 ml/kg acima de 20kg
  • Fase de reposição: 50ml/kg em 24h Solução 1:1 (SG5%:SF0,9%)
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30
Q

Antibioticoterapia na diarreia

  • Disenteria
  • Cólera
  • Salmonelose
A
  • Disenteria: OMS (Cipro); MS (Ceftriaxone IM, SMP-TMX, Cipro)
  • Cólera (MS): Adultos (Doxicilina); Crianças (Macrolídeo, cipro ou doxiciclina)
  • Salmonelose (Sistêmico): Cipro, ampicilina ou Ceftriaxone
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31
Q

Definição de taquipneia por idade

  • < 2 meses
  • < 11 meses
  • < 5 anos
  • < 8 anos
  • > 8 anos
A
  • < 2 meses: ≥ 60 irpm
  • < 11 meses: ≥ 50 irpm
  • < 5 anos: ≥ 40 irpm
  • < 8 anos: ≥ 30 irpm
  • > 8 anos: ≥ 20 irpm
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32
Q

Diagnóstico após análise da taquipneia e estridor

  • Sem taquipneia + sem estridor
  • Com estridor
  • Com taquipneia + sem estridor
A
  • Sem taquipneia + sem estridor: IVA superiores
  • Com estridor: IVA intermediárias
  • Com taquipneia + sem estridor: Pneumonia
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33
Q

Resfriado comum

  • Partes acometidas
  • Complicações
  • Principal agente
  • Outros agentes
  • Clínica
  • Tratamento
A
  • Partes acometidas: nariz, seios paranasais e faringe
  • Complicações: OMA e sinusite
  • Principal agente: Rinovírus
  • Outros agentes: Coranavírus, VSR, adenovírus, parainfluenza, influenza e enterovírus
  • Clínica: Obstrução nasal, rinorreia e lacrimejamento. Tosse só em 30%
  • Tratamento: (1) Lavagem nasal SF; (2) ↑Ingesta líquida; (3) Antitérmicos
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34
Q

Otite média Aguda

  • Principais agentes
  • Clínica em lactentes
  • Clínica em crianças maiores
  • Achados na otoscopia
A
  • Principais agentes: S. pneumoniae, H. influenzae e M. catarrhalis
  • Clínica em lactentes: inespecífica (choro, febre, irritabilidade…)
  • Clínica em crianças maiores: Otalgia, otorreia; após resfriado
  • Achados na otoscopia: (1) Membrana hiperemiada e opaca; (2) Membrana abaulada (↑especificidade); (3) Membrana sem mobilidade à insuflação pneumática; (4) Miringite bolhosa (bolhas no tímpano)
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35
Q

Indicações de ATB na OMA

A
  • < 6 meses
  • Quadro grave: dor forte; Otalgia > 48h ou Febre ≥39°C
  • Otorreia ou bilateralidade
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36
Q

Tratamento OMA

  • 1ª escolha
  • Indicações de Amoxclavulanato
  • Alérgicos à penicilina
A
  • 1ª escolha: Amoxi 50-90 mg/kg/dia por 7-10 dias
  • Indicações de Amoxclavulanato: (1) falha; (2) Uso de amoxi últimos 30 dias; (3) Otite + conjuntivite (H. influenzae)
  • Alérgicos à penicilina: Cefuroxima
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37
Q

Complicações OMA

A
  • Perfuração timpânica: Mais comum, autolimitado
  • Mastoidite: Deslocamento do pavilhão auricular + Desaparecimento do sulco retroauricular
  • OMA com efusão ou secreção: Expectante, duração < 3 meses
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38
Q

OMA recorrente

  • Definição
  • Tratamento
A
  • Definição: ≥3 episódios em < 6 meses ou ≥4 episódios em < 1 ano
  • Tratamento: Tubo de ventilação
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39
Q

Sobre os seios paranasais…

  • Aerado já no RN?
  • Aerado por volta dos 4 anos?
  • Visualizado no Rx por volta dos 5 anos?
  • Desenvolvimento se inicia após os 7 anos?
A
  • Aerado já no RN? Seios etmoidais
  • Aerado por volta dos 4 anos? Seios maxilares
  • Visualizado no Rx por volta dos 5 anos? Seio esfenoidal
  • Desenvolvimento se inicia após os 7 anos? Seio frontal
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40
Q

Diagnóstico de Sinusite Bacteriana

A

DIAGNÓSTICO É CLÍNICO!

(1) Resfriado arrastado: Obstrução nasal, coriza e tosse ≥ 10 dias

(2) Grave: Febre ≥39°C + coriza purulenta ≥ 3 dias consecutivos

(3) Piora clínica: piora dos sintomas após melhor inicial do resfriado

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41
Q

Sinusite Bacteriana

  • Principais agentes
  • Tratamento
  • Complicações
A
  • Principais agentes: mesmos da OMA
  • Tratamento: Amoxi até 7 dias após resolução dos sintomas
  • Complicações: Celulite orbitária ou periorbitária
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42
Q

Diagnóstico diferencial com Sinusite Bacteriana

A

(1) Corpo estranho: rinorreia fétida, unilateral, purulenta ou sanguinoletna

(2) Rinite alérgica: espirros, prurido, mucosa nasal pálida

(3) Sífilis congênita precoce: < 3 meses, rinorreia serossanguinolenta

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43
Q

Faringite Aguda

  • Pico de incidência da causa estreptocócica
  • Principal sintoma clínico
  • Achados que sugerem causa bacteriana
  • Achados que sugerem causa viral
  • Avaliação complementar
  • Complicações não supurativas
A
  • Pico: 5-15 anos; incomum em <2-3 anos
  • Principal sintoma clínico: Odinofagia
  • Causa bacteriana: Petéquias em palato; adenomegalia cervical dolorosa; amigdalas hiperemiadas e/ou com exsudato purulento
  • Causa viral: Tosse, coriza e obstrução nasal
  • Avaliação complementar: Teste rápido ou cultura SGA
  • Complicações não supurativas: (1) Febre reumática (prevenida se ATB até 9 dias do quadro); (2) GNPE (Não prevenível)
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44
Q

Tratamento Faringite Aguda Streptocócica

  • 1ª escolha
  • Alternativas orais
  • Alérgicos a penicilina
A
  • 1ª escolha: Penicilina G Benzatina 600.000 UI (<27Kg) ou 1.200.000 (>27Kg) IM em dose única
  • Alternativas orais: Amoxi ou penicilina V por 10 dias
  • Alérgicos a penicilina: Eritromicina, claritromicina ou cefalexina (10 dias)
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45
Q

Complicações supurativas Faringite estreptocócica

A

(1) Abscesso peritonsilar (ou periamigdaliano): ↑ sintomas + TRISMO + desvio de úvula contralateral. Ttx: drenagem + ATB

(2) Abscesso retrofaríngeo: <5 anos + Febre + DOR À MOBILIZAÇÃO CERVICAL. Ttx: Drenagem + ATB

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46
Q

Principais diagnósticos diferenciais com Faringite Aguda

A

Todos têm faringite + febre + alguma coisa

(1) Mononucleose infecciosa: + Linfadenopatia generalizada + esplenomegalia + Linfocitose + exantema após amoxicilina

(2) Adenovirose: + conjuntivite não-exsudativa + linfadenopatia pré-auricular e cervical

(3) Herpangina (Coxsackie A): + lesões vesiculares/ulceradas na faringe posterior, palato mole e tonsilas

(4) PFAPA (Sd de Marshal): + Adenite + Aftas (Ttx com corticoide)

(5) Difteria: + pseudomembrana branco acinzentada com sangramento à tentativa de remoção + adenomegalia cervical + sem vacina

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47
Q

Principais causas de Estridor na Infância

  • Infecciosas
  • Não infecciosas
A
  • Infecciosas: Epiglotite Aguda; Laringotraquiobronquite Viral aguda
  • Não infecciosas: Laringomalácia; estenose subglótica; paralisia das pregas vocais; anomalias vasculares
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48
Q

Epiglotite Aguda

  • Principais agentes
  • Clínica
  • Diagnóstico
  • Tratamento
A
  • Principais agentes: S.pyogenes/pneumoniae; S. aureus; H.influenzae
  • Clínica: Hiperaguda (Febre alta, toxemia, estridor, odinofagia…) + posição do tripé (posição de pé ou sentada, com mãos no joelho, pescoço hiperestendido, queixo pra cima com mandíbula protusa)
  • Diagnóstico: Clínico (epiglote aumentada, edemaciada e cor vermelho-cereja na IOT); Rx cervical lateral (Sinal do polegar)
  • Tratamento: IOT ou VM + ATB parenteral (cefuroxima, ceftriaxona ou meropenem) por 10 dias
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49
Q

Laringotraquiobronquite viral aguda

  • Agente
  • Idade de acometimento
  • Clínica
  • Rx cervical
  • Tratamento
  • Complicação
  • Diagnóstico diferencial
A
  • Agente: Parainfluenza (75%). Outros: influenza, adenovírus, VSR
  • Idade de acometimento: de 3meses a 5anos (Pico no 2º ano)
  • Clínica: Pródromos catarrais + Tosse metálica (de cachorro) + roquidão + estridor inspiratório
  • Rx cervical: Sinal “da torre” ou “da ponta do lápis”
  • Tratamento: (1) Corticoide (Dexa IM ou budesonida inalatório); (2) Nebulização com adrenalina (se estridor de repouso);
  • Complicação: Traqueíte bacteriana por S. aureus (piora clínica + pus na VA + sem resposta a nebulização)
  • Diagnóstico diferencial: Laringite estridulosa (1-3 anos, clínica idêntica, porém sem pródromos catarrais)
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50
Q

Etiologias da pneumonia conforme idade

  • RN < 3 semanas
  • 3 sem a 3 meses
  • 4 meses a 4 anos
  • ≥ 5 anos
A
  • RN < 3 semanas: GBS; E. coli; Bacilos Gram-negativos; Pneumococo; H. influenzae
  • 3 sem a 3 meses: VSR; outros vírus respiratórios; Pneumococo; H. influenzae
  • 4 meses a 4 anos: Igual ao de cima + Micoplasma pneumoniae e S. pyogenes
  • ≥ 5 anos: Micoplasma; Pneumococo; Chlamydophila pneumoniae; H. influenzae; influenza; outros vírus; legionella
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51
Q

Sinais de gravidade Pneumonia Bacteriana

A
  • Tiragem subcostal (Exceto na OMS)
  • Batimento da asa do nariz
  • Gemência
  • Cianose
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52
Q

Indicações de Internação na Pneumonia bacteriana

A
  • Idade < 2 meses (Nelson é < 6 meses)
  • Sinal de gravidade
  • Sinais radiológicos de gravidade
  • SatO2 < 92%
  • FR > 72 irpm
  • Doença grave concomitante
  • Falha do tratamento ambulatorial
  • Comprometimento do Estado Geral
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53
Q

Tratamento pneumonia bacterina

  • < 2 meses
  • > 2 meses ambulatorial
  • > 2 meses hospitalar
  • Pneumonia atípica
A
  • < 2 meses: Penicilina Cristalina (ou ampicilina) + Aminoglicosídeo
  • > 2 meses ambulatorial: Amoxicilina 50-90mg/kg 10-14dias
  • > 2 meses hospitalar: (1) Penicilina cristalina; (2) Oxacilina + Ceftriaxone
  • Pneumonia atípica: Macrolídeos
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54
Q

Complicações pneumonia

A
  • Derrame pleural: Puncionar se > 1cm
  • Pneumatocele: Cavitação de parede fina e ar aprisionado
  • Abscesso pulmonar: Cavitação de parede espessa e nível hidroaéreo
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55
Q

Pneumonia afebril do lactente

  • Agente
  • Clínica
  • Avaliação complementar
  • Diagnóstico diferencial
A
  • Agente: Chlamydia trachomatis
  • Clínica: < 3 meses, que teve conjuntivite neonatal; Agora tá com taquipneia e tosse; sem febre.
  • Avaliação complementar: Eosinofilia + Rx com Hiperinsuflação + infiltrado intersticial ou alveolar
  • Diagnóstico diferencial: Coqueluche (Linfocitose ao invés de eosinofilia)
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56
Q

Coqueluche

  • Agente
  • Fase catarral
  • Fase paroxística
  • Fase convalescença
  • Clínica em lactentes < 3 meses
  • Avaliação complementar
  • Tratamento
A
  • Agente: Bordetella pertussis
  • Fase catarral: 1-2 semanas de uma síndrome gripal
  • Fase paroxística: 2-6semanas com tosse com guincho
  • Fase convalescença: > 2 semanas com redução dos sintomas
  • ​Clínica em lactentes < 3 meses: Igual PNM afebril do lactente
  • Avaliação complementar: Leucocitose com linfocitose + infiltrado perihilar (“coração felpudo”)
  • Tratamento: Azitromicina (1ª escolha); Claritromicina (2ª escolha) (MS)
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57
Q

Bronquiolite viral aguda

  • Idade de acometimento
  • Agente
  • Clínica
  • Tratamento
  • Prevenção
  • Diagnóstico diferencial
A
  • Idade de acometimento: < 2 anos
  • Agente: VSR (>50%)
  • Clínica: Prodromos catarrais + tosse, taquipneia + SIBILOS
  • Tratamento:`só na internação. (1)O2 se SatO2>90%; (2)Nebulização com SF 3% (hipertônica); (4) Broncodilator e corticoide são controversos, não recomendados de rotina
  • Prevenção: (1) Lavagem das mãos; (2) Palivizumabe (Anticorpo monoclonal anti-VSR)
  • Diagnóstico diferencial: Asma brônquica (Rinite alérgica, sibilo sem resfriado, eosinofilia)
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58
Q

Indicações do uso de Palivizumabe

A
  • Criança < 1 ano, prematuro com IG<28s (MS)
  • Criança < 2 anos, com cardiopatia congênita com repercussão hemodinânica ou doença pulmonar crônica da prematuridade (MS
  • Prematuros nascidos entre 29-31s de IG, especialmente nos primeiros 6 meses (SBP)
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59
Q

Qual o calendário de acompanhamento regular da criança de acordo com o MS?

A
  • 1 semana de vida
  • 1,2,4,6,9,12 meses
  • 18 e 24 meses
  • Após 2 anos, consultas anuais
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60
Q

Determinantes do crescimento

  • Fatores intrínsecos
  • Fatores extrínsecos
A
  • Fatores intrínsecos: genética; IGF-1, GH, esteroides, TSH e T4, cortisol
  • Fatores extrínsecos: Ambiente, nutrição e atividade física não competitiva
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61
Q

Fases de crescimento

A
  • Intrauterino: Maior velocidade de crescimento
  • Lactente: Crescimento linear intenso
  • P´ré-puberal
  • Puberdade
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62
Q

Ganho de peso aproximado de uma criança

  • 1º trimestre
  • 2º trimestre
  • 3º trimestre
  • 4º trimestre
  • Pré-escolar
  • Escolar
A
  • 1º tri: 700 g/mês
  • 2º tri: 600 g/mês
  • 3º tri; 500 g/mês
  • 4º tri: 400 g/mês
  • Pré-escolar: 2 kg/ano
  • Escolar: 3-3,5 kg/ano
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63
Q

Ganho de estatura aproximado de uma criança

  • 0-12 meses
  • 12-24 meses
  • 2-4 anos
  • 4-6 anos
  • 6 anos-puberdade
  • Puberdade
A
  • 0-12 meses: 25 cm
  • 12-24 meses: 12 cm
  • 2-4 anos: 7-8 cm/ano
  • 4-6 anos: 6 cm/ano
  • 6 anos-puberdade: 5 cm/ano
  • Puberdade (estirão): 8-9 cm/ano (meninas); 9-10 cm/ano (meninos)
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64
Q

Sequência do desenvolvimento motor

A

Cefalocaudal e do centro para periferia

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65
Q

Desenvolvimento normal no RN

  • Motor
  • Adaptativo
  • Pessoal-social
  • Linguagem
A
  • Motor: Postura semi fletida + reflexos primitivos presentes
  • Adaptativo: Fixa face humana + “olhos de boneca”
  • Pessoal-social: Preferência pela face humana
  • Linguagem:
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66
Q

Desenvolvimento normal no criança < 1 mês

  • Motor
  • Adaptativo
  • Pessoal-social
  • Linguagem
A
  • Motor: Eleva o queixo + Posição tônico cervical assimétrica
  • Adaptativo: segue um objeto
  • Pessoal-social: esboça um sorriso, reage à voz ou contato
  • Linguagem: —-
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67
Q

Desenvolvimento normal de uma criança de 2 meses

  • Motor
  • Adaptativo
  • Pessoal-social
  • Linguagem
A
  • Motor: Eleva a cabeça
  • Adaptativo: segue um objeto em movimento por 180°
  • Pessoal-social: Sorriso social
  • Linguagem: balbucia
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68
Q

Desenvolvimento normal criança de 4 meses

  • Motor
  • Adaptativo
  • Pessoal-social
  • Linguagem
A
  • Motor: Postura cervical simétrica; mãos na linha média; cabeça não pende sentado
  • Adaptativo: Alcança e agarra um objeto
  • Pessoal-social: dá gargalhada
  • Linguagem: som de “aah” e “ngah”
69
Q

Desenvolvimento normal criança 10 meses

  • Motor
  • Adaptativo
  • Pessoal-social
  • Linguagem
A
  • Motor: senta-se sozinho e sem apoio; engatinha
  • Adaptativo: Pega objetos com a pinça (polegar e indicador)
  • Pessoal-social: Brinca de esconde-esconde; dá tchau; permanece com objeto
  • Linguagem: Sons consonantais (“mama”; “dada”)
70
Q

Desenvolvimento normal 15 meses

  • Motor
  • Adaptativo
  • Psico-social
  • Linguagem
A
  • Motor: Anda sozinho
  • Adaptativo: Faz torre de três cubos; faz linha com lápis
  • Pessoal-social: Demonstra desejo pelo objeto; abraça os pais
  • Linguagem: Atende comandos simples; dá nome aos objetos
71
Q

Reflexo de Moro

  • Descrição
  • Desaparecimento
A
  • Descrição: Abdução seguida de adução; flexão das extremidades superiores e pescoço; e choro após soltá-lo rapidamente na posição supina
  • Desaparecimento: 3 meses (típica) e 6 meses (completo)
72
Q

Reflexo tônico cervical assimétrico (Magnus de Kleijn)

  • Descrição
  • Desaparecimento
A
  • Descrição: Extensão das extremidades do lado do queixo e flexão do lado occipital após rotação da cabeça pro lado na posição supina por 15 seg
  • Desaparecimento: 6-7 meses
73
Q

Reflexo de preensão palmar

  • Descrição
  • Desaparecimento
A
  • Descrição: Flexão dos dedos e fechamento da mão qd se colocar o dedo na palmar do bebê
  • Desaparecimento: Aos três meses
74
Q

Reflexo de preensão plantar

  • Descrição
  • Desaparecimento
A
  • Descrição: Flexão dos dedos do pé, após examinador comprimir seu polegar sobre a face plantar
  • Desaparecimento: 6-8 meses
75
Q

Reflexo de Galant

  • Descrição
  • Desaparecimento
A
  • Descrição: Curvatura contralateral do tronco após estimulação em movimento linear vertical ombro-nádegas a 2cm da coluna
  • Desaparecimento: 4 meses
76
Q

Qual o único reflexo primitivo que permanece por toda a vida?

A

Reflexo do paraquedista

77
Q

Quais são as classificações nutricionais mais usadas?

A
  • Gomez
  • Waterlow
  • MS
  • OMS
78
Q

Classificação nutricional de GOMEZ?

  • Parametro analisado
  • Normal
  • Desnutrição leve
  • Desnutrição moderada
  • Desnutrição grave
A
  • Parametro analisado: Razão do Peso por idade do paciente pelo do percentil 50
  • Normal: Razão > 90%
  • Desnutrição leve: Razão 90%
  • Desnutrição moderada:
  • Desnutrição grave
79
Q

Classificação de Waterlow

  • Parametro utilizados:
  • Eutrófica
  • Desnutrição aguda
  • Desnutrição crônica
  • Desnutrição pregressa
A
  • Parametro utilizados: Peso por estatura (Normal > 90%) e estatura por idade (Normal > 95%) dividido pelo percentil 50
  • Eutrófica: Peso e estatura adequada para idade
  • Desnutrição aguda: P/E ≤ 90% e E/I >95%
  • Desnutrição crônica: P/E ≤90% e E/I ≤ 95%
  • Desnutrição pregressa: P/E >90% e E/I ≤95%
80
Q

Classificação do MS de desnutrição

  • Peso x Idade (0-10 anos)
  • Estatura x Idade (0-19 anos)
  • Peso x Estatura (0-5 anos)
  • IMC x Idade (0-19 anos)
A

TODOS são EZ= -2/-3 OU EZ < -3

  • Peso x Idade (0-10 anos): Baixo peso; Muito baixo peso
  • Estatura x Idade (0-19 anos): Baixa estatura; Muito baixa estatura
  • Peso x Estatura (0-5 anos): magreza; magreza acentuada
  • IMC x Idade (0-19 anos): magreza; magreza acentuada
81
Q

MARASMO

  • Deficiência de
  • Faixa etária
  • Causa
  • Clínica
A
  • Deficiência de: energia + proteínas
  • Faixa etária: < 1 ano
  • Causa: Retirada do aleitamento materno, trocando por mistura de ↓calorias
  • Clínica: ↓Tudo (peso, estatura, gordura, músculo); Apetite preservado.
82
Q

KWASHIORKOR

  • Deficiência de
  • Faixa etária
  • Causa
  • Clínica
A
  • Deficiência de: Principalmente proteínas
  • Faixa etária: 2-3 anos
  • Causa: desmame súbito devido gestação do 2º filho
  • Clínica: edema; peso mantido; hepatomegalia; ↓vitaminas e proteínas; apatia e desinteresse
83
Q

3 fases do tratamento da desnutrição grave

A
  • ESTABILIZAÇÃO (evitar óbito): hipoglicemia; desidratação; infecção; distúrbios hidroeletrolíticos (K+; Mg++); ↓nutrientes (Vit A, ác. fólico, zinco e cobre);
  • REABILITAÇÃO (recuperação nutricional): dieta e Ferro
  • ACOMPANHAMENTO: ambulatorial, para evitar reincidência
84
Q

Tipos de artrite idiopática Juvenil

A
  • Pauci ou oligoarticular (50%)
  • Poliarticular (35-40%)
  • Sistêmica ou Doença de Stil (10-15%)
85
Q

AIJ pauci ou oligo articular

  • Perfil de paciente
  • Associação
  • Diagnóstico
  • Manifestações extra-articulares
  • Diagnóstico diferencial
  • Tratamento
A
  • Perfil de paciente: Meninas de 2-3 anos
  • Associação: HLA-DR8
  • Diagnóstico: 1-4 articulações; > 6sem; < 16 anos; excluída outras causas
  • Manifestações extra-articulares: Uveíte anterior (pp se FAN positivo)
  • Diagnóstico diferencial: Artrite Viral (Parvovírus) < 6 semanas
  • Tratamento: AINE, MTX, Anti-TNF
86
Q

AIJ poliarticular

  • Perfil de paciente
  • Associação
  • Diagnóstico
  • Manifestações extra-articulares
  • Diagnóstico diferencial
  • Tratamento
A
  • Perfil de paciente: Meninas, FRnegativo (<10anos, assimétrica) ou FRpositivo (> 10 anos, simétrica)
  • Associação: HLA-DR4
  • Diagnóstico: ≥ 5 articulações, > 6sem, <16anos, excluídas outras causas
  • Manifestações extra-articulares: Uveíte anterior se FRnegativo e FANpositivo
  • Diagnóstico diferencial: Oligoarticular estendida (em 6meses + ↑VHS)
  • Tratamento: AINE, MTX
87
Q

AIJ: Doença de Still

  • Diagnóstico
  • Manifestações extra-articulares
  • Diagnóstico diferencial
  • Tratamento
A
  • Diagnóstico: febre>2sem; rash; artrite + trombocitose (Obrigatórios); sinais de inflamação sistêmica (Anemia, leucocitose, VHS>100, ↑TGO/TGP)
  • Manifestações extra-articulares: CIVD e Sd hiperativação macrofágica
  • Diagnóstico diferencial: Leucemia e infecções
  • Tratamento: AINE, MTX, corticoide, ANAKINRA; Evitar corticoide (↓crescimento), AAS (Sd de Reye) e Anti-TNF (não funiciona).
88
Q

Púrpura de Henoch-Schönlein

  • Clínica
  • Laboratório
  • Perfil de paciente
  • Principal complicação
A
  • Clínica: Petéquias mmii; artralgia/artrite; dor abdominal; GN; Rash
  • Laboratório: Hematúria glomerular, ↑IgA, espessamento da parede do TGI (USG/TC); plaquetas normais
  • Perfil de paciente: Criança, após IVAS
  • Principal complicação: Hemorragia digestiva
89
Q

Doença de Kawasaki

  • perfil de paciente
  • Diagnóstico
  • Principal complicação
  • Tratamento
  • Tratamento da complicação
  • Tratamento da complicação + trombocitose
A
  • perfil de paciente: Menino asiático < 5 anos
  • Diagnóstico: Febre > 5 dias + 4 sinais/sintomas
  • Principal complicação: Aneurimas coronarianos
  • Tratamento: Ig humana + AAS dose anti-inflamatória até 10ª dia; Após manter AAS dose anti-agregante até normalização das plaquetas
  • Tratamento da complicação: AAS pra sempre + Vacina contra varicela/influenza (↓Sd de Reye)
  • Tratamento da complicação + trombocitose: Associar Dipiridamol
90
Q

6 sinais/sintomas da Doença de Kawasaki

A

M-E-L-E-C-A

  • Mucosite: lesões orais (língua em framboesa; rachaduras labiais)
  • Exantema: polimorfo
  • Linfonodomegalia: cervical > 1,5 cm
  • Edema: endurecido de mãos e pés
  • Conjuntivite: bilateral não supurativa
  • Aumento temperatura: Taz > 38,5 °C > 5 dias (Obrigatório)
91
Q

Quais são as cardiopatias congênitas cianóticas?

A
  • Tetralogia de Fallot
  • Atresia pulmonar com septo integro
  • Atresia tricúspide
  • Transposição das Grandes artérias
  • Ventrículo único
  • Truncus arteriosus
92
Q

Quais são as cardiopatias congênitas não cianóticas?

A
  • Comunicação interatrial (CIA)
  • Comunicação interventricular (CIV)
  • Defeito do septo atrioventricular (DSAV)
  • Persistência do canal arterial (PCA)
  • Estenoses: pulmonar, aórtica, tricúspide ou mitral;
  • Coarctação da aorta
93
Q

Como avaliar um RN com cianose?

  • Método
  • Objetivo
  • Explicação
  • Descrição do método
  • Resultados
A
  • Método: TESTE DA HIPERÓXIA
  • Objetivo: Diferenciar cianose pulmonar de cardíaca
  • Explicação: A PaO2 não aumenta na cianose cardíaca após O2 100%
  • Descrição do método: Oferta de O2 100% por 5-10 minutos
  • Resultados:
    • (1) PaO2 > 150 mmHg, sugere origem pulmonar
    • (2) PaO2 > 250 mmHg, confirma origem pulmonar
94
Q

Defina Síndrome de Eisenmenger

A

Aumento da resistência vascular pulmonar, com diminuição do shunt E-D ou inversão do mesmo, levando surgimento de cianose.

95
Q

Comunicação interatrial

  • Tipos
  • Achados Exame físico
  • Achados exame complementar
  • Tratamento
A
  • Tipos: Ostium secundum, ostium primum, tipo seio cavernoso
  • Achados Exame físico: Desdobramento de B2 e Sopro sistólico em BEE
  • Achados exame complementar: ↑AD e VD (Rx e ECO); Sobrecarga de VD (ECG); Tamanho e posição da CIA e quantificação do fluxo (ECO)
  • Tratamento: Fechamento cirúrgico ou por cateterismo percutâneo entre 1-6 anos
96
Q

Comunicação interventricular

  • Epidemiologia
  • CIV restritiva
  • CIV não restritiva
  • Achados CIV restritiva
  • Achados CIV não restritiva
  • Consequências
A
  • Epidemiologia: Cardiopatia mais comum
  • CIV restritiva: < 5mm - Pressão no VD normal, com shunt E-D
  • CIV não restritiva: < 10 mm - Pressão VD=VE
  • Achados CIV restritiva: Assintomático, sopro holossistólico rude em BEE alta
  • Achados CIV não restritiva: IC, HAP (↓fonese de B2), pneumonias de repetição
  • Consequências: Cardiomegalia; Hipertrofia biventricular; ↓crescimento
97
Q

Qual a cardiopatia mais frequente no paciente com síndrome de down?

A

Defeito do septo atrioventricular

98
Q

Indicações de Intervenção na CIA

A
  • (1) Sintomáticos;
  • (2) Qp:Qs > 2:1
  • (3) ↑ VD
99
Q

Indicações de intervenção cirúrgica na CIV

A
  • (1) sintomas ou ↓crescimento;
  • (2) CIV > 10 mm ou HAP se criança entre 6-12 meses;
  • (3) Qp:Qs > 2:1 se criança > 24 meses
100
Q

Coarctação da aorta

  • Tipo mais comum
  • Clínica
  • Avaliação complementar
  • Tratamento
A
  • Tipo mais comum: Justaductal (antes do ductoarterioso)
  • Clínica: Diferença de PA/amplitude de pulsos entre mmss e mmii
  • Avaliação complementar: Cardiomegalia e congestão pulmonar (Rx); Hipertrofia de VE ou biventricular (ECG); Anomalias associadase segmento afetado (ECO)
  • Tratamento: Prostaglandinas para manter canal aberto, estabilizar e correção cirurgica
101
Q

Tetralogia de Fallot

  • Defeito primário
  • 4 consequências
  • Quando aparece a cianose?
A
  • Defeito primário: Desvio anterior do septoinfundibular
  • 4 consequências: (1) Obstrução do trato de saída do VD; (2) Hipertrofia de VD; (3) Defeito do septo ventricular; (4) Dextroposição da aorta
  • Quando aparece a cianose? Primeiras semanas ou meses de vida, pois ↑obstrução e surge o shunt direita-esquerda
102
Q

Clínica Tetralogia de Fallot

  • Obstrução Leve
  • Obstrução Grave
A

Obstrução Leve

  • Sem cianose ao nascimento, só aparecendo depóis com a hipertrofia do infundíbulo direito
  • EF: Sopro sistólico ejetivo na BEE; B2 única; baqueteamento digital; posição de cócoras (alívio)

Obstrução Grave

  • Cianose ao nascer, que piora com fechamento do canal.
  • Crises hipercianóticas: < 2 anos; pela manhã ou após o choro; pode levar a perda de consciência, convulsão e morte.
103
Q

Tetralogia de Fallot

  • Avaliação complementar
  • Tratamento
  • Cirurgia corretiva
  • Cirurgia paliativa
A

Avaliação complementar

  • Rx: Ponta cardíaca desviada superiormente (Sinal do tamanco holandês)
  • ECG: Hipertrofia de VD; onda R dominante nas precordias direitas
  • ECO: Avalia morfologia para definição cirúrgica

Tratamento

  • Casos graves: Prostaglandina E (Manter canal aberto) + cirurgia paliativa
  • Casos menos graves: Observação + propranolol (↓crise) + cirurgia corretiva

Cirurgia

  • Corretiva: Ampliação da via de saída do VD + fechamento da CIV
  • Paliativa: Shunt Blalock-Taussig (sistêmico-pulmonar)
104
Q

Transposição das grandes artérias

  • Fisiopatologia
  • Clínica
  • Avaliação complementar
  • Tratamento
A

Fisiopatologia

  • Aorta emerge do VD; Artéria pulmonar emerge do VE. Circulações em paralelo
  • Forame oval, canal arterial e, em 50% casos, a CIV permitem a mistura entre as circulações
  • Cardiopatia cianótica mais comum do RN

Clínica

  • Sem CIV: cianose e ↑FR nas 1ªs horas/dias de vida; B2 única sem sopros
  • Com CIV: Cianose menos intensa; Ins. cardíaca; sopro holossistólico

Avaliação complementar

  • Rx sem CIV: Mediastino estreito (forma de ovo deitado)
  • Rx com CIV: Cardiomegalia
  • ECO: Define diagnóstico

Tratamento

  • ​Prostaglandina E: imediatamente na suspeita diagnóstica
  • Septostomia atrial: por balão (Rashkind)
  • Correção cirúrgica: Cirurgia de Jatene (troca das grandes artérias) nas primeiras 2-3 semanas de vida.
105
Q

Sopro inocente na infância

  • Definição
  • Sopro de Still
  • Sinais de alerta
A

Definição

  • Sopro na ausência de alterações anatômicas e/ou funcionais

Sopro de Still

  • Sopro inocente mais comum na infância (3-7 anos)
  • Sistólico, de ejeção, na BEE média e inferior, vibratório ou musical

Sinais de alerta

  • Sopros pansistólicos
  • Sopros diastólicos isolados ou sopros contínuos
  • Sopros Grau II ou mais
  • Sopros Rudes
  • Sopros associados com B2 anormal ou cliques
106
Q

Síndrome de Munchausen por procuração Definição

A

Forma mista de abuso, na qual a mãe, o pai ou responsável simula a presença de uma doença na criança, através de mentiras na história, simulação ou indução de sintomas

107
Q

Síndrome do bebê sacudido

  • Definição
  • Clínica
A

Definição

  • Provocada por sacudidas vigorosas em crianças menores de 2 anos

Clínica

  • Hemorragia: Subdural, subaracnóidea e retiniana
  • Edema cerebral difuso
108
Q

Acidentes na infância

  • Locais mais comuns
  • Acidentes mais comuns < 1 ano
  • Acidentes mais comuns 1-5 anos
A
  • Locais mais comuns: (1) Cozinha; (2) banheiro; (3) escadas e corredores
  • mais comuns < 1 ano: (1) Asfixias e quedas; (2)queimaduras e aspiração de corpos estranhos
  • mais comuns 1-5 anos: (1) Quedas; (2) asfixias, queimaduras e afogamentos
109
Q

Transporte Seguro SBP

  • Estágio 1
  • Estágio 2
  • Estágio 3
  • Estágio 4
A

Estágio 1 - Cadeirinha bb de costa para painel

  • Até pelo menos 2 anos, no centro do banco de trás

Estágio 2 - Cadeirinha bb de frente para painel

  • > 2 anos de idade até o limite do peso e estatura do assento

Estágio 3 - Assento de elevação ou *“Booster”*

  • Peso/estatura maior que assento estagio 2
  • Usar até atingir 1,45m no banco traseiro

Estágio 4 - Cinto de segurança do veículo

  • Altura mínima de 1,45m e peso de 36 Kg (Cerca de 11 anos)
  • Sempre viajar no banco traseiro até os 13 anos de idade
110
Q

Transporte seguro CONTRAN

  • Menores de 1 ano
  • 1-4 anos
  • 4-7 anos
  • > 7 anos
A
  • Menores de 1 ano: Bebê conforto de costa para painel
  • 1-4 anos: Cadeirinha de frente para painel
  • 4-7 anos: Assento de elevação
  • > 7 anos: Cinto de segurança; Banco traseiro sempre até os 10 anos
111
Q

ITU na infância

  • sexo mais acometido em < 1 ano:
  • ITU recorrente é FR para:
  • Principal agente envolvido
  • Agente envolvido na jovem sexualmente ativa
A
  • sexo mais acometido em < 1 ano: masculino
  • ITU recorrente é FR para: HAS e DRC
  • Principal agente envolvido: E. coli
  • Agente envolvido na jovem sexualmente ativa: Staphylococcus saprophyticus
112
Q

Clínica ITU

  • Cistite
  • Pielonefrite
A

Cistite

(1) ↑Frequência (Polaciúria); (2) Dificuldade de iniciar o jato (Estrangúria); (3) Dor ao urinar (disúria); (4) Incontinência urinária diurna ou noturna; (5) Dor suprapúbica; (6) Alterações de cor, volume ou odor da urina

Pielonefrite

(1) FEBRE; (2) dor lombar ou abdominal; (3) Mal-estar, náuseas, vômitos; (4) Sepse: ↑FC, ↑FR, toxemia…

113
Q

Diagnóstico ITU

  • Urinocultura
  • EAS
  • Bacterioscopia e Gram da urina
A

Urinocultura

  • Cateterismo vesical: (1) > 50mil UFC de um único patógeno (Nelson); (2) > 10mil UFC se criança sintomática (Nelson); (3) Mil-50 mil UFC de único patógeno (SBP)
  • Punção suprapúbica: (1) > 0 UFC, exceto até 3mil estafilococos coagulase negativo (SPB); Igual cateterismo (Nelson)
  • Saco coletor/Jato médio: (1) > 100mil UFC de um único patógeno (SBP); (2) > 100mil UFC se EAS+ ou criança sintomática (Nelson)

EAS

  • Leucocitúria ≥5/campo;
  • Cilindros piocitários (=pielonefrite);
  • Hematúria ≥5/campo;
  • nitrito positivo

Bacterioscopia e Gram da urina

  • = Cistite ou pielonefrite
114
Q

Tratamento ITU

  • Cistite
  • Pielonefrite ambulatorial
  • Pielonefrite hospitalar
A
  • Cistite: 3-5 dias de (1) SMP-TMX; (2) Nitrofurantoína; (3) Amoxicilina
  • Pielonefrite ambulatorial: 7-14 dias de (1) Ceftriaxone IM; (2) Ciprofloxacina
  • Pielonefrite hospitalar: 7-14 dias de (1) Ceftriaxone IV; (2) Cefotaxima IV; (3) Ampicilina + aminoglicosídeo IV
115
Q

Indicações de internação hospitalar na Pielonefrite

A
  • Menores de 1-3 meses
  • Sinais de sepse urinária
  • Sinais de comprometimento geral: desidratação, vômitos, incapacidade de beber..
116
Q

Investigação complementar ITU

  • ITU em < 2 anos
  • ITU em > 2 anos
  • 1º ep de pielonefrite entre 2-14 meses
  • 2º ep de pielonefrite aguda
A

ITU em < 2 anos

  • Conduta inicial: USG e UCM
  • Ambas normais: Seguimento
  • RVU: Profilaxia, cintilografia com DMSA e seguimento
  • Hidronefrose sem refluxo: Cintilografia com DMSA e DTPA, urografia excretora

ITU em > 2 anos

  • Conduta inicial: USG
  • USG Normal: seguimento
  • USG Alterado: Profilaxia, UCM, cintilografia com DSMA e com DTPA

1º ep de pielonefrite entre 2-14 meses

  • Conduta: USG; Se alterado, UCM

2º ep de pielonefrite aguda

  • Conduta: UCM para todos que não tenham feito ainda
117
Q

Qual o objetivo de cada um desses exames?

  • USG vias urinárias
  • Cintilogragia com DMSA
  • Uretrocistografia miccional
A
  • USG vias urinárias: Anatomia renal e bexiga, hidronefrose, dilatação ureter
  • Cintilogragia com DMSA: Parênquima renal (Cicatrizes)
  • Uretrocistografia miccional: Presença de Refluxo vesicoureteral e gravidade
118
Q

Quais as indicações de quimioprofilaxia na ITU na infância e as drogas utilizadas

A

Indicações

  • Durante investigação do trato urinário após 1º ep de ITU
  • Do diagnóstico de obstrução do trato urinário até correção cirúrgica
  • RVU grau III e IV
  • ITU recorrente: Realizar por 6-12 meses

Drogas utilizadas

  • SMP-TMX
  • Nitrofurantoína
  • Cefalexina (< 2 meses)

Obs: Dose é de 1/4 do tto, diariamente pela noite

119
Q

Classificação RVU

  • Grau I
  • Grau II
  • Grau III
  • Grau IV
  • Grau V
A
  • Grau I: Refluxo para ureter não dilatado
  • Grau II: Refluxo para sistema coletor sem dilatação
  • Grau III: Refluxo para um ureter dilatado
  • Grau IV: Refluxo para um ureter grosseiramente dilatado
  • Grau V: Refluxo maciço, com dilatação e tortuosidade significativa do ureter, com perda da impressão papilar
120
Q

SARAMPO

  • Gênero/Família/Transmissão
  • Transmissão
  • Clínica
  • Tratamento/Prevenção
  • Complicações
A

Gênero/Família/ Transmissão

  • Gênero Morbilivirus, Família Paramyxoviridae
  • Transmissão por aerossol 3 dias antes até 6 após exantema

Clínica

  • Pródromos: Tosse, conjuntivite e Manchas de Koplik (branca na mucosa jugal)
  • Exantema: mobiliforme com progressão crâniocaudal
  • Convalescença: descamação furfurácea, com tosse desaparecendo por último

Tratamento / Prevenção

  • Tratamento: vit A por 2 dias + suporte
  • Pré-exposição: Vacina (Triplice e tetraviral)
  • Pós-exposição: (1) Vacina até 72h; (2) Ig Padrão até 6 dias: < 6meses, grávidas e imunodeprimidos

Complicações

  • Pneumonia: mais mata
  • OMA: Mais comum
  • Encefalite e Pancefalite esclerosante subaguda: Alta mortalidade
121
Q

RUBÉOLA

  • Gênero/Família/Transmissão
  • Clínica
  • Tratamento/Prevenção
  • Complicações
A

Gênero/Família/Transmissão

  • Gênero Rubivírus, Família Togaviridae
  • Transmissão: Gotículas 5 dias antes até 6 dias após exantema

Clínica

  • Pródromos: linfadenomegalia suboccipital, retroauricular e cervical posterior
  • Exantema: Maculopapular róseo com progressão crâniocaudal sem descamação
  • Manchas de Forschheimer: Lesões em palato mole

Tratamento/Prevenção

  • Tratamento: Sintomáticos
  • Pré-exposição: Vacina (Tríplice e tetraviral)
  • Pós-exposição: Bloqueio vacinal

Complicações

  • Trombocitopenia pós-infecciosa: Corticoide e Ig padrão
  • Artrite
  • SNC: Encefalite pós-infecciosa ePanencefalite progressiva da rubéola
122
Q

EXANTEMA SÚBITO OU ROSÉOLA INFANTIL

  • Vírus Gênero/Família/Transmissão
  • Clínica
  • Tratamento/Prevenção
  • Complicações
A

Vírus/Família/Transmissão

  • Herpesvirus Humano tipo 6 e 7, família Herpesviridae
  • Transmissão: Gotículas ou transplacentária (rara)

Clínica

  • Lactente com febre alta 3-5 dias
  • Manchas de Nagayama: úlceras na junção uvulopalatoglossal
  • Exantema: macular no tronco 12-24h após desaparecimento da febre

Tratamento/Prevenção

  • Tratamento: Suporte
  • Imunodeprimidos: Ganciclovir, clidofovir ou foscarnet por 2-3 semanas

Complicações

  • Crise febril: Convulsão
  • Imunocomprometidos: Quadro grave por reativação viral
123
Q

ERITEMA INFECCIOSO

  • Agente/gênero/Família/Transmissão
  • Clínica
  • Tratamento/prevenção
  • Complicações
A

Agente/gênero/Família/Transmissão

  • Parvovírus B19, gênero erytrovirus, família Parvoviridae
  • Transmissão: Gotícula. No exantema não transmite mais

Clínica

  • Exantema Fase 1: face esbofetada
  • Exantema face 2: maculopapular rendilhado, pp superficies extensora
  • Exantema fase 3: Recidiva 1-3 semanas por sol, calor, estresse e exercício

Tratamento/prevenção

  • Suporte
  • Ig IV: Imunodeprimidos, com anemia crônica e supressão medular

Complicações

  • Artropatia, Miocardite
  • Crise aplásica transitória: anêmicos hemolíticos crônicos (é infectante)
  • Infecção fetal: ICC e hidropsia não imune
  • Sd de luvas e meias: prurido, edema doloroso e eritema em mãos e pés
124
Q

Varicela

  • Indicações de aciclovir oral
  • Indicações de aciclovir IV
  • Prevenção pré-exposição
  • Prevenção pós-exposição
  • Indicações de Ig humana anti-varicela-zóster
A

Indicações de aciclovir oral

  • > 12 anos; 2º caso no domicílio; doença cutânea ou pulmonar crônica; Usuários de corticoide ora/inalatório e AAS

Indicações de aciclovir IV

  • Doença grave e progressiva (envolvimento visceral); imunossupressão; RN com varicela neonatal por exposição perinatal

Prevenção pré-exposição

  • Vacina

Prevenção pós-exposição

  • Bloqueio Vacinal até 5 dias (ideal< 72h): > 9 meses hospitalizados:
  • Ig humana anti-varicela-zóster até 96h:

Indicações de Ig humana anti-varicela-zóster

  • Imunopremidos, Grávidas
  • RN <28s, RN > 28s com mãe susceptível
  • RN cuja mãe tenha apresentado varicela 5 dias antes e 2 dias depois do parto
125
Q

Regra geral em Imunizações

  • Contraindicações a vacinação simultânea
  • Intervalo máximo de doses
  • Contraindicações gerais à vacinação
  • Contraindicações às vacinas vivas atenuadas
A

Contraindicações a vacinação simultânea

  • Febre Amarela com tríplice/tetra viral: intervalo de 30 dias
  • Dengue sempre é sozinha

Intervalo máximo de doses

  • Não há. Jamais se reinicia um esquema

Contraindicações gerais à vacinação

  • Reação anafilática após dose anterior
  • Reação anafilática ao ovo: Febre Amarela e Influeza

Contraindicações às vacinas vivas atenuadas

  • Imunodeficiência (HIv, corticoide, quimio ou radioterapia)
  • Neoplasia maligna
  • Grávidas
126
Q

Calendário Vacinal

  • Ao nascer
  • 2meses
  • 3meses
  • 4meses
  • 5meses
  • 6meses
  • 9meses
  • 12meses
  • 15meses
  • 4anos
  • 9anos
A
  • Ao nascer: BCG e Hepatite B
  • 2meses: Penta; VIP, Pneumo-10, VORH
  • 3meses: Meningo C conjugada e meningo B/ACWY
  • 4meses: Igual 2 meses (2ª dose)
  • 5meses: Igual 3 meses (2º dose)
  • 6meses: Penta + VIP + Pneumo + Influenza
  • 7 meses: Influenza + Meningo B/ACWY
  • 9meses: Febre Amarela
  • 12meses: Triplice Viral, Pneumo-10, Meningo C_/B/ACWY_
  • 15meses: Tetraviral, HepA, DTP e VOP
  • 4anos: DTP, VOP, Varicela
  • 9anos: Dengue e HPV
127
Q

BCG

  • Indicações de Revacinação
  • Contraindicações
A

Indicações de Revacinação

  • Ausência de cicatriz após 6meses da administração da vacina
  • Contactantes domiciliares > 1 ano de pacientes com Hanseníase
    • Sem qualquer cicatriz: 1 dose
    • Com 1 cicatriz: 1 dose
    • Com 2 cicatrizes: Nenhuma dose adicional

Contraindicações

  • < 2kg
  • RN coabitante de tuberculoso bacilifero: Inicia isoniazida
  • Afecção dermatológica extensa no local de aplicação
  • HIV em > 5anos
  • HIV em >28 dias e < 5 anos sintomáticos ou com imunodepressão
128
Q

Hepatite B

  • Contraindicações
  • conduta no RN de mãe portadora
A
  • Contraindicações: Reação anafilática e Púrpura trombocitopênica imunológica
  • Conduta no RN de mãe portadora: Vacina + Ig Hiperimune para HepB
129
Q

Contraindicações DTP

A
  • Episódio hipotônico-hiporresponsivo até 48h: Administrar DTPa
  • Convulsão até 72h: Administrar DTPa
  • Encefalopatia até 7 dias: Administrar DT
  • Reação anafilática: Contraindica todas as formas
130
Q

VIP/VOP

  • Contraindicações a VOP
  • Eventos adversos da VOP
A

Contraindicações a VOP

  • Pacientes imunodeprimidos ou que convivem com imunodeprimidos
  • Crianças hospitalizadas

Eventos adversos da VOP

  • Poliomielite vacinal no vacinado e no comunicante
131
Q

Vacina HPV

  • Quais sorotipos protege?
  • Esquema
  • Indicações
A
  • Quais sorotipos protege? 6, 11, 16, 18
  • Esquema: Duas doses IM 0-6meses)
  • Indicações: Mulher 9-14 anos; Homem 11-14 anos; Imunodeprimidos 9-26anos
132
Q

CIUR assimétrico

  • Período do dano
  • Orgãos prioritários na centralização
  • Principais causas
A
  • Período do dano: 2-3 trimestre
  • Orgãos prioritários na centralização: Coração, cérebro e suprarrenais
  • Principais causas: Ins. placentária (DHEG, HAS, LES, nefropatia); desnutrição materna; gemelidade…
133
Q

CIUR simétrico

  • Período do dano
  • Principais causas
A
  • Período do dano: 1-2 trimestre
  • Principais causas:
    • ​Drogas: alcool, tabaco, cocaína, warfarin, antineoplásicos…
    • Infecções: rubéola, toxoplasmose, CMV, Varicela-Zoster…
    • Desnutrição materna precoce
    • Anomalias congênitas e cromossômicas (trissomias)
134
Q

Reanimação Neonatal - Avaliação Inicial

  • 3 perguntas inciais
  • Conduta se SIM para as 3 perguntas
  • Conduta se NÂO para as 3 perguntas
A

3 perguntas inciais

  • Gestação a termo?
  • RN está chorando ou respirando?
  • RN com bom tônus?

Conduta se SIM para as 3 perguntas

  • Levar RN para colo da mãe
  • Clampeamento do cordão com 1-3 minutos

Conduta se NÂO para as 3 perguntas

  • Levar RN para fonte de calor radiante (mesa de reanimação)
  • Clampeamento imediato do cordão se sem boa vitalidade
  • Se apenas RN < 34sem, clampeamento co cordão em 30-60segs
135
Q

Atendimento ao RN com necessidade de reanimação

  • Passos inciais
  • Após passos inciais, o que avaliar?
  • Indicação de VPP após passos iniciais e avaliação seguinte
  • Tempo máximo para começar VPP desde os passos inciais
A

Passos inciais

  • Prover Calor: RN <34s com saco plástico + touca; RN< 1000g acrescenta-se colchão térmico
  • Posicionar a cabeça: Leve extensão do pescoço + coxim sob ombros
  • Aspirar VA: Primeiro a boca, depois as narinas; apenas se secreções ou necessidade de VPP
  • Secar: Secar e desprezar os campos úmidos
  • Oximetria de Pulso: Apenas se < 34 sem

Após passos inciais, o que avaliar?

  • Respiração
  • FC: Indica a VPP; Ausculta no precórdio em 6s x10

Indicação de VPP após passos iniciais e avaliação seguinte

  • Sem vitalidade adequada
  • Respiração irregular ou ausente
  • FC < 100bpm

Tempo máximo para começar VPP desde os passos inciais

  • 60 segundos (GOLDEN MINUTE)
136
Q

Ventilação com Pressão Positiva

  • Equipamentos
  • Freq da ventilação
  • Oxímetro
  • Alvo SatO2
  • Monitor cardíaco
  • Concentração de O2
  • Indicações de IOT na sala de Parto
A
  • Equipamentos: Balão autoinflável + ventilador mecânico + Máscara facial
  • Freq da ventilação: 40-60 ventilações/min… Aperta/solta/solta ou Ocluuui/solta/solta
  • Oxímetro: MSD no pulso radial
  • Alvo SatO2: 70-80% (<5min); 80-90% (5-10min); 85-95% (>10min de vida)
  • Monitor cardíaco: Sempre, se VPP, para monitorização da FC. 3 eletrodos (1 próximo a cada ombro, outro na coxa anterior)
  • Concentração de O2: Ar ambiente (RN ≥34sem) ou 30% (RN <34sem)
  • Indicações de IOT na sala de Parto: (1) VPP com máscara não efetiva ou prolongada; (2) Aplicação de massagem cardíaca; (3) Hérnia diafragmática
137
Q

Massagem cardíaca externa

  • Indicações
  • Local
  • Profundidade
  • Relação compressão:ventilação
  • Definição de Falha
  • Conduta na falha
A

Indicações:

  • FC < 60 bpm após 30 segs de VPP com técnica correta. IOT antes

Técnica:

  • Posição atrás da cabeça do RN, com os dois polegares/dois dedos no terço inferior do esterno; comprimindo 1/3 do diâmetro anteroposterior

Relação compressão:ventilação

  • 3:1 sempre (90 compressões/min x 30 ventilações/min)

Definição de Falha:

  • FC < 60 bpm após 60segs de massagem + VPP com cânula

Conduta na falha:

  • (1) Reavaliar técnica ventilação e massagem e permeabilidade VA;
  • (2) Adrenalina
138
Q

Drogas

  • Adrenalina
    • Diluição
    • Dose IV e endotraqueal
    • Repetição
  • SF0,9%
    • Dose IV
    • Indicações
A

Adrenalina

  • Diluição: 1:10.000= 0,1 mg/ml)
  • Dose IV e endotraqueal: 0,01-0,03 mg/Kg IV ou 0,05-1 mg/Kg endotraqueal
  • Repetição: Apenas IV, a cada 3-5 minutos

SF0,9%

  • Dose IV: 10ml/Kg; infundir lentamente
  • Indicações: Hipovolemia sem resposta da FC às outras medidas de reanimação
139
Q

Critérios do APGAR

A
  • Respiração: Ausente/irregular/regular ou choro
  • FC: Ausente/ <100 bpm/ >100 bpm
  • Tônus muscular: flácido/ flexão de extremidades/ movimentos ativos
  • Resposta ao cateter nas narinas: Ausente/ Caretas/ Tosse ou espirro
  • Cor: Cianose central ou palidez/ cianose de extremidades/ Róseo

Pontuação: 0 / 1 / 2 pontos

140
Q

Medidas após o nascimento

A
  • Identificar o RN: pulseira com nome do bebê e mãe
  • Levar RN à mãe: Colo materno, amamentar na 1ª hora
  • Prevenção oftalmia gonococócica: (1) Eritromicina 0,5%, (2)Tetraciclina 1%, (3) Nitrato de prata 1%; (4) Iodopovidona
  • Prevenção doença hemorrágica do RN: 1 mg IM de vitK
  • Vacina HepB: 0,5 mL IM primeiras 12h de vida
  • Transportar alojamento conjunto
  • Vacina BCG: Tão logo seja possível
141
Q

Exame do Crânio do RN

  • Fontanela Anterior
  • Fontanela Posterior
  • Bossa Serossanguinolenta
  • Cefaloematoma
  • Craniossinostose
A
  • Fontanela Anterior: Diâmetro de 1-3 cm, fecha aos 14-18 meses
  • Fontanela Posterior: Diâmetro de 0,5-0,7 cm, fecha aos 2 meses
  • Bossa Serossanguinolenta: Abaulamento do tecido subcutâneo, ultrapassando as linhas de sutura (hematoma subgaleal), devido ao edema por trauma do parto
  • Cefaloematoma: Hematoma subperiosteal pelo trauma do parto, não ultrapassa as linhas de sutura, risco de hiperbilirrubinemia
  • Craniossinostose: Fechamento prematuro das suturas, levando a deformidades
142
Q

Exame físico dos olhos do RN

  • Conjuntivite química
  • Conjuntivite gonocócica
  • Conjuntivite por Chlamydia trachomatis
A
  • Conjuntivite química: 6-12h após nascimento, causada por nitrato de prata, sendo autolimitada (até 48h)
  • Conjuntivite gonocócica: 2-5 dias após nascimento, com secreção purulenta e edema palpebral, tratada com ceftriaxone
  • Conjuntivite por Chlamydia trachomatis: 5-14 dias após nascimento, pouca secreção purulenta, tratada com eritromicina
143
Q

Exame abdominal do RN

  • Onfalocele
  • Gastrosquise
A
  • Onfalocele: Herniação na linha média, recoberta por saco peritoneal, com cordão umbilical inserido no centro da massa; associação com trissomias
  • Gastrosquise: Herniação à direita do umbigo, sem membrana peritoneal, com cordão umbilical no seu local anatômico,
144
Q

Avaliação da displasia de quadril no RN

  • Manobra de Barlow
  • Manobra de Ortolani
A
  • Manobra de Barlow: Polegar na região inguinal e 4° e 5° dedo no trocanter femoral. Com a coxa em adução, imprime uma força para trás induzindo a luxação
  • Manobra de Ortolani: mesma posição de Barlow. Faz-se a abdução da coxa com tração para frente do trocanter femoral, reduzindo a luxação. É positiva quando sentimos um clique do quadril.
145
Q

Paralisias braquiais do RN

  • Paralisia de Erb-Duchenne
  • Paralisia de Klumpke
A
  • Paralisia de Erb-Duchenne: Lesão 5° e 6° nervos cervicais. Postura fixa com membro superior aduzido (não abduz), rodado internamente (não roda externamente) e antebraço pronado (não supina), com reflexo de Moro ausente deste lado.
  • Paralisia de Klumpke: Lesão 7° e 8º nervos cervicais e 1° nervo torácico. Paralisia da mão ipsilateral e Síndrome de Horner ipsilateral (ptose + miose)
146
Q

Teste do Pezinho

  • Quando coletar?
  • Quais doenças são rastreadas?
A
  • Quando coletar: 3°-5° dia de vida
  • Quais doenças são rastreadas:
    • ​Hipotireoidismo congênito
    • Fenilcetonúria
    • Hemoglobinopatias (HbS e outras)
    • Fibrose cística
    • Hiperplasia adrenal congênita
    • deFiciência de biotinidase
147
Q

Teste do olhinho

  • Definição
  • Tecnica
  • Anormalidades encontradas
A
  • Definição: Pesquisa do reflexo vermelho
  • Tecnica: Observação do reflexo vermelho pelo oftalmoscópio a 45cm (um braço) do bebê
  • Anormalidades encontradas: Pontos pretos, assimetria ou leucocoria (reflexo branco pupilar)
148
Q

Teste da Orelhinha

  • Objetivo
  • Técnica
  • Conduta se alterado
A
  • Objetivo: Avaliar o sistema auditivo pré-neural (Cóclea e sistema de condução)
  • Técnica: Emissões otoacústicas Evocadas (OEA) e captação do seu eco
  • Conduta se alterado: Repetir em 3 meses
149
Q

Teste do coraçãozinho

  • Objetivo
  • Tempo para realizar
  • Técnica
  • Resultado normal
  • Conduta se alterado
  • Conduta final
A
  • Objetivo: Rastreio de cardiopatias canais dependentes em RN > 34s
  • Tempo para realizar: 24-48h
  • Técnica: Oximetro em m. superior direito (pré-ductal) e m. inferior (pós-ductal)
  • Resultado normal: (1)SatO2 ≥95% em ambas medidas; (2) Diferença < 3%entre Ms e Mi
  • Conduta se alterado: Repetir em 1h
  • Conduta final: Eco em até 24h se os dois testes alterados
150
Q

Clínica da Sífilis congênita precoce (<2 anos)

A
  • Pele e mucosas: Pênfigo palmoplantar e rinite serosanguinolenta
  • Lesões ósseas: (1) Ostecondrite (metáfise radiolucente + dor a manipulação - Pseudoparalisia de Parrot); (2) Periostite (Espessamento extenso e bilateral da diáfise - sinal do duplo contorno)
  • Hematológico: Hemólise com Coombs direto negativo, trombocitopenia e leucopenia ou leucocitose
  • Nervoso: Meningite (LCR com ↑linfócitos, ↑proteínas, VDRL+)
  • Oculares: Coriorretinite (Sal e pimenta), glaucoma, catarata, uveíte..
151
Q

Clínica Sífilis Congênita Tardia (>2anos)

A
  • Bossa frontal (Fonte olímpica)
  • Sinal de Higoumenáki: espessamento da junção esternoclavicular
  • Tíbia em sabre: Arqueamento da porção média da tíbia
  • Dentes de Hutchinson e molares em amora
  • Face: Maxilar curto, nariz em sela, rágades
  • Articulação de Clutton: Derrame articular estéril nos joelhos
  • Ceratite intersticial
152
Q

Sífilis

  • Tratamento da Gestante
  • Critérios de tratamento adequado da Gestante
  • Conduta inicial no RN de mãe com sifilis não/inadequadamente tratada
  • Conduta no RN com LCR alterado
  • Conduta no RN com alteração clínica, sorológica, hematológica ou radiológica
  • Conduta no RN com exames todos negativos assintomático
  • Conduta inicial no RN de mãe com sifilis adequadamente tratada (RNmsat)
  • Conduta no RNmsat com alteração clínica ou VDRL > materno em 2 diluições
  • Conduta no RNmsat assintomático e VDRL ≤ materno
  • Conduta no RNmsat assintomático e VDRL não reagente
A

Tratamento da Gestante

  • 1ª, 2ª ou latente recente: Penicilina G Benzatina 2.400.000 UI IM, em DU
  • 3ª, latente tardia ou ignorada: Penicilina G Benzatina 2.400.000 UI IM 1x/sem por 3 semanas

Critérios de tratamento adequado da Gestante

  • Uso da Penicilina Benzatina
  • Início do tratamento até 30 dias antes do parto
  • Esquema terapêutico de acordo com estágio clínico, com respeito do tempo entre doses
  • Avaliação quanto ao risco de reinfecção
  • Queda do VDRL em 2 diluições em 3 meses ou 4 diluições em 6 meses

Conduta inicial no RN de mãe com sifilis não/inadequadamente tratada

  • VDRL, hemograma, radiografia dos ossos longos
  • Avaliação do Líquor: VDRL, proteínas e celularidade
  • Extra: TGO/TGP, eletrólitos, avaliação oftalmológica e audiológica

Conduta no RN com LCR alterado

  • Penicilina G cristalina 50.000 UI/Kg/dose IV por 10 dias (12/12h nos primeiros 7 dias; 8/8h a partir do 8ª dia)

Conduta no RN com alteração clínica, sorológica, hematológica ou radiológica

  • Penicilina G procaína 50.000 UI/Kg/dose 1x/dia por 10 dias ou
  • Penicilina G cristalina 50.000 UI/Kg/dose IV por 10 dias

Conduta no RN com exames todos negativos assintomático

  • Penicilina G Benzatina 50.000 UI/Kg IM em dose única + seguimento
  • Sem seguimento: Tratar por 10 dias com a procaína ou cristalina

Conduta inicial no RN de mãe com sifilis adequadamente tratada (RNmsat)

  • VDRL em todos os casos

Conduta no RNmsat com alteração clínica ou VDRL > materno em 2 diluições

  • Hemograma, radiografia de ossos longos e avaliação liquórica; e
  • Penicilina G cristalina/procaína 50.000 UI/Kg/dose IV por 10 dias

Conduta no RNmsat assintomático e VDRL ≤ materno

  • Acompanhamento clínico
  • Sem seguimento: Tratar com a procaína, cristalina ou Benzatina

Conduta no RNmsat assintomático e VDRL não reagente

  • Acompanhamento clínico
  • Sem seguimento: Tratar com penicilina G benzatina em dose única
153
Q

Tríade clássica de Sabin para Toxoplasmose congênita

A
  • Coriorretinite
  • Calcificações intracranianas difusas
  • Hidrocefalia
154
Q

Clínica da Rubéola congênita

A
  • CIUR
  • Catarata
  • PCA e estenose da artéria pulmonar
  • Surdez bilateral ou isolada
  • DM tipo 1
155
Q

CMV

  • Clínica
  • Diagnóstico de CMV congênito
  • Tratamento
A
  • Clínica: Surdez neurossensorial, coriorretinite e calcificações intracranianas periventriculares
  • Diagnóstico de CMV congênito: PCR na urina ou saliva antes da 3ª semana de vida
  • Tratamento: Ganciclovir 6 mg/kg/dose 12/12h IV por 6 semanas
156
Q

Zikavírus no RN

  • Tempo para aferição da circunferência da cabeça do RN
  • Definição de microcefalia
  • Exames indicados no RN com microcefalia
  • Achado mais específico para ZIKA na neuroimagem
A
  • Tempo para aferição da circunferência da cabeça do RN: 24h (máximo de 48h)
  • Definição de microcefalia: PC de RN a termo < 30,24cm (meninas) e 30,54 cm (meninos)
  • Exames indicados no RN com microcefalia: USG-transfontanela; TC sem contraste
  • Achado mais específico para ZIKA na neuroimagem: Calcificação subcortical
157
Q

Doença da Membrana Hialina

  • Fisiopatologia
  • Fatores de risco
  • Fatores de proteção
  • Clínica
  • Raio-x
  • Tratamento imediato
  • Indicações de VMI
  • Indicações de surfactante
A
  • Fisiopatologia: ↓Surfactante pulmonar, levando ao colapso alveolar na expiração
  • Fatores de risco: RN<34s; asfixia; masculino; DM materno; Gemelar
  • Fatores de proteção: DHEG; RPMO; Corticoide antenatal na mãe
  • Clínica: Dispneia progressiva na sala parto e piora nas primeiras 24h
  • Raio-x: Reticulogranular difuso com broncograma aéreo; vidro moído/fosco
  • Tratamento imediato: CPAP nasal + ATB

Indicações de VMI

  • pH <7,2 e/ou PCO2 ≥60mmHg;
  • SatO2<90% com FiO240-70% e CPAP 5-10 cmH2O;
  • Apneia persistente

Indicações de surfactante:

  • VMI com FiO2 >30-40%
158
Q

Taquipneia transitória do RN

  • Fisiopatologia
  • Fatores de risco
  • Clínica
  • Radiografia
  • Conduta imediata
A

Fisiopatologia

  • Retardo na absorção do líquido pulmonar

Fatores de risco

  • Cesariana eletiva sem trabalho de parto;
  • Outros: asfixia perinatal, masculino, macrossomia, asma materna…

Clínica

  • Taquidispneia, com necessidade de suporte ventilatório, com resolução de 12-24-72h

Radiografia

  • Hiperinsuflação pulmonar;
  • Hilo congesto, com condensações lineares (estrias) e derrames cissural

Conduta imediata

  • Oxigenioterapia por campânula nasal ou CPAP (O2 até 40%)
159
Q

Síndrome da Aspiração Meconial

  • Fisiopatologia
  • Fatores de risco
  • Clínica
  • Radiografia
  • Conduta
A

Fisiopatologia

  • Aspiração do mecônio eliminado intraútero por asfixia, causando obstrução, pneumonite química e possível infecção bacteriana secundária.

Fatores de risco

  • Asfixia em RN a termo ou pós-termo

Radiografia

  • Infiltrado grosseiro e difuso
  • Areas de hipotransparência e hiperinsuflação (Obstrução)
  • Enfisema intersticial e pneumotórax

Conduta

  • Suporte ventilatório: CPAP ou VMI
  • ATB: Ampicilina + Aminoglicosídeo
  • Surfactante: Contraditório
160
Q

Apneia no RN

  • Definição
  • Fisiopatologia Apneia
  • Conduta
A

Definição

  • (1) Pausa respiratória >20s
  • (2) Pausa respiratória de qualquer duração + FC < 100bpm ou cianose

Fisiopatologia

  • Apneia central: Imaturidade do centro respiratório, sem movimentos torácicos
  • Apneia obstrutiva: Movimentação torácica presente, mas fluxo interrompido por obstrução nasal, faríngea ou flexão de pescoço
  • Apneia mista: Ambos os mecanismos acima,

Conduta

  • Posicionamento do RN: Extensão da cabeça+ coxim sob ombros
  • Estímulo tátil
  • Casos graves/refratários: CPAP nasal; Aminofilina/teofilina/cafeína
161
Q

Pneumonia/Sepse neonatal

  • Precoce x Tardia
  • Fatores de risco
  • Leucograma/cultura
  • Tratamento Precoce/tardia
A

Precoce x Tardia

  • Precoce: <48h de vida, durante o parto (GBs, E. coli, enterobactérias)
  • Tardia: >48h de vida, infecção nosocomial/comunidade (Estafilo, gram-negativos)

Fatores de risco

  • Bolsa rota prolongada > 18h
  • ITU materna
  • Corioaminionite materna
  • Colonização materna por GBS
  • Prematuridade

Leucograma/cultura

  • Leucograma: Neutrofilos imaturos e totais (I/T ≥ 0,2)
  • Cultura: sangue, liquor e urina

Tratamento Precoce/tardia

  • Precoce: Ampicilina + aminoglicosídeo
  • Tardia: De acordo com a suspeita
162
Q

Icterícia Fisiológica

  • 4 mecanismos
  • A custa de que?
  • Aparecimento RN a termo e prematuro
  • Desaparecimento RN a termo e prematuro
  • Pico da Bilirrubina RN a termo e prematuro
A
  • 4 mecanismos: ↓Sobrevida da HbF; ↓Captação hepática; ↓Glicuroniltransferase (↓Conjugação hepática); ↑Circulação entero-hepática
  • A custa de que? Bilirrubina indireta
  • Aparecimento RN a termo e prematuro: 2-3º e 3-4º dias, respectivamente
  • Desaparecimento RN a termo e prematuro: 4-5º e 7-9º dias, respectivamente
  • Pico da Bilirrubina RN a termo e prematuro: 10-12 mg/dL (2-3dias) e 15 mg/dL (6-8dias), respectivamente
163
Q

Fatores de risco para Icterícia grave em RN ≥ 35s

  • FR Maiores
  • FR Menores
A

FR Maiores

  • BT na zona de alto risco no gráfico antes da alta hospitalar
  • Icterícia antes das 24h
  • Hemólise (Incompatibilidade ABO, Rh e outras)
  • IG entre 35-36s
  • Irmão com icterícia tratado com fototerapia
  • Cafeloematoma ou equimoses
  • Aleitamento materno exclusivo (Má amamentação e perda ponderal excessiva)
  • Etnia asiática

FR Menores

  • BT na zona de risco intermediária-alta no gráfico antes da alta hospitalar
  • IG entre 37-38s
  • Ictéricia antes da alta hospitalar
  • Irmão com icterícia neonatal
  • Macrossomia ou mãe diabética
  • Idade materna > 25 anos
  • Sexo masculino
164
Q

Quando pensar que a icterícia não é fisiológica?

A
  • Icterícia nas primeiras 24-36h de vida
  • Aumento de BT > 5mg/dL nas 24h
  • BT > 12 mg/dL em RN a termo ou 10-14 mg/dL em prematuros
  • Icterícia persistente ( > 8 dias em RN a termo e 14 dias em prematuros)
  • Bilirrubina direta > 2mg/dL ou sinais de colestase (Acolia e colúria)
  • Associação com outras alterações clínicas (Hepatomegalia, palidez…)
165
Q

Diagnóstico Icterícia nas primeiras 24h - Hemólise

  • Incompatibilidade Rh
  • Incompatibilidade ABO
  • Outras doenças hemolíticas
A

Incompatibilidade Rh

  • ​Mãe: Rh negativa com Coombs indireto positivo
  • RN: Rh positivo com Coombs direto positivo

Incompatibilidade ABO

  • Forma mais frequente
  • Mãe: Mais comumente O
  • RN: A ou B, com Coombs direto positivo ou negativo

Outras doenças hemolíticas

  • Deficiência de G6PD, esferocitose hereditária..
  • Coombs direto sempre negativo
166
Q

Icterícia associada a Amamentação

  • Icterícia do Aleitamento materno
  • Icterícia do Leite Materno
A

Icterícia do Aleitamento materno

  • Forma precoce: Má alimentação, ↓transito intestinal e ↑circulação entero-hepática
  • Clínica: Perda ponderal excessiva, choro, inquietação…

Icterícia do Leite Materno

  • Forma tardia (>1s de vida): Devido a substâncias do leite materno
  • Tratamento: Suspender amamentação por 48h em casos graves
167
Q

Icterícia por Atresia de Vias Biliares

  • a custa de que?
  • Exames complementares
  • Tratamento
A

a custa de que?

  • ↑ de BDireta entre 2ª-6ª semana de vida : é uma urgência

Exames complementares

  • USG de Vias biliares: Sinal do cordão triangular
  • Cintilografia hepatobiliar: Captação hepática, sem excreção intestinal do radiofármaco
  • Biópsia hepática: Diferencia AVBEH de hepatite neonatal idiopática
  • Colangiografia: Define diagnóstico definitivo

Tratamento

  • Cirurgia de Kasai: Portoenterostomia antes das 8 semanas de vida
168
Q

Tratamento Icterícia

A
  • Fototerapia
  • Exsanguíneotransfusão

Obs1: Usados somente nos casos de ↑bilirrubina INDIRETA

Obs2: A indicação de tratamento é definida conforme um gráfico

Obs3: Na fototerapia, o bb tem que usar proteção ocular