Infectologia Flashcards
PAC: indicações de tratamento ambulatorial
- CURB-65 < 2 ou CRB < 1
- Sem comorbidades descompensadas
- SatO2 > 90%
- Pneumonia não multilobar
- Sem limitações psicossocial
- Via oral disponível
Exame físico consolidação pulmonar
- Som bronquial (sopro tubário)
- Aumento FTV
- Broncofonia
- Pectorilóquia
Avaliação da necessidade de UTI na PAC
- Critérios maiores
- Critérios menores
- Indicação de necessidade
Maiores:
- Choque Circulatório
- Necessidade de VM
Menores:
- PaO2/FIO2 < 250
- PAS < 90 mmHg
- PAD < 60 mmHg
- Envolvimento multilobar
Indicação: 1 maior ou 2 menores
PAC: Fatores de risco para pneumococo resistente
- < 2 anos ou > 65 anos
- Uso de B-lactamico < 3 meses
- Comorbidades
- Doença imunossupressora ou neoplasia
- Asplenia
- Crianças em creche
Tratamento ambulatorial PAC
- Sem FR pneumococo resistente
- Com FR pneumococo resistente
- Sem FR: B-lactâmico ou macrolídeo ou doxiciclina
- Com FR: Quinolona respiratória ou (Macrolídeo + B-lactâmico)
Tratamento PAC enfermaria
Quinolona respiratória ou (macrolídeo + B-lactâmico)
Quem é o paciente que tem risco de pseudomonas na PAC grave?
- Doença pulmonar (Bronquiectasia ou fibrose cística)
- DPOC exarcebado
- Uso prévio de ATB ou corticoide
- Neutropenia
Tratamento PAC grave (UTI)
- Sem risco de pseudomonas
- Com risco de pseudomonas
- Sem risco: B-lactâmico + (Quinolona ou macrolídeo)
- Com risco: B-lactâmico com ação antipseudomona + Quinolona (respiratória + cipro)
Representantes de cada classe dos antibióticos usados na PAC
- B-lactâmicos
- Quinolonas respiratórias
- B-lactâmicos antipseudomonas
- Macrolídeos
- Penicilinas (amoxi, ampicilinas…) + cefaloporinas (ceftriaxone, cefotaxima…)
- Moxi, gemi e levofloxacina
- Tazocin, cefepime, imipenem, meropenem…
- Azitro, claritro e eritromicina
Manutenção do ATB na PAC ambulatorial
- Até 3 dias sem febre
- Mycoplasma ou Clamídia? Sempre por 14 dias
Indicações de controle radiológico na PAC
- Fumantes > 50 anos
- Persistência dos sintomas
- Achados anormais no exame físico
Obs: 4-8 semanas após
Objetivos da procalcitonina na PAC
- Determina necessidade de ATB
- Autoriza suspensão da ATB com segurança
Duas principais complicações da PAC
- Derrame parapneumônico
- Abscesso pulmonar
Germes mais comuns envolvidos no derrame parapneumômico
Pneumococo, klebsiela, aureus e pyogenes
Indicações de drenagem no derrame paraneumônico
- Líquido purulento
- Positividade no Gram ou cultura
- pH<7,2 ou glicose <40-60
- Derrame loculado
- Derrame > 1/2 hemitórax
- Espessamento de pleura parietal (sinal split sign)
ATB os derrames complicados ou empiema pleural
- Penicilinas( Amoxi-clavulanato, ampicilina-sulbactam, tazocin)
- Imipenem/meropenem
- Ceftriaxone + clindamicina
- Ceftriaxone + metrodinazol + oxacilina
Métodos de drenagem do empiema livre ou loculado
- Livre: Toracosomia fechada em selo d’água
- Loculado: Tc de Tórax e lise das aderências (estreptoquinase intrapleural, videotoracoscopia ou toracotomia)
Tratamento para abscesso pulmonar (cavitação > 2 cm)
- Clindamicina 600 mg IV 8/8h por 7-10 dias, seguido de 150-300 mgVO 6/6h até resolução (mínimo de 3 semanas)
- Alternativas: Metronidazol +PenicilinaG ou Amoxi-clavulanato
Indicação cirúrgica do abscesso pulmonar (lobectomia ou drenagem percutânea guiada por Tc)
- Resposta inadequada ao ATB (obstrução, empiema ou germe atípico)
- Neoplasia
- Hemoptise refratária
Particularidades agentes PAC: pneumococo
- Quadro típico
- Resistência por mutação (PBP)
- Só dobrar a dose do ATB, não precisa de inibidor de B-lactamase
Particularidades agentes PAC: H. influenzae
- Gram negativo
- Crianças 3-5 anos e DPOC
- Resistência por produção de B-lactamase
Particularidades agentes PAC: M. catarrahalis
- Gram negativo
- Paciente com DPOC + corticoide > 3 meses
Particularidades agentes PAC: K. pneumoniae
- Pneumonia de lobo pesado (Friedlander)
- Bastonete gram negativo
Particularidades agentes PAC: Estafilo
- Pós-influenza, usuários de drogas IV, pós-impetigo
- Faz derrame e pneumatocele (mais que pneumoco)
Particularidades agentes PAC: Aspirativa
- Anaeróbios
- Pacientes com FR de broncoaspiração
- Mais comum em HTD, posterior do lobo superior e superior do lobo inferior
- ATB de escolha: Clindamicina
- DDx: Sd de Mendelson (Pneumonite química)
Particularidades PAC: Mycoplasma pneumoniae
- IVAS com piora da tosse
- Manifestações extrapulmonares: Anemia hemolítica automine por IgM; Miringite bolhosa; Eritema multiforme Major (sd de Stevens-Jonhson); Fenômeno de Raynaud, dentre outras
Como é a evolução do contágio até AIDS? e qual o principal indicador para evolução de HIV até AIDS?
- Transmissão, infecção, CD4+ ativados, replicação, equilíbrio, AIDS
- Set point: Quanto maior, maior chance de AIDS
Quais as consequências da Ativação imunoinflamatória exagerada no HIV?
- ↑ substrato para replicação viral
- Sinergismo com outras infecções (TB/malária)
- Sd do envelhecimento exagerado (DM, HAS, Aterosclerose, câncer…)
- fenômenos autoimunes (Hipergamaglobulinemia policlonal
Após infecção, em quanto tempo pode ser encontrado o HIV-RNA e o anti-HIV?
- HIV-RNA: 10 dias
- Anti-HIV: 4 semanas
Qual a forma de apresentação clínica do HIV, na fase aguda e na fase assintomática?
- Aguda: Mononucleose-like
- Assintomática: Linfadenopatia generalizada
Formas de diagnóstico laboratorial de HIV
- 2 testes rápidos
- Imunoensaio + Teste molecular
- Imunoensaio + (WB ou IB ou IBR)
- < 18 meses: Carga viral
Definição laboratorial de AIDS
Infecção pelo HIV + CD4< 350 cel/mm3
Definição CLÍNICA de AIDS em pacientes HIV+
- Fungos (cândida esofágica, Pneumocistose)
- Vírus (CMV além de fígado, baço, linfonodo; JC; Herpes > 1 mês)
- Neoplasias (Kaposi, não-hodgkin)
- Parasita (Neurotoxo, chagas agudo, micobacteriose disseminada)
Objetivo do tratamento para HIV e drogas utilizadas por classes
- Objetivo: carga viral negativa em 6 meses
- Inibidores TR: Tenofovir (TDF), lamivudina (3TC), Efavirenz (EFV) e Zidovudina (AZT)
- Inibidores Integrase: Dolutegravir (DTG)
- Inibidores protease: Atazanavir/Ritonavir (ATV/r)
Esquemas utilizados contra HIV no Brasil: Padrão, intolerantes ao DTG, especial (TB grave e gestante)
- Padrão: TDF + 3TC +DTG
- Intolerantes DTG: TDF+ 3TC + EFV
- Especial: TDF + 3TC + RAL
TB grave: CD4 < 100, infecção oportunista, TB disseminada e internação
PEP no HIV: Indicações, esquema e tempo de início
- Indicações: exposto HIV negativo + fonte HIV positivo ou desconhecido
- Esquema: TDF + 3TC + DTG
- Tempo: ideal de 2h, máximo de 72h após exposição
PREP no HIV: indicações, critérios, esquema e tempo para efeito
- indicações: HSH, transexuais, profisionais do sexo, casais sorodiscordantes
- Critérios: sexo sem preservativo > 6 meses, IST’s, uso repetido de PEP, sexo com HIV+ sem preservativo
- Esquema: TDF + FTC (eritricitabina)
- Tempo para efeito: 7 dias (relação anal) e 20 dias (relação vaginal)
Conduta geral HIV na mãe e no RN no momento e após o parto
- Mãe: TARV, cesariana eletiva e AZT até ligadura do cordão (se CV>1000 cópias)
- RN: AZT após 4h até 4 semanas; SMX-TMP a partir da 4 semana até definir dx (profilaxia pneumocistose); e associar NVP ao nascer, 48h e 6º dia (Mãe sem TARV, CV > 1000 ou desconhecida)
Prevenção doenças oportunistas no HIV: indicações e ação
- Vacinas
- Pneumocistose
- Neurotoxoplasmose
- M. avium
- Tb Latente
- Vacinas: CD4>200; vacina antipneumocócica
- Pneumocistose: CD4<200, candidíase oral, febre > 2 sem ou linf < 15%; SMX-TMP
- Neurotoxoplasmose: IgG positivo e CD4 < 100; SMX-TMP
- M. avium: CD4<50 Macrolídeo + Etambutol
- Tb Latente: PPD > 5 mm; Isoniazida
Meningite criptocócica no HIV:
- Diagnóstico:
- Cuidado pré-punção para LCR:
- Achados LCR:
- Tratamento:
- Profilaxia secundária:
- testes específicos: LCR com tinta nanquim ou da china; antígeno criptocócico na prova do látex; cultura
- Cuidado pré-punção para LCR: realizar Tc de crânio antes (HIC)
- Achados LCR: ↑ Pressão LCR, ↑LMN, ↑PTN, ↓Glicose
- Tratamento: Anfo B 2-3 semanas, seguida de fluconazol 8-10 sem, + Punções de alívio (se P> 25cmH2O
- Profilaxia secundária: Fluconazol 200 mg/dia até CD4 >100-250 por 6 meses após fim do tratamento
Neuroimagem no HIV:
- Neurotoxo
- Leucoencefalopatia multifocal progressiva
- Linfoma primário do SNC
- Neurotoxo: Lesões cortex/gânglios da base, com edema perilesional e reforço pós-contraste em forma de anel
- Leucoencefalopatia multifocal progressiva: Lesão na substância branca, sem efeito de massa e sem realce pós-contraste,
- Linfoma primário do SNC: Lesão na substância branca do lado dos ventrículos, com fraco reforço pós-contraste,
Déficts focais no paciente com HIV: Linfoma primário
- Suspeita
- Vírus relacionado
- Achados laboratoriais
- Achado radiológico
- Conduta
- Suspeita: Não melhora após 14 dias de tratamento para neurotoxo
- Vírus relacionado: Vírus Epstein-Barr
- Achados laboratoriais: CD4<50 + LCR com PCR+ para EBV
- Achado radiológico: RM com lesão única
- Conduta: Manter TARV
Leucoencefalopatia multifocal progressiva no HIV:
- Vírus relacionado
- Achado radiológico
- Conduta
- Vírus relacionado: Vírus JC
- Achado radiológico: Hiperintensidade em T2
- Conduta: Manter TARV
Principal causa de lesão neurológica difusa na AIDS?
Tríade diagnóstica?
Conduta
- Encefalopatia pelo HIV ou Complexo demencial da AIDS (IRREVERSÍVEL)
- Deficiencia cognitiva + alterações de comportamento + déficits motores
- Manter TARV
Endocardite infecciosa:
- principais agentes
- Agentes no usuários de drogas IV
- Valvas acometidas
- Conduta se o agente for S. bovis
- principais agentes: Aguda (S. aureus); Subaguda (S. viridans, enterococus, S. bovis, fungos)
- Agentes no usuários de drogas IV: Aguda (S.aureus); Subaguda (Cândida)
- Valvas acometidas: Geral (Aórtica/mitral); Usuários de drogas IV (tricúspide)
- Conduta se S. bovis: Colonoscopia (↑Ca de Colón)
Critérios maiores e menores da Duke University para EI
Maiores:
- Hemocultura +: 2 amostras ou 1 amostra/ IgG Coxiella Burnetti
- Evidência de lesão valvar: ECO ou novo sopro
Menores:
- Febre
- Predisposição EI: Usuários de drogas IV, lesão cardíaca, prótese valvar…
- Fenômeno vascular: AVE, infarto, hemorragia, lesões de Janeway
- Fenômeno imunológico:GN, FR+, nódulos de Osler e manchas de Roth
- Fenômeno biológico: Infecção sem preencher critério maior
Diagnóstico: 2 maiores; ou 1 maior e 3 menores; ou 5 menores
Tratamento EI
- Valva nativa
- Prótese valver < 1 ano
- Prótese valver > 1 ano
- Usuários de drogas IV
- Valva nativa: Oxacilina, penicilina ou gentamicina
- Prótese valver < 1 ano: Vancomicina + gentamicina + Rifampicina VO
- Prótese valver > 1 ano: = valva nativa
- Usuários de drogas IV: Vancomicina + gentamicina
Indicações de Valvoplastias na EI
- ICC + disfunção valvar
- Prótese instável
- Endocardite fúngica
- Toxemia/febre > 5-7 dias
- Vegetação móvel > 10 mm
Canditados a profilaxia para EI pré-procedimentos selecionados
- EI prévia
- Válvulas artificiais
- Transplantados cardíacos com valvulopatia
- Algumas cardiopatias congênitas
- Sem reparo: só as cianóticas
- Reparo parcial: resto da vida
- Reparo total: Só até 6 meses após cirurgia
Procedimentos indicativos de profilaxia para EI em pacientes pré-selecionados
- Dentários: manipulação gengival, ou periapical dos dentes, ou perfuração de mucosa
- Otorrinolaringológicos: Amigdalectomia, adeniectomia e biópsia de mucosa
Medicações usadas na profilaxia EI
- Amoxicilina 2g VO dose única 1h antes do procedimento
- IV: Ceftriaxone ou Ampicilina
- Alérgicos: Macrolídeos
Resultados na bacterioscopia no LCR (meningite)
- Diplococos Gram-
- Diplococos Gram+
- Bacilos Gram-
- Bacilos Gram+
- Diplococos Gram-: Meningococo
- Diplococos Gram+: Pneumococo
- Bacilos Gram-: Haemophilos
- Bacilos Gram+: Listeria
Principais agentes por idade na meningite
- Neonatos
- < 3 meses
- >3m e < 55 anos
- > 55 anos
- Após procedimentos/cirurgia
- Neonatos: E.coli, S. agalactiae, Listeria
- < 3 meses: Neonatos + pneumococo e Haemophilus
- >3m e < 55 anos: Pneumoco + meningoco
- > 55 anos, imunodeprimido, grávidas: Pneumococo, meningococo e Listeria
- Após procedimentos/cirurgia: S.aureus, pseudomonas, Enterobacterias e Listeria
Tratamento meningite por idade
- Neonatos
- < 3 meses:
- >3m e < 55 anos:
- > 55 anos, imunodeprimido, grávidas
- Após procedimentos/cirurgia:
- Neonatos: Cefotaxima + Ampicilina
- < 3 meses: Ceftriaxone + Ampicilina
- >3m e < 55 anos: Ceftriaxone (±Vancomicina)
- > 55 anos, imunodeprimido, grávidas: Ceftriaxone + Ampicilina (± Vancomicina)
- Após procedimentos/cirurgia: (Ceftazodima ou Cefepime) + Vancomicina + Ampicilina
Sobre o uso de dexametasona na meningite
- Indicações
- Posologia
- Indicações: Pneumococo ou Haemophilus
- Posologia: Iniciar antes do ATB, mantendo por 2-4 dias
Quando repetir punção lombar na meningite?
- Febre > 48h
- Causada por pneumoco (24-36h)
Principais complicações da meningite
- Convulsão devido a febre, meningoencefalite ou abscesso
- SIADH em até 60% dos casos
- Sd. Waterhouse-Friederich: destruição hemorrágica da adrenal por sepse meningocócica ou por pseudomonas
- Abscesso subdural (Pneumococo)
Quais são as indicações de solicitação de Tc antes da coleta do LCR (Maior risco de Herniação)?
- Convulsão
- Papiledema
- Déficit focal
- Paciente imunodeprimido
Resultados LCR x Agentes provável
- ↑PMN + ↓Glicose
- ↑ PMN + Glicose normal
- ↑LMN + ↓Glicose
- ↑LMN + Glicose normal
- ↑PMN + ↓Glicose: Infecção bacteriana
- ↑ PMN + Glicose normal: Caxumba ou infecção bacteriana
- ↑LMN + ↓Glicose: Fungo ou TB
- ↑LMN + Glicose normal: Herpes, TB ou leptospirose
Profilaxia pós-exposição meningite
- Agentes indicados
- Indivíduos indicados
- Condições de inclusão
- Drogas usadas
- Papel da vacinação de bloqueio
- Agentes indicados: Meningococo e Haemophilus
- Indivíduos indicados: Contatos familiares/íntimos e profissionais da saúde
- Condições de inclusão: Contato ≥ 4h por 5-7 dias; Procedimentos sem máscara (IOT, aspiração, fundoscopia, oroscopia)
- Drogas usadas: Rifampicina 600 mg 12/12 2 dias; Ceftriaxone 250mg IM dose única (grávidas); Ciprofloxacino 500-750mg dose única
- Papel da vacinação de bloqueio:Surtos e epidemias
Denifição de caso suspeito na dengue:
Febre 2-7 dias + 2 manifestações:
- Problemas
- Prova do laço positiva
- Leucopenia
- Criança sem foco infeccioso aparente
Sinais de alarme Dengue
- Dor abdominal ou hepatomegalia dolorosa
- Sangramento (mucosa, melena, hematêmese)
- Queda do HT, plaquetas, diurese ou temperatura
- Vômitos persistentes, hipotensão postural, lipotímia
- Sonolência/irritabilidade; Desconforto respiratório
- Serosite (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico)
Condições clínicas especiais na Dengue
- < 2 anos, > 65 anos, gestantes
- HAS, ICC, DM, DPOC… descompensadas
- Doenças hematológicas, DRC e autoimunes
- Risco social
Sinais de gravidade na Dengue
- Choque: ↑FC, ↑FR, oligúria, PA convergente (<20 mmHg), ↓PA…
- Sangramento grave
- Comprometimento grave de orgãos: Hepatite, Encefalite, miocardite
Prova do Laço na Dengue
- Como faz?
- O que o faz ser positivo?
- Insuflar manguito até (PAS+PAD)/2, por 3 (crianças) ou 5 (adultos) minutos, e fazer □ de 2,5x2,5 cm onde tem ↑ petéquias.
- Positivo se:
Definição dos grupos na Dengue
A, B, C, D
A: Nada
B: Condição clínica especial
C: Só sinais de alarme
D: Com sinais de gravidade
Conduta para cada grupo na Dengue
A: Hidratação VO 60 ml/kg/dia, sendo 1/3 com solução salina
B: Hidratação do grupo A + hemograma
C: Hidratação EV 20 ml/kg em 2h até 3x para melhora clínica. Manutenção 1 fase de 25 ml/kg em 6h e 2 fase 25ml/kg em 8h (1/3 SF + 2/3 SG)
D: Hidratação EV 20 ml/kg em 20 min até 3x para melhora clínica. Se melhora, retornar ao grupo C. Se não, realizar albumina, hemácias, plasma, vit k…
OBS: C e D = internação
Critérios de alta hospitalar na Dengue
- Estabilização hemodinâmica durante 48h
- Ausência de febre por 48h
- Melhora do quadro clínico
- Ht normal e estável por 24h
- Plaquetas em elevação e > 50.000
Sobre o Chikungunya…
Igual à Dengue, com mais poliartralgia e convulsão (rara)
Sobre o Zika…
80% assintomáticos
20% sintomáticos: febre baixa, hiperemia conjuntival não purulenta e rash
Complicações: Microcefalia e Sd de Guillain-Barré
Mosquito transmissor da Febre Amarela no ciclo urbano e no Silvestre
- Urbano: Aedes
- Silvestre: Haemagogus
Clínica da Febre Amarela
Autolimitada (90%): Dengue + Sinal de Faget (Dissociação pulso-temperatura)
Grave (10%): Disfunção hepatorrenal (Icterícia + hemorragia+ oligúria)
Profilaxia Febre Amarela
- Dose
- Indicações
- Vacina dose única para o resto da vida
- Indicações: 10 dias antes dum deslocamento para area de risco ou residente de area de risco > 9 meses de idade
Qual a clínica da Leptospirose
- Anictérica (90%): Febre + sufusão conjuntival + dor em panturrilhas
- Ictero-hemorrágica (10%): Sd. de Weil (Sd pulmão-rim + icterícia rubínica)
Achados laboratoriais inespecíficos da Leptospirose
- plaquetopenia
- ↑ CPK
- IRA com ↓ K
O que é a reação deJarisch-Herxheimer após tratamento da leptospirose?
- É a piora clínica após uso de ATB decorrente das endotoxinas liberadas pela morte das espiroquetas
- Febre, cefaleia, mialgia, exantema…
Teste padrão-ouro para Leptospirose…
Microaglutinação
Tratamento da Leptospirose…
- Leve: Doxiciclina 100 mg 12/12h ou Amoxicilina 500 mg 8/8h
- Grave: Penicilina G 1,5 milhão UI IV 6/6h ou Cef 3G
Patogênese da Febre Tifoide
Concentração S. typhi nas placas de Peyer
Clínica conforme a fase da Febre Tifoide
- Bacterêmica
- Hiperreativa
- Convalescença
- Bacterêmica: Diarreia ou constipação
- Hiperreativa: 2-3ª semana, com febre ≥ 40 °C, dor em FID e roséolas tifícas
- Convalescença: Desaparecimento dos sintomas
Complicações da Febre tifóide
- A mais comum
- A mais grave
- A que ocorre no anêmico falciforme
- A mais comum: Sangramento
- A mais grave: Perfuração intestinal
- A que ocorre no anêmico falciforme: Osteomielite
Qual a definição do portador crônico na febre tifóide?
Coprocultura positiva após 4 meses de tratamento
Como se faz o diagnóstico da febre tifóide?
- Fase Bacterêmica: Hemocultura (padrão-ouro) e Mielocultura (mais sensível)
- Demais fases: Coprocultura
Tratamento na Febre Tifoide
- Segundo o MS:
- Outros:
- No Portador Crônico:
- Indicações de corticoide:
- Segundo o MS: Cloranfenicol
- Outros: ceftriaxone, ciprofloxacina e Azitromicina
- No Portador Crônico: Cipro, amoxi ou SMX-TMP
- Indicações de corticoide: Formas graves (Choque/ alteração consciência)
Calazar (Leshmania Visceral):
- Agente
- Vetor
- Reservatório
- Agente: Leishmania Chagasi
- Vetor: Mosquito palha
- Reservatório: Cão e raposa
Clínica Calazar (Leshmania Visceral)
- Febre + Perda de peso
- Hepatoesplenomegalia gigante
- Pancitopenia + Hipoalbuminemia + Hipergamaglobulinemia policlonal
Diagnóstico de Calazar (Leshmania Visceral)
- Sorológico:
- Parasitológico:
- Reação de Montenegro:
- Sorológico: Teste rápido, IFI, ELISA, antígeno K39
- Parasitológico: Amastigota MO (mais usado) ou Punção esplênica (Mais sensível, com maior risco de sangramento)
- Reação de Montenegro: Geralmente é negativa, pela desnutrição e imunodepressão
Tratamento do Calazar (Leshmania Visceral)
Antimonial pentavalente (Glucantime) ou anfotericina B lipossomal (Casos selecionados de maior gravidade)
Quais as indicações de tratar o Calazar (Leshmania visceral) com Anfotericina B ao invés de Glucantime?
- Casos refratários
- < 1 ano ou > 50 anos ou gestantes
- Insuficiências (cardíaca, hepática ou renal)
- Imunodepressão
Quais os agentes causadores da Malária?
- O mais comum:
- O mais grave:
- O que tem febre quartã:
- O mais comum: Plasmodium vivax
- O mais grave: plasmodium Falciparum
- O que tem febre quartã: Plasmodium malariae
Qual a clínica da Malária?
Anemia hemolítica + crises febris causada por liberação maciça dos parasitas do interior das hemácias
Por que a malária por P. falciparum é mais grave?
- Alta parasitemia: Infecta todos os tipos de hemácias
- Disfunções orgânicas: Proteínas de aderênciae oclusão
- Hipoglicemia: Consumo pelo parasita
Diagnóstico de Malária
- Gota espessa
- Teste rápido
- Esfregaço de sangue periférico
Tratamento Malária
- Vivax: Cloroquina (3d) + Primaquina (7d)
- Falciparum: Artemeter (6d) + [Lumefantrina (coartem) ou mefloquina] (3d)
- Malária grave: Artemeter (6d) + Clindamicina (7d)
- Gestante: Não usar primaquina
Protozoários…quais os dois principais?
Entamoeba hystolítica e Giardia Lamblia
Local de parasitismo da Entamoeba e da Giardia?
Ameba: Colón
Giardia: Intestino delgado
Quadro clínico Ameba x Giardia
- Ameba: Diarreia baixa invasiva ou quadro crônico assintomático ou quadro fulminante (imunocomprometidos)
- Giardia: Diarreia alta não invasiva ou Sd diabsortiva
Diagnóstico de Ameba e Giardia?
Ameba: EPF com cistos (fezes)ou trofozoítos (diarreia)
Giardia: EPF ou aspirado duodenal
Tratamento Ameba e Giardia…
Ameba: Secnidazol dose única (leve); metronidazol 750 mg 3x/dia por 10 dias (persistente) ou Teclosan 5-10 dias (Persistente)
Giardia: Sec/metro/tinidazol ou Albendazol 5 dias
Abscesso Amebiano
- Apresentação
- Clínica
- Conduta
- Aoresentação: Lesão única em lobo direito do fígado
- Clínica: Jovem, dor QSD, febre e sinal de Torres-Homem (dor hepática à percussão)
- Conduta: Não drenar, tratar amebíase
Qual o achado de maior gravidade na giardíase?
Hipogamaglobulinemia por ↓ IgA
Representantes e tratamento dos nematelmintos
- Tratamento: Bendazol
- Representantes: Ascaridíase, Toxocaríase, Ancilostomíase, estrongilodíase, enterobíase e tricuríase
Agentes dos nematelmintos…
- Ascaridíase
- Toxocaríase
- Ancilostomíase
- Estrongilodíase
- Enterobíase
- Tricuríase
- Ascaridíase: Ascaris Lumbricoides
- Toxocaríase: Toxocara canis (Larva migrans visceral)
- Ancilostomíase: Ancylostoma duodenale e Necator americanus
- Estrongilodíase: Strongyloides stercoralis
- Enterobíase: Enterobius vermiculares
- Tricuríase: Trichuris trichiura
Ascaridíase…
- Clínica
- Diagnóstico
- Tratamento
- Clínica: Assintomática ou obstrução intestinal por bolo de ascaris ou Sd de Löeffler
- Diagnóstico: EPF
- Tratamento: Sem obstrução ( Bendazol ± Pamoato de Pirantel) ou com obstrução (Piperazina + óleo mineral. Após eliminação, bendazol)
Toxocaríase
- Clínica
- Diagnóstico
- Tratamento
- Clínica: EOSINOFÍLIA + quadro intestinal + Sd de Löeffler + Hepatomegalia + Ascite + Febre
- Diagnóstico: Sorologia (ELISA)
- Tratamento: Tiabendazol + corticoide
Ancilostomíase (Larva migrans cutânea)
- Clínica
- Diagnóstico
- Tratamento
- Clínica: Quadro intestinal + Sd deLöeffler + Anemia Ferropriva
- Diagnóstico: EPF
- Tratamento: Bendazol
Estrongiloidíase
- Clínica
- Diagnóstico
- Tratamento
- Clínica: Quadro intestinal + Sd de Löffler + Lesão cutânea + Sd ulcerosa + Sepse por autoinfestação (Gram negativo)
- Diagnóstico: EPF (Baermann-Moraes) com pesquisa de Larvas
- Tratamento: Tiabendazol ou Albendazol por 3 dias
Enterobíase
- Clínica
- Diagnóstico
- Tratamento
- Clínica: Prurido anal noturno + Corrimento vaginal na infância
- Diagnóstico: Fita gomada (de Graham)
- Tratamento: Bendazol
Tricuríase, qual a única coisa que precisa saber?
É causa de prolapso retal
Quais agentes são os platelmintos e qual o tratamento?
Agentes: Esquitossomose e Teníase
Tratamento: Praziquantel
Esquistossomose
- Local de parasitismo
- Animal do ciclo
- Destino dos ovos
- Local de parasitismo: Vasos mesentéricos
- Animal do ciclo: Caramujo Biomphalaria
- Destino dos ovos: Lúmen retal; parede do reto; corrente sanguínea
4 formas de apresentação clínica da esquistossomosse
- Dermatite cercariana: Coceira do nadador
- Forma aguda de Katayama: Febre + Hepatoesplenoadenomegalia
- Forma crônica granulomatosa: Hipertensão porta/pulmonar
- Sepse por Salmonella: infecção do parasita pela bactéria
Diagnóstico Esquistossomose
- Sorologia (Agudo)
- EPF (40 dias): ovoide pontiagudo
- Biópsia retal: ↑ Sensibilidade
Tratamento
- Esquistossomose
- Teníase
- Cisticercose
- Esquistossomose: Praziquantel + Oxamniquina
- Teníase: Praziquantel + Mebendazol/Albendazol
- Cisticercose: Praziquantel + Corticoide + Anticonvulsivante
Teníase e cisticercose
- Agentes
- Clínica
- Agentes: Taenia solium (porco) e saginata (vaca)
- Clínica teníase: Asintomático ± fome/emagrecimento
- Clínica Cisticercose: Convulsão, HIC, oftalmocisticercose
Defina Sd de Löeffler e sua tríade
definição: Manifestações pulmonares do Ciclo de Loss
Tríade: Tosse + infiltrado pulmonar migratório e eosinofilia
Quais agentes das parasitoses intestinais cursam com Eosinofilia?
S-A-N-T-A
- Strongyloides stercoralis
- Ancylostoma duodenale
- Necator americanus
- Toxocara canis
- Ascaris Lumbricoides
Quais agentes das parasitoses intestinais cursam com Anemia Ferropriva?
E-N-A
- Entamoeba hystolitica
- Necator americanus
- Ancylostoma duodenale