PDI Flashcards
Qual é natureza do desenvolvimento?
Cumulativo (nada se perde, tudo se transforma)
- Ordenada (com a evolução do ser, existe uma progressão na sua complexidade)
- Direcional
O desenvolvimento do individuo ocorre a vários níveis (social, emocional, cognitivo e físico) e é feito de um modo unitário, ou seja, as capacidades desenvolvem-se em simultâneo e interagem entre eles. Exemplo desta relação: autorregulação emocional e social afeta o domínio cognitivo.
Quais as etapas do desenvolvimento?
- Até ao nascimento
- 0- 3anos (Toddlerhood, 1ºinfância)
- 3-6 anos (pré-escolar, 2º infância)
- Terceira infância
- Adolescência
- Vida adulta (caracterizada por 3 fases, inicial, intermédia, tardia)
Objeto de estudo de PD?
- Estudo das fases/trajetórias de desenvolvimento humano
- Visão integrativa
- Ciência desenvolvimental
- Foco nas mudanças ao longo de diferentes períodos do desenvolvimento e em diversos domínios (mudanças fundamentais ocorrem nos primeiros anos de vida do indivíduo. Se alguma etapa no desenvolvimento do mesmo não ficar bem resolvida, irá resultar em consequências ou até mesmo perturbações na vida adulta)
- Importância do contexto
Quais os fatores de desenvolvimento?
Genética: conjunto de genes que fornecem potencial de desenvolvimento, contêm as diretrizes básicas para o desenrolar do desenvolvimento
História do desenvolvimento: mudanças que ocorreram previamente ao ponto de desenvolvimento que o indivíduo se encontra
Condições ambientais atuais: suporte do ambiente atual (nutrientes, inputs sensoriais, circunstâncias e desafios)
Família e pares têm uma forte influência a curto, médio e a longo prazo num determinado ser.
Qual é a diferença entre uma mudança qualitativa e quantitativa?
- Quantitativas: adição ou expansão de habilidades. Continuidade. Exemplo com a linguagem – em vez de o bebé dizer só uma palavra começa a dizer várias
- Qualitativas: reorganização de uma habilidade, tornando-se mais complexa. Descontinuidade (estádios). Exemplo com a linguagem – em vez de o bebé dizer apenas palavras começa a construir frases. Exemplo com a locomoção – gatinhar passa a andar.
O que é o desenvolvimento normativo e individual?
- Normativo: comportamento típico da maioria dos humanos
- Individual: variação da norma. Continuidade ao longo do tempo no percurso de desenvolvimento
Questões fundamentais de PD
Fontes de desenvolvimento: Como é que diferentes fatores interagem para produzir desenvolvimento?
Plasticidade: Até que ponto é que o desenvolvimento está aberto à mudança?
Ocorre durante o período sensível (janela temporal). O período sensível caracteriza-se por um período vulnerável no qual o sujeito está mais aberto para a aquisição de novas capacidades até por volta dos 7 anos (no qual uma determinada experiência ou ausência dela, tem um efeito mais pronunciado no organismo, do que se ocorrer num outro momento). Após o período sensível, a mudança torna-se mais difícil. Este período estabelece um limite à plasticidade. Logo, quanto maior este período, maior a plasticidade.
Plasticidade – grau e condições sob as quais o processo de desenvolvimento está aberto à mudança e intervenção
Continuidades/Descontinuidades: O desenvolvimento consiste numa acumulação ou transformação de habilidades?
Diferenças individuais: Como surgem as diferenças individuais e em que medida este desenvolvimento individual é estável?
Quais as teorias do desenvolvimento?
Grandes Teorias:
- Teorias Psicodinâmicas/Psicanalíticas (Freud e Erikson)
- Teorias Comportamentalistas /Behavioristas (John B. Watson e Edward Thorndike)
- Teorias Construtivistas (Jean Piaget)
- Teorias Socioculturais (Lev Vygotsky)
Teorias Modernas:
- Teorias Evolutivas (Darwin)
- Teorias da Aprendizagem Social (Bandura)
- Teoria Processamento da Informação
Teorias Sistémicas
- Dinâmicas
- Ecológicas
Explique as grandes teorias
Grandes Teorias:
- Teorias Psicodinâmicas/Psicanalíticas (Freud e Erikson)
São teorias de desenvolvimento psicológico e subjetivas na sua natureza. Retratam o inconsciente e o papel crucial do mesmo para o comportamento humano.
O ID, Ego e Superego são estruturas que representam o inconsciente segundo Sigmund Freud (pai da psicanálise).
ID – impulsos primitivos e instintos
Ego – self; formas apropriadas para expressar impulsos instintivos; é o que nos distingue dos outros seres vivos
Superego – consciência (foco interno); interiorização de regras e valores que governam o comportamento; desenvolvimento moral (última estrutura a ser desenvolvida)
Desenvolvimento psicossexual de Freud é realizada ao longo de 5 estádios. Resulta da satisfação da gratificação de impulsos básicos. A não resolução de um deste estádio irá originar uma fixação. Isto é, ansiedade intensa. O indivíduo procura reviver simbolicamente a gratificação que falhou.
Erikson teve um papel crítico das emoções e das relações sociais. Desta forma, em vez de criar 8 estádios psicossexuais (Freud), deu origem a 8 estádios psicossociais em que em cada fase existe uma crise por resolver.
- Teorias Comportamentalistas /Behavioristas (John B. Watson e Edward Thorndike)
Ocorre uma mudança de paradigma. Ou seja, uma ciência mais objetiva, pois centra-se no comportamento externo observável e as respetivas consequências segundo Watson.
Thorndike propôs a Lei do Efeito. Isto é, a repetição de comportamentos que produzem um comportamento favorável, ao contrário de comportamentos que produzem efeitos insatisfatórios.
- Teorias Construtivistas (Jean Piaget)
É a primeira teoria que tem em conta o desenvolvimento cognitivo. Foca-se no desenvolvimento do pensamento e do raciocínio lógico. Noção da adaptação cognitiva ao ambiente que permite descobrir novas formas de pensamento. Papel ativo do sujeito na construção do conhecimento.
Nesta teoria existem 4 estádios de desenvolvimento que partem de uma inteligência prática para um pensamento abstrato. OS 4 estádios são os seguintes, sensório-motor (0-2 anos); pré-operatório (2-6 anos); Operatório concreto (7-11anos) e Operatório formal (+ 12anos).
- Teorias Socioculturais (Lev Vygotsky)
Esta teoria baseia-se numa aprendizagem cognitivo que depende da interação social e das práticas culturais. Também revela a importância das relações assimétricas, ou seja, nos benefícios da intereção com outros que detém mais conhecimentos. Destaca-se igualmente a linguagem que apresenta um papel regulador do pensamento e do comportamento.
Explique as teorias modernas
- Teorias Evolutivas (Darwin)
- Teorias da Aprendizagem Social (Bandura)
Foco na aprendizagem humana que ocorre no contexto social através da observação e da interação com o outro.
A aprendizagem por imitação de um determinado comportamento e a observação das consequências positivas desse mesmo comportamento designa-se por modelagem. Exemplo – crianças expostas a um ambiente abusivo e agressivo tenderão a comportar-se de uma forma mais agressiva. No entanto, nesta teoria também é destacado a capacidade da criança regular a sua própria ação. - Teoria Processamento da Informação
É utilizada a metáfora do computador para compreender melhor o cérebro humano (input, processamento, armazenamento, memória). Foco nas mudanças ao nível da memória, competências de resolução de problemas e base de conhecimento.
Explique as teorias sistémicas
- Dinâmicas
Foco na origem e evolução de sistemas de comportamentos. Ocorre a interação de partes menos complexas (sistemas de comportamentos). Exemplo – componente visual e motora - Ecológicas
Microssistema - ambientes que habitamos/ onde nos encontramos diariamente
Mesossistema – contextos, instituições, que estabelecem a articulação entre os diferentes microssistemas
Ecossistema – contextos, instituições onde não estamos presentes, mas que têm influência no nosso desenvolvimento (exemplo, horas de trabalho e se é adaptado para o horário da criança)
Macrossistema – valores e ideologias culturais
Cronosistema – eventos socioculturais e ambientais, assim como transições pessoais significativas que afetam todos os sistemas.
Relação entre nature-nurtue
Pergunta: Qual tem maior preponderância, as bases sociais ou as bases biológicas?
Os inatistas defendem que somos apenas produto da genética enquanto os empiristas acreditam que os seres humanos resultam apenas da interação com o meio.
Conclusão: Não existe nenhum motivo pelo qual não possamos associar estas duas componentes. São indissociáveis.
A genética é o potencial para o desenvolvimento e o ambiente é até que ponto esse potencia é alcançado.
Evidência empírica – estudos que permitem distinguir a influência da nature(genética) e da nurture (ambiente/educação).
Explicar o caso do Victor de Aveyron
Ver tabela no resumo
Relação entre genética e ambiente: estudo com gémeos
Gémeos Monozigóticos – são idênticos e partilham 100% do DNA (genótipos idênticos)
Se estiverem em meios diferentes e apresentarem traços idênticos pode ser uma evidência de que somos fortemente influenciados por fatores genéticos.
Se o traço é idêntico deve ser genético. Se o traço for diferente, atribui-se ao ambiente.
Gémeos Dizigóticos – são diferentes e partilham 50% do DNA
Se o traço for idêntico, atribui-se ao ambiente. Se o traço for diferente prevê-se que seja genético.
Relação entre genética e ambiente: estudo com adoção
Comparam-se traços ou características de crianças adotadas com as características dos seus pais biológicos e dos seus pais adotivos.
Se a característica for semelhante à dos pais biológicos, prevê- se que o traço é genético.
Se a característica for semelhante à dos pais adotivos, prevê-se que o traço é ambiental
Relação entre genética e ambiente: estudo do cérebro
Revelam um papel crítico da experiência precoce em permitir à criança alcançar todo o seu potencial.
As condições do meio, sendo elas favoráveis ou desfavoráveis, interagem com todos os processos do neurodesenvolvimento.
As condições precárias, deformam a arquitetura cerebral, o que afeta o desenvolvimento do indivíduo, a longo prazo. Como é o caso da capacidade para lidar com o stress, a depressão e dificuldades na aprendizagem.
Exemplo: uma criança que não tenha experienciado nenhum tipo de afeto, apresenta um cérebro subdesenvolvido.
Considerações finais:
- É impossível definir qual dos dois é mais responsável pelo desenvolvimento de uma determinada característica;
- Não faz sentido falar-se em desenvolvimento sem ter em conta ambos os fatores biológicos e sociais.
Capacidades Precoces e funções
As capacidades precoces são de um conjunto de bases/habilidades iniciais que estão presentes desde o início do desenvolvimento do indivíduo.
Estas capacidades apresentam algumas funções, tais como:
- Adaptação com o meio (o bebé passa de um meio interno dentro da barriga da mãe para um mundo externo);
- Conhecimento do mundo (observação do mundo, retenção de informações acerca dele);
- Formação de relações (permite a interação com as pessoas e principalmente com os cuidadores, sendo estes que promovem o desenvolvimento do ser).
Características das capacidades precoces
- Dependem de habilidades pré-existentes, permitindo assim o desenvolvimento de capacidades mais sofisticadas e intencionais;
- Atendem a necessidade de sobrevivência; respostas automáticas; Exemplo: sucção, reflexo de gag e choro, sendo este, a forma de comunicação do bebé;
- Envolvem sequências organizadas de ações que servem um determinado propósito (organização da nossa componente visual e motora);
- Envolvem respostas seletivas (não conseguem responder a todos os estímulos, fazendo uma seleção);
- Permitem detetar associações entre ações e consequências (aprendizagem associativa).
As capacidades precoces englobam o desenvolvimento cerebral, capacidades de aprendizagem, sensoriais e percetivas.
O papel das capacidades precoces é fundamental pois enfatizam o nosso lado social, ou seja, existe uma atração por estímulos sociais e humanos. São instrumentos de interação.
Deste modo, estas capacidades permitem sinalizar necessidades; desencadear/ativar respostas e seguir comportamentos.
Desenvolvimento Inicial do Cérebro
O desenvolvimento cerebral mostra-nos que enquanto seres humanos apresentamos capacidades, mas também limitações. Por outro lado, mostra-nos se toda a nossa potencialidade será ou não alcançada.
Algumas técnicas/métodos que permitem recolher informação sobre o desenvolvimento cerebral inicial são a medição da circunferência da cabeça do bebé; ressonância magnética (quando existe suspeita de uma patologia pois são altamente intrusivos devido ao material radioativo) e, em casos extremos, a realização de autópsias.
O crescimento do cérebro ocorre até à adolescência.
Circunferência da cabeça – nascimento (M=34,29 cm) e 1 ano (M=46 cm)
Peso – nascimento ¼ do peso do cérebro do adulto e no primeiro ano de vida triplica de tamanho
Mudança na estrutura e função do cérebro
Primeiramente, as estruturas superiores são desenvolvidas e gradualmente, as partes mais inferiores.
O tronco cerebral é a estrutura que já se encontra funcional no nascimento. Este é responsável pelo controlo dos reflexos e funções básicas de sobrevivência.
As outras estruturas estão, nesta fase, em desenvolvimento e reorganização. Como é o caso:
- Do Cerebelo: controlo motor e equilíbrio
- Do Tálamo: transmissão de informações sensoriais para o córtex cerebral
- Do Hipocampo: informação sensorial; é essencial à formação da memória
- Do Córtex cerebral: controla as ações voluntárias e funções cognitivas superiores
Como investigar as capacidades precoces?
Os recém-nascidos apresentam 6 estados, de sono (1) e (2), acordados (3) e (4) e agitados (5) e (6):
(1) sono tranquilo
(2) sono ativo
(3) acordado e quieto
(4) acordado e ativo
(5) agitado
(6) a chorar
Estados de sono:
Em média, os recém-nascidos dormem cerca de 16 horas por dia, pois estão se a adaptar ao padrão dia-noite (durante 8 semanas);
As práticas do cuidador influenciam os padrões de sono;
O sono ativo ocorre cerca de 50% do tempo e o bebé realiza movimentos oculares rápidos. O sono tranquilo caracteriza-se por uma respiração mais profunda em que quase não se mexem;
Ciclos irregulares de sono tranquilo e ativo.
Estados de angústia (distress):
Choro intenso – 2% do tempo
Agitação – 10% do tempo
Existem vários tipos de choro como por exemplo, a fome, tristeza, dor, etc.
Estes estados são gradualmente estáveis e previsíveis. No entanto, no início é difícil fazer esta mesma regulação. Demora cerca de 5 meses até se tornarem mais previsíveis e existem diferentes estratégias que os cuidadores podem realizar (produto da genética e das respostas do cuidador), como é o caso da sução, som da voz e embalo.
Aprendizagem nos bebés
Habituação e desabituação
Associativa
Imitativa
Aprendizagem nos bebés
Habituação e desabituação
- Indicador de capacidade de reter informações através de estímulos do exterior (resposta de orientação)
Novo estímulo – maior atenção – habituação a este estímulo – o foco de atenção diminui – aparecimento de um novo estímulo
Se o foco da atenção do bebé aumentar é porque conseguiu distinguir estes dois estímulos.
Aprendizagem nos bebés
Associativa
Os bebés aprendem que certos eventos tendem a estar associados. Esta associação pode ser feita através de dois modos, por condicionamento clássico e por condicionamento operante.
Condicionamento clássico (Ivan Pavlov) – um estímulo que não desencadeia nenhuma resposta, quando associado a outro que desencadeia resposta passa a ter como consequência essa resposta. Isto é, um estímulo neutro (exemplo, campainha) passa ser um estímulo condicionado (sempre que toca a campainha, o cão saliva). Não é a melhor explicação para as mudanças iniciais no comportamento. A disposição para o condicionamento clássico não está bem estabelecida até aos 3 meses de idade.
Condicionamento Instrumental/Operante (Skinner) – os comportamentos são influenciados pelas suas consequências.
Se for um reforço aumenta a probabilidade da ocorrência desse comportamento. O esforço positivo é a recompensa com um estímulo agradável após um determinado comportamento. O esforço negativo é retirado um estímulo desagradável/incómodo devido a um certo comportamento.
A punição diminui a probabilidade da ocorrência de um determinado comportamento. A punição positiva é apresentada um estímulo desfavorável como consequência de um comportamento. A punição negativa é retirada um estímulo agradável devido a esse mesmo comportamento.
Através deste condicionamento, permite a aquisição de novos comportamentos por modelagem (imitação de comportamentos que geram em boas consequências).
Aprendizagem nos bebés
Imitativa
Com menos de 6 meses, ocorre a correspondência(imitação) com base em semelhanças; comportamentos familiares.
Entre os 6 e 12 meses, imitam parcialmente ou de forma limitada (com falhas) o comportamento de desconhecidos
Entre os 12.18/24 meses, a imitação vai sendo, gradualmente, cada vez mais rigorosa, eficaz e precisa.
Técnicas de avaliação (paragdimas experimentais)
Por habituação/desabituação – forma de medir se as crianças conseguem discriminar entre dois estímulos.
Condicionamento operante/ instrumental – utilizado para determinar o que é que os bebés reconhecem como reforço
Movimento ocular – registo detalhado dos movimentos dos olhos das crianças quando elas estão a olhar para um estímulo
Olhar preferencial – utilização das preferências visuais (tempo do olhar) dos bebés para medir quando é que eles conseguem detetar diferenças entre 2 estímulos
Potenciais Evocados – avaliação da capacidade para distinguir entre 2 estímulos com recurso a ondas cerebrais medidas por um EEG
Paradigma da surpresa – expressão facial de surpresa quando acontece algo que o bebé não espera/inesperado
Capacidades Sensoriais
Visual: a capacidade visual dos bebés aumenta dramaticamente nos primeiros meses de vida; vêm entre 20 - 30 cm de si nitidamente, pois esta é a distância aproximada a que se encontra de quem o está a pegar ao colo. Endógena – reflexos; exógena – forma intencional
Audição: apresentam sensibilidade ao som, conseguem perceber a sua direção (a partir dos 18 meses detetam a direção de sons ao nível de um adulto) e a discriminação de sons.
A partir das 26-28 semanas de gestação os bebés tornam-se sensíveis ao som. Também reconhecem sons que ouviram no útero após o nascimento. A partir dos 13 anos (aproximadamente) atingem a sensibilidade de um adulto
A discriminação de sons é feita através do “baby talk”, preferem a língua materna a uma língua estrangeira (2 dias); fonemas de todas as línguas (2 meses), fonemas da língua materna (6/8meses) e detetam variações do tom (5/8 meses).
Olfato: discriminam diferentes odores e mostram preferência por sabores doces. Os recém-nascidos (8-10 dias) distinguem o cheiro do leite materno e o de outras mulheres.
Paladar: discriminam o doce, amago, azedo e mais tardo, o salgado. Apresentam uma preferência pelo sabor doce tendo um efeito tranquilizador no mesmo. Tal como os adultos, os recém-nascidos fazem determinadas expressões faciais em resposta a diferentes sabores.
Tato: apresentam uma sensibilidade à dor (29º semana), reagem a mudanças de posição; benéfico para o desenvolvimento da criança; estabelece uma maior relação entre a mãe e o bebé e pode até reduzir a depressão pós-parto
Capacidades Percetivas
Perceção de profundidade e distância:
- Aos 2 meses de idade distinguem entre lados do precipício visual. Entre os 7-9 meses preferem o lado plano do precipício visual
- Está associado à aprendizagem por gatinhar, indicando a aquisição de consciência das alturas (capacidade sensorial da visão)
Perceção de formas/rostos:
- Aos 2 dias de idade já existe uma discriminação visual de formas e existe uma preferência por contrastes acentuados, por figuras com padrões a figuras simples e rostos humanos.
- Adquirem a preferência facial estática aproximadamente aos 2/3 meses de vida.
Desenvolvimento Psicomotor (Princípios Gerais)
Direção do Desenvolvimento:
Lei cefalocaudal – direção cabeça-pés (as partes superiores do corpo desenvolvem-se primeiro).
Lei proximodistal – direção de dentro para fora (das partes mais próximas do eixo corporal para as extremidades).
Diferenciação:
- Atividade desencadeada em massa (generalizada) é substituída por respostas individuais específicas (naturalização de um dos lados, lado predominante após 2 semanas);
- Inicialmente os movimentos imaturos vão progressivamente dar lugar a movimentos precisos, bem controlados e voluntários (intencionalidade na ação por volta dos ¾ meses);
- Exemplo: andar de “rígido” e inconsciente (músculos funcionam enquanto cadeia generalizada/bloco) evolui para um andar mais eficiente.
Papel conjunto da maturação e experiência:
- Sistema dinâmico no qual vários fatores interagem continuamente;
- Papel da prática para o desenvolvimento das competências motoras. Exemplo: práticas culturalmente diferentes.
Desenvolvimento psicomotor
- reflexos (ver tabela no resumo)
-componentes motoras finas: movimentos oculares, alcançar, agarrar/preensão - componentes motoras grossas: locomoção
Primeiras Interações humanas
Interação cuidador-bebé:
OS bebés estão prontos para a interação, com um conjunto único e individualizado de características (comportamentos mais complexos e sociais). Nesta interação é importante destacar a observação direta e naturalista; o desenvolvimento de novos métodos de registo (necessidade de recolher dados) e uma regulação mútua (conceito orientador), isto é, a tentativa de compreender os estados momentâneos do bebé.
Interação segundo a segundo:
Esta interação provém de uma unidade comportamental geral (abstrato – sensibilidade, intrusividade,etc.) para uma unidade comportamental funcional (mais específica -olhar, expressões faciais, vocalizações, posição da cabeça, etc.). Esta unidade mais discreta depende da sequência/contexto em a interação ocorre.
Competências comunicativas do cuidador – repertório de comportamentos para o estimular e envolver o bebé na interação; Cuidador apresenta um papel ativo na interação
Competências comunicativas do bebé – repertório de comportamentos que incluem competências de atenção e resposta do cuidador
Esta interação é pré-verbal pelo que ocorre uma partilha de significados – proto conversação
Repertório do Bebé
O olhar
Movimentos da cabeça
Expressões faciais
Vocalizações
Repertório do cuidador
o olhar
expressões faciais
vocalizações
espaço interpessoal
Comportamentos do cuidador
Sensibilidade
Contingência
Diretividade
Responsividade
intrusividade
Comportamentos da criança
Iniciativa social
Participação social
Clareza dos sinais
Atos comunicativos intencionais
Reciprocidade
Intersubjetividade primária
Intersubjetividade secundária