PDI Flashcards

1
Q

Qual é natureza do desenvolvimento?

A

Cumulativo (nada se perde, tudo se transforma)
- Ordenada (com a evolução do ser, existe uma progressão na sua complexidade)
- Direcional
O desenvolvimento do individuo ocorre a vários níveis (social, emocional, cognitivo e físico) e é feito de um modo unitário, ou seja, as capacidades desenvolvem-se em simultâneo e interagem entre eles. Exemplo desta relação: autorregulação emocional e social afeta o domínio cognitivo.

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2
Q

Quais as etapas do desenvolvimento?

A
  • Até ao nascimento
  • 0- 3anos (Toddlerhood, 1ºinfância)
  • 3-6 anos (pré-escolar, 2º infância)
  • Terceira infância
  • Adolescência
  • Vida adulta (caracterizada por 3 fases, inicial, intermédia, tardia)
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3
Q

Objeto de estudo de PD?

A
  • Estudo das fases/trajetórias de desenvolvimento humano
  • Visão integrativa
  • Ciência desenvolvimental
  • Foco nas mudanças ao longo de diferentes períodos do desenvolvimento e em diversos domínios (mudanças fundamentais ocorrem nos primeiros anos de vida do indivíduo. Se alguma etapa no desenvolvimento do mesmo não ficar bem resolvida, irá resultar em consequências ou até mesmo perturbações na vida adulta)
  • Importância do contexto
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4
Q

Quais os fatores de desenvolvimento?

A

Genética: conjunto de genes que fornecem potencial de desenvolvimento, contêm as diretrizes básicas para o desenrolar do desenvolvimento
História do desenvolvimento: mudanças que ocorreram previamente ao ponto de desenvolvimento que o indivíduo se encontra
Condições ambientais atuais: suporte do ambiente atual (nutrientes, inputs sensoriais, circunstâncias e desafios)
Família e pares têm uma forte influência a curto, médio e a longo prazo num determinado ser.

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5
Q

Qual é a diferença entre uma mudança qualitativa e quantitativa?

A
  • Quantitativas: adição ou expansão de habilidades. Continuidade. Exemplo com a linguagem – em vez de o bebé dizer só uma palavra começa a dizer várias
  • Qualitativas: reorganização de uma habilidade, tornando-se mais complexa. Descontinuidade (estádios). Exemplo com a linguagem – em vez de o bebé dizer apenas palavras começa a construir frases. Exemplo com a locomoção – gatinhar passa a andar.
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6
Q

O que é o desenvolvimento normativo e individual?

A
  • Normativo: comportamento típico da maioria dos humanos
  • Individual: variação da norma. Continuidade ao longo do tempo no percurso de desenvolvimento
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7
Q

Questões fundamentais de PD

A

Fontes de desenvolvimento: Como é que diferentes fatores interagem para produzir desenvolvimento?
Plasticidade: Até que ponto é que o desenvolvimento está aberto à mudança?
Ocorre durante o período sensível (janela temporal). O período sensível caracteriza-se por um período vulnerável no qual o sujeito está mais aberto para a aquisição de novas capacidades até por volta dos 7 anos (no qual uma determinada experiência ou ausência dela, tem um efeito mais pronunciado no organismo, do que se ocorrer num outro momento). Após o período sensível, a mudança torna-se mais difícil. Este período estabelece um limite à plasticidade. Logo, quanto maior este período, maior a plasticidade.
Plasticidade – grau e condições sob as quais o processo de desenvolvimento está aberto à mudança e intervenção
Continuidades/Descontinuidades: O desenvolvimento consiste numa acumulação ou transformação de habilidades?
Diferenças individuais: Como surgem as diferenças individuais e em que medida este desenvolvimento individual é estável?

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8
Q

Quais as teorias do desenvolvimento?

A

Grandes Teorias:
- Teorias Psicodinâmicas/Psicanalíticas (Freud e Erikson)
- Teorias Comportamentalistas /Behavioristas (John B. Watson e Edward Thorndike)
- Teorias Construtivistas (Jean Piaget)
- Teorias Socioculturais (Lev Vygotsky)
Teorias Modernas:
- Teorias Evolutivas (Darwin)
- Teorias da Aprendizagem Social (Bandura)
- Teoria Processamento da Informação
Teorias Sistémicas
- Dinâmicas
- Ecológicas

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9
Q

Explique as grandes teorias

A

Grandes Teorias:
- Teorias Psicodinâmicas/Psicanalíticas (Freud e Erikson)
São teorias de desenvolvimento psicológico e subjetivas na sua natureza. Retratam o inconsciente e o papel crucial do mesmo para o comportamento humano.
O ID, Ego e Superego são estruturas que representam o inconsciente segundo Sigmund Freud (pai da psicanálise).
ID – impulsos primitivos e instintos
Ego – self; formas apropriadas para expressar impulsos instintivos; é o que nos distingue dos outros seres vivos
Superego – consciência (foco interno); interiorização de regras e valores que governam o comportamento; desenvolvimento moral (última estrutura a ser desenvolvida)
Desenvolvimento psicossexual de Freud é realizada ao longo de 5 estádios. Resulta da satisfação da gratificação de impulsos básicos. A não resolução de um deste estádio irá originar uma fixação. Isto é, ansiedade intensa. O indivíduo procura reviver simbolicamente a gratificação que falhou.
Erikson teve um papel crítico das emoções e das relações sociais. Desta forma, em vez de criar 8 estádios psicossexuais (Freud), deu origem a 8 estádios psicossociais em que em cada fase existe uma crise por resolver.
- Teorias Comportamentalistas /Behavioristas (John B. Watson e Edward Thorndike)
Ocorre uma mudança de paradigma. Ou seja, uma ciência mais objetiva, pois centra-se no comportamento externo observável e as respetivas consequências segundo Watson.
Thorndike propôs a Lei do Efeito. Isto é, a repetição de comportamentos que produzem um comportamento favorável, ao contrário de comportamentos que produzem efeitos insatisfatórios.
- Teorias Construtivistas (Jean Piaget)
É a primeira teoria que tem em conta o desenvolvimento cognitivo. Foca-se no desenvolvimento do pensamento e do raciocínio lógico. Noção da adaptação cognitiva ao ambiente que permite descobrir novas formas de pensamento. Papel ativo do sujeito na construção do conhecimento.
Nesta teoria existem 4 estádios de desenvolvimento que partem de uma inteligência prática para um pensamento abstrato. OS 4 estádios são os seguintes, sensório-motor (0-2 anos); pré-operatório (2-6 anos); Operatório concreto (7-11anos) e Operatório formal (+ 12anos).
- Teorias Socioculturais (Lev Vygotsky)
Esta teoria baseia-se numa aprendizagem cognitivo que depende da interação social e das práticas culturais. Também revela a importância das relações assimétricas, ou seja, nos benefícios da intereção com outros que detém mais conhecimentos. Destaca-se igualmente a linguagem que apresenta um papel regulador do pensamento e do comportamento.

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10
Q

Explique as teorias modernas

A
  • Teorias Evolutivas (Darwin)
  • Teorias da Aprendizagem Social (Bandura)
    Foco na aprendizagem humana que ocorre no contexto social através da observação e da interação com o outro.
    A aprendizagem por imitação de um determinado comportamento e a observação das consequências positivas desse mesmo comportamento designa-se por modelagem. Exemplo – crianças expostas a um ambiente abusivo e agressivo tenderão a comportar-se de uma forma mais agressiva. No entanto, nesta teoria também é destacado a capacidade da criança regular a sua própria ação.
  • Teoria Processamento da Informação
    É utilizada a metáfora do computador para compreender melhor o cérebro humano (input, processamento, armazenamento, memória). Foco nas mudanças ao nível da memória, competências de resolução de problemas e base de conhecimento.
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11
Q

Explique as teorias sistémicas

A
  • Dinâmicas
    Foco na origem e evolução de sistemas de comportamentos. Ocorre a interação de partes menos complexas (sistemas de comportamentos). Exemplo – componente visual e motora
  • Ecológicas
    Microssistema - ambientes que habitamos/ onde nos encontramos diariamente
    Mesossistema – contextos, instituições, que estabelecem a articulação entre os diferentes microssistemas
    Ecossistema – contextos, instituições onde não estamos presentes, mas que têm influência no nosso desenvolvimento (exemplo, horas de trabalho e se é adaptado para o horário da criança)
    Macrossistema – valores e ideologias culturais
    Cronosistema – eventos socioculturais e ambientais, assim como transições pessoais significativas que afetam todos os sistemas.
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12
Q

Relação entre nature-nurtue

A

Pergunta: Qual tem maior preponderância, as bases sociais ou as bases biológicas?
Os inatistas defendem que somos apenas produto da genética enquanto os empiristas acreditam que os seres humanos resultam apenas da interação com o meio.
Conclusão: Não existe nenhum motivo pelo qual não possamos associar estas duas componentes. São indissociáveis.
A genética é o potencial para o desenvolvimento e o ambiente é até que ponto esse potencia é alcançado.
Evidência empírica – estudos que permitem distinguir a influência da nature(genética) e da nurture (ambiente/educação).

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13
Q

Explicar o caso do Victor de Aveyron

A

Ver tabela no resumo

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14
Q

Relação entre genética e ambiente: estudo com gémeos

A

Gémeos Monozigóticos – são idênticos e partilham 100% do DNA (genótipos idênticos)
Se estiverem em meios diferentes e apresentarem traços idênticos pode ser uma evidência de que somos fortemente influenciados por fatores genéticos.
Se o traço é idêntico deve ser genético. Se o traço for diferente, atribui-se ao ambiente.
Gémeos Dizigóticos – são diferentes e partilham 50% do DNA
Se o traço for idêntico, atribui-se ao ambiente. Se o traço for diferente prevê-se que seja genético.

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15
Q

Relação entre genética e ambiente: estudo com adoção

A

Comparam-se traços ou características de crianças adotadas com as características dos seus pais biológicos e dos seus pais adotivos.
Se a característica for semelhante à dos pais biológicos, prevê- se que o traço é genético.
Se a característica for semelhante à dos pais adotivos, prevê-se que o traço é ambiental

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16
Q

Relação entre genética e ambiente: estudo do cérebro

A

Revelam um papel crítico da experiência precoce em permitir à criança alcançar todo o seu potencial.
As condições do meio, sendo elas favoráveis ou desfavoráveis, interagem com todos os processos do neurodesenvolvimento.
As condições precárias, deformam a arquitetura cerebral, o que afeta o desenvolvimento do indivíduo, a longo prazo. Como é o caso da capacidade para lidar com o stress, a depressão e dificuldades na aprendizagem.
Exemplo: uma criança que não tenha experienciado nenhum tipo de afeto, apresenta um cérebro subdesenvolvido.
Considerações finais:
- É impossível definir qual dos dois é mais responsável pelo desenvolvimento de uma determinada característica;
- Não faz sentido falar-se em desenvolvimento sem ter em conta ambos os fatores biológicos e sociais.

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17
Q

Capacidades Precoces e funções

A

As capacidades precoces são de um conjunto de bases/habilidades iniciais que estão presentes desde o início do desenvolvimento do indivíduo.
Estas capacidades apresentam algumas funções, tais como:
- Adaptação com o meio (o bebé passa de um meio interno dentro da barriga da mãe para um mundo externo);
- Conhecimento do mundo (observação do mundo, retenção de informações acerca dele);
- Formação de relações (permite a interação com as pessoas e principalmente com os cuidadores, sendo estes que promovem o desenvolvimento do ser).

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18
Q

Características das capacidades precoces

A
  • Dependem de habilidades pré-existentes, permitindo assim o desenvolvimento de capacidades mais sofisticadas e intencionais;
  • Atendem a necessidade de sobrevivência; respostas automáticas; Exemplo: sucção, reflexo de gag e choro, sendo este, a forma de comunicação do bebé;
  • Envolvem sequências organizadas de ações que servem um determinado propósito (organização da nossa componente visual e motora);
  • Envolvem respostas seletivas (não conseguem responder a todos os estímulos, fazendo uma seleção);
  • Permitem detetar associações entre ações e consequências (aprendizagem associativa).
    As capacidades precoces englobam o desenvolvimento cerebral, capacidades de aprendizagem, sensoriais e percetivas.
    O papel das capacidades precoces é fundamental pois enfatizam o nosso lado social, ou seja, existe uma atração por estímulos sociais e humanos. São instrumentos de interação.
    Deste modo, estas capacidades permitem sinalizar necessidades; desencadear/ativar respostas e seguir comportamentos.
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19
Q

Desenvolvimento Inicial do Cérebro

A

O desenvolvimento cerebral mostra-nos que enquanto seres humanos apresentamos capacidades, mas também limitações. Por outro lado, mostra-nos se toda a nossa potencialidade será ou não alcançada.
Algumas técnicas/métodos que permitem recolher informação sobre o desenvolvimento cerebral inicial são a medição da circunferência da cabeça do bebé; ressonância magnética (quando existe suspeita de uma patologia pois são altamente intrusivos devido ao material radioativo) e, em casos extremos, a realização de autópsias.
O crescimento do cérebro ocorre até à adolescência.
Circunferência da cabeça – nascimento (M=34,29 cm) e 1 ano (M=46 cm)
Peso – nascimento ¼ do peso do cérebro do adulto e no primeiro ano de vida triplica de tamanho

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20
Q

Mudança na estrutura e função do cérebro

A

Primeiramente, as estruturas superiores são desenvolvidas e gradualmente, as partes mais inferiores.
O tronco cerebral é a estrutura que já se encontra funcional no nascimento. Este é responsável pelo controlo dos reflexos e funções básicas de sobrevivência.
As outras estruturas estão, nesta fase, em desenvolvimento e reorganização. Como é o caso:
- Do Cerebelo: controlo motor e equilíbrio
- Do Tálamo: transmissão de informações sensoriais para o córtex cerebral
- Do Hipocampo: informação sensorial; é essencial à formação da memória
- Do Córtex cerebral: controla as ações voluntárias e funções cognitivas superiores

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21
Q

Como investigar as capacidades precoces?

A

Os recém-nascidos apresentam 6 estados, de sono (1) e (2), acordados (3) e (4) e agitados (5) e (6):
(1) sono tranquilo
(2) sono ativo
(3) acordado e quieto
(4) acordado e ativo
(5) agitado
(6) a chorar
Estados de sono:
Em média, os recém-nascidos dormem cerca de 16 horas por dia, pois estão se a adaptar ao padrão dia-noite (durante 8 semanas);
As práticas do cuidador influenciam os padrões de sono;
O sono ativo ocorre cerca de 50% do tempo e o bebé realiza movimentos oculares rápidos. O sono tranquilo caracteriza-se por uma respiração mais profunda em que quase não se mexem;
Ciclos irregulares de sono tranquilo e ativo.
Estados de angústia (distress):
Choro intenso – 2% do tempo
Agitação – 10% do tempo
Existem vários tipos de choro como por exemplo, a fome, tristeza, dor, etc.
Estes estados são gradualmente estáveis e previsíveis. No entanto, no início é difícil fazer esta mesma regulação. Demora cerca de 5 meses até se tornarem mais previsíveis e existem diferentes estratégias que os cuidadores podem realizar (produto da genética e das respostas do cuidador), como é o caso da sução, som da voz e embalo.

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22
Q

Aprendizagem nos bebés

A

Habituação e desabituação
Associativa
Imitativa

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23
Q

Aprendizagem nos bebés
Habituação e desabituação

A
  • Indicador de capacidade de reter informações através de estímulos do exterior (resposta de orientação)
    Novo estímulo – maior atenção – habituação a este estímulo – o foco de atenção diminui – aparecimento de um novo estímulo
    Se o foco da atenção do bebé aumentar é porque conseguiu distinguir estes dois estímulos.
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24
Q

Aprendizagem nos bebés
Associativa

A

Os bebés aprendem que certos eventos tendem a estar associados. Esta associação pode ser feita através de dois modos, por condicionamento clássico e por condicionamento operante.
Condicionamento clássico (Ivan Pavlov) – um estímulo que não desencadeia nenhuma resposta, quando associado a outro que desencadeia resposta passa a ter como consequência essa resposta. Isto é, um estímulo neutro (exemplo, campainha) passa ser um estímulo condicionado (sempre que toca a campainha, o cão saliva). Não é a melhor explicação para as mudanças iniciais no comportamento. A disposição para o condicionamento clássico não está bem estabelecida até aos 3 meses de idade.
Condicionamento Instrumental/Operante (Skinner) – os comportamentos são influenciados pelas suas consequências.
Se for um reforço aumenta a probabilidade da ocorrência desse comportamento. O esforço positivo é a recompensa com um estímulo agradável após um determinado comportamento. O esforço negativo é retirado um estímulo desagradável/incómodo devido a um certo comportamento.
A punição diminui a probabilidade da ocorrência de um determinado comportamento. A punição positiva é apresentada um estímulo desfavorável como consequência de um comportamento. A punição negativa é retirada um estímulo agradável devido a esse mesmo comportamento.
Através deste condicionamento, permite a aquisição de novos comportamentos por modelagem (imitação de comportamentos que geram em boas consequências).

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25
Q

Aprendizagem nos bebés
Imitativa

A

Com menos de 6 meses, ocorre a correspondência(imitação) com base em semelhanças; comportamentos familiares.
Entre os 6 e 12 meses, imitam parcialmente ou de forma limitada (com falhas) o comportamento de desconhecidos
Entre os 12.18/24 meses, a imitação vai sendo, gradualmente, cada vez mais rigorosa, eficaz e precisa.

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26
Q

Técnicas de avaliação (paragdimas experimentais)

A

Por habituação/desabituação – forma de medir se as crianças conseguem discriminar entre dois estímulos.
Condicionamento operante/ instrumental – utilizado para determinar o que é que os bebés reconhecem como reforço
Movimento ocular – registo detalhado dos movimentos dos olhos das crianças quando elas estão a olhar para um estímulo
Olhar preferencial – utilização das preferências visuais (tempo do olhar) dos bebés para medir quando é que eles conseguem detetar diferenças entre 2 estímulos
Potenciais Evocados – avaliação da capacidade para distinguir entre 2 estímulos com recurso a ondas cerebrais medidas por um EEG
Paradigma da surpresa – expressão facial de surpresa quando acontece algo que o bebé não espera/inesperado

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27
Q

Capacidades Sensoriais

A

Visual: a capacidade visual dos bebés aumenta dramaticamente nos primeiros meses de vida; vêm entre 20 - 30 cm de si nitidamente, pois esta é a distância aproximada a que se encontra de quem o está a pegar ao colo. Endógena – reflexos; exógena – forma intencional
Audição: apresentam sensibilidade ao som, conseguem perceber a sua direção (a partir dos 18 meses detetam a direção de sons ao nível de um adulto) e a discriminação de sons.
A partir das 26-28 semanas de gestação os bebés tornam-se sensíveis ao som. Também reconhecem sons que ouviram no útero após o nascimento. A partir dos 13 anos (aproximadamente) atingem a sensibilidade de um adulto
A discriminação de sons é feita através do “baby talk”, preferem a língua materna a uma língua estrangeira (2 dias); fonemas de todas as línguas (2 meses), fonemas da língua materna (6/8meses) e detetam variações do tom (5/8 meses).
Olfato: discriminam diferentes odores e mostram preferência por sabores doces. Os recém-nascidos (8-10 dias) distinguem o cheiro do leite materno e o de outras mulheres.
Paladar: discriminam o doce, amago, azedo e mais tardo, o salgado. Apresentam uma preferência pelo sabor doce tendo um efeito tranquilizador no mesmo. Tal como os adultos, os recém-nascidos fazem determinadas expressões faciais em resposta a diferentes sabores.
Tato: apresentam uma sensibilidade à dor (29º semana), reagem a mudanças de posição; benéfico para o desenvolvimento da criança; estabelece uma maior relação entre a mãe e o bebé e pode até reduzir a depressão pós-parto

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28
Q

Capacidades Percetivas

A

Perceção de profundidade e distância:
- Aos 2 meses de idade distinguem entre lados do precipício visual. Entre os 7-9 meses preferem o lado plano do precipício visual
- Está associado à aprendizagem por gatinhar, indicando a aquisição de consciência das alturas (capacidade sensorial da visão)
Perceção de formas/rostos:
- Aos 2 dias de idade já existe uma discriminação visual de formas e existe uma preferência por contrastes acentuados, por figuras com padrões a figuras simples e rostos humanos.
- Adquirem a preferência facial estática aproximadamente aos 2/3 meses de vida.

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29
Q

Desenvolvimento Psicomotor (Princípios Gerais)

A

Direção do Desenvolvimento:
Lei cefalocaudal – direção cabeça-pés (as partes superiores do corpo desenvolvem-se primeiro).
Lei proximodistal – direção de dentro para fora (das partes mais próximas do eixo corporal para as extremidades).
Diferenciação:
- Atividade desencadeada em massa (generalizada) é substituída por respostas individuais específicas (naturalização de um dos lados, lado predominante após 2 semanas);
- Inicialmente os movimentos imaturos vão progressivamente dar lugar a movimentos precisos, bem controlados e voluntários (intencionalidade na ação por volta dos ¾ meses);
- Exemplo: andar de “rígido” e inconsciente (músculos funcionam enquanto cadeia generalizada/bloco) evolui para um andar mais eficiente.
Papel conjunto da maturação e experiência:
- Sistema dinâmico no qual vários fatores interagem continuamente;
- Papel da prática para o desenvolvimento das competências motoras. Exemplo: práticas culturalmente diferentes.

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30
Q

Desenvolvimento psicomotor

A
  • reflexos (ver tabela no resumo)
    -componentes motoras finas: movimentos oculares, alcançar, agarrar/preensão
  • componentes motoras grossas: locomoção
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31
Q

Primeiras Interações humanas

A

Interação cuidador-bebé:
OS bebés estão prontos para a interação, com um conjunto único e individualizado de características (comportamentos mais complexos e sociais). Nesta interação é importante destacar a observação direta e naturalista; o desenvolvimento de novos métodos de registo (necessidade de recolher dados) e uma regulação mútua (conceito orientador), isto é, a tentativa de compreender os estados momentâneos do bebé.
Interação segundo a segundo:
Esta interação provém de uma unidade comportamental geral (abstrato – sensibilidade, intrusividade,etc.) para uma unidade comportamental funcional (mais específica -olhar, expressões faciais, vocalizações, posição da cabeça, etc.). Esta unidade mais discreta depende da sequência/contexto em a interação ocorre.
Competências comunicativas do cuidador – repertório de comportamentos para o estimular e envolver o bebé na interação; Cuidador apresenta um papel ativo na interação
Competências comunicativas do bebé – repertório de comportamentos que incluem competências de atenção e resposta do cuidador
Esta interação é pré-verbal pelo que ocorre uma partilha de significados – proto conversação

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32
Q

Repertório do Bebé

A

O olhar
Movimentos da cabeça
Expressões faciais
Vocalizações

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33
Q

Repertório do cuidador

A

o olhar
expressões faciais
vocalizações
espaço interpessoal

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34
Q

Comportamentos do cuidador

A

Sensibilidade
Contingência
Diretividade
Responsividade
intrusividade

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35
Q

Comportamentos da criança

A

Iniciativa social
Participação social
Clareza dos sinais
Atos comunicativos intencionais
Reciprocidade
Intersubjetividade primária
Intersubjetividade secundária

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36
Q

Teoria da Vinculação, definição e autores

A
  • Forte laço afetivo entre a criança e o cuidador
  • Estabelece-se no final do 1° ano de vida (7/8meses)
  • Origina-se nas necessidades de sobrevivência e de proteção
  • Serve de modelo para as futuras relações
    Bowlby & Robertson e Mary Ainsworth
37
Q

Ansiedade de separação

A

Fases:
* Protesto (o bebé quer o cuidador próximo dele)
* Desespero ou de depressão (sinais internalizantes)
* Desvinculação (se os cuidadores não voltassem por um período longo e não formaram relação de vinculação com outros, os bebés tornavam-se apáticos)

38
Q

Qual é a natureza do laço entre a criança e a mãe?

A

Teoria psicanalítica - prazer na gratificação oral: a ligação à mãe deriva da gratificação oral sensual
Teoria da Aprendizagem Social - a dependência é baseada em reforço secundário (conceito derivado de ideias psicanalíticas)
Bowlby não estava satisfeito com esta visão. Originou-se então um fenómeno, etologia.
Etologia – a formação de laços sociais não precisa estar ligada à alimentação
Fenómeno do impriting: ficavam vinculados à primeira vista. Bowlby apercebeu se que poderia existir outra razão para a origem do vínculo.
Foram feitos trabalhos com macacos Rhesus (Harlow & Robert Hinde). Resultados: as crias procuram proximidade da mãe, não pela alimentação, mas pelo conforto.

39
Q

Comportamentos de vinculação e função

A
  • Sinalização (chorar, sorrir, vocalizar)
  • Aproximação (sugar/sucção, seguir, agarrar, trepar)
  • Ativados pela presença de determinados estímulos do meio
  • Desencadeiam respostas nos cuidadores
    Função: estabelecer ligação entre o bebé e o cuidador
40
Q

Fases de vinculação

A

Pré- vinculação (Indiscriminação)
Reconhecimento (Discriminação)
Estabelecimento (fixação clara)
Relação recíproca

41
Q

Padrões característicos de interação mãe-bebé

A
  • Choro da criança e resposta da mãe ao choro
  • Episódios de contacto físico próximo (corpo-a-corpo)
  • Contacto cara-a-cara
  • Comportamentos de separação e reunião
  • Comportamentos de cooperação e obediência
    Evidentemente que existem características individuais na sensibilidade materna. Existe uma evolução dessa sensibilidade no 1º trimestre, atingindo a sua qualidade no 4ºtrimestre.
    Se a mãe apresentar uma maior responsividade ao choro, leva a um menor choro e uma maior vocalização/expressões faciais e gestos, mais tarde. Existe um maior contacto afetivo, o que leva mais tarde a uma menor procura de contacto, mas mais afetuoso e satisfatório.
    As espectativas dos bebés ocorrem de acordo com as experiências interativas prévias com as mães.
42
Q

Fenómeno Base Segura

A

O cuidador serve 2 funções:
- Base segura – exploração do ambiente em torno do cuidador; o bebé procura pistas sociais nos cuidadores, existe uma monotorização.
- Porto de Abrigo – se o bebé se encontrar ameaçado (em situações emocionalmente desafiantes), ele retorna junto do cuidador, ocorrendo uma reorganização/reequilíbrio das emoções; o cuidador funciona como um apoio para regular as emoções
Ocorre uma coordenação entre a exploração e proximidade com o cuidador.

43
Q

Sistema Comportamental da Vinculação

A

O sistema comportamental da vinculação funciona de forma flexível e de acordo com objetivos. Também interage com outros sistemas comportamentais e é mediado pelas emoções. No caso do medo e da preocupação, ou seja, emoções negativas ativam o sistema vinculação. Pelo contrário, as emoções mais positivas remetem para o sistema afiliativo – ativador do sistema da exploração (exploração de novas relações sociais), apesar de o cuidador se mante presente com boa vontade.
Sistema de vinculação – proximidade, conforto, proteção, segurança, intimidade, etc.
Sistema de Exploração – curiosidade, afastar para explorar o meio, conhecimento e domínio, etc.
NOTA: Importante analisar o Circle of Security
Através das interações formam-se relações de vinculação. A mãe e o pai são figuras igualmente válidas se ambas investirem nas interações (de qualidade)

44
Q

Pressupostos da Vinculação

A

Universalidade
Diferenças Individuais

45
Q

Padrões de vinculação

A

Através dos estudos de Ainsworth concluiu-se que pode-se avaliar a qualidade da vinculação na forma como o bebé utiliza o cuidador como base segura e de porto de abrigo (Situação Estranha, Procedimento laboratorial semiestruturado). As causas das variações dos padrões de vinculação são: mãe/cuidador; bebé/criança (temperamento e suas características) e ambiente/cultura/educação.
Padrão de vinculação seguro
Padrão de vinculação inseguro ambivalente ou ansioso resistente
Padrão de vinculação inseguro - evitante
Padrão desorganizado - desorientado

46
Q

Padrão de Vinculação Seguro

A

Utilização do cuidador como uma base segura (exploração):
- Separa-se prontamente para explorar
- Partilha afetiva da brincadeira (bebé dirige respostas positivas)
- Afiliação ao estranho na presença do cuidador
- Prontamente reconfortado quando angustiado (promovendo um regresso à exploração)
- Cuidador assegura necessidades do bebé
Procura ativa de contacto/interação na reunião:
- Ansiedade de separação
- Se angustiado procura imediatamente o cuidador e mantem contacto, aliviando os níveis de stress (se as crianças forem rapidamente reconfortadas, é um aspeto específico do papel de vinculação seguro)
- Se não angustiado: saudação ativa, entusiasta, alegre e forte iniciação de interação
EQUILÍBRIO ENTRE A PROXIMIDADE E A EXPLORAÇÃO: ambiente sensível, responsivo, disponível, consistente e previsível.
Este tipo de cuidador sensível faz com que os bebés mais tarde chorem menos substituindo o seu desenvolvimento por outros comportamentos. Menor o stress, maior o suporte, constituindo uma relação de qualidade.

47
Q

Padrão de Vinculação Inseguro Ambivalente ou Ansioso Resistente

A

Demonstra uma fraca exploração:
- Tem dificuldade em separar-se para explorar; em se separar do cuidador pois ao mínimo nível de stress voltam para o cuidador (dependência)
- Apreensivo perante novas situações e pessoas
- Transtorno na separação ficando altamente transtornado
Tem dificuldade em se restabelecer na reunião:
- Pode misturar procura de contacto com resistência (bater, pontapear, contorcer, rejeitar brinquedos), mas depois recusa-se contrariando-se podendo continuar a chorar e a protestar
- Insatisfação das necessidades expressas devido às interações prévias
Estratégia Adaptativa do Bebé: Se o cuidador estiver ao pé de mim, tenho mais probabilidade de eles corresponderem às minhas necessidades
PREDOMÍNIO DA PROXIMIDADE EM DETRIMENTO DA EXPLORAÇÃO: ambiente inconstante e imprevisível (maximização de comportamentos de vinculação, mais proximidade).
Tendência deste tipo de padrão em casos de pobreza extrema e negligência física

48
Q

Padrão de Vinculação Evitante

A

Demonstra uma exploração independente:
- Separa-se prontamente para explorar (exploração não é tranquila)
- Pouca partilha afetiva da brincadeira
- Afiliação/Sociabilização com o estranho na ausência do cuidador (baixa preferência)
Ignora/evita ativamente o cuidador na reunião:
- Não estabelece contacto com o cuidador, bebé completamente retirado da interação (vira-se, desvia o olhar, afasta-se, ignora)
- Pode misturar evitamento com proximidade (falsa proximidade)
- O evitamento é mais extremo na 2ºreunião
- Não evita o estranho
- O cuidador não apresenta sensibilidade, responsividade, é intrusivo
Maior o batimento cardíaco, maior o stress, menor a relação com a figura de vinculação
Estratégia Adaptativa do Bebé: Se o bebé quando se aproxima do cuidador é rejeitado. Este irá camuflar para o cuidador não os rejeita. No fundo o bebé “rejeita-o” primeiro.
PREDOMÍNIO DA EXPLORAÇÃO SOBRE A PROXIMIDADE: ambiente rejeitante e alienado (minimizam a expressão de vinculação, menos proximidade).
Tendência deste tipo de padrão quando existe um abuso físico e indisponibilidade emocional por parte do cuidador

49
Q

Padrão Desorganizado- desorientado

A

Demonstra um padrão comportamental inexplicável e que não é passível atribuir aos 3 padrões referidos anteriormente. Geralmente ocorre em casos extremos de negligência parental ou pais abusivos.
- Sequência de comportamentos contraditórios (exemplo, brincadeira contida seguida de raiva extrema)
- Comportamento simultaneamente contraditórios (exemplo, sorriso amedrontado; simultânea aproximação e evitamento)
O bebé aparenta estar atordoado ou desorientado:
- Pode exibir movimentos corporais lentos ou incompletos, ou “freeze” (bebé completamente estático)
- Pode exibir maneirismos estranhos (estereotipias)
Este tipo de padrão tem tendência a originar indivíduos com algum tipo de psicopatologia e também os próprios pais apresentam algum transtorno psicológico, tornando-se assim uma ameaça para o bebé.

50
Q

Fatores que influenciam os padrões de vinculação

A

Stress
Suporte social
História do desenvolvimento

51
Q

Modelo Interno dinâmico

A

As experiências precoces com cuidadores são importantes para o desenvolvimento do self e das relações.
As representações mentais da relação de vinculação ou de base segura refletem expectativas acerca do mundo real, servindo de modelo para futuras relações.

52
Q

Funções da Vinculação

A

Biológica – manutenção da proximidade entre o cuidador e a criança, no qual existe uma proteção da criança de eventuais perigos
Psicológica – internalização do modelo da relação com a figura de vinculação, proporcionando à criança segurança necessária para explorar o meio.
Importantes fatores a reter sobre a vinculação:
- Não é um traço da criança
- Não é um estilo de temperamento
- Não são crianças que são seguras/inseguras (é a relação de vinculação)
- Não explica tudo

53
Q

Defina temperamento

A

Estilo individual geral comportamental, transversal aos contextos. Modo de agir em diferentes situações e como experienciamos as nossas emoções. Inclui características (reações) emocionais e comportamentais de um indivíduo, sendo algo estável e consistente. Como é o caso do nível de atividade, propensão à angústia, inibição e reatividade.
Existe uma certa tendência para expressar determinadas emoções e capacidade para regular o comportamento.

54
Q

Níveis de Análise e autores

A

Características objetivas e observáveis – categorias – dimensões do comportamento
Estudos de Alexander Thomas & Stella Chess
O objetivo destes estudos era estudar os aspetos específicos do comportamento humano nas primeiras fases de vida. As amostras eram diversificadas, eram realizadas entrevistas com os pais logo após o nascimento, com os professores e mais tarde, testes com as crianças.

55
Q

Características do temperamento

A
  • Atividade: nível geral de mobilidade (frequência, duração e locomoção) - inativo/ativo
  • Ritmicidade: regularidade das funções biológicas; até que ponto os padrões de alimentação e de sono podem ser previsíveis ou não - irregular / regular
  • Abordagem - retirada: reação a situações novas, alteração de uma nova rotina- retirada/ abordagem
  • Adaptabilidade: modificação das respostas iniciais de retirada a uma nova situação; depois de uma resposta inicial como o sujeito consegue reajustar o seu comportamento – inadaptável/adaptável
  • Intensidade: intensidade da resposta aos estímulos – moderada/intensa
  • Limiar: estimulação necessária para desencadear resposta (se o limiar for baixo, a força será menor) – baixa/elevada
  • Humor: padrão típico relacionado com a qualidade do humor – negativo/desagradável VS positivo/agradável
  • Distração: grau de facilidade com que as atividades são interrompidas, até que ponto somos mais suscetíveis a mudar o nosso foco- baixa/elevada
  • Persistência da atenção: grau de envolvimento numa atividade ou retoma após interrupção; mantê-lo constante – baixa/elevada
56
Q

Classificações do temperamento

A

ver tabela resumo
Fácil: ritmos biológicos mais regulados (constante); deparação a situações não familiares o indivíduo aborda e explora; na fase inicial o estado do bebé pode não ser tão tranquilo, mas com a adaptação o comportamento é reajustado; existe um predomínio do afeto positivo.
Difícil: ritmos biológicos irregulares e inconstantes; apresenta uma resposta de retirada em confronto com situações novas e demonstra uma resistência em se readaptar, verifica-se um comportamento negativo ou negativo intenso.
Lento: ritmos biológicos moderados; em contacto com situações estranhas existe uma retirada inicial (primeira abordagem), mas rapidamente se consegue adaptar; existe um padrão típico neutro.

57
Q

Categorias do temperamento autores

A

Inibição e sociabilidade - ver tabela resumo
Estudos de Jerome Kagan:
Se o nível de estimulação os perturba, o limiar baixa logo, o bebé irá afastar-se deste tipo de situações. Se o ambiente reforçar este comportamento, este bebé torna-se numa pessoa mais tímida.
A forma com o ambiente (pais, professores) responde ao nível de temperamento inicial aos 2 meses de vida de um sujeito pode acentuar ou arranjar formas alternativas de substituir o comportamento.
Estudos de Nathan Fox:
Fox foi estudar os padrões cerebrais distintos associados a diferentes temperamentos.
Atividade elétrica cerebral:
* Assimétrica em crianças muito inibidas e crianças muito sociáveis (hemisférios opostos
* Simetria equilibrada (neutra) nos dois hemisférios em crianças intermédias (atividade elétrica bem distribuída e estável)
Conclusão: o desenvolvimento resulta de fatore tanto biológicos como ambientais. A genética prepara o potencial, o ambiente pode fazer com que esse potencial seja alcançado ou não.
Estudos de Mary Rothbart:
Rothbart criou um questionário que envolvia 195 características para avaliar o temperamento (Children’s Behavior Questionnaire, CBQ)
* Effortful control (controlo de impulsos e da atenção)
* Emocionalidade negativa/ expressão do afeto negativo (exemplo, frustração, medo, desconforto, tristeza)
* Extroversão (grau de envolvimento ativo e positivo a situações não familiares)

58
Q

Estabilidade do Temperamento

A

Para estudar a estabilidade no temperamento usaram medidas indiretas (utilização da perceção de outro, não corresponde ao comportamento direto do bebé) resultando em várias consequências:
- Possíveis enviesamentos (exemplo, desejabilidade social)
- Baixo acordo pais/professores (Vaughn & Bost, 1999)
- Papel das expectativas dos pais – descrições de como o bebé seria antes do nascimento associadas a descrições do bebé meses após nascerem (Rothbart & Bates, 1998)
Ver tabela dos períodos de desenvolvimento - resumo

59
Q

Fatores Biológicos – temperamento

A

Correlatos Biológicos
Correlatos Hormonais
Genética: estudo com gémeos

60
Q

Diferenças Culturais – temperamento

A

As diferenças culturais nas práticas parentais podem enfatizar a expressão emocional, a obediência, autocontrolo dos seus filhos.
Exemplo: bebés norte-americanos tendem a pontuar mais alto no afeto positivo e nos no afeto negativo e controle de impulsos (Farkas & Vallotton, 2016)

61
Q

Desenvolvimento Emocional

A

Ao longo da vida adicionamos comportamentos emocionais, mas as bases desenvolvem-se nos primeiros anos de vida.

62
Q

O que é uma emoção?

A

Emoções: Estado de sentimento que emerge quando uma pessoa avalia um acontecimento de uma determinada forma (Dehart, Sroufe, & Cooper, 2006). Envolve respostas fisiológicas distintas e avaliações cognitivas que motivam a ação (Saarni et al., 2006).

63
Q

Características das emoções

A

Fisiologia
Cognitiva
Comportamental
Comunicativa

64
Q

Funções das emoções

A

Comunicativa/social (outros):
* Comunicação/Compreensão emocional – comunicar e interpretar os meus estados emocionais e o dos outros
* Facilitam as conexões sociais (s (Liu et al., 2013; Trevarthen, 2015), facilitador emocional para construir relações
Adaptativa (self):
* Geram cuidado e proteção;
* Contribuem para a sobrevivência, desenvolvimento e bem-estar
* Adaptações ontogénicas – evoluíram para o nosso desenvolvimento e sobrevivência (Oster, 2005; Schore, 2016).

65
Q

Competências Emocionais -Emergência e expressão de emoções

A

1)Endógenas/reflexas (0-3meses)
2)Exógenas (3-6 meses)
3) Emocional e Social (6-12 meses)

66
Q

Tipos de emoções

A

Emoções básicas: universais (abordagem ética – expressas em todas as culturas) e são determinadas por fatores genéticos (teoria das emoções diferenciais), isto significa que emoções distintas, cuja presença e emergência dependem da biologia:
* Alegria – sensação de maior prazer e bem-estar
* Medo – evitar perigo e ameaça
* Raiva – atingiu o seu limite (limiar)
* Nojo ou repulsa – substâncias nocivas
* Tristeza – gera sentimento de proteção, cuidado e preocupação no outro
As emoções autoconscientes/secundárias requerem recursos cognitivos mais complexos, um certo sentido objetivo do self e alguma compreensão dos padrões/regras do comportamento (internalização de uma perspetiva externa) e aparecem nos Toddlers são:
* Vergonha
* Culpa
* Orgulho
Emocões autoconsciente – receber o feedback dos outros
Emoções autoavaliativas – o próprio consegue reconhecer

67
Q

Conhecimento Emocional

A

Em bebés ocorre um reconhecimento das expressões emocionais dos outros, ou seja, o bebé consegue corresponder a expressão facial às vocalizações.
Nos toddlers (pré-escolar) começam a compreender e interpretar os estados emocionais do próprio e dos outros (compreensão emocional). Interliga-se com o desenvolvimento do self e a descentração afetiva.

68
Q

Regulação Emocional e técnicas de coping

A
  • Capacidade para regular a intensidade e duração das emoções, através de técnicas de coping
  • Possibilita uma expressividade e experiência emocional apropriadas em situações desafiantes
  • Promove o desenvolvimento adaptativo
    As técnicas de Coping são respostas globais e involuntárias (fazem parte do repertório). Correspondem a mecanismos precoces, integrados que interrompem a interação com o meio. Estratégias que nos ajudam a regular as emoções. Como por exemplo, dormir, chorar (interromper estimulação desagradável), posição da cabeça, olhar, etc.
    Em bebés existe uma hetero-regulação, ou seja, o adulto ajuda o bebé a controlar/regular as suas emoções através de estratégias de conforto ou de redireccionamento da atenção.
    Nos toddlers (24 meses) a criança consegue regularizar melhor as suas emoções, mas ainda precisa de ser guiada e apoiada por um adulto (autorregulação apoiada ou co regulação). Como por exemplo: queda dramática, cantar para não ter medo. Adia a gratificação (exige esforço, mas geralmente consegue esperar).
    Autorregulação emocional – habilidade para direcionar atividades, mantendo o comportamento e as emoções organizadas em situações desafiantes (seres emocionalmente competentes). Consegue compreender os seus estados emocionais e os dos outros.
69
Q

Desenvolvimento do self , autoestima e autoconceito

A

Capacidade de se presentar mentalmente. Apresenta uma auto consciência (um sentido de si mesmo).
Desenvolve-se nas interações sociais e depende do desenvolvimento cognitivo do indivíduo. + conhecimento cognitivo, + construção
Autoestima – avaliação do nosso valor e da sua competência
Autoconceito – conhecimento do nosso valor, aspetos cognitivos da auto-estima

70
Q

Quando emerge o desenvolvimento do self e como evolui?

A

Bebés com (9/10meses) apresentam uma consciência do self rudimentar:
Todllers – consciência do self como independente:
A partir dos 18 meses começa o reconhecimento facial, consciência corporal
Idade pré-escolar:
Idade escolar e adolescência – consciência do self mais complexa e multifacetada

71
Q

Valores culturais e desenvolvimento do self

A

Consequências a curto prazo - as crianças não escolhem desenvolver áreas potencialmente atrativas para elas e desistem destas oportunidades devido ao ambiente
Consequências a longo prazo - pode ter efeitos no desenvolvimento cognitivo e social em áreas que não são tão exercitadas (ex. habilidades espaciais, físicas, matemáticas, desportivas, gestão; cuidados, etc.)

72
Q

Parentalidade e objetivos

A

– Inclui afeto, crenças, atitudes e comportamentos dos pais
– Providencia cuidado, proteção, aceitação, orientação e transmissão de valores e conhecimentos
– É um fator determinante para o desenvolvimento (em todos os seus domínios)
– É um construto multifacetado, pois ocorre o estabelecimento de laços afetivos, relações assimétricas (desenvolvimento humano), fator modificável (pode ser objeto para modificar)
Objetivos: sobrevivência, económico e cultural

73
Q

Parentalidade e desenvolvimento das crianças

A

ver resumo favorável de desfavorável

74
Q

Estilos parentais - autores

A

Diana Baumrind (1971,1980) estudou os padrões comportamentais das crianças correlacionados com tipos distintos de parentalidade, encontrou 3 (autoritativo, autoritário e permissivo).
Eleanor Maccoby & John Martin (1983) focaram-se na frequência e resolução de conflitos pais-criança e descobrem mais um tipo, negligente.

75
Q

Estilos parentais - Estilo Autoritativo

A

1)Estilo Autoritativo: Pais (elevada exigência/ elevada responsividade)
– Cuidadores, calorosos, responsivos e apoiantes
– Exigem maturidade e comportamentos apropriados dos filhos, enquanto reconhecem que eles têm necessidades e direitos
– Estabelecem limites claros e padrões elevados para o comportamento dos filhos e esperam que estes sejam respeitados
– Baseiam-se em técnicas de disciplina confrontativas, assentes no raciocínio e discussão aberta
– Permitem uma comunicação bidirecional, assegurando o respeito pelo ponto de vista das crianças
– Encorajam autonomia e a competência social
1)Estilo Autoritativo: Filhos
– Humor positivo
–Independentes
–Enérgicos
– Curiosos
–Autoestima elevada
– Competentes socialmente
–Melhor desempenho académico
– Maiores índices de saúde mental
– Autocontrolados
– Baixos níveis de agressividade
– Relações de vinculação seguras

76
Q

Estilos parentais - Estilo Autoritário

A

2)Estilo Autoritário: Pais (elevada exigência/ baixa responsividade)
– Demostram baixa expressão afetiva e responsividade
– Controlam e a avaliam os comportamentos e atitudes dos filhos de acordo com um conjunto de padrões rígidos
– Enfatizam a obediência à autoridade - são rigorosos na disciplina e inflexíveis e rígidos na aplicação de regras
– Não levam em consideração os desejos dos filhos e raramente tentam compreender o seu ponto de vista (comunicação unilateral)
– Privilegiam medidas punitivas (tratamento severo, hostil)
– Restringem a autonomia
2)Estilo Autoritário: Filhos
– Humor negativo
– Frustração
– Dependentes
– Inseguros
– Pior desempenho académico
– Baixa autoestima
– Suscetíveis a problemas de saúde mental e consumo de drogas
– Baixa competência social
– Desregulação emocional e comportamental
– Mais problemas externalizantes

77
Q

Estilos parentais - Estilo Permissivo

A

3)Estilo Permissivo: Pais (baixa exigência/ elevada responsividade)
– Afetuosos e indulgentes (demasiado tolerante)
– Não exigem níveis elevados de realização ou padrões do comportamento dos filhos
– Falham em estabelecer e manter limites e padrões firmes, e em exigir comportamento maduro e apropriado dos filhos
– Fomentam um desenvolvimento sem imposição de autoridade
– Funcionam como um recurso (vs. agente educativo ativo)
3)Estilo Permissivo: Filhos
– Dificuldade em seguir e cumprir regras
– Baixo autocontrolo e elevada impulsividade
– Egocêntricos
– Problemas nas relações e interações
– Pouco autossuficientes
Nota: A permissividade surge devido falta de atenção, hostilidade gerando um desenvolvimento negativo.

78
Q

Estilos parentais - Estilo Negligente

A

4)Estilo Negligente: Pais (baixa exigência/ baixa responsividade)
– Fazem poucas exigências sobre o comportamento dos filhos
– Fornecem pouca supervisão
– Distantes emocionalmente
– Baixo esforço para reconhecerem emoções e perspetivas dos filhos
– Indiferentes, não envolvidos
Nota: Problemas de saúde/história de abuso
4)Estilo Negligente: Filhos
– Impulsividade
– Desregulação emocional
– Problemas comportamentais e aditivos
– Problemas saúde mental
Darling & Steinberg (1993) afirmaram que os objetivos na socialização diferem entre estilo e padrões parentais.

79
Q

O que é um estilo parental e uma prática parental?

A

Estilo Parental – Padrão geral e clima emocional
Prática Parental - Comportamentos/estratégias específicos que são: o calor emocional, o controlo comportamental e o apoio e autonomia

80
Q

Tipos de relações

A

Relações Assimétricas/verticais – são complementares e que se estabelecem com alguém (por exemplo um adulto) que detém um maior conhecimento e/ ou poder social. Proporcionam o conhecimento, segurança e proteção.
Relações Simétricas/horizontais – são recíprocas e que se estabelecem com um par com o mesmo conhecimento e/ou poder social. Proporcionam aquisição de novas aptidões sociais.

81
Q

Níveis de Experiência Social

A

Interação - conjunto de comportamentos entre dois indivíduos durante uma troca social com alguma duração. Progressão do desenvolvimento das habilidades interativas.
Relação - conjunto de interações consistentes no tempo e com um afeto predominante
Grupo - conjunto de indivíduos em interação e com influência entre si

82
Q

Níveis de Experiência Social - interação

A

Bebés
* Consciência Social – mostram interesse social nos pares (olhares mútuos, expressões faciais, vocalizações, atividade motora)
* Aumento de comportamentos socialmente orientados – mais respostas a contactos sociais como a imitação e focadas em objetos
Toddlers
* Avanço nos repertórios sociais – discriminação de estratégias, ajustamento do conteúdo e resolução cooperativa
* Sequências interativas mais complexas – previsíveis, coordenadas e prolongadas. Assumem a forma de jogos simples e sociais prototípicos, existindo então a evolução do brincar que engloba a compreensão e participação social
Evolução do brincar (tipos de brincadeira)
- Comportamento desocupado
- Brincadeira solitária
- Comportamento do espetador
- Brincadeira paralela
- Brincadeira associativa
- Brincadeira cooperativa
Pré-escolar
* Participação social mais frequente – aumento da frequência de brincadeiras sociais (associativas e cooperativas/colaborativas)
* Pretensão social - Episódios mais longos e mais complexos de jogo simbólico (brincar ao faz-de-conta)
* Maior compreensão da interação social
Idade Escolar
* Interações mais complexas e multifacetadas
Melhoria das competências sociocognitivas e comunicativas
Envolvimento em jogos competitivos com regras
Interação social com pares torna-se “norma”
Aumento gradual do comportamento pró-social (altruísta)
As interações podem ser positivas ou negativas (ver resumo)

83
Q

Níveis de Experiência Social - relação

A

Primeira infância
Meia- infância
Adolescência

84
Q

Conceito de amizade

A

Amizade – reação voluntária, mútua e recíproca. Baseia-se na igualdade e proximidade
O que distingue as relações de amizade de outras?
- Interações positivas mais frequentes
- Mais cooperativos na resolução de problemas/tarefas
- Discordam mais frequentemente, no entanto, gerem os conflitos mais eficazmente
Conceções de amizade
- Acordo geral sobre a importância das amizades
- Diferenças em função do período de desenvolvimento (concreto → abstrato): Compreensão sobre a amizade torna-se gradualmente mais sofisticada e as expectativas tornam-se cada vez mais ligadas à intimidade
Os amigos são semelhantes em hobbies/interesses; atitudes, opiniões e valores; aceitação de pares; desempenho académico, tendências comportamentais e características observáveis/superficiais.

85
Q

Níveis de Experiência Social -grupo

A
  • Afiliação
  • Competências sociocognitivas (tomada de perspetiva, teoria da mente)
  • Competências sociais (cooperação, resolução de conflito, negociação e partilha)
86
Q

Aceitação e pares

A

Aceitação de Pares – julgamentos que os pares fazem sobre o estatuto/posição de um determinado indivíduo do seu grupo. Desta forma, são aceites (populares) ou não aceites (rejeitadas, negligenciadas e controversas).

87
Q

Categorias sociométricas

A
  • Popular
  • Controverso
  • Rejeitado
  • Negligenciado
    resumo matil
88
Q

Período Crítico

A

Momento em que o indivíduo tem de adquirir capacidade

89
Q

Vinculação e modelos

A

Modelo Monotrópico - uma só relação de vinculação
Modelo Hierárquico - vários relacionamentos, mas o mais importante é o da mãe
Modelo Integrativo - todas as relações de infância têm o mesmo peso
Modelo Independente - vários modelos independentes e cada um deles é importante em diferentes áreas do desenvolvimento