Comportamento social Flashcards
background histórico
Arnold Berthold - importância dos testículos para os comportamentos agressivos (algo nos testículos, não se sabia na altura mas eram os androgénios)
Nikolas Tinbergen - comportamento é determinado por estímulos extrínsecos e estado interno (experiência prévia e estado hormonal)
Konrad Lorenz - necessário para a sobrevivência dos indivíduos
definição de comportamento agressivo
comportamento social inato que permite aos indivíduos defenderem o seu território, assegurar recursos e aumentar a probabilidade de se reproduzir
tipos de comportamento
territorial - afastar intrusos para manter o seu território
dominância - estatuto social mais elevado para obter recursos
sexual - ameaça ou ataque a fêmeas para conseguir acasalamento
predatória - ataque a indivíduos de outra espécie para obter alimento
parental - defender a descendência
tipos de agressividade
ofensiva / proativa / predatória
- planeada
- não está associada a maiores níveis de atividade do sistema simpático
- por exemplo, obtenção de alimento
defensiva / reativa / afetiva
- impulsiva
- muitas vocalizações
- ativação do sistema simpático
- por exemplo, mostrar que tem e não de obtenção do alimento
bases neurais da agressividade
- amígdala
estimulação elétrica = estado de agitação ou agressão defensiva (afetiva) - telencéfalo e hipotálamo
remoção do telencéfalo (córtex cerebral + telencéfalo basal) = “falsa raiva”, comportamento anormal e extremamente agressivo
hipotálamo posterior = expressão da raiva e agressão
telencéfalo = inibe essa agressividade - hipotálamo
estimulação elétrica:
hipotálamo medial - agressividade defensiva
hipotálamo lateral - agressividade ofensiva
circuito neural da agressão
existem vários tipo de conexões: energéticas, serotinérgicas, inibitórias, entre outras.
os neurónios podem estimular ou inibir a agressividade
córtex pré-frontal medial (mPFC)
- inibe a agressividade
- hipotálamo com este córtex = maior tempo de latência
hipotálamo ventromedial (VMHvl)
- aumento da agressividade e aumento da motivação da agressividade
núcleo accumbens (NAc)
- faz parte do sistema dopaminérgico / sistema meso-límbico da recompensa
- níveis de dopamina aumentam nesta área em antecipação a lutas e também pós-lutas
- níveis mais baixos de retaliação quando existe a ativação do córtex pré-frontal medial
hipótese da deficiência da serotonina
agressão é inversamente proporcional à atividade serotonigérgica (+ serotonina - agressividade)
fármacos:
agonista de 5-HT (serot.) = menor agressividade
antagonista de 5-HT = maior agressividade
sem 5 - HT = maior agressividade
Hormonas x SN x comportamento
agressividade
androgénios:
1. efeitos organizacionais
- alterações do estado hormonal numa fase inicial do desenvolvimento (castração) - efeito permanente no comportamento em adulto
2. efeitos ativacionais
- efeitos que duram pouco tempo também alteram o comportamento (aumento temporal de androgénios - maior agressividade)
cortisol:
efeito da testosterona no comportamento social é moderado pelo cortisol
- só há uma relação quando os níveis de cortisol são baixos
experiência prévia
winner effect = se ganharmos uma competição temos mais tendência em entrar em outras e ganhar , existindo um aumento de androgénios após a competição
loser effect = se perdermos uma competição temos mais tendência a não competir ou a competir e perder
- efeito dos androgénios só no winner effect, pois tem um efeito mais duradouro
tanto as hormonas como as interações sociais afetam o comportamento social
comportamento afiliativo
comportamento que aproxima os indivíduos e caracteriza-se pelo aumento do contacto. promoção da existência de laços sociais
afiliação - sistema endócrino
AVP (vasopressina) e OT (oxitocina) são hormonas (e neuromoduladores) que influenciam de forma acentuada o comportamento afiliativo
neurónios do hipotálamo projetam-se na hipófise posterior e libertam AVP e OT na corrente sanguínea
- funcionam como neuromoduladores pois vão regular o funcionamento dos neurónios do encéfalo
espécies monogâmicas
arganazes no campo - espécie monogâmica = estabelecem um vínculo para a vida (não têm mais nenhum parceiro)
- hormonas sexuais têm a mesma expressão
VAP = induz a expressão de comportamento afiliativos e aumenta os cuidados parentais
fêmeas - OT aumenta o comportamento afilitativo e existem muitos recetores no córtex pré-frontal medial e no núcleo accumbens
machos - VAP responsável pelo comportamento afiliativo, existem muitos recetores a área pálido ventral - constituinte dos glânglios basais
antagonista destes recetores - diminuição deste comportamento
espécies poligâmicas
arganazes montanheses - espécie poligâmica = sem vínculo com a fêmea e com as crias
VAP (área VP) e OT não têm efeito no “pair bonding”
Após o acasalamento, o encéfalo das fêmeas é altera e existe uma ativação dos recetores de oxitocina e vasopressina que interagem com a dopamina (associado à recompensa) = estabelece o comportamento afiliativo
- após a criação, o seu encéfalo volta ao normal
comportamento maternal
influenciado por : estrogénios e progesterona, prolactina, oxitocina e vasopressina
+ estrogénios e libertação de OT = comportamento maternal e motivação maternal
em humanos:
níveis altos de OT = sensibilidade maternal
diminuição de OT = depressão pós-parto
níveis de OT altos na mãe = níveis de OT altos no filho
- estimulado por vocalizações sociais das mães ( reduz também a resposta ao stress)
comportamento paternal
diferenças no córtex pré-frontal (PCF) - densidade de espinhos dendríticos nas células piramidais maior e mais recetores de AVP nessas zonas
- aumento da área de contacto entre os neurónios
em humanos:
oxitocina - aumenta no plasma durante o aleitamento e também nas relações sexuais
aumenta a confiança, atratividade e a capacidade de reconhecimento de emoções exibidas pelo rosto