Parasitoses - protozários Flashcards

1
Q

Amebíase - espécie, local, fisiopatologia

A

Entamoeba hystolitica
Habita no cólon, fazendo invasão tecidual (histolítica = lesão de tecidos) → disenteria

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2
Q

Amebíase - ciclo de vida, como adquire

A
  • Cisto ingerido → eclode em trofozoíta (forma ativa) no colon → encistamento → cisto eliminado em fezes → contamina solo e água
  • Ingestão - mais comum em alimentos crus, como saladas, e água
  • Invade mucosa = diarreia + sangue e pus
  • Exame parasitológico de fezes (EPF) identifica os cistos
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3
Q

Amebíase - quadro clínico (4)

A
  • Assintomático
  • Dor abdominal
  • Diarreia invasiva baixa (disenteria)
  • Formas extraintestinais → abscesso hepático amebiano
    • Invade tanto mucosa a ponto de ganhar circulação
    • Pode formar abscessos em outros locais, mas mais comum é fígado
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4
Q

Amebíase - diagnóstico: exame e achados

A

EPF → em busca de cistos, pode achar trofozoíta (mais em fezes diarreicas)

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5
Q

Amebíase - tratamento: drogas (6)

A
  • Secnidazol
  • Tinidazol
  • Nitazoxanida 12-12h por 3d
  • Metronidazol
  • Etofamida
  • Teclosan
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6
Q

Amebíase - tratamento segundo quadro clínico (3)

A
  • Assintomático → Teclosan 500 mg 2x/dia por 3d, Etofamida 100 mg 3x/dia por 5d
    • Elimina bichos intraluminais que não estão parasitando
  • Quadro Leve → Secnidazol ou Tinidazol dose única + Teclosan
  • Quadro grave → Metronidazol 10 dias + Teclosan
    • Abscessos, colite etc
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7
Q

Abscesso hepático por amebíase - epidemiologia, quadro clínico (3), dx (2), tratamento (2)

A
  • Mais em homem jovens
  • Quadro clínico
    • Dor QSD, febre, sinal de Torres-Homem (dor a percussão)
  • Diagnóstico
    • USG → TC (se USG positivo)
      • Lesão única, achocolatada (sangue + pus) e em lobo direito
    • Sorologia (ELISA)
    • Metronidazol
      • 95% resolve só com medicamento
  • Drenagem - se falha medicamentosa
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8
Q

Giardíase - espécie, local, fisiopatologia

A

Habita no delgado, principalmente duodeno, atapetando-o (não invade) → disabsorção

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9
Q

Giardíase - ciclo de vida

A

igual de amebíase

Cisto ingerido → eclode em trofozoíta (forma ativa) no colon → encistamento → cisto eliminado em fezes → contamina solo e água

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10
Q

Giardíase - quadro clínico (4)

A
  • Dor abdominal
  • Diarreia alta não invasiva (volumosa)
  • Disabsorção (impede contato de enterócitos com nutrientes)
  • Atrofia de vilosidades
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11
Q

Giardíase - diagnóstico (5)

A
  • ELISA em fezes (1ª linha)
  • Imunofluorescência direta em fezes (1ª linha)
  • PCR em fezes
  • Exame microscópico direto
    • Em fezes - Pode identificar trofozoítos ou cistos, mas pode vir negativo mesmo em múltiplas amostras
    • Em aspirado duodenal
  • Biópsia duodenal ou intestinal
    • Em pctes com sintomas caraterísticos mas exame de fezes negativo
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12
Q

Giardíase - qual comorbidade agrava o quadro?

A

Quando associado com hipogamaglobulinemia por IgA → casos graves

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13
Q

Giardíase - tratamento (4), se falha o que fazer, tratamos assintomáticos?

A
  • Secnidazol ou Tinidazol dose única
  • Albendazol 5 dias
  • Nitazoxanida 12-12h por 3d
  • Metronidazol se infecção grave

Se recorrência (por reinfecção, resistência medicamentosa ou tratamento insuficiente) retratar com outra classe de droga

Tratamos assintomáticos apenas se em domicílio houver pessoas com imunodeficiências

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14
Q

Balantidíase - espécie, parasita natural, local de infecção

A

Balantidium coli
- Parasita natural do porco mas pode ser encontrado em outros animais
- Baixa incidência, sendo mais comum em meio rural
- Infecta mais intestino grosso, principalmente ceco

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15
Q

Balantidíase - quadro clínico (2)

A
  • Assintomático (maioria)
  • Semelhante a colite amebiana
    • Pode causar inflamação, invasão de submucosa e úlceras
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16
Q

Balantidíase - dx (2)

A
  • Trofozoítos ou cistos em fezes ou fragmentos de tecido (sigmoidoscopia, colonoscopia)
  • EPF
    • Menos sensíveis, precisa de várias amostras - eliminação do parasita intermitente
17
Q

Balantidíase - tratamento(4)

A
  • Tetraciclina (> 8 anos)
  • Metronidazol
  • Iodoquinol
  • Nitazoxanida
18
Q

Criptosporidíase - espécie, epidemiologia, local de infecção, como adquire

A

Cryptosporidium spp
- Comum em portadores de AIDS
- Oportunista mas também pode causar infecção em imunocompetentes
- Adquirido via ingestão de água ou alimentos contaminados com oocistos
- Infeta principalmente delgado - invadem enterócitos + multiplicam-se loucamente → danos morfológicos + atrofia de vilosidades + intenso infiltrado inflamatório

19
Q

Criptosporidíase - quadro clínico em imunocompetentes (2) e imunocomprometidos (4)com suas complicações (5)

A
  • Assintomático (maioria)
  • Imunocompetentes
    • Diarreia aguda aquosa, volumosa e autolimitada (3-12 dias)
    • Lactentes e pré-escolares pode evoluir
      • Diarreia persistente
      • Desnutrição
      • Desidratação
  • Imunocomprometidos
    • Diarreia grave, prolongada e recidivante
    • Síndrome de má absorção
    • Perda de peso importante
    • Complicações
      • Colecistite
      • Colangite esclerosante
      • Estenose do colédoco distal
      • Hepatite
      • Pancreatite
20
Q

Criptosporidíase - dx (3)

A
  • EPF com solicitação específica (não é buscado na rotina)
    • Busca oocistos
  • ELISA
  • PCR
  • Pelo menos 3 amostras
21
Q

Criptosporidíase - tratamento imunocompotentes e imunocomprometidos

A
  • Imunocompetentes
    • Nitazoxanida 3-14 dias (se > 1 ano)
  • Imunocomprometidos
    • Receptor órgão sólido - Nitazoxanida > 14 dias
    • HIV - antiparasitário + TARV
      • Conforme normaliza TCD4 tende a cessar sintomas e eliminação de oocistos
22
Q

Isosporíase - espécie, população mais comum, local de infecção, como adquire

A
  • Mais comum no Haiti e em AIDS
  • Adquiridos pela ingesta de oocistos em água ou alimentos contaminados
  • Infectam delgado - invadem e multiplicam em enterócitos → danos estruturais celulares, nas vilosidades + inflamação
23
Q

Isosporíase - quadro clínico em imunocompetentes (2) e imunocomprometidos (6)

A
  • Assintomático (maioria)
  • Diarreia aguda autolimitada
  • Imunocomprometidos
    • Diarreia mais intensa e arrastada
    • Desidratação
    • Síndrome de má absorção
    • Adenite mesentérica
    • Invasão esplênica e hepática
    • Colecistite
24
Q

Isosporíase - dx (1)

A
  • Identificação de oocistos - em fezes, aspirado duodenal, biópsia de delgado
    • Pelo menos 3 amostras de fezes - oocistos tendem a ser eliminados em baixo número
    • Notificar laboratório sobre hipótese diagnóstica, pois usam métodos que sensibilizam
25
Q

Isosporíase - tratamento (2)

A
  • Sulfametoxazol-Trimetoprim 7-10d (1ª escolha)
  • Pirimetamina - se intolerância ao Bactrim
  • Se imunocomprometido usar doses mais altas e por período de tempo mais prolongado
26
Q

Blastomicose - espécie, população, local que infecta

A

Blastocystis hominis
- Comensal - pode causar infecção em delgado ou grosso em imunocomprometidos

27
Q

Blastomicose - quadro clíncico (2)

A
  • Sintomas gastrointestinais inespecíficos
  • Diarreia aguda → crônica
28
Q

Blastomicose - dx (1)

A

EPF - microscopia direta

29
Q

Blastomicose - tratamento: indicação, drogas

A
  • Indicação de tratamento difere - a maioria opta por tratar se sintomas persistentes
  • Nitazoxanida
  • Metronidazol
  • Tinidazol (se intolerância ao Metro)
30
Q

Ciclosporose - espécie, população, local de infecção

A
  • Predomina em imunocomprometidos
  • Infecta delgado - inflamação e atrofia de vilosidades
31
Q

Ciclosporose - quadro clínico (2)

A
  • Em regras gerais, grave em imunocomprometido, leve e autolimitado em imunocompetente
  • Diarreia
  • Má absorção
32
Q

Ciclosporose - diagnóstico

A

Identificação de oocistos - em fezes, aspirado intestinal ou biópsia

33
Q

Ciclosporose - tratamento (1)

A
  • Sulfametoxazol-Trimetoprim por 7d
  • Se imunocomprometido, prolongar tratamento