Otite Média com Efusão Flashcards
Frente
Verso
O que é otite média com efusão (OME)?
A OME é uma inflamação com acúmulo de líquido na orelha média, sem sinais ou sintomas de infecção aguda, com membrana timpânica íntegra e sem abaulamento.
Qual é a prevalência de OME após um episódio de otite média aguda (OMA)?
Cerca de 10% dos episódios de OMA mantêm secreção na orelha média após 3 meses de sua resolução.
Quais são os impactos da OME no desenvolvimento infantil?
A OME pode causar perda auditiva condutiva, interferência no desenvolvimento de fala, linguagem e habilidades cognitivas, além de sintomas inespecíficos de alteração de equilíbrio.
Quais fatores de risco aumentam a incidência de OME?
Fatores incluem idade precoce do primeiro episódio de OMA, gênero masculino, creches com mais de 6 crianças, aleitamento artificial, anormalidades craniofaciais, e sazonalidade.
Como a disfunção da tuba auditiva contribui para a OME?
A disfunção da tuba auditiva impede a ventilação adequada da orelha média, causando pressão negativa e transudação de secreção, resultando em efusão.
Qual é o papel da adenoide na gênese da OME?
Embora o tamanho da adenoide não tenha relação direta com a OME, a adenoidite crônica e o biofilme bacteriano podem predispor ao desenvolvimento da efusão.
Quais sinais podem ser indicativos de OME em crianças pequenas?
Sinais incluem atraso na linguagem, dificuldade de atender quando chamadas, irritabilidade, alterações no sono e desenvolvimento motor atrasado.
Como a otoscopia pode ajudar no diagnóstico de OME?
A otoscopia pode mostrar espessamento, perda de brilho, retração timpânica e níveis hidroaéreos, sendo fundamental para o diagnóstico.
Qual é a importância dos exames audiométricos no diagnóstico de OME?
Os exames audiométricos são essenciais para avaliar o impacto da OME na audição, com 50% das crianças apresentando perda auditiva de 20 dB ou mais.
Como a OME pode afetar o processamento auditivo central?
A OME pode causar distorção da capacidade de compreensão da fala, especialmente em crianças cronicamente acometidas, afetando o desenvolvimento auditivo central.
Qual é a história natural da OME?
A OME geralmente tem boa evolução com resolução espontânea, mas a persistência da efusão aumenta o risco de comprometimento auditivo e da membrana timpânica.
Em quais casos a intervenção precoce é recomendada na OME?
Intervenção precoce é indicada em crianças com malformações craniofaciais, atraso no desenvolvimento da fala, linguagem ou aprendizado, e com fatores que comprometem a função da tuba auditiva.
Qual é o papel dos corticosteroides e antibióticos no tratamento da OME?
Corticosteroides e antibióticos não têm eficácia comprovada na aceleração da resolução da OME e não são recomendados para o tratamento clínico.
Como os probióticos podem influenciar a OME?
Estudos indicam que probióticos podem ter um impacto positivo na prevenção e tratamento da OME, ao estabilizar a homeostasia bacteriana e reduzir a formação de biofilme.
Quando a timpanotomia com colocação de tubos de ventilação é indicada na OME?
É indicada quando há persistência da efusão após 3 meses, especialmente em crianças com comprometimento auditivo ou com fatores de risco.
Quais são os possíveis efeitos adversos da colocação de tubos de ventilação na OME?
Efeitos adversos podem incluir otorreia, perfuração timpânica persistente, e formação de timpanosclerose.
Como a adenotomia pode influenciar o tratamento da OME?
A adenotomia pode ser benéfica para reduzir a recorrência da OME em crianças com hipertrofia adenoideana significativa ou otite média recorrente.
Qual é a recomendação para a remoção dos tubos de ventilação?
A remoção dos tubos geralmente é recomendada após 12 a 18 meses ou se houver complicações como otorreia persistente ou timpanosclerose significativa.
O que é a timpanosclerose e como pode ocorrer após a OME?
A timpanosclerose é uma calcificação da membrana timpânica ou do ouvido médio, que pode ocorrer após episódios de OME ou após a colocação de tubos de ventilação.
Quais são as indicações para a remoção cirúrgica da adenoide em crianças com OME?
Indicações incluem obstrução nasal grave, otite média recorrente ou crônica, e falha do tratamento conservador com persistência da efusão.
Qual é a importância do acompanhamento regular após a colocação de tubos de ventilação?
O acompanhamento é essencial para monitorar a função dos tubos, detectar complicações precocemente e avaliar a audição e a fala da criança.
Como o tratamento da OME pode influenciar o desenvolvimento acadêmico em crianças?
O tratamento adequado pode melhorar a audição, facilitando o aprendizado e o desenvolvimento acadêmico, especialmente em crianças com dificuldades auditivas significativas.
Quais são as opções de manejo não cirúrgico para a OME persistente?
Opções incluem observação vigilante, uso de dispositivos de ventilação nasal, e técnicas de autoinflação como a manobra de Valsalva modificada.
O que são bolhas timpânicas e como estão relacionadas à OME?
Bolhas timpânicas são lesões císticas que podem se formar na membrana timpânica devido à OME crônica, frequentemente associadas a episódios de otorreia.
Qual é a recomendação para o uso de antibióticos tópicos em crianças com tubos de ventilação?
Antibióticos tópicos podem ser indicados para tratar episódios de otorreia, especialmente em casos de infecção associada aos tubos.
O que é uma miringotomia e quando é indicada na OME?
Miringotomia é a incisão cirúrgica na membrana timpânica para drenar o líquido da orelha média, indicada em casos de efusão persistente que não respondem a outros tratamentos.
Como a remoção de tubos de ventilação é geralmente realizada?
A remoção pode ser realizada no consultório ou em ambiente cirúrgico, dependendo da cooperação da criança e da presença de complicações.
Qual é o papel da avaliação audiológica na decisão de intervenção cirúrgica para OME?
A avaliação audiológica ajuda a determinar o grau de perda auditiva e a necessidade de intervenção cirúrgica, como a colocação de tubos de ventilação.
Quais fatores podem predispor à falha dos tubos de ventilação na OME?
Fatores incluem infecções respiratórias frequentes, exposição ao fumo passivo e má função da tuba auditiva.
Como a OME pode ser manejada em crianças com síndrome de Down?
A OME em crianças com síndrome de Down é frequentemente manejada com colocação precoce de tubos de ventilação, devido à alta prevalência de efusão e perda auditiva.