Osteogenese imperfeita Flashcards
Definição osteogenese imperfeita
Doença genética do tecido conectivo caracterizada por
fragilidade óssea.
– Evidenciada por fx de ossos longos
– Formas leves a letais
Epidemiologia
Incidência: 3 – 6 / 100.000
– Tipo I: 2,35/100.000
– Tipo II: 1 a 1,4/100.000
– Tipo III e IV: raras
Etiologia
Alteração no colágeno tipo 1
• Colágeno 1 representa 90% do colágeno corporal
• Processo de remodelação e fragilidade óssea
(osso de qualidade ruim…)
– Principalmente no crescimento
– Maturidade a arquitetura fica um pouco mais normal
Prot estrutural mais importante dos ossos, dentina e esclera
Espectro de mutação genética
7q (colágeno 1A1)
• Alteração no RNA mensageiro
– 17q (colágeno 1A2)
defeito quantitativo x qualitativo: colageno
Defeito quantitativo – OI tipo I
– Colágeno 1A1
• Defeito qualitativo – OI tipos II, III, IV
– Severidade dependendo de qual tipo de colágeno produzido
Herença genetica
90% possuem um defeito genético identificável (COL1A1 e COL1A2)
– Autossômico dominante
– Mutação espontânea
– Autossômico recessivo (menos comum)-mais grave
Defeito qualitativo = substituição ou deleção
da glicina
patologia ossea
Diminuição de matriz extracelular
• Aumento relativo de osteócitos
• Aumento do turnover ósseo
• Osso lamelar fino
• Atraso de maturação dos centros de ossificação
secundários
• Osteopenia
Clínica
Fragilidade óssea (velocidade consolidação normal)
Deformidades ósseas- canela de sabre
Fraturas em coluna
Espondilolistese: alongamento da pars
Impressão basilar
Baixa estatura
Retropé valgo
Luxação recidivante de patela
DDQ
Baixa estatura
Hipotonia e fraqueza muscular
esclera azul
Dentinogênese Imperfeita
perda auditiva
hipermetabolismo, pele fina e prolapso mitral
Clínica: Fragilidade óssea
Tendência a fraturas, na face convexa osso
– Principalmente idade pré escolar
– Dor óssea (deformidade pelas fraturas antigas)
– Frouxidão ligamentar e hipermobilidade
Clínica: Deformidades ósseas
Devido a fraturas
• Podem ser intrautero
• MMII mais acometidos
– Fêmur >Tíbia
• Consolidação acontece no tempo normal
– Protrusão acetabular pode ocorrer
– Cúbito varo + contratura em flexão
–Coxa vara (marcha em tredelemburg)
Clínica: Fraturas em coluna
(escoliose 20-40% maioria torácica, cifose)
Clínica: Hipotonia e fraqueza muscular
– Secundaria a fraturas (imobilização e deformidade)
– Osteopenia e osteoporose
Clínica: esclera azul
– Estigma mais conhecido da doença, a acizentado
– Alteração do colágeno
Clínica: Dentinogênese Imperfeita
Deficiencia na Dentina
Clínica: perda auditiva
40% no tipo I
– 50% dos adultos
Classificação
Sillence (I-IV)
Shapiro (congênita x tarda)
Hanscom (A-F)
Classificação de Sillence I
leve/ Moderada–mais comum
– Defeito quantitativo (50% do normal)
– Não deformante (dos membros)
– Altura levemente diminuída
– Dentinogênese imperfeita (IB)
– Múltiplas fraturas na infância
• Diminui incidência na puberdade
• Fx transversas e espirais de ossos longos
• Fx Avulsão de olécrano, calcâneo, patela
– Esclera azulada
– 40-50% surdez – 3° década – condutivo e
neurossensorial
Classificação de Sillence II
Letal no perinatal
Doença de Vrolik
– Tipo mais grave
– Defeito qualitativo
– Autossômico recessivo ou mutação
– Nascimento com fêmures e quadris amassados +
hipoplasia pulmonar
– Malformações e hemorragias SNC
– Dx USG pré natal
– Maioria com esclera azul
Classificação de Sillence III
Grave
– Tipo mais grave compatível com a vida
– Grandes crânios – face triangular
– Baixa estatura
– Esclera azul claro ao nascimento – branca na puberdade
– Coxa vara
– Cifose, escoliose – múltiplas fraturas vértebras
– Impressão basilar
• dor de cabeça, paralisia nervo, disfagia, hiperrreflexia…
– Deambula com auxílio
• Alguns cadeirantes
– RX – pipocas em epífise e metafíse
– Vértebras bicôncavas – cauda de peixe →
presente no Raquitismo tambem!
– Fx posterior em costelas
– Múltiplas fx´s ao nascimento porém sem
deformidades torácicas
– Consolidação NORMAL
Classificação de Sillence IV
Moderada
– Autossômica dominante
– Baixa estatura
– Fx vertebrais
– Maioria deambuladores
• Com auxílio de órteses
– Esclera branca
– Dentinogênese imperfeita (IVB)
Classificação de Sillence Outros tipos
V – formação de “supercalo” após fx, diferencial com
osteossarcoma, formação de ponte óssea radio-ulna e tíbia-fíbula (luxação cabeça rádio)
• VI – clínica semelhante a IV, colágeno normal, defeito na mineralização óssea
• VII/VIII – Quebec, rizomielia. Histologia similar ao tipo I. coxa vara
Alteração cromossomo 3
Classificação de Shapiro: congênita
Fraturas no utero ou nascimento
– A: ossos longos e costelas deformadas, deformidade
torácica e crânio frágil – incompatível com a vida
– B: ossos longos com contornos normais, sem deformidade
torácica -> 8% mortalidade, 60% cadeirantes
Classificação de Shapiro: tarda
fraturas após nascimento (0%
mortalidade)
– A: fraturas antes de deambular -> 33%
cadeirantes
– B: fraturas após deambular -> 0% cadeirantes
Classificação de Hanscom A
OI Leve, mantem contornos vertebrais
Classificação de Hanscom B
Encurvamento dos ossos longos, com cortical larga.
Pelve mantém seus contornos.
Classificação de Hanscom C
Encurvamento dos ossos longos, com cortical fina e
protusão acetabular
Classificação de Hanscom D
C + cistos na região metafisária dos ossos longos.
Fechamento precoce da fise
Classificação de Hanscom E
Incapacidade extrema, cifoescoliose precoce. Não
se detecta cortical nos ossos longos.