LESÕES FISÁRIAS Flashcards

1
Q

OSSOS EM CRIANÇAS: características

A

Mais canais vasculares
Menos mineralizados
Módulo de elasticidade (rigidez) mais baixo
Menor resistência ao envergamento
Capacidade de deformação plástica
Ao nascimento somente epífises fêmur distal e tíbia proximal já estão ossificadas

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2
Q

DEFORMAÇÃO PLÁSTICA

A

Carga atinge o ponto de quiescência, porém não atinge o ponto de fratura

Fraturas em galho verde = deformidade plástica em uma cortical e fratura em outra

Fraturas em “toro”:
Junção metafisodiafisária = diáfise mais dura que a metáfise

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3
Q

ANATOMIA

A

Apófise
Epífise
Não contribuem para o crescimento longitudinal

Periósteo

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4
Q

Apófise

A

Centro de ossificação secundário
Local de inserção tendinosa
Extra-articulares

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5
Q

Epífise

A

Centro de ossificação secundário

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6
Q

Periósteo

A

Espesso, vascularizado e altamente osteogênico
Firmemente aderido à placa de crescimento, ao nível do anel pericondral de LaCroix
Freqüentemente permanece intacto no lado de compressão da fratura

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7
Q

CONSIDERAÇÕES FISIOLÓGICA

A

O periósteo é vital para a consolidação

Imobilização não-rígida (maioria):

Consolidação secundária = ossificação endocondral e intramembranosa

Remodelação:
Lado convexo = reabsorção
Lado côncavo = deposição

  • 90% podem ser tratadas sem cirurgia
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8
Q

REMODELAGEM

A

Remodelação não ocorre em grau significativo em crianças com <2 anos crescimento do esqueleto remanescentes

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9
Q

Fraturas com Maior capacidade de remodelação

A

Fraturas no plano de movimento da articulação

Fraturas próximas à fise de crescimento

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10
Q

Fatores que influenciam na remodelagem

A
Número de anos de crescimento
Proximidade da fratura
Placa de rápido crescimento
Magnitude da deformidade angular
Plano de angulação
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11
Q

PLACA DE CRESCIMENTO: camadas

A

Germinativa
Proliferativa
Hipertrófica
Calcificação

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12
Q

Zona germinativa

A

(repouso)
Lado articular
Células de repouso

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13
Q

Zona proliferativa

A

Camada de divisão celular

Germinativa e proliferativa = predomínio de proliferação celular

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14
Q

Zona hipertrófica

A

(maturação)

Zona de crescimento celular

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15
Q

Zona de calcificação provisória

A

ou calcificação encondral:
Vascularização à partir da zona de hipertrofia (brotos vasculares)
Rápida calcificação e formação de osso lamelar

Zona hipertrófica e de calcificação: predomínio de produção matriz celular, hipertrofia celular, APOPTOSE e calcificação de matriz

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16
Q

Sulco pericondral (zona) de Ranvier

A

Estrutura triangular na periferia da fise contendo fibroblastos, condroblastos e osteoblastos responsável pelo crescimento periférico (largura) da fise.
Células de repouso e proliferativas

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17
Q

Anel de LaCroix

A

Dá apoio a fise e resistência a separação da fise – função mecânica
Se une ao periósteo – é fibroso
Células cartilaginosas, com extensão para metáfise, em continuidade com o periósteo metafisário

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18
Q

Processos mamilares

A

Ondulações na placa de crescimento

Aumentam a estabilidade

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19
Q

Vascularização

A

Separação entre circulação metafisária e epifisária

Vasos sangüíneos não atravessam a placa de crescimento

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20
Q

Vascularização: padrões

A

2 padrões (Dale e Harris)

Tipo A e B

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21
Q

TIPO A: Vascularização

A

Epífises intracapsulares (fêmur proximal, úmero proximal, rádio proximal e fíbula distal):
Vasos penetram na epífise circundando a placa de crescimento, entre a cartilagem articular e a placa de crescimento (pericôndrio)
Suscetível a lesão em fraturas/luxações

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22
Q

TIPO B: Vascularização

A

Epífises extra-capsulares (menos cobertas por cartilagem):
Mais comum
Penetram diretamente no lado da epífise
Ex tibia proximal e distal, radio distal, fêmur distal
Menos suscetíveis a lesões

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23
Q

TIPOS DE LESÃO À FISE

A

Trauma

Infecção

Tumor

Vascular

Stress repetitivo

Térmica, elétrica, ou desconhecida

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24
Q

Infecção

A

Sepse multifocal pode produzir múltiplas deformidades - mais comum= sepse neonatal fulminante associada a DM materna e sepse associada a meningococcemia
Associado também a púrpura fulminante

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25
Q

Tumor

A

Benignos e malignos (cisto ósseo simples e encondroma)

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26
Q

Vascular

A

Lesão próxima a fise pode causar distúrbio vascular que evoluí para SH-5 – mais comum é na TAT após fx diáfise fêmur ou fx fêmur distal

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27
Q

Stress repetitivo

A

Mais comum: radio ou ulna distais em ginastas, tibia proximal em corredores ou chutadores, úmero proximal no baseball. Tto=obs.

28
Q

EPIDEMILOGIA

A
Lesões fisárias: 20 a 30% das fraturas de criança
71% no membro superior
2H: 1 M 
Mais comum idade pré puberal (11-14)
Incomum em crianças com <5 anos
29
Q

EPIDEMILOGIA: locais mais comuns

A
Falanges
Radio distal
Tibia distal
Fibula distal
MTC
Úmero distal
Ulna distal
30
Q

MECANISMO de lesão

A

Compressão

Torção

Flexão

31
Q

MECANISMO de lesão: Compressão

A

Impactadas ou torus

Não necessitam de redução

32
Q

MECANISMO de lesão: Torção

A

Crianças mais novas
Periósteo espesso
Diáfise cede antes que a fise = fratura espiral longa

33
Q

MECANISMO de lesão: Flexão

A

Fraturas em galho-verde

Deformidade plástica

34
Q

CLASSIFICAÇÃO DE SALTER-HARRIS

A

I-V

35
Q

CLASSIFICAÇÃO SALTER-HARRIS I

A

fratura transversal ao longo da placa de crescimento

36
Q

CLASSIFICAÇÃO SALTER-HARRIS II

A

atravessa parte da placa de crescimento e atinge a metáfise

37
Q

CLASSIFICAÇÃO SALTER-HARRIS III

A

Começa na EPÍFISE e vai para toda a fiseForma 2 fragmentos

Afeta as camadas germinativa e proliferativa

38
Q

CLASSIFICAÇÃO SALTER-HARRIS IV

A

Atravessam verticalmente a epífise e a metáfise

Afetam 4 zonas

39
Q

CLASSIFICAÇÃO SALTER-HARRIS V

A

Força de esmagamento

40
Q

SALTER-HARRIS I: particularidades

A

Mais comuns em bebês, falanges, mtc, tibia distal e ulna distal
Excelente prognóstico para crescimento (exceção fêmur proximal e distal)
Afeta geralmente a região hipertrófica e a calcificada, mas pode afetar outras zonas
Diagnóstico difícil (pouco deslocamento)

41
Q

SALTER-HARRIS II: particularidades

A

Mais comum (75%)
Fragmento metafisário = Thurston-Holland (lado de compressão)
Bom prognóstico
Pode deixar sequelasse não tratada

42
Q

SALTER-HARRIS III: particularidades

A

Prognóstico reservado
Necessitam redução anatômica
Mais comum em crianças mais velhas (menor crescimento)

43
Q

SALTER-HARRIS IV: particularidades

A

Intra-articulares
Necessitam redução anatômica
Prognóstico ruim

44
Q

SALTER-HARRIS V: particularidades

A

Radiografia inicial normal (diagnóstico geralmente retrospectivo)
Comum a parada de crescimento
Mais comum na TAT fazendo recurvato

45
Q

SALTER-HARRIS Tipo VI (Hang)

A

Lesão periférica (em volta) da placa de crescimento
Poderá ocorrer deformidade angular
BARRA

46
Q

CLASSIFICAÇÃO DE PETERSON

A

I-VI
Diferentes
I e VI

47
Q

CLASSIFICAÇÃO DE PETERSON I

A

fratura transversa da metáfise com extensão para a fise

48
Q

CLASSIFICAÇÃO DE PETERSON II

A

Igual tipo II SH

49
Q

CLASSIFICAÇÃO DE PETERSON III

A

Igual Tipo I SH

50
Q

CLASSIFICAÇÃO DE PETERSON IV

A

Igual tipo III SH

51
Q

CLASSIFICAÇÃO DE PETERSON V

A

Igual Tipo IV SH

52
Q

CLASSIFICAÇÃO DE PETERSON VI

A

perda parcial da fise

53
Q

Tipos mais comum

A
Salter harris 2
Peterson 1
Salter Harris 1
Salter harris 3
Salter Harris 4
Peterson 6
54
Q

TRATAMENTO

A

Divide-se em:
I e II
III e IV
Parcialmente consolidadas

55
Q

TRATAMENTO I e II

A

Não afetam camada germinativa e proliferativa= remodelação
Pode aceitar desvio angular
Máximo 2 tentativas

56
Q

TRATAMENTO III e IV

A

Afeta camada germinativa = + distúrbios de crescimento
Articulares
Redução anatômica
Síntese mínima

57
Q

TRATAMENTO: Fraturas parcialmente consolidadas

A

Se não comprometer a camada germinativa ou superfície articular (I e II): aguardar remodelação
Correção futura se necessário

Comprometimento da camada germinativa ou superfície articular (III e IV):
Intervir

58
Q

Ocasiões que sempre se fixa

A
Grandes articulações
Síndrome compartimental
Fraturas expostas
Lesões vasculares
Múltiplas fraturas
Politrauma
59
Q

COMPLICAÇÕES

A
Retardo de crescimento
Pseudartrose
Rigidez articular
Formação de barra óssea
Sobrecrescimento ou hipoplasia da epífise
60
Q

Formação de barra óssea

A

Completa: Discrepância
Incompleta: Deformidade angular progressiva
TC e RM: avaliar barra e planejar cirúrgia

61
Q

Sobrecrescimento ou hipoplasia da epífise

A

Necrose avascular ou lesão da camada germinativa levam a parada no crescimento

62
Q

INTERRUPÇÃO DO CRESCIMENTO

A

Comprometimento da vascularização
Lesão das células germinativas
Ponte óssea

63
Q

Comprometimento da vascularização

A
Epifisária = interrupção do crescimento central e epifisiodese
Metafisária = interfere temporariamente na ossificação, mas não resulta em parada de crescimento
64
Q

Lesão das células germinativas

A

<7% da cartilagem = não causam parada de crescimento

65
Q

Ponte óssea

A

Pode ocorrer no tipo IV e VI de SH

66
Q

A fratura do odontoide em criança corresponde ao deslocamento epifisario tipo I de SH
( ) Certo ( ) Errado

A

Fratura do odontóide em crianças é uma das fraturas mais comuns da coluna cervical das crianças; uma característica singular é que a fratura ocorre na sincondrose na base de C2, se assemelhando a uma fratura Salter I. Geralmente a criança está envolvida em acidente automobilístico, com desaceleração brusca enquanto o crânio continua em movimento; a maioria das fraturas evolui com desvio anterior. Porém qualquer criança com dor cervical deve ser avaliada quanto ao odontóide, principalmente se houver limitação da extensão cervical

67
Q

No deslocamento epifisario de radio distal, a placa epifisaria correrá risco se redução for feita a partir de

a. 7d
b. 14d
c. 21d
d. 28d

A

Tanto o trauma da lesão original como a redução tardia (mais de 7 dias) de uma fratura deslocada podem causar uma interrupção do crescimento da fise distal do rádio. Estima-se que 7% de todas as fraturas fisarias distais do radio evoluam com esse problema. O trauma sofrido pela cartilagem fisária em virtude de deslocamento e compressão constitui um fator de risco expressivo de bloqueio do crescimento. Mas o tipo de desvio, tipo de trauma e o tipo de redução ainda não são bem correlacionados com o risco.
A recomendação atual é para realização de redução atraumática de uma fratura fisária deslocada em até 7 dias após a lesão.