ORBITOPATIAS INFLAMATÓRIAS Flashcards
Qual principal causa de órbita aguda em crianças?
CELULITE ORBITÁRIA
Quais 3 principais causas de órbita aguda em adultos?
1 = Pseudotumor
2 = Graves
3 = Celulite orbitária
Causas de celulite orbitária
Rinossinusites – mais comum seio etmoidal (lâmina papirácea fina como papel)
o Infecção cutânea
o Dacriocistite
o Infecção oral
o Trauma
o Corpo estranho orbitário
Quais principais agentes da celulite pré o pós septal?
AGENTES:
o Pré septal = stafilo aureus, strepto pyogenes e epidermidis (coco g+), H influenzae (se criança não imunizada)
o Pós septal = s. pneumoniae, H. influenzae (os causadores de rinossinusite)
Celulite orbitária - clínica
O que a pré e a pós septal tem em comum? o que diferencia uma da outra?
CLÍNICA: Dor, calor, hiperemia e edema de pálpebra
Se for pós septal, associa proptose, diplopia, restrição de motilidade, BAV, quemose, febre, redução do estado
geral
Celulite orbitária = adultos x crianças
-Em qual seio da face costuma ter origem?
- quais gemes?
- quem faz mais abscessos?
Crianças = etmoidal, G+, abscessos são incomuns
o Adultos = fronto-etmoidal, polimicrobianos, abscessos são mais comuns
Celulite orbitária - quando pedir exame de imagem? o que ele pode evidenciar?
IMAGEM: Pedir se suspeita de pós septal
Abscesso subperiósteo
Abcesso orbitário (não contidos pelo periósteo)
Celulite difusa – não forma um abcesso
Celulite orbitária - qual conduta diante de um abscesso subperiósteo?
Drenar:
> 9 anos
BAV
não medial
acometimento frontal
grande
O abscesso subperiosteal pode ser observado se fechar uma série de critérios:
acometer pacientes menores de 9 anos
for primário e medial
sem sinusite frontal ou acometimento dentário
e com tamanho pequeno (<3,8ml)
Todos os demais abscessos, subpe- riosteais ou não, devem ser drenados.
Celulite orbitária - qual conduta diante de um abscesso orbiário (não subperiósteo)?
Drenar sempre
Celulite orbiária - causas de BAV súbita
BAV súbita – neurite óptica séptica, OACR, tromboflebite séptica
Celulite orbiária - sintomas da síndrome da fissura orbitária superior e da sd. do ápice orbiárioa
Síndrome da fissura orbitária superior (passam nervos ali) – oftalmoplegia dolorosa (não mexe os olhos porque
doi)
o Síndrome do ápice orbitário – oftalmoplegia dolorosa e BAV
Celulite orbiária - tratamento
Pré septal – ATB por via oral com cobertura para G+ (cefalexina, amox clav)
o Pós septal – internar, TC de imediato, ATB IV (oxacilina, ceftriaxone)
Celulite pós septal - O que fazer na ausência de resposta ao tratamento clínico > 48h?
Ausência de resposta em até 48hs = repetir TC (pode estar complicando)
Celulite orbitária fúngica
- quais agentes?
- associada a que?
Fúngica = mucormicose, Histoplasmose, aspergillose
Associado com cetoacidose diabética, imunossuprimidos, doenças malignas
Celulite orbitária PARASITÁRIA
- quais agentes?
- qual tratamento?
Parasitárias = miíase, cisticercose, hidatidose, áscaris, esquistossomose
o Tratamento cirúrgico
Pseudotumor orbitário - patologia
Infiltrado polimórfico inespecífico, linfocítico policlonal à histologia
Pseudotumor orbitário em crianças
- patologia
- diferenças clínicas
Em crianças predomina eosinófilos
maior tendencia a bilateralidade, sinais sistêmicos
Pseudotumor orbitário - idade e sexo mais acometidos
Adultos de meia idade, homens = mulheres
Pseudotumor orbitário - associado com quais doenças?
Associação com doenças imunomediadas (Chron, AR, LES, miastenia, EA…)
Pseudotumor orbitário - clínica?
Clínica de órbita aguda = dor, calor, hiperemia, edema palpebral, proptose
Pseudotumor orbitário - classificação
Anterior
Lacrimal
Miosítico
Apical
Difuso
Pseudotumor orbitário - caracteriza a forma anterior:
- outro nome pelo qual é conhecida
- diagnóstico diferencial
- achados no exame
- achado no US
Anterior –
chamada de esclerotenonite (confunde com esclerite posterior
o Queda da AV (acomete nervo por contiguidade)
o Edema de papila
o DR seroso – inflama coroide e retina por contiguidade
o Sinal do T no USG = sinal de esclerite posterior
Pseudotumor orbitário - caracteriza a forma lacrimal:
- outro nome pelo qual é conhecida
- achados no exame
- achados de imagem
Lacrimal – chama de dacrioadenite
o Distopia nasal inferior + ptose em S
o Massa e borramento na região temporal superior
Pseudotumor orbitário - caracteriza a forma miosítica:
- clínica
- achados na imagem
Miosítico – acomete músculos extraoculares
o Dor, restrição, diplopia
o Espessamento que não poupa o tendão do músculo – diferente do Graves
Pseudotumor orbitário - caracteriza a forma apical:
- clínica
- diagnóstico diferencial
Apical – acometendo ápice orbitário
o Síndrome da FOS (3, 4, 5 e 6 par) = oftalmoplegia dolorosa, redução da sensibilidade porque acomete trigêmeo
o Síndrome de ápice orbitário = sd FOS + defeito pupilar aferente relativo e baixa visual (porque acometeu o
nervo)
Diagnóstico diferencial
o Síndrome de Tolosa-Hunt = inflamação granulomatosa do seio cavernoso que pode atingir o ápice da órbita
por contiguidade
Pseudotumor orbitário - caracteriza a forma difusa:
- clínica
Difuso – acomete toda orbita sem preferir algum setor
Clínica variável
Qual clínica da Síndrome de Tolosa-Hunt? Qual seu tratamento?
oftalmoplegia dolorosa,
redução de sensibilidade nos 2/3 superior da face, redução da sensibilidade corneana síndrome de Horner
Responde bem aos corticoides
PASSA DENTRO DO SEIO CAVERNOSO:
Carótida interna
Hipófise
Oculomotor
Troclear
Abducente
Trigêmeo I e II
Simpático
Pseudotumor orbitário - diagnóstico
Imagem – edema na região do sítio envolvido
Biópsia – para confirmar diagnóstico, principalmente se
Não for miosítico
Não dor adjacente ao NO
Não envolver o ápice da órbita
Pseudotumor orbitário - tratamento
TRATAMENTO
o Step 1 = corticoide VO dose imunossupressora, geralmente responde bem; desmame lento para não ter
recidiva
o Step 2 = pulsoterapia com metilprednisolona via EV
o Step 3 = associar radioterapia OU iniciar outros imunossupressores (Resposta parcial ao corticoide, recidivas, CI aos corticoides)
Cirurgia - tarsorrafia (se proptose e exposição excessiva) ou descompressão orbitária
Pseudotumor orbitário - prognóstico
Prognóstico muito variável
Evolução para fibrose que pode envolver musculatura e restringir movimentos oculares ou resolução completa
FÍSTULA CARÓTIDO-CAVERNOSA
Clínica
CLÍNICA = órbita aguda +
o Proptose pulsátil com sopro
o Glaucoma pós trabecular
o Congestão venosa episcleral
o Alteração da MOE pelo envolvimento dos nervos – principalmente o VI que é bem grudado na carótida
FÍSTULA CARÓTIDO-CAVERNOSA
Achados de imagem e exames confirmatórios
IMAGEM:
o Aumento do calibre da veia oftálmica superior (parece o nervo)
o Alargamento dos MOE
EXAMES CONFIRMATÓRIOS = angioRM e arteriografia
FÍSTULA CARÓTIDO-CAVERNOSA
Classificação da fístula
Qual mais comum?
MECANISMO
Direta – carótida interna lançando sangue diretamente
* 30% vai ter glaucoma (diagnostica cedo e consegue prevenir)
Indireta – via vasos durais
* Quase 100% dos casos vai ter glaucoma(diagnóstico mais tardio)
FLUXO
o Alto ou baixo debito
Mais comum = direta e alto débito
FÍSTULA CARÓTIDO-CAVERNOSA
Etiologia
Traumática = principal (TCE)
- Direta e alto débito
Espontânea = idosos com arteroesclerose e HAS
- Indireto e baixo débito
FÍSTULA CARÓTIDO-CAVERNOSA
Tratamento?
Pode resolver espontaneamente?
TRATAMENTO = embolização por radio-intervenção
o As indiretas pequenas podem fechar espontaneamente
GRANULOMATOSE COM POLIANGEÍTE (WEGENER)
O que é?
Vasculite necrosante de pequenos e médios vasos
GRANULOMATOSE COM POLIANGEÍTE (WEGENER)
idade e sexo mais acometidos
homens
40-60 anos
GRANULOMATOSE COM POLIANGEÍTE (WEGENER)
CLÍNICA
o Granuloma de via aérea superior e pulmão – sinusites de repetição
o Vasculite de pequeno e médio calibre
o Glomerulonefrite
GRANULOMATOSE COM POLIANGEÍTE (WEGENER)
ACHADOS OCULARES
- ocorrem com que frequência?
- quais são?
ACHADOS OCULARES em 50% dos casos… qualquer coisa!!!
Mais comum:
o Proptose
o Esclerite
o PUK = úlcera de córnea imunológica
o Uveíte/vasculite da retina
GRANULOMATOSE COM POLIANGEÍTE (WEGENER)
LABORATÓRIO
C-anca + em 90% (também é marcado de atividade de doença)
GRANULOMATOSE COM POLIANGEÍTE (WEGENER)
IMAGEM (sistêmico/orbitário)
IMAGEM granulomas em seios da face/pulmões
Qualquer acometimento orbitário: difuso, glândula lacrimal, esclera posterior, linha méica
GRANULOMATOSE COM POLIANGEÍTE (WEGENER)
TRATAMENTO
corticoide sistêmico + ciclofosfamida