ONCOLOGIA PARTE I (PULMÃO, TIREOIDE, PRÓSTATA, BEXIGA) Flashcards
NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO
O QUE É?
Lesão assintomática no raio x com até 3 cm
(ou 6 cm - depende da referência)
NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO
QUAL A PRINCIPAL CAUSA BENIGNA E A MALIGNA?
Benigna: cicatriz de BK
Maligna: câncer de pulmão
NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO
O QUE SUGERE UM NÓDULO MALIGNO?
- Tabagismo
- ≥ 35 anos
- Lesão > 2 cm (ou > 0,8 cm)
- Crescimento em 2 anos
- Calcificação padrão salpicado / excêntrico
- Forma (costuma ser irregular)
CARCINOMA BRONCOGÊNICO
(CÂNCER DE PULMÃO)
CLASSIFICAÇÃO E SUBTIPOS
• Não Pequenas Células (80% dos casos) - Adenocarcinoma (40%) - Epidermoide (30%) - Grandes células • Pequenas Células (Oat-Cell)
O QUE É CARCINOMA BRONQUIOLOALVEOLAR?
- Variante do adenocarcinoma
- Bem diferenciado, melhor prognóstico
- TC: imagem em vidro fosco
CÂNCER DE PULMÃO
SÍNDROME DE PANCOAST:
É CARACTERÍSTICO DE QUAL TUMOR?
QUAL É A CLÍNICA?
- Característico do Epidermoide
- Dor torácica
- Compressão do plexo braquial
- Síndrome de Horner (compressão do simpático): ptose, miose, anidrose
CÂNCER DE PULMÃO
SÍNDROME DA VEIA CAVA SUPERIOR:
É CARACTERÍSTICO DE QUAL TUMOR?
QUAL É A CLÍNICA?
- Característico do Oat-Cell
- Edema de face e pletora
- Turgência de jugular
- Varizes de tórax e de MMSS
CÂNCER DE PULMÃO
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?
Histopatológico: • Tumor Periférico: - Biópsia percutânea - Toracotomia ou videotoracoscopia • Tumor Central: - Broncoscopia, escarro
CÂNCER DE PULMÃO
RASTREIO?
Não é consenso (MS não preconiza)
• Se feito: TC anual sem contraste
• Tabagistas entre 55 até 80 anos (ou até 74 anos)
• Interromper após 15 anos sem doença ou quando o paciente apresenta sobrevida baixa por outras condições
CÂNCER DE PULMÃO
TRATAMENTO: QUAIS SÃO OS TUMORES IRRESSECÁVEIS?
T4 (> 7cm ou invade estrutura adjacente);
N3 (linfonodos contralatrais ou supraclaviculares);
M1 (metástase a distância)
CÂNCER DE PULMÃO
PEQUENAS CÉLULAS: TRATAMENTO
- Limitado: 1 hemitórax → QT + RT
* Extenso: bilateral → QT paliativa
CÂNCER DE TIREOIDE
CLASSIFICAÇÃO E SUBTIPOS
• Bem diferenciado
- Papilífero - Folicular
• Pouco diferenciado
- Medular (CMT) - Anaplásico ou Indiferenciado
CARCINOMA PAPILÍFERO
CARACTERÍSTICAS (EPIDEMIOLOGIA, PROGNÓSTICO, DISSEMINAÇÃO, FATOR DE RISCO)
- Mais comum, mulheres, 20-40 anos
- Excelente prognóstico
- Disseminação linfática
- Fator de risco: irradiação
- Corpos psamomatosos
CARCINOMA PAPILÍFERO
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
PAAF (citológico)
< 1cm: tireoidectomia parcial
≥ 1cm: tireoidectomia total
*(< 15 anos, radiação = total)
CARCINOMA FOLICULAR
CARACTERÍSTICAS (EPIDEMIOLOGIA, PROGNÓSTICO, DISSEMINAÇÃO, FATOR DE RISCO)
- 2o mais comum, mulher, 40-60 anos
- Bom prognóstico
- Disseminação hematogênica
- Fator de risco: carência de iodo
- Aumento de células foliculares
CARCINOMA FOLICULAR
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Histopatológico (PAAF não serve!)
≤ 2cm: tireoidectomia parcial + análise histopatológica:
- Se adenoma: ok
- Se câncer: totalizar retirada
> 2cm: tireoidectomia total
CARCINOMA PAPILÍFERO E FOLICULAR
SEGUIMENTO
Supressão do TSH
USG a cada 6 meses
Tireoglobulina > 1-2 → ablação com iodo
Cintilografia positiva → ablação com iodo
CARCINOMA MEDULAR DE TIREOIDE (CMT)
QUAIS SÃO AS CÉLULAS ENVOLVIDAS?
E O MARCADOR?
Células C ou parafoliculares
Calcitonina
CARCINOMA MEDULAR DE TIREOIDE (CMT)
QUAIS SÃO AS APRESENTAÇÕES?
Esporádico: 80%
Familiar: 20% (associação com NEM 2)
- NEM 2A: CMT + feocromocitoma + hiperpara
- NEM 2B: CMT + feocromocitoma + neuromas
CARCINOMA MEDULAR DE TIREOIDE (CMT)
DIAGNÓSTICO
PROTO-ONCOGENE RET
PAAF
Pesquisar em parentes de 1o grau
Se positivo: tireoidectomia profilática
CARCINOMA MEDULAR DE TIREOIDE (CMT)
TRATAMENTO E SEGUIMENTO
Tireoidectomia + linfadenectomia
Calcitonina
CARCINOMA DE CÉLULAS DE HURTHLE
O QUE É?
Variante mais agressiva e menos diferenciada do folicular (pior prognóstico)
TTO: tireoidectomia total + linfadenectomia
NÓDULO DE TIREOIDE
QUANDO CONSIDERAR UM NÓDULO SUSPEITO?
< 30 anos ou > 60 anos; irradiação
História positiva para câncer; rouquidão; crescimento da lesão
USG com doppler: Chammas IV e V
NÓDULO DE TIREOIDE
COMO REALIZAR A ABORDAGEM?
- Dosar TSH:
a) Suprimido: realizar cintilografia
Quente = adenoma tóxico (cirurgia/radiodo)
Frio = USG
b) Normal: USG
< 1cm = acompanhamento
≥ 1cm e/ou suspeito = PAAF
NÓDULO DE TIREOIDE
PAAF - CLASSIFICAÇÃO DE BETHESDA
1 → insatisfatório: repetir PAAF
2 → benigno: seguimento
3 → atipia indeterminada: PAAF
4 → folicular: cirurgia / análise genética
5 → suspeito: cirurgia / análise genética
6 → maligno: cirurgia
CÂNCER DE PRÓSTATA
QUAL O TUMOR MAIS COMUM NO BRASIL?
Adenocarcinoma (95%)
CÂNCER DE PRÓSTATA
FATORES DE RISCO
- Idade avançada
- História familiar positiva
- Negros
- Dieta ocidentalizada (carne vermelha, defumados)
CÂNCER DE PRÓSTATA
RASTREIO
• Não é consenso
(MS: não indica rastreio / SBU: indica rastreio)
• Toque + PSA em > 50 anos ou > 45 anos em pacientes negros ou com história familiar positiva
CÂNCER DE PRÓSTATA
QUANDO REALIZAR BIÓPSIA TRASRETAL?
• Toque (+): irregular, endurecido, nodulações
• PSA > 4 ou > 2,5 em menos de 60 anos
• PSA entre 2,5 e 4:
- Velocidade de aumento > 0,75ng/ml/ano
- Densidade > 15
- Fração livre < 25%
CÂNCER DE PRÓSTATA
TRATAMENTO DOENÇA LOCALIZADA
Vigilância: PSA < 10 e Gleason ≤ 6
Prostatectomia radical
Radioterapia
CÂNCER DE PRÓSTATA
TRATAMENTO DOENÇA METASTÁTICA
Privação androgênica (castração):
o Cirúrgica → orquiectomia bilateral
o Química → análogos GnRH - Leuprolide (Eligard) / Goserelina (Zoladex)
ESCORE DE GLEASON (CA DE PRÓSTATA)
Soma das 2 histologias mais frequentes: 1 (mais diferenciado) a 5 (indiferenciado):
- ≤ 6: diferenciado (baixo risco)
- 7: intermediário (médio risco)
- 8 a 10: indiferenciado (alto risco)
CÂNCER DE BEXIGA
TIPO MAIS COMUM
Tumor Urotelial → Células Transicionais (95%)
CÂNCER DE BEXIGA
FATORES DE RISCO
- Tabagismo, sexo masculino, > 40 anos
* Exposição a hidrocarbonetos (pintor, frentista, sapateiro)
CÂNCER DE BEXIGA
CLÍNICA
Hematúria + > 40 anos = investigação
CÂNCER DE BEXIGA
DIAGNÓSTICO
Citologia + Cistoscopia com biópsia (retirar o músculo adjacente)
CÂNCER DE BEXIGA
TRATAMENTO: NÃO INVADE CAMADA MUSCULAR (BCG INTRAVESICAL?)
Não invade = superficial (T1 N0 M0):
RTU-B
BCG intra-vesical após 4 semanas se: Recorrência; Grandes; multifocais (> 40%); T1
CÂNCER DE BEXIGA
TRATAMENTO: INVADE CAMADA MUSCULAR / METÁSTASE
Invasivo (≥ T2)
QT neo + ressecção radical + QT adjuvante
Metástase: tentar remissão completa
QT +/- ressecção da doença residual
HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO: QUAIS AS CLASSES DE DROGAS?
o Alfa-bloqueador (tansulosina, doxazosina): opção mais usada – diminui tônus prostático
o Inibidor de 5-alfa redutase (finasterida, dutasterida): demora 4-6 meses
o Anticolinérgico (oxibutinina, tolterodina): para sintomas graves de armazenamento
HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA
CLÍNICA: SINTOMAS OBSTRUTIVOS x ARMAZENAMENTO
- Sintomas obstrutivos: jato fraco, intermitente, esvaziamento incompleto
- Sintomas armazenamento/irritativos: noctúria, incontinência urinária, urgência urinária