DOR ABDOMINAL Flashcards

1
Q

PORFIRIA INTERMITENTE AGUDA

FISIOPATOLOGIA E APRESENTAÇÃO CLÍNICA

A

o Distúrbio na síntese da porfirina do heme, ↓ HMB-sintase
o Paciente jovem + precipitantes (álcool, tabagismo, drogas, estresse, chumbo)
o Clínica:
- Dor e distensão abdominal
- Hiperatividade simpática (HAS)
- Neuropatia, convulsão
- Distúrbio psiquiátrico

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2
Q

PORFIRIA INTERMITENTE AGUDA

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

A

o Dosagem de: PBG urinário; porfirina e ALA urinários; PBG eritrocitário e testes genéticos

o Hematina ou arginato de heme
o Soro glicosado hipertônico
o Analgesia e hidratação

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3
Q

SATURNISMO

DEFINIÇÃO, FATORES DE RISCO E CLÍNICA

A

o Intoxicação por chumbo

o Exposição: tintas, baterias, mineradoras, indústria automobilística

o Dor abdominal acompanhada de anemia, encefalopatia, amnésia, demência e linha gengival de Burton

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4
Q

SATURNISMO

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

A

o Dosagem de chumbo sérico

o Interromper exposição + Quelantes (dimercaprol, DMSA, EDTA)

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5
Q

FEBRE TIFOIDE

ETIOLOGIA E FATORES DE RISCO

A

Infecção por Salmonella entérica (sorotipo typhi)

Falta de saneamento básico e higiene

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6
Q

FEBRE TIFOIDE

CLÍNICA

A

5 a 12 dias após contato:

  • 1a semana: febre e sinal de Faget
  • 2a semana: roséolas
  • 3a semana: hepatoesplenomegalia, hemorragia digestiva e perfuração ileal
  • 4a semana: alguns evoluem para portadores crônicos (mantém a salmonela na via biliar)
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7
Q

FEBRE TIFOIDE
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO (AGUDOS / CRÔNICOS)
VACINA?

A

Culturas: hemocultura, mielocultura (mais sensível) e fezes

Agudos: Cefalosporina de 3a geração / clorafenicol / Dexametasona (graves)
Crônicos: ciprofloxacino / amoxi / bactrim

Vacina: pouco eficaz, indicada para viajantes

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8
Q

APENDICITE AGUDA

CAUSAS E CLÍNICA

A

o Obstrução da luz: fecalito (principal causa), hiperplasia linfoide (importante em crianças), neoplasias, parasitas

o Dor periumbilical que migra para FID, associada a anorexia, náuseas, febre, disúria

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9
Q

APENDICITE AGUDA

SINAIS CLÁSSICOS: BLUMBERG, ROSVING, DUNPHY, LENANDER, LAPINSKY, PSOAS E OBTURADOR

A

o Blumberg: dor a descompressão súbita no ponto de McBurney

o Rovsing: pressão em FIE e dor FID

o Dunphy: piora da dor em FID com a tosse

o Lenander: T retal > T axilar em pelo menos 1oC

o Lapinsky: dor em FID com elevação do MID

o Obturador: dor ao fazer flexão da coxa e rotação interna do quadril

o Psoas: dor a extensão e abdução da coxa direita

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10
Q

APENDICITE AGUDA

DIAGNÓSTICO: PROBABILIDADE ALTA, INTERMEDIÁRIA E COM COMPLICAÇÃO

A

o Alta probabilidade (história clássica, homens): clínico

o Probabilidade intermediária (criança, idoso, mulher): imagem

o Complicação (massa ou tardio > 48 horas): imagem

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11
Q

APENDICITE AGUDA

ACHADOS NA USG E TC

A

o USG: ≥ 7mm, espessamento, aumento da vascularização, área hipoecoica

o TC: ≥ 7mm, espessamento, borramento da gordura periapendicular, abscesso, apendicolito

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12
Q

APENDICITE AGUDA

TRATAMENTO: SIMPLES, COMPLICADA, COM PERITONITE DIFUSA

A

o Simples e precoce (< 48h) → apendicectomia + antibiótico profilático

o Complicada ou tardia (> 48h) → imagem

  • Não complicada = apendicite simples
  • Abscesso = drenagem + atb + colono (4-6 semanas) + considerar apendicectomia
  • Fleimão = antibiótico + colonoscopia

o Peritonite difusa → cirurgia de urgência + antibioticoterapia

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13
Q

DIVERTICULITE AGUDA

APRESENTAÇÃO E DIAGNÓSTICO

A

o “Apendicite à esquerda no idoso” → complicação da doença diverticular

o TC de abdome: espessamento inflamatório da parede; densificação da gordura pericólica; presença de abscessos
*Evitar colonoscopia: fazer após 4-6 semanas para afastar câncer colorretal

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14
Q

DIVERTICULITE AGUDA

CLASSIFICAÇÃO DE HINCHEY

A
I: Abscesso pericólico
    Ia: fleimão
    Ib: abscesso pericólico
II: Abscesso pélvico
III: Peritonite purulenta
IV: Peritonite fecal
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15
Q

DIVERTICULITE AGUDA

TRATAMENTO: NÃO COMPLICADA x COMPLICADA (ABSCESSO / PERITONITE)

A

Não complicado (sem abscesso ≥ 4cm, peritonite, obstrução) = clínico

  • Sintomas mínimos: atb oral (ambulatorial)
  • Sintomas exuberantes: atb IV (internação)

Abscesso ≥ 4cm: drenagem + atb + cirurgia eletiva
Peritonite: cirurgia de urgência
*Purulenta: podemos fazer apenas lavagem

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16
Q

DIVERTICULITE AGUDA

CIRURGIAS DE URGÊNCIA E ELETIVA

A

o Cirurgia de Urgência → Sigmoidectomia a Hartmann (sigmoidectomia + colostomia + fechamento retal)

o Cirurgia Eletiva → Sigmoidectomia com anastomose primária

17
Q

ISQUEMIA MESENTÉRICA AGUDA

CAUSAS E CLÍNICA

A

o Embolia, vasoconstricção, trombose de AMS e trombose de VMS
*FA, IAM recente…

o Dor abdominal desproporcional ao exame físico

18
Q

ISQUEMIA MESENTÉRICA AGUDA

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

A

o Angiografia mesentérica seletiva

o Laparotomia com revascularização + avaliar viabilidade do segmento intestinal

19
Q

ISQUEMIA MESENTÉRICA CRÔNICA

APRESENTAÇÃO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

A

o Aterosclerose + “comeu e doeu”

o Angiografia mesentérica

o Revascularização

  • Cirurgia → jovens
  • Stents → idosos ou com comorbidades
20
Q

COLITE ISQUÊMICA

APRESENTAÇÃO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

A

o Idoso + hipoperfusão + colite (dor, diarreia mucossanguinolenta, febre, distensão)

o Retossigmoidoscopia

o Medidas de suporte

21
Q

PANCREATITE AGUDA

CAUSAS E DIAGNÓSTICO

A

o Biliar e alcoólica

o 2 dos 3:

  • Clínica: dor abdominal em barra, náusea, vômitos
  • Laboratório: amilase e lipase (> 3x normal)
  • Imagem: TC* + USG (colelitíase)
  • Ideal após 48-72 horas
22
Q

PANCREATITE AGUDA

CLASSIFICAÇÃO LEVE x GRAVE

A

Grave:

  • RANSON ≥ 3 (enfermaria, não é imediato)
  • APACHE II ≥ 8 (imediato, para UTI)
  • PCR > 150mg/ml (após 48h)
23
Q

PANCREATITE AGUDA

TRATAMENTO: LEVE x GRAVE (QUANDO FAZER DRENAGEM DE VIAS BILIARES?)

A

o Leve: enfermaria → dieta zero + analgesia
*Indicada colecistectomia antes da alta para as de origem biliar

o Grave: UTI

  • Suporte nutricional
  • Drenagem de vias biliares: colangite ou icterícia que piora
  • Não é necessário antibiótico
24
Q

PANCREATITE AGUDA

COMPLICAÇÕES

A
  1. Coleção Fluida
    Conduta: expectante
  2. Necrose
    Infectada: antibiótico + necrosectomia
  3. Pseudocisto
    Acontece após 4-6 semanas da pancreatite
    Tratamento apenas se sintomático = drenagem endoscópica / Se infectado = drenagem percutânea
25
Q

PANCREATITE AGUDA

REVISÃO DOS CRITÉRIOS DE ATLANTA

A

o Leve: sem falência orgânica ou complicações

o Moderadamente grave: falência orgânica transitória (< 48h) ou complicação local isolada

o Grave: falência persistente (> 48h)

26
Q

PANCREATITE CRÔNICA

CAUSAS, QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO

A

o Álcool (80%) e fibrose cística (crianças)

o História de etilismo + dor abdominal + esteatorreia + DM

o Amilase e lipase normais ou pouco elevadas
o Rx/TC de abdome: calcificações pancreáticas
o RM/CPRE (mais sensíveis): irregularidades nos ductos pancreáticos - dilatações, estenoses

27
Q

PANCREATITE CRÔNICA

TRATAMENTO

A

o Abstinência etílica, correção da dislipidemia
o Reposição enzimática (contendo lipase)
o Analgesia
- A endoscopia para extração do cálculo e colocação de stents nas estonoses ductais pode ser feita através do esfíncter de Oddi
- A cirurgia está indicada em casos de dor persistente e exclusão de ca de pâncreas

28
Q

O QUE É CLASSIFICAÇÃO TOMOGRÁFICA DE KAISER?

A

É uma classificação que relaciona a classificação de Hinchey com os respectivos achados tomográficos na diverticulite.

29
Q

OS VALORES DE AMILASE E LIPASE POSSUEM VALOR PROGNÓSTICO NA PANCREATITE?

A

Não. Eles não servem para avaliar gravidade.