Oncologia Flashcards
Conduta diante de um nódulo de tiroide cístico
Aspirar todo o conteúdo.
Acompanhar a evolução com USG ambulatorial.
Em caso de recidiva por duas vezes, estará indicada a ressecção cirúrgica, assim como em lesões > 3cm e ou com achado de células malignas na sua citologia.
Fatores associados a malignidade do nódulo tireoidiano
- Criança, sexo masculino, idade < 30anos ou >60anos e exposição à radiação (principalmente) na infância
- Historia familiar de câncer de tireoide ou evidencias de tumores endócrinos, como adenoma de paratireoide e feocromocitoma
- Crescimento recente e rápido de uma massa em região cervical anterior e possíveis sinais de invasão local (dor e rouquidão)
- Presença de linfonodo lateral de consistência endurecida, principalmente em mulheres jovens sugere a presença de carcinoma papilífero
Como deve ser a abordagem do nódulo tireoidiano
Nódulo suspeito:
Primeiro passo: dosar o TSH TSH normal ou elevado-> USG <1cm: acompanhamento >1cm ou suspeito: PAAF TSH suprimido-> CINTILOGRAFIA: Nódulo quente: adenoma tóxico=cirurgia Nódulo frio: USG -> SE >1CM OU SUSPEITO-> PAAF
<20 anos ou > 60 anos, irradiação. história familiar +, rouquidão, crescimento, USG: microcalcificações, infiltrativo, vascularização (classificação de CHAMAS IV e V)
Vascularização: quanto mais central maior o risco de neoplásico
I: não tem; II: périferica; III: périferica (maior) e central IV: périferica e central (maior) V:só central
Nos nódulos tireoidianos a PAAF não é capaz de diagnosticar qual tipo
A punção nao diferencia adenoma de carcinoma folicular
Paciente do sexo feminino com 21 anos de idade e história de nódulo em lobo direito da glândula tireoide medindo 0,9cm teve como diagnostico citológico lesão ou padrão folicular. Qual a melhor conduta
PADRÃO FOLICULAR=CIRURGIA (LOBECTOMIA + ISTMECTOMIA)
Quais mutações estão relacionadas com o desenvolvimento do:
carcinoma papilífero
carcinoma medular
carcinoma papilífero: K-ras
carcinoma medular: RET
Sobre os carcinomas bem diferenciados de tireoide, quais são as principais características, como é feito o dx e tto, e como deve ser o seguimento do carcinoma papílifero
• CARACTERÍSTICAS: É o tipo mais comum de Ca de tireoide. Mulher 20-40ano Excelente prognóstico Associado à exposição de radicação Histopatológico mostra corpos psamomatosos (agrupamento de células calcificadas) Disseminação linfática • DIAGNÓSTICO: PAAF (dx citológico) • TRATAMENTO: Tireodectomia <1cm: parcial, >2cm: total, < 15 anos e irradiação: total • SEGUIMENTO: tireoglobulina e cintilografia
Sobre os carcinomas bem diferenciados de tireoide, quais são as principais características, como é feito o dx e tto, e como deve ser o seguimento do carcinoma folicular
• CARACTERÍSTICAS:
É o segundo mais comum
Mulher 40-60 anos
Bom prognostico
Disseminação hematogênica (osso, pulmão, fígado)
Fator de risco: carência de iodo
Há aumento de células foliculares
• DIAGNÓSTICO: histopatológico
• TRATAMENTO:
Tireodectomia: menor ou igual a 2cm: parcial (se for CANCER total, e for adenoma não precisa reabordar), >2m: total
• SEGUIMENTO: tireoglobulina e cintilografia
Qual o dx: PAAF mostrou olhos tipo da orfã Annie
Carcinoma papilífero
olhos tipo da orfã Annie: núcleo da célula com cromatina fina e não condensada, dando a essa estrutura um carater transparente
Quais são as complicações da tireoidectomia
Hipoparatireodismo
Lesão do nervo laríngeo recorrente: rouquidão ou injuria respiratória
Lesão do ramo externo do nervo laríngeo superior: dificuldade de elevar o tom da voz
Sangramento e hematomas
Hipotireodismo
Insuficiência respiratória
Sobre o carcinoma de células de Hurthle, de qual carcinoma ele é considerado variante
É uma variante agressiva do carcionoma folicular
TTO: tireodectomia total + linfadenectomia
Paciente, sexo feminino, 30 anos, foi submetida a uma tireoidectomia total por carcinoma papilifero. Doze horas após a cirurgia, apresentou parestesias e espasmos musculares, e em seguida convulsão. Qual a causa mais provavel
HIPOCALCEMIA PÓS TIREOIDECTOMIA
Sobre o carcinoma medular, ele origina em qual célula, qual o marcador, como é feito o dx
Originado nas células parafoliculares ou células C (produtoras de calcitonina)
Maioria localizada no lobo superior (local onde predomina as celulas C)
Marcador: calcitonina (triagem pré op e avaliar recidiva no pos op) e CEA
Dx: PAAF
Sobre o carcinoma medular, com qual síndrome génetica ele esta relacionado
Esporádico= 80%
Familiar= 20%: associação com NEM 2
NEM 2A: CMT+ Feocromocitoma + Hiperparatireodismo
NEM 2B: CMT+ Feocromocitoma +neuromas de mucosa +habito marfanoide
Sobre o carcinoma medular, qual proto oncogene rastrear
RET
Deve pesquisar em parente de 1a grau, se positivo, realizar tireoidectomia profilática
Qual carcinoma de tireoide mais agressivo e de pior prognóstico
Carcinoma Anaplásico ou Indiferenciado pior prognostico, mais raro e mais agressivo ocorre em idosos associado a deficiência de iodo dx: PAAF TTO: traqueostomia + QT ou RT
Conceito de nódulo pulmonar solitário
Lesão assintomática de até 3 cm, carater benigno
Quais os tipos de nódulos pulmonar sólitario, suas características e diferenças
BENIGNO: cicatriz de BK
CD: Rx, TC ou PET: 3-8m, por 2 anos.
MALIGNO: câncer, tabagismo, idade > 35 anos, > 2 cm, crescimento em 2 anos, calcificação e forma (câncer geralmente não tem calcificação, mas a presença dessa não exclui a possibilidade de câncer)
CD: ressecção ou lobectomia
#Calcificação: Central, concêntrico, difuso, pipoca (com aspectos de gordura-HARMATOMA)= sugere benignidade Salpicado e excêntrico=sugere neoplasia
Conceito de carcinoma broncogênico
Aquele que se desenvolve no epitélio respiratório: brônquios, bronquíolos e alvéolos
Quais os tipos histológicos de carcinoma broncogênico
Não pequenas células (80-85%): tumores de citoplasma abundante e núcleos pleomórficos. Subtipos: adenocarcinoma, carcinoma de células escamosas ou epidermoide, carcinoma de grandes células
Pequenas células-oat cell (15-20%): tumores com citoplasma escasso e pequeno núcleo hipercrimático
Sobre os TU não pequenas células e pequenas células quais são o subtipos e suas características principais
NÃO PEQUENA CÉLULAS (80%)
#Adenocarcinoma:
Mais comum (40%)
Não fumante, jovem, atípico (paciente atípico: jovem e não fumante)
Periférico (derrame pleural)
#Epidermoide:
Segundo mais comum (30%)
Paciente típico, central (cavitação)
Grandes células (10%): formação periférica
PEQUENAS CÉLULAS (OAT-CELL): 20%
Mais agressivo
Comportamento neuroendócrino
Central
OBS: Carcinoma Bronquíolo alveolar: variante bem diferenciada do adenocarcinoma, TC: imagem em vidro fosco (imagem difusa)
Desenvolve ao longo dos brônquios e bronquíolos, mas não consegue penetrar o alvéolo
Quais são os TU que mais causam hemoptise e obstrução brônquica
TUMORES CENTRAIS= epidermoide e pequenas células
C E P
Quais são os TU que mais cavitam
Epidermoide e de grandes células
Homem, 63 anos, tabagista, apresenta episódio de hemoptiase. Broncoscopia: massa em brônquio direito, cuja biopsia revela células com citoplasma escasso núcleos hipercromáticos e com nucléolos proeminentes, com distribuição difusa e áreas com formação de rosetas ou trabéculas. Qual o dx
À bpx, este tu apresenta células com citoplasma escasso, núcleos hipercromáticos e nucléolos proeminentes, o que indica um tumor pouco diferenciado e de alto indice mitótico (tumor que se prolifera rapidamente), achado típico do Ca de pequenas células. A formação de rosetas e trabéculas é encontrada em tumores neroendócrinos, dentre os quais o oat cell
OAT CELL
Qual TU de pulmão que se apresenta com mais frequência em estágio avançado no momento do dx
TU de células pequenas
Qual o TU de pulmão mais comum
Adenocarcinoma
Qual o TU de pulmão que vem aumentando em número nas ultimas decadas
Adenocarcinoma
Qual o TU de pulmão que possui células com imunopositividade para marcadores neuroendócrinos
Carcinoma de pequenas células
Como é calculado a carga tabágica
Produto do número de maços utilizados em um dia e o número de anos que o paciente fumou.
O valor é dado na unidade maço-ano. Um maço contem 20 cigarros. EX: pessoa fumou por 2 maços por 20 anos: carga de 40 maços por ano
Qual dos TU de pulmão esta menos relacionado com o tabagismo
O adenocarcionoma é o tipo mais comum em não fumantes. Mas, existe uma variedade que é ainda mais característica dos não fumantes: o carcinoma bronquíolo-alveolar
Qual a manifestação clínica mais comum do TU de pulmão
Tosse
Qual TU esta relacionado com a síndrome de Pancoast-sulco superior e quais suas manifestações
Epidermoide
Dor torácica + compressão do plexo braquial + Sd. De Horner (compressão do simpático toraco cervical, responsável por fuga e luta. Logo, predomina o parassimpático: miose, anidrose e rubor)
Qual TU esta relacionado com a síndrome da Veia Cava Superior e quais suas manifestações
Oat- cell
A grande causa dessa síndrome é o Ca de pulmão
Edema de face e pletora, turgência jugular, varizes em torax
Quais síndromes paraneoplásicas estão relacionadas com os TU de pulmão
Oat-cell: Eaton-Lambert, SIAD
Adenocarcinoma: osteoartropatia hipertrófica pulmonar
Epidermoide: hipercalcemia (PTH-like)
Quais são os sítios de metastase do TU de pulmão
Esqueleto (pulmão, costelas e pelve), fígado, adrenal, SNC e medula óssea.
O TU de pequenas células é o que mais se associa com metástases
QUAL O DX E DD
Paciente que apresenta fraqueza proximal mais proeminente nos membros inferiores, com sensação de enrijecimento, diminuição dos reflexos profundos, ptose palpebral com movimentação ocular extrínseca preservada, constipação e queixa de xerostomia. Possui o dx de carcinoma pulmonar de pequenas células
Síndrome de Eaton-Lambert.
DD: miastenia gravis
Semelhanças: cursam com fraqueza proximal dos membros inferiores
Diferenças:
SMEL:
Ac contra canais de Ca dos neurônios pré-sinápticos anti-VGCC.
Reflexos ausentes ou diminuídos
Sintomas disautonomicos como boca seca e impotência
Contratilidade muscular aumentada com a estimulação repetitiva do músculo-padrão encremental
MG:
Ac contra receptor pos-sináptico de acetilcolina
Padrão decremental
Como é realizado o dx do Ca de pulmão
Histopatológico: bpx
Central: escarro e broncoscopia
Periférico: toracotomia, videotoracoscopia e percutânea
Estadiamento do Ca de pulmão
T: tamanho
T1: A ≤ 1 cm, B ≤ 2cm, C ≤ 3cm : nódulo pulmonar solitário
T2: 3≤ 5 cm: não inclui a carina
T3: 5≤ 7cm: pega parede pleura parietal, parede, nervo frênico
T4: >7cm ou estruturas adjacentes (não é ressecável)
≥ 2 lesões no mesmo pulmão (é ressecável)
N: linfodo em relação a lesão
N1: linfonodos hilares do mesmo lado
N2: linfonodos mediastinais do mesmo lado
N3: contralateral (não ressecável)
M1: metástase a distancia
M1a: derrame pleural ou pericárdico
M1b: um único órgão (osso, cérebro, fígado)
M1c: > 1 orgão
Tratamento do Ca de pulmão
• Pequenas células
Limitado: 1 hemitorax
Extenso: espalhado
Limitado: QT + RT (cura 15-25%)
Extenso: QT paliativa
• Não pequenas células
Ia: cirurgia (nódulo pulmonar solitário T1N0M0)
Ib e II: cirurgia + QT
IIIa: se T4 cirurgia + QT, N mais avançado: QT + RT
IIIb: QT + RT
IV: QT paliativa
Critérios de irresecabilidade: T4*, N4, M1
*duas lesões em pulmões diferentes pode ressecar
Sobre o câncer de bexiga, qual o tipo histológico existe
Tipo histológico: epitélio de células transicionais
Carcinoma de células transiconais
Sobre o câncer de bexiga, qual o perfil epidemiologico, fatores de risco, clínica e diagnóstico
Homem, branco, idoso
Fatores de risco: tabagismo, arilaminas, hidrocarbonetos
Clínica: hematúria e sintomas irritativos
Diagnóstico: citologia e cistoscopia com biopsia
Sobre o câncer de bexiga, como é feito o tratamento
Tratamento:
Superficial (até a submucosa T1N0M0): ressecção endoscópica +/- BCG (para alto risco de recorrência. Esquema de quimioterapia-> BCG intravesical)
Invasivo (muscular ≥ T2):
QT adjuvante + neoadjuvante
Cistectomia + linfadenectomia
Metastática (M1)
QT +/- resseção da doença residual