O3.1 Sofrimento Fetal e Fórcipes Flashcards
Alterações uteroplacentárias responsáveis por SFA
- Hiperatividade uterina: taquissistolia ou hipersistolia
- Hipotensão materna
- Hipovolemia: DPP, desidratação
Alterações fetoplacentárias responsáveis por SFA
→ Alterações posicionais ou compressivas sobre o cordão umbilical
- Prolapso, procidência, nós e trombose de cordão
Dentre as medidas diagnósticas de SFA, qual não se mostrou eficaz para diminuição de morbimortalidade?
Mobilograma: avaliação da movimentação fetal
→ Os outros métodos, quando bem indicados, são excelentes no diagnóstico e manejo.
Sinal de SFA pela Microanálise do Sangue Fetal
1) Período de Dilatação
2) Período Expulsivo
→ Acidemia Fetal
1) pH <7,2
2) pH <7,15
(V ou F)
A primeira medida do feto diante de diminuição do O2 é de preservação de seus órgãos nobres.
Verdadeiro
(V ou F)
A presença de acelerações transitórias do BCF indica que o feto não está acidótico
Verdadeiro.
Com qual periodicidade deve-se realizar a ausculta intermitente durante o trabalho de parto
1) Gestações de baixo risco
2) Gestações de alto risco
1) Fase ativa: 30/30min e período expulsivo 15/15min
2) Fase ativa: 15/15min e período expulsivo 5/5min
Parâmetros avaliados na cardiotocografia
- Linha de Base
- Variabilidade
- Acelerações
- Desacelerações
- Atividade Uterina
Valor de normalidade da Linha de Base do BCF na CTG.
110 - 160bpm
Classificação da Variabilidade na CTG
- Aumentada/acentuada: >25bom
- Moderada: 6 a 25bpm → padrão ondulatório
- Mínima ≤ 5bpm → padrão comprimido
- Ausente: 0 → padrão terminal
O que o padrão sinusoide, observado na CTG, indica?
Anemia fetal crônica: DHRN?
Causas não asfíxicas de ↓ variabilidade na CTG
- Sono fetal
- Drogas maternas: opioides, propranolol, metildopa
- Arritmias fetais
- Anencefalia
- Prematuridade
Qual o melhor parâmetro de bem estar fetal observado na CTG e como pode ser definido?
Presença de acelerações transitórias = feto reativo
- ↑ 15bpm poro 15 seg
Qual significado clínico das DIPs:
1) DIP I
2) DIP II
3) DIP III
1) Estímulo vagal à compressão polo cefálico
2) Estase de sangue interviloso, indica asfixia
3) Estímulo vagal à compressão cordão umbilical
Como se manifesta DIP III desfavorável na CTG?
- Recuperação lenta à linha de base
- Ausência de retorno à linha de base
- Desaceleração bifásica (em W)
O que pode ser considerada uma CTG Categoria I - Padrão tranquilizador?
- Linha de base entre 110 - 160bpm
- Variabilidade moderada
- Ausência de DIP II/III recorrente
- Com ou sem acelerações transitórias ou DIP I
O que pode ser considerada CTG Categoria III - Padrão não tranquilizador?
- Ausência de variabilidade
- DIP II/III recorrente
- Bradicardia
- Padrão sinuisoidal
No SFA, quais parâmetros fetais vão se alterando na cardiotocografia, em ordem?
1) Perda das acelerações: ↓ tônus simpático
2) Perda da variabilidade
3) Bradicardia e DIP II/III: ↑ tônus parassimpático
Conduta intraparto no SFA
- O2 8-10 L/min
- Deitar em DLE
- Suspender ocitocina e considerar tocolíticos
- Corrigir hipotensão
- Avaliar prolapso de cordão e proporção cefalopélvica
- Realizar parto pela via mais rápida: usar fórcipe de alívio ou cesariana
Quais os objetivos da reanimação intrauterina?
- Promover oxigenação e melhorar fluxo uteroplacentário
- Reduzir atividade uterina
- Avaliar compressão umbilical
Características do crescimento celular do feto, de acordo com a idade gestacional
1) < 16sem
2) 16 - 32sem
3) >32sem
1) Hiperplasia celular
2) Hiperplasia e hipertrofia
3) Hipertrofia: depósito de gordura e glicogênio
Como deve ser feito rastreamento de CIUR durante pré-natal?
Medida do fundo uterino: entre 18ª e 30ª sem o FU concorda com a IG. Se 3cm abaixo deve fazer USG
Diagnóstico presumptivo (1) e definitivo de CIUR
CIUR = peso
Indicador ultrassonográfico mais sensível para identificação de CIUR
Circunferência abdominal (CA)
Classificação do CIUR
- Simétrico: CC/CA é normal (agressão precoce)
- Assimétrico: CC/CA aumentada (agressão tardia)
- Misto: “assimétrico precoce”
Causas de CIUR, segundo sua classificação
- Simétrico/Tipo I: trissomias, drogas, infecções no 1º trimestre
- Assimétrico/Tipo II: insuficiência placentária (HAS/DM/lúpus) no 2-3º trimestre
- Misto/Tipo III: cromossomopatias
Diagnóstico de Oligodramnia.
- ILA <5cm ou maior bolsão <2 cm
Qual diagnóstico:
1) ILA 6cm
2) ILA 20cm
3) ILA 25cm
1) ILA diminuído
2) ILA aumentado
3) Polidramnia (> 23cm)
Complicações fetais secundárias à oligodramnia
- Hipoplasia pulmonar
- Infecções
- Anormalidades musculoesqueléticas e faciais
No que consiste a Síndrome de Potter
Agenesia renal bilateral
Principal causa aguda de oligodramnia
RPMO
2 principais causas crônicas de oligodramnia
Insuficiência placentária > doenças renais fetais
Parâmetros avaliados no Perfil Biofísico Fetal
- CTG basal
- Movimentos respiratórios fetais
- Movimentos fetais
- Tônus fetal
- Volume do LA
O que pontua 2 pts no Perfil Biofísico Fetal?
- CTG basal: padrão reativo
- Mov. respiratório: ≥1 mov. ≥30 seg
- Mov fetal: ≥3 movimentos em 30 min
- Tônus: ≥1 mov. de extensão/flexão ou abrir/fechar as mãos em 30 min
- VLA: maior bolsão >2cm
Qual a conduta, segundo o Perfil Biofísico Fetal?
1) 10/10 ou 8/10 + VLA normal
2) A termo 8/10 pts + oligodramnia
3) Pré-termo 8/10 pts + VLA normal
1) Expectante
2) Parto
3) PBF 2x por semana
Qual a conduta, segundo o Perfil Biofísico Fetal?
1) A termo 6/10 + VLA normal
2) Pré termo 6/10 + oligodramnia
3) 6/10 + oligodramnia ou 4/10 com VLA normal (≥32sem e <32 sem)
4) 4/10 oligodramnio ou 0/10
1) Parto
2) Repetir PBF 24h, se persistir = parto
3) ≥32 sem = parto; <32 sem = PBF diário
4) ≥26 sem = parto
Qual primeiro e último parâmetros a se alterarem no Perfil Biofísico Fetal, na vigência de SFA e SF crônico
1) SFA: primeiro é CTG e último é Tônus
2) SF crônico: primeiro é CTG e último é VLA
→ VLA não se altera em distúrbios agudos
Dentre os métodos de avaliação da vitalidade fetal, qual o mais sensível e quais seus objetivos?
Dopplerfluxometria
- Predição de CIUR e Pré-eclâmpsia
- Avaliação de insuficiência placentária
- Seguimento de fetos em sofrimento crônico
Na avaliação do Sofrimento Fetal Crônico, quais os vasos avaliados pela dopplerfluxometria e o que cada um se presta a mostrar?
1) Artéria uterina: avalia adaptações placentárias → predição de CIUR/pré-eclâmpsia
2) Artéria umbilical: avalia função placentária (centralização)
3) Artéria cerebral média: circulação fetal (centralização)
4) Ducto venoso: função cardíaca fetal
Fórmula do Índice de Resistência
(S-D)/S
Fórmula do Índice de Pulsatilidade
(S-D)/Vmédia
Diagnóstico de centralização pela Dopplerfluxometria
- Relação umbilicocerebral ≥1 (S/D da umbilical sobre a cerebral média) OU
- Índice de Pulsatilidade >1
Classificação da Centralização Fetal
- Normoxêmica: compensada (CTG e PBF normais)
- Hipoxêmica
Valores normais da relação S/D da dopplerfluxometria da artéria umbilical
1) 20 sem
2) 25 sem
3) 30 sem
4) 35 sem
5) 40 sem
1) <4,6
2) <4,2
3) <3,8
4) <3,4
5) <3
Quais as 3 estruturas nobres privilegiadas pelo feto na vigência de centralização?
- Cérebro
- Coração
- Suprarrenal: precisa do cortisol
Ondas avaliadas pela dopplerfluxometria do Ducto Venoso e o que cada uma indica?
- S: sístole ventricular
- D: diástole ventricular
- A: sístole atrial D
Qual conduta a ser tomada de acordo com as seguintes alterações na dopplerfluxometria.
1) ↑ índices umbilicais com fluxo diastólico preservado e sem CIUR
2) CIUR assimétrico com doppler normal
3) Centralização fetal normoxêmica
1) Vigilância fetal com CTG e PBF semanais
2) Parto por indicação obstétrica
3) Cesariana quando >34sem
Qual conduta a ser tomada de acordo com as seguintes alterações na dopplerfluxometria.
1) Diástole Zero
2) Diástole Reversa
3) Onda A negativa ou ausente
1) Outros testes normais (CTG/PBF e ducto venoso) pode aguardar 32-34 sem para cesariana
2) Parto
3) Parto
Quando indicar avaliação pelo doppler do Ducto Venoso?
Prematuros com alteração no doppler arterial e que se beneficiariam de prolongamento da gestação
→ como o ducto venoso é o último a se alterar, caso ele o esteja, o risco é alto e o parto deve ser indicado
Alteração no doppler de artérias uterinas que sugerem surgimento de CIUR/Pré-eclâmpsia
Incisuras protodiastólicas
Qual tipo de CIUR é a mais comum?
Tipo II/Assimétrica: 80-90% dos casos
Quais os 4 componentes de um fórcipe?
- Colher
- Pedículo
- Articulação
- Cabo
Quais as 3 curvaturas de um fórcipe?
- Pélvica
- Cefálica
- Perineal
Qual o fórcipe mais usado na prática?
Simpson
Qual fórcipe indicado para as seguintes condições:
1) Cabeça derradeira
2) Apresentação alta em variedade transversa
3) Variedade transversa e assinclitismo
4) Todas as variedades, exceto transversa
1) Piper
2) Barton: atualmente proscrito fórcipe em apresentação alta
3) Kielland
4) Simpson
Qual a pega ideal do fórcipe?
Biparietomalomentoniana
Como se classificam as operações do fórcipe?
- Desprendimento/alívio: couro cabeludo visível no introito vaginal, feto pode rodar até 45º
- Baixo: feto ≥ +2 De Lee
- Médio: feto ≥ 0 a 2 De Lee
- Alto: feto <0 De Lee
Indicações da aplicação de fórcipe.
1) Maternas: comorbidades que contraindiquem esforço físico, exaustão, discinesia uterina, resistência perineal (episiotomia não resolveu)
2) Fetais: cabeça derradeira, SFA no período expulsivo, prematuridade, prolapso de cordão
Condições para APLICAR fórcipe
A: ausência de colo (dilatação total) P: pelve proporcional L: livre canal de parto (sem obstáculos) I: insinuação (≥ 0 De Lee) C: conhecer variedade de posição A: amniotomia R: reto/bexiga vazios: sonda vesical → Outros: feto vivo ou morte recente que permita preensão da cabeça e operador habilitado
(V ou F)
Episiotomia é obrigatória para aplicação de fórcipe ou vacuoextrator.
Falso, desde 2015 ACOG diz que não é mais obrigatório.
Qual primeira colher do fórcipe a se introduzir, de acordo com a variedade de posição:
1) Oblíqua
2) ODP / OS / OEA / OP
3) ODA / OEP
4) ODT / OET
1) Posterior
2) Esquerda
3) Direita
4) Anterior
Complicações maternas e fetais do uso do fórcipe
1) Maternas: lacerações (vulvar, vaginal, retovesical), infecção, hematoma
2) Fetais: céfalo-hematoma, fratura de crânio, hemorragia intracraniana, escoriações fetais
Contraindicações ao uso do Vacuoextrator Fetal
- Prematuridade: <34 sem (principal)
- Apresentação que não seja occipital (bregma, face pélvica etc)
Ponto correto para aplicação do vacuoextrator fetal
- Ponto de flexão: distância de 1 a 3 cm do lambda e 3 a 6cm do bregma, na sutura sagital.