Neoplasias - Aspectos Clinicos Flashcards
Manifestações clínicas
Efeitos locais
Caquexia associada ao câncer
Efeitos hormonais
Síndromes paraneoplasicas
Definição entre outros
Síndromes Paraneoplásicas
Definição
• Síndromes paraneoplásicas referem-se a um conjunto de sinais e sintomas que ocorrem em pacientes com neoplasias, mas que não são causados diretamente pelo crescimento ou invasão local do tumor, nem pelas metástases. • Essas manifestações são decorrentes de: • Produção ectópica de hormônios ou outras substâncias bioativas. • Respostas imunológicas inapropriadas desencadeadas pelo câncer.
Frequência
• Afetam cerca de 10% dos indivíduos com câncer.
Relevância Clínica
1. Manifestação inicial: • Em alguns casos, as síndromes paraneoplásicas podem ser o primeiro sinal de um câncer oculto, facilitando o diagnóstico precoce. 2. Problema clínico significativo: • Podem ser grave e potencialmente letais, piorando o prognóstico do paciente. • Exemplos incluem hipercalcemia, síndromes neurológicas e hematológicas. 3. Podem mimetizar metástases: • Os sintomas podem simular lesões metastáticas, dificultando o diagnóstico correto.
Exemplos Comuns
1. Síndrome de Cushing: • Produção ectópica de ACTH por tumores como carcinoma de pequenas células do pulmão. 2. Hipercalcemia paraneoplásica: • Produção de proteína relacionada ao paratormônio (PTHrP) por carcinomas escamosos. 3. Síndromes neuromusculares: • Como a síndrome miastênica de Lambert-Eaton, associada ao carcinoma pulmonar de pequenas células. 4. Coagulopatias: • Trombose venosa profunda (síndrome de Trousseau) em adenocarcinomas.
Importância no Manejo
• Identificar e tratar síndromes paraneoplásicas é fundamental para melhorar a qualidade de vida do paciente e direcionar investigações para a detecção precoce de neoplasias ocultas.
Síndromes paraneoplasicas
Endocrinopatias e neuromusculares
Síndromes paraneoplasicas
Dematologicas etc
Graduação
Estadiamento
Estadiamento das Neoplasias
Definição
• O estadiamento é o processo de avaliação da extensão e disseminação do câncer no organismo. • Considera o crescimento/invasão local (T), a presença de metástases em linfonodos regionais (N) e metástases a distância (M).
Sistema de Classificação
• O sistema mais utilizado é o AJCC (American Joint Committee on Cancer), baseado na classificação TNM: 1. T – Tumor primário • Avalia a extensão local do tumor. • Inclui o tamanho e/ou comprometimento de estruturas adjacentes. • Classificações: • Tis (in situ): Tumor localizado sem invasão tecidual. • T1 a T4: Tumor progressivamente maior e/ou mais invasivo. 2. N – Linfonodos regionais • Indica a presença ou ausência de metástases linfonodais. • Considera também o número e/ou localização dos linfonodos comprometidos. • Classificações: • N0: Ausência de metástases em linfonodos. • N1 a N3: Número crescente e/ou localização mais extensa de linfonodos acometidos. 3. M – Metástases à distância • Refere-se à disseminação do tumor para órgãos ou tecidos distantes. • Classificações: • M0: Ausência de metástases à distância. • M1 e M2: Presença de metástases, com subcategorias que variam conforme o órgão e o número.
Importância Clínica
• O estadiamento é crucial para o planejamento terapêutico e previsão de prognóstico. • Tumores em estágios iniciais (T1, N0, M0) têm melhores taxas de cura. • Tumores avançados (T4, N3, M1) frequentemente requerem abordagem paliativa.
Resumo
• T: Crescimento local do tumor. • N: Disseminação para linfonodos. • M: Metástases distantes. • O sistema TNM é dinâmico, com diferentes valores e categorias dependendo do tipo de tumor avaliado.
Diagnóstico laboratorial
Métodos morfológicos
Métodos Morfológicos
Os métodos morfológicos são essenciais para o diagnóstico e caracterização de neoplasias. Eles podem ser divididos em duas principais abordagens: histopatologia e citopatologia.
- Histopatologia• Baseia-se na análise de tecido ao microscópio, para avaliar alterações estruturais e celulares.
• Principais métodos:
• Biópsia:
• Remoção de uma pequena amostra de tecido para análise.
• Utilizada para confirmar o diagnóstico e avaliar a natureza do tumor (benigno ou maligno).
• Exérese:
• Remoção completa da lesão ou tumor.
• Usada tanto para diagnóstico como para tratamento. - Citopatologia• Focada na análise de células isoladas ou pequenos agrupamentos celulares.
• Principais técnicas:
• Citopatologia esfoliativa:
• Coleta de células que descamam ou são esfoliadas de superfícies mucosas.
• Exemplos de locais de coleta:
• Colo uterino: Exame de Papanicolau.
• Trato gastrointestinal: Lavados ou escovados gástricos.
• Vias respiratórias: Escovados ou aspirados brônquicos.
• Trato gênito-urinário, cavidades serosas e líquor.
• Punção aspirativa (PAAF):
• Coleta de células por meio de aspiração com agulha fina.
• Exemplos de locais avaliados:
• Tireoide: Para nódulos tireoidianos.
• Mama: Avaliação de massas suspeitas.
• Linfonodos: Pesquisa de metástases ou linfomas.
• Glândulas salivares e pâncreas.
Importância Clínica
• Histopatologia: • Fornece informações detalhadas sobre a arquitetura do tecido e o tipo histológico do tumor. • Citopatologia: • Método menos invasivo, ideal para triagem ou diagnóstico inicial.
Ambas as abordagens são complementares e cruciais para o manejo adequado de condições neoplásicas.
Imuno histoquimica
Imuno-histoquímica
Definição
• A imuno-histoquímica (IHQ) é uma técnica laboratorial que utiliza anticorpos específicos para detectar antígenos em tecidos. • Esses antígenos podem estar localizados no núcleo, citoplasma ou membrana celular.
Utilidades
1. Categorização de neoplasias malignas indiferenciadas: • Tumores que apresentam baixa diferenciação podem ser identificados por marcadores específicos que ajudam na sua classificação. 2. Determinação do sítio primário de adenocarcinomas: • Em casos de tumores metastáticos de origem desconhecida, a IHQ é fundamental para identificar a origem tecidual ou o órgão primário. 3. Avaliação prognóstica: • A expressão de certos marcadores, como Ki-67 (proliferação celular) e HER2 (câncer de mama), pode ajudar a prever o comportamento do tumor e a resposta ao tratamento. 4. Terapêutica: • Identificação de alvos moleculares para terapias específicas, como: • HER2: Uso de trastuzumabe no câncer de mama. • PD-L1: Avaliação da elegibilidade para imunoterapia em cânceres como pulmão.
Importância Clínica
• A imuno-histoquímica é essencial para o diagnóstico, manejo e planejamento terapêutico de neoplasias. • É frequentemente usada em conjunto com outros métodos morfológicos, como a histopatologia, para fornecer uma visão abrangente do tumor.
Citometria de fluxo
Citometria de Fluxo
Definição
• A citometria de fluxo é uma técnica laboratorial que permite a análise quantitativa e qualitativa de múltiplos antígenos celulares em populações de células.
Características
1. Avaliação de múltiplos antígenos: • Permite identificar antígenos expressos na superfície, no citoplasma ou no núcleo das células. • Utiliza anticorpos marcados com fluoróforos específicos para detectar os alvos. 2. Método quantitativo: • Mede a intensidade da fluorescência, que está relacionada à quantidade do antígeno presente. • Permite analisar simultaneamente milhões de células. 3. Principais aplicações: • Leucemias e linfomas: • Identificação de populações celulares malignas. • Classificação do tipo de leucemia ou linfoma com base no perfil imunofenotípico. • Imunologia: Avaliação de subpopulações de linfócitos (CD4, CD8, etc.). • Transplantes: Monitoramento de rejeições.
Exemplo de Uso
• Na imagem, o gráfico (dot plot) mostra: • Populações celulares distintas baseadas na expressão de dois marcadores: CD5 e CD19. • Percentuais de células com diferentes perfis de marcação. • Esse tipo de análise é fundamental para caracterizar neoplasias hematológicas.
Importância Clínica
• Diagnóstico preciso: Identificação do tipo celular envolvido em doenças hematológicas. • Prognóstico: Determinação de características que influenciam o curso da doença. • Monitoramento terapêutico: Avaliação da resposta ao tratamento ou da recidiva.
A citometria de fluxo é uma ferramenta essencial em hematologia e imunologia clínica.
Células neoplasicas circulantes
Células Neoplásicas Circulantes (CNCs)
Definição
• As células neoplásicas circulantes são células tumorais que se desprendem do tumor primário ou metastático e entram na circulação sanguínea. • São consideradas um método experimental para estudos oncológicos avançados.
Funções Potenciais
1. Avaliação de risco para desenvolvimento de metástases: • As CNCs são indicativas do potencial metastático do tumor, pois representam a capacidade do tumor de invadir a circulação. • A presença e o número de CNCs estão frequentemente correlacionados ao estágio avançado da doença e a um pior prognóstico. 2. Resposta a terapias: • O monitoramento de CNCs ao longo do tratamento pode indicar: • Efetividade da terapia: Diminuição do número de CNCs sugere resposta favorável. • Falha terapêutica: Persistência ou aumento das CNCs indica resistência ou progressão da doença.
Importância Clínica
• Uso atual: Embora ainda seja um método experimental, está sendo utilizado em pesquisas para melhorar o manejo oncológico. • Futuro potencial: • Pode se tornar uma ferramenta para diagnóstico precoce, estratificação de risco, e acompanhamento terapêutico mais preciso. • Pode ser combinada com técnicas como a biópsia líquida para uma abordagem menos invasiva.
Essa tecnologia promete avanços significativos na medicina personalizada em oncologia.
Métodos moleculares e cito genéticos