ENDOCARDITE Flashcards
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Q
ENDOCARDITE
A
- Endocardites Infecciosas
- Endocardites Não-Infecciosas
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Q
ENDOCARDITE INFECCIOSA
Características Gerais
1. Acometimento infeccioso: 2. Formação de vegetações: 3. Infiltração leucocitária → Lesão tecidual:
Classificação
1. Endocardite Infecciosa Aguda: 2. Endocardite Infecciosa Subaguda:
Etiologia
1. Streptococcus viridans: 2. Staphylococcus aureus: 3. Outros patógenos:
Patogênese
1. Bacteremia (presença de microrganismos na circulação): 2. Anormalidades valvulares:
Morfologia
1. Vegetações: 2. Microscopia:
A
Características Gerais
1. Acometimento infeccioso: • A endocardite infecciosa é uma infecção do endocárdio, que geralmente envolve as válvulas cardíacas (valvular) ou o revestimento interno do coração (mural). A infecção é tipicamente bacteriana e leva à formação de vegetações. 2. Formação de vegetações: • Vegetações são formações compostas de fibrina, microrganismos e leucócitos, que se depositam sobre a válvula infectada, causando dano tecidual e interferindo na função valvular. 3. Infiltração leucocitária → Lesão tecidual: • A infiltração de leucócitos no local da infecção provoca inflamação e danos ao tecido cardíaco.
Classificação
1. Endocardite Infecciosa Aguda: • Ocorre em válvulas normais e é causada por microrganismos agressivos que produzem lesões destrutivas. O curso da infecção é rápido, e a condição é grave. 2. Endocardite Infecciosa Subaguda: • Geralmente afeta válvulas previamente danificadas, e os microrganismos envolvidos são menos virulentos. As lesões são menos destrutivas, e a infecção tem um curso mais prolongado.
Etiologia
1. Streptococcus viridans: • É a causa mais comum de endocardite infecciosa, responsável por 50% a 60% dos casos, geralmente em válvulas previamente danificadas. 2. Staphylococcus aureus: • Comum em usuários de drogas intravenosas, é responsável por 10% a 20% dos casos, especialmente em válvulas do lado direito do coração. 3. Outros patógenos: • Enterococo, o grupo HACEK (Haemophilus, Actinobacillus, Cardiobacterium, Eikenella, Kingella), bacilos Gram-negativos, fungos e, em alguns casos, Streptococcus bovis (associado ao câncer de cólon).
Patogênese
1. Bacteremia (presença de microrganismos na circulação): • Os microrganismos chegam ao coração pela corrente sanguínea, geralmente a partir de outro foco de infecção, procedimentos dentários ou cirúrgicos, quebras na barreira mucosa ou uso de drogas intravenosas. 2. Anormalidades valvulares: • A endocardite é mais comum em válvulas previamente danificadas por doenças como doença reumática, calcificação valvular, prolapso da válvula mitral, válvula aórtica bicúspide ou em presença de próteses valvulares.
Morfologia
1. Vegetações: • As vegetações podem ser únicas ou múltiplas e se localizam principalmente nas válvulas aórtica e mitral, mas em usuários de drogas intravenosas, afetam mais comumente as válvulas do lado direito do coração (válvulas tricúspide e pulmonar). 2. Microscopia: • Em casos de endocardite aguda, observa-se infiltrado de neutrófilos, detritos celulares e presença de bactérias. Em casos subagudos, há menos destruição e mais deposição de fibrina e calcificação, além de infiltrado inflamatório crônico.
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Q
ENDOCARDITE INFECCIOSA
clinica
Sinais e Sintomas Clínicos
1. Febre – Infecção: 2. Sintomas gerais: 3. Sopro – Distúrbio valvular: 4. Microembolias: 5. Êmbolos sépticos: 6. Glomerulonefrite:
A
Sinais e Sintomas Clínicos
1. Febre – Infecção: • A febre é um dos sintomas mais comuns na endocardite infecciosa, indicando a presença de uma infecção ativa. Ela pode ser contínua ou intermitente e é acompanhada por outros sinais sistêmicos. 2. Sintomas gerais: • Os pacientes podem apresentar sintomas inespecíficos, como fadiga, perda de peso, mal-estar e sudorese noturna, refletindo a resposta sistêmica à infecção. 3. Sopro – Distúrbio valvular: • O desenvolvimento de um sopro cardíaco novo ou a alteração de um sopro pré-existente é comum, pois a infecção afeta a função das válvulas cardíacas, comprometendo seu fechamento adequado. 4. Microembolias: • Fragmentos de vegetações infectadas podem se soltar e circular pelo sistema arterial, causando microembolias. Estas incluem: • Hemorragias subungueais: pequenas hemorragias embaixo das unhas. • Lesões de Janeway: pequenas lesões hemorrágicas indolores em palmas das mãos e solas dos pés. • Nódulos de Osler: nódulos subcutâneos dolorosos nas polpas digitais (dedos). • Máculas de Roth: áreas hemorrágicas com centro pálido na retina. 5. Êmbolos sépticos: • Fragmentos das vegetações podem se deslocar e formar êmbolos que transportam a infecção para outros locais do corpo, causando: • Infartos sépticos: áreas de necrose causadas por êmbolos infectados. • Aneurismas micóticos: dilatações vasculares causadas pela infecção das paredes dos vasos, que podem se romper e levar a complicações graves. 6. Glomerulonefrite: • A endocardite infecciosa pode desencadear uma resposta imunológica, formando complexos antígeno-anticorpo que se depositam nos glomérulos dos rins, resultando em glomerulonefrite. Isso pode causar hematúria (sangue na urina) e comprometimento da função renal.
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Q
VEGETAÇÕES NÃO-INFECTADAS
Vamos explorar as Vegetações Não-Infectadas, que são formações que se depositam nas válvulas cardíacas, mas sem a presença de infecção ativa, como ocorre na endocardite infecciosa.
Tipos de Vegetações Não-Infectadas
1. Endocardite Trombótica Não-Bacteriana (ETNB): 2. Endocardite de Libman-Sacks:
A
Tipos de Vegetações Não-Infectadas
1. Endocardite Trombótica Não-Bacteriana (ETNB): • Características: São pequenas vegetações constituídas principalmente por material trombótico (fibrina e plaquetas) e localizadas nas linhas de fechamento das válvulas cardíacas. • Ausência de destruição tecidual: Diferente da endocardite infecciosa, essas vegetações não causam lesão ativa no tecido cardíaco. • Causas: A ETNB está frequentemente associada a condições de hipercoagulabilidade, como adenocarcinomas e traumas locais. Pacientes com câncer, especialmente adenocarcinoma, apresentam maior risco. • Consequências: Essas vegetações podem se desprender e causar microembolias, oclusões arteriais e infartos em órgãos distantes. 2. Endocardite de Libman-Sacks: • Associação com LES: Essa forma de endocardite é observada em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES). • Características: As vegetações de Libman-Sacks são verrucosas e podem estar presentes em ambos os lados das válvulas (mitral e tricúspide), além de afetarem as cordoalhas e o endocárdio mural (revestimento interno do coração). • Morfologia: Observa-se necrose fibrinoide (morte de células com deposição de fibrina), presença de corpos hematoxilínicos (material nuclear denso associado ao LES) e depósitos de material fibrinoso nas vegetações.