NEONATO - REANIMAÇÃO NEONATAL Flashcards
Condições Perinatais Associadas à necessidade de reanimação
Fatores Antenatais
- Idade Materna (< 16 anos ou > 35 anos)
- Doenças Maternas: HAS, DM, DHEG, cardiopatia, nefropatia, tireoidiana, e neurológica, uso de drogas, infecção materna
- Sangramento no 2º ou 3º trimestre
- Ausência de pré-natal
- Prematuridade
- Pós-maturidade
- Gestação Múltipla
- Malformação Congênita
- Anemia fetal ou aloimunização
- Hidropsia fetal
- Óbito fetal ou neonatal anterior
Fatores Relacionados ao Parto
- Cesariana de emergência
- Uso de fórcipe ou extração a vácuo
- Apresentação não cefálica
- Prematuridade
- Corioamnionite
- Rotura Prolongada de Membranas (> 18 horas)
- Trabalho de Parto prolongado (> 24 horas)
- Segundo estágio do trabalho de parto prolongado (> 2 horas)
- Placenta Prévia
- Descolamento de placenta
- Prolapso de Cordão
- Sangramento intraparto abundante
- Tetania uterina
- Líquido Amniótico Meconial
- Macrossomia Fetal
- Bradicardia Fetal
- Anestesia geral
- Uso materno de opioides nas 4 horas que antecedem o parto
Asfixia
- Algumas crianças apresentam-se deprimidas ao nascer, com hipotonia, dificuldade para respirar e/ou bradicardia
- As causas de depressão (asfixia) podem incluir: asfixia intrauterina ou periparto, prematuridade, drogas administradas ou ingeridas pela mãe, malformações congênitas, etc
- Asfixia = hipoxemia progressiva, com acúmulo de CO2 e acidose, podendo avançar para lesão cerebral permanente ou morte
- Inicialmente nota-se movimentos respiratórios rapidos -> cessam-se os movimentos, FC começa a cair, tônus muscular diminui progressivamente e RN entra em apneia (apneia primária). Adm oxigênio suplementar e estímulo tátil levam ao reinício da respiração espontânea
- Se persistir, RN desenvolve movimentos respiratórios profundos, semelhantes a suspiros, FC continua a cair e surge flacidez -> apneia secundária (não responde à estimulação tátil e não reinicia respiração espontaneamente); ventilação assistida deve ser iniciada
Causas mais comuns de RN instável (necessidade de reanimação)
- RN em sofrimento fetal agudo (ex.: bradicardia, desacelerações)
- RN prematuros (especialmente aqueles com peso < 1.000 g), pós-maturidade ou alto peso de nascimento (> 4,5 kg)
- Gestações Múltiplas
- Líquido Amniótico Meconial
- Trabalho de Parto Prolongado
- Uso de narcóticos opioides pela mãe nas últimas 4h (incluindo drogas anestésicas)
- Malformações congênitas (destaque para atresia de coanas, síndrome de Pierre- Robin e hérnia diafragmática)
Sequência de Reanimação Neonatal
- 2-3 profissionais treinados e capacitados para reanimar o RN, pelo menos um apto para intubar e massagear (pediatra)
- Material disponível na sala de parto
- Sala de parto a temperatura 23-26 ºC: mesa de reanimação com acesso por 3 lados; fonte de calor radiante; fonte de ar comprimido e fonte de oxigênio com fluxômetros; aspirador a vácuo com manômetro; relógio de parede com ponteiros de segundos; termômetro digital para medicação da temperatura ambiente
- Material de aspiração: sondas orogástricas curtas nº 6 e 8; sondas traqueais nº 6 e 10; dispositivo para aspiração de mecônio; seringa 20 mL
- Material de ventilação: balão autoinflável com 750 mL de volume, reservatório de oxigênio, válvula de escape com limite de 30-40 cm H20; ventilador neonatal manual em T; Máscaras orofaciais redondas nº 00, 0 e 1; Blender para mistura de oxigênio e ar; oxímetro de pulso com sensor neonatal
- Material de intubação orotraqueal: laringoscópios nº 00, 0 e 1; cânulas traqueais sem balonete e com diâmetro interno nº 2,5; 3; 3,5; 4 mm; material para fixação da cânula: tesoura fita adesiva e algodão com SF 0,9%. pilhas e lâmpadas sobressalentes; detector colorimétrico de CO2 expirado
- Medicações: adrenalina diluída em SF 0,9% 1/10.000 em seringa de 5 mL adm endotraqueal; adrenalina diluída em SF 0,9% 1/10.000 em seringa 1 mL adm endovenosa; expansor de volume SF 0,9% ou Ringer lactato em 2 seringas 20 mL; álcool etílico a 70% ou clorexidina alcoólica 0,5%; Vitamina K1
- Material de cateterismo umbilical: campo fenestrado, cadarço de algodão e gaze; pinça kelly reta 14 cm; lâmina 21 com cabo de bisturi; porta agulha de 11 cm; fio agulhado mononylon 4.0; sonda traqueal números 6 ou 8 ou cateter umbilical venoso números 5F ou 8F
- Outros: Luvas, óculos, compressas e gazes estéreis, saco polietileno 30x50 cm e touca de proteção térmica para o neonato, tesoura de ponta romba e clampeador de cordão umbilical, seringas 1, 5, 10, 20 mL e suas agulhas, balança digital, antropômetro
Quando a sequência de atendimento será diferente?
Quando em uma das 3 perguntas houver uma resposta “NÃO”
- A termo?
- Respirando/chorando?
- Bom tono?
Passo a passo para sala de parto de neonato de alto risco
(>= 34 semanas)
- Mesa de reanimação com fonte de calor radiante
- 30 segundos para: prover calor, posicionar cabeça em leve extensão, aspirar boca e narinas se necessário, secar
- 30 segundos para: avaliar FC (estetoscopio 6s x 10) e respiração (choro ou expansão da caixa torácica); se apneia, respiração irregular e/ou FC < 100, iniciar VPP e outro fixa 3 eletrodos (braço direito, esquerdo e coxa anterior) do monitor cardíaco e oxímetro de pulso (pulso radial direito)
Passo a passo para sala de parto de neonato de alto risco
(>= 34 semanas)
Ventilação
- Iniciar em ar ambiente (FiO2: 21%)
- Ausência de melhora: corrigir técnica ou aumentar oferta de oxigênio por blender de acordo com SatO2
- Equipamentos: máscara facial, máscara laríngea e cânula traqueal; balão autoinflável (FiO2 21% ou 90-100%) e ventilador mecânico manual em T (FiO2 variável)
Técnica
- Máscara facial + balão: FR 40-60min (aperta/solta/solta), pressão inspiratória 20 cmH2O (máx 30-40)
- Máscara facial + Ventilador mecânico manual em T: 40-60/min, fluxo 5-15 L/min. pressão máxima (30-40 cmH2O), pressão inspiratória (20 cmH2O), PEEP 5 cmH2O
Passo a passo para sala de parto de neonato de alto risco
(>= 34 semanas)
Ventilação
Indicação
- Resp. irregular/apneia, e/ou FC < 100 bpm: iniciar VPP
- Após 30s de VPP com máscara facial + balão:
- Respiração regular e FC > 100 bpm: suspender o procedimento
- ♦ Respiração irregular, apneia e/ou FC < 100 bpm:
○ Corrigir a técnica da VPP
○Avaliar a necessidade de oxigênio suplementar conforme a saturação:
□ 5 minutos: 70-80%
□ 5-10 minutos: 80-90%
□ > 10 minutos: 85-95%
○ Intubação orotraqueal: VPP prolongada com técnica adequada
- Intubação orotraqueal: VPP ineficaz com máscara + balão, necessidade de massagem cardíaca (MCE) e hérnia diafragmática
- Duração da tentativa: 30s
- Sinais de posicionamento correto: aumento da FC, ausculta das axilas, tórax e estômago ou capnografia
- Após 30s de VPP com cânula traqueal:
○ Resp. regular e FC > 100 bpm: extubação e titula o oxigênio
○ Resp. irregular e/ou FC < 100 bpm e/ou SaO2 abaixo dos níveis desejados:
□ Corrigir a técnica
□ Aumentar a FiO2 60-100%
□ Se FC < 60 bpm: MCE
Passo a passo para sala de parto de neonato de alto risco
(>= 34 semanas)
Massagem Cardíaca (MCE)
Técnica
- 1/3 inferior do esterno, deprimindo 1/3 do diâmetro anteroposterior do tórax
- Técnica polegar: polegares no terço inferior do esterno e restante dos dedos abraçando o tórax por trás.
- Técnica dois dedos: compressão do terço inferior do esterno utilizando-se o dedo índice e médio
- Relação de 3:1 (3 compressões: 1 ventilação)
- Relação de 15:2 (15 compressões: 2 ventilações): apenas para pacientes internados em UTI cuja origem da PCR é cardíaca (cardiopatias congênitas)
Passo a passo para sala de parto de neonato de alto risco
(>= 34 semanas)
Massagem Cardíaca (MCE)
Indicação
- VPP com cânula traqueal, técnica adequada, FiO2 100%, FC < 60 bpm, após 30s: indicar MCE
- Após 60s de MCE (avaliar a FC pelo monitor cardíaco)
♦ FC > 60 bpm: interrompe-se a MCE
♦ FC > 100 bpm e resp. regular: interrompe-se a MCE e a ventilação
♦ FC < 60 bpm:
□ Corrigir a técnica da ventilação e MCE
□ Cateterismo umbilical e adrenalina
Passo a passo para sala de parto de neonato de alto risco
(>= 34 semanas)
Adrenalina e SF 0,9%
Indicação
- VPP com cânula traqueal com FiO2 100% + MCE com técnica adequada e FC < 60 bpm após 60s
Passo a passo para sala de parto de neonato de alto risco
(>= 34 semanas)
Adrenalina e SF 0,9%
Técnica
- Medicações: adrenalina e SF 0,9%
- Veia umbilical: cateter 1-2 cm após o ânulo. Usar adrenalina diluída (1 mL de adrenalina + 9 mL de SF = solução de 1:10.000) e usar 0,1-0,3 mL/kg EV a cada 3-5 min junto com SF 0,9% (10 mL/kg), lentamente em 5-10 min
- Via traqueal: apenas para adrenalina diluída (1 mL de adrenalina + 9 mL de SF = solução de 1:10.000) na dose de 0,5-1 mL/kg IT, 1x, enquanto aguarda acesso da veia umbilical.
Passo a passo para sala de parto de neonato de alto risco (< 34 semanas)
- TODO prematuro < 34 semanas fará os passos iniciais da estabilização na mesa de reanimação, tendo nascido vigoroso ou deprimido
30 segundos para 1 + 2:
- Mesa de reanimação com fonte de calor radiante
Sala em temperatura ambiente de 23-26ºC
Envolver o corpo do neonato em saco plástico, cobrir o couro cabeludo com plástico e colocar touca de lã ou algodão
Usar colchão térmico em < 1.000 g.
Garantir a temperatura corporal de 36,5-37,5ºC
- Mesa de reanimação com fonte de calor radiante
- Via aérea pérvia:
Posicionar o pescoço em leve extensão; coxim sob os ombros
Aspirar boca/narinas se houver obstrução com secreções (sonda nº 6-8 com pressão máxima de 100 mmHg)
- Via aérea pérvia:
OBS: enquanto se provê calor e mantém a via aérea pérvia, outro profissional coloca o oxímetro na palma ou pulso radial direito
30 segundos para:
- avaliar FC (precórdio com estetoscópio, 6s x 10), respiração (expansão torácica e choro) e SaO2
♦ 5 minutos: 70-80%
♦ 5-10 minutos: 80-90%
♦ > 10 minutos: 85-95%
○ Se FC > 100 bpm, sem desconforto e boa SaO2: transporte para UTI Neo
○ Se FC > 100 bpm, porém desconforto respiratório ou baixa SaO2: CPAP (pressão 4-6 cmH2O e fluxo de 5-15 L/min) na SP e avaliar respiração, FC e SaO2
○ Se respiração irregular/apneia e/ou FC < 100 bpm, um profissional inicia a VPP; o outro fixa três eletrodos (braço direito, braço esquerdo e coxa anterior) do monitor cardíaco
- avaliar FC (precórdio com estetoscópio, 6s x 10), respiração (expansão torácica e choro) e SaO2
Passo a passo para sala de parto de neonato de alto risco (< 34 semanas)
Ventilação
Quanto à oferta de oxigênio
- Iniciar com FiO2 de 30%, e aumentar de acordo com a SaO2
- Necessidade de blender na Sala de Parto (SP) para alcançar FiO2 variáveis
Quanto aos tipos de equipamentos
- Máscara facial, máscara laríngea e cânula traqueal
- Balão autoinflável (FiO2 de 21% ou 90-100%) e Ventilador mecânico manual em T (FiO2 variável)
Passo a passo para sala de parto de neonato de alto risco (< 34 semanas)
Ventilação
Técnica
- Máscara + ventilador mecânico manual em T: FR 40-60/min (“oclui/solta/solta”), fluxo (5-15 L/min), pressão máxima (30-40 cmH2O), pressão inspiratória (20-25 cmH2O), e PEEP (4-6 cmH2O)
- Máscara + Balão: frequência 40-60/min (“aperta/solta/solta”)
Passo a passo para sala de parto de neonato de alto risco (< 34 semanas)
Ventilação
Indicação
- Resp. irregular/apneia, e/ou FC < 100 bpm: iniciar VPP com máscara facial + ventilador manual em T
- Após 30s de VPP com máscara facial + balão:
♦ Respiração regular, FC > 100 bpm e SaO2 adequada: transporte à UTI Neo
♦ FC > 100 bpm, mas desconforto respiratório ou SaO2 inadequada: CPAP na SP
♦ Respiração irregular/apneia/gasping e/ou FC < 100 bpm: corrigir a técnica e, se não houver melhora, intubação orotraqueal - Intubação orotraqueal: VPP ineficaz após correção da técnica com máscara facial + ventilador manual em T; necessidade de MCE
♦ Duração da tentativa: 30s
♦ Sinais de posicionamento correto: aumento da FC, ausculta das axilas, tórax e estômago ou capnografia
♦ Acoplar o ventilador manual em T à cânula traqueal: fluxo de 5-15 L/min, pressão máxima de 30-40 cmH2O, pressão inspiratória de 20-25 cmH2O, e PEEP 5 cmH2O
♦ Após 30s de VPP com cânula traqueal:
○ Resp. regular e FC > 100 bpm: extubação e avalia o uso de CPAP; titula o oxigênio
○ Resp. irregular e/ou FC < 100 bpm e/ou SaO2 abaixo dos níveis desejados:
□ Corrigir a técnica
□ Aumentar a FiO2 60-100%
□ Se FC < 60 bpm: MCE
Passo a passo para sala de parto de neonato de alto risco (< 34 semanas)
Técnica
- 1/3 inferior do esterno, deprimindo 1/3 do diâmetro anteroposterior do tórax
- Técnica do polegar ou dos dois dedos
- Relação 3:1
Passo a passo para sala de parto de neonato de alto risco (< 34 semanas)
Indicação
- VPP com cânula traqueal + ventilador manual T, técnica adequada, FiO2 100%, FC < 60 bpm, após 30s: indicar MCE
- Após 60s de MCE (avaliar a FC pelo monitor cardíaco)
♦ FC > 60 bpm: interrompe-se a MCE
♦ FC > 100 bpm e resp. regular: interrompe-se a MCE e a ventilação. Transportá-lo intubado à UTI Neo
♦ FC < 60 bpm:
○ Corrigir a técnica da ventilação e MCE
○ Cateterismo umbilical e adrenalina
Passo a passo para sala de parto de neonato de alto risco (< 34 semanas)
Adrenalina e SF 0,9%
Indicação
- VPP com cânula traqueal e FiO2 100% + MCE com técnica adequada e FC < 60 bpm após 60s
Passo a passo para sala de parto de neonato de alto risco (< 34 semanas)
Adrenalina e SF 0,9%
Técnica
- Medicações: adrenalina e SF 0,9%
- Veia umbilical: cateter 1-2 cm após o ânulo. Usar adrenalina diluída (1 ml de adrenalina + 9 ml de SF = solução de 1:10.000) e usar 0,1-0,3 ml/kg EV a cada 3-5 minutos junto com SF 0,9% (10 ml/kg), lentamente em 5-10 minutos
- Via traqueal: para adrenalina diluída (1 ml de adrenalina + 9 ml de SF = solução de 1:10.0000) na dose de 0,5-1 ml/kg IT, uma única vez, enquanto se aguarda o acesso da veia umbilical
OBSERVAÇÃO: Geralmente, interrompem-se as manobras de
reanimação quando não forem detectados batimentos cardíacos após dez minutos de reanimação adequada.
SITUAÇÕES ESPECIAIS DA SALA DE PARTO
Líquido Amniótico Meconial
SIM às perguntas (a termo, respirando/chorando e com tono?):
- Colo materno após clampear cordão
- Garantir temperatura corporal 36,5-37,5ºC (temperatura ambiente 23-26ºC, secar o corpo e a cabeça com compressa aquecida, contato pele a pele)
- Via aérea pérvia (evitar hiperflexão ou hiperextensão do pescoço, retirar excesso de secreção de boca/narinas se houver)
- Avaliar FC (estetoscópio no precórdio), tono e respiração
- Amamentação na 1ª hora.
NÃO a alguma das três perguntas (a termo, respirando/chorando, bom tono?):
- Mesa de reanimação (pré-termo tardio ou pós- termo, apneia/gasping, hipotônicos/flácidos)
- 30 segundos para:
♦ Prover calor
♦ Posicionar cabeça em leve extensão
♦ Aspirar boca e narinas (sonda nº 10 com pressão máxima de 100 mmHg)
♦ Secar - 30 segundos para avaliar FC (estetoscópio no precórdio por 6s x 10) e respiração (choro ou expansão da caixa torácica)
♦ Se respiração regular e com FC > 100 bpm, deixar em contato pele a pele com a mãe, coberto com tecido de algodão, reavaliando sempre
♦ Se apneia, respiração irregular e/ou FC < 100 bpm
- Um profissional inicia a VPP em ar ambiente por 30s
- Se após 30s de VPP efetiva houver suspeita de excesso de mecônio em VA, pode-se aspirar a hipofaringe e a traqueia uma única vez com cânula traqueal e aspirador a vácuo a 100 mmHg
Hérnia Diafragmática Congênita
- Dificuldade respiratória e abdome escavado ou confirmação por USG pré-natal
- Conduta: IOT imediata com VPP e oxigenação +sonda de aspiração gástrica
Onfalocele e Gastrosquise
- Onfalocele: hérniação de conteúdo abdominal através da base do cordão umbilical
- Gastrosquise: defeito de fechamento abdominal lateral à linha média (paraumbilical), não havendo cobertura de pele ou membrana
- Cuidados: devem nascer a termo por parto vaginal; mesa de reanimação com fonte de calor radiante; vísceras envoltas em uma bolsa plástica com soro fisiológico ou filme plástico estéril ou compressas estéreis embebidas por SF 0,9% morno; sonda orogástrica para descomprimir o estômago; Hidratação venosa o mais rápido possível (taxa hídrica 50% maior que o habitual); ampicilina + gentamicina; fechamento primário do defeito de parede via cirúrgica ou silo de redução progressiva ao longo de cinco dias
Atresia de Coanas
- Fechamento ósseo de uma ou duas coanas nasais (incapacidade de respirar ao nascer)
- Diagnóstico: tentativa frustrada de passar uma sonda nº 6 pelo nariz do RN
- Conduta: IOT
- Reparo programado a posteriori
Síndrome de Pierre-Robin
- Hipoplasia da mandíbula (micrognatia), deslocamento posterior da língua (glossoptose) com obstrução da via aérea e fenda palatina
- Nasce em franca dificuldade respiratória, com alta letalidade, se não tratado
- Retração da língua com sutura labial pode resolver a obstrução, sendo necessária a traqueostomia em casos refratários
