NEONATO - PREMATURIDADE, PÓS-MATURIDADE, PIG e GIG Flashcards

1
Q

Prematuridade

Definição

A
  • RN que nasce < 37 semanas completas
  • Limite inferior o tempo de 22 semanas
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Prematuridade

Etiologia

A

Fatores Sociodemográficos

  • Baixo nível socioeconômico: más condições de alimentação, higiene, gravidez na adolescência, gravidez indesejada, conflitos familiares, fumo, consumo de drogas e falta de assistência médica pré-natal adequada
  • Extremos da faixa etária: < 16 anos e > 35 anos

Fatores Maternos

  • Múltiplas gestações
  • Doença crônica materna (cardiopatia, pneumopatia, nefropatia)
  • Infecção
  • Uso de drogas ilícitas
  • Doença Hipertensiva Específica da Gravidez

Fatores Obstétricos

  • Malformações uterinas (útero bicorno)
  • Incompetência istmocervical
  • Placenta prévia
  • Descolamento prematuro de placenta
  • Trauma uterino
  • Corioamnionite

Fatores Fetais

  • Eritroblastose fetal
  • Hidropsia não imune
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Problemas da Prematuridade

A
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Problemas da Prematuridade

Alimentação e aporte hídrico

A
  • Prematuros perdem cerca de 15% do peso de nascimento na primeira semana de vida e recuperam seu peso por volta de 14ª-21ª dia
  • Apresentam reservas nutricionais insuficientes, um sistema digestivo imaturo e uma alta demanda metabólica de crescimento (120-130 Kcal/kg/dia)
  • Se apresenta >34 semanas de gestação e FR < 60 irpm, alimentá-lo ao seio. Refeições por sucção contraindicadas se < 1.500 g ao nascimento, IG < 34 semanas ou evidências de doença grave
  • Bebês com desconforto respiratório (taquipneia e dispneia) não devem ser levados ao seio materno. Alimento
    poderá ser fornecido através de sonda orogástrica com fluxo por gavagem ou por bombas de infusão que controlam a velocidade de fluxo.
  • Preparo do trato intestinal para a alimentação é determinado pela presença de peristalse, eliminação de mecônio, ausência de distensão abdominal ou sinais de peritonite e resíduos gástricos não biliosos ou amarelados.
  • Dieta parenteral fica reservada para bebês < 1.500 g ou com alguma condição gastrointestinal que contraindique o uso de dieta enteral, como, por exemplo: 1) Enterocolite Necrosante (ECN); 2) Íleo paralítico; 3) Sinais de qualquer doença intestinal; e 4) Probabilidade de uso de indometacina para tratamento de canal arterial
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Problemas da Prematuridade

Dieta Enteral

A
  • Volume inicial é de 10-20 ml/kg/dia, com aumentos progressivos de acordo com a tolerância
  • A dieta fracionada a cada 3 (8x/dia) ou 4 horas (6x/dia).
  • Evitar a administração de volume hídrico excessivo aos prematuros.
  • À medida que o volume da dieta aumenta ao longo dos dias, reduz-se o volume de líquido que se oferece pela hidratação venosa.
  • O tipo de leite mais adequado é o leite humano fortificado.
  • Os fortificantes contêm proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas e sais minerais e devem ser adicionados ao leite materno quando o bebê tolerar um volume de dieta > 100 ml/kg de leite materno.
  • Acrescentam-se diariamente, a partir da segunda semana de vida, as seguintes vitaminas: A (5.000 UI), D (2.000 UI) e C (50 mg).
  • O ácido fólico tem seus níveis diminuídos nas primeiras semanas
  • Sulfato ferroso deve ser feita somente após a terceira semana, na fase de recuperação nutricional, em uma dosagem de 2-4 mg/kg/24h
  • Vitamina E, cuja suplementação estará vinculada à dosagem do nível sérico, posto que o uso excessivo dessa vitamina aumenta o risco de sepse e enterocolite necrosante.
  • A eritropoietina vem sendo utilizada, em alguns serviços, em RN de peso inferior a 1.250 g
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Problemas da Prematuridade

Dieta Enteral

A

Indicações

  1. Prematuros < 1.500 g em associação a dieta enteral mínima;
  2. Prematuros > 1.500 g para os quais uma dieta enteral adequada e suficiente não esteja estabelecida até o 3º dia de vida.
  • O aporte de carboidratos é conseguido através de uma infusão de glicose na taxa de 4-8 mg/kg/minuto, que poderá ser feita com soro glicosado a 5% ou a 10%, até um máximo de 11-12 mg/kg/minuto.
  • Nas primeiras 24 horas recomenda-se uma infusão de aminoácidos de 1,5-2 g/kg/dia, chegando-se a uma taxa de 3-3,5 g/kg/dia nos dias subsequentes.
  • Os lipídios são infundidos a uma taxa de 0,5-1 g/kg/dia nas primeiras 24-48 horas até 3 g/kg/dia.
  • Sais minerais, eletrólitos e vitaminas são também adicionados à NPT.
  • Os principais efeitos adversos relacionados à nutrição parenteral prolongada são: colestase, doença metabólica óssea, hiperlipidemia/hipertrigliceridemia e sepse.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Problemas da Prematuridade

Aporte Hidroeletrolítico

A
  • Quanto menor a idade gestacional, maior a perda insensível de água pela pele e maior deverá ser o volume hídrico oferecido inicialmente.
  • RN prematuros extremos geralmente permanecem em incubadoras umidificadas, o que acaba diminuindo a perda insensível.
  • Faixa mais baixa sugerida (menor volume) é preferível se o RN for PIG, se estiver em incubadora umidificada, se apresentar sinais de asfixia ou doença respiratória.
  • Se o RN for AIG ou permanecer em unidade de calor radiante, utiliza-se a faixa mais alta (maior volume).
  • O sódio e o potássio repostos a partir do segundo dia de vida, começando com uma taxa de 1 mEq/kg/24h e chegandon a 2-3 mEq/kg/24h a partir do quarto dia de vida.
  • O cálcio é iniciado desde o primeiro dia, para prevenir a tão frequente hipocalcemia neonatal. 300-500 mg/kg/24h de gluconato de cálcio a 10%.
  • Todo RN < 1.000 g deve ter sua artéria e veia umbilicais cateterizadas, que poderão ser mantidas por 7-10 dias e 7-14 dias respectivamente
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Problemas da Prematuridade

Metabolismo das Drogas

A
  • Clearance de creatinina encontra-se diminuído nos RNs, especialmente nos prematuros
  • Reações adversas a algumas drogas no quadro abaixo:
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Problemas da Prematuridade

Controle Respiratório

A
  • Padrão normal do prematuro é irregular ou periódica, com pausas de cinco a dez segundos, não acompanhadas de mudanças patológicas na cor, saturação ou frequência cardíaca. Algumas pausas são intercaladas por hiperpneia
  • Maioria dos RN de extremo baixo peso (< 1000g) necessitará de suporte ventilatório (intubação orotraqueal) após o nascimento
  • Ventilação mandatória intermitente limitada por pressão, objetivando SatO2 entre 85% e 93%
  • Terapia com surfactante pulmonar iniciada dentro da primeira hora após o nascimento
  • Vit A 5000 UI IM 3x/sem nas primeiras 4 semanas e cafeína nos primeiros dez dias após nascimento reduz incidência doença pulmonar crônica
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Problemas da Prematuridade

Controle cardiovascular

A
  • Pressão arterial: PAM de 26 a 28 mmHg para prematuros 24-26 semanas de IG é suficiente
  • Tratamento da hipotensão é feito com infusão salina fisiológica 10-20 ml/kg/dia, seguido da administração de aminas e hidrocortisona (1 mg/kg EV 12/12h) para os casos refratários
  • Persistência do canal arterial: Nos prematuros, especialmente < 30 semanas ou disfunção respiratória, o ducto tende a permanecer aberto por mais de quatro dias e, se for calibroso, gera um shunt esquerda-direita,
    provocando hiperfluxo pulmonar e ICC (cardiomegalia, edema pulmonar, disfunção respiratória, hipoperfusão orgânica).
  • O PCA em prematuro aumenta o risco de hemorragia pulmonar, displasia broncopulmonar, hemorragia intraventricular e enterocolite necrosante.
  • O diagnóstico é confirmado pelo ECG.
  • O tratamento é feito com restrição hídrica, furosemida, indometacina ou fechamento cirúrgico.
  • Não se recomenda indometacina profilática para os bebês < 1.000 g,
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Problemas da Prematuridade

Controle Infeccioso

A
  • Prematuros < 1.000 g têm risco muito aumentado para sepse com estreptococos do grupo B e Gram-negativos entéricos.
  • Recomenda-se o uso de antibióticos profiláticos, geralmente a associação de ampicilina e gentamicina.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Problemas da Prematuridade

Controle da Hiperbilirrubinemia

A
  • A fototerapia profilática é iniciada para todos os bebês com menos de 1.000 g nas primeiras 24 horas de vida, independente dos níveis de bilirrubina
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Pós-Maturidade

Definição

A
  • RN nasce > 42 semanas (> 294 dias)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Pós-Maturidade

Exame Físico

A
  • Ausência de Lanugem
  • Redução ou ausência do verniz caseoso
  • Unhas longas
  • Pelos abundantes no couro cabeludo
  • Pele descamativa
  • Maior vivacidade
  • Redução da relação placenta-feto
  • Pode haver eliminação de mecônio e líquido amniótico, tornando-o escuro assim como as unhas e a pele (sofrimento fetal)
  • Batimentos cardíacos fetais anormais (alguns casos)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Pós-Maturidade

Qual tem sido o melhor fator preditivo do sofrimento fetal intraparto e da acidose em gestações pós-termo?

A

Diminuição da variabilidade da FC fetal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Pós-maturidade

Consequências da gestação prolongada

A
  • O feto pode tanto continuar crescendo e se tornar GIG ou
  • Pode ter crescimento comprometido, causando retardo do crescimento e perda de peso ao nascer (perdaa de tecido subcutâneo e massa muscular)
  • Morbidade neonatal aumentada devido asfixia, síndrome de aspiração do mecônio (SAM), hipertensão pulmonar persistente, hipoglicemia, hipocalcemia, policitemia
17
Q

Pós-maturidade

Etiologia

A
  • Desconhecida na maioria dos casos
  • Anencefalia
  • Trissomias do 16 e 18
  • Síndrome de Seckel
18
Q

Pós-maturidade

Classificação

A
  • Estágio I (43 semanas): pele seca, apergaminhada e descamando, palidez discreta, cabelos abundantes, aspecto desnutrido, olhos abertos e olhar alerta, unhas longas, turgor diminuído.
  • Estágio II (44 semanas): semelhante ao estágio I + sinais de sofrimento (coloração meconial e desnutrição mais acentuada).
  • Estágio III (45 semanas): sinais I e II + impregnação meconial do umbigo e unhas, descamação intensa da pele, pele escura, sinais de sofrimento encefálico difuso, redução da quantidade de líquido amniótico, tendência à pneumonia por aspiração e perda ponderal mais acentuada.
  1. Avaliar indução do parto após 42 semanas e sempre indicá-lo após 43 semanas
19
Q

PIG

Definição

A
  • Peso de nascimento < percentil 10 da curva em relação à idade gestacional.
  • Nem todo RN PIG sofreu CIUR. Algunspodem ser constitucionalmente pequenos, e alguns AIG podem não ter atingindo seu total potencial de crescimento intraútero e ter sofrido uma restrição ao crescimento.
20
Q

PIG

Etiologia

A
  • Fatores maternos: causas genéticas, condições demográficas (ex: extremos da idade reprodutiva), raça, desnutrição materna, doença crônica (ex: cardiopatia, pneumopatia, nefropatia, hipertensão, tabagismo, uso de cocaína, doenças do colágeno, diabetes, pós-maturidade), ultiparidade, exposição ao álcool, radiação
  • Fatores placentários: malformações, corioangioma, infartos, placenta prévia, descolamento prematuro de placenta
  • Fatores fetais: constitucional (RN geneticamente pequeno), cromossomopatias, malformações de SNC e sistema esquelético, infecções congênitas (ex: rubéola, CMV)
21
Q

PIG que sofreram CIUR estão sujeitos a algumas alterações:

A
  • Asfixia
  • Aspiração de mecônio
  • Hemorragia pulmonar
  • Hipertensão pulmonar persistente
  • Hipotermia
  • Hipoglicemia
  • Policitemia
  • Hipocalcemia
22
Q

PIG
Exame Físico

A
  • Cabeça relativamente grande em relação ao corpo
  • Fontanela anterior grande
  • Face com aspecto “envelhecido”
  • Mãos e pés parecendo grandes
  • Abdome escavado
  • Pobreza de tecido subcutâneo
  • Descamação da pele
  • Cordão umbilical mais delgado
  • Diminuição da espessura da prega cutânea
  • Diminuição da circunferência da coxa
23
Q

PIG

Cuidados

A
  • RN de alto risco
  • Cuidados semelhantes aos do prematuro (incubadora nos RN instáveis, reposição de glicose, maior aporte hídrico, nutrição enteral ou parenteral)
  • Policitemia sintomática -> Exsanguineotransfusão parcial
24
Q

GIG

Definição

A
  • Peso e comprimento > percentil 90 ou com mais de dois desvios padrões para idade gestacional
  • Na prática, todo bebê > 4 kg
25
Q

GIG

Etiologia

A
  • Constitucionalmente grandes
  • Filhos de mães com diabetes mellitus
  • Pós-termo
  • Obesidade materna
  • Síndromes genéticas (ex: síndrome de Beck-with-Wiedeman)
26
Q

GIG

Consequências

A
  • Parto de feto macrossômico: distocias, parto prolongado, necessidade de cesárea, tocotraumatismos (fratura de clavícula, lesão de plexo nervoso)
  • RN de mãe diabética: polidrâmnio, hipoglicemia neonatal, hipocalcemia neonatal, icterícia neonatal, policitemia, morte intrauterina, malformações cardíacas e neurológicas