Micoses Pulmonares Flashcards

1
Q

Agente etiológico da paracoccidioidomicose?

A

Paracoccidioides brasiliensis (paracoco)

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2
Q

Epidemiologia da paracoccidioidomicose:

A

Atividades agrícolas; H 14:1 M

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3
Q

A paracoccidioidomicose é contagiosa? Justifique.

A

Não, a transmissão se dá por inalação do fungo durante atividades agrícolas

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4
Q

Qual o quadro clínico da paracoccidioidomicose?

A

Forma aguda/subaguda (tipo juvenil):

  • alterações do sistema reticuloendotelial, como adenomegalia generalizada (pode ter adenite supurativa), hepatoesplenomegalia. Pode ter febre, adinamia e perda de peso.
  • a adenopatia pode obstruir o hilo hepático e causar icterícia
  • pode haver envolvimento adrenal

Forma crônica (adultos):

  • forma pulmonar; tosse produtiva arrastada + dispneia aos esforços
  • dissociação clínico-radiologica (ausculta pobre)
  • acometimento cutâneo-mucoso (inclusive de traqueia e esôfago)
  • paracoccidioidioma (6%): cefaleia progressiva, convulsões e deficit motor progressivo
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5
Q

O que determina a evolução da infecção pelo paracoco para a forma aguda ou crônica?

A

Se a resposta é Th1 (consegue conter a infecção) ou Th2.

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6
Q

Quais as alterações de exames complementares na paracoccidiodomicose?

A

Rx tórax: infiltrado pulmonar bilateral simétrico peri-hilar, acometendo predominantemente os 1/3 médios (asa de morcego)

Forma crônica: anemia, aumento de VHS, monocitose

Aguda: eosinofilia; se insuf adrenal, hipoglicemia/natremia, hipercalemia e eosinofilia

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7
Q

Diagnóstico da paracoccidioidomicose:

A

Pesquisa direta do fungo ou cultura (rendimento baixo) do material de escarro, aspirado linfonodal ou raspado das lesões cutâneas. Se negativos, faz histopatológico.

Tb pode fazer sorologias (ELISA), mas como alguns pacientes podem manter baixos títulos de anticorpos circulantes mesmo após a cura, tem que confirmar com pesquisa direta.

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8
Q

Tratamento da paracoccidioidomicose:

A

Trata por 6 a 12 meses com:

  • primeira linha: itraconazol 100-200 mg/dia, VO, 1x ao dia

Opção: cetoconazol, mais barato mas menos potente e risco de hepatotoxicidade

  • casos graves: anfo B venosa de ataque e manutenção com bactrim
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9
Q

Agente etiológico e epidemiologia da histoplasmose:

A

Histoplasma capsulatum.

Encontrado no solo, principalmente em áreas com umidade elevada e temperatura entre 25-30 graus, como cavernas/edifícios abandonados habitados por morcegos ou locais habitados com aves (galinheiros, viveiros de pombos)

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10
Q

A histoplasmose pode ser transmitida pessoa-pessoa?

A

Não, é pela inalação do fungo do ambiente

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11
Q

Qual a patologia da histoplasmose?

A

Análoga à da TB: o fungo atinge os pulmões e se dissemina antes que surja imunidade, podendo evoluir com a forma aguda ou ser neutralizado com a formação de granulomas caseosos e se tornando latente.

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12
Q

Diferencie a histoplasmose aguda da crônica.

A

Aguda: PI de 2-3 semanas;

  • quadro gripal (febre, cefaleia, calafrios, mialgia, mal-estar), tosse seca, dispneia e dor torácica.
  • regride espontaneamente de 10 dias a algumas semanas, formando o nódulo de Ghon (tb podem ser vistos no fígado ou baço)

Crônica: mais comum em pacientes com pneumopatias prévias

  • início insidioso de febre, sintomas respiratórios, adinamia e perda ponderal (dx com TB)
  • pode ter hemoptise e fibrose pulmonar
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13
Q

Diagnóstico radiológico e laboratorial da histoplasmose:

A

Os padrões radiológicos simulam TB;

  • forma crônica: simula TB pós-primária, com cavitação sem adenomegalia mediastinal
  • forma aguda e disseminada: adenopatia hilar bilateral com infiltrado e micronódulos

Laboratório:

  • citopenias (forma disseminada)
  • aumento da ECA e fosfatase alcalina
  • pode haver hiperbilirrubinemia nas formas aguda e subaguda
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14
Q

Diagnóstico da histoplasmose

A

Exame direto ou cultura de sangue, escarro ou lavado broncoalveolar (crescimento lento) ou biópsia pulmonar (ou de outro sítio, caso disseminada)

Sorologias podem ser falso-positivas na TB, linfoma, sarcoidose e outras micoses

Pesquisa do antígeno na urina tem acurácia em torno de 90% para a forma disseminada

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15
Q

Tratamento da histoplasmose

A

Se aguda leve, não faz nada a não ser que sintomas persistam por mais de 3 a 4 semanas, aí nesse caso faz 6 semanas de itraconazol 200 mg/dia

Se aguda grave (hipoxemia), Anfo B 0,7-1 mg/kg/dia por 1/2 semanas +- manutenção com itraconazol 200 mg 2x ao dia por 12 semanas

Se crônica, anfo B ou itraconazol

Se disseminada, anfo B inicialmente e manutenção com itraconazol (se HIV, faz por tempo indeterminado)

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16
Q

Agente etiológico e epidemiologia da Aspergilose

A

Aspergillus, encontrado no solo, água e ar (mineração)

17
Q

Formas clínicas da aspergilose e suas principais características

A

Broncopulmonar alérgica:

  • asma brônquica persistente de moderada a grave
  • infiltrados pulmonares migratórios e bronquiectasias proximais
  • eosinofilia > 500 cels
  • IgE sérica > 1000

Pneumonite por hipersensibilidade

Bola fúngica:

  • formação de um aspergiloma em lesões cavitárias fibróticas
  • pode ser assintomática ou apresentar tosse crônica com ou sem hemoptise

Pulmonar invasiva:

  • pacientes neutropênicos há mais de 10 dias ou em uso de altas doses de corticoide
  • febre prolongada apesar de atbterapia apropriada, tosse e dispneia progressivas
  • pode evoluir para insuf respiratoria e instabilidade hemodinâmica
  • rx/tc: infiltrados com múltiplos nodulos pulmonares; imagens nodulares com halo na sua periferia (sangramento perilesional). A coalescência dos nodulos forma infiltrados e condensações alveolares difusas.
18
Q

Tratamento de cada forma clínica da histoplasmose

A

Alérgica: prednisona 0,5 mg/kg/dia por 2 semanas depois por dias alternados por pelo menos 3 meses; pode ser associado itraconazol

Bola fúngica: se sintomático! ressecção cirúrgica ou itraconazol 400 mg/dia ad eternum se não puder operar

Invasiva: primeira linha voriconazol ou itraconazol; tb pode Anfo B em doses altas

19
Q

Agente etiológico da criptococose

A

Criptococcus neoformans

20
Q

Manifestações clínicas da criptococose

A

Meningite criptococica, disseminada e pulmonar.

A pulmonar faz dx com histoplasmose e TB. Diagnostico pelo exame direto, cultura ou sorologia

21
Q

Tratamento da criptococose pulmonar?

A

Geralmente resolve sozinho, mas pode associar fluconazol 200-400 mg/dia por 3 a 6 meses (o mesmo tto é recomendado nas formas extrapulmonares não meníngeas)