HIV Flashcards

1
Q

Qual o esquema de diagnóstico em indivíduos > 18 meses?

A

Inicialmente faz Imunoensaio (anticorpo), se negativo descarta, se positivo faz teste molecular (CV).
CV > 5000 copias indica infecção -> para confirmação, repete IE
Se CV < 5000, tb repete IE

TESTES DISCORDANTES -> Western Blot ou Imunoblot

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2
Q

Diagnóstico em < 18 meses?

A

Precisa de 2 CV +

Se recebeu quimioprofilaxia ARV:
Primeira amostra 2 semanas após o término da profilaxia, segunda amostra 4 semanas depois disso.
Se na primeira amostra a CV for > 5000, repete imediatamente.
Se resultados discordantes, repete imediatamente.

Se não recebeu:
Primeira amostra imediatamente, se > 5000 cópias faz a segunda logo em seguida; se < 5000 cópias ou negativo, segunda amostra com 4 semanas.

Em ambos os casos, se resultados discordantes: dosagem do DNA pro-viral, contagem de CD4 e avaliação clínica abrangente

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3
Q

Se lactente foi amamentado por mãe soropositiva, o que fazer?

A

Dosa CV e começa PEP imediatamente. Repete CV com 2 e 6 semanas.

2 CV > 5000 -> infectada
Se CV < 5000, repete com 4 semanas, se continuar esse valor, pesquisa DNA pró-viral e conta CD4.

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4
Q

Diagnóstico e manejo ILTB no paciente HIV +?

A

PPD > 5 mm -> ILTB! Trata com isoniazida por 9 meses

PPD < 5 mm -> repetir anualmente

Ps: sempre fazer PPD pós reconstituição imune

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5
Q

Quais vacinas não fazer em crianças com CD4 < 200?

A

As de vírus vivo atenuado: tríplice viral, varicela, febre amarela, HPV quadrivalente

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6
Q

Critérios de suspeição de SRI?

A
  1. Piora de uma doença diagnosticada ou surgimento de novas manifestações após início ou modificação da TARV
  2. CD4 < 100 antes do início ou modificação da TARV
  3. Surgimento de sinais e sintomas entre 4-8 semanas após inicio/mod
  4. Resposta satisfatória à TARV (queda CV, aumento CD4)
  5. Exclusão de falha terapêutica, efeito colateral da TARV ou superinfecção
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7
Q

Como iniciar a TARV na coinfecção HIV-TB?

A
  1. CD4 < 50 ou sinais clínicos de imunodeficiência avançada: iniciar DENTRO de 2 semanas do início do tto para TB
  2. TB meníngea: iniciar APÓS a 8 semana, independente do CD4
  3. CD4 > 50, ausência de TB meníngea: iniciar NA 8 semana
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8
Q

Esquema de tratamento para população geral?

A

TDF (tenofovir) + 3TC (lamivudina) + DTG (dolutegravir)

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9
Q

Efeito adverso do TDF e possíveis substituições:

A

Nefrotoxicidade!
2 linha: abacavir (ABC)
3 linha: zidovudina (AZT), risco de mielotoxicidade e lipoatrofia

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10
Q

Esquema para gestantes:

A

TDF/3TC + RAL (raltegravir)

Obs: monitorar transaminases

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11
Q

Esquema para coinfecção HIV-TB:

A

TDF/3TC + EFV (risco de efeitos neuropsiquiátricos e rash)

2 linha: DTG DOSE DOBRADA pois sofre interação com rifampicina

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12
Q

Tempo necessário para soroconversão (intervalo entre contágio e o surgimento de anticorpos):

A

4 semanas (MS)

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13
Q

Caracterize a Síndrome Retroviral Aguda.

A

Conjunto de sinais e sintomas inespecíficos que surgem durante a soroconversão, de curso autolimitado (3-4 semanas).

Principais: febre, mialgia, cefaleia, faringite, dor ocular, rash cutâneo (lesões maculopapulares em face, pescoço e tronco) e linfadenopatia

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14
Q

O que significa a fase de “latência clínica”? Existe “latência microbiológica”?

A

É a fase após a SRA em que o CD4 vai caindo a uma média de 50 cel/ano, durando cerca de 10 anos na ausência de tratamento, e na qual o paciente pode ser assintomático (com a progressão da imunodepressão, vão aparecendo as doenças oportunistas)

Não existe latência microbiológica, pois apesar do set point da CV estabelecido pela ativação imune, sempre vai existir replicação viral ativa.

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15
Q

Qual a definição de Linfadenopatia Generalizada Progressiva (LGP) presente na fase de latência?

A

Adenomegalias >1cm em duas ou mais cadeias extrainguinais por > 3 meses, na ausência de uma causa óbvia.

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16
Q

Quando indicar biópsia de linfonodo na LGP?

A

Se CD4 > 200 na presença de outros sinais e sintomas sugestivos de doença linfoproliferativa (febre, sudorese, perda ponderal)

Se CD4 < 200, sempre indicada mesmo na ausência de sintomas

17
Q

Diagnóstico diferencial de TB em pacientes SIDA com cavitação pulmonar?

A

Rodococose!
Etiologia: Rhodococcus equi (cocobacilo gram positivo)
Clínica: febre e tosse arrastados
Rx: consolidações alveolares e CAVITAÇÃO PULMONAR
Hemocultura geralmente positiva pois faz muita bacteremia!

18
Q

A pneumocistose é a principal causa de pneumonia em pacientes HIV positivo no Brasil. Quando suspeitar?

A

Pacientes com CD4 <200 ou sinais de imunodepressão moderada com:
Quadro clínico inespecífico arrastado (febre, tosse seca ou com pouco escarro claro, dispneia aos esforços, dor torácica retroesternal e perda ponderal), discreta leucocitose/leucograma normal, LDH > 500, hipoxemia (pO2 < 70).
Rx com infiltrado intersticial bilateral (mas pode ser normal em 20% dos casos) e TC com vidro fosco.

19
Q

Tratamento e profilaxia da Pneumocistose:

A

Tratamento:

  • bactrim (sulfametoxazol + trimetoprim) em altas doses! (15-20 mg/kg/dia de TMP, dividido em 4 tomadas diárias por 21 dias)
  • associar corticoide se hipoxemia: prednisona 40mg 2x ao dia, reduzindo a dose pela metade a cada 5 dias

Efeitos colaterais (20-85%): rash cutâneo leve, pancitopenia ou sd de Stevens-Johnson

Profilaxia: historia previa de PCP é fator de risco para novo episódio!
- Bactrim 800/160mg 3x/semana assim que completar o tratamento, mantendo até CD4 > 200 por > ou = a 3 meses em resposta à TARV

20
Q

Qual a interação medicamentosa entre a TARV e o esquema RIPE?

A

A rifampicina reduz os níveis séricos dos IP, logo se precisar usar IP pelo motivo que seja, troca a rifampicina por rifabutina.

Lembrar que inicialmente mantem a rifampicina a todo custo, seja dobrando a dose do DTG ou introduzindo RAL! Se não puder usar nenhum dos dois e precisar usar IP, é que troca para rifabutina.

21
Q

A paracoccidioidomicose (PCM) é doença definidora de AIDS, pois a maioria dos imunocompetentes é assintomática. Qual o quadro clínico na SIDA?

A

Quando CD4 < 200, focos latentes podem ser reativados levando a um quadro agudo e multissistêmico, misturando manifestações da forma crônica (pulmonar) com a aguda (sistema mononuclear fagocítico), logo:
- febre, tosse e infiltrado reticulonodular no Rx + adenomegalia, hepatoesplenomegalia, lesões cutâneo-mucosas ou em outros órgãos (MO, SNC)

22
Q

Qual a principal forma de histoplasmose na SIDA?

A

Histoplasmose progressiva disseminada

23
Q

Tratamento geral para infecções fúngicas oportunistas:

A

Anfo B IV até melhora clínica + manutenção VO com itraconazol por período indeterminado

24
Q

Principal cardiopatia no HIV +?

A

Dça coronariana obstrutiva.

FR:

  • Ativação imune crônica (envelhecimento precoce)
  • hiperlipidemia (aumento de TG e diminuição de HDL, lembrar que IP altera metabolismo lipídico)
  • tabagismo
25
Q

Quais as interações entre TARV e estatinas?

A

Inibidores de integrase não possuem interações.

Como os IP aumentam o nível sérico das estatinas (por inibição do citocromo P450), só pode usar atorva e pravastatina, mesmo assim em doses reduzidas! Sinvastatina é CONTRAINDICADO em associação a IP.

26
Q

Como diferenciar as principais infecções intestinais por protozoários na imunodepressão avançada?

A

Todas podem cursar com diarreia grave e persistente, ameaçadora à vida.

Criptosporidíase: pode ter pancreatite aguda associada. Diagnóstico por EPF ou biópsia de delgado. TARV melhora o quadro, pode associar nitazoxanida (Annita) também.

Microsporidíase: difícil visualizar no EPF por serem protozoários pequenos e intracelulares. Pode ter apresentação extraintestinal (conjuntivite, hepatite, etc). TARV melhora o quadro, pode usar albendazol 400mg 2x ao dia em alguns pctes.

Isosporidíase: EPF com oocistos (bem menores que os oocistos da criptosporidíase). Responde muito bem ao bactrim, independente da TARV.

27
Q

Qual a principal causa de meningite oportunista na AIDS e qual seu quadro clínico?

A

Neurocriptococose.
Paciente com CD4 < 100 apresentando quadro subagudo de febre, náuseas e vômitos, cefaleia holocraniana, alterações progressivas do sensório e irritação meníngea (os 2 últimos podem estar ausentes). Bioquímica e citologia do líquor podem ser normais ou com alterações discretas, mas atentar para HIPERTENSÃO LIQUÓRICA!

Obs: até 1/3 tem doença pulmonar associada.

28
Q

Tratamento e profilaxia secundária da neurocripto:

A

Anfo B (escolha) ou flucitosina na indução, fluconazol na consolidação e manutenção (até CD4 > 200 por pelo menos 6 meses)

Iniciar TARV após 4-6 semanas

29
Q

Qual a principal etiologia de lesão cerebral com efeito de massa no paciente HIV +? Descreva o quadro.

A

Neurotoxoplasmose!

Doença de reativação (logo, paciente IgG positivo para toxo) de cistos teciduais latentes no parênquima cerebral, desenvolvendo abscessos necrosantes.
Quadro clássico: déficit neurológico focal subagudo, febre e cefaleia. Pode ter convulsões e sinais de HIA.

30
Q

Diagnóstico e tratamento da neurotoxo:

A

Alterações radiológicas clássicas: lesões focais com centro hipodenso e captação anelar (periférica) de contraste, com importante edema perilesional associado, predominando em núcleos da base.

Esquema de primeira escolha: sulfadiazina + pirimetamina + leucovorin por no mínimo 6 meses. Associar glicocorticoides se edema cerebral importante (como desvio de linha média)

Obs: se neurotoxo prévia ou CD4 < 100 em pctes IgG positivo tem indicação de profilaxia (bactrim) até que CD4 fique > 200 por pelo menos 6 meses de TARV

31
Q

Qual a característica da reativação do Chagas pelo HIV?

A

Meningoencefalite aguda com ou sem miocardite associada, principalmente se CD4 < 200.

Diagnóstico pela demonstração da forma tripomastigota do parasita por pesquisa no sangue, líquor ou outros líquidos corporais. PCR e hemocultura NÃO CONFIRMAM!

32
Q

Principal diagnóstico diferencial de manifestações oculares no HIV? Descreva.

A

Retinite pelo CMV, principalmente se CD4 < 50.

Perda visual progressiva e indolor, bilateral mas inicialmente assimétrica.

Diagnóstico por fundoscopia, evidenciando exsudatos brancos mesclados com áreas de hemorragia (“queijo com ketchup”).

Tto com drogas anti-herpesvírus (ganciclovir, foscarnet ou cidofovir). Mantém profilaxia até que CD4 > 100 por pelo menos 3 meses

33
Q

No que você pensa em paciente HIV + que evolui com nódulos vasculares em pele, membranas mucosas e vísceras?

A

Sarcoma de Kaposi, causado pelo Herpes Vírus 8.
Pode ser indolente ou fulminante e embora seja tipicamente associado a imunodepressão profunda, pode aparecer em qualquer faixa de CD4.

34
Q

Qual o esquema ARV da PrEP?

A

Tenofovir (TDF) + Entricitabina (FTC), dose fixa combinada 300/200mg, 1x ao dia

Necessários mínimo de 7 dias de uso para proteção para relações anais e 20 para vaginais.

35
Q

Qual a periodicidade das consultas de PrEP?

A

Trimestrais! Lembrar de sempre realizar TR para HIV