MÉTODOS CONTRACEPTIVOS. Flashcards
O que são os métodos comportamentais?
Os métodos comportamentais são aqueles baseados na identificação do período fértil, durante o qual os casais não praticam relações sexuais ou praticam coito interrompido, a fim de diminuir as chances de gestação.
As principais vantagens desses métodos são a ausência de efeitos colaterais e a possibilidade de ser utilizado por pacientes cujos princípios religiosos e socioculturais não permitem a utilização de outros métodos. Entretanto, a principal desvantagem é sua alta taxa de falhas.
Ao lembrarmos da fisiologia do ciclo menstrual sabemos que o primeiro dia do ciclo é o primeiro dia da menstruação e que a ovulação ocorre, em média, no 14° dia do ciclo, podendo variar em alguns dias, dependendo se o ciclo for mais curto ou mais longo. O período fértil dura cerca de oito a nove dias em cada ciclo menstrual e isso ocorre porque o óvulo tem vida média de 24-48 horas e o espermatozoide de até 72 horas
Para quem os métodos comportamentais não estão indicados?
As pacientes que não têm regularidade menstrual (exemplo: extremos da vida reprodutiva, doenças crônicas ou uso de medicamentos que alteram o ciclo menstrual) não são elegíveis para esses métodos, pois a ocorrência de ciclos anovulatórios é grande, não sendo possível identificar corretamente o período fértil
Quais são os principais métodos comportamentais? (6)
Os principais tipos de métodos comportamentais são: método de Ogino-Knaus, temperatura basal, monitoramento do muco cervical, método sintotérmico, amenorreia lactacional e coito interrompido. A tabela abaixo resume cada um deles:
Quais são os métodos de Barreira?
Os métodos de barreira impedem a ascensão dos espermatozoides para a cavidade uterina, por meio de ações mecânicas ou químicas. Nesses grupos estão incluídos: preservativos femininos e masculinos, diafragma, espermicidas, esponjas e capuz cervical.
Qual é a única contraindicação do Preservativo Masculino?
A única contraindicação ao uso dos preservativos masculinos é a alergia ao látex (categoria 3) A taxa de falha varia de 2% a 16% e depende tanto da resistência e do tipo de material utilizado quanto da utilização correta pelo usuário.
Como é o modo de uso do preservativo masculino?
O preservativo masculino deve ser colocado com o pênis ereto e seco (face enrolada com a borda para cima), da glande até a base do pênis. Deve-se ter o cuidado de comprimir a extremidade com a ponta dos dedos, para retirar o ar e evitar a rotura durante o intercurso sexual. Após a ejaculação, o pênis deve ser retirado da vagina, ainda ereto e com os dedos pressionando na abertura do condom, para que não vaze esperma. Antes de jogar o preservativo no lixo, deve-se dar um nó na base para aprisionar o conteúdo (Figura 3). O preservativo não deve ser utilizado por mais de meia hora, devido ao risco de rotura, e também não deve ser reutilizado.
OBS: Mesmo com o uso correto, o rompimento do preservativo masculino ocorre em 2% dos casos
Do que é composto o preservativo feminino?
Como utilizar o preservativo feminino de forma correta?
A maneira de utilizar o preservativo feminino depende do modelo. A seguir, mostramos a inserção do preservativo feminino mais utilizado, um modelo feito de um polímero sintético (pode ser utilizado em pacientes com alergia ao látex)
- O preservativo deve ser colocado até 8 horas antes da atividade sexual;
- Segurar o preservativo na extremidade fechada e apertá-lo para que fique longo e estreito; 3. Inserir o anel interno completamente na vagina;
- Empurrar o anel interno com o dedo indicador até o fundo da vagina. O anel externo deve permanecer recobrindo a vulva;
- Para remover, torcer o preservativo e puxar para fora;
- Enrolar na embalagem e jogar no lixo;
- O preservativo não deve ser reutilizado.
Como o diafragma é utilizado de forma correta?
São dispositivos contraceptivos reutilizáveis em formato de capuz, côncavo e com borda flexível. No Brasil, são feitos de silicone, possuem dimensões de 70 a 85 mm de diâmetro e validade de três anos. Têm índice de falha de 6% (uso perfeito) a 16% (uso típico) quando utilizado em conjunto com espermicida.
O ginecologista deve medir a vagina da paciente e testar os tamanhos para indicar o diâmetro mais adequado. O diafragma deve ser colocado na vagina, de forma que a borda posterior se encaixe no fórnice vaginal posterior e a borda anterior se encaixe atrás do púbis (Figura 6). Sendo assim, o dispositivo recobre todo o colo e parte da parede vaginal anterior. Deve ser colocado 15 minutos antes da atividade sexual e retirado após seis horas. O uso de espermicida deve ser associado.
Quais são as contraindicações do Diafragma?
Como são utilizados os espermicidas?
São substâncias introduzidas na vagina antes da penetração vaginal, funcionando como barreira química à ascensão dos espermatozoides para a cavidade uterina. Devem ser colocados no máximo 1 hora antes da ejaculação vaginal (geralmente 10-15 minutos antes). O índice de falha é de 18-29%. Atualmente, são associados aos métodos mecânicos para aumento de efetividade.
OBS: Não devem ser usados em pacientes com alto risco ou portadoras de ISTs, pela possibilidade de provocar microlesões na mucosa.
Como são utilizadas as Esponjas?
São discos de espuma que contêm espermicida e devem ser umedecidos e colocados no fundo da vagina recobrindo o colo do útero. Podem ser inseridas até 24 horas antes da relação sexual e permanecem eficazes até 24 horas após a inserção. Após o uso, devem ser descartadas (não são reutilizáveis). Não estão disponíveis no mercado brasileiro. Têm taxa de falha de 9-16% em nulíparas e 20-32% em multíparas.
Como é utilizado o capuz cervical
É um copo de silicone reutilizável que impede a ascensão dos espermatozoides para a cavidade uterina. Assim como o diafragma, deve ser associado aos espermicidas. Pode ser inserido até 6 horas antes da relação sexual e pode permanecer na vagina por 48-72 horas. Tem taxa de falha de 13-16% em nulíparas e 23-32% em multíparas (o encaixe é pior em colos maiores). No Brasil, não é prescrito como método contraceptivo.
Quem pode aderir aos métodos de laqueadura tubária ou vasectomia?