Mecanismos de Apresentação Antigénica Flashcards
Quem leva proteínas maiores: MHC I ou MHC II?
MHC II leva proteínas maiores que MHC I
Proteínas responsáveis por transporte de péptidos para o interior do RE
TAP 1 e TAP 2:
- Transportadores associados a Processamento de Ags;
Proteossoma -> Imunoproteossoma
Para conseguir passar por TAP e encaixar em MHC
- Nas células APC;
- Substituição de subunidades ativas no protessoma;
- Ação do IFN-gamma e TNF-alpha;
MHC I: estrutura
Três estruturas:
- Precisa de beta 2 microglobulina para estabilizar;
- Tapasina: aproxima MHC de TAP;
- Calnexina: chaperone, quando se liga a beta 2 microglobulina, troca com Erp57
Complexo MHC I:péptido
- MHC I alfa liga-se à calnexina até B2m se ligar;
- MHC I alfa:B2m liberta-se da calnexina, ligando-se a um complexo de chaperones (calreticulina, Erp57) e liga-se ao TAP com ajuda da tapasina;
- As proteínas citosólicas e os produtos ribossomais defeituosos são degradados pelo proteossoma;
- TAP entrega os péptidos ao retículo endoplasmático;
- Péptido liga-se ao MHC I e termina o seu folding;
- MHC I liberta-se do complexo TAP e é exportada para a superfície membranar da célula.
E se MHC expressar péptido self?
NÃO há resposta => timo já eliminou todas as células T que respondem a Ags self
Mecanismos de evasão virais com ação no complexo MHC I:péptido
- Evasinas virais US6 e ICP47 bloqueiam a apresentação antigénica, prevenindo o movimento de péptidos pelo TAP;
- Proteína adenoviral E19 compete com tapasina e inibe descarga de péptidos para MHC I;
- Proteína mK3 do HSV é uma ligase E3-ubiquitina, que sinaliza o MHC I para ser degradado pelo proteossoma;
Complexo MHC II:péptido
Péptidos que se ligam ao MHC II formam-se nas vesículas endocíticas;
- VIA endocítica:
º Ag é endocitado para vesículas intracelulares;
º Nos endossomas precoces, com pH neutro, as proteases endossomais estão inativas;
º A acidificação das vesículas ativa as proteases e degrada o Ag em fragmentos peptídicos;
º A vesícula com os péptidos funde-se com vesículas contendo MHC II;
Cadeia invariável no complexo MHC II:péptido
CLIP = Class II associated Invariant chain Peptide
- A cadeia invariável liga-se ao sulco na molécula de MHC II;
- A cadeia invariável é inicialmente clivada, deixando um fragmento no sulco do MHC II;
- A cadeia invariável sofre uma segunda clivagem, formando CLIP, que continua no sulco do MHC II e evita que péptidos sejam carregados em MHC II;
Formação do complexo MHC II:péptido
º CLIP está a “bloquear” MHC II;
º Ags endocitados são degradados em péptidos nos endossomas, mas o CLIP está a bloquear a sua ligação a MHC II;
º HLA-DM liga-se a MHC II e liberta CLIP, permitindo que outros péptido se liguem ao MHC II;
º MHC II viaja até à superfície da membrana celular;
HLA-DM e HLA-DO
º HLA-DM tem função estabilizadora => é uma molécula não clássica de MHC II; que não apresenta Ag, mas contribui para carregamento;
º HLA-DO pode inibir HLA-DM;
º HLA-DM é estimulada por IFN gamma
Quais os péptidos apresentados ao MHC?
Os péptidos com maior afinidade => conferem maior estabilidade ao MHC
Processamento e apresentação de Ags
- Via citosólica (Ags endógenos);
- Via endocítica (Ags exógenos);
Via citosólica
Ags endógenos;
- Ação de TAP;
- Processamento por MHC I;
Via endocítica
Ags exógenos;
- São endocitados ou fagocitados;
- Processamento por MHC II;
Apresentação cruzada
Célula expressa os 2 MHC ao mesmo tempo:
º Ags endógenos apresentados por MHC II;
º Ags exógenos apresentados por MHC I;
Componentes essenciais para apresentação de antigénio
- Péptidos;
- TCR;
- MHC;
Exceções no processamento e apresentação antigénica
- Superantigénio: interagem num sítio diferente:
º Porção transmembranar;
º Moléculas solúveis - Ativação POLICLONAL;
º Muitos dos superantigénios são tóxicos;
º Há ativação descontrolada de diferentes braços da resposta => ex: síndrome do choque tóxico;
Células APC
Antigen presenting cells, podem ser:
- Profissionais: células dendríticas, macrófagos e células B
º Expressam constitutivamente MHC II e coestimuladores;
º Início de resposta muito regulado;
º Elevada eficiência em internalizar e processar Ags;
- Não profissionais: todas as células nucleadas
º Expressão de MHC II pode ser induzida;
º Não têm grande capacidade endocítica nem de processamento antigénico;
º Não expressam coestimuladores;
- Atividade coestimuladora é regulada pelo reconhecimento de PAMPs / agentes patogénicos => para limitar reconhecimento do self;
LOCALIZAÇÃO DAS APC NOS OLS:
º Células dendríticas: região paracortical (onde também estão a maioria das células T);
º Macrófagos;
º Células B: centros germinativos;
Célula dendrítica
APC
- A APC “mais altruísta”: amplifica as outras;
- Apresenta sobretudo Ags extracelulares;
- Ação sobretudo em infeção viral => capaz de passar a MHC I;
- 2 tipos: convencionais (cDC) e plasmacitoides (promovem resposta antiviral, promovem diferenciação de cDC a partir de monócitos e promovem apresentação antigénica pelas cDC)
Macrófagos
APC
- Não é célula apresentadora por definição => função paralela: amplificam ação;
Células B
APC
- A mais diferente: não faz fagocitose => transporte mediado por BCR;
º BCR reconhece Ag;
º Célula internaliza Ag;
º Apresentação do Ag a MHC II do linfócito B;
- Importante para class switch e formação de células de memória;
- Precisam de infeção para haver coestimulação;
Principais vias de entrada de Ag
Pele;
Trato GI;
Trato respiratório;
Onde são captados os Ags pelas APCs?
Os Ags são captados nos tecidos pelas APCs;
Os Ags que circulam na corrente sanguínea são captados pelas APCs no baço;
Migração das células dendríticas
- Células dendríticas imaturas nos tecidos periféricos encontram patogénios e são ativadas por PAMPs;
- Sinalização TLR induz CCR7 e promove processamento de Ags patogénicos;
- CCR7 direciona migração para tecidos linfoides e aumenta expressão de coestimuladores e MHC;
- Células dendríticas maturas na zona T apresentam Ag a células T naive;
º DC imaturas: CR4 e LFA4;
º DC maturas: CCL18 (DC-CK);
Migração dos linfócitos para órgãos linfoides secundários
Através:
- HEV (high endotelial venules);
- Circulação normal;
1. Rolamento (seletinas: L-seletina interage com hidratos de carbono);
2. Ativação (quimiocinas: CCL21);
3. Adesão (integrinas: LFA-1);
4. Diapedese (quimiocinas: CCL21 e CXL12);
Seletinas: HEV vs. circulação normal
L-seletina liga-se a:
HEV: CD34 ou GlyCAM-1 => reconhecimento da CCL21 pelo CCR7 das células T naive => ligação CCR7:CCL21
Circulação normal: MAdCAM-1;
Ligação CCR7:CCL21
Ativa LFA:
- Aumenta a sua afinidade para ligandos nas células dos HEV (ICAM-1 e ICAM-2);
- Aumenta mobilidade e dirige-se à zona de contacto com HEV;
Integrinas: ligação a moléculas de adesão
- HEV: LFA-1 pouco reativa liga-se a ICAM-1;
- Endotélio das mucosas: LPAM-1 liga-se a MAdCAM-1;
- Endotélio ativado: VLA-4 liga-se a VCAM-1;
O que é que as células T naive reconhecem?
Gradientes de ligandos CCR7 (CCL21 e CCL19);
Produção de CCL18 pelas DCs;
- Migram para as zonas T e contactam com várias APC;
- Quando não encontram Ag, saem dos nódulos linfáticos pelos sinusoides corticais;
º Gradiente de S1P (lípido) = direciona cél. T naive pelos sinusoides até vaso linfático eferente;
- Quando encontram o seu Ag específico, são ativadas pela apresentação antigénica pelas DCs e perdem a capacidade de sair do nódulo (diminui recetor S1P);
º Células T ativadas diferenciam-se em células efetoras e saem do nódulo linfático (aumenta recetor S1P);
Ativação das células T naive
- Células T ligam-se a APC por interações LFA-1:ICAM-1 de baixa afinidade;
- Ligação de TCRs subsequente sinaliza LFA-1;
- Alterações conformacionais no LFA-1 aumentam afinidade e prolongam contacto entre as células;
PARA ATIVAR CÉL. T NAIVE:
º Interação Ag / TCR;
º Coestimulação;
º Citocinas: IL-2;
I. MHC:péptido inicia processo que leva à formação de complexo de sinalização;
II. p56 associadas a CD4/8 fosforila ITAMs para criar zonas de ancoragem para ZAP-70;
III. ZAP-70 fosforila moléculas que recrutam componentes de vias de sinalização (IP3, DAG, GEF)
IV. São ativados fatores de transcrição (NFAT, AP-1, NFkB), que promovem transcrição de IL-2 (fator de sobrevivência e de diferenciação);
V. Produção de IL-2 induz entrada da célula T no ciclo celular => proliferação T;
VI. Cross link de CD28 coestimula a ativação T e induz expressão de CTLA-4 (CD152);
VII. CTLA-4 liga-se a B7 (CD80 ou CD86) com maior avidez do que ao CD28 e dá sinais inibitórios às células T ativadas;
CD3
Rodeia TCR;
Sinaliza interação da célula dendrítica e da célula T
LICENSING: ativação das células T naive
CD8+ precisa da interação de CD4+ com célula dendrítica para ser ativada
CD27
Expresso em células T naive;
Liga-se ao CD70 das células dendríticas;
Potente sinal coestimulador precoce para as células T
4-1BB
Expresso em células T naive;
Liga-se ao 4-1BBL das APCs;
Duplo sinal ativador: para linfócito T e APC;
CD40L
Ligação CD40:CD40L
- Promove expressão de B7 nas APCs;
- Promove secreção de citocinas que ativam células T
º Promove e mantém proliferação;