ME2 - Prova 3 Flashcards

1
Q
    1. O que é hemostasia primária?
A
  1. Hemostasia primária se refere à deposição inicial de plaquetas, ou “tampão plaquetário”, no local da lesão vascular. Isso é resultante da adesão, ativação e agregação plaquetária. (377)
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2
Q
    1. O que ativa as plaquetas para formar o tampão plaquetário inicial na hemostasia primária?
A
  1. As plaquetas não aderem à superfície endotelial em condições normais, pois as substâncias trombogênicas são separadas das plaquetas pelo endotélio intacto. Quando a matriz subendotelial é exposta após lesão vascular, a adesão de plaquetas é resultante de integrinas ativadas presentes na superfície das plaquetas que se ligam a vários tipos de ligantes, incluindo o fator de von Willebrand (vWF), colágeno, fibrinogênio, fibronectina e vitronectina. Isso promove a aderência das plaquetas ao endotélio, tornando-as ativadas. (377)
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3
Q
    1. Qual é o papel das plaquetas ativadas na formação do tampão plaquetário?
A
  1. Uma vez ativadas, as plaquetas recrutam e ativam plaquetas adicionais no local da lesão vascular, onde ocorre a agregação plaquetária. Isto é conseguido pela degranulação de plaquetas ativadas que, por sua vez, induzem uma alteração na forma das plaquetas, tornando-as extremamente aderentes. (377-378)
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4
Q
    1. Qual é o papel do fibrinogênio na formação do tampão plaquetário?
A
  1. O fibrinogênio tem um papel primário na agregação plaquetária e na formação dos tampões. As plaquetas ativadas induzem uma mudança conformacional na glicoproteína IIb/IIIa em sua superfície, que possui alta afinidade pelo fibrinogênio. O fibrinogênio faz ligações cruzadas com a glicoproteína IIb/IIIa em plaquetas ativadas para formar pontes entre as plaquetas, agregando e ligando plaquetas para formar o tampão plaquetário. Este é o último passo da hemostasia primária. (378)
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5
Q
  1. O que é hemostasia secundária?
A
  1. Hemostasia secundária se refere à formação de fibrina reticulada insolúvel no no tampão plaquetário para estabilizá-lo e formar um coágulo. Isso ocorre por uma interação de mecanismos, incluindo a ativação e amplificação de fatores de coagulação e a propagação da formação de coágulos. Isso é comumente referido como cascata de coagulação. (378)
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6
Q
  1. Qual é o papel do fator tecidual na formação do coágulo?
A
  1. O fator tecidual é o principal iniciador da cascata de coagulação. O fator tecidual fica exposto quando o endotélio é rompido e se liga ao fator VII ativado (fator VIIa) circulante no local da lesão vascular. Este complexo prossegue, ativando os fatores X e IX e propagando ainda mais a cascata de coagulação. (378)
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7
Q
  1. Quais são os fatores envolvidos na produção de trombina?
A
  1. O fator X ativado forma um complexo com o fator V e o ativa, formando o complexo protrombinase, que converte uma pequena quantidade de protrombina em trombina. A trombina criada amplifica ainda mais a cascata, ativando os fatores V, VIII, XI e plaquetas. O fator IXa e VIIIa formam o complexo tenase que ativa mais fatores X, criando, assim, uma produção aumentada de protrombinase e trombina. (379)
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8
Q
  1. Qual é o papel da trombina na formação do coágulo?
A
  1. A trombina quebra a fibrina para formar o fibrinogênio, quando níveis suficientes de trombina estiverem disponíveis. A fibrina ativa o fator XIII para a ligação cruzada dos monômeros de fibrina em uma matriz de fibrina, formando um coágulo estável. (379)
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9
Q
  1. Quais são as três principais moléculas reguladoras que ajudam a encerrar a cascata de coagulação?
A
  1. A antitrombina, o inibidor da via do fator tecidual (TFPI) e a proteína C ativada (PCA) são as três principais moléculas reguladoras que ajudam a encerrar a cascata da coagulação. A antitrombina inibe a trombina e muitos dos outros fatores de coagulação ativados. O TFPI inibe diretamente o fator Xa e se liga ao fator Xa para inibir o complexo TF-VIIa. A PCA inativa os fatores Va e VIIIa, inativando, assim, os complexos protrombinase e tenase. (379)
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10
Q
  1. Qual é o papel da heparina endógena no controle da coagulação?
A
  1. A heparina endógena se liga à antitrombina e acelera sua ação em mais de 100 vezes. A heparina endógena é encontrada em células endoteliais normais e impede a formação espontânea de coágulos nas superfícies endoteliais normais. Isso ajuda a limitar o processo de coagulação ao endotélio danificado. (379)
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11
Q
  1. Qual é o papel da proteína S no controle da coagulação?
A
  1. A proteína S aumenta consideravelmente a atividade da proteína C ativada, que atua para encerrar a cascata de coagulação. (379)
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12
Q
  1. Qual é o papel do ativador do plasminogênio tecidual (tPA) no encerramento da coagulação?
A
  1. O ativador do plasminogênio tecidual (tPA), que é secretado pelo endotélio lesionado, ativa o plasminogênio em plasmina. A plasmina degrada a fibrina em produtos solúveis, tais como os dímeros D (fibrinólise). Este processo é altamente regulado e, normalmente, localizado na área do coágulo. (379)
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13
Q
  1. Como a fibrinólise é regulada? Qual é o efeito clínico potencial da fibrinólise sistêmica?
A
    1. A fibrinólise é altamente regulada para ocorrer apenas no local do trombo. O ativador do plasminogênio tecidual se liga à fibrina no coágulo; assim, a geração de plasmina é localizada na superfície do coágulo de fibrina. Em condições normais, a plasmina circulante que não está ligada ao coágulo de fibrina é inibida pela α2-antiplasmina. No entanto, se a ativação da plasmina não for controlada, ocorrerá fibrinólise sistêmica, podendo ocasionar hemorragia profunda. (379)
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14
Q
  1. Quais são alguns dos sinais e sintomas históricos que podem indicar que o paciente sofre de um distúrbio hemorrágico?
A
    1. Alguns sinais e sintomas históricos que podem indicar que um paciente possui distúrbio hemorrágico incluem hematomas fáceis, hemorragia da mucosa, epistaxe, sangramento prolongado após procedimentos dentários e metrorragia. (379)
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15
Q
  1. Que valor laboratorial da contagem de plaquetas indica a possibilidade de sangramento intraoperatório não controlado?
A
    1. As contagens de plaquetas de 50.000 células/μL ou menos podem estar associadas a sangramento intraoperatório não controlado. (379)
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16
Q
  1. Que porcentagem de fatores de coagulação deve estar presente para evitar o sangramento intraoperatório não controlado?
A
    1. Em geral, 20% a 30% dos fatores de coagulação devem estar presentes para evitar o sangramento intraoperatório não controlado. (379)
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17
Q
  1. Quais fatores são deficientes em cada uma das doenças hereditárias hemofilia A e hemofilia B?
A
    1. Tanto a hemofilia A quanto a hemofilia B são doenças recessivas ligadas ao cromossomo X. A hemofilia A é uma deficiência do fator VIII e ocorre em, aproximadamente, 1 em cada 5.000 meninos nascidos vivos. A hemofilia B é uma deficiência do fator IX e ocorre em 1 em cada 30.000 meninos nascidos vivos. (379)
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18
Q
  1. Que porcentagem de atividade dos fatores define a hemofilia A e B como doença grave?
A
    1. A doença grave na hemofilia A e hemofilia B é definida como a presença de menos de 1% de atividade dos fatores. Isso ocorre em, aproximadamente, dois terços dos pacientes com hemofilia A e metade dos pacientes com hemofilia B. (379)
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19
Q
  1. Que anormalidades na análise laboratorial são observadas em pacientes com hemofilia A e B?
A
    1. As anormalidades laboratoriais observadas em pacientes com hemofilia A e B incluem tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) prolongado que se corrige em provas de mistura, com contagem de plaquetas e tempo de protrombina (TP) normais. É importante salientar que muitos pacientes com

hemofilia A (até 25%) e alguns com hemofilia B (aproximadamente 3% a 5%) desenvolverão anticorpos inibitórios como resposta ao fator exógeno. Nestes casos, o TTPa não é corrido. (379)

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20
Q
  1. Qual exame laboratorial pode ser usado para distinguir a hemofilia A da doença de von Willebrand?
A

Antígeno do fator de von Willebrand (VWF:Ag) é normal na hemofilia A (deficiência do fator VIII)

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21
Q
  1. Quais pacientes são mais propensos a desenvolver deficiências de fator adquiridas?
A
    1. As deficiências de fator adquiridas são causadas por autoanticorpos. Pacientes que podem desenvolver deficiências de fator adquiridas incluem aqueles que receberam infusões de concentrados de fatores, pacientes grávidas, que têm doença sistêmica subjacente, tal como artrite reumatoide ou lúpus eritematoso, ou como uma reação a medicamentos. (380)
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22
Q
  1. Quais fatores são mais comumente afetados nas deficiências de fator adquiridas? Quais são as manifestações clínicas de cada uma?
A
    1. O fator VIII é a deficiência de fator adquirida mais comum e manifesta-se clinicamente como sangramento. Outros fatores associados à deficiência adquirida incluem os fatores XI (sangramento), XII (coagulação) e XIII (hemorragia tardia após hemostasia). (380)
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23
Q
  1. Qual é o distúrbio hemorrágico hereditário mais comum? Qual é a sua prevalência estimada na população geral?
A
    1. A doença de Von Willebrand é o distúrbio hemorrágico hereditário mais comum. A prevalência estimada é de 1% da população geral; no entanto, a verdadeira prevalência pode ser maior devido ao gene de von Willebrand altamente polimórfico e aos fenótipos variáveis do distúrbio. (380)
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24
Q
  1. Cite duas funções hemostáticas importantes do fator de von Willebrand.
A
    1. Na hemostasia normal, o fator de von Willebrand (FvW) se liga às plaquetas e à matriz extracelular no local da lesão endotelial, contribuindo, assim, para a hemostasia primária, facilitando a adesão plaquetária. O FvW também desempenha um papel na cascata de coagulação e na formação dos coágulos de fibrina, atuando como uma proteína carreadora do fator VIII, aumentando sua concentração e prolongando sua meia-vida. (380)
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25
Q
  1. Quantos tipos de doença de von Willebrand existem? Quais são elas e como são herdadas?
A
    1. Existem três fenótipos principais da doença de von Willebrand hereditária. Os tipos 1 e 2 são autossômicos dominantes. O tipo 3, a forma menos frequente e mais grave, é transmitido como um traço autossômico recessivo. No tipo 1, não há FvW suficiente; no tipo 2, há vários tipos de defeitos qualitativos no FvW; e no tipo 3, o FvW está ausente. Além

destes tipos herdados, a doença de von Willebrand pode ser adquirida por autoanticorpos contra o FvW, aumento da depuração e proteólise do FvW e diminuição da síntese do FvW. (380)

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26
Q
  1. Quais fatores de coagulação dependem da vitamina K para a sua carboxilação?
A
    1. A vitamina K é uma vitamina lipossolúvel essencial necessária para a carboxilação dos fatores II, VII, IX e X e das proteínas C e S. (380)
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27
Q
  1. Quais pacientes são suscetíveis à deficiência de vitamina K?
A
    1. A vitamina K está presente em alimentos como folhas verdes e é sintetizada por bactérias no trato gastrointestinal. Pacientes em jejum ou que têm ingestão alimentar precária são suscetíveis à deficiência de vitamina K. Outros pacientes propensos à deficiência de vitamina K incluem aqueles com deficiência de absorção intestinal (icterícia obstrutiva, íleo ou obstrução intestinal, nutrição parenteral total), recém-nascidos que ainda não desenvolveram a flora intestinal normal e pacientes submetidos a terapia oral com antibióticos que alteram a flora intestinal. (381)
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28
Q
  1. Quais são algumas das causas das diátases hemorrágicas em pacientes com doença hepática?
A
    1. Algumas causas da diátase hemorrágica em pacientes com doença hepática incluem comprometimento da hemostasia por trombocitopenia e disfunção plaquetária, deficiências na síntese de fatores de coagulação e aumento da fibrinólise. (381)
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29
Q
  1. Que fatores pró-coagulantes e anticoagulantes são sintetizados pelo fígado?
A
    1. O fígado é responsável pela síntese de todos os fatores pró-coagulantes, exceto o fator VIII. O fígado também sintetiza os fatores anticoagulantes: proteína C, proteína S e antitrombina. O resultado disso é um equilíbrio hemostático tênue entre hemostasia secundária prejudicada e deficiências em fatores anticoagulantes. (381)
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30
Q
  1. Qual o tratamento de escolha para pacientes com hemofilia A e hemofilia B? Qual é o objetivo do tratamento?
A
    1. Os concentrados de fatores são o tratamento de escolha para pacientes com hemofilia A (concentrado de fator VIII) e hemofilia B (concentrado de fator IX). O objetivo do tratamento é atingir pelo menos 50% dos níveis normais de atividade do fator para cirurgia de menor porte, e 80% a 100% dos níveis normais de atividade do fator para cirurgia de grande porte. (381)
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31
Q
  1. Qual é a utilidade do plasma fresco congelado (PFC) e do crioprecipitado no tratamento de pacientes com hemofilia A e hemofilia B?
A
    1. Em áreas com recursos limitados, o plasma fresco congelado (PFC) e o crioprecipitado podem ser necessariamente usados para tratar pacientes comhemofilia A e B, embora esse tratamento não seja ideal. O PFC pode ser considerado para ospacientes com hemofilia A e B, mas é difícil atingir níveis suficientes de fatores apenas com o PFC, devido aos níveis inadequados de fatores e à necessidade de administração em grande volume. O crioprecipitado contém altas quantidades de fator VIII, FvW, fibrinogênio e fator XIII, mas não contém o fator IX. Por isso, é útil para o tratamento de pacientes com hemofilia A, mas não deve ser utilizado para o tratamento de pacientes com hemofilia B. (381)
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32
Q
  1. Que outro tratamento pode ser considerado para controlar o sangramento em pacientes com hemofilia B se concentrados de fator IX não estiverem disponíveis?
A
    1. Os concentrados de complexo protrombínico (CCPs) contêm o fator IX e podem ser usados para o controle do sangramento em pacientes com hemofilia B quando os concentrados de fator IX não estiverem disponíveis. Os CCPs devem ser administrados com cautela, pois também induzem um risco trombótico. (381)
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33
Q
  1. Quais são alguns dos adjuvantes que podem ser usados para tratar pacientes com hemofilia A, além dos concentrados de fator VIII, PFC e crioprecipitado?
A
    1. Tratamentos adjuvantes para pacientes com hemofilia A incluem desmopressina (DDAVP) e antifibrinolíticos (ácido tranexâmico, ácido ɛ-aminocaproico). O DDAVP (0,3 μg/kg) aumenta os níveis plasmáticos de fator VIII e FvW e pode ser utilizado para o manejo dos sangramentos na hemofilia A. O tratamento antifibrinolítico com ácido tranexâmico e ácido ɛ- aminocaproico pode ajudar a diminuir o risco de sangramento. (381)
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34
Q
  1. Quais são os tratamentos para os diferentes tipos de doença de von Willebrand hereditária?
A
Desmopressina (DDAVP) (0,3 μg/kg) é o tratamento de escolha na doença de von Willebrand tipo 1, contraindicada na DvW tipo 2b, pois causa uma trombocitopenia transitória.
DvW grave (tipo 3) não respondem à DDAVP, são tratados com uma combinação de concentrados de fator VIII e FvW.
Crioprecipitados e os concentrados de fator VIII, também podem ser usados para tratar o sangramento cirúrgico assim como os antifibrinolíticos.
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35
Q
  1. Qual é o tratamento para pacientes que sofrem sangramentos por deficiência de vitamina K?
A
    1. A deficiência de vitamina K pode ser tratada com reposição de vitamina K por via oral, subcutânea, intramuscular ou intravenosa. Para pacientes isolados com deficiência de vitamina K que estejam sangrando, a administração intravenosa de vitamina K reverterá o tempo de protrombina em 3 a 4 horas. (381)
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36
Q
  1. Qual é o tratamento para pacientes que sofrem sangramentos por insuficiência hepática?
A

O tratamento deve ser orientado pelas anormalidades laboratoriais:

  • Plaquetas são administradas para trombocitopenia,
  • PFC para um tempo de protrombina prolongado
  • Crioprecipitado para hipofibrinogenemia
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37
Q
  1. Qual é o tratamento para pacientes que sofrem sangramentos com inibidores de fatores adquiridos?
A
  1. Administração de “agentes de desvio” (de bypass) que tratam o sangramento produzindo trombina por vias independentes do fator VIII ou do fator IX. Agentes de desvio atualmente disponíveis incluem o fator VIIa recombinante e complexos de concentrado protrombínicos (CCPs). Outra estratégia de tratamento é a “indução de tolerância imunológica”, quando os pacientes são expostos a concentrações altas e prolongadas de um fator, em um esforço para eliminar um inibidor.
    No entanto, a indução de tolerância imunológica só pode ser utilizada no contexto clínico não urgente. (381)
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38
Q
  1. Quais são algumas das causas da trombocitopenia resultante da diminuição da produção de plaquetas?
A
    1. As causas da trombocitopenia derivada da diminuição da produção de plaquetas incluem diminuição da produção da medula óssea, como ocorre em síndromes mielodisplásicas, infecções (especialmente no cenário de sepse), deficiências nutricionais, trombocitopenia imune (PTI) e supressão da medula óssea induzida por medicamentos. (382)
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39
Q
  1. Quais são algumas das causas da trombocitopenia resultante do aumento da destruição das plaquetas?
A
  • Anticorpos antiplaquetários (medicamentos ou substâncias ingeridas) e o contexto de doenças autoimunes específicas.
  • A heparina pode induzir a trombocitopenia.
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40
Q
  1. Quais são algumas das causas de trombocitopenia resultante do aumento do sequestro de plaquetas?
A
    1. As causas da trombocitopenia derivada do aumento do sequestro de plaquetas são doenças que podem resultar em sequestro esplênico de plaquetas, tais como cirrose hepática. (382)
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41
Q
  1. Quais doenças na gravidez podem resultar em trombocitopenia?
A
    1. Doenças na gravidez que podem resultar em trombocitopenia incluem trombocitopenia gestacional, pré- eclâmpsia e distúrbios hipertensivos associados à gravidez. A mais grave dessas doenças é a síndrome HELLP (hemólise, elevação de enzimas hepáticas, baixa contagem de plaquetas), que pode exigir um parto de emergência antes que ocorram complicações maternas potencialmente fatais. (382)
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42
Q
  1. Quais são algumas das causas de uma disfunção plaquetária qualitativa?
A

Ingestão de alguns fármacos;
Uremia;
Proteínas circulantes anormais (mieloma múltiplo, disproteinemia, soluções de dextrano transfundidas);
Doenças hereditárias raras (trombastenia de Glanzmann, distúrbios de plaquetas gigantes, síndrome de Wiskott-Aldrich).

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43
Q
  1. Quais são alguns medicamentos que podem prejudicar a função plaquetária?
A
    1. Alguns medicamentos que podem prejudicar a função plaquetária incluem aspirina, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), álcool, dipiridamol e clopidogrel. (382)
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44
Q
  1. Qual é o mecanismo pelo qual a uremia pode levar ao aumento do sangramento clínico?
A

Defeitos intrínsecos do metabolismo plaquetário, liberação prejudicada de grânulos plaquetários e distúrbios nas interações plaquetas-células endoteliais.

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45
Q
  1. Quais são alguns dos distúrbios hereditários da função plaquetária?
A
    1. Os distúrbios hereditários da função plaquetária são raros. A trombastenia de Glanzmann é uma doença autossômica recessiva caracterizada por receptores GPIIb/IIIa defeituosos nas plaquetas, levando a agregação plaquetária prejudicada. Os distúrbios de plaquetas gigantes incluem anormalidades nas

glicoproteínas das plaquetas, como na síndrome de Bernard- Soulier. A síndrome de Wiskott-Aldrich é um distúrbio recessivo ligado ao cromossomo X no qual os pacientes possuem imunodeficiência, plaquetas severamente disfuncionais e trombocitopenia. Esta síndrome é um exemplo de transtorno do pool de armazenamento, no qual as deficiências de grânulos levam a uma agregação plaquetária prejudicada. (382)

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46
Q
  1. Qual é o limiar para a transfusão de plaquetas em pacientes trombocitopênicos?
A
    1. Pacientes trombocitopênicos que não estejam sangrando ativamente, geralmente, têm a transfusão de plaquetas suspensa até que a contagem de plaquetas seja inferior a
  1. 000 células/μL. (382)
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47
Q
  1. Qual é o limiar para a transfusão de plaquetas em pacientes trombocitopênicos que estejam sangrando ativamente ou que necessitem de intervenção cirúrgica?
A
  1. Pacientes trombocitopênicos que estejam sangrando ativamente ou que necessitem de intervenção cirúrgica, geralmente, recebem transfusão de plaquetas para atingir
  2. 000 células/μL. Se a localização da cirurgia ou o sangramento ativo estiver em um local específico, como pontos intracranianos ou intraoculares, o paciente pode receber a transfusão de plaquetas para atingir 100.000 células/μL. (382)
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48
Q
  1. Qual é a preocupação em relação a múltiplas transfusões de plaquetas?
A
    1. Uma grande preocupação relativa à múltiplas transfusões de plaquetas é o potencial para a formação de antígenos leucocitários humanos (HLA) ou de antígenos plaquetários humanos. Se forem esperadas múltiplas transfusões de plaquetas, as plaquetas devem ser HLA-compatíveis sempre que possível. (382)
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49
Q
  1. O que é a tríade de Virchow quanto à patogênese do tromboembolismo venoso (TEV)?
A
    1. A tríade de Virchow quanto à patogênese do tromboembolismo venoso (TEV) descreve três fatores que predispõem o TEV: (1) estase do fluxo sanguíneo, (2) lesão endotelial e (3) estado hipercoagulável. (382)
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50
Q
  1. Quais são algumas das doenças hereditárias ou condições adquiridas que podem levar ao tromboembolismo venoso?
A
    1. As doenças hereditárias que podem levar à TEV incluem deficiências de proteína C, proteína S e antitrombina; fator V de Leiden; e mutações no gene da protrombina. Várias outras condições, tais como malignidade, gravidez, imobilização, traumatismo, CID, síndrome antifosfolípide, infecção, fármacos (p. ex., contraceptivos orais) e cirurgia recente também predispõem os pacientes ao TEV. (383)
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51
Q
  1. Quais são as duas trombofilias hereditárias mais comuns?

51. Quais são as duas trombofilias hereditárias mais comuns?

A
    1. As duas trombofilias hereditárias mais comuns são a mutação do fator V de Leiden e a mutação do gene da protrombina. Juntas, essas duas doenças representam 50% a 60% das trombofilias hereditárias. Os pacientes que são homozigotos para essas características apresentam maior risco de formação de coágulos. (383)
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52
Q
  1. Qual é o mecanismo pelo qual uma mutação no fator V de Leiden pode levar a um estado trombótico?
A
    1. Os indivíduos com fator V de Leiden apresentam uma mutação anormal do fator V que é resistente à ação da proteína C ativada (PCA). A PCA regula o processo de coagulação ao impedir que o fator V forme fibrina excessiva em indivíduos normais. A falta de inibição, portanto, leva a um estado hipercoagulável ou trombótico. (383)
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53
Q
  1. Qual é o mecanismo pelo qual uma mutação no gene da protrombina pode levar a um estado trombótico?
A
    1. A mutação do gene da protrombina (protrombina 20210) leva à superprodução de protrombina (fator II), levando a um estado trombótico. (383)
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54
Q
  1. Quais são as funções da proteína C em condições fisiológicas normais?
A
    1. A PCA inativa os fatores Va e VIIIa (reforçada pela proteína S). Além disso, a PCA atua diretamente nas células para proteger a função da barreira endotelial e tem atividades anti- inflamatórias. (383)
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55
Q
  1. Como um paciente com deficiência de proteína C pode se apresentar clinicamente?
A
    1. As manifestações clínicas da deficiência de proteína C incluem tromboembolismo venoso, púrpura neonatal (em neonatos homozigotos), morte fetal e necrose cutânea induzida por varfarinina. A deficiência de proteína C afeta, aproximadamente, 1 em cada 500 indivíduos na população geral e é um traço autossômico dominante. (383)
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56
Q
  1. Quais são as funções da proteína S em condições fisiológicas normais?
A
    1. De 40% a 50% da proteína S circula como a forma livre, a única forma com atividade de cofator da PCA. Na presença de proteína S, a PCA inativa os fatores Va e VIIIa a uma taxa acelerada. A proteína S também serve como cofator para a melhora da fibrinólise pela proteína C e pode inibir diretamente a ativação da protrombina. (383)
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57
Q
  1. Quais são as doenças associadas às deficiências de proteína C e S adquiridas?
A
    1. A deficiência adquirida de proteína C pode ser observada em doenças hepáticas, infecções graves (especialmente meningococcemia), choque séptico e CID. A deficiência adquirida de proteína S foi associada à gravidez, uso de contraceptivos orais, CID, infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), síndromes nefróticas e doença hepática. (383)
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58
Q
  1. O que é a síndrome do anticorpo antifosfolipídeo (SAF)? Qual é sua manifestação clínica?
A
    1. A síndrome do anticorpo antifosfolipíde (SAF) é caracterizada por trombose venosa e arterial e complicações recorrentes na gravidez. Pacientes com esta síndrome têm anticorpos antifosfolipídeos (aFLs) circulantes persistentes, que incluem anticoagulante lúpico, anticorpo anticardiolipina e anticorpos anti-β2-glicoproteína I. É um dos poucos estados pró- trombóticos em que ocorrem tromboses arteriais e venosas. A trombose venosa profunda (TVP) é a trombose venosa mais comum, e o AVC é a trombose arterial mais comum. (383)
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59
Q
  1. Quais são alguns dos cenários clínicos nos quais o anticoagulante lúpico pode ser encontrado?
A
    1. O anticoagulante lúpico, embora frequentemente encontrado em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico, também pode estar associado a medicamentos (fenotiazinas, fenitoína, hidralazina, quinina e antibióticos), doença inflamatória intestinal (doença de Crohn e colite ulcerativa), infecções e alguns tipos de tumores. (383)
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60
Q
  1. O que é a síndrome antifosfolípide catastrófica?
A
    1. A síndrome antifosfolípide catastrófica é uma forma acelerada e rara da síndrome antifosfolípide em que os pacientes apresentam coagulopatia, necrose isquêmica das extremidades e falência de múltiplos órgãos na presença de aFLs circulantes. Embora a síndrome seja rara, a taxa de mortalidade desses pacientes é alta, o que faz com que o reconhecimento e o tratamento precoces sejam cruciais. (383)
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61
Q
  1. O que é coagulação intravascular disseminada (CID)? Qual é sua manifestação clínica?
A
    1. A CID é um distúrbio adquirido causado por condição subjacente (mais comumente, sepse) caracterizada pela ativação sistêmica generalizada da coagulação. Isso resulta em geração de trombina intravascular não controlada e deposição de fibrina em pequenos vasos sanguíneos. A formação de trombos microvasculares leva à disfunção de órgãos finais e falência de múltiplos órgãos. O consumo excessivo de fatores de coagulação circulantes, plaquetas e fibrinogênio ocorre simultaneamente com a formação de trombos microvasculares, o que pode resultar em sangramento potencialmente fatal. Portanto, um paciente com CID pode apresentar complicações trombóticas e hemorrágicas. (383)
62
Q
  1. Que anormalidades laboratoriais são associadas à CID?
A
    1. Embora não exista um exame laboratorial único que identifique a CID, uma combinação de exames laboratoriais no cenário de uma condição conhecida por desencadear CID é suficiente para o diagnóstico. As anormalidades laboratoriais

comumente associadas à CID incluem trombocitopenia, produtos de degradação de fibrina (dímeros D) elevados, TP e TTPa prolongados e fibrinogênio baixo. (383)

63
Q
  1. Qual é o manejo da anticoagulação em pacientes com trombofilia conhecida?
A
    1. Em pacientes com trombofilia conhecida, mas sem histórico de TEV, a profilaxia primária com anticoagulação não é recomendada. A exceção a isso ocorre nos casos de pacientes grávidas, nas quais a anticoagulação é frequentemente recomendada nos contextos de anteparto e pós-parto. Os pacientes que apresentam TEV e resultados positivos para trombofilia hereditária recebem terapia anticoagulante para sua apresentação aguda. A continuação da anticoagulação após a resolução da TEV aguda é determinada pela gravidade da apresentação, pela presença de mais de uma trombofilia e pela homozigose ou heterozigose para a trombofilia. (384)
64
Q
  1. Qual é o manejo da anticoagulação em pacientes com SAF?
A

Anticoagulação de longo prazo devido ao alto risco de trombose recorrente. O objetivo permanece controverso.

65
Q
  1. Qual é o tratamento da CID?
A

Tratar a causa subjacente.
Sangramento ativo - terapia transfusional adequada.
Sangramento ativo + suspeita de fibrinólise - antifibrinolíticos como o ácido tranexâmico
Pacientes sem sangramento - transfusão se as plaquetas, fibrinogênio ou fatores de coagulação estejam severamente baixos ou se os pacientes necessitarem de um procedimento invasivo.
Anticoagulação é raro - iniciado na presença de trombose grave.

66
Q
  1. Cite alguns exames laboratoriais relativos à coagulação.
A
    1. Os exames laboratoriais de coagulação incluem o tempo de protrombina, TTPa, tempo de trombina, níveis de fibrinogênio, tempo de coagulação ativada (TCA) e testes globais de coagulação (p. ex., tromboelastografia). (384)
67
Q
  1. Baixos níveis de quais fatores resultarão em um tempo de protrombina prologado?
A
  1. Fator Tecidual (FT), fator II, V, VII, X e fibrinogenio
68
Q
  1. O que é índice normalizado internacional (RNI)? Qual é sua utilidade?
A
  1. O índice internacional normalizado (RNI) padroniza as diferenças de reagentes entre os resultados de tempo de protrombina (TP).
    Monitorar o tratamento anticoagulante oral com varfarina.
69
Q
  1. Baixos níveis de quais fatores resultarão em um tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) prolongado?
A
  1. Fatores VIII, IX, XI e XII (via intrínseca)
70
Q
  1. Que medicamentos podem ser monitorados pelo TTPa?
A

Heparina e inibidores diretos de trombina parenterais, como a argatrobana.

71
Q
  1. O que é avaliado pelo teste de tempo de trombina?
A

A conversão do fibrinogênio em fibrina.

72
Q
  1. O que é testado pelo tempo de coagulação ativada (TCA)? Qual é seu uso clínico?
A

Mede o tempo que o sangue total coagule em um tubo de ensaio. Usado clinicamente para monitorar a terapia com heparina intraoperatoriamente.

73
Q
  1. Cite alguns exames laboratoriais de fibrinólise.
A

Dímeros D, tromboelastografia e a tromboelastometria rotacional.

74
Q
  1. O que é sugerido por níveis elevados de dímero D?
A

Dímeros D são um produto específico da degradação da fibrina sugestivos de alguma formação prévia de fibrina reticulada (coágulo), tal como a causada por distúrbios trombóticos ou tromboembólicos.

75
Q
  1. O que é medido por testes globais de coagulação, tais como a tromboelastografia e a tromboelastometria rotacional?
A

Tempo para a formação do coágulo sanguíneo, a estabilidade máxima do coágulo e a resolução do coágulo devido a fibrinólise.

76
Q

v76. Quais são algumas das limitações dos testes globais de coagulação?

A

Elas não medem a disfunção plaquetária e não conseguem detectar os efeitos do FvW.

77
Q
  1. Cite alguns testes laboratoriais da função plaquetária (4).
A

Contagem de plaquetas;
Tempo de sangramento
Estudos de agregação plaquetária
Análise da função plaquetária

78
Q
  1. Que fatos pode resultar em uma contagem de plaquetas imprecisa?
A
    1. O acúmulo de plaquetas e a presença de plaquetas gigantes podem levar à diminuição artificial da contagem de plaquetas, enquanto a presença de detritos celulares (talassemias, leucemias, PTT) pode levar a uma contagem de plaquetas superestimada. (387)
79
Q
  1. Como é realizado o teste da função plaquetária por tempo de sangramento?
A
    1. O teste do tempo de sangramento é um teste padronizado que envolve fazer uma incisão de 9 mm de comprimento e 1 mm de profundidade na superfície volar do antebraço. Um manguito do aparelho de pressão colocado na parte superior do braço é inflado a uma pressão de 40 mm Hg. O excesso de sangue é removido a cada 30 segundos com papel de filtro, não tocando na borda da incisão. O tempo de sangramento é calculado como o tempo passado desde a incisão até o final do sangramento. (387)
80
Q
  1. Qual é o tempo de sangramento normal?
A
    1. Um tempo de sangramento normal é inferior a 11 minutos. (387)
81
Q
  1. O que são os estudos de agregação plaquetária da função plaquetária?
A
    1. Estudos da função plaquetária por agregação plaquetária testam a resposta das plaquetas a agentes agregadores tais como colágeno, adenosina difosfato (ADP), epinefrina e ristocetina. (387)
82
Q
  1. Qual é a utilidade clínica dos estudos de agregação plaquetária?
A
    1. Um uso clínico dos estudos de agregação plaquetária é a capacidade do teste de distinguir entre diferentes doenças hereditárias da disfunção da agregação plaquetária. Também podem ser usados para monitorar a terapia antiplaquetária com aspirina ou clopidogrel. (387)
83
Q
  1. O que é avaliado pelo teste de analise da função plaquetária?
A
    1. O teste de análise da função plaquetária mede o tempo que o trombo plaquetário leva para fechar a abertura do instrumento. É útil como um teste de triagem para avaliar a disfunção plaquetária, mas não é muito específico para nenhuma doença. (387)
84
Q
  1. Quais são as três principais categorias de medicamentos antitrombóticos?
A
    1. Os medicamentos antitrombóticos podem ser divididos em agentes antiplaquetários, anticoagulantes e trombolíticos. (387)
85
Q
  1. Quais são as tres principais classes de agentes antiplaquetarios?
A
    1. Os agentes antiplaquetários podem ser divididos em três classes: inibidores da cicloxigenase (COX), antagonistas dos receptores P2Y12 e antagonistas da GPIIb/IIIa plaquetária. (387)
86
Q
  1. Quais são os efeitos fisiologis das isoenzimas COX-1 e 2?
A
    1. A isozima ciclooxigenase COX-1 mantém a integridade do revestimento gástrico, mantém o fluxo sanguíneo renal e inicia a formação de tromboxano A2, que é importante para a agregação plaquetária. A isoenzima cicloxigenase COX-2 é responsável por sintetizar mediadores de prostaglandina na dor e inflamação. (387)
87
Q
  1. Qual é o efeito da aspirina sobre as enzimas cicloxigenase?
A
    1. Baixas doses de aspirina inibem irreversivelmente a COX-1. Altas doses de aspirina inibem irreversivelmente a COX-1 e a COX-2, o que leva a efeitos anti-inflamatórios e analgésicos. (388)
88
Q
  1. Qual é a duração do efeito da aspirina sobre a função plaquetária?
A
    1. Como as plaquetas não possuem DNA, elas são incapazes de sintetizar novas COX, uma vez que a aspirina inibiu irreversivelmente a enzima. Apesar de sua meia-vida curta de 15 a 20 minutos, a aspirina continua a ter efeito sobre a função plaquetária por todo seu tempo de vida esperado de 7 a 10 dias. A recuperação da função plaquetária após a aspirina depende da renovação (turnover) plaquetária. (388)
89
Q
  1. Em quanto tempo uma hemostasia quase normal é esperada após a última dose de aspirina?
A
    1. Os megacariócitos, normalmente, geram de 10% a 12% de plaquetas por dia, portanto, espera-se uma hemostasia quase normal de 2 a 3 dias após a última dose de aspirina, assumindo- se a renovação normal das plaquetas. (388)
90
Q
  1. Como a reversão imediata do efeito da aspirina sobre as plaquetas pode ser alcançada?
A
    1. A reversão imediata do efeito da aspirina sobre as plaquetas só pode ser alcançada com a transfusão de plaquetas. (388)
91
Q
  1. Quais são os efeitos dos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) sobre as enzimas cicloxigenase?
A
    1. A maioria dos AINEs são inibidores reversíveis não seletivos da enzima cicloxigenase. Antagonistas seletivos da COX-2 também foram desenvolvidos. (388)
92
Q
  1. Qual é o tempo de efeito dos AINEs na função plaquetária?
A
    1. Como os AINEs inibem as enzimas cicloxigenase de forma reversível, a função plaquetária retorna ao normal 3 dias após a interrupção do uso de AINEs. (388)
93
Q
  1. Qual é o benefício proposto e a desvantagem potencial dos antagonistas seletivos da COX-2?
A
    1. Os antagonistas seletivos da COX-2 foram desenvolvidos para proporcionar alívio da dor sem as complicações hemorrágicas gastrointestinais. Uma desvantagem relatada dos antagonistas seletivos da COX-2 é o risco aumentado de complicações cardiovasculares. (388)
94
Q
  1. A função plaquetária é afetada pelos antagonistas seletivos da COX-2?
A
    1. A função plaquetária não é afetada por antagonistas seletivos da COX-2, pois as plaquetas não expressam COX-2. O aumento do risco cardiovascular se deve, provavelmente, à inibição da prostaciclina sem inibição do tromboxano A2, deslocando, assim, o equilíbrio em direção à trombose. É por isso que a recomendação atual é usar inibidores seletivos da COX-2 somente quando necessário e somente a menor dose efetiva junto com a dose baixa de aspirina. (388)
95
Q
  1. Quais são os medicamentos antagonistas dos receptores P2Y12 e como eles afetam a função plaquetária?
A
    1. Clopidogrel, ticlopidina, prasugrel e ticagrelor pertencem à classe dos antagonistas dos receptores P2Y12. Eles interferem na função plaquetária inibindo o receptor P2Y12, o que evita a expressão de GPIIb/IIIa na superfície das plaquetas ativadas. Isso inibe a adesão e agregação plaquetária. (388)
96
Q
  1. Em quanto tempo a função plaquetária se normaliza após a interrupção do clopidogrel e da ticlopidina?
A
    1. A função plaquetária se normaliza 7 dias após a interrupção do clopidogrel e de 14 a 21 dias após a interrupção da ticlopidina. (388)
97
Q
  1. Como o ticagrelor difere do clopidogrel em termos de variabilidade interindividual e regime de dosagem?
A
    1. O ticagrelor apresenta variabilidade interindividual muito menor que a do clopidogrel, pois se liga a um local diferente no receptor P2Y12 para inibir a ativação e sinalização da proteína G, e o ticagrelor não é um pró-fármaco. Como possui uma ação muito mais curta que o clopidogrel, o ticagrelor deve ser administrado duas vezes ao dia. (388)
98
Q
  1. Quais são alguns dos antagonistas dos receptores da glicoproteína IIb/IIIa (GPIIb/IIIa) e como eles afetam a função plaquetária?
A
    1. Alguns fármacos antagonistas dos receptores da glicoproteína IIb/IIIa incluem o abciximabe (Reo-Pro®), o eptifibatide (Integrilin®) e a tirofibana (Aggrastat®). O receptor

da glicoproteína IIb/IIIa, normalmente, medeia a agregação plaquetária por ligação de fibrinogênio e fator de von Willebrand. (388)

99
Q
  1. Quais são alguns dos usos clínicos dos antagonistas do receptor da glicoproteína IIb/IIIa (GPIIb/IIIa) administrados por via intravenosa?
A
    1. Os usos clínicos dos antagonistas intravenosos do receptor da glicoproteína IIb/IIIa (GPIIb/IIIa) incluem interrupção de trombose arterial em curso e eliminação da reatividade plaquetária excessiva em vasos doentes, de modo que não ocorram trombos oclusivos e re-estenose. (388)
100
Q
  1. Dentre os fármacos antagonistas do receptor da GPIIb/IIIa abciximabe, eptifibatide e tirofibana, qual deles se liga irreversivelmente?
A
    1. Dentre os fármacos antagonistas do receptor GPIIb/IIIa abciximabe, eptifibatide e tirofibana, apenas o abciximabe é um inibidor irreversível não competitivo do receptor. O eptifibatide e a tirofibana são antagonistas reversíveis competitivos. (388)
101
Q
  1. Para cada um dos fármacos antagonistas dos receptores GPIIb/IIIa abciximabe, eptifibatide e tirofibana, quanto tempo leva para que a agregação plaquetária se normalize após a interrupção do fármaco?
A
    1. A agregação plaquetária se normaliza de 24 a 48 horas após a descontinuação do abciximabe e 8 horas após a descontinuação do eptifibatide e da tirofibana. (388)
102
Q
  1. Qual é o mecanismo de ação da varfarina?
A
    1. A varfarina é um antagonista oral da vitamina K. A vitamina K é necessária para a carboxilação dos fatores II, VII, IX e X e das proteínas C e S. Sem carboxilação, essas proteínas não podem se ligar ativamente à membrana fosfolipídica das plaquetas durante a hemostasia. (388)
103
Q
  1. Qual é a duração do efeito da varfarina?
A
    1. A varfarina tem uma meia-vida de 40 horas. Os efeitos anticoagulantes completos requerem de 48 a 72 horas para se desenvolver após a administração inicial. Isto se deve às meias- vidas longas dos fatores de coagulação que ela afeta. A protrombina (fator II) tem a meia-vida mais longa, cerca de 60 horas. (388)
104
Q
  1. Qual é a meta de RNI quando se administra a varfarina?
A
    1. O intervalo terapêutico para a varfarina é, geralmente, um RNI de 2,0 a 3,0. Pacientes com válvulas cardíacas mecânicas requerem valores mais elevados de RNI, de 2,5 a 3,5. (389)
105
Q
  1. Quais são algumas das preocupações relativas à terapia com varfarina?
A
    1. Existem várias preocupações relativas à terapia com varfarina. A varfarina é difícil de manejar devido à sua janela terapêutica muito estreita. O monitoramento laboratorial frequente torna-se necessário, pois fármacos, alimentos e álcool podem alterar o perfil farmacocinético da varfarina. O fator VII e a proteína C têm as meias-vidas mais curtas (3 a 6 horas) das proteínas afetadas pela varfarina. A proteína C é um anticoagulante, portanto, nos estágios iniciais do tratamento com varfarina, o equilíbrio é inclinado para um estado hipercoagulável. Isso pode resultar em trombose ou necrose cutânea induzida por varfarina. Pacientes com alto risco de tromboembolismo devem ser tratados com outro anticoagulante, geralmente heparina, até atingir a meta de RNI. Além disso, existem variações genéticas no metabolismo da varfarina, de modo que o teste farmacogenético pode ser considerado quando há dificuldade em se alcançar a meta de RNI. Finalmente, a varfarina é contraindicada na gravidez, pois a exposição fetal pode levar a embriopatia. (389)
106
Q
  1. Qual é o mecanismo de ação da heparina não fracionada?
A
    1. A heparina não fracionada inibe indiretamente a trombina e o fator Xa, ligando-se à antitrombina. (389)
107
Q
  1. Quais são alguns dos benefícios da heparina não fracionada para a anticoagulação?
A
    1. Alguns benefícios da heparina não fracionada para a anticoagulação incluem sua meia-vida curta, a terapia com heparina pode ser monitorada com o TTPa ou com o tempo de coagulação ativada (TCA) e pode ser revertida com a protamina, uma proteína carregada positivamente isolada do salmão. (389)
108
Q
  1. Qual população de pacientes pode ser resistente aos efeitos da heparina não fracionada e como eles podem ser tratados?
A
    1. Os pacientes que têm insuficiência hereditária de antitrombina ou deficiência adquirida de antitrombina pela administração prolongada de heparina podem ser resistentes à heparina não fracionada. Esses pacientes podem ser tratados com transfusões de PFC, que reabastecerá os níveis de antitrombina. (389)
109
Q
  1. Qual é a dose de heparina não fracionada administrada antes do início da circulação extracorpórea? Como é revertida ao fim da circulação extracorpórea?
A
    1. A dose total de heparina não fracionada para cirurgia cardíaca é de 300 a 400 U/kg. Um TCA superior a 400 segundos, geralmente, é considerado seguro para iniciar a circulação extracorpórea. Ao término da circulação extracorpórea, a heparina é revertida com a administração de protamina na dose de 1 mg de protamina para 100 unidades de heparina. (389)
110
Q
  1. O que é trombocitopenia induzida por heparina (TIH)?
A
    1. A trombocitopenia induzida por heparina (TIH) é uma complicação hemorrágica com uma taxa de mortalidade de 20% a 30% causada pela heparina não fracionada e, em menor grau, pela heparina de baixo peso molecular (HBPM). A heparina não fracionada pode estimular a produção de anticorpos contra o complexo heparina-fator 4 plaquetário (PF4). Estes anticorpos podem ativar plaquetas para induzir trombose e causar TIH. (389)
111
Q
  1. Quando se deve suspeitar de TIH e como ela pode ser testada?
A
    1. Deve-se suspeitar de TIH se a contagem de plaquetas reduzir abaixo de 100.000 células/μL, ou menos de 50% da linhade base, de 5 a 10 dias após o início da terapia com heparina. Se uma trombocitopenia ou trombose se desenvolver em um paciente recebendo heparina, o exame de anticorpos para TIH deve ser realizado para confirmar o diagnóstico. O padrão-ouro do exame é o ensaio de liberação de serotonina, que é mais específico do que o ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA), que é sensível, mas não tão específico. (389)
112
Q
  1. Qual é o tratamento da TIH?
A
    1. Pacientes com suspeita de TIH devem iniciar um anticoagulante alternativo (que não seja heparina ou HBPM) imediatamente, enquanto os resultados do exame estão pendentes. Os agentes mais utilizados são os inibidores diretos da trombina por via parenteral, tais como a bivalirudina, argatrobana e lepirudina. Transfusões de plaquetas devem ser suspensas a menos que o paciente esteja gravemente trombocitopênico (<20.000 células/μL) com sinais de sangramento. (389)
113
Q
  1. Qual é a preocupação relativa à administração de varfarina para o tratamento de pacientes com TIH?
A
    1. A varfarina é contraindicada para o tratamento da TIH, pois a síntese inicial diminuída das proteínas C e S melhora o estado pró-trombótico do paciente. (389)
114
Q
  1. Quais são algumas alternativas à anticoagulação em pacientes com histórico de TIH que necessitam de cirurgia cardíaca e circulação extracorpórea?
A
    1. A bivalirudina, o inibidor direto da trombina de ação mais curta, é um agente alternativo para a anticoagulação em pacientes com histórico de TIH que necessitem de circulação extracorpórea. Se o tempo permitir, titulações de anticorpos para o complexo heparina-PF4 devem ser medidas. Se as titulações forem baixas, uma única dose de heparina pode ser considerada para a circulação extracorpórea. O tratamento pré-cirúrgico com plasmaferese para a depuração rápida de anticorpos é um plano alternativo, mas os riscos e benefícios devem ser discutidos com um hematologista. (389)
115
Q
  1. Qual é o mecanismo de ação da heparina de baixo peso molecular (HBPM) e do fondaparinux?
A
    1. A heparina de baixo peso molecular (HBPM) e o fondaparinux agem por inibição específica do fator Xa via antitrombina. A HBPM é a heparina quebrada em fragmentos mais curtos, enquanto o fondaparinux é um pentassacarídeo sintético. (389)
116
Q
  1. Como avaliar os níveis de atividade plasmática da HBPM e do fondaparinux? Em que pacientes isso pode ser útil?
A
    1. Os níveis de atividade plasmática da HBPM e do fondaparinux podem ser avaliados com os níveis de fator Xa. Isso pode ser particularmente útil em pacientes com insuficiência renal, pois esses medicamentos são excretados

pelos rins. A HBPM e o fondaparinux não afetam o teste do TTPa. (389)

117
Q
  1. Como os tempos de ação da HBPM e do fondaparinux se comparam ao da heparina?
A
    1. A HBPM e o fondaparinux têm meias-vidas mais longas que a da heparina, permitindo que sua administração subcutânea ocorra de uma a duas vezes ao dia. (389)
118
Q
  1. A protamina pode ser usada para reverter a HBPM ou o fondaparinux?
A
    1. A protamina só pode reverter a HBPM parcialmente e não tem efeito sobre o fondaparinux. (389)
119
Q
  1. Qual é a recomendação quanto à administração de HBPM e fondaparinux em pacientes com TIH?
A
    1. A HBPM é contraindicada em pacientes com TIH. Embora a incidência de TIH em pacientes que recebem fondaparinux seja rara, existem relatos de casos, por isso não é aprovado para uso em pacientes com TIH. (389)
120
Q
  1. Quais são alguns dos inibidores diretos da trombina (IDTs) e qual é o mecanismo de ação deles?
A
    1. Alguns inibidores diretos da trombina (IDTs) incluem hirudina, lepirudina, argatrobana e bivalirudina. Todos os IDTs inibem a trombina em seus estados livre e ligado à fibrina. Isso contrasta com a heparina, que inibe apenas a trombina livre. (389)
121
Q
  1. Como os efeitos clínicos dos IDTs podem ser monitorados?
A
    1. Os efeitos clínicos dos IDTs podem ser monitorados através do TTPa ou TCA. Todos os IDTs interferirão no RNI em graus variados, mas a argatrobana prolongará mais o RNI, o que pode complicar a transição para a terapia com varfarina para a anticoagulação de longo prazo. (390)
122
Q
  1. Dos IDTs atualmente disponíveis, quais são os preferidos em pacientes com insuficiência renal ou hepática?
A
    1. A argatrobana, com meia-vida de 45 minutos, é o inibidor direto da trombina preferencial em pacientes com insuficiência renal, pois é eliminada pelo fígado. A bivalirudina é um IDT reversível e é metabolizada por proteases plasmáticas e excretada pelos rins. Tem a meia-vida mais curta e é o fármaco de escolha para pacientes com disfunção renal e hepática. (390)
123
Q
  1. Quais agentes farmacológicos podem ser usados para reverter os efeitos dos IDTs?
A
    1. Não existem antídotos para os IDTs, de modo que a reversão depende da depuração. (390)
124
Q
  1. Qual é o mecanismo de ação dos novos agentes anticoagulantes orais dabigatrana (Pradaxa®), rivaroxabana (Xarelto®) e apixabana (Eliquis®)?
A
    1. A dabigatrana (Pradaxa®) é um inibidor direto da trombina (IDT) oral. A rivaroxabana (Xarelto®) e a apixabana (Eliquis®) são inibidores do fator Xa. (390)
125
Q
  1. Quais são algumas das vantagens farmacológicas dos agentes anticoagulantes orais modernos (dabigatrana, rivaroxabana e apixabana) em comparação à varfarina?
A
    1. Algumas vantagens farmacológicas dos novos agentes anticoagulantes (dabigatrana, rivaroxabana e apixabana) em relação à varfarina incluem uma meia-vida mais curta, menos interações com alimentos e outros medicamentos e efeitos previsíveis, permitindo uma dose diária fixa sem a necessidade

de monitoramento. Eles também demonstraram ser tão eficientes quanto a varfarina nos seus efeitos clínicos. (390)

126
Q
  1. Qual é a indicação aprovada pelo FDA para a dabigatrana (Pradaxa®)?
A
    1. A dabigatrana (Pradaxa®) é aprovada pelo FDA para a prevenção de acidentes vasculares isquêmicos em pacientes com fibrilação atrial não valvar e para o tratamento do tromboembolismo venoso. (390)
127
Q
  1. Qual é a indicação aprovada pelo FDA para a rivaroxabana (Xarelto®) e apixabana (Eliquis®)?
A
    1. A riaroxabana (Xarelto®) e a apixabana (Eliquis®) são aprovadas pelo FDA para a profilaxia de TVP/EP, profilaxia de AVC em pacientes com fibrilação atrial e para o tratamento do tromboembolismo venoso. (390)
128
Q
  1. Que exames laboratoriais podem ser usados para monitorar os efeitos dos novos agentes anticoagulantes orais dabigatrana, rivaroxabana e apixabana?
A
    1. Embora o monitoramento laboratorial dos novos agentes anticoagulantes orais não seja rotineiro, ele pode ser útil em algumas circunstâncias (sangramento potencialmente fatal, necessidade de cirurgia de emergência, insuficiência renal [dabigatrana]). Embora não estejam disponíveis atualmente, seria útil ter testes que medissem o tempo de coagulação de ecarina para o IDT dabigatrana ou um ensaio anti-fator Xa para os inibidores diretos específicos do fator Xa rivaroxabana e apixabana. (390)
129
Q
  1. Quais são alguns dos agentes de reversão para os novos agentes anticoagulantes orais dabigatrana, rivaroxabana e apixabana?
A
    1. Não existem agentes de reversão comercialmente disponíveis para os novos agentes anticoagulantes orais dabigatrana, rivaroxabana e apixabana. Existem alguns agentes que podem ser usados no futuro, no entanto. O idarucizumabe é um antídoto específico para a dabigatrana e atua ligando-se à dabigatrana com uma afinidade 350 vezes superior à da trombina. O andexanet alfa é um fator Xa recombinante desenvolvido para reverter os inibidores do fator Xa. Ciraparantag é uma pequena molécula que se liga a e neutraliza a heparina não fracionada, HBPM, fondaparinux, dabigatrana, rivaroxabana e apixabana. Os concentrados de complexo protrombínico ainda não foram testados em estudos randomizados e controlados in vivo. Felizmente, as meias-vidas desses novos agentes anticoagulantes orais são curtas, portanto cuidados de suporte e o manejo clínico de efeitos indesejáveis podem contornar o problema até que o efeito do medicamento diminua. (390)
130
Q
  1. Quais são alguns dos agentes trombolíticos e quais são seus mecanismos de ação?
A
    1. A maioria dos agentes trombolíticos são serina proteases que funcionam convertendo o plasminogênio em plasmina, que, então, causa lise do coágulo por meio da quabra do fibrinogênio e da fibrina. Alteplase, reteplase e tenecteplase são ativadores de plasminogênio tecidual recombinantes e são fármacos específicos para fibrina. A estreptoquinase é um fármaco não específico para fibrina que catalisa a fibrinólise sistêmica. (390)
131
Q
  1. Quais são alguns dos usos clínicos dos agentes trombolíticos?
A
    1. Os usos clínicos dos agentes trombolíticos incluem dissolução de coágulos sanguíneos durante infarto agudo do miocárdio (dentro de 12 horas), tratamento de acidentes vasculares cerebrais (dentro de 3 horas) e tratamento de embolia pulmonar maciça. (390)
132
Q
  1. Por que os ativadores do plasminogênio tecidual são trombolíticos e anticoagulantes? Qual é a implicação clínica disso?
A
    1. Os ativadores de plasminogênio tecidual podem ser classificados como trombolíticos e anticoagulantes, pois a fibrinólise gera quantidades aumentadas de produtos de degradação da fibrina circulantes, que inibem a agregação plaquetária. Cirurgia ou punção de vasos não compressíveis é contraindicada por um período de 10 dias após o uso de fármacos trombolíticos. (390)
133
Q
  1. Que efeitos negativos da estreptoquinase limitam seu uso?
A
    1. A estreptoquinase é altamente antigênica e pode causar sensibilização imunológica e reações alérgicas, particularmente com o uso repetido. Isso limita seu uso nos Estados Unidos, mas ainda é usada em outros lugares devido ao menor custo. (390)
134
Q
  1. Quais são algumas das causas potenciais do sangramento perioperatório?
A
    1. As causas potenciais do sangramento perioperatório incluem sangramento cirúrgico e falha nas vias hemostáticas. A falha das vias hemostáticas pode ser devida a transfusão de sangue maciça (que leva a trombocitopenia, fibrinogênio baixo e coagulopatia), fibrinólise, CID, reações à transfusão ou distúrbio hemorrágico não detectado. (390)
135
Q
  1. Qual é o papel dos pró-coagulantes no sangremento perioperatorio?
A
    1. Os pró-coagulantes podem ser úteis no sangramento perioperatório quando o paciente está sangrando a uma velocidade rápida. (391)
136
Q
  1. Quais são alguns dos agentes antifibrinolíticos em uso nos Estados Unidos e qual é o mecanismo de ação deles?
A
    1. Os agentes antifibrinolíticos em uso nos Estados Unidos incluem o ácido ɛ-aminocaproico (EACA) e o ácido tranexâmico (TXA). Ambos os agentes são análogos da lisina e inibem competitivamente o local de ligação no plasminogênio e impedem a sua quebra em plasmina. O antifibrinolítico aprotinina, um inibidor de serina protease, foi removido do mercado norte-americano e está disponível apenas no Canadá e na Europa. (391)
137
Q
  1. Quais são alguns dos usos clinicos do acido ɛ- aminocaproico (EACA) e do ácido tranexâmico (TXA)?
A
    1. Clinicamente, tanto o EACA quanto o TXA são usados para diminuir a perda de sangue perioperatória em cirurgia cardíaca, transplante hepático, cirurgia ortopédica e trauma. (391)
138
Q
  1. Qual é o mecanismo de ação do fator VIIa recombinante ativado (rFVIIa) para aumentar a hemostasia?
A
    1. O fator VIIa recombinante melhora a hemostasia, atuando através das vias intrínseca e extrínseca para aumentar a geração de trombina (fator II). No sistema dependente de fator tecidual (sistema extrínseco), o rFVIIa se liga ao fator tecidual no local da lesão vascular, causando a ativação do fator X. No sistema independente de fator tecidual (sistema intrínseco), o rFVIIa se liga à superfície da plaqueta ativada, ativando o fator X. Ambos os mecanismos resultam em uma “explosão” de geração de trombina e fibrina, o que leva à formação do coágulo. (391)
139
Q
  1. Qual é a duração de ação do rFVIIa?
A
    1. O tempo de ação do rFVIIa é curto, pois a meia-vida do rFVIIa é de apenas 2 a 2,5 horas. A dose inicial pode ser repetida até que o sangramento seja controlado. (391)
140
Q
  1. Quais são alguns dos usos clínicos do rFVIIa?
A
    1. O fator VIIa recombinante foi originalmente aprovado pela FDA para uso em pacientes com hemofilia. Esta substância tem a capacidade de aumentar a hemostasia em pacientes com hemorragia, que tenham ou não um defeito de coagulação, por isso há muitos usos off-label variáveis do rFVIIa. Estes incluem hemorragia intracraniana, cirurgia cardíaca, traumatismo, lesão cerebral traumática e transplante hepático. (391)
141
Q
  1. Qual é a preocupação relativa ao uso do rFVIIa?
A
    1. Uma preocupação relativa ao uso de rFVIIa é o seu potencial para trombose arterial e venosa, tornando questionável seu uso profilático. Esse risco potencial deve ser comparado com o benefício potencial de sua administração. De fato, nenhum ensaio controlado randomizado foi capaz de demonstrar um benefício significativo em termos de tempo de permanência no hospital ou na unidade de terapia intensiva ou de taxa de mortalidade com este medicamento. (391)
142
Q
  1. Quais fatores de coagulação o concentrado de complexo protrombínico (CCP) contém?
A
    1. Os concentrados de complexo protrombínico (CCPs) contêm quantidades variáveis de fatores de coagulação II, VII, IX e X, bem como um ou mais tipos de anticoagulantes (proteína C ou S). Os CCPs de três fatores diferem dos CCPs de quatro fatores quanto a não possuir quantidades significativas de fator
143
Q
  1. Quais são alguns dos usos clínicos dos CCPs?
A
    1. Clinicamente, os CCPs são o fármaco de escolha para a reversão de anticoagulantes orais no lugar do rFVIIa ou PFC. (391)
144
Q
  1. Qual é o risco infeccioso dos CCPs?
A
    1. Os CCPs são derivados do plasma humano e apresentam risco de reações infecciosas e não infecciosas à transfusão. Este risco é reduzido, no entanto, com o seu tratamento com, pelo menos, um processo de redução viral. (391)
145
Q
  1. Para os pacientes que estão recebendo antagonistas da vitamina K (AVKs) e estão marcados para serem submetidos a cirurgia, qual é a recomendação atual para quando interromper e reiniciar a administração dos AVKs?
A
    1. Para os pacientes que recebem antagonistas de vitamina K e estão marcados para cirurgia, a recomendação atual é interromper os antagonistas da vitamina K (AVKs) 5 dias antes da cirurgia e reiniciar de 12 a 24 horas após a cirurgia. (391)
146
Q
  1. Como o manejo perioperatório de pacientes que estão recebendo AVKs varia de acordo com seu risco (alto ou baixo) de tromboembolismo venoso?
A
    1. Pacientes que estão em alto risco de tromboembolismo venoso e estão recebendo AVKs devem ser manejados com terapia ponte com heparina não fracionada ou HBPM após a descontinuação dos AVKs antes da cirurgia. Não há evidências claras para pacientes com risco moderado de TEV, portanto a abordagem é escolhida com base em cada paciente e nos fatores de risco cirúrgicos. (392)
147
Q
  1. Qual é a recomendação para o manejo da terapia ponte perioperatória com heparina não fracionada?
A
    1. Para os pacientes que recebem terapia ponte perioperatória com heparina não fracionada, a infusão deve ser interrompida de 4 a 6 horas antes da cirurgia e retomada sem uma dose em bólus no prazo de 12 horas após a cirurgia. Em cirurgias com alto risco de sangramento pós-operatório, a retomada da heparina deve ser adiada para 48 a 72 horas após a cirurgia. (392)
148
Q
  1. Qual é a recomendação para o manejo da terapia ponte perioperatória com HBPM?
A
    1. Para os pacientes que receberam terapia ponte perioperatória com HBPM, a última dose de HBPM deve ser administrada 24 horas antes da cirurgia e a administração deve ser retomada 24 horas após a cirurgia. Em cirurgias com alto risco de sangramento pós-operatório, a retomada da HBPM deve ser adiada até 48 a 72 horas após a cirurgia. (392)
149
Q
  1. Como os pacientes que recebem tratamento com aspirina devem ser manejados no período perioperatório?
A
    1. Os pacientes que estão sendo submetidos a cirurgias menores, que estão em risco alto ou moderado de eventos cardiovasculares ou que estão passando por cirurgia cardíaca ou vascular devem continuar a aspirina durante todo o período perioperatório. Pacientes com baixo risco de eventos cardiovasculares e que estão passando por cirurgia não cardíaca

devem interromper a terapia com aspirina de 7 a 10 dias antes da cirurgia. (392)

150
Q
  1. Como os pacientes que recebem terapia antiplaquetária dual com aspirina e clopidogrel devem ser manejados no período perioperatório?
A
    1. Os pacientes em terapia antiplaquetária dual com aspirina e clopidogrel devem interromper o clopidogrel 5 dias antes de cirurgia cardíaca ou não cardíaca. (392)
151
Q
  1. Qual é a recomendação para adiamento da cirurgia em pacientes que foram submetidos a intervenção coronária percutânea recente com colocação de stents coronários?
A
    1. A cirurgia deve ser adiada por, pelo menos, 6 semanas após a colocação coronária percutânea de um stent metálico (BMS) e por, pelo menos, 6 meses após a colocação coronária percutânea de um stent farmacológico (DES). Se a cirurgia for necessária antes que este tempo tenha passado, a terapia antiplaquetária dual deve ser continuada, a menos que o risco de hemorragia supere o risco de trombose do stent. (392)
152
Q
  1. Qual é a recomendação relativa aos procedimentos de anestesia neuroaxial em pacientes que estejam recebendo terapia anticoagulante ou antiplaquetária?
A
    1. As recomendações sobre os procedimentos de anestesia neuroaxial em pacientes que estão recebendo terapia anticoagulante ou antiplaquetária são continuamente atualizadas em diretrizes à medida que surgem novas evidências. Os comitês hospitalares também podem estabelecer diretrizes de prática locais. (393)