Manejo da dor e anestesia regional Flashcards
O que o American College of Emergency Physicians (ACEP) recomenda para avaliação ampla da dor?
A utilização de escalas de dor, de funcionalidade (ou perda dela) e status geral do paciente.
Quais são algumas das escalas de dor validadas para populações específicas?
PAINAD para pacientes portadores de demência, BPS e CPOT para pacientes críticos.
Descreva brevemente a Escala numérica de dor.
Escala que permite ao paciente atribuir um número de 0 a 10 para indicar a intensidade da dor.
O que é a Escala analógica da dor?
Escala em que o paciente marca um ponto em uma linha de acordo com a intensidade da dor.
Como é a Escala de dor de Wong-Baker para pacientes pediátricos?
É uma escala de desenhos faciais que representa a intensidade da dor, variando de sorriso a uma careta extrema.
Qual é a finalidade da Escala BPS para pacientes críticos?
Avaliar a dor em pacientes críticos através de comportamentos observáveis.
Como é pontuado o comportamento de respiração na escala PAINAD-Br?
0 - Normal, 1 - Dificuldade ocasional, 2 - Respiração ruidosa e para respirar com dificuldades
Como é pontuada a vocalização na escala PAINAD-Br?
0 - Nenhuma, 1 - Resmungos ou gemidos ocasionais, 2 - Chamados perturbadores ou choro
Como é pontuada a expressão facial na escala PAINAD-Br?
0 - Sorrindo ou inexpressiva, 1 - Careta triste, 2 - Expressão facial assustada ou franzida
Como é pontuada a linguagem na escala PAINAD-Br?
0 - Relaxada, 1 - Tensa, 2 - Fala baixa ou em resmungos altos
Como é pontuado o comportamento de andar na escala PAINAD-Br?
0 - Punhos cerrados, 1 - Joelhos encolhidos um lado para o outro, 2 - Inquietação ou comportamento agressivo
Como é pontuado o nível de consolabilidade na escala PAINAD-Br?
0 - Sem necessidade de consolo, 1 - Distraído(a) ou incapaz de ser tranquilizado(a) por voz ou toque
Qual é a possível interpretação da pontuação na escala PAINAD-Br?
1-3 = dor leve, 4-6 = dor moderada, 7-10 = dor grave
Quais são os compartimentos de dor avaliados na escala CPOT para pacientes críticos?
Expressão facial, movimentos corporais, interação com o respirador (paciente entubado) ou vocalização (paciente extubado), e tensão muscular.
Como é pontuada a expressão facial na escala CPOT para pacientes críticos?
0 - Relaxada, 1 - Testa franzida, abaixamento das sobrancelhas, órbitas apertadas ou lacrimejar, 2 - Contração da face, olhos firmemente fechados, contração das bochechas, abre a boca ou morde o tubo
Como é pontuado o movimento corporal na escala CPOT para pacientes críticos?
0 - Posição normal, 1 - Tocando o local da dor com movimentos lentos e cautelosos, 2 - Movimentação intensa dos membros, tenta tirar o tubo, agride a equipe, tenta sentar ou sair do leito
Como é pontuada a interação com o respirador na escala CPOT para pacientes críticos?
0 - Ventilação fácil, 1 - Interfere pouco na ventilação mecânica por períodos breves, 2 - Assincronia com a ventilação mecânica
Como é pontuada a vocalização na escala CPOT para pacientes críticos?
0 - Tom normal, 1 - Suspira ou geme, 2 - Chora, grita aos soluços, clama por ajuda
Como é pontuada a tensão muscular na escala CPOT para pacientes críticos?
0 - Sem tensão muscular, 1 - Pouca tensão muscular, 2 - Tensão muscular presente
Quais são os riscos e benefícios do uso de opioides na terapia não opioide para manejo de dor crônica?
Os riscos e benefícios do uso de opioides na terapia não opioide para manejo de dor crônica devem ser avaliados caso a caso.
Quando a recomendação de terapia não opioide para dor crônica não engloba os casos de dor aguda em paciente com dor crônica que procura o DE?
A recomendação de terapia não opioide para dor crônica não engloba os casos de dor aguda em paciente com dor crônica que procura o DE.
O que revigorou o interesse e a realização de estudos sobre terapias não farmacológicas para melhor controle álgico?
O bom resultado das terapias multimodais em pacientes ambulatoriais revigorou o interesse e a realização de estudos sobre terapias não farmacológicas.
Quais modalidades de terapia não farmacológica vêm sendo estudadas para o tratamento da dor no DE?
Além da acupuntura, outras modalidades de terapia não farmacológicas, como terapias holísticas, meditação, mindfulness, yoga e tai-chi-chuan também vêm sendo estudadas.
O que uma recente metanálise avaliou em relação às terapias complementares para controle de dor aguda?
Uma recente metanálise avaliou diversos estudos com prescrição de terapias complementares, algumas iniciadas ainda no DE e continuadas em regime ambulatorial com placebo para controle de dor aguda.
Qual é a duração ótima do tratamento com terapia não farmacológica para dores osteomusculares?
A duração ótima do tratamento com terapia não farmacológica para dores osteomusculares é desconhecida.
O que a anestesia regional consiste?
A anestesia regional consiste na realização de bloqueios de nervos periféricos com anestésicos locais.
Quais são os benefícios da anestesia regional em comparação com as terapias analgésicas sistêmicas?
A anestesia regional está associada à diminuição do tempo de permanência no DE, a menor interferência nas avaliações neurológicas e a menor custo em comparação com as terapias analgésicas sistêmicas.
Quais cenários têm sido estudados em relação à utilização da anestesia regional?
A utilização da anestesia regional tem sido estudada em cenários como fratura de quadril e de costela.
O que pode ser feito pelo médico emergencista para otimizar o manejo inicial da dor dos pacientes no DE?
A realização das técnicas de anestesia regional pelo médico emergencista, após treinamento adequado, pode otimizar o manejo inicial da dor dos pacientes no DE de forma segura e eficaz.
Como o uso do ultrassom pode facilitar a realização dos bloqueios de nervos na anestesia regional?
O uso do ultrassom pode facilitar a realização dos bloqueios de nervos na anestesia regional, aumentando a taxa de sucesso e minimizando complicações.
Quais são as possíveis complicações relacionadas aos bloqueios de nervos na anestesia regional?
As possíveis complicações relacionadas aos bloqueios de nervos na anestesia regional incluem o risco de infecção e hematoma local, lesão de nervo periférico e toxicidade pelos anestésicos locais (LAST).
O que é recomendado para minimizar o risco de infecção ao realizar bloqueios de nervos na técnica de injeção única?
Para minimizar o risco de infecção ao realizar bloqueios de nervos na técnica de injeção única, recomenda-se realizar a antissepsia da pele com clorexidina alcoólica 0,5%.
Quais são as precauções assépticas recomendadas para a inserção de um cateter perineural na anestesia regional?
Para a inserção de um cateter perineural na anestesia regional, recomenda-se adotar precauções assépticas rígidas, como o uso de roupa cirúrgica, touca, máscara e luvas estéreis, além do preparo do local onde o cateter será inserido com antissepsia da pele com clorexidina alcoólica 0,5% e uso de campos cirúrgicos estéreis.
O que é importante realizar antes do procedimento de bloqueio do nervo femoral na anestesia regional?
Antes do procedimento de bloqueio do nervo femoral na anestesia regional, recomenda-se realizar a profilaxia antibiótica intravenosa.
Qual a importância da prescrição adequada de analgesia após a alta?
A prescrição adequada de analgesia após a alta é importante para evitar retorno da dor e idas desnecessárias ao DE.
O que deve ser considerado na prescrição de analgesia para pacientes com dor aguda?
Pacientes com dor aguda devem receber analgesia correta enquanto se espera a resolução do diagnostico etiológico.
Qual a recomendação para a prescrição de analgesia em pacientes com dor crônica?
Pacientes com dor crônica devem receber a prescrição de um plano de tratamento multimodal.
Quais as evidências relacionadas ao uso de opioides no tratamento da dor crônica não oncológica?
Não há evidências para apoiar a eficácia dos opioides no tratamento da dor crônica não oncológica.
O que deve ser considerado antes da prescrição de opioides?
A prescrição de opioides deve ser realizada após a avaliação criteriosa de parâmetros como diagnostico, intratabilidade da dor, risco de intoxicação e eficácia esperada.
Quais são as formas de administração de analgésicos propostos para uso no departamento de emergência?
IM: intramuscular; IN: intranasal; IV: intravenoso; SC: subcutâneo.
De onde foi adaptada a figura 9 sobre analgésicos propostos para uso no departamento de emergência?
Adaptada de Bailey B, Trottier ED. Managing pediatric pain in the emergency department. Paediatric Drugs. 2016;18(4):287-301.
Qual a literatura recomendada sobre analgesia?
- Akhlagi N, Payandemehr P, Yaseri M et al. Premedication with midazolam or haloperidol to prevent recovery agitation in adults undergoing procedural sedation with ketamine: a randomized double-blind clinical trial. Ann Emerg Med. 2019 May;73(5):462-9.
- American College of Emergency Physicians. Clinical and practice management. 2009. Policy Statement.
- Bijur PE, Mills AM, Chang AK, et al. Comparative effectiveness of patient-controlled analgesia for treating acute pain in the emergency department. 2017 Dec;70(6):809-18.
- Chang AK, Bijur PE, Esses D et al. Effect of a single dose of oral opioid and non opioid analgesics on acute extremity pain in the emergency department – a randomized clinical trial. JAMA. 2017;318(17):1661-7.
- Consensus Guidelines on the Use of Intravenous Ketamine Infusions for Acute Pain Management From the American Society of Regional Anesthesia and Pain Medicine, the American Academy of Pain Medicine, and the American Society of Anesthesiologists. Reg Anesth Pain Med. 2018.
- Duncan RW, Smith, KL, Maguire M, Stader III, DE. Alternatives to opioids for pain management in the emergency department decreases opioid usage and maintains patient satisfaction. Am J Emerg Med. 2019 Jan;37(1):38-44.
- Eskin B, et al. Prednisone for emergency department low back pain: a randomized controlled trial. J Emerg Med. 2014, Jul;47(1):65-70.
- Fox LM, et al. Battlefield acupuncture to treat low back pain in the emergency department. Am J Em. 2018;36(6):1045-8.
- Friedman BW, Mohamed S, Robbins MS et al. A randomized, sham-controlled trial of bilateral greater occipital nerve blocks with bupivacaine for acute migraine patients refractory to standard emergency department treatment with metoclopramide. Headache. 2018 Oct;58(9):1427-34.
- Goldberg H, et al. Oral steroids for acute radiculopathy due to a herniated lumbar disk. JAMA. 313:1915-9.
- Kotter T, da Costa BR, Fasller M, et al. Metamizole-associated adverse events: a systematic review and meta-analysis. PLOS One. 2015;10(4):e0122918.
- Latev A, Friedman BW, Irizarry E, et al. A randomized trial of a long-acting depot corticosteroid versus dexamethasone to prevent headache recurrence among patients with acute migraine who are discharged from an emergency department. Ann Emerg Med. 2018.
O que são nociceptores?
Nociceptores são neurônios sensíveis à dor presentes em tecidos moles e órgãos internos.
Como a dor visceral pode ser sentida pelo paciente?
A dor visceral pode ser sentida como uma dor somática, através do fenômeno de dor referida.
O que é dor referida?
Dor referida é o fenômeno onde ocorre convergência de estímulos viscerais e somáticos para um destino final comum.
Qual é o estímulo que causa a dor do infarto agudo miocárdio?
O estímulo das fibras cardíacas espinhais.
Quais são os estímulos nociceptivos que convergem com sinais de dor muscular profunda do ombro e braço?
Estímulos nociceptivos das fibras cardíacas espinhais.
O que causa a dor neuropática?
A dor neuropática é causada por lesão ou disfunção do sistema nervoso periférico.
Como a dor neuropática é geralmente descrita?
A dor neuropática é geralmente descrita como queimação, picada, formigamento ou lancinante.
Onde geralmente a dor neuropática segue?
A dor neuropática geralmente segue a distribuição do nervo ou da raiz do nervo que está danificado.
O que causa a síndrome da dor central?
A síndrome da dor central é causada por danos no sistema nervoso central, como acidente vascular cerebral (AVC), esclerose múltipla, tumor, epilepsia, trauma cranioencefálico ou doença de Parkinson.
Quais são os sintomas associados à síndrome da dor central?
A síndrome da dor central é frequentemente associada a alodinia e a hiperalgesia.
Como a dor central pode afetar o corpo?
A dor central pode afetar uma área específica do corpo ou ocorrer de forma mais difusa.
O que é dor aguda?
Dor aguda é uma experiência complexa, desagradável, que ocorre em resposta a uma lesão de tecidos e possui início súbito e duração limitada.
Quais são os neurônios ativados na dor aguda?
Os nociceptores são os neurônios ativados na dor aguda.
O que pode ocorrer com o tratamento do fator precipitante da dor aguda?
A resolução da dor aguda geralmente acontece.
Como a dor crônica é definida?
Dor crônica é a dor que permanece além do esperado para uma lesão ou patologia.
O que geralmente está associado à dor crônica?
A dor crônica geralmente está associada a sofrimento emocional, social e existencial.
Quais são os sinais de alerta para investigação adicional na dor crônica?
Casos sem fator precipitante evidente, alteração de exame físico, piora noturna, febre e perda de peso.
Para quem a avaliação subjetiva da dor é recomendada?
A avaliação subjetiva da dor é recomendada para pacientes que não conseguem comunicar-se verbalmente.
Quais são algumas escalas de dor propostas?
Algumas escalas de dor propostas são as escalas numérica, analógica e de faces.
Quando o uso de escalas de dor nem sempre reflete uma melhora em analgesia?
O uso de escalas de dor nem sempre reflete uma melhora em analgesia, pois a dor é dinâmica e uma única medida pode não refletir o estado real do paciente.
O que a adição de epinefrina ao anestésico local pode aumentar?
A duração do bloqueio e a dose máxima permitida de anestésico local.
Qual é o risco aditivo do bloqueio de nervo intercostal?
O risco de pneumotórax.
Quais são os efeitos colaterais da carbamazepina no tratamento de dor neuropática e dor crônica?
Agranulocitose, fadiga, nistagmo.
Quais são os efeitos colaterais da gabapentina no tratamento de dor neuropática e dor crônica?
Convulsões, fadiga.
Quais são os efeitos colaterais da pregabalina no tratamento de dor neuropática e dor crônica?
Insuficiência cardíaca, cefaleia, ataxia.
Quais são os efeitos colaterais da amitriptilina no tratamento de dor neuropática e dor crônica?
Prolongamento QT, hipotensão, hipertensão, constipação, retenção urinária.
Quais são os efeitos colaterais da nortriptilina no tratamento de dor neuropática e dor crônica?
Prolongamento QT, hipotensão, hipertensão, constipação, retenção urinária.
Quais são os efeitos colaterais da duloxetina no tratamento de dor neuropática e dor crônica?
Mania, ideação suicida, disfunção hepática.
Quais são os efeitos colaterais da venlafaxina no tratamento de dor neuropática e dor crônica?
Insônia, tontura, sonolência, sudorese, náusea.
Quais são os efeitos colaterais do tramadol no tratamento de dor neuropática e dor crônica?
Convulsões, depressão respiratória, tontura, diarreia, constipação.
Qual é a técnica recomendada para o bloqueio de nervo intercostal?
Transdutor linear de alta frequência, agulha estimuladora de número A50mm.
Qual posição o paciente deve ficar durante o bloqueio de nervo intercostal?
Sentado, em decúbito ventral ou em decúbito lateral com o lado a ser bloqueado para cima.
O que é utilizado para identificar as estruturas sonoanatômicas durante o bloqueio de nervo intercostal?
Músculos intercostais, costelas e pleura.
Qual é o volume recomendado de solução anestésica para a injeção única no bloqueio de nervo intercostal?
2-5 mL.
Quais são as soluções anestésicas recomendadas para a injeção única no bloqueio de nervo intercostal?
Bupivacaína 0,25-0,5% com adrenalina 1:200.000, lidocaína 1-2% com adrenalina 1:200.000 ou ropivacaína 0,5%.