LMF P 02 Flashcards

1
Q

Maturação do pulmão

Dividido em quantos e quais estágios?

A

4

Pseudoglandular

Canicular

Saco terminal

Pós-natal

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Q

Maturação do pulmão

Pseudoglandular

Tempo?

A

5ª à 17ª

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Q

Maturação do pulmão

Pseudoglandular

A

Do ponto de vista histológico, o pulmão durante o estágio pseudoglandular possui aparência de glândulas exócrinas. Com 16 semanas, todos os principais componentes dos pulmões estão formados, exceto aqueles envolvidos com as trocas gasosas. A respiração não é possível; portanto, fetos nascidos durante esse período são incapazes de sobreviver.

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4
Q

Maturação do pulmão

Canicular

Tempo

A

16ª à 26ª semana

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5
Q

Maturação do pulmão

Canicular

A

O estágio canalicular sobrepõem-se ao estágio pseudoglandular, pois o desenvolvimento do segmento cranial dos pulmões amadurece mais rápido do que o segmento caudal. Durante o estágio canalicular, a luz dos brônquios e dos bronquíolos terminais tornam-se maiores e o tecido pulmonar torna-se altamente vascularizado. Por volta da 24ª semana, cada bronquíolo terminal forma dois ou mais bronquíolos respiratórios, que irão se dividir em três a seis passagens: os ductos alveolares primitivos. A respiração é possível ao final do período canalicular (26 semanas), pois alguns sacos terminais de parede delgada (alvéolos primitivos) se desenvolvem no final dos bronquíolos respiratórios e o tecido pulmonar está bem vascularizado. Embora fetos nascidos ao final desse período possam sobreviver se tiverem cuidados intensivos, neonatos prematuros muitas vezes não sobrevivem, pois o sistema respiratório e os outros sistemas ainda estão relativamente imaturos.

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6
Q

Maturação do pulmão

Saco terminal

Tempo

A

24ª semana até o final do período fetal

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7
Q

Maturação do pulmão

Saco terminal

A

Durante o estágio de saco terminal, muitos mais sacos terminais (alvéolos primitivos) se desenvolvem e seus epitélios tornam-se muito finos. Os capilares tornam-se protuberantes nesses sacos. O íntimo contato entre o epitélio e as células endoteliais estabelece a barreira hematoaérea, que permite uma troca adequada de gases, necessária para a sobrevivência do feto caso este nasça prematuramente.

Na 26 a semana, os sacos terminais são revestidos principalmente por células epiteliais pavimentosas de origem endodérmica.

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8
Q

Maturação do pulmão

Saco terminal

Nesse estágio tem chance de sobreviver?

A

Fetos nascidos entre a 24 a e a 26 a semana após a fecundação podem sobreviver se tiverem cuidados intensivos; entretanto, eles podem sofrer de desconforto respiratório pela deficiência de surfactante. A sobrevivência desses bebês tem aumentado pelo uso de corticosteroides (esteroides produzidos pelo córtex da adrenal) pré-natal, que induzem a produção de surfactante e também com a terapia pós-natal de reposição de surfactante.

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9
Q

Maturação do pulmão

Saco terminal

A presença de sacos terminais delgados ou um epitélio alveolar primitivo é importante para a sobrevivência e desenvolvimento neurológico de bebês prematuros?

A

Não é tão importante quanto uma adequada vascularização pulmonar e produção de surfactante suficiente.

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10
Q

Maturação do pulmão

Saco terminal

Quais são as células que revestem?

A

Pneumócitos tipo I, através dos quais a troca gasosa ocorre. A rede de capilares se prolifera rapidamente no mesênquima ao redor dos alvéolos em desenvolvimento, contudo, não é concomitante ao desenvolvimento ativo dos capilares linfáticos. Dispersas entre as células epiteliais pavimentosas, estão células epiteliais secretoras arredondadas, os pneumócitos tipo II, que secretam o surfactante pulmonar, uma mistura complexa de fosfolipídios e proteínas.

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11
Q

Maturação do pulmão

Saco terminal

Surfactante

A

O surfactante se forma como uma película monomolecular na parede interna dos sacos alveolares e neutraliza as forças de tensão superficial na interface ar-alvéolo. Este facilita a expansão dos sacos terminais por prevenirem a atelectasia (colapso dos sacos durante a expiração). A maturação dos pneumócitos tipo II e a produção do surfactante variam amplamente entre os fetos de diferentes idades gestacionais. A produção do surfactante aumenta durante os estágios terminais da gestação, particularmente durante as últimas 2 semanas.

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12
Q

Maturação do pulmão

Saco terminal

Surfactante

Começa quando e é possível sobreviver?

A

A produção de surfactante começa entre a 20 a e a 22 a semana, mas o surfactante está presente apenas em pequenas quantidades em bebês prematuros, não estando presente em níveis adequados até o final do período fetal. Por volta da 26 a à 28 a semana, o feto frequentemente pesa cerca de 1.000 g e estão presentes sacos alveolares e surfactante suficientes para permitir a sobrevivência de bebês nascidos prematuramente. Antes disso, os pulmões são, geralmente, incapazes de prover trocas gasosas adequadas, em parte, porque a área de superfície alveolar é insuficiente e a vascularização é pouco desenvolvida.

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13
Q

Maturação do pulmão

Alveolar

Tempo

A

Final do período fetal aos 8 anos

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14
Q

Maturação do pulmão

Alveolar

Do final do período fetal até o nascimento

O que acontece?

A

Os sacos terminais análogos aos alvéolos estão presentes na 32 a semana. O epitélio de revestimento desses sacos atenua-se para uma fina camada epitelial pavimentosa. Os pneumócitos tipo I tornam-se tão delgados que os capilares adjacentes projetam-se para os sacos alveolares. Ao final do período fetal (38 semanas), os pulmões são capazes de realizar a respiração, pois a membrana alveolocapilar (barreira de difusão pulmonar ou membrana respiratória) é delgada o suficiente para realizar as trocas gasosas. Embora os pulmões não comecem a realizar essa função vital até o nascimento, estes são bem desenvolvidos e, portanto, capazes de funcionar prontamente quando o bebê nasce.

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15
Q

Maturação do pulmão

Alveolar

Do nascimento até os 8 anos

O que acontece?

A

Antes do nascimento, os alvéolos primordiais aparecem como pequenas projeções nas paredes dos bronquíolos respiratórios e dos sacos alveolares, dilatações terminais dos ductos alveolares. Após o nascimento, os alvéolos primitivos se ampliam conforme a expansão dos pulmões, mas o maior aumento no tamanho dos pulmões resulta do aumento no número de bronquíolos respiratórios e alvéolos primitivos, mais do que um aumento no tamanho dos alvéolos. O desenvolvimento alveolar está, em grande parte, completo aos 3 anos de idade, mas novos alvéolos são acrescentados até aproximadamente 8 anos de idade. Ao contrário dos alvéolos maduros, os alvéolos imaturos possuem o potencial para formar alvéolos primitivos adicionais. Conforme esses alvéolos aumentam em tamanho, eles se tornam alvéolos maduros. O principal mecanismo para o aumento do número de alvéolos é a formação de septos secundários de tecido conjuntivo que subdividem os alvéolos primitivos existentes

O desenvolvimento dos pulmões durante os primeiros meses após o nascimento é caracterizado pelo aumento exponencial na superfície da barreira hematoaérea através da multiplicação dos alvéolos e capilares.

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16
Q

Maturação do pulmão

Alveolar

Quais as mudanças adaptativas necessárias para a troca gasosa no nascimento?

A
  • Produção de surfactante nos sacos alveolares.
  • Transformação dos pulmões de órgãos secretores para órgãos capazes de realizar as trocas gasosas.
  • Estabelecimento das circulações sistêmicas e pulmonar em paralelo.
17
Q

Maturação do pulmão

Alveolar

O pulmão dos RNs em radiografia são mais densos que os dos adultos?

A

SIM

18
Q

Movimentos respiratórios fetais

Já existentes antes do nascimento?

A

Sim, exercendo força suficiente para causar a aspiração de algum líquido amniótico pelos pulmões. No nascimento, o feto já possui a vantagem de vários meses de exercícios respiratórios. Os MRFs, que aumentam à medida que o parto se aproxima, provavelmente condicionam os músculos respiratórios. Além disso, esses movimentos estimulam o pulmão a se desenvolver, possivelmente pela criação de um gradiente de pressão entre os pulmões e o líquido amniótico.

19
Q

Movimentos respiratórios fetais

Do que é preenchido o pulmão antes do nascimento e por qual ação é realiado a aeração?

A

Ao nascimento, os pulmões estão aproximadamente com a metade de seu volume preenchido com líquido derivado da cavidade amniótica, pulmões e das glândulas traqueais. A aeração dos pulmões ao nascimento não é tanto devido à dilatação dos órgãos colapsados vazios, mas, sim, da rápida substituição do líquido intra-alveolar pelo ar.

20
Q

Quais os mecanismos retiram o líquido do pulmão?

A
  • Através da boca e do nariz por pressão no tórax fetal durante o parto vaginal.
  • Pelos capilares, artérias e veias pulmonares.
  • Pelos vasos linfáticos.
21
Q

Caracterize os vasos linfáticos pulmonares de um RN.

A

Os vasos linfáticos pulmonares são relativamente maiores e mais numerosos do que em adultos. O fluxo linfático é rápido durante as primeiras horas após o nascimento e em seguida diminui.

22
Q

Quantos e quais fatores importantes para o desenvolvimento normal do pulmão?

A

Espaço torácico adequado para o crescimento pulmonar

MRFs

Volume de líquido amniótico adequado

23
Q

Barreira hematoaérea

A

Refere-se às células e a produtos celulares através dos quais os gases devem se difundir entre os compartimentos alveolares e capilares. A barreira hematoaérea mais delgada consiste em uma fina camada de surfactante, uma célular epitelial do tipo I e suas lâminas basais.

24
Q

O que o oligoidrâmnio pode causar no desolvimento pulmonar?

A

Hipoplasia pulmonar. Também tem sido demonstrado que o oligoidrâmnio resulta em diminuição da pressão hidráulica nos pulmões, que comprometem receptores de estiramento, que, por sua vez, afeta a regulação do Ca + e o crescimento pulmonar.

25
Q

Qual a causa da respiração ao nascimento?

A

Depois do parto normal de uma mãe não deprimida por anestésicos, a criança começa a respirar dentro de segundos e atinge ritmo respiratório normal em menos de 1 minuto após o nascimento. A prontidão com que o feto começa a respirar indica que a respiração é iniciada pela repentina exposição ao mundo exterior, provavelmente resultante de estado levemente asfixiado, incidente ao processo do nascimentoe de impulsos sensoriais que se originam na pele subitamente resfriada. Em bebê que não respira imediatamente, o corpo fica progressivamente mais hipóxico e hipercápnico (excesso de CO2), o que representa estímulo adicional ao centro respiratório e, geralmente, provoca a respiração dentro de mais 1 minuto depois do nascimento.

26
Q

Como ocorre a expansão dos pulmões ao nascimento?

A

Quando o bebê nasce, as paredes dos alvéolos, primeiramente, estão colapsadas devido à tensão superficial do líquido viscoso em seu interior. Normalmente, é preciso mais de 25 mmHg de pressão inspiratória negativa nos pulmões para se opor aos efeitos dessa tensão superficial e abrir os alvéolos pela primeira vez. Mas, quando os alvéolos se abrem, a respiração pode ser realizada com movimentos respiratórios relativamente fracos. Felizmente, as primeiras inspirações do recém-nascido normal são muito potentes, geralmente capazes de criar até 60 mmHg de pressão negativa no espaço intrapleural.

27
Q

Explique a circulação fetal

A

Veia umbilical (oxigenado) → veia cava inferior → átrio direito → forame oval → átrio esquedo → ventrículo esquerdo → sistemas → veia cava superior (desoxigenado) → átrio direito → ventrículo direito → árteria pulmunar → ducto arterioso → aorta descedente → artérias umbilicais (2).

28
Q

Explique a resistência vascular Sistêmica Aumentada e Pulmonar Diminuída ao Nascimento.

A

As mudanças primárias na circulação ao nascimento são, em primeiro lugar, a perda do enorme fluxo sanguíneo pela placenta, que, aproximadamente, duplica a resistência vascular sistêmica ao nascimento. Essa duplicação da resistência vascular sistêmica aumenta a pressão aórtica, bem como as pressões no ventrículo esquerdo e no átrio esquerdo. Em segundo lugar, a resistência vascular pulmonar diminui muito, em decorrência da expansão dos pulmões. Nos pulmões fetais não expandidos, os vasos sanguíneos estão colapsados devido ao pequeno volume dos pulmões. Imediatamente pela expansão, esses vasos não estão mais comprimidos, e a resistência ao fluxo sanguíneo diminui bastante. Além disso, na vida fetal, a hipoxia dos pulmões causa vasoconstrição tônica considerável dos vasos sanguíneos pulmonares, mas ocorre vasodilatação quando a aeração dos pulmões elimina a hipoxia. Todas essas mudanças em conjunto reduzem a resistência ao fluxo sanguíneo pelos pulmões em até cinco vezes, o que diminui a pressão arterial pulmonar, a pressão ventricular direita e a pressão atrial direita.

29
Q

Como ocorre o fechamento do forame oval?

A

A baixa pressão atrial direita e a alta pressão atrial esquerda, que ocorrem secundariamente às mudanças das resistências pulmonar e sistêmica ao nascimento, fazem com que o sangue tente fluir de volta através do forame oval; ou seja, do átrio esquerdo para o átrio direito, em vez de na direção contrária, como ocorria durante a vida fetal. Consequentemente, a pequena válvula que repousa sobre o forame oval, no lado esquerdo do septo atrial, se fecha sobre essa abertura, evitando assim o fluxo de sangue através do forame oval.

30
Q

Depois do nascimento, o sangue começa a fluir de volta da aorta para a artéria pulmonar, através do ducto arterioso, em vez de na outra direção, como era na vida fetal. Entretanto, depois de algumas horas, a parede muscular do ducto arterioso se contrai de modo acentuado e, em 1 a 8 dias, a constrição é normalmente suficiente para interromper o fluxo sanguíneo. É o fechamento funcional do ducto arterioso. Então, durante o próximo período de 1 a 4 meses, o ducto arterioso em geral é anatomicamente ocluído pelo crescimento de tecido fibroso em seu lúmen. A causa do fechamento do ducto arterioso está relacionada com a maior oxigenação do sangue que flui pelo ducto, bem como a perda dos efeitos relaxantes vasculares da prostaglandina E2 (PGE2 ).

A
31
Q

Como ocorre o fechamento do ducto venoso?

A

Imediatamente após o nascimento, o fluxo de sangue pela veia umbilical cessa, mas grande parte do sangue portal continua a fluir pelo ducto venoso, com pequena quantidade passando pelos canais do fígado. Entretanto, em 1 a 3 horas, a parede muscular do ducto venoso se contrai fortemente e fecha essa via de fluxo. Consequentemente, a pressão venosa portal aumenta de quase 0 a 6 para 10 mmHg, o que é suficiente para forçar o fluxo sanguíneo da veia porta pelos sinusoides hepáticos. Embora o ducto venoso raramente não se feche, não sabemos quase nada a respeito do que causa seu fechamento.