ITU Flashcards
4 FORMAS DE ITU:
bACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA;
CISTITE;
PIELONEFRITE;
PROSTATITE.
Bacteriúria assintomática:
De uma forma bem direta, podemos dizer (e o nome também confirma!) que se trata de presença de bactérias na urina sem sintomas, refletindo características tanto do agente etiológico quanto do hospedeiro. Como veremos adiante, a etiologia é semelhante à cistite e à pielonefrite (predomínio de Gram-negativos). Uma das diferenças é que, nesses casos, além de uma melhor defesa do paciente, as bactérias envolvidas têm menor capacidade de adesão, reproduzindo-se com mais facilidade, porém com menos lesão tecidual.
Mais em mulheres.
Número que estabelece bcteriúria assintomática:
10 elevado a quinta, e 10 elevado a 2 com cateter.
A presença de piúria não fecha o diagnóstico de bacteriúria assintomática. V ou F?
V.
Tratar BA diminui o índice de infecções sintomáticas?
Tratar BA diminui o índice de recorrência de infecções?
Tratar BA diminui o índice de ITU complicada?
NÃO.
Indicações absolutas para tratar bacteriúria assintomática:
Gestantes e procedimentos urológicos invasivos.
Harrison fala, que talvez, transplantados renais e neutropenicos se beneficiem.
Candidúria assintomática. Trata?
Sim. Fluconazol
O que é a cistite?
cistite significaria simplesmente a “inflamação/infecção da bexiga”. Nesse caso, as bactérias conseguiram ascender à bexiga, fizeram lesão tecidual a ponto de gerar sintomas, mas não conseguiram ascender ao trato urinário superior.
No grupo das ITUs sintomáticas, 90% correspondem à cistite e 10% às pielonefrites
Sintomas da cistite:
A história clínica e o exame físico são os dados mais importantes inicialmente. Os sintomas típicos são disúria, aumento da frequência e urgência urinária. Noctúria, hesitação, desconforto suprapúbico, hematúria macroscópica e urina turva também costumam ocorrer. A presença de febre ou dor em flanco nos sugere um quadro mais alto (cistite associada à pielonefrite)
Diagnóstico da cistite:
Embora o padrão-ouro de qualquer ITU seja a urinocultura, cistites não complicadas podem ser tratadas apenas com base na histórica clínica. • O exame de fita reagente (dipstick) deve ser realizado caso a avaliação não seja adequadamente elucidativa. O tratamento empírico pode ser estabelecido quando houver testedo nitrito ou da esterase leucocitária positivos. Em casos duvidosos, devemos insistir com seguimento ambulatorial, urinocultura e exame pélvico. Exames negativos para ambos os testes devem levar à procura de outro diagnóstico. Contudo, um lembrete: não se pode descartar definitivamente o diagnóstico quando esses testes vierem negativos. Principalmente, em gestantes e casos complicados, quando o teste não é confiável. • Outro exame bastante útil é a urinálise, já que piúria está presente em praticamente todos os casos. Hematúria também aparece em 30% dos casos e pode sugerir o diagnóstico
Tratamento da cistite:
- Sulfametoxazol+trimetoprim 400/80 mg 12/12h por 3 dias; - Quinolonas (ciprofloxacino, ofloxacino, levofloxacino, moxifloxacino ou norfloxacino) por 3 dias; - Nitrofurantoína 100 mg 6/6h por 5-7 dias; - Betalactâmicos (amoxicilina, cefalexina, pivmecillinam*) por 5-7 dias;
Tratamento cistite em gestantes:
Em gestantes as drogas mais seguras são os betalactâmicos, a nitrofurantoína e a fosfomicina.
Cistite complicada tratar em 7 dias, em homens a cistite deve ser tratada de 7-14 dias.
Entre os componentes da análise urinária pela fita reagente, os mais importantes são: teste do nitrito e a pesquisa da esterase leucocitária. V ou F?
V. O primeiro se baseia na transformação do nitrato em nitrito por bactérias da família Enterobacteriaceae, em que a E. coli assume papel principal. O segundo, pesquisar a esterase leucocitária, uma enzima específica de neutrófilos que aparece na urina em resposta à infecção. No entanto, estes testes não são plenamente confiáveis. Por exemplo, com aumento da frequência urinária, a chance de positividade do teste do nitrito diminui, pois deve-se acumular nitrito suficiente (em outras palavras, ter bactéria suficiente) para o teste ser capaz de detectar. A redução do pH urinário por suplementos alimentares ou presença de bactérias de outras famílias também levam à negativação do teste. ESTERASE LEUCOCITÁRIA = PIÚRIA // NITRITO = BACTERIÚRIA (Enterobactérias).
A última diretriz de ITU não complicada na mulher (2011), elaborada em conjunto pelas sociedades brasileiras de Infectologia, Nefrologia, GO e Medicina de Família, ainda traz a seguinte afirmativa: “………. é o antibiótico mais indicado para tratamento da cistite não complicada
Fosfomicina trometamol.
O que pode gerar mudança de coloração da urina na ITU?
Bactérias Gram-negativas como o Proteus, a Providencia e a Klebsiella produzem algumas enzimas (indoxil sulfatase e indoxil fosfatase) que, quando em contato com o indoxil-sulfato, o “quebram”, gerando índigo e indirubina como produtos finais, que promovem uma coloração azul e vermelha, respectivamente.
Sem sinais de alarme, a ITU já pode ser tratada?
Sim.
Forma mais comum de resistência bacteriana no tratamento da ITU:
Transferência de resistência por fator-R.
O que é a pielonefrite?
Infecção aguda dos rins e pelve renal.
Pielonefrite complicada x não complicada:
a pielonefrite não complicada é aquela que ocorre em pacientes com trato urinário estruturalmente e neurologicamente normal. Por outro lado, as infecções são ditas complicadas quando acometem indivíduos com anormalidades funcionais ou estruturais do trato urinário, incluindo a presença de cateteres vesicais e cálculos urinários. Em geral, infecções em homens, gestantes, crianças ou pacientes hospitalizados podem ser também consideradas complicadas
Fatores de risco da pielonefrite:
Sexo feminino, atividade sexual, novo parceiro sexual, história de ITU prévia (em especial nos últimos 12 meses), história materna de ITU, uso de diafragma com espermicidas, menopausa, anormalidades renais funcionais ou anatômicas, instrumentação urinária, diabetes mellitus, incontinência urinária, imunossupressão, gravidez. São praticamente os mesmos fatores de risco para cistite.
Principal organismo na pielonefrite complicada e não complicada?
E. coli.
Via mais comum de contaminação renal:
Via ascendente, a partir da uretra.
O que é a pielonefrite enfisematosa?
Nos pacientes diabéticos hiperglicêmicos, a rápida fermentação da glicose pelos bacilos Gram-negativos (ou raramente leveduras) pode produzir gás dentro do parênquima renal, formando a pielonefrite enfisematosa.
Doença associada a necrose de papila e pielonefrite enfisematosa:
DM.
Sintomas da pielonefrite:
A síndrome clássica de pielonefrite envolve alguns dias de dor progressiva nos flancos, fadiga, febre, prostração e possivelmente náuseas com vômitos, geralmente precedida ou acompanhada de sintomas de cistite.