ITU Flashcards

1
Q

Qual é o principal agente etiológico da Infecção do Trato Urinário (ITU)?

A

Escherichia coli.

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2
Q

Em que situação clínica deve-se suspeitar de ITU em crianças menores de 2 anos?

A

Febre sem sinais localizatórios.

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3
Q

Quais são os exames necessários para o diagnóstico de ITU?

A

Urina tipo 1 (EAS) e urocultura, para identificar leucocitúria e bacteriúria.

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4
Q

Qual é o tratamento empírico recomendado para ITU até o resultado da urocultura?

A

Amoxicilina-clavulanato ou cefuroxima.

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5
Q

Quais exames de seguimento devem ser solicitados após o diagnóstico de ITU e em que situações?

A

O seguimento pode incluir uretrocistografia miccional para avaliar o refluxo vesicoureteral, principalmente em casos de ITU recorrente ou anormalidades no ultrassom renal.

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6
Q

Como é feita a graduação do refluxo vesicoureteral?

A

A graduação do refluxo vesicoureteral é realizada por meio da uretrocistografia miccional, que avalia o grau de refluxo de urina dos ureteres para a bexiga.

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7
Q

: O que é uma Infecção do Trato Urinário (ITU) e qual a sua prevalência na infância?

A

A ITU é uma infecção bacteriana comum na infância, responsável por até 14% das consultas anuais no pronto-socorro, sendo uma causa importante de febre sem sinais localizatórios em lactentes.

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8
Q

Quais são as formas clínicas de apresentação da ITU?

A

Cistite (infecção restrita à bexiga urinária) e pielonefrite (infecção que acomete os ureteres e rins, podendo causar cicatriz renal persistente).

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9
Q

Quais são as possíveis complicações de uma ITU não tratada de forma adequada?

A

Hipertensão arterial sistêmica e insuficiência renal crônica.

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10
Q

Qual a diferença entre cistite e pielonefrite?

A

Cistite é a infecção restrita à bexiga urinária, enquanto pielonefrite envolve o acometimento dos ureteres e rins, podendo causar danos renais permanentes.

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11
Q

Por que infecções da uretra não são consideradas ITU?

A

Para ser considerada ITU, é necessário o comprometimento pelo menos da bexiga; infecções restritas à uretra não são classificadas como ITU.

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12
Q

Qual o padrão de incidência de ITU em relação ao sexo e faixa etária?

A

É mais comum em meninas, exceto no primeiro ano de vida, onde o predomínio pode ser masculino. Tem um pico bimodal de incidência em pré-escolares (3-5 anos) e na adolescência.

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13
Q

Quais fatores estão associados ao risco aumentado de ITU?

A

Fatores relacionados ao hospedeiro, como alterações anatômicas ou funcionais do trato urinário e hábitos de higiene inadequados.

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14
Q

Quais são os principais fatores de risco de ITU relacionados ao hospedeiro em lactentes?

A

Idade < 1 ano (principalmente < 3 meses), sexo feminino, raça branca, e ausência de circuncisão nos meninos.

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15
Q

Qual é a prevalência de ITU em lactentes não circuncidados em comparação aos circuncidados?

A

A prevalência de ITU é de 20% em lactentes não circuncidados e 2,4% em lactentes circuncidados.

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16
Q

Como a circuncisão afeta o risco de ITU em meninos lactentes?

A

A circuncisão reduz o risco de ITU, pois a colonização do prepúcio, especialmente por Proteus, facilita a ascensão bacteriana e o desenvolvimento da infecção.

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17
Q

: Quais são as malformações do trato urinário que aumentam o risco de ITU?

A

Malformações obstrutivas, como obstrução da junção pieloureteral e ureterovesical, válvula de uretra posterior, e refluxo vesicoureteral.

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18
Q

Quais anormalidades funcionais do trato urinário estão associadas a um maior risco de ITU?

A

: Bexiga neurogênica e disfunção miccional.

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19
Q

Como a epidemiologia da ITU varia conforme a idade e o sexo das crianças?

A

No primeiro ano de vida, a ITU é mais comum em meninos (3,7%) do que em meninas (2%). No período neonatal, 20,3% dos meninos são afetados contra 5% das meninas. Após essa idade, as ITUs tornam-se mais comuns em meninas.

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20
Q

Quais fatores não relacionados ao trato urinário contribuem para o aumento do risco de ITU?

A

Instrumentação do trato urinário (como cateteres), constipação intestinal, imunossupressão, atividade sexual, e predisposição genética.

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21
Q

Qual é o principal mecanismo de desenvolvimento da ITU?

A

A maioria das ITUs ocorre pela ascensão de bactérias que colonizam a região periuretral (flora intestinal) através da uretra até a bexiga.

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22
Q

: Qual é a principal bactéria implicada nas ITUs comunitárias e quais fatores de virulência ela possui?

A

Escherichia coli uropatogênica é a principal bactéria, com fatores de virulência como fímbrias do tipo P, flagelos, antígeno polissacarídeo da cápsula, fator 1 neutralizante citotóxico e secreção de siderófilos.

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23
Q

: Quais são as principais bactérias causadoras de ITU e suas prevalências?

A
  • Escherichia coli uropatogênica: 54-67%

Proteus mirabilis: 5-12%
Klebsiella pneumoniae: 6-7%
Enterococcus: 3-9%
Pseudomonas: 2-6%

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24
Q

: Como as fímbrias do tipo P da Escherichia coli uropatogênica contribuem para a patogenicidade da bactéria?

A

As fímbrias do tipo P permitem a ligação aos digalactosídeos das células uroepiteliais, ajudando a resistir ao clareamento pelo fluxo urinário.

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25
Q

Qual é o papel dos flagelos na patogenicidade da Escherichia coli uropatogênica?

A

Os flagelos garantem a mobilidade da bactéria no trato urinário, facilitando a colonização e infecção.

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26
Q

Como o antígeno polissacarídeo da cápsula da Escherichia coli contribui para a infecção?

A

Ele impede a fagocitose e a lise induzida por complemento, ajudando a bactéria a evadir o sistema imunológico do hospedeiro.

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27
Q

: O que são siderófilos e como eles ajudam a Escherichia coli a sobreviver no trato urinário?

A

Siderófilos são proteínas que capturam ferro do hospedeiro e são reinternalizadas pela bactéria, permitindo que ela utilize os nutrientes do hospedeiro para sobreviver e proliferar.

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28
Q

Quais fatores de risco estão associados à ITU causada por Proteus mirabilis e Staphylococcus saprophyticus?

A

Proteus mirabilis: lactentes não circuncidados.
Staphylococcus saprophyticus: adolescentes do sexo feminino com vida sexual ativa.

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29
Q

Quais condições estão associadas a um maior risco de ITU por Pseudomonas e Candida?

A

Pseudomonas: imunossupressão ou pós-manipulação cirúrgica do trato urinário.
Candida e outros fungos: antibioticoterapia de amplo espectro prolongada, cateteres urinários e imunossupressão.

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30
Q

Quando é mais provável a ocorrência de ITU por bactérias diferentes de Escherichia coli?

A

Em casos de malformações do trato urinário, idade jovem e antibioticoterapia prévia.

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31
Q

: Em quais situações a disseminação hematogênica de ITU é mais comum, e quais os microrganismos mais implicados?

A

: A disseminação hematogênica é mais comum em recém-nascidos, crianças com imunodeficiências, na sepse e em anomalias obstrutivas do trato urinário. Os microrganismos mais implicados são: Streptococcus do grupo B, Staphylococcus aureus, Candida e Salmonella.

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32
Q

: Qual é a principal manifestação de ITU viral e em qual grupo de pacientes é mais comum?

A

A ITU viral se manifesta principalmente como cistite, como a cistite hemorrágica por adenovírus 11 e 21, que é autolimitada, dura de 4 a 7 dias e é mais comum em meninos pré-escolares.

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33
Q

Quem está em risco de desenvolver pielonefrite viral?

A

Imunodeprimidos.

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34
Q

: Quais fatores da história clínica e do exame físico indicam maior predisposição à ITU em crianças?

A

Doença renal ou ITU prévia, malformações do trato urinário, litíase, constipação intestinal, hábito urinário alterado, massas abdominais, secreção vaginal ou peniana, fimose em meninos, e aderências ou corpos estranhos na região genital.

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35
Q

O que é o sinal de Giordano e o que sua presença indica?

A

: O sinal de Giordano é a dor à punho-percussão da loja renal (ângulo costofrênico). A presença desse sinal é indicativa de pielonefrite, mas sua ausência não exclui o diagnóstico.

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36
Q

: Por que é difícil diferenciar cistite de pielonefrite em recém-nascidos e lactentes?

A

Em recém-nascidos e lactentes, a sintomatologia é inespecífica e, portanto, não permite diferenciar entre cistite e pielonefrite. Nesses casos, o tratamento deve ser sempre como pielonefrite.

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37
Q

Quando a coleta de exames de urina deve ser realizada em lactentes com febre sem sinais localizatórios?

A

A coleta deve ser feita em lactentes acima de dois meses com febre sem sinais localizatórios, se houver fatores de risco e probabilidade de ITU.

38
Q

Qual é a probabilidade de ITU em meninos circuncidados e não circuncidados em relação aos fatores de risco?

A

A probabilidade de ITU é de 1% em meninos circuncidados com dois fatores de risco; acima de 2% em meninos não circuncidados (independentemente dos fatores de risco) e em meninos circuncidados com três ou mais fatores de risco.

39
Q

Quando o diagnóstico clínico de ITU é considerado insuficiente e requer análise urinária adicional?

A

O diagnóstico clínico é insuficiente na pediatria e sempre deve ser associado à análise urinária, especialmente em pacientes com sintomas sugestivos de ITU ou antecedentes pessoais de ITU ou doença do trato urinário.

40
Q

A partir de que idade as crianças conseguem localizar e referir sintomas de trato urinário inferior?

A

: A partir da idade pré-escolar.

41
Q

Quais são as manifestações clínicas de ITU em recém-nascidos?

A

Baixo ganho ponderal, irritabilidade ou letargia, febre, anorexia; casos graves podem apresentar distensão abdominal, vômitos e até icterícia.

42
Q

Como a ITU pode se manifestar em lactentes?

A

Febre sem sinais localizatórios, baixo ganho ponderal, alterações do odor da urina e choro às micções.

43
Q

Quais são os sinais e sintomas de cistite em pré-escolares, escolares e adolescentes?

A

: Disúria, polaciúria, urgência miccional, incontinência urinária, enurese noturna, dor suprapúbica, febre baixa (< 38°C).

44
Q

Quais são os sintomas de pielonefrite em crianças maiores (pré-escolares, escolares e adolescentes)?

A

Queda do estado geral, inapetência, febre alta, calafrios, vômitos, dor lombar (sinal de Giordano positivo).

45
Q

Por que o diagnóstico de cistite e pielonefrite é desafiador em recém-nascidos e lactentes?

A

Porque não é possível diferenciar cistite de pielonefrite apenas pela sintomatologia. Por isso, esses casos devem ser tratados como pielonefrite.

46
Q

: Quais são os fatores de risco para ITU em meninas lactentes com febre sem sinais localizatórios?

A

Etnia branca, idade < 1 ano, temperatura ≥ 39°C, febre ≥ 2 dias, ausência de outra causa da febre.

47
Q

Quais são os fatores de risco para ITU em meninos lactentes com febre sem sinais localizatórios?

A

: Etnia não negra, temperatura ≥ 39°C, febre ≥ 24 horas, ausência de outra causa da febre.

48
Q

: Quando a análise urinária deve ser realizada em lactentes acima de dois meses com febre sem sinais localizatórios?

A

A análise urinária deve ser realizada se houver presença de fatores de risco conforme a Tabela 2 e a probabilidade de ITU.

49
Q

Qual é a probabilidade de ITU em meninas lactentes com febre sem sinais localizatórios e um fator de risco presente?

A

A probabilidade de ITU é de 1% na presença de um fator de risco.

50
Q

: Qual é a probabilidade de ITU em meninos lactentes circuncidados com três fatores de risco presentes?

A

A probabilidade de ITU é maior que 2% em meninos circuncidados com três ou mais fatores de risco presentes.

51
Q

Em quais situações a probabilidade de ITU é maior que 2% em meninos lactentes?

A

Em meninos não circuncidados, independentemente da presença de fatores de risco, e em meninos circuncidados com três ou mais fatores de risco presentes.

52
Q

Em que se baseia o diagnóstico laboratorial de ITU?

A

No encontro de inflamação (leucocitúria) associada à urocultura positiva.

53
Q

Quais métodos confiáveis de coleta de urina devem ser utilizados para urocultura em casos sugestivos de ITU?

A

Jato médio (em crianças com controle esfincteriano), sondagem vesical ou punção suprapúbica (em lactentes não continentes).

54
Q

Qual é o ponto de corte para diagnóstico de leucocitúria em urina não centrifugada e centrifugada?

A

: Urina não centrifugada: ≥ 10 leucócitos/mm³ ou ≥ 10.000 leucócitos/mL.
Urina centrifugada: ≥ 5 leucócitos/campo.

55
Q

Por que a esterase leucocitária positiva por fita reagente é útil no diagnóstico de ITU?

A

: Porque é mais sensível que a leucocitúria e aumenta a probabilidade de ITU quando associada a outros achados positivos da urinálise.

56
Q

Quais outros processos inflamatórios podem cursar com leucocitúria além de ITU?

A

: Nefrites, litíase, vulvovaginites, infecções estreptocócicas, apendicite e doença de Kawasaki.

57
Q

Por que a pesquisa de nitrito por fita reagente tem baixa sensibilidade em lactentes?

A

: Porque os lactentes esvaziam a bexiga frequentemente, antes das 4 horas necessárias para a produção de nitrito pelas bactérias.

58
Q

Qual é o critério da Academia Americana de Pediatria para diagnóstico de ITU com base na urocultura?

A

: Aparecimento de ≥ 50.000 Unidade Formadora de Colônias (UFC)/mL de uma única bactéria uropatogênica na urocultura na presença de leucocitúria ou bacteriúria.

59
Q

Quais achados na urocultura sugerem contaminação e não ITU verdadeira?

A

: Crescimento de mais de um germe na amostra, contagem de bactérias inferior a 10.000 UFC/mL de urina, ou crescimento de bactérias não uropatogênicas.

60
Q

Qual é a melhor combinação de testes para aumentar a especificidade no diagnóstico de ITU?

A

: A associação de bacterioscopia positiva com leucocitúria positiva em urina não centrifugada.

61
Q

: Qual é o limite de corte controverso para o diagnóstico de ITU quando a urina é colhida por punção suprapúbica?

A

Alguns serviços consideram qualquer crescimento de bactéria uropatogênica como positivo, enquanto outros consideram apenas ≥ 10.000 UFC/mL como positivo.

62
Q

Por que a coleta de urina por saco coletor não é recomendada para cultura em lactentes não continentes?

A

Devido ao alto risco de contaminação por bactérias que colonizam os tecidos periuretrais e perineais, resultando em até 80% de falso-positivos para ITU.

63
Q

Para que é indicada a urina colhida por saco coletor em lactentes não continentes?

A

Para análise por fitas reagentes e exame de urina tipo 1, mas não para cultura.

64
Q

Quais achados laboratoriais podem ser encontrados na pielonefrite?

A

Leucocitose com desvio à esquerda, elevação discreta de Proteína C Reativa (PCR), Velocidade de Hemossedimentação (VHS), e elevação discreta de ureia e creatinina.

65
Q

Em que situação a hemocultura pode ser positiva no contexto de ITU?

A

: Na sepse, principalmente em lactentes menores de dois meses.

66
Q

: Quando a urina colhida por saco coletor pode ser valorizada para descartar a possibilidade de ITU?

A

Quando o resultado é negativo, permitindo descartar a possibilidade de ITU.

67
Q

Quais são as indicações de internação para ITU em crianças?

A

Idade < 3 meses, má aceitação oral do medicamento ou dificuldade de adesão ao tratamento, desidratação ou vômitos frequentes, suspeita de sepse com comprometimento do estado geral, doenças obstrutivas e malformações complexas do trato urinário, insuficiência renal aguda associada, imunodepressão e dúvida quanto ao diagnóstico de ITU.

68
Q

: Quais fatores devem ser considerados ao escolher o tratamento para ITU?

A

A epidemiologia local, o uso recente de antibiótico pelo paciente e a gravidade atual do quadro.

69
Q

Por que o tratamento da ITU deve ser iniciado precocemente, especialmente na suspeita de pielonefrite?

A

Para minimizar a ocorrência de cicatrizes renais, pois a pielonefrite apresenta elevada morbidade.

70
Q

Qual é a eficácia comparativa entre o tratamento oral e endovenoso para ITU?

A

O tratamento por via oral tem eficácia similar ao tratamento por via endovenosa, inclusive para pielonefrite.

71
Q

: Quais antibióticos são recomendados atualmente para o tratamento empírico de ITU devido ao aumento da resistência da E. coli?

A

Amoxicilina-clavulanato e cefuroxima.

72
Q

: Por que a nitrofurantoína não é recomendada para o tratamento de ITU febril em lactentes?

A

Porque a nitrofurantoína não apresenta penetração adequada no parênquima renal e é reservada apenas para o tratamento de cistites.

73
Q

: Quais antibióticos são recomendados para o tratamento de ITU em casos de internação hospitalar?

A

Cefalosporina de terceira geração (ceftriaxone) ou aminoglicosídeos (gentamicina ou amicacina). Em recém-nascidos, associar ampicilina para cobrir estreptococos do grupo B e enterococos.

74
Q

: Qual é a duração do tratamento para pielonefrite e cistite?

A

: Pielonefrite: 7 a 14 dias. Cistite: 3 a 7 dias.

75
Q

Quando está indicada a recoleta de urocultura e a realização de USG de rins e vias urinárias?

A

Se houver má evolução clínica, como persistência de febre após 72 horas do início do antibiótico, para pesquisar complicações e malformações renais.

76
Q

: Qual deve ser a duração do tratamento para cistite de repetição e por quê?

A

10 dias, para erradicação das bactérias alojadas na submucosa e redução das recidivas.

77
Q

Que medidas de suporte devem ser associadas ao tratamento da ITU?

A

: Hidratação adequada, micções frequentes, controle da constipação intestinal, febre e dor.

78
Q

Por que é importante ajustar o tratamento antibiótico após o resultado da urocultura e antibiograma?

A

Para escalonar o tratamento e garantir a cobertura adequada da bactéria identificada.

79
Q

Qual é a taxa de recidiva de ITU e quais são os grupos de maior risco?

A

A taxa de recidiva de ITU é elevada, entre 30 a 40%, principalmente no primeiro ano de vida e no sexo feminino.

80
Q

Qual é o exame padrão-ouro para o diagnóstico de refluxo vesicoureteral e quando é indicado?

A

Uretrocistografia Miccional (UCM); indicada na suspeita de refluxo por alteração de exames prévios ou na ITU febril recorrente.

81
Q

: Qual exame é o padrão-ouro para o diagnóstico de pielonefrite aguda e quando deve ser realizado?

A

: Cintilografia renal com DMSA; deve ser realizada para pesquisa de cicatriz renal após 4 a 6 meses em pacientes com refluxo vesicoureteral.

82
Q

Quais são os fatores associados ao maior risco de cicatriz renal em ITU?

A

: Crianças < 1 ano, atraso no início do tratamento (> 72 horas), alto grau de refluxo vesicoureteral, malformações obstrutivas e ITU recorrente.

83
Q

O que deve ser investigado e tratado em casos de ITU recorrente?

A

História de constipação, incontinência urinária e comportamentos retentores. O tratamento deve incluir manejo da constipação, disfunção vesical, ingestão hídrica adequada e micção a cada três horas.

84
Q

: Qual é a eficácia da antibioticoprofilaxia na prevenção de ITU e por que seu uso é limitado atualmente?

A

: A antibioticoprofilaxia tem baixo custo-efetividade na redução de ITU e não reduz o risco de lesão renal, além de aumentar a resistência bacteriana.

85
Q

: Em quais situações a antibioticoprofilaxia é indicada para ITU?

A

Apenas em situações de maior risco de lesão renal.

86
Q

Quais antibióticos são utilizados para a profilaxia da ITU e qual é a posologia?

A

: Nitrofurantoína, sulfametoxazol/trimetoprim e cefalexina; administrados em um quarto a um terço da dose original, uma vez ao dia e de uso contínuo.

87
Q

uando está indicada a ultrassonografia (USG) de rins e vias urinárias no seguimento de ITU?

A

Na fase aguda, se houver evolução clínica desfavorável (sem melhora após 48-72 horas do antibiótico), ou após 1 a 2 semanas em todos os pacientes < 2 anos com ITU febril.

88
Q

: Quais são as indicações para a realização da cintilografia renal com DMSA no seguimento de ITU?

A

Na fase aguda, se houver evolução clínica desfavorável ou dúvida diagnóstica; e após 4 a 6 meses em todos os pacientes < 2 anos com ITU febril, se houver quadro clínico de pielonefrite, ou em pacientes com refluxo vesicoureteral.

89
Q

Quando a uretrocistografia miccional deve ser realizada no seguimento de ITU?

A

Após 2 a 3 semanas do tratamento nos pacientes com alteração de USG ou cintilografia renal, ou em quadros repetitivos de ITU associados à disfunção miccional.

90
Q

: Quais são os sinais e sintomas sugestivos de disfunção das eliminações no sistema urinário?

A

Incontinência ou retenção urinária e enurese noturna

91
Q

: Quais são os sinais e sintomas de disfunção das eliminações relacionados ao trato gastrointestinal?

A

: Constipação, encoprese, massa abdominal palpável, palpação de fecalomas e fissura anal.

92
Q

Quais sinais e sintomas do sistema nervoso central podem indicar disfunção das eliminações?

A

Alterações da coluna, disrafismo sacral, assimetria de extremidades inferiores, assimetria de pregas glúteas, alterações sensitiva e motora entre L1 e S3-S4.