INFEC. VIAS AÉREAS SUP Flashcards

1
Q

Qual é a evolução típica do resfriado comum?

A

O resfriado comum geralmente dura de 7 a 10 dias. Os sintomas, como coriza, espirros, congestão nasal e dor de garganta, tendem a melhorar após o terceiro dia. Febre pode ocorrer nos primeiros dias, especialmente em crianças.

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2
Q

Qual é o tratamento recomendado para o resfriado comum?

A

O tratamento é sintomático, incluindo hidratação, repouso, analgésicos (como paracetamol ou ibuprofeno) para febre e dor, e descongestionantes nasais. Antibióticos não são indicados.

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3
Q

Quais são as formas de apresentação da Covid-19 em crianças?

A

Assintomática, sintomas leves (febre, tosse, fadiga), sintomas gastrointestinais (diarreia, dor abdominal) e formas graves como a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P).

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4
Q

O que é a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P

A

Condição grave associada à Covid-19 caracterizada por febre persistente, inflamação multissistêmica e sintomas que podem envolver pele, mucosas, sistema cardiovascular, gastrointestinal e neurológico.

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5
Q

Quais são os critérios diagnósticos para sinusite aguda?

A

Sintomas persistentes (>10 dias), febre alta com secreção nasal purulenta por 3-4 dias, ou piora dos sintomas após melhora inicial.

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6
Q

Como diferenciar celulite periorbitária de celulite intraorbitária?

A

Celulite periorbitária envolve tecidos ao redor do olho sem comprometimento visual ou dor ao mover os olhos; celulite intraorbitária apresenta proptose, comprometimento visual, e dor ao mover os olhos.

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7
Q

Qual é o tratamento padrão para sinusite aguda?

A

Antibióticos (amoxicilina ou amoxicilina-clavulanato) e descongestionantes nasais para casos bacterianos confirmados.

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8
Q

Quais são os principais agentes etiológicos da otite média aguda?

A

Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, e Moraxella catarrhalis.

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9
Q

Como é realizado o diagnóstico clínico da otite média aguda?

A

Otoscopia mostrando abaulamento da membrana timpânica, opacificação, diminuição da mobilidade, ou otorreia.

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10
Q

Qual é o tratamento de escolha para otite média aguda?

A

: Amoxicilina é o antibiótico de primeira linha; analgesia com paracetamol ou ibuprofeno.

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11
Q

: Quando suspeitar de faringite estreptocócica?

A

Em presença de febre alta, exsudato amigdaliano, ausência de tosse e linfadenopatia cervical anterior.

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12
Q

O que é a Síndrome PFAPA?

A

: Síndrome de febre periódica com estomatite aftosa, faringite e adenite cervical; autolimitada e recorrente em crianças.

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13
Q

: Quais são as características clínicas do crupe?

A

Tosse “latido”, estridor inspiratório, rouquidão e desconforto respiratório, geralmente precedidos por sintomas de infecção respiratória viral.

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14
Q

Qual é o tratamento indicado para o crupe?

A

Nebulização com epinefrina e corticosteroides orais (dexametasona); oxigênio e intubação em casos graves.

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15
Q

: Quais são as estruturas que compõem o trato respiratório superior?

A

Nariz, cavidades nasais, faringe e laringe.

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16
Q

Quais tipos de epitélio revestem as vias respiratórias e onde cada tipo está localizado?

A

Epitélio pavimentoso estratificado reveste a orofaringe e a nasofaringe; epitélio colunar ciliado reveste os seios paranasais, a orelha média e as vias aéreas abaixo da epiglote.

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17
Q

Qual é o desafio na interpretação das culturas das vias aéreas superiores?

A

Distinguir entre a condição de portador assintomático e uma infecção ativa.

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18
Q

Por que as crianças são consideradas importantes na disseminação de vírus respiratórios?

A

Devido à interação frequente com outras crianças, exploração oral do ambiente, troca de brinquedos e menor imunidade específica.

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19
Q

Qual a diferença entre gotículas e aerossóis em termos de transmissão de vírus respiratórios?

A

Gotículas (>5 micra) se depositam rapidamente e têm curta distância de transmissão (cerca de 1 metro); aerossóis (<5 micra) permanecem no ar por horas, percorrem distâncias maiores e podem atingir pequenas vias aéreas.

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20
Q

Como prevenir a transmissão de vírus por gotículas e por aerossóis?

A

: Gotículas: uso de máscara cirúrgica; Aerossóis: uso de máscaras N95.

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21
Q

Quais fatores de risco aumentam a frequência de infecções de vias aéreas superiores em crianças?

A

Frequentar creche e contato frequente com outras crianças.

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22
Q

O que é a nasofaringite aguda e qual a sua prevalência?

A

Também conhecida como resfriado comum, é a doença aguda mais frequente no mundo, com 500 milhões de casos por ano.

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23
Q

Qual é a incidência média de episódios de nasofaringite aguda em pré-escolares e adultos?

A

Pré-escolares têm de 5 a 7 episódios por ano; adultos têm de 2 a 3 episódios por ano.

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24
Q

Qual é a etiologia mais comum da nasofaringite aguda?

A

É de etiologia viral, com o rinovírus sendo o agente mais comum, responsável por 30 a 50% dos casos. Outros agentes incluem coronavírus, influenza, parainfluenza, Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e adenovírus.

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25
Q

Quais vírus predominam no outono e no final da primavera, e quais predominam no inverno e na primavera?

A

Rinovírus e parainfluenza predominam no outono e no final da primavera; VSR, adenovírus e coronavírus predominam no inverno e na primavera.

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26
Q

Quais são as principais formas de transmissão da nasofaringite aguda?

A

Contato com mãos e objetos contaminados com secreções infectadas, além de transmissão respiratória por gotículas e aerossóis.

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27
Q

Qual é o período de transmissão da nasofaringite aguda em relação ao início dos sintomas?

A

A transmissão ocorre de 2 dias antes até 5 dias após o início dos sintomas, com pico entre o 2º e o 3º dia da doença.

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28
Q

Quais são os principais sintomas da nasofaringite aguda e como evoluem?

A

Obstrução nasal, coriza (inicialmente hialina, depois purulenta), espirros, tosse (seca no início, depois produtiva), febre, cefaleia, dor de garganta e mialgia. Os sintomas nasais e tosse podem durar até 15 dias; febre dura 24-48 horas.

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29
Q

Qual é o período de incubação e o pico de gravidade dos sintomas na nasofaringite aguda?

A

Período de incubação é de 2 a 5 dias. O pico de gravidade ocorre entre 3 a 6 dias após o início dos sintomas.

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30
Q

Por que a presença de secreção nasal amarelada não é específica de sinusite?

A

Porque é comum no resfriado comum a secreção nasal evoluir para amarelada durante o curso normal da infecção.

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31
Q

: Como é feito o diagnóstico do resfriado comum?

A

O diagnóstico é clínico, sem necessidade de exames complementares, diferenciando de outras IVAS e doenças alérgicas como a rinite alérgica.

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32
Q

: Quais são os diagnósticos diferenciais da nasofaringite aguda?

A

Faringite bacteriana, sinusite bacteriana e rinite alérgica.

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33
Q

Qual é o tratamento recomendado para a nasofaringite aguda?

A

Tratamento de suporte com antitérmicos para febre, inalação e lavagem nasal com soro fisiológico. Anti-histamínicos e descongestionantes não são recomendados para menores de 5 anos.

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34
Q

Quais são os riscos associados ao uso de descongestionantes nasais em crianças menores de 5 anos?

A

Risco de intoxicação por derivados imidazolínicos, como a nafazolina, que pode causar bradicardia, hipotermia e sonolência.

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35
Q

Qual é o manejo da intoxicação por nafazolina em crianças?

A

Tratamento de suporte até a melhora do paciente, que pode ocorrer entre 12 a 24 horas.

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36
Q

Qual é a prevalência da influenza no mundo, de acordo com a OMS?

A

Anualmente, 5 a 10% dos adultos e 20 a 30% das crianças são infectadas.

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37
Q

Quais grupos de risco são mais suscetíveis a casos graves, complicações e óbitos por influenza?

A

Idosos, crianças menores de 2 anos, gestantes, puérperas, portadores de doenças crônicas e imunossuprimidos.

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38
Q

Quais são os tipos de vírus influenza que infectam humanos e suas características principais?

A

Tipos A e B. O Influenza A pode infectar outras espécies e possui subtipos H1N1 e H3N2. O Influenza B é dividido em linhagens Victoria e Yamagata.

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39
Q

Como o vírus influenza A é classificado?

A

Com base em suas glicoproteínas de superfície: hemaglutinina (18 subtipos) e neuraminidase (11 subtipos). A hemaglutinina facilita a adesão e fusão celular, enquanto a neuraminidase permite a liberação do vírus da célula infectada.

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40
Q

Qual é o período de transmissão do vírus influenza e por que as crianças são mais transmissoras?

A

De 1 a 2 dias antes até 5 dias após o início dos sintomas. Crianças excretam o vírus mais precocemente, com maior carga viral e por períodos mais longos (7 a 10 dias).

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41
Q

Em quais condições climáticas o vírus influenza se dissemina com mais facilidade?

A

Em clima frio e seco, geralmente entre maio e setembro no hemisfério sul, que favorece a disseminação, sobrevivência do vírus e depressão do sistema imunológico do hospedeiro.

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42
Q

Qual é a função das glicoproteínas HA1 e HA2 da hemaglutinina no vírus influenza?

A

HA1 é responsável pela adesão viral aos receptores de ácido siálico nas células do trato respiratório; HA2 facilita a fusão entre o envelope viral e a membrana celular.

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43
Q

O que caracteriza a síndrome gripal de acordo com a definição atual do Ministério da Saúde?

A

Quadro respiratório agudo com pelo menos dois dos seguintes sintomas: febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, distúrbios olfativos ou gustativos.

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44
Q

Quais são os sintomas mais comuns da síndrome gripal em crianças?

A

Febre súbita e alta (até o 3º dia), coriza, tosse não produtiva, rouquidão e odinofagia. Sintomas gastrointestinais podem ocorrer em até 30% dos casos.

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45
Q

Como diferenciar a infecção por influenza de outras infecções virais respiratórias?

A

Influenza pode ser sugerida por mialgia e sintomas gastrointestinais (mais comuns na influenza B), tosse e expectoração (influenza A H1N1) e sintomas nasais proeminentes (influenza A H3N2).

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46
Q

Qual é o método de diagnóstico de certeza para a infecção por influenza e quando ele deve ser realizado?

A

Identificação do vírus influenza em amostra de secreção nasofaríngea colhida por swab nas primeiras 72 horas de sintomas. Métodos incluem imunofluorescência, teste rápido antigênico e PCR.

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47
Q

Quando suspeitar de complicação bacteriana secundária após uma infecção por influenza?

A

Na presença de piora dos sintomas após 5 dias do início ou persistência dos sintomas acima de 10 dias. Outros sinais incluem rinorreia unilateral, febre alta, dificuldade respiratória e toxemia.

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48
Q

Quais são as complicações bacterianas mais comuns em crianças após infecção por influenza?

A

Otite Média Aguda (OMA) em cerca de 20% dos casos e rinossinusite aguda em 3,5% dos casos.

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49
Q

Qual a duração típica da síndrome gripal e quais sintomas podem persistir por mais tempo?

A

Duração de 3 a 5 dias; tosse e mal-estar podem persistir por cerca de 2 semanas.

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50
Q

O que é Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e quais são seus fatores de risco?

A

É uma evolução grave da síndrome gripal, mais comum em menores de 2 anos ou pacientes com doenças de base.

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51
Q

Quais são os sinais de gravidade que definem a SRAG em pacientes com síndrome gripal?

A

Dispneia ou desconforto respiratório, pressão persistente no tórax, saturação de O2 < 95% em ar ambiente, coloração azulada nos lábios ou rosto.

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52
Q

Quais sinais adicionais indicam SRAG em crianças?

A

Batimentos de asa nasal, cianose, tiragem intercostal, desidratação e/ou inapetência.

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53
Q

Como deve ser manejada a SRAG e quais são suas possíveis complicações?

A

Deve ser manejada em ambiente hospitalar devido ao risco de insuficiência respiratória e necessidade de suporte ventilatório. Outras complicações incluem hemorragia pulmonar, encefalopatia e choque séptico.

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54
Q

: Quais características clínicas estão associadas a um pior prognóstico de SRAG em crianças?

A

Idade mais avançada (acima de 3 anos), saturação de O2 < 90% na admissão, necessidade de FiO2 > 60%, pneumorragia, encefalopatia, choque séptico, aumento de transaminases > 100 UI/L, e DHL > 500 UI/L.

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55
Q

Qual é a abordagem geral para o tratamento da síndrome gripal e SRAG?

A

Medidas de suporte, hidratação, repouso e uso de medicamentos sintomáticos como analgésicos e antitérmicos.

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56
Q

Quais precauções devem ser tomadas para pacientes internados com síndrome gripal?

A

Precauções de contato e gotículas; uso de máscara N95 durante procedimentos que gerem aerossóis, como aspiração e intubação.

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57
Q

Qual é a eficácia e a importância do uso de antivirais no tratamento da influenza?

A
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58
Q
A

Antivirais, como oseltamivir e zanamivir, reduzem sintomas, complicações, hospitalizações e mortalidade, sendo mais eficazes quando iniciados nas primeiras 48 horas de sintomas.

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59
Q

Em quais situações o Ministério da Saúde recomenda o uso de antivirais para influenza?

A

: Em indivíduos com síndrome gripal com fatores de risco para complicações (como crianças, gestantes, idosos, entre outros) e em casos de SRAG.

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60
Q

Quais são os antivirais indicados para o tratamento da influenza e como são administrados?

A

Oseltamivir (via oral, 12/12 horas por 5 dias) e zanamivir (via inalatória, 12/12 horas por 5 dias).

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61
Q

Quais são as contraindicações do uso de zanamivir no tratamento da influenza?

A

Contraindicado em menores de 5 anos, pacientes com doença respiratória crônica (risco de broncoespasmo grave), e em pacientes em ventilação mecânica (risco de obstrução dos circuitos do ventilador).

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62
Q

Por que a síndrome gripal e a SRAG são consideradas de notificação compulsória?

A

Devido à sua alta transmissibilidade e potencial de evolução para casos graves e complicações, especialmente em populações de risco.

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63
Q

Quais são as principais medidas de prevenção para reduzir a transmissão do vírus influenza?

A

Higienização frequente das mãos com álcool em gel (na ausência de sujidade visível), evitar contato próximo com infectados, e praticar a “etiqueta da tosse” (cobrir o rosto ao tossir e evitar usar as mãos para tossir ou limpar o nariz).

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64
Q

Como a vacinação ajuda na prevenção da influenza e como é determinada a composição da vacina?

A

A vacinação previne a influenza, mas sua eficácia depende da correspondência com as cepas circulantes. A OMS atualiza as vacinas anualmente com base na prevalência das cepas dos últimos 5 a 8 meses.

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65
Q
A
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66
Q

Quais são os tipos de vacinas contra a influenza disponíveis no Programa Nacional de Imunizações (PNI) e no setor privado?

A

O PNI utiliza a vacina trivalente (uma cepa de influenza A H1N1, uma de A H3N2 e uma de B - linhagem Victoria ou Yamagata). Vacinas tetravalentes, que contêm ambas as linhagens de influenza B (Victoria e Yamagata), estão disponíveis no setor privado.

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67
Q

Qual é a recomendação de primovacinação para crianças menores de 9 anos contra a influenza?

A

Realizar duas doses da vacina com intervalo de um mês entre elas.

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68
Q

Qual é a eficácia esperada das vacinas contra a influenza, mesmo quando as cepas são compatíveis?

A

A eficácia varia de 40 a 60%, o que significa que mesmo pessoas vacinadas podem desenvolver síndrome gripal ou SRAG.

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69
Q

O que é a quimioprofilaxia e para quem é indicada na prevenção da influenza?

A

É o uso de antivirais (oseltamivir ou zanamivir) uma vez ao dia por 10 dias para contatos de casos identificados de influenza. Indicada para indivíduos de alto risco para infecção ou complicações e deve ser iniciada em até 48 horas após o contato.

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70
Q

Para quais pessoas é indicada a quimioprofilaxia contra influenza se não foram vacinadas ou vacinadas há menos de 2 semanas?

A

Pessoas com risco elevado de complicações.

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71
Q

Quando a quimioprofilaxia é indicada para crianças menores de 9 anos com fatores de risco?

A

Se foram expostas a um caso suspeito no intervalo entre a 1ª e a 2ª dose da vacina ou com menos de 2 semanas após a 2ª dose.

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72
Q

Quem são os candidatos à quimioprofilaxia por apresentarem graves deficiências imunológicas?

A

Pessoas com graves deficiências imunológicas ou outros fatores que possam interferir na resposta à vacinação contra influenza.

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73
Q

: Em quais situações profissionais de laboratório são indicados para quimioprofilaxia?

A

Se não vacinados ou vacinados há menos de 15 dias e que manipularam amostras clínicas de origem respiratória contendo o vírus influenza sem uso adequado de EPIs.

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74
Q

Quais trabalhadores de saúde são indicados para quimioprofilaxia contra influenza?

A

Aqueles não vacinados ou vacinados há menos de 15 dias que estiveram envolvidos em procedimentos invasivos geradores de aerossóis ou na manipulação de secreções de casos confirmados, sem uso adequado de EPIs.

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75
Q

: Em que circunstâncias os residentes de alto risco em instituições fechadas devem receber quimioprofilaxia para influenza?

A

Durante surtos de influenza em instituições fechadas ou hospitais de longa permanência.

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76
Q

Qual é a relevância da COVID-19 na infância em termos de gravidade e mortalidade?

A

: Crianças e adolescentes geralmente apresentam formas leves ou assintomáticas. Em 2020, representaram menos de 2,5% das internações e apenas 0,62% das mortes por COVID-19 no Brasil.

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77
Q

Quais fatores podem explicar a menor gravidade da COVID-19 em crianças?

A

Menor expressão do receptor ACE2 nas células das vias aéreas, dificultando a entrada do vírus, e uma resposta imune inata menos propensa a tempestades de citocinas.

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78
Q

Quais são as condições que aumentam o risco de gravidade da COVID-19 em crianças?

A

Idade inferior a 1 ano, cardiopatias, pneumopatias, hemoglobinopatias, neuropatias, nefropatias, hepatopatias, doenças associadas à imunossupressão, diabetes mellitus, obesidade, gestação e puerpério.

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79
Q

Quais são os sintomas mais comuns da COVID-19 em pacientes pediátricos?

A

: Febre, tosse, coriza, obstrução nasal, dor de garganta, mialgia, dispneia, diarreia e vômitos. Sintomas gastrointestinais são mais comuns em menores de 3 anos, e sintomas álgicos e alterações de olfato e paladar são mais comuns em adolescentes.

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80
Q

Como a apresentação clínica da COVID-19 pediátrica pode ser diferenciada de outras infecções virais respiratórias?

A

Clinicamente, não é possível diferenciar a COVID-19 de outras infecções virais respiratórias apenas pelos sintomas, como febre e tosse, que são comuns a várias viroses.

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81
Q

Por que a febre como sintoma único não exclui o diagnóstico de COVID-19 em crianças?

A

A febre pode ser o único sintoma isolado de COVID-19 (quadro de febre sem sinais localizatórios) e a ausência de febre não é suficiente para descartar a infecção.

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82
Q

: Como é a taxa de transmissão do SARS-CoV-2 em crianças em comparação aos adultos?

A

A taxa de transmissão do SARS-CoV-2 em crianças não é maior do que a dos adultos infectados, sendo até menor em alguns casos.

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83
Q

O que é a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) e quando ocorre?

A

: A SIM-P é um quadro pós-infeccioso que ocorre em média 4 semanas após a infecção aguda pelo SARS-CoV-2 e faz parte das manifestações inflamatórias da COVID-19 na infância.

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84
Q

Quais são os critérios diagnósticos da SIM-P?

A

Febre persistente (> 38ºC) por ≥ 3 dias, elevação de marcadores inflamatórios (VHS, PCR, procalcitonina), evidência de COVID-19 (PCR, teste antigênico, sorológico positivo ou contato com caso confirmado), exclusão de diagnósticos diferenciais, e pelo menos dois achados clínicos específicos.

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85
Q

: Quais são os achados clínicos que podem ser observados na SIM-P?

A

: Conjuntivite não purulenta, lesão cutânea bilateral, inflamação mucocutânea, manifestações gastrointestinais (diarreia, vômito, dor abdominal), hipotensão ou choque, disfunção miocárdica, pericardite, valvulite, anormalidades coronarianas, e coagulopatia (TP, TTPa, D-dímero elevados).

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86
Q

: Quais doenças inflamatórias apresentam manifestações semelhantes à SIM-P?

A

Doença de Kawasaki, síndrome de ativação macrofágica e síndrome do choque tóxico.

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87
Q

Quais são as diferenças entre a SIM-P e a doença de Kawasaki?

A

SIM-P acomete crianças mais velhas, requer febre de menor duração (≥ 3 dias), tem mais manifestações gastrointestinais e maior frequência de disfunção miocárdica e choque.

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88
Q

Quais são os sinais de gravidade em crianças com COVID-19 que podem evoluir para uma condição grave?

A

Piora aguda do quadro respiratório (SRAG) ou recrudescência dos sintomas semanas após a infecção, caracterizando a SIM-P.

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89
Q

Qual é o método padrão-ouro para o diagnóstico de COVID-19 na fase aguda?

A

PCR em tempo real, que detecta o material genético (RNA) do vírus em amostras respiratórias.

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90
Q

Quais tipos de amostras respiratórias possuem maior sensibilidade para o PCR na detecção do SARS-CoV-2?

A

Maior sensibilidade no lavado broncoalveolar, seguido de escarro, swab nasofaríngeo e swab orofaríngeo.

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91
Q

Qual é o momento ideal para a coleta de amostras para o PCR de COVID-19?

A

Nos primeiros 7 dias de sintomas.

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92
Q

Para que é indicada a sorologia para SARS-CoV-2, e quando deve ser feita?

A

Indicada para avaliação de infecção prévia, como no diagnóstico de SIM-P. Deve ser coletada a partir de 7 dias de sintomas.

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93
Q

Quando está indicada a realização de tomografia de tórax em crianças com suspeita de COVID-19?

A

Apenas na presença de achados duvidosos na radiografia de tórax e na investigação de complicações, não sendo indicada para todos os casos com sintomas respiratórios.

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94
Q

Quais achados de imagem podem ser encontrados em tomografias de tórax de crianças com COVID-19?

A

Infiltrados subpleurais em vidro-fosco, condensações em halo uni ou bilaterais e espessamento brônquico, embora não sejam patognomônicos.

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95
Q

Quais exames são essenciais em pacientes pediátricos com suspeita de SIM-P?

A

Ecocardiograma para avaliação da função cardíaca, eletrocardiograma e, em casos de disfunção miocárdica grave, ressonância nuclear magnética cardíaca e angiotomografia computadorizada.

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96
Q

Qual é a recomendação para exames de imagem em pacientes pediátricos com COVID-19 que apresentam apenas síndrome gripal?

A

Não há necessidade de exames de imagem, pois eles não mudam a conduta nesses casos sem gravidade.

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97
Q

Qual é o manejo clínico geral da COVID-19 na infância?

A

Medidas de suporte, com atenção à possibilidade de piora clínica a partir da 2ª semana devido à “tempestade de citocinas”.

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98
Q

Quando o uso de antivirais e antibióticos é indicado no tratamento da COVID-19 em crianças?

A

Não há recomendação para o uso sistemático de antivirais; antibióticos devem ser reservados para casos de suspeita ou confirmação de complicação bacteriana.

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99
Q

: Qual é a recomendação sobre o uso de terapia antitrombótica na COVID-19 pediátrica?

A

Não é recomendada de rotina; deve ser considerada de forma individualizada com base nos fatores de risco e achados laboratoriais.

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100
Q

Quando o uso de corticoides, como a dexametasona, é recomendado em crianças com COVID-19?

A

: Não é recomendada de rotina, mas pode ser considerada na SRAG e como terapia adjunta na SIM-P.

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101
Q

: Como é o manejo da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P)?

A

Semelhante ao tratamento da doença de Kawasaki, com imunoglobulina humana intravenosa e ácido acetil salicílico (AAS) em doses altas na fase febril, seguidas de doses baixas de manutenção.

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102
Q

O que pode ser considerado nos casos de falha de resposta ao tratamento com imunoglobulina na SIM-P?

A

Uso de metilprednisolona em doses altas (pulsoterapia).

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103
Q

Por que gestantes são consideradas um grupo de risco para COVID-19?

A

Devido à sua maior morbimortalidade em comparação à população geral.

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104
Q

O que demonstraram os estudos sobre a presença do vírus SARS-CoV-2 em placenta, líquido amniótico, sangue de cordão umbilical e leite materno?

A

Não há presença do vírus nessas amostras, mas anticorpos contra o SARS-CoV-2 foram detectados, sugerindo proteção por imunização passiva.

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105
Q

: Como ocorre a transmissão da COVID-19 para o recém-nascido?

A

: A transmissão ocorre principalmente pela via respiratória (gotículas de cuidadores infectados) e pelo contato com secreções infectadas.

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106
Q

Quais medidas são necessárias para reduzir o risco de infecção por COVID-19 em recém-nascidos filhos de mães infectadas?

A

Medidas de prevenção incluem minimizar o contato com secreções infectadas e adotar precauções respiratórias, além de medidas para proteger os profissionais de saúde envolvidos no parto.

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107
Q

Qual é a importância da imunização passiva em recém-nascidos de mães com COVID-19 ou vacinadas contra a doença?

A

A imunização passiva, demonstrada pela presença de anticorpos contra o SARS-CoV-2, pode ajudar a proteger o recém-nascido contra a infecção.

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108
Q

Qual é a paramentação recomendada para a equipe de saúde na sala de parto de mãe com COVID-19?

A

A equipe deve usar avental, luvas, óculos ou protetor facial, gorro e máscara N95 ou PFF-2.

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109
Q

Quais são as recomendações sobre o clampeamento do cordão umbilical em recém-nascidos de mães com COVID-19?

A

O clampeamento tardio pode ser feito (1 a 3 minutos para RN > 34 semanas e 30 a 60 segundos para RN < 34 semanas), mas o RN não deve ser posicionado sobre o abdome ou tórax materno durante esse período.

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110
Q

O contato pele-a-pele imediato é recomendado para recém-nascidos de mães com COVID-19?

A

: Não, o recém-nascido deve ser encaminhado para cuidados de rotina sem contato pele-a-pele imediato, mesmo se estiver com boa vitalidade.

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111
Q

Quando a amamentação e o contato são liberados para recém-nascidos de mães com COVID-19?

A

: Apenas quando medidas de higiene e prevenção forem adotadas, como uso de máscara pela mãe e ausência de secreções infectantes.

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112
Q

Quais são as recomendações para manobras de reanimação neonatal em recém-nascidos de mães com COVID-19?

A

As manobras devem ser realizadas a uma distância mínima de 2 metros da mãe.

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113
Q

Em quais condições o recém-nascido pode ser encaminhado para alojamento conjunto com a mãe após o parto?

A

: Se o recém-nascido estiver em boas condições clínicas, ele pode ficar em alojamento conjunto em um quarto privativo, com aleitamento materno mantido seguindo medidas de precaução (lavagem das mãos e uso de máscara pela mãe).

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114
Q

O que pode ser feito caso a mãe não se sinta segura em amamentar o recém-nascido diretamente?

A

Pode ser feita a ordenha do leite materno e a oferta do leite por copo ou colher por um cuidador saudável, mas essa opção não é obrigatória e depende da escolha da mãe.

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115
Q

Quais são os seios paranasais e quais estão presentes ao nascimento?

A

Os seios paranasais são os seios maxilares, etmoidais, frontais e esfenoidais. Ao nascimento, apenas os seios maxilares e etmoidais estão formados.

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116
Q

Quando começam a se formar os seios esfenoidais e frontais?

A

Os seios esfenoidais começam a se formar entre 2 e 3 anos de idade, e os seios frontais entre 3 e 4 anos de idade.

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117
Q

: Quando ocorre a completa aeração dos seios maxilares, etmoidais e esfenoidais?

A

A completa aeração dos seios maxilares, etmoidais e esfenoidais ocorre até os 13 a 14 anos de idade.

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118
Q

Como é o desenvolvimento dos seios frontais ao longo da vida?

A

Os seios frontais continuam a crescer e aerar mesmo após os 18 anos de idade.

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119
Q

O que é sinusite e quando é chamada de rinossinusite?

A

Sinusite é o processo inflamatório da mucosa dos seios paranasais. É chamada de rinossinusite quando há acometimento associado da mucosa nasal.

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120
Q

Qual é a causa mais comum de rinossinusite infecciosa e como é seu curso clínico?

A

A rinossinusite viral é a mais comum, sendo um quadro autolimitado com curso clínico semelhante ao da nasofaringite aguda.

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121
Q

Qual porcentagem dos resfriados comuns evolui para rinossinusite bacteriana, e quais são os fatores de risco?

A

Apenas 5 a 10% dos resfriados comuns evoluem para rinossinusite bacteriana. Fatores de risco incluem crianças de 4 a 7 anos, sazonalidade de vírus respiratórios (outono e inverno), tabagismo passivo, rinite alérgica, hipertrofia de adenoide, desvio de septo e pólipo nasal.

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122
Q

Quais são os três fatores relacionados à patogênese viral que contribuem para a sinusite bacteriana?

A

Obstrução do óstio do seio paranasal, disfunção ciliar e espessamento do muco produzido nos seios da face.

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123
Q

Como a falha nos mecanismos de clareamento mucociliar contribui para a sinusite bacteriana?

A

A falha no clareamento mucociliar cria um ambiente propício para a proliferação bacteriana nos seios paranasais.

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124
Q

Quais são as principais bactérias envolvidas na sinusite bacteriana em crianças e suas respectivas frequências?

A

Streptococcus pneumoniae: 30%

Moraxella catarrhalis: 20%

Haemophilus influenzae não tipável: 20%.

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125
Q

Como a vacinação contra o pneumococo (pneumo10V) influenciou a etiologia da sinusite bacteriana?

A

A vacinação reduziu a importância relativa do Streptococcus pneumoniae e aumentou a frequência de Haemophilus influenzae não tipável.

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126
Q

Quais são os agentes etiológicos mais comuns em complicações de sinusite bacteriana?

A

Staphylococcus aureus e anaeróbios.

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127
Q

Quais tipos de infecções podem ocorrer em pacientes imunocomprometidos com sinusite?

A

: Infecções fúngicas, principalmente por Aspergillus.

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128
Q

Como o quadro clínico da sinusite bacteriana se diferencia da nasofaringite viral?

A

Pela persistência ou piora dos sintomas ao invés de melhora, como seria esperado na nasofaringite viral.

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129
Q

Quais são os três critérios clínicos para o diagnóstico de sinusite bacteriana?

A

Sintomas persistentes: Coriza nasal e/ou tosse diurna (pior à noite) por mais de 10 dias sem melhora.

Piora da evolução: Piora ou novo início de coriza nasal, tosse diurna ou febre após melhora inicial, geralmente no 6º ou 7º dia de doença.

Sintomas graves: Febre ≥ 39°C com coriza nasal purulenta por mais de 3 dias consecutivos.

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130
Q

O que é o “sinal da vela” e o que ele sugere?

A

O “sinal da vela” é o gotejamento de secreção amarelo-esverdeada da nasofaringe em direção à orofaringe à oroscopia, altamente sugestivo de sinusite bacteriana.

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131
Q

: Qual exame físico pode indicar sinusite bacteriana?

A

Palpação dolorosa ou desconfortável da região dos seios da face (maxilar e frontal).

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132
Q

Quais exames de imagem são indicados para sinusite bacteriana e em quais situações?

A

Exames de imagem como tomografia ou ressonância de seios da face são indicados apenas em casos de suspeita de complicação orbitária ou do sistema nervoso central, ou em infecções persistentes ou recorrentes não responsivas a antibióticos.

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133
Q

Por que exames de imagem de rotina, como raio-X ou tomografia, não são indicados para o diagnóstico de sinusite bacteriana?

A

Porque alterações nos seios paranasais podem ocorrer mesmo na rinossinusite viral, sem significar infecção bacteriana associada.

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134
Q

Qual é o ponto importante a lembrar sobre o diagnóstico de sinusite bacteriana em provas?

A

: O diagnóstico de sinusite bacteriana é clínico, e exames complementares não são necessários uma vez que os critérios clínicos estejam presentes.

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135
Q

: Quais são os mecanismos de resistência aos betalactâmicos das bactérias comuns na sinusite bacteriana e suas incidências no Brasil?

A

Streptococcus pneumoniae: Alteração nas proteínas ligadoras de penicilina (PBPs) - 10-15% (50% com resistência intermediária).
Haemophilus influenzae: Produção de betalactamase - 10-42%.
Moraxella catarrhalis: Produção de betalactamase - 100%.

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136
Q
A

Streptococcus pneumoniae: Alteração nas proteínas ligadoras de penicilina (PBPs) - 10-15% (50% com resistência intermediária).

Haemophilus influenzae: Produção de betalactamase - 10-42%.

Moraxella catarrhalis: Produção de betalactamase - 100%.

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137
Q

Quando o tratamento antibiótico para sinusite bacteriana deve ser iniciado imediatamente?

A

Quando o diagnóstico é feito pela piora da evolução do quadro ou na presença de sintomas graves, devido ao risco elevado de complicações e falta de melhora com conduta expectante.

138
Q

Quando é possível optar por uma conduta expectante no tratamento da sinusite bacteriana?

A

Em casos de diagnóstico por persistência dos sintomas sem sintomas graves ou piora, exceto se a criança usou antibiótico nas últimas 4 semanas, tem outra infecção bacteriana, suspeita de complicações supurativas ou doenças crônicas.

139
Q

Quais são as opções de antibióticos para o tratamento da sinusite bacteriana e sua duração?

A

A duração do tratamento é de 10 dias ou até 7 dias após melhora dos sintomas. As opções de antibióticos incluem amoxicilina, amoxicilina-clavulanato, e outras conforme o quadro clínico.

140
Q

O que deve ser considerado em casos de falha de melhora após 72 horas de antibioticoterapia?

A

Possibilidade de resistência bacteriana, especialmente na presença de fatores de risco para resistência aos betalactâmicos. Considerar cobertura para Staphylococcus aureus com oxacilina ou vancomicina em casos graves.

141
Q

: Quais tratamentos adjuvantes podem ser usados na sinusite bacteriana?

A

Corticoide nasal (reduz inflamação e facilita drenagem) e lavagem nasal com soro fisiológico (remove debris celulares e facilita drenagem).

142
Q

Quais medicamentos são desencorajados no tratamento da sinusite bacteriana e por quê?

A

Descongestionantes nasais, mucolíticos e anti-histamínicos, devido à falta de evidências de eficácia. Descongestionantes nasais são proscritos para menores de 5 anos.

143
Q

: Qual é a posologia da amoxicilina para crianças ≥ 2 anos com sinusite bacteriana leve a moderada?

A

50 mg/kg/dia a cada 12 horas.

144
Q

Quando é indicada a amoxicilina em dose de 90 mg/kg/dia no tratamento da sinusite bacteriana?

A

: Em regiões onde a resistência do pneumococo seja superior a 10%.

145
Q

Em que situações é indicado o uso de amoxicilina-clavulanato 50 mg/kg/dia?

A

Em áreas e situações de risco de infecções por Haemophilus influenzae não tipável ou Moraxella catarrhalis.

146
Q

Qual é a indicação para o uso de amoxicilina-clavulanato 90 mg/kg/dia no tratamento da sinusite bacteriana?

A

Para crianças menores de 2 anos com doença moderada a grave, que frequentam creche ou foram tratadas recentemente com antibiótico.

147
Q

Quando se deve usar cefuroxima no tratamento de sinusite bacteriana e qual é a posologia?

A

Em crianças com alergia à amoxicilina, mas sem anafilaxia ou alergia a cefalosporinas, na dose de 30 mg/kg/dia a cada 12 horas.

148
Q

Qual antibiótico é indicado para crianças com anafilaxia à amoxicilina?

A

Claritromicina, na dose de 15 mg/kg/dia a cada 12 horas.

149
Q

: Quando a ceftriaxona é indicada no tratamento da sinusite bacteriana e qual a sua posologia?

A

Em crianças com vômitos ou má aceitação oral; dose única de 50 mg/kg intramuscular, com reavaliação em 24 horas para transição para via oral e reavaliação da necessidade de outras doses.

150
Q

Quais são os fatores de risco associados à maior resistência antimicrobiana aos betalactâmicos?

A

Idade < 2 anos

Frequentar creche

Uso de antibióticos nos últimos 30 dias

Vacinação antipneumocócica ou anti-hemófilos incompleta

Hospitalização recente

151
Q

Quando se deve considerar a cobertura para Staphylococcus aureus no tratamento da sinusite bacteriana?

A

Em pacientes com doença grave, extensão orbital ou intracraniana da infecção, e em pacientes hospitalizados com sinusite nosocomial associada à intubação prolongada.

152
Q

Quais são os tratamentos adjuvantes recomendados para sinusite bacteriana?

A

Corticoide nasal: Reduz a inflamação ao redor do óstio sinusal, facilitando a drenagem.

Lavagem nasal com soro fisiológico: Remove debris celulares e facilita a drenagem de secreção.

153
Q

Por que descongestionantes nasais, mucolíticos e anti-histamínicos não são recomendados no tratamento da sinusite bacteriana?

A

Não existem dados suficientes que sustentem o uso desses medicamentos no tratamento da sinusite bacteriana.

154
Q

Qual é a contraindicação específica para o uso de descongestionantes nasais em crianças?

A

: Descongestionantes nasais são proscritos para menores de 5 anos.

155
Q

Quais são as duas categorias de complicações da sinusite bacteriana?

A

Complicações orbitárias (extracranianas) e intracranianas.

156
Q

Quais são as principais complicações orbitárias da sinusite bacteriana?

A

: Celulite periorbitária, celulite intraorbitária, abscesso orbitário, abscesso subperiosteal, e trombose de seio cavernoso.

157
Q

Quais são as principais complicações intracranianas da sinusite bacteriana?

A

Empiema subdural, empiema epidural, abscesso cerebral, trombose venosa e meningite.

158
Q

Qual é a complicação orbitária mais comum da sinusite bacteriana e suas características?

A

Celulite periorbitária (ou pré-septal), mais comum em crianças menores de 5 anos com sinusite etmoidal, caracterizada por edema e eritema periorbitário súbito devido ao comprometimento da drenagem venosa.

159
Q

Como tratar casos leves de celulite periorbitária associada à sinusite bacteriana?

A

Com amoxicilina-clavulanato 80-90 mg/kg/dia, com internação recomendada se não houver melhora em 24 a 48 horas.

160
Q

Quais são as outras causas de celulite periorbitária além da infecção por contiguidade da sinusite?

A

Pode ser causada por disseminação hematogênica ou secundária a infecções de pele, como picadas de mosquito na região frontal.

161
Q

Qual agente deve ser considerado na cobertura antibiótica em casos de celulite periorbitária secundária a infecções de pele?

A

: Staphylococcus aureus, sendo recomendada a cobertura com cefalexina, por exemplo.

162
Q

Qual é a principal diferença entre celulite periorbitária e celulite intraorbitária (pós-septal)?

A

A celulite periorbitária é uma infecção dos tecidos ao redor da órbita sem alteração da semiologia ocular. Já a celulite intraorbitária é uma infecção mais grave que acomete a órbita e afeta a visão e o movimento ocular.

163
Q

Quais são os sinais sugestivos de celulite intraorbitária (pós-septal)?

A

Borramento da visão, redução da acuidade visual, diplopia, oftalmoplegia, alteração dos reflexos pupilares, proptose, e edema conjuntival (quemose).

164
Q

: Qual é a conduta recomendada na suspeita de celulite intraorbitária?

A

: Avaliação do oftalmologista e otorrinolaringologista, tomografia de crânio com contraste, e internação para antibioticoterapia endovenosa.

165
Q

Quais são os antibióticos recomendados para celulite intraorbitária pós-sinusite?

A

: Ceftriaxona, cefuroxima ou amoxicilina-clavulanato.

166
Q

Em quais pacientes as complicações intracranianas da sinusite bacteriana são mais comuns, e quais sintomas indicam suspeita?

A

Mais comuns em adolescentes do sexo masculino previamente hígidos com sinusite de seio frontal. Suspeita-se na presença de cefaleia grave, fotofobia, convulsões ou outros achados neurológicos.

167
Q

: Qual exame deve ser solicitado na suspeita de complicações intracranianas da sinusite bacteriana?

A

Tomografia de crânio com contraste ou ressonância nuclear magnética.

168
Q

: Quais antibióticos são indicados para tratar complicações intracranianas associadas à sinusite bacteriana, e por quê?

A

Vancomicina em associação com ceftriaxona, devido à alta frequência de Staphylococcus aureus nesses casos.

169
Q

Quais são as três partes que compõem a orelha e qual a função da orelha média?

A

: A orelha é composta por parte externa, média e interna. A orelha média transforma ondas sonoras recebidas pela orelha externa em energia mecânica para ser transmitida à orelha interna.

170
Q

Quais são as três funções principais da tuba auditiva?

A

Proteção contra secreção e gradiente de pressão da nasofaringe, drenagem da secreção da orelha média para a nasofaringe, e ventilação da orelha média para equalizar sua pressão com a pressão atmosférica.

171
Q

: O que é Otite Média Aguda (OMA) e quais são seus principais sinais e sintomas?

A

OMA é a inflamação da orelha média com início rápido de sintomas como otalgia, irritabilidade, insônia, anorexia, febre, e otorreia.

172
Q

Qual é a epidemiologia da OMA na infância?

A

Acomete principalmente pré-escolares, com 90% tendo pelo menos um episódio até os 5 anos. O pico de incidência ocorre entre 6 e 12 meses de idade, durante os meses de outono e inverno.

173
Q

Por que as crianças têm maior risco de desenvolver OMA?

A

Devido à maior exposição viral, à imaturidade imunológica, e ao comprometimento da função da tuba auditiva (mais curta e horizontalizada, dificultando mecanismos antirrefluxo e drenagem de secreções).

174
Q

Como é definida a otite média aguda recorrente?

A

Presença de mais de três episódios de OMA bem documentados e separados nos últimos 6 meses ou mais de quatro episódios no último ano, sendo pelo menos um nos últimos 6 meses.

175
Q

Quais são os fatores de risco associados à OMA recorrente?

A

Sexo masculino, frequentar creche, ter irmãos, tabagismo passivo, sintomas por mais de 10 dias ao chegar ao PS, aleitamento materno por menos de 3 meses, uso de chupeta, e tomar mamadeira deitado.

176
Q

Por que tomar mamadeira deitado é um fator de risco para OMA recorrente?

A

A posição horizontalizada da tuba auditiva em crianças permite a passagem de leite da rinofaringe para a orelha média, favorecendo a incoordenação da deglutição e a aspiração do leite.

177
Q

Qual é o evento geralmente precursor da Otite Média Aguda (OMA)?

A

: A OMA é quase sempre precedida por um resfriado comum.

178
Q

Como a inflamação viral contribui para o desenvolvimento da OMA?

A

A inflamação viral causa edema das cavidades nasais e da nasofaringe, resultando em obstrução funcional da tuba auditiva, desenvolvimento de pressão negativa na orelha média, acúmulo de secreções e favorecimento da replicação bacteriana.

179
Q

Quais são os principais agentes etiológicos bacterianos da OMA?

A

Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae não tipável e Moraxella catarrhalis.

180
Q

Qual é a taxa de detecção de vírus em casos de OMA e por que é difícil determinar a proporção de otites virais?

A

Vírus são detectados em até 70% dos casos de OMA, mas a real proporção de otites virais é difícil de determinar devido à elevada taxa de coinfecção bacteriana.

181
Q

Em que período a OMA geralmente se desenvolve após o início de um resfriado comum?

A

Geralmente nas primeiras 48 horas de evolução do resfriado comum.

182
Q

Qual é o melhor preditor isolado de Otite Média Aguda (OMA) em crianças?

A

Otalgia (dor de ouvido), especialmente em crianças com resfriado comum.

183
Q

Quais outros sintomas podem estar presentes em crianças com OMA além da otalgia?

A

: Irritabilidade, manipulação excessiva da orelha, redução do apetite, vômitos, diarreia e febre (em cerca de 25% dos casos).

184
Q

Quais achados otoscópicos são necessários para o diagnóstico de OMA?

A

Efusão em orelha média (opacificação da membrana timpânica, mobilidade reduzida, nível hidroaéreo) e sinais flogísticos (abaulamento e hiperemia da membrana timpânica).

185
Q

Quais são as três fases clínicas da evolução da Otite Média Aguda?

A

Fase congestiva: Plenitude aural, discreta otalgia, hiperemia da membrana timpânica.

Fase exsudativa: Otalgia e febre intensas, hipoacusia, hiperemia com exsudação e opacificação da membrana timpânica.

Fase supurativa: Perfuração timpânica com otorreia, alívio da otalgia e febre, recuperação espontânea do tímpano.

186
Q

O que indica a presença de hiperemia isolada do conduto auditivo na otoscopia?

A

Não é um sinal de OMA, pois pode ocorrer em outras situações, como choro e febre em lactentes

187
Q

: Qual é a evolução esperada da audição após a fase supurativa da OMA?

A

A audição geralmente se recupera em cerca de 1 mês após a resolução espontânea da perfuração timpânica.

188
Q

: Quais são os critérios da Academia Americana de Pediatria (AAP) para o diagnóstico clínico de Otite Média Aguda (OMA)?

A

Abaulamento moderado ou grave da membrana timpânica.

Início recente de otorreia não atribuível à otite externa.

Abaulamento leve de membrana timpânica com início súbito (< 48 horas) de otalgia ou hiperemia de membrana timpânica

189
Q

O que indica o encontro isolado de efusão na orelha média (membrana timpânica opacificada e com perda de mobilidade)?

A

Sugere o diagnóstico de otite média serosa (ou otite média com efusão), que pode ser assintomática ou causar perda auditiva, atraso de fala e baixo rendimento escolar.

190
Q

Quais são as possíveis causas de otite média serosa?

A

: Pode ocorrer após um episódio de OMA (45% após 1 mês de tratamento, 10% após 3 meses), ser secundária a síndromes genéticas (síndrome de Down, fenda palatina) ou resultar de disfunção da tuba auditiva (como obstrução por hipertrofia de adenoide).

191
Q

Como a presença de efusão na orelha média pode impactar a saúde auditiva e predispor a infecções?

A

A presença de secreção pode favorecer a colonização bacteriana e está associada à OMA recorrente.

192
Q

: Qual é a abordagem terapêutica recomendada para a maioria dos casos de otite média serosa?

A

A maioria dos casos resolve-se espontaneamente sem necessidade de tratamento, a menos que haja perda auditiva ou episódios recorrentes de OMA.

193
Q

Por que o diagnóstico da OMA é considerado clínico, sem necessidade de exames complementares?

A

Porque o diagnóstico é baseado em critérios claros e específicos observados na otoscopia, como o abaulamento da membrana timpânica, otorreia recente, e sinais de inflamação.

194
Q

Quais são os critérios para decidir entre tratamento imediato com antibiótico ou conduta expectante em casos de OMA?

A

Consideram-se a idade do paciente, a gravidade dos sintomas (otalgia moderada/grave, otalgia > 48 horas, febre ≥ 39°C), e a lateralidade (unilateral ou bilateral).

195
Q

: Quais são as recomendações de tratamento para OMA em crianças menores de 6 meses?

A

Sempre usar antibiótico, independentemente da gravidade dos sintomas ou da lateralidade.

196
Q

Quando se pode optar por observação em vez de antibioticoterapia imediata para OMA em crianças de 6 meses a 2 anos?

A

: Em casos de OMA sem gravidade unilateral ou bilateral, pode-se optar pela observação ou antibiótico.

197
Q

Qual é o antibiótico de escolha para o tratamento de OMA e em que dose é administrado?

A

Amoxicilina na dose de 50 mg/kg/dia.

198
Q

: Quando se deve considerar o uso de amoxicilina-clavulanato ou cefuroxima no tratamento de OMA?

A

Em caso de falha terapêutica com amoxicilina ou na presença de fatores de risco de maior resistência aos betalactâmicos (como uso recente de amoxicilina).

199
Q

Qual é a duração recomendada da antibioticoterapia para OMA em diferentes grupos etários?

A

10 dias para pacientes menores de 2 anos ou com sintomas graves; 5 a 7 dias para pacientes maiores de 2 anos com sintomas leves a moderados.

200
Q

: Quais são as medidas preventivas recomendadas para evitar OMA, especialmente em casos recorrentes?

A

Aleitamento materno exclusivo por 4 a 6 meses

Vacinação antipneumocócica e influenza

Cessação do tabagismo passivo

Retirada da creche

Retirada da chupeta e interrupção do uso de mamadeira deitado

201
Q

: Qual é a importância da analgesia no tratamento da OMA, mesmo quando é indicado o uso de antibióticos?

A

A dor pode persistir nas primeiras 48 horas do início do antibiótico, então é recomendada a prescrição de analgésicos como ibuprofeno ou acetaminofeno.

202
Q

: Quais são as recomendações para o tratamento de OMA com sintomas graves em crianças de todas as idades?

A

Em casos de OMA com sintomas graves (otalgia moderada/grave ou otalgia > 48 horas ou febre ≥ 39°C), o tratamento com antibiótico é indicado para crianças de todas as idades.

203
Q

Qual é a abordagem para OMA sem gravidade bilateral em crianças de 6 meses a 2 anos?

A

Pode-se optar por antibiótico ou observação.

204
Q

Como deve ser tratada a OMA sem gravidade unilateral em crianças de 6 meses a 2 anos?

A

Pode-se optar por antibiótico ou observação.

205
Q

Quais são as recomendações de tratamento para OMA sem gravidade unilateral ou bilateral em crianças ≥ 2 anos?

A

Antibiótico ou observação.

206
Q

Por que o aleitamento materno exclusivo é recomendado como uma medida preventiva para OMA?

A

: O aleitamento materno fornece anticorpos que ajudam a proteger contra infecções do trato respiratório, reduzindo o risco de OMA.

207
Q

Qual é o impacto do tabagismo passivo no risco de OMA em crianças?

A

: O tabagismo passivo aumenta o risco de infecções respiratórias e de OMA em crianças, por isso a cessação é uma medida preventiva importante.

208
Q

Qual é a duração do tratamento antibiótico para OMA em pacientes menores de 2 anos ou com sintomas graves?

A

10 dias.

209
Q

Qual é a duração do tratamento antibiótico para OMA em pacientes maiores de 2 anos com sintomas leves a moderados?

A

5 a 7 dias

210
Q

Qual é a alternativa de antibiótico para pacientes com má aceitação oral e como é administrada?

A

Ceftriaxona intramuscular, administrada por 3 dias.

211
Q

Por que é importante prescrever analgesia com ibuprofeno ou acetaminofeno em pacientes com OMA, mesmo com antibioticoterapia?

A

Porque a dor pode persistir nas primeiras 48 horas do início do antibiótico.

212
Q

Quais são as complicações extracranianas da OMA?

A

Mastoidite aguda, paralisia de nervo facial, perfuração de membrana timpânica, abscesso subperiosteal, petrosite, e sepse.

213
Q

: Quais são as complicações intracranianas da OMA?

A

Trombose de seio venoso dural, hidrocefalia otítica, abscesso intracraniano, trombose venosa e meningite.

214
Q

: O que é mastoidite aguda e como se manifesta clinicamente?

A

A mastoidite aguda é uma infecção da mastoide, que causa dor, edema retroauricular e protrusão do pavilhão auricular.

215
Q

Qual exame de imagem é utilizado para diagnosticar mastoidite aguda e o que ele revela?

A

Tomografia de crânio, que evidencia erosão óssea e destruição das células mastoideas.

216
Q

Qual é o tratamento para mastoidite aguda?

A

Antibioticoterapia endovenosa e, se necessário, procedimentos cirúrgicos como timpanostomia, mastoidectomia ou aspiração do abscesso subperiosteal.

217
Q

O que é o anel linfático de Waldeyer e quais estruturas o compõem?

A

: É uma estrutura na cavidade oral composta pelas tonsilas faríngea (adenoide), palatinas (amígdalas) e linguais, responsáveis pela defesa de primeira linha contra agentes externos.

218
Q

Qual é a principal função das tonsilas no anel linfático de Waldeyer?

A

Atuar como defesa de primeira linha, apresentando antígenos às células imunológicas e estimulando a produção de imunoglobulinas, principalmente IgA, pelos linfócitos B para impedir a proliferação bacteriana.

219
Q

Por que a atividade linfática do anel de Waldeyer diminui após a puberdade?

A

Porque a imunidade específica já está mais organizada, o que reduz a necessidade de uma resposta imunológica intensa nas tonsilas.

220
Q

Qual é a faixa etária mais comumente afetada por faringotonsilites agudas?

A

Escolares e adolescentes, entre 5 e 11 anos, com 3 a 5 episódios por ano. É incomum em crianças menores de 3 anos.

221
Q

Qual é a etiologia mais comum das faringites agudas e em que épocas do ano elas ocorrem com maior frequência?

A

A maioria das faringites agudas são virais e autolimitadas, ocorrendo mais frequentemente durante o inverno e início da primavera.

222
Q

Quais são os vírus mais comuns associados às faringites em diferentes estações do ano?

A

No inverno, rinovírus, coronavírus, VSR, e parainfluenza; nos meses mais quentes, enterovírus como o coxsackievirus. A mononucleose causada pelo Epstein-Barr vírus também é comum em adolescentes.

223
Q

Qual bactéria é responsável por 20 a 30% das faringites na pediatria e quais complicações pode causar?

A

Streptococcus pyogenes (estreptococo beta-hemolítico do grupo A), que pode causar tonsilite aguda, escarlatina, febre reumática, e glomerulonefrite aguda pós-estreptocócica.

224
Q

Quais outros agentes bacterianos podem causar faringite aguda?

A

Mycoplasma pneumoniae, Neisseria gonorrhea (em adolescentes sexualmente ativos), Corynebacterium diphtheriae, e Haemophilus influenzae tipo b.

225
Q

Como os sinais e sintomas da faringite aguda podem ser divididos?

A

Em três grupos: inespecíficos, sugestivos de vírus, e sugestivos de bactérias.

226
Q

Por que os exsudatos faríngeos são considerados achados inespecíficos na faringite aguda?

A

: Porque podem ser encontrados em faringites virais, como na mononucleose e na febre faringoconjuntival por adenovírus, e não confirmam o diagnóstico de faringite estreptocócica isoladamente.

227
Q

Por que o diagnóstico clínico de faringite estreptocócica é considerado insuficiente?

A

: Devido à superposição de sintomas sugestivos de vírus e bactérias, é necessário confirmar a infecção por Streptococcus pyogenes com testes laboratoriais.

228
Q

Quais são os métodos diagnósticos recomendados para confirmar a faringite estreptocócica?
A:

A

Teste rápido (Strep test): Especificidade de 95%, sensibilidade de 80 a 90%. Indicado em casos sem suspeita de infecção viral.

Cultura de orofaringe (padrão-ouro): Sensibilidade de 90 a 95%, mas demora até três dias para resultado.

229
Q

Quando deve ser realizada uma cultura de orofaringe após um teste rápido negativo?

A

Quando há suspeita clínica persistente de faringite estreptocócica, mesmo após um teste rápido negativo.

230
Q

Quais sintomas podem sugerir quadros graves como epiglotite ou abscesso retrofaríngeo em um paciente com faringite?

A

Estridor, rigidez de nuca, limitação da movimentação do pescoço, salivação, desconforto respiratório e aspecto geral séptico.

231
Q

Quais são os sintomas inespecíficos comuns em faringites e tonsilites agudas?

A

Febre, dor de garganta, e exsudato faríngeo.

232
Q

Quais sintomas sugerem etiologia viral em casos de faringite aguda?

A

Tosse, rinorreia e/ou conjuntivite, rouquidão, diarreia, e vesículas em orofaringe.

233
Q

Quais sintomas sugerem etiologia bacteriana em casos de faringite aguda?

A

Vômitos, petéquias em palato, exsudato faríngeo e tonsilar, exantema escarlatiniforme, e linfonodos cervicais dolorosos.

234
Q

Quais são os sinais clínicos específicos de faringite aguda causada pelo Coxsackievirus A?

A

Herpangina: Vesículas de 1 a 2 mm em palato mole, úvula e pilares amigdalinos, que rompem gerando úlceras rasas, cursando com febre, dor de garganta e dor abdominal.

Síndrome mão-pé-boca: Lesões papulovesiculares em mãos e pés com estomatite (vesículas e úlceras em toda orofaringe).

235
Q

Quais são os sinais clínicos específicos de faringite aguda causada pelo Adenovírus?

A

Febre faringoconjuntival: febre, mialgia, cefaleia, dor de garganta com exsudato em amígdalas e conjuntivite folicular.

236
Q

Quais são os sinais clínicos específicos de faringite aguda causada pelo Epstein-Barr vírus?

A

Mononucleose: amigdalite exsudativa com febre persistente, linfadenopatia cervical e generalizada, e esplenomegalia. Pode cursar com exantema após uso de amoxicilina.

237
Q

Quais são os benefícios do tratamento precoce da faringite estreptocócica?

A

Previne a febre reumática, reduz a duração e gravidade dos sintomas, e diminui o risco de complicações supurativas.

238
Q

O tratamento antibiótico da faringite estreptocócica previne o surgimento de glomerulonefrite pós-estreptocócica?

A

: Não, o tratamento antibiótico não previne o surgimento de glomerulonefrite pós-estreptocócica.

239
Q

Qual é o antibiótico de escolha para o tratamento da faringite estreptocócica?

A

Amoxicilina via oral por 10 dias ou penicilina benzatina intramuscular em dose única

240
Q

Quais são as alternativas de tratamento para pacientes com alergia à penicilina?

A

Macrolídeos (como azitromicina) ou clindamicina.

241
Q

Quanto tempo após o início da antibioticoterapia as crianças deixam de ser contagiantes?

A

24 horas após o início do antibiótico.

242
Q

Qual é o tratamento sintomático recomendado tanto para faringites virais quanto bacterianas?

A

Anti-inflamatórios não esteroidais (como ibuprofeno) ou anestésicos tópicos (como hexomedine spray).

243
Q

: O que indica uma cultura positiva após tratamento completo em pacientes assintomáticos?

A

Provavelmente são portadores assintomáticos, com baixa taxa de transmissão e sem risco de febre reumática ou complicações supurativas.

244
Q

Por que os macrolídeos são considerados uma terapia de 2ª linha para o tratamento da faringite estreptocócica?

A

Porque existem relatos de resistência do Streptococcus pyogenes aos macrolídeos, sendo recomendados apenas para pacientes com alergia à penicilin

245
Q

O que é um abscesso peritonsilar e qual é sua etiologia mais comum?

A

É uma infecção supurativa do tecido entre a cápsula da tonsila palatina e os músculos faríngeos, geralmente de etiologia polimicrobiana, envolvendo Streptococcus e Fusobacterium.

246
Q

: Qual é a faixa etária mais comumente afetada pelo abscesso peritonsilar?

A

Adolescentes, por volta de 13 anos.

247
Q

Quais são os sintomas típicos de um abscesso peritonsilar?

A

Dor de garganta, febre, disfagia, odinofagia, alteração da voz, sialorreia, trismo, desvio contralateral da úvula, abaulamento tonsilar ipsilateral, massa dolorosa palpável no pescoço, e linfadenopatia cervical/submandibular.

248
Q

: Como o abscesso peritonsilar é identificado ao exame físico?

A

Por desvio da úvula contralateral e abaulamento tonsilar ipsilateral.

249
Q

Quando deve-se suspeitar de um abscesso peritonsilar em um paciente com faringite?

A

Em pacientes com sintomas prolongados e progressivos de faringite.

250
Q

Qual é o risco de não tratar um abscesso peritonsilar?

A

Pode evoluir para obstrução de via aérea e complicações como tromboflebite da veia jugular interna (síndrome de Lemierre).

251
Q

Como é feito o diagnóstico de abscesso peritonsilar e quando é indicada a tomografia com contraste cervical?

A

O diagnóstico é clínico; a tomografia com contraste é indicada apenas na suspeita de malignidade ou abscesso cervical profundo com necessidade de drenagem.

252
Q

Qual é o tratamento recomendado para abscesso peritonsilar?

A

Internação, antibioticoterapia parenteral com ceftriaxone e clindamicina, e drenagem. Na alta, o paciente pode completar 14 dias de antibiótico com amoxicilina-clavulanato ou clindamicina via oral.

253
Q

: Por que a tonsilectomia não é mais recomendada para abscesso peritonsilar?

A

Devido à inflamação e infecção locais que dificultam a realização da tonsilectomia.

254
Q

O que é um abscesso retrofaríngeo e onde ele ocorre?

A

É uma infecção supurativa profunda do pescoço que ocorre no espaço retrofaríngeo, localizado entre a base do crânio e o mediastino posterior.

255
Q

Qual é a faixa etária e o gênero mais comumente afetados pelo abscesso retrofaríngeo?

A

Meninos menores de 5 anos.

256
Q

Quais são os principais sintomas de um abscesso retrofaríngeo?

A

A: Febre, dor no pescoço, odinofagia, disfagia, meningismo, massa cervical, disfonia, trismo, estridor, e mau estado geral.

257
Q

: Qual é o tratamento recomendado para o abscesso retrofaríngeo?

A

Antibioticoterapia endovenosa e drenagem, com cuidado especial para manter a permeabilidade da via aérea. Tomografia cervical com contraste pode ser necessária para identificação do abscesso.

258
Q

Quais são as duas principais indicações para amigdalectomia?

A

Infecções graves e recorrentes de garganta: definidos por certos critérios de gravidade e frequência.

Desordem respiratória do sono: como a síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) com comorbidades.

259
Q

Quais são os critérios para considerar infecções graves e recorrentes de garganta para amigdalectomia?

A

7 episódios graves em 1 ano.

5 episódios graves por ano por 2 anos consecutivos.

3 episódios graves por 3 anos consecutivos.

260
Q

: Qual é a única indicação absoluta de adenoidectomia isolada?

A

Obstrução nasal grave com respiração nasal, voz anasalada e hiposmia.

261
Q

Quais são as indicações relativas para adenoidectomia?

A

OMA recorrente.

Otite média crônica com efusão que falhou no tratamento apenas com timpanostomia.

Sinusite crônica refratária.

262
Q

Qual é a principal complicação no pós-operatório de amigdalectomia ou adenoidectomia?

A

: Sangramento, que pode ocorrer até 2 a 3 semanas após a cirurgia e geralmente se resolve espontaneamente.

263
Q

O que significa a sigla PFAPA na síndrome PFAPA?

A

PFAPA significa Periodic Fever, Aphtous Stomatitis, Pharyngitis, Cervical Adenitis (febre periódica, estomatite aftosa, faringite e adenite cervical).

264
Q

Qual é a faixa etária mais comumente afetada pela síndrome PFAPA?

A

Crianças menores de 5 anos, com resolução espontânea geralmente até os 10 a 12 anos.

265
Q

Como é caracterizada a síndrome PFAPA em termos de etiologia?

A

É uma síndrome autoinflamatória de etiologia desconhecida, possivelmente relacionada à maior expressão de genes relacionados com interleucina-1B, interferon e quimiocinas.

266
Q

Quais são os principais sintomas da síndrome PFAPA durante os episódios?

A

Episódios recorrentes de febre elevada (3 a 7 dias), úlceras aftosas, faringite (às vezes com exsudato) e/ou linfadenopatia cervical, na ausência de infecção de via aérea superior.

267
Q

Qual é a frequência dos episódios na síndrome PFAPA e como eles respondem ao tratamento?

A

Os episódios ocorrem a cada 2 a 12 semanas e melhoram em 3 a 5 dias, independentemente do tratamento com anti-inflamatórios, antibióticos ou corticoides.

268
Q

Que sinais devem levantar a suspeita de outro diagnóstico, em vez de síndrome PFAPA?

A

Presença de linfadenopatia generalizada e hepatomegalia.

269
Q

Qual dica é útil para identificar a síndrome PFAPA em provas?

A

Suspeitar de síndrome PFAPA em pré-escolares com episódios recorrentes de febre, dor de garganta e úlceras orais.

270
Q

: Qual é a característica diagnóstica essencial da síndrome PFAPA?

A

É um diagnóstico de exclusão; é necessário afastar a hipótese de infecção de vias aéreas superiores e garantir que o paciente apresente crescimento e desenvolvimento normais com períodos assintomáticos entre os episódios de febre.

271
Q

Quais sintomas de infecção de vias aéreas superiores devem estar ausentes para considerar o diagnóstico de PFAPA?

A

Tosse e coriza.

272
Q

Quais são os achados laboratoriais típicos, embora inespecíficos, da síndrome PFAPA?

A

Leucocitose com neutrofilia moderada, elevação da velocidade de hemossedimentação (VHS) e da proteína C reativa (PCR), níveis de hemoglobina normais, plaquetas normais ou discretamente elevada

273
Q

Qual exame pode ser realizado para descartar infecção pelo Streptococcus pyogenes em pacientes com suspeita de PFAPA?

A

Cultura de orofaringe.

274
Q

Qual é o tratamento de escolha para os episódios de PFAPA e qual é o seu efeito?

A

Prednisona por 3 a 5 dias, que reduz a febre em menos de 6 horas e resolve os outros sintomas em 48 horas.

275
Q

Qual é a melhor solução a longo prazo para a síndrome PFAPA e quando está indicada?

A

Tonsilectomia, indicada em pacientes com sintomas graves, comprometimento da qualidade de vida, ou má resposta ao tratamento clínico.

276
Q

O que é estridor e como ele é produzido?

A

O estridor é o som respiratório produzido pela passagem do ar em uma via aérea de grosso calibre estreitada, encontrado principalmente nas obstruções das vias aéreas superiores.

277
Q

Como as vias aéreas superiores são divididas e o que elas incluem?

A

São divididas em três partes principais:

Via aérea supraglótica: acima das cordas vocais.

Via aérea glótica e subglótica: das cordas vocais até a traqueia, antes de entrar na cavidade torácica.

Via aérea intratorácica: traqueia intratorácica e brônquios principais.

278
Q

Quais são as características da obstrução da via aérea supraglótica?

A

Apresenta distensão e colapso fácil devido à falta de sustentação cartilaginosa, podendo causar estridor inspiratório, salivação, e voz abafada em casos de obstrução.

279
Q

Quais doenças comuns causam obstrução na via aérea glótica e subglótica?

A

Doenças relacionadas à síndrome do crupe, que causam obstrução inflamatória e se manifestam com estridor inspiratório, tosse ladrante, rouquidão, e desconforto respiratório.

280
Q

: Qual é a diferença entre laringite e laringotraqueíte?

A

Laringite: Doença restrita à laringe, caracterizada principalmente por rouquidão e tosse ladrante.

Laringotraqueíte: Compromete a laringe e a traqueia, apresentando estridor inspiratório e desconforto respiratório.

281
Q

Como a obstrução da via aérea intratorácica se manifesta e por quê?

A

Gera um estridor predominantemente expiratório, devido ao aumento da pressão intratorácica na expiração que leva ao colapso da via aérea intratorácica. Pode também apresentar sibilos devido ao comprometimento dos bronquíolos.

282
Q

Como diferenciar o estridor inspiratório do expiratório na ausculta pulmonar?

A

Estridor inspiratório: Aparece nas obstruções extratorácicas, geralmente relacionado à síndrome do crupe.

Estridor expiratório: Ocorre nas obstruções intratorácicas e pode estar associado a sibilos por comprometimento dos bronquíolos.

283
Q

Qual é a causa mais comum da síndrome do crupe?

A

Laringotraqueíte viral, também chamada de crupe viral, responsável por 90% dos casos de estridor no pronto-socorro.

284
Q

Qual é a faixa etária mais comumente afetada pelo crupe viral?

A

Crianças de 1 a 6 anos, com pico de incidência aos 18 meses.

285
Q

Quais são os principais agentes etiológicos do crupe viral?

A

Parainfluenza (tipos 1, 2 e 3), influenza A e B, Vírus Sincicial Respiratório (VSR), rinovírus, coronavírus, e adenovírus.

286
Q

Quais são os sintomas iniciais (pródromo) do crupe viral?

A

Tosse, coriza e febre por 24 a 72 horas.

287
Q

Como evolui o quadro clínico após o pródromo viral no crupe?

A

: Evolui com início súbito de tosse ladrante, rouquidão e estridor inspiratório, que piora à noite e com agitação e choro.

288
Q

Qual é o tempo de duração típica dos sintomas do crupe viral?

A

A resolução ocorre em 3 a 7 dias na maioria dos casos, mas pode durar até 14 dias em casos mais graves.

289
Q

: Quais fatores estão associados à maior gravidade do quadro clínico de crupe viral?

A

Crianças menores de 6 meses de idade, estridor em repouso, alteração do nível de consciência, e detecção de hipercapnia.

290
Q

O que indica a presença de hipoxemia em uma criança com crupe viral?

A

: Indica falência respiratória iminente com risco de parada respiratória, justificando internação em UTI.

291
Q

: Qual fator de risco está associado ao início dos sintomas que pode indicar maior gravidade no crupe viral?

A

Início súbito dos sintomas.

292
Q

Qual é o fator de risco relacionado ao tempo de evolução dos sintomas de obstrução de vias aéreas superiores no crupe viral?

A

Sintomas de obstrução de vias aéreas superiores com menos de 12 horas de evolução.

293
Q

: Como episódios anteriores de crupe influenciam a gravidade da condição atual?

A

: Episódios anteriores de crupe são um fator de risco para maior gravidade no crupe viral.

294
Q

Quais condições anatômicas estão associadas a um risco aumentado de gravidade no crupe viral?

A

Anormalidade anatômica conhecida de vias aéreas superiores.

295
Q

: Como as doenças neuromusculares influenciam a gravidade do crupe viral?

A

: Doenças neuromusculares são um fator de risco para maior gravidade no crupe viral.

296
Q

O que é o sinal da torre de igreja na radiografia de cervical e o que ele indica?

A

É um sinal radiográfico que denota estreitamento subglótico, sugestivo de crupe viral.

297
Q

Qual é a utilidade da radiografia de cervical no diagnóstico do crupe viral?

A

: A radiografia tem pouco valor, pois o sinal da torre de igreja pode estar presente em crianças sem crupe, e até 50% das crianças com crupe viral apresentam radiografia normal. Está indicada apenas na dúvida para exclusão de outros diagnósticos, como aspiração de corpo estranho.

298
Q

Como deve ser direcionado o tratamento do crupe viral?

A

O tratamento deve ser direcionado para a manutenção da patência das vias aéreas superiores e orientado de acordo com a gravidade clínica do paciente.

298
Q

É necessária a pesquisa etiológica do crupe viral para o tratamento?

A

Não, a pesquisa etiológica não tem significado prognóstico nem modifica o tratamento, sendo realizada apenas para fins de pesquisa.

299
Q

Por que é importante evitar manipulação desnecessária em crianças com crupe?

A

Porque o choro aumenta a pressão negativa intratorácica, favorecendo o colapso das vias aéreas extratorácicas e aumentando a resistência das vias aéreas.

299
Q

Quais são os sinais de crupe leve, moderado e grave?

A

Crupe leve: Ausência de estridor ou retrações em repouso.

Crupe moderado: Presença de estridor ou retrações em repouso.

Crupe grave: Alteração do estado mental (agitação ou letargia).

300
Q

: Qual é a eficácia do uso de corticoides no tratamento do crupe viral?

A

O uso de corticoides, como a dexametasona, reduz a gravidade dos sintomas, a necessidade e duração da hospitalização, e a necessidade de admissão em UTI.

301
Q

: Como a inalação com adrenalina ajuda no tratamento do crupe viral e qual é sua duração de efeito?

A

: A inalação com adrenalina causa constrição dos capilares arteriolares locais, reduzindo o estridor e os sintomas de insuficiência respiratória. Começa a agir em 10 minutos e tem duração de 1 a 2 horas.

302
Q

Por que o paciente deve permanecer em observação após inalação com adrenalina?

A

Porque há risco de retorno do desconforto respiratório após o término da ação da adrenalina, sendo necessário observar o paciente por pelo menos 4 horas.

303
Q

Qual é a eficácia da inalação com budesonida no tratamento do crupe viral?

A

A inalação com budesonida reduz a gravidade do crupe em comparação ao placebo e tem um efeito semelhante ao da dexametasona nos casos de crupe leve ou moderado.

304
Q

Quando a budesonida inalatória é utilizada no manejo do crupe viral?

A

A budesonida inalatória pode ser usada como alternativa à dexametasona em casos de crupe moderada em alguns serviços de saúde.

305
Q

: Em que situação pode ser necessária a intubação orotraqueal em crianças com crupe viral?

A

: A intubação pode ser necessária em casos de falência respiratória. Como há inflamação local e risco de obstrução total, a intubação é considerada uma via aérea difícil e deve ser realizada por profissionais experientes.

306
Q

Qual cânula traqueal deve ser usada na intubação de crianças com crupe viral?

A

Uma cânula traqueal com 0,5 mm a menos de diâmetro do que o ideal para a idade.

307
Q

: Quais são os principais diagnósticos diferenciais em crianças que não respondem ao tratamento padrão para crupe viral?

A

Aspiração de corpo estranho, traqueíte bacteriana, supraglotite, abscesso peritonsilar e abscesso retrofaríngeo.

308
Q

: O que é laringite estridulosa (crupe espasmódico) e como se diferencia do crupe viral?

A

A laringite estridulosa é um tipo de crupe que ocorre principalmente em meninos de 1 a 3 anos com histórico de atopia. Diferente do crupe viral, não há pródromo, apenas início súbito de estridor, tosse metálica, e insuficiência respiratória, principalmente à noite, com resolução espontânea

309
Q

Qual é a abordagem padrão recomendada na maioria das questões para o tratamento de crianças com estridor inspiratório?

A

Diagnóstico de crupe viral, tratamento com inalação com adrenalina e dexametasona intramuscular.

309
Q

Qual é o manejo recomendado para laringite estridulosa?

A

Em geral, não é necessário tratamento medicamentoso, apenas inalação com soro fisiológico, pois a obstrução frequentemente tem curta duração e resolve-se espontaneamente.

310
Q

O que é traqueíte bacteriana e como também pode ser chamada?

A

Traqueíte bacteriana é uma infecção bacteriana da mucosa traqueal com produção de exsudato mucopurulento e formação de membranas aderentes que causam obstrução da via aérea. Também pode ser chamada de crupe membranoso ou laringotraqueobronquite membranosa.

311
Q

: Qual é a faixa etária mais afetada pela traqueíte bacteriana?

A

Crianças de até 6 anos, com predomínio no sexo masculino.

312
Q

Qual é o principal agente etiológico da traqueíte bacteriana?

A

Staphylococcus aureus (S. aureus). Outros agentes incluem Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, Moraxella catarrhalis, e anaeróbios.

313
Q

Como se caracteriza o quadro clínico da traqueíte bacteriana?

A

Apresenta-se com a síndrome do crupe (tosse ladrante, rouquidão, estridor inspiratório e insuficiência respiratória), seguida de piora súbita com queda do estado geral (toxemia) e febre alta. Não responde ao tratamento com corticoide parenteral e adrenalina inalatória.

314
Q

Qual é a dica clínica importante para diferenciar a traqueíte bacteriana de outros tipos de crupe?

A

Criança com estridor inspiratório e toxemia que não responde ao uso de corticoide ou adrenalina inalatória deve levantar a suspeita de traqueíte bacteriana.

315
Q

Como é feito o diagnóstico de certeza da traqueíte bacteriana?

A

O diagnóstico de certeza é feito pela visualização da traqueia com laringoscopia, que evidencia exsudato purulento e fétido, de fácil remoção e sem hemorragia.

316
Q

Qual é o papel da radiografia de cervical no diagnóstico da traqueíte bacteriana?

A

A radiografia de cervical pode mostrar sinais de afunilamento da coluna aérea e esfumaçamento da parede da traqueia, mas não é necessária para o diagnóstico e pode atrasar o tratamento, piorando o prognóstico.

317
Q

Qual é a abordagem inicial para o manejo de um paciente com traqueíte bacteriana?

A

O paciente deve ser admitido em UTI devido ao risco de obstrução total da via aérea e toxemia.

318
Q

: Quando a intubação deve ser realizada em pacientes com traqueíte bacteriana?

A

: A intubação deve ser realizada precocemente, preferencialmente em centro cirúrgico com endoscopia.

319
Q

Quanto tempo a intubação é mantida em pacientes com traqueíte bacteriana?

A

A intubação geralmente é mantida por 3 a 7 dias.

320
Q

Qual antibiótico é recomendado para o tratamento da traqueíte bacteriana?

A

Deve ser utilizado um antibiótico de amplo espectro, como cefuroxima ou ceftriaxona.

321
Q

Há necessidade do uso de corticoides ou inalação com adrenalina no tratamento da traqueíte bacteriana?

A

Não, corticoides e inalação com adrenalina não são necessários no tratamento da traqueíte bacteriana.

322
Q

: Qual é a taxa de mortalidade da traqueíte bacteriana e suas principais causas?

A

: A mortalidade é de 18 a 40%, principalmente devido a falência respiratória, síndrome do choque tóxico, ou sepse.

323
Q

O que é supraglotite e por que o termo é preferido ao de epiglotite?

A

Supraglotite é uma infecção bacteriana grave que afeta a epiglote e as estruturas supraglóticas (tecido ariepiglótico e aritenoide). O termo é preferido porque envolve o comprometimento de todas essas estruturas.

324
Q

: Qual era o principal agente etiológico da supraglotite antes da vacinação universal contra Haemophilus influenzae tipo b?

A

: Haemophilus influenzae tipo b.

325
Q

: Quais são os principais agentes etiológicos da supraglotite após a introdução da vacinação contra H. influenzae tipo b?

A

Streptococcus pyogenes e Staphylococcus aureus.

326
Q

Qual é a faixa etária mais afetada pela supraglotite atualmente?

A

Crianças entre 2 e 7 anos de idade.

327
Q

Como é o quadro clínico típico da supraglotite?

A

Início súbito de disfagia, engasgo, salivação, ansiedade, febre alta (até 40°C), rápida progressão para toxemia e insuficiência respiratória. Pode haver estridor inspiratório, mas não há tosse ladrante ou rouquidão.

327
Q

Por que a tosse ladrante e a rouquidão não estão presentes na supraglotite?

A

orque a laringe não está comprometida na supraglotite.

328
Q

O que é a “posição de tripé” e o que ela indica?

A

: A “posição de tripé” é quando a criança inclina o corpo para frente, apoia-se nos braços, hiperestende o pescoço, e mantém a língua para fora. É patognomônica de supraglotite.

329
Q

Como é feito o diagnóstico de supraglotite?

A

O diagnóstico é clínico e confirmado pela visualização direta da epiglote edemaciada e hiperemiada (conhecida como “epiglote em cereja”).

330
Q

Qual é o risco de tentar visualizar a epiglote em crianças com desconforto respiratório importante?

A

Forçar a visualização pode levar a uma obstrução total da via aérea.

331
Q

: Como pode ser feito o diagnóstico etiológico da supraglotite?

A

Por meio de cultura direta do tecido supraglótico ou hemocultura, com positividade de até 70%.

332
Q

O que a radiografia cervical lateral pode evidenciar em casos de supraglotite?

A

A radiografia cervical lateral pode mostrar a epiglote edemaciada “em dedo de luva” ou “sinal do polegar.”

333
Q

A radiografia cervical lateral é necessária para o diagnóstico de supraglotite?

A

Não, a radiografia não é necessária e pode retardar o tratamento adequado.

334
Q

Qual é a prioridade no tratamento de supraglotite devido ao risco de obstrução súbita da via aérea?

A

Garantir a permeabilidade da via aérea por meio de intubação eletiva em casos de desconforto respiratório importante.

335
Q

Quem deve realizar a intubação em pacientes com supraglotite?

A

A intubação deve ser realizada pelo profissional mais capacitado devido ao risco de obstrução total da via aérea (via aérea difícil).

336
Q

Que tipo de cânula traqueal deve ser usada para intubação em casos de supraglotite?

A

: Deve-se usar uma cânula 0,5 mm menor que o ideal para a idade da criança.

337
Q

Qual antibioticoterapia é indicada para tratar a supraglotite?

A

: Cefuroxima, cefotaxima, ou ceftriaxona para cobertura de hemófilos. Na suspeita de Staphylococcus aureus, ampliar com oxacilina.

338
Q

Qual o papel dos corticoides e da inalação com adrenalina no tratamento da supraglotite?

A

Não devem ser utilizados no tratamento da supraglotite.