BRONQUIOLITE Flashcards

1
Q

Qual é o principal agente etiológico do primeiro episódio de sibilância viral em menores de 2 anos?

A

Vírus Sincicial Respiratório (VSR).

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2
Q

Qual é o tratamento recomendado para o primeiro episódio de sibilância viral em menores de 2 anos?

A

: Tratamento de suporte, incluindo inalação com soro fisiológico, suporte respiratório, oxigenioterapia e suporte nutricional, se necessário.

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3
Q

Quais medidas devem ser adotadas em caso de internação por sibilância viral em menores de 2 anos?

A

Isolamento de contato.

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4
Q

Qual é a principal medida de profilaxia para prevenir infecções respiratórias virais em menores de 2 anos?

A

Aleitamento materno exclusivo por seis meses.

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5
Q

Em quais casos o uso de Palivizumabe é indicado para a profilaxia de bronquiolite grave?

A

Em lactentes de risco, como aqueles com displasia broncopulmonar, cardiopatia congênita e prematuros com menos de 29 semanas.

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6
Q

: Como é definida a bronquiolite viral aguda?

A

É a inflamação das pequenas vias aéreas desencadeada por uma infecção respiratória viral, identificada clinicamente como sibilância em lactentes (crianças menores de 2 anos) sem antecedente de atopia.

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7
Q

: Quais são os grupos mais acometidos pela bronquiolite viral aguda?

A

Principalmente menores de 6 meses, do sexo masculino, sendo uma das principais causas de internação em menores de 1 ano.

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8
Q

Qual é a controvérsia em relação à definição de bronquiolite viral aguda?

A

Alguns autores definem bronquiolite como apenas o primeiro episódio de sibilância viral em lactentes menores de 1 ou 2 anos, enquanto outros consideram possível a ocorrência de mais de um episódio durante a infância, por ser uma doença infecciosa viral.

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9
Q

Quais são as características clínicas que sugerem bronquiolite viral aguda em lactentes?

A

Lactente, geralmente com idade inferior a 1 ano, apresentando quadro infeccioso viral (coriza nasal, febre baixa ou ausente) e sibilos à ausculta pulmonar, sem histórico de sibilância prévia.

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9
Q

Qual é a porcentagem de crianças abaixo de 1 ano que serão hospitalizadas por bronquiolite viral?

A

Cerca de 2 a 3% de todas as crianças abaixo de 1 ano serão hospitalizadas pelo menos uma vez por bronquiolite.

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10
Q

: Quais são as condições anatômicas dos lactentes que os predispõem ao colapso das vias aéreas e à sibilância?

A

Os lactentes têm um diâmetro menor das vias aéreas, aumentando a resistência ao fluxo de ar, e sua parede torácica é mais complacente, facilitando o colapso das vias aéreas intratorácicas durante a expiração.

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11
Q

Qual é o principal vírus causador da bronquiolite viral aguda e quando é sua sazonalidade no Brasil?

A

O principal vírus é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), cuja sazonalidade no Brasil ocorre de maio a agosto, durante o outono e inverno, variando por região.

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11
Q

Quais outros vírus, além do VSR, podem causar bronquiolite viral aguda e quais merecem atenção especial?

A

Outros vírus incluem rinovírus, metapneumovírus humano, adenovírus, influenza, parainfluenza e coronavírus. Adenovírus e rinovírus merecem atenção especial, o primeiro por se associar a quadros mais graves e o segundo por causar bronquiolite em pacientes com predisposição à sibilância recorrente.

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12
Q

: Como ocorre a transmissão dos vírus respiratórios causadores de bronquiolite?

A

A transmissão ocorre por gotículas respiratórias e contato com secreções ou superfícies infectadas, especialmente em ambientes fechados e frios, onde o ar está seco.

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13
Q

Qual é o impacto da inflamação da mucosa das vias aéreas em lactentes?

A

: A inflamação da mucosa aumenta a resistência ao fluxo de ar, potencializando a obstrução já presente devido ao diâmetro reduzido das vias aéreas dos lactentes.

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14
Q

Qual é a fisiopatologia da bronquiolite viral aguda após a infecção inicial pelo VSR?

A

: O vírus se replica nas células epiteliais após um período de incubação de 4 a 6 dias, levando a sintomas de infecção do trato respiratório superior. A descamação e necrose das células epiteliais causam obstrução das vias aéreas inferiores, levando ao aprisionamento aéreo e atelectasias.

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15
Q

: Qual é o papel da glicoproteína G dos subtipos A e B do VSR na infecção?

A

: A glicoproteína G é responsável pela fixação do vírus às células. A variação antigênica entre os subtipos A e B pode contribuir para reinfecções, mas sem significado clínico relevante.

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16
Q

O que é um sibilo e qual a diferença entre sibilância polifônica e monofônica?

A

: O sibilo é um som musical contínuo originado das oscilações em vias aéreas estreitadas. Sibilância polifônica ocorre com estreitamento disseminado das vias aéreas, produzindo sons diferentes, como na bronquiolite ou asma. Sibilância monofônica é um som de timbre único, geralmente devido ao estreitamento de uma via aérea maior, como na traqueomalácia distal.

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17
Q

: Quais são as três fases clínicas da bronquiolite viral aguda?

A

Pródromo: 2 a 4 dias com coriza, obstrução nasal, espirros e febre baixa.

Comprometimento das vias aéreas inferiores: tosse, sibilância, estertores e aumento do desconforto respiratório, atingindo o pico em 3 a 5 dias.

Melhora progressiva: após 5 dias, com resolução total em 2 a 3 semanas.

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18
Q

Qual pode ser a única manifestação clínica da bronquiolite em recém-nascidos e prematuros?

A

: Apneia, especialmente em recém-nascidos e prematuros com idade gestacional corrigida inferior a 48 semanas.

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19
Q

Quais são os sinais que indicam bronquiolite grave?

A

Taquipneia acima de 70 incursões por minuto, desconforto respiratório importante, cianose central, apneia e hipoxemia (saturação de oxigênio abaixo de 90%).

20
Q

Qual é a idade considerada um fator de risco para maior gravidade da bronquiolite viral aguda?

A

Idade menor que 1 ano, especialmente em menores de 3 meses.

21
Q

Qual a porcentagem de casos de bronquiolite que podem evoluir para insuficiência respiratória?

A

Cerca de 10 a 20% dos casos de bronquiolite podem evoluir com insuficiência respiratória.

22
Q

Por que a prematuridade é um fator de risco para bronquiolite grave e qual a idade gestacional considerada de maior risco?

A

: Prematuridade aumenta o risco devido ao desenvolvimento incompleto do sistema respiratório. O risco é maior se a idade gestacional for inferior a 32 semanas.

23
Q

: Quais condições relacionadas ao peso e à gestação aumentam o risco de bronquiolite grave?

A

Baixo peso ao nascer e exposição intraútero ao tabagismo.

24
Q

: Quais condições pulmonares e cardíacas são fatores de risco para bronquiolite grave?

A

: Displasia broncopulmonar e cardiopatia congênita com comprometimento hemodinâmico.

25
Q

Como a desnutrição e as imunodeficiências afetam a gravidade da bronquiolite viral aguda?

A

Desnutrição e imunodeficiências aumentam a vulnerabilidade às infecções e complicações respiratórias, tornando a bronquiolite mais grave.

26
Q

: Que tipo de anomalias aumentam o risco de bronquiolite grave?

A

Anomalias congênitas e síndromes genéticas.

27
Q

O diagnóstico de bronquiolite é feito com base em quais critérios?

A

O diagnóstico de bronquiolite é clínico, sem necessidade de exames complementares de rotina.

27
Q

: Quais são os achados comuns na radiografia de tórax em casos de bronquiolite?

A

: Hiperinsuflação, retificação de arcos costais e de diafragma, atelectasias e espessamento brônquico. Em 10 a 30% dos casos, o RX de tórax pode ser normal.

28
Q

Em quais situações a radiografia de tórax é indicada em casos de bronquiolite?

A

A radiografia de tórax é indicada em casos de desconforto respiratório importante que requer internação em UTI ou na suspeita de complicação pulmonar.

29
Q

: A pesquisa de vírus respiratório em secreção de nasofaringe é recomendada rotineiramente? Por quê?

A

Não é recomendada de rotina, pois é de interesse apenas epidemiológico e prognóstico e não altera a condução clínica do paciente.

30
Q

: Qual é o risco de infecção bacteriana grave na bronquiolite e qual a conduta recomendada?

A

O risco é baixo, e não há necessidade de triagem infecciosa ou uso de antibióticos de rotina, principalmente em lactentes menores de 3 meses.

31
Q

Qual é a complicação bacteriana mais comum na bronquiolite e como ela influencia o curso clínico?

A

A complicação mais comum é a otite média aguda, ocorrendo em mais de 50% dos lactentes internados. Não influencia o curso clínico ou achados laboratoriais da bronquiolite.

32
Q

Qual é a frequência de pneumonia bacteriana secundária em pacientes com bronquiolite e onde ela é mais comum?

A

: A pneumonia bacteriana secundária ocorre em menos de 2% dos casos, sendo mais frequente em lactentes internados na UTI (40% dos casos em UTI).

33
Q

Existe um tratamento específico que reduz o curso da bronquiolite ou acelera a recuperação do paciente?

A

Não, o tratamento da bronquiolite é apenas de suporte e não há terapêutica específica que reduza o curso da doença ou acelere a recuperação.

34
Q

: Quais são os critérios de hospitalização na bronquiolite viral aguda?

A

Toxemia, letargia, baixa aceitação alimentar, desidratação, desconforto respiratório, hipoxemia (SatO2 < 90%), apneia e cuidados domiciliares inadequados.

35
Q

Quando é indicada a inalação com solução salina hipertônica (NaCl 3%) na bronquiolite e por que deve ser associada a um β2-agonista?

A

: É indicada apenas em lactentes hospitalizados, para reduzir a duração da hospitalização. Deve ser associada a um β2-agonista devido ao risco de broncoconstrição.

36
Q

Quais tratamentos são contraindicados no manejo da bronquiolite viral aguda?

A

Broncodilatadores inalatórios, β2-agonistas de curta duração, epinefrina e corticoides sistêmicos são contraindicados.

37
Q

Qual é a indicação de oxigenioterapia na bronquiolite e quais métodos podem ser utilizados?

A

: Oxigenioterapia está indicada se SatO2 for inferior a 90%, preferencialmente por meio de cateter nasal ou cateter de alto fluxo (high-flow) para reduzir a necessidade de ventilação invasiva.

38
Q

A fisioterapia respiratória é recomendada no tratamento da bronquiolite viral aguda?

A

: Não, fisioterapia respiratória não é recomendada de rotina, pois não mostra benefícios na prevenção de atelectasias, redução do uso de oxigênio ou taxas de hospitalização.

39
Q

: Qual é a recomendação para hidratação em pacientes com bronquiolite e risco de broncoaspiração?

A

Devem-se considerar soro de hidratação endovenoso (preferencialmente isotônico devido ao risco de hiponatremia pela SIADH) ou nutrição por sonda naso ou orogástrica.

40
Q

: Por que não se deve prescrever beta-2-agonista ou corticoide sistêmico para lactentes com bronquiolite, mesmo que se suspeite de serem lactentes sibilantes?

A

: Porque a bronquiolite é a primeira sibilância desencadeada por um agente viral em uma criança menor de 2 anos, enquanto o lactente sibilante já apresentou pelo menos 3 episódios de sibilância no último ano; são condições distintas.

41
Q

: Qual é uma das principais medidas de prevenção primária da bronquiolite viral aguda e seu impacto?

A

O aleitamento materno exclusivo por seis meses, que reduz o risco de internação por infecções respiratórias virais em até 72%.

42
Q

: O que é o palivizumabe e para quem é indicado na prevenção de bronquiolite?

A

: O palivizumabe é um anticorpo monoclonal contra a glicoproteína F do VSR, indicado para lactentes com maior risco de bronquiolite grave, como prematuros < 29 semanas, cardiopatias congênitas com comprometimento hemodinâmico e displasia broncopulmonar.

43
Q

Quais são os critérios de indicação de palivizumabe pelo Ministério da Saúde?

A

Prematuros < 29 semanas de idade gestacional até um ano.

Cardiopatia congênita com comprometimento hemodinâmico em tratamento até dois anos.

Displasia broncopulmonar em tratamento com O2 suplementar, corticoide inalatório ou diurético até dois anos.

44
Q

Quais cardiopatias congênitas mais se beneficiam do uso de palivizumabe?

A

: Cardiopatias acianóticas em uso de medicamentos para controle de insuficiência cardíaca congestiva, que necessitam de correção cirúrgica ou que cursam com hipertensão pulmonar moderada a grave.

45
Q

: Quais precauções de contato devem ser adotadas para evitar a transmissão do VSR?

A

Lavar as mãos ou utilizar álcool gel após o contato com lactentes infectados e usar máscaras cirúrgicas ao realizar procedimentos com risco de exposição a secreções aerossolizadas.

46
Q

: Qual é o tempo de excreção do VSR em lactentes hospitalizados e de que depende?

A

: A maioria dos lactentes elimina o vírus por 5 a 12 dias após a internação, mas pode durar mais de 3 semanas, dependendo da gravidade e do estado imunológico.

47
Q

Por que o tabagismo passivo deve ser evitado como medida de prevenção da bronquiolite?

A

O tabagismo passivo aumenta a gravidade e o risco de hospitalização por bronquiolite.