DIARRÉIA AGUDA E DESIDRATAÇÃO Flashcards

1
Q

: O que caracteriza a diarreia aguda?

A

Aumento abrupto do volume ou da frequência das evacuações (≥ 3 evacuações amolecidas ou líquidas por dia), fora do padrão habitual, com duração máxima de 14 dias.

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2
Q

Como é avaliado o estado de hidratação de um paciente com diarreia aguda?

A

A avaliação clínica envolve examinar sinais de desidratação, como mucosas secas, diminuição da turgidez da pele, taquicardia, hipotensão, letargia, entre outros.

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3
Q

Qual é o tratamento principal para diarreia aguda?

A

O tratamento principal consiste na correção da desidratação, geralmente através de Terapia de Reidratação Oral (TRO) ou, em casos mais graves, reidratação intravenosa.

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4
Q

Como é feita a Terapia de Reidratação Oral (TRO)?

A

: A TRO é feita com soluções de reidratação oral que contêm água, sais e glicose para promover a absorção de sódio e água no intestino, ajudando a corrigir a desidratação.

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5
Q

Quando são indicados antibióticos no tratamento da diarreia aguda e quais são os recomendados?

A

Antibióticos são indicados em casos de suspeita de infecção bacteriana grave ou na diarreia do viajante. O antibiótico depende do agente etiológico, como Ciprofloxacina para Salmonella ou Shigella, e Metronidazol para Clostridium difficile.

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6
Q

O que é a síndrome hemolítico-urêmica (SHU) e qual é sua causa mais comum?

A

A SHU é uma condição grave caracterizada por anemia hemolítica, trombocitopenia e insuficiência renal, geralmente causada pela toxina da Escherichia coli O157.

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7
Q

Qual é a definição de diarreia aguda segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)?

A

Início abrupto do aumento do volume ou da frequência de evacuações (≥ 3 evacuações amolecidas ou líquidas por dia), fora do padrão habitual, com duração máxima de 14 dias.

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8
Q

: Como ocorre a diarreia em termos de transporte de líquidos e eletrólitos no trato gastrointestinal?

A

A diarreia ocorre devido a uma alteração no transporte de líquidos e eletrólitos, que pode ser causada por uma absorção intestinal insuficiente ou presença de solutos não absorvíveis no lúmen intestinal, levando ao excesso de líquido no intestino grosso.

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9
Q

Quais são os três tipos de diarreia classificados pelo tempo de duração?

A

: Aguda (até 14 dias), persistente (2 a 4 semanas), e crônica (mais de 4 semanas).

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10
Q

: Qual é a importância da gastroenterite aguda em pediatria?

A

A gastroenterite aguda é uma das síndromes mais comuns na pediatria e a segunda principal causa de óbito em menores de 5 anos, especialmente em países em desenvolvimento.

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11
Q

Como a diarreia aguda afeta a mortalidade infantil no Brasil?

A

Em 2015, a diarreia aguda foi responsável por 4,1% dos óbitos infantis no Brasil, sendo a quarta principal causa de mortalidade infantil.

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12
Q

O que pode causar diarreia persistente após uma gastroenterite aguda?

A

: A diarreia persistente pode ser causada por intolerância transitória à lactose, secundária à lesão das vilosidades intestinais após uma gastroenterite aguda.

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13
Q

: Quais são os cinco tipos de diarreia, de acordo com o mecanismo fisiopatológico?

A

Osmótica, secretora, inflamatória, disabsortiva e funcional.

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14
Q

O que caracteriza a diarreia osmótica e dê um exemplo?

A

Decorre do acúmulo de solutos osmoticamente ativos e não absorvíveis na luz intestinal. Exemplo: intolerância à lactose.

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15
Q

O que caracteriza a diarreia secretora e dê um exemplo?

A

Decorre de um distúrbio no equilíbrio hidroeletrolítico da mucosa intestinal, com aumento da secreção ou redução da absorção de íons e água. Exemplo: cólera.

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16
Q

O que é diarreia inflamatória e qual é um exemplo de condição associada?

A

Decorre de inflamação da mucosa intestinal, resultando em muco, pus e/ou sangue nas fezes. Exemplo: Doença de Crohn.

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17
Q

Quais agentes etiológicos são os mais comuns na gastroenterite aguda e em que faixa etária eles predominam?

A

Vírus são os mais comuns, especialmente rotavírus, responsável por 50% dos casos, principalmente em crianças entre 6 meses e 2 anos.

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18
Q

Como as toxinas bacterianas contribuem para a diarreia secretora toxigênica?

A

Toxinas de bactérias como Escherichia coli enterotoxigênica e Vibrio cholerae ativam a adenilciclase, aumentando a produção de AMP cíclico, que inibe o cotransportador Na/Cl e aumenta a secreção de cloreto, sódio e água, resultando em diarreia aquosa.

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19
Q

Por que a Terapia de Reidratação Oral (TRO) é eficaz na diarreia infecciosa?

A

Porque o cotransportador de sódio com glicose ou aminoácido, que promove a absorção passiva de água intestinal, geralmente não é afetado nas diarreias infecciosas.

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20
Q

Quais agentes etiológicos estão associados à diarreia secretora invasiva?

A

Campylobacter jejuni, Shigella, Yersinia enterocolitica, Salmonella e Entamoeba histolytica.

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21
Q

Quais são os principais vírus causadores de gastroenterite aguda?

A

Rotavírus, coronavírus, adenovírus e norovírus.

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22
Q

Quais são as principais bactérias associadas à gastroenterite aguda?

A

Escherichia coli (EPEC, ETEC, EHEC, EIEC), Salmonella, Shigella, Campylobacter jejuni, Vibrio cholerae, e Yersinia enterocolitica.

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23
Q

: Quais parasitas estão envolvidos na etiologia da gastroenterite aguda?

A

Entamoeba histolytica, Giardia lamblia, Cryptosporidium e Isospora.

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24
Q

: Qual fungo pode causar gastroenterite aguda?

A

Candida albicans.

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25
Q

Quais são os tipos de Escherichia coli relacionados à gastroenterite aguda e o que cada sigla significa?

A

EPEC: Escherichia coli Enteropatogênica

ETEC: Escherichia coli Enterotoxigênica

EHEC: Escherichia coli Entero-hemorrágica

EIEC: Escherichia coli Enteroinvasiva

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26
Q

: Qual é o mecanismo de patogênese da Escherichia coli enterotoxigênica (ETEC) e que tipo de diarreia ela causa?

A

: A ETEC adere à mucosa intestinal e produz toxinas que afetam o cotransportador Na/Cl, causando diarreia secretora toxigênica com fezes explosivas e de grande volume.

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26
Q

: Quais são os três mecanismos pelos quais o rotavírus causa diarreia?

A

1) Perda das enzimas das bordas em escova, como lactase, maltase e sucrase;

2) Efeito direto da enterotoxina NSP4;

3) Ativação do sistema nervoso entérico, levando à secreção de fluidos e eletrólitos.

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27
Q

Como a enterotoxina NSP4 do rotavírus contribui para a diarreia?

A

A enterotoxina NSP4 causa um efeito tóxico direto na mucosa gastrointestinal, contribuindo para o desequilíbrio entre a secreção e a absorção de fluidos e eletrólitos.

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28
Q

Como a Escherichia coli enteropatogênica (EPEC) causa diarreia e quem é mais afetado?

A

A EPEC adere à mucosa intestinal, levando à lesão das vilosidades e prejudicando a absorção e secreção intestinais. É responsável por surtos de diarreia aquosa em crianças.

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29
Q

Qual é a toxina produzida pela Escherichia coli entero-hemorrágica (EHEC) e qual complicação ela pode causar?

A

A EHEC produz a toxina “shiga-like”, que pode causar a síndrome hemolítico-urêmica.

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30
Q

Como a Escherichia coli enteroinvasiva (EIEC) causa diarreia e como ela se manifesta clinicamente?

A

A EIEC penetra na mucosa intestinal, reproduzindo-se e lesando os enterócitos, resultando em disenteria (diarreia secretora invasiva).

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30
Q

O que se sabe sobre o mecanismo de patogênese da Escherichia coli enteroagregativa (EAEC) e quais pacientes ela afeta?

A

O mecanismo de patogênese da EAEC ainda não é completamente esclarecido. Ela causa diarreia persistente em crianças e pacientes com HIV.

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31
Q

: O que é disenteria e em quais tipos de infecção é mais comumente encontrada?

A

Disenteria é a presença de muco e sangue nas fezes, mais comum em diarreias bacterianas ou parasitárias devido à lesão da mucosa intestinal.

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32
Q

Quais são as principais manifestações clínicas da gastroenterite aguda?

A

Diarreia de início súbito, cólicas abdominais, anorexia, vômitos, febre, prostração, mal-estar, cefaleia e mialgia.

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33
Q

: Como se caracteriza a diarreia de etiologia viral na gastroenterite aguda?

A

Diarreia abundante e aquosa, geralmente sem sangue ou muco, que começa de 12 horas a 4 dias após a exposição e dura de 3 a 7 dias.

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34
Q

: Quais achados clínicos específicos estão associados à infecção por Shigella

A

Alterações neurológicas, como convulsões e rigidez de nuca.

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35
Q

: Quais complicações sistêmicas graves podem ser causadas por Salmonella?

A

: Infecção sistêmica grave como meningite, osteomielite, pneumonia e endocardite, especialmente em lactentes <3 meses, desnutridos, pacientes com anemia falciforme e imunodeficientes.

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36
Q

Quais são os achados clínicos específicos associados à infecção por Campylobacter jejuni?

A

Síndrome de Guillain-Barré e artrite reativa.

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37
Q

Quais são os sinais vitais importantes para avaliar o estado de hidratação em crianças com diarreia aguda?

A

Frequência cardíaca, tempo de enchimento capilar, pressão arterial, número de episódios diarreicos e diurese.

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38
Q

O que pode ocorrer em decorrência da perda de lactase nas bordas em escova durante a gastroenterite aguda?

A

Intolerância transitória à lactose, aumentando o risco de diarreia persistente, desidratação e desnutrição.

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39
Q

Como a desidratação é classificada de acordo com a porcentagem de peso perdido?

A

Grau 1 ou leve: ≤ 5%

Grau 2 ou moderada: 6 a 9%

Grau 3 ou grave: ≥ 10%

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40
Q

Quais são os três tipos de desidratação baseados na fisiopatologia e nos valores de sódio sérico?

A

Desidratação isonatrêmica (isotônica), hipernatrêmica (hipertônica) e hiponatrêmica (hipotônica).

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41
Q

O que caracteriza a desidratação hipernatrêmica e quais sinais clínicos ela pode apresentar?

A

Caracteriza-se pelo aumento da osmolaridade intravascular que puxa água dos outros compartimentos, resultando em sinais neurológicos como meningismo e convulsões

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42
Q

O que é desidratação hiponatrêmica e quais são suas manifestações clínicas?

A

É a desidratação em que a baixa osmolaridade intravascular faz a água ser puxada para o intracelular, depletando o compartimento intravascular e causando sinais de desidratação e edema cerebral, podendo levar à apneia e herniação cerebral.

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43
Q

Quais distúrbios acidobásicos podem ocorrer em pacientes com gastroenterite aguda (GECA) e como eles se desenvolvem?

A

Alcalose metabólica hipoclorêmica ocorre pela perda de HCl em vômitos.

Acidose metabólica ocorre pela perda de
bicarbonato em diarreia.

Ambos os casos podem levar à hipocalemia.

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44
Q

: Como a escolha inadequada de soluções de reidratação pode afetar os níveis de sódio no sangue?

A

O uso de soluções hipotônicas pode causar hiponatremia, enquanto o uso de soluções hipertônicas pode levar à hipernatremia.

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45
Q

Qual faixa etária é considerada um fator de risco para complicações e desidratação grave na gastroenterite aguda?

A

: Idade menor que 2 meses.

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45
Q

Como os vômitos afetam o risco de complicações em pacientes com gastroenterite aguda?

A

Vômitos persistentes aumentam o risco de complicações e desidratação grave.

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46
Q

Quais características das perdas diarreicas indicam um maior risco de complicações na gastroenterite aguda?

A

Perdas diarreicas volumosas e frequentes (≥ 8 vezes/dia) são um fator de risco para complicações.

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47
Q

Como a percepção dos pais pode influenciar o risco de desidratação grave em crianças com gastroenterite aguda?

A

: A percepção inadequada dos pais sobre o estado de hidratação da criança pode aumentar o risco de desidratação grave.

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48
Q

Quais são os sinais clínicos do estado mental para avaliar a hidratação de um paciente?

A

Hidratado: Alerta
Desidratação de algum grau: Irritado
Desidratação grave: Comatoso

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49
Q

: Quais comorbidades são fatores de risco para complicações na gastroenterite aguda?

A

Diabetes mellitus, insuficiência renal/hepática, desnutrição e doenças crônicas.

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50
Q

Qual é o estado das lágrimas em diferentes níveis de hidratação?

A

Hidratado: Presentes
Desidratação de algum grau: Ausentes
Desidratação grave: Ausentes

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51
Q

Como a aparência dos olhos muda de acordo com o nível de desidratação?

A

Hidratado: Normais
Desidratação de algum grau: Fundos
Desidratação grave: Muito fundos

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52
Q

Como a aparência da boca muda com a desidratação?

A

Hidratado: Úmida
Desidratação de algum grau: Seca
Desidratação grave: Muito seca

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53
Q

Quais são os sinais de sede que indicam diferentes graus de desidratação?

A

Hidratado: Bebe normal
Desidratação de algum grau: Bebe rápido
Desidratação grave: Incapaz de beber

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54
Q

Como o sinal da prega cutânea varia conforme o nível de hidratação?

A

Hidratado: Rápido
Desidratação de algum grau: Lento
Desidratação grave: Muito lento (> 2 segundos)

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55
Q

: Como o pulso muda em diferentes estados de hidratação?
Resposta:

A

Hidratado: Cheio
Desidratação de algum grau: Rápido e débil
Desidratação grave: Muito débil ou ausente

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56
Q

Qual é o tempo de enchimento capilar para cada nível de hidratação?

A

Hidratado: < 3 segundos
Desidratação de algum grau: 3-5 segundos
Desidratação grave: > 5 segundos

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57
Q

Qual é a fisiopatologia da desidratação hiponatrêmica?

A

: Perda maior de eletrólitos do que de água.

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58
Q

Qual é a osmolaridade plasmática na desidratação hiponatrêmica?

A

< 280 mOsm/L.

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58
Q

Quais são os valores de sódio plasmático que definem a desidratação hiponatrêmica?

A

Sódio plasmático < 135 mEq/L.

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59
Q

: Quais são os sinais clínicos da desidratação hiponatrêmica?

A

: Sinais clínicos muito evidentes de desidratação, como choque hipovolêmico, agitação e convulsões.

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60
Q

Quais são os fatores de risco para desidratação hiponatrêmica?

A

Gastroenterite Aguda (GECA) em crianças com desnutrição grave, vômitos excessivos e uso de soluções hipotônicas para reidratação.

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61
Q

Qual é a fisiopatologia da desidratação isonatrêmica?

A

Perda proporcional de água e eletrólitos.

62
Q

Quais são os valores de sódio plasmático que definem a desidratação isonatrêmica?

A

: Sódio plasmático entre 135-145 mEq/L.

63
Q

: Qual é a osmolaridade plasmática na desidratação isonatrêmica?

A

280-310 mOsm/L.

64
Q

: Como é o quadro clínico da desidratação isonatrêmica?

A

De acordo com o grau de desidratação.

64
Q

: Qual é a forma mais comum de desidratação?

A

Desidratação isonatrêmica.

65
Q

Qual é a fisiopatologia da desidratação hipernatrêmica?

A

Perda maior de água do que de eletrólitos.

66
Q

Quais são os valores de sódio plasmático que definem a desidratação hipernatrêmica?

A

Sódio plasmático entre 145-150 mEq/L.

67
Q

Quais são os fatores de risco para desidratação hipernatrêmica?

A

Lactentes < 3 meses, redução da ingestão de líquidos (encefalopatia), diabetes insipidus e uso de soluções hipertônicas para reidratação.

68
Q

Qual é a osmolaridade plasmática na desidratação hipernatrêmica?

A

310 mOsm/L.

68
Q

Quais são os sinais clínicos da desidratação hipernatrêmica?

A

Sinais clínicos de desidratação pouco evidentes, sede intensa, febre, irritabilidade e letargia.

69
Q

Qual é o plano de reidratação para pacientes hidratados (Plano A)?

A

SRO após as perdas:

< 1 ano: 50-100 mL
1-10 anos: 100-200 mL
10 anos: livre demanda.

70
Q

Qual é o plano de reidratação para pacientes com desidratação de algum grau (Plano B)?

A

TRO: 50-100 mL/kg em 4 a 6 horas.

71
Q

: Como é a recomendação de aleitamento materno e alimentação oral no Plano B para pacientes com desidratação de algum grau?

A

Aleitamento materno mantido; alimentação oral em jejum.

72
Q

: Qual é o plano de reidratação para pacientes com desidratação grave (Plano C)?

A

Expansão com SF ou RL EV:

< 5 anos: SF 20 mL/kg EV em 30 minutos.
5 anos: SF 30 mL/kg EV em 30 min e RL 70 mL/kg EV em 2 horas e 30 minutos.

Soro de manutenção e reposição após reidratação.

73
Q

Como é a recomendação de aleitamento materno e alimentação oral no Plano C para pacientes com desidratação grave?

A

Aleitamento materno mantido; alimentação oral em jejum.

74
Q

Qual é o método diagnóstico principal para gastroenterite aguda (GECA)?

A

O diagnóstico da GECA é clínico.

74
Q

O que deve ser feito se o paciente com desidratação grave (Plano C) piorar ou não melhorar?

A

Repetir expansão até 3 vezes nos menores de 5 anos.

75
Q

Em quais casos é indicada a investigação etiológica da diarreia na GECA?

A

Em pacientes graves hospitalizados, imunodeprimidos, surtos e diarreia persistente.

76
Q

Quais exames são sugeridos para a investigação etiológica da GECA em casos indicados?

A

Coprocultura para identificar agentes bacterianos e testes rápidos nas fezes para rotavírus e adenovírus.

77
Q

Quando é indicada a coleta de eletrólitos e exames bioquímicos na GECA?

A

Apenas em casos de desidratação grave com necessidade de hidratação endovenosa.

78
Q

: Quais exames devem ser realizados em pacientes com desidratação grave na GECA?

A

Eletrólitos, função renal, gasometria venosa e glicemia.

78
Q

Por que é importante realizar exames complementares na desidratação grave da GECA?

A

Para avaliar o risco de distúrbios hidroeletrolíticos e acidobásicos.

79
Q

: Qual foi a modificação na formulação do SRO recomendada pela OMS e por que?

A

: A OMS reduziu a osmolaridade do SRO de 311 mmol/L para 245 mmol/L para diminuir as perdas diarreicas, o tempo da doença e a necessidade de terapia endovenosa.

79
Q

Como funciona o soro de reidratação oral (SRO) no organismo?

A

O SRO utiliza o transporte passivo de água que acompanha o transporte ativo de sódio acoplado à glicose pelo enterócito, um mecanismo sempre preservado na diarreia aguda

80
Q

O que é o Plano A no manejo da diarreia aguda?

A

O Plano A envolve o uso de soro de reidratação oral (SRO) para pacientes hidratados, após cada evacuação, para prevenir a desidratação.

80
Q

Como deve ser manejada a alimentação de lactentes menores de 6 meses com gastroenterite aguda que estão em aleitamento materno exclusivo?

A

Manter o aleitamento materno exclusivo sem necessidade de SRO.

81
Q

Qual é a dose de zinco recomendada para crianças com diarreia e por que é importante?

A

10 mg para menores de 6 meses e 20 mg para maiores, por 10 a 14 dias. O zinco ajuda na regeneração do epitélio intestinal e reduz a duração da diarreia e a recorrência de episódios.

81
Q

Quais são os sinais de alerta que indicam a necessidade de procurar o pronto-socorro em crianças com diarreia aguda?

A

Sinais de desidratação, redução da diurese, má aceitação oral, ou presença de sangue nas fezes.

81
Q

: Quando é indicado trocar a fórmula láctea por fórmulas sem lactose em lactentes com gastroenterite aguda?

A

: Apenas em casos de diarreia persistente decorrente de intolerância transitória à lactose.

82
Q

: Onde os pais podem obter o SRO de maneira segura e eficaz para reidratação oral?

A

Em postos de saúde (gratuitamente) ou em farmácias (sachês para diluição ou soros prontos para consumo, com ou sem sabor).

83
Q

Por que o uso de soro caseiro não é mais recomendado pela OMS?

A

Devido ao risco de distúrbios hidroeletrolíticos pelo preparo inadequado da solução.

84
Q

Quais líquidos e alimentos devem ser mantidos ou suspensos durante a TRO?

A

Apenas o aleitamento materno deve ser mantido; outros líquidos e alimentos devem ser suspensos (jejum).

84
Q

Qual é o Plano B no manejo da desidratação em crianças com diarreia aguda?

A

Terapia de Reidratação Oral (TRO) no pronto-socorro, com oferta de SRO no volume de 50 a 100 mL/kg por via oral, em pequenos goles, durante quatro a seis horas.

85
Q

Como é calculado o índice de retenção (IR) durante a TRO?

A

IR = ([ganho de peso (g) ÷ volume ingerido (mL)] × 100).

86
Q

: O que um índice de retenção (IR) superior a 20% em uma hora indica durante a TRO?

A

Grande chance de sucesso da TRO.

87
Q

Qual deve ser a conduta se o índice de retenção (IR) for inferior a 20% em duas horas durante a TRO?

A

Revisar a técnica de TRO ou considerar gastróclise ou hidratação endovenosa.

88
Q

O que deve ser feito após o término da TRO?

A

Reavaliar o estado de hidratação e a diurese. Se bem hidratado, o paciente pode receber alta com orientações sobre sinais de alerta e uso de SRO após as perdas.

89
Q

Quando a gastróclise é indicada após a TRO?

A

Se houver vômitos persistentes, má aceitação oral, ou índice de retenção inferior a 20%.

90
Q

Em quais casos a hidratação endovenosa é indicada diretamente, sem tentativa de TRO?

A

Desidratação grave, alteração do nível de consciência, convulsão, íleo paralítico (distensão abdominal importante e ruídos hidroaéreos ausentes).

91
Q

Quando o Plano C de hidratação endovenosa é indicado em pacientes com diarreia aguda?

A

Para pacientes com desidratação grave em risco de choque hipovolêmico.

92
Q

: Qual é o volume de soro fisiológico administrado na fase de expansão para crianças menores de 5 anos no Plano C?

A

Infusão em bolus de 20 mL/kg de soro fisiológico em 20 a 30 minutos, podendo ser repetido até três vezes até a melhora dos sinais clínicos de desidratação grave.

93
Q

Qual é a recomendação de volume de expansão volêmica para recém-nascidos e cardiopatas no Plano C?

A

Infusão em bolus de 10 mL/kg de soro fisiológico.

94
Q

: Qual é o protocolo de expansão volêmica para crianças maiores de 5 anos no Plano C?

A

Infusão em bolus de 30 mL/kg de soro fisiológico em 30 minutos, seguida por infusão de ringer lactato 70 mL/kg em duas horas e meia.

95
Q

O que é administrado após a reidratação inicial no Plano C?

A

Soro de manutenção isotônico, acrescido de soro de reposição (50 mL/kg, SG5% e SF 0,9% na proporção 1:1).

96
Q

: Quando a hidratação parenteral pode ser interrompida no Plano C?

A

Quando o paciente estiver em condições de ingerir soro de reidratação oral (SRO) na quantidade adequada para manter a hidratação.

97
Q

Quais são as indicações para hospitalização de pacientes com gastroenterite aguda?

A

Falha da TRO, desidratação grave, choque hipovolêmico, alteração do nível de consciência, vômitos incoercíveis e suspeita de doença cirúrgica associada.

98
Q

Quais exames devem ser coletados em todos os pacientes com desidratação grave internados por gastroenterite aguda?

A

Sódio, potássio, gasometria venosa e glicemia.

99
Q

Qual distúrbio ácido-base é comum em desidratação grave por gastroenterite aguda e como é corrigido?

A

: Acidose metabólica, geralmente corrigida apenas com a reidratação.

100
Q

O que é o peso calórico (Pcal) e como ele é utilizado na prescrição de soro de manutenção?

A

O Pcal é a base para o cálculo dos soros de manutenção, relacionado ao peso aferido do paciente, usado para determinar a oferta hídrica e eletrolítica.

101
Q

Como calcular o Pcal para uma criança com peso inferior a 10 kg?

A

a: Pcal = peso aferido. (Ex: uma criança de 8 kg tem Pcal de 8).

102
Q

Como calcular o Pcal para uma criança com peso entre 10 e 20 kg?

A

: Pcal = 10 + (0,5 × peso que excede 10). (Ex: uma criança de 14 kg tem Pcal de 12).

102
Q

Como calcular o Pcal para uma criança com peso superior a 20 kg?

A

a: Pcal = 15 + (0,2 × peso que excede 20). (Ex: uma criança de 25 kg tem Pcal de 16).

103
Q

: Qual é a oferta hídrica e de potássio para um soro de manutenção?

A

Oferta hídrica: 100 mL/Pcal/dia.
Oferta de potássio: 2,5 mEq/Pcal/dia.

104
Q

Como varia a oferta de sódio em um soro de manutenção isotônico versus hipotônico?

A

Isotônico: 140 mEq/L.
Hipotônico (Holliday-Segar): 3 mEq/Pcal/dia.

105
Q

Quais são as características das soluções utilizadas para a manipulação do soro de manutenção?

A

Soro glicosado 5%: Fornece oferta hídrica e glicose, sem sódio ou potássio.

Cloreto de potássio 19,1% (KCl 19,1%): 2,5 mEq de potássio/mL.

Soro fisiológico (NaCl 0,9%): 0,154 mEq de sódio/mL.

Cloreto de sódio 20% (NaCl 20%): 3,4 mEq de sódio/mL.

106
Q

Quando os antibióticos são indicados no tratamento da diarreia aguda?

A

: Apenas em situações específicas, como disenteria com sinais sistêmicos (febre e queda do estado geral). A Shigella é o principal agente implicado.

107
Q

Quais medicamentos podem ser utilizados para febre e dor abdominal em pacientes com diarreia aguda?

A

Analgésicos e antitérmicos.

108
Q

Qual antiemético pode ser utilizado para náuseas em pacientes com diarreia aguda, e por quê?

A

Ondansetrona, pois está associada à redução do risco de desidratação e hospitalização.

109
Q

Por que outros antieméticos não são recomendados no tratamento da diarreia aguda?

A

: Outros antieméticos não são recomendados devido aos efeitos no sistema nervoso central, como a sedação, que prejudica a reidratação oral do paciente.

110
Q

Por que o uso de antiespasmódicos (como escopolamina) e antifiséticos (como simeticona) não é aconselhado na diarreia aguda?

A

Porque não há comprovação de eficácia desses medicamentos no tratamento da diarreia aguda.

111
Q

Por que a loperamida (antimotilidade) está contraindicada no tratamento da diarreia aguda?

A

: Pelo risco de eventos adversos no sistema nervoso central e íleo paralítico.

112
Q

Qual é a função da racecadotrila no tratamento da diarreia aguda e quando ela é indicada?

A

A racecadotrila é um inibidor de encefalinase que reduz a secreção intestinal de água e eletrólitos, sendo eficaz e segura em diarreias secretoras, pois não interfere na motilidade intestinal.

113
Q

Quais probióticos mostraram eficácia no tratamento da diarreia aguda e qual é a recomendação?

A

Lactobacillus GG, Saccharomyces boulardii, e Lactobacillus reuteri DSM 17938 mostraram eficácia na redução da duração da diarreia e da necessidade de internação. São recomendados como adjuvantes pela Sociedade Brasileira de Pediatria.

114
Q

Qual é o antibiótico recomendado para tratar disenteria com febre e queda do estado geral causada por Shigella?

A

Ciprofloxacino por 3 dias ou ceftriaxona por 3 a 5 dias, ou azitromicina por 5 dias.

115
Q

Qual é o tratamento antibiótico indicado para infecção por Campylobacter?

A

Azitromicina por 3 dias.

116
Q

Qual é o tratamento antibiótico recomendado para infecção por Vibrio cholerae?

A

Azitromicina por 3 dias ou Sulfametoxazol/Trimetoprima (SMZ/TMP) por 3 dias.

116
Q

Qual é o antibiótico recomendado para diarreia pós-antibiótico moderada a grave causada por Clostridium difficile?

A

Metronidazol por 10 dias.

117
Q

Quando é indicada a antibioticoterapia para infecções por Salmonella e qual é o antibiótico recomendado?

A

Indicada em pacientes com alto risco de bacteremia e infecções extraintestinais. O antibiótico recomendado é ceftriaxona por 7 a 10 dias.

117
Q

Qual antibiótico é recomendado para tratar a diarreia dos viajantes causada por E. coli enterotoxigênica?

A

Azitromicina por 3 dias.

118
Q

: Quais patógenos podem causar a SHU típica?

A

: E. coli O157
, Shigella dysenteriae tipo 1, Citrobacter e Streptococcus pneumoniae.

118
Q

O que é a Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU) e qual é o órgão-alvo principal?

A

A SHU é uma síndrome de microangiopatia trombótica que resulta da hiperativação da via alternativa do complemento, tendo como órgão-alvo principal o rim.

118
Q

Quais depósitos são encontrados nos rins na SHU e o que eles contêm?

A

Depósitos amorfos subendoteliais e mesangiais, contendo grande quantidade de fibrina no interior das alças glomerulares.

119
Q

Qual é o tipo mais comum de SHU na pediatria e qual é sua causa?

A

A SHU típica, mediada por toxina shiga-like, é o tipo mais comum na pediatria, ocorrendo principalmente após infecção por E. coli entero-hemorrágica produtora de toxina shiga-like (como a cepa O157

120
Q

: Qual é a causa mais comum de insuficiência renal aguda em crianças?

A

Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU) típica.

121
Q

: Como a toxina shiga-like contribui para a patogênese da SHU?

A

A toxina lesa diretamente o endotélio, causando trombose arteriolar e capilar, e também danifica as células glomerulares, mesangiais e podócitos, levando à lesão renal aguda.

122
Q

Como ocorre a transmissão da SHU típica e qual é o período de incubação?

A

A transmissão ocorre por água e comida contaminada, com um período de incubação de três a oito dias.

123
Q

Quais são os sintomas iniciais da SHU após uma infecção por E. coli?

A

Doença diarreica aguda (50-60% dos casos evolui para disenteria), dor abdominal, vômitos (50%) e febre (30%).

124
Q

Qual faixa etária é considerada um fator de risco para o desenvolvimento da Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU)?

A

: Idade inferior a 5 anos.

125
Q

Quando os sinais e sintomas da SHU começam a aparecer após o início da gastroenterite?

A

Cerca de dois a doze dias após o início da gastroenterite, em 5 a 15% dos pacientes infectados por E. coli.

126
Q

Como o sexo influencia o risco de desenvolvimento da SHU?

A

: O sexo feminino é considerado um fator de risco para SHU.

127
Q

Quais medicamentos estão associados a um maior risco de desenvolver SHU?

A

: O uso de antiespasmódicos e antibióticos.

128
Q

Qual condição hematológica é um fator de risco para SHU?

A

Leucocitose.

129
Q

Quais são as características da anemia hemolítica microangiopática na SHU?

A

: Anemia, presença de esquizócitos periféricos, reticulocitose, aumento de bilirrubina indireta e de DHL.

130
Q

Quais são os principais achados laboratoriais característicos da SHU?

A

: Anemia hemolítica microangiopática, trombocitopenia e lesão renal aguda.

131
Q

Quais são as manifestações clínicas da lesão renal aguda na SHU?

A

: Oligúria, edema, hipertensão, hematúria e proteinúria.

132
Q

Quais exames são utilizados para confirmar a infecção por E. coli produtor de toxina shiga-like na SHU?

A

Pesquisa da toxina shiga-like nas fezes (mais sensível), sorologia para E. coli e PCR para genes da toxina shiga-like.

133
Q

Qual é a conduta de tratamento inicial para a SHU típica?

A

Suporte até a resolução da infecção (autolimitada), incluindo internação em isolamento de contato, hidratação endovenosa e suporte para a falência renal aguda, com diálise se necessário.

134
Q

Quando a diálise está indicada na SHU e qual modalidade é preferida?

A

Indicação de diálise quando anúria ≥ 24 horas ou oligúria < 0,5 mg/kg/hora por mais de 72 horas. A diálise peritoneal é a modalidade preferida devido ao risco aumentado de hemorragia.

135
Q

: Quais tratamentos não são indicados na SHU típica?

A

: Antibióticos, antiagregantes, corticoides e plasma.

136
Q

: Por que o tratamento antibiótico precoce da disenteria por E. coli O157
pode aumentar o risco de SHU?

A

: Porque o uso de antibióticos pode aumentar a produção e liberação da toxina shiga-like, levando à maior absorção de toxinas e ao desencadeamento de respostas pró-trombóticas e pró-inflamatórias nas células endoteliais.

137
Q

Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento de Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU)?

A

Idade inferior a 5 anos
Sexo feminino
Uso de antiespasmódicos e antibióticos
Leucocitose

138
Q

Qual é o prognóstico da SHU típica e o que pode ocorrer em termos de função renal a longo prazo?

A

O prognóstico é bom, com mortalidade inferior a 5%. Cerca de 30-50% dos pacientes mantêm alterações na função renal, que geralmente se normalizam em até cinco anos.

139
Q

Quais são os fatores de risco para a progressão para doença renal crônica em pacientes com SHU típica?

A

Oligúria prolongada na fase aguda
Hipertensão arterial persistente (> 1 ano)
Proteinúria persistente (relação proteína/creatinina > 1)

140
Q

O que caracteriza a hipertensão arterial persistente como um fator de risco para progressão para doença renal crônica em pacientes com SHU típica?

A

Hipertensão arterial que persiste por mais de 1 ano.

141
Q

: Como a oligúria prolongada está relacionada ao risco de progressão para doença renal crônica na SHU?

A

A oligúria prolongada na fase aguda é um fator de risco para o desenvolvimento de doença renal crônica.

142
Q

: O que indica a proteinúria persistente em pacientes com SHU típica e qual é a relação proteína/creatinina considerada de risco?

A

: A proteinúria persistente, com relação proteína/creatinina > 1, é um fator de risco para a progressão para doença renal crônica.