intubacao orotraqueal Flashcards
6P
PREparacao
PRE-oxigenacao
PRE-medicacao
PAralisia
POSicionamento
PÓS-intubacao
Indicação:
- Agitação.
- Convulsões.
- Hipertensão intracraniana.
- Intoxicação medicamentosa.
- Traumatismos (politraumatismo).
- Tratamento de choque e/ou insuficiência respiratória.
- Situações que levem a alteração de consciência.
- Parada cardiorrespiratória.
- Hipoventilação.
- Pós-operatório.
- Administração de fármacos.
- Contraindicações:
- Edema significativo, trauma ou distorção facial ou laríngea.
- Pacientes com significativa diminuição de tônus muscular e ventilação
apropriada. - Inexperiência ou falta de treinamento na técnica.
- Antecipação de via aérea difícil.
ANAMNESE BREVE E EXAME FÍSICO
- Para obter-se a informação necessária à execução de um procedimento
seguro, pode-se aplicar a sequência mnemônica SAMPLE:
Sinais e sintomas
Alergia
Medicações
Passado médico
Líquidos e última refeição,
Eventos que levaram à necessidade de intubação.
1 – PREPARAÇÃO
- Checar equipe profissional, equipamentos, medicações e monitorização.
- Todo material deve estar preparado e organizado.
- Lembrar de testar os materiais.
- Materiais necessários para intubação orotraqueal:
A)Ventilação/oxigenação:
B)Preparo do tubo:
1. Tubo traqueal de três tamanhos - ideal para idade, um tamanho menor
(0,5 mm) e um tamanho maior (0,5 mm).
2. Fio guia.
3. Seringa de 10 ou 20 mL para insuflar o cuff.
4. Material de proteção individual: capote, gorro, máscara e luvas.
- Laringoscopia:
Lâminas retas: 00, 0 e 1 – preferida para lactentes e crianças até 4 anos
(glote mais anteriorizada e cefálica) e suspeita de lesão cervical. - Recém-nascido pré-termo: número 0.
- Recém-nascido a termo: número 1.
Crianças maiores de 1 a 4 anos de idade: considerar a distância entre
o ângulo da mandíbula e os incisivos superiores.
Lâminas curvas: 2, 3 e 4 – crianças maiores até adolescentes
Coxim para posicionamento da cabeça.
Sonda de aspiração e aspirador montado e checado.
- Administração de drogas
- Verificação e fixação
- Fórmulas empregadas para calcular o tamanho correto do tubo traqueal
para faixa etária pediátrica:
- Período neonatal, o tamanho (diâmetro interno em mm) deve ser esti-
mada pelo peso (P) ou idade gestacional (IG).
a termo: 3,5mm
pretermo: 3mm
Crianças maiores de 2 anos, o tamanho (diâmetro interno em mm) pode
ser calculado com a fórmula:
Tamanho do tubo traqueal sem cuff (DI em mm) = idade (ano) / 4 + 4.
Lactentes até 1 ano = tubo 3,5.
Lactentes entre 1 e 2 anos = tubo 4.
Tamanho do TT com cuff (DI em mm) = idade (ano) / 4 + 3/3,5.
Lactentes até um ano = tubo 3.
Lactentes entre 1 e 2 anos = tubo 3,5.
Fórmulas empregadas para estimar a profundidade de inserção do
tubo:
A distância de
inserção (cm) da extremidade distal do tubo ao lábio superior de acordo com a idade gestacional deve
ser:
a. < 44 semanas: peso (kg) + 6;
b. > 44 semanas: DI (mm) x 3.
Para crianças maiores de dois anos pode ser aproximada pela adição de metade da idade do paciente a 12:
*Alternativamente, a distância de inserção (em centímetros) da extremi-
dade distal do tubo ao lábio pode ser estimada pela multiplicação do diâ-
metro interno de um tubo selecionado por três.
2 – PRÉ-OXIGENAÇÃO
Pré-oxigenação: visa aumentar a saturação de oxigênio da hemoglobina
com auxílio do oxigênio a 100% por meio de máscara com reservatório não
reinalante, com paciente respirando espontaneamente, por um período de
3 – 5 minutos. Essa etapa resulta na eliminação do nitrogênio, criando um
reservatório de oxigênio nos pulmões e permitindo de 3 – 4 minutos de
apneia sem risco de hipóxia.
- Caso a respiração espontânea seja inadequada ou ocorra apneia, os pa-
cientes devem ser pré-oxigenados manualmente, com o emprego de ven-
tilação com pressão positiva por 1 a 2 minutos.
Esse procedimento pode
levar à distensão gástrica e deve ser realizado com pressão cricoide (ma-
nobra de Sellick). - Crianças costumam tolerar menos tempo que um adulto até a dessatu-
ração, tanto pela menor reserva quanto pelo maior uso por quilograma de
oxigênio.
3 – PRÉ-MEDICAÇÃO (ANESTÉSICOS E SEDATIVOS)
a laringoscopia e o tubo endotraqueal podem desencadear tosse, vômito, taquicardia com posterior bradicardia, hipertensão arterial sistêmica, hipóxia tecidual e aumento da pressão intracraniana
Regra mnemônica: LOAD (lidocaína, opioide, atropina e droga
para defasciculação).
- Medicação ideal: deve ter início rápido e previsível para atingir a perda
de consciência e melhorar as condições de intubação em casos de paralisia
inadequada.
Lidocaína:
1,5 a 3 mg/kg, intravenoso (IV), 2 a 5 minutos antes da laringoscopia.
Opioide:
Fentanil:
(50 mcg/mL). Dose: 1 a 4 mcg/kg, IV lento.
Instabilidade hemodinâmica: cuidado, pois tem efeitos hipotensores
e inotrópicos negativos, principalmente quando associada a benzodi-
azepínicos; e doses mais baixas nesses casos devem ser consideradas.
* Antídoto: Naloxona.
Atropina
* Crianças menores de 1 ano de idade.
* Crianças de 1 a 5 anos de idade que irão receber succinilcolina.
Sedação:
* Objetivo da sedação: eliminar a sensação de paralisia e diminuir o tônus
simpático.
Midazolam
diazepam
4 – PARALISIA (RELAXANTES MUSCULARES)
Podem ser divididos em despolarizantes (succinilcolina) e não despolari-
zantes (rocurônio, atracúrio, vecurônio, pancurônio).
Despolarizante:
* Succinilcolina:
único com início de ação rápida e duração ultracurta;
único aprovado para uso IM. Pode ser usada em associação a atropina.
Não despolarizante:
Rocurônio: início de ação rápido e duração intermediária. Bloqueia a ligação da acetilcolina ao receptor nicotínico.
5 – POSICIONAMENTO E PASSAGEM DO TUBO
- Posicionamento:
1. Colocação de um coxim sob a cabeça em crianças maiores de 2 anos.
2. Colocação do coxim sobre os ombros em crianças menores de 2 anos. - Técnica:
Segurar o laringoscópio com a mão esquerda.
Introduzir a lâmina lateralmente pelo lado direito da boca, desviando
a língua para esquerda.
Progredir a lâmina até a visualização da epiglote:
* Lâmina reta: sobrepor a epiglote para visualização da região glótica.
* Lâmina curva: locar a extremidade distal entre a base da língua e a
epiglote (valécula).
Introduzir o tubo traqueal
Ventilação com pressão positiva e confirmação da localização do tubo:
- Primária: observar expansão torácica e vapor de água no tubo; aus-
cultar epigástrio, bases pulmonares e ápices pulmonares. - Secundária: avaliar CO2 exalado e oxigenação.
Fixação do tubo.
Manter a cabeça em posição neutra para evitar tração ou introdução
do tubo com movimentos de extensão e flexão, respectivamente.
Radiografia de tórax para verificar o posicionamento do tubo na tra-
queia, que deve estar 1 a 3 cm acima da carina.
- Complicações:
Durante o procedimento: apneia, bradicardia, reflexo vagal, aspiração
do conteúdo gástrico, subluxação da coluna cervical, trauma de dentes
e gengiva, lesão de vias aeríferas, hipoxemia e aumento da PIC.
Tardias: lesão traqueal (cuff), atelectasia, granuloma e/ou paralisia de
pregas vocais, estenose subglótica e sinusite.
6 – PÓS-INTUBAÇÃO (CONFIRMAÇÃO DA INTUBAÇÃO)
Pós-intubação: a visualização direta do tubo passando pela laringe é a
melhor forma de confirmar a intubação. Deve ser confirmada por:
* Exame físico.
* Oximetria de pulso.
* Monitorização do CO2.
* Expiratório final (ETCO2).
* Raio X de tórax.