Insuficiência Cardíaca Crônica Flashcards

1
Q

O que podemos falar sobre Insuficiência Cardíaca e Insuficiência Coronariana?

A
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2
Q

Qual a Epidemiologia da Insuficiência Cardíaca?

A
  • Única dç cardíaca aumentando progressivamente
  • Incidência dobra a cada década acima de 45 anos
  • Principal causa de hospitalização mais de 65 anos
  • alta letalidade e mortalidade, aumentam com idade
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3
Q

Qual a definição de Insuficiência Cardíaca?

A

É uma síndrome que se desenvolve após agressão miocárdica capaz de ocasionar alterações hemodinâmicas, culminando na incapacidade de atender às demandas metabólicas dos tecidos, a despeito de adequadas pressões de enchimento

  • Principal característica: desmodulação de múltiplas alças de feedback neuroendócrinas, humorais e inflamatórias
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4
Q

Qual o papel da angiotensina II na fisiopatologia da IC?

A

Aumenta o Tamanho e a Massa Cardíacos:

  • Estimula o crescimento (hipertrofia) dos músculos cardíacos, o que pode inicialmente ajudar a manter a função cardíaca, mas com o tempo leva à insuficiência cardíaca.
  • Síntese de Proteínas e Indução de Programas Genéticos Fetais:
    A angiotensina II promove a síntese de proteínas que podem não ser funcionais ou adequadas, contribuindo para a disfunção celular.
  • Proteínas Anormais e Fibrose:
    Promove a deposição de colágeno e outros materiais na matriz extracelular do coração, levando à fibrose (endurecimento do tecido cardíaco).
  • Vascularização Inadequada:
    A remodelação cardíaca promovida pela angiotensina II pode resultar em um suprimento sanguíneo inadequado para o tecido cardíaco aumentado.

Aumento do Trabalho Cardíaco: O coração precisa trabalhar mais para bombear sangue suficiente.

Hipertrofia e/ou Dilatação: O coração se torna maior (hipertrofia) e/ou as câmaras cardíacas se alargam (dilatação), o que eventualmente leva à insuficiência cardíaca.

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5
Q

Quais são os fatores da vasodilatação na fisiopatologia da IC?

A
  • Peptídeos Natriuréticos: Promovem a excreção de sódio e água, reduzindo o volume sanguíneo e a pressão arterial.
  • Prostaglandinas, Bradicinina, EDRF/NO (Óxido Nítrico): Mediadores que causam vasodilatação, diminuindo a resistência vascular e a pressão arterial.
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6
Q

Quais são os fatores envolvidos na vasoconstrição da IC?

A
  • Sistema Nervoso Simpático (SNS): Libera catecolaminas (adrenalina e noradrenalina), que aumentam a frequência e a força das contrações cardíacas.
  • Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona (SRAA): Aumenta a produção de angiotensina II, que causa vasoconstrição e estimula a liberação de aldosterona, aumentando a retenção de sódio e água.
  • Vasopressina: Hormônio antidiurético que também contribui para a retenção de água.
  • Endotelinas, Citocinas: Outros mediadores que promovem vasoconstrição e inflamação.
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7
Q

Como se dá a disfunção ventricular e a redução do débito cardíaco na fisiopatologia da IC?

A
  • Vasoconstrição: Reduz o diâmetro dos vasos sanguíneos, aumentando a resistência vascular.
  • Retenção de Sódio e Água: Aumenta o volume sanguíneo e a pressão arterial.
  • Proliferação Celular: Crescimento excessivo de células vasculares, contribuindo para o enrijecimento dos vasos.
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8
Q

Como se dá a fisiopatologia da agressão na IC?

A
  • Agressão Miocárdica: Refere-se a qualquer dano ou estresse ao tecido cardíaco, como isquemia, infarto do miocárdio, ou sobrecarga de pressão/volume.
  • Necrose e Apoptose: Agressão ao miocárdio leva à morte celular por necrose (morte celular patológica) e apoptose (morte celular programada), resultando em perda de células miocárdicas funcionais.
  • Consumo de Energia pelo Miocárdio: A morte celular e o dano tecidual fazem com que o coração tenha que trabalhar mais para manter o débito cardíaco, resultando em aumento do consumo de energia.
  • Respostas Compensatórias:
    Mecanismo de Frank-Starling: O coração tenta compensar a função reduzida aumentando o volume diastólico final, o que estica as fibras miocárdicas e, teoricamente, melhora a força de contração.
  • Ativação Simpática (NE, E)
    NE (Norepinefrina) e E (Epinefrina): Ativação do sistema nervoso simpático libera catecolaminas que aumentam a frequência cardíaca e a contratilidade, mas também aumentam o consumo de oxigênio do miocárdio.
  • Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona (SRAA): Aumenta a vasoconstrição, que eleva a resistência vascular e a pós-carga.
  • Aldosterona: Aumenta a retenção de sódio e água, aumentando o volume sanguíneo e a pré-carga.
  • Outros: Endotelina: Contribui para a vasoconstrição e a hipertrofia miocárdica.
  • Remodelamento Cardíaco
    (Hipertrofia e Dilatação): O coração passa por mudanças estruturais na tentativa de lidar com o aumento da carga de trabalho. A hipertrofia é o aumento do tamanho das células musculares cardíacas, enquanto a dilatação é o alargamento das câmaras cardíacas. Ambos os processos inicialmente ajudam a manter a função, mas eventualmente contribuem para a disfunção cardíaca progressiva.

Conclusão:
O diagrama ilustra como a agressão miocárdica leva a uma cascata de eventos que resultam em necrose e apoptose celular, aumento do consumo de energia pelo miocárdio, ativação de sistemas compensatórios (Frank-Starling, ativação simpática, SRAA) e remodelamento cardíaco. Esses mecanismos, embora inicialmente úteis para compensar a disfunção cardíaca, eventualmente contribuem para a progressão da insuficiência cardíaca.

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9
Q

Quais são as alterações estruturais irreversíveis que levam ao processo de remodelamento?

A
  • Crescimento do miócito
  • Reexpressão miócito fetal
  • Mudanças na matriz extracelular
  • Necrose/ Apoptose
  • Alterações das proteínas contráteis
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10
Q

Explique a figura sobre a patogenia da IC

A
  • Frações de ejeção: No eixo vertical à esquerda, a figura mostra a fração de ejeção, que é a porcentagem do volume de sangue que o ventrículo esquerdo expulsa a cada batimento. Normalmente, uma fração de ejeção acima de 60% é considerada normal, enquanto valores abaixo de 40% indicam disfunção ventricular.
  • Evento inicial: O processo começa com um “evento inicial”, que pode ser um infarto do miocárdio, hipertensão ou outra condição que cause dano ao coração.
  • Lesão secundária: Após o evento inicial, ocorre uma “lesão secundária”, que representa danos adicionais ao coração ao longo do tempo. Esta lesão é mostrada como uma linha amarela que desce, indicando uma redução progressiva na fração de ejeção.
  • Tempo (anos): No eixo horizontal, a figura mostra a progressão da doença ao longo dos anos. A insuficiência cardíaca é um processo que se desenvolve ao longo do tempo, passando de uma fase assintomática para uma fase sintomática.
  • Mecanismos compensatórios: O corpo tenta compensar a função cardíaca reduzida através de vários mecanismos, como a ativação do sistema nervoso simpático e do sistema renina-angiotensina-aldosterona. Esses mecanismos são representados pelas setas e círculos que aumentam de tamanho.
  • Fase assintomática e sintomática: Inicialmente, o paciente pode não apresentar sintomas (fase assintomática), mas à medida que a fração de ejeção diminui e a lesão cardíaca se agrava, os sintomas de insuficiência cardíaca começam a aparecer (fase sintomática).
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11
Q

Quais são as etiologias possíveis da Insuficiência Cardíaca?

A
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12
Q

A respeito das IC esquerda, o que podemos explicitar sobre sintomas é exame físico?

A

Sintomas Retrógrados
- 🔝PAE 🔜🔝PCP 🔜 Congestão venocapilar pulmonar
- Dispneia
- Palpitações
- Tosse
- Hemoptoicos

**Sintomas Anterógrados:
- ⬇️DC
- Irritabilidade, insônia, confusão mental, anorexia, fadiga, astenia, intolerância ao esforço, oligúria

Exame Físico
- Ausculta Cardíaca: ritmo de galo B3. Dificuldade de auscultar claramente a B3. Sopro valvar de regurgitação
- Ausculta Pulmonar: Estertores, ronco, sibilos, …

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13
Q

A respeito das IC direita, o que podemos explicitar sobre sintomas é exame físico?

A

**Sintomas Retrógrados

  • Congestão Venosa Sistêmica
  • Repercussões subjetivas: cansaço fácil, astenia, dor hipocôndrio direito, anorexia, oligúria
  • Ex físico: ingurgitamento Jugular, hepatomegalia, edema (mmii), derrames cavitários, cianose
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14
Q

Qual a semiologia associada a ICC?

A
  • IC direita + IC esquerda
  • Principal causa de IC direta = IC esquerda
  • Sinais e Sintomas somados

- Quando a IC direta é causada pela IC esquerda, melhoram os sintomas pulmonares da IC esquerda

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15
Q

Quais são os sinais e sintomas de acordo com a sensibilidade e especificidade (SBC)?

A
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16
Q

Quais são os exames complementares utilizados na IC?

A
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17
Q

Quais são as características do ECG na IC?

A
18
Q

Quais são as características do RX de Tórax na IC?

A
19
Q

Quais são as características do BNP na IC?

A
20
Q

Qual a importância do ECO na IC?

A
21
Q

Qual é o algoritmo diagnóstico da IC?

A
22
Q

Qual é o nome da classificação funcional da IC?

A

NYHA
- Existem 4 classificações funcionais

23
Q

Quais são os estágios da IC com base em danos estruturais e miocárdicos?

A
24
Q

Qual a diferença entre a IC sistólica e a IC diastólica?

A
25
Q

Como se dá a classificação de IC de acordo com a fração de ejeção?

A
26
Q

Quanto ao tratamento em que consiste o tratamento não-farmacológico, é qual o objetivo do tratamento farmacológico?

A
27
Q

Como se dá o uso de IECA para IC, é dê exemplos de IECA

A
  • Enalapril 2,5 a 20 mg 2xdia
  • Captopril 6,25 a 50 mg 3xdia
  • Ramipiril 2,5 a 10 mg 1xdia
  • Lisinopril 5 a 40 mg 1xdia

Colaterais: tosse seca, hipercalemia, angioedema

28
Q

Quais são as explicações para os efeitos colaterais do uso dos IECA?

A
  1. Angioedema:
    • Formação: Ocorre devido ao acúmulo de bradicinina, que aumenta a permeabilidade vascular e pode causar inchaço rápido, especialmente na face, lábios e vias aéreas.
  2. Tosse Seca:
    • Formação: Também causada pelo acúmulo de bradicinina e substância P nos pulmões, que irritam as vias respiratórias e desencadeiam a tosse.
  3. Hipercalemia:
    • Formação: Os IECA diminuem a produção de aldosterona, o que reduz a excreção de potássio pelos rins, levando a níveis elevados de potássio no sangue.
  • Captopril: Conhecido por causar mais efeitos colaterais devido à sua meia-vida curta e necessidade de doses mais frequentes, aumentando a exposição total do paciente aos potenciais efeitos adversos.
29
Q

Como se dá o uso de Beta-bloqueadores na IC?

A
30
Q

Como se dá o uso de Antagonistas dá Aldosterona na ICC?

A
31
Q

Como se dá o uso de diuréticos na IC?

A
32
Q

Como se dá o uso de Digitálicos na IC?

A
33
Q

Em pacientes que não toleram ou que têm contraindicações para IECA ou BRA o que se deve usar para ICC?

A
34
Q

Quais são os usos da Ivabradina na ICC?

A
35
Q

Quando devo usar Entresto na ICC?

A
36
Q

Quando devo usar inibidores de SGLT2?

A
37
Q

E quanto as terapias elétricas, quando devem ser usadas na IC?

A
38
Q

Demonstre um algoritmo de tratamento para ICFEr

A
39
Q

Quando se deve usar anticoagulantes orais na ICC?

A
40
Q

E quanto aos dispositivos e cirurgias usados na IC, quais devemos usar e quando?

A
41
Q

Quais são as características da ICFEp e o que deve ser usado no tratamento?

A